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ESTADO DO PARANÁ 
POLÍCIA MILITAR 
COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO 
BATALHÃO DE PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE SEGURANÇA 
ATIRADOR ATIVO 
 
 
 
 
 
PMPR - 2019 
Sumário 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3 
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 4 
OBJETIVOS ................................................................................................................. 4 
PREVENÇÃO ............................................................................................................... 4 
INSTALAÇÕES FÍSICAS .......................................................................................... 4 
Procedimentos para o levantamento das instalações físicas do ambiente escolar. 5 
Controle de acesso ................................................................................................ 5 
Muros e outras contenções .................................................................................... 6 
Alarmes ................................................................................................................. 6 
Cameras ................................................................................................................ 6 
Portas de salas de aula ......................................................................................... 7 
Janelas .................................................................................................................. 7 
Portões .................................................................................................................. 7 
REDE DE COMUNICAÇÃO ...................................................................................... 7 
CONTROLE DE COMPORTAMENTO ...................................................................... 7 
FALSAS AMEAÇAS .................................................................................................. 9 
IMPLEMENTAR COMUNICAÇÃO INTERNA .......................................................... 10 
DEFINIÇÃO DE PLANO DE AÇÃO ............................................................................ 10 
PLANO DE AÇÃO ...................................................................................................... 10 
IDENTIFICAR AÇÃO DE ATIRADOR ATIVO ...................................................... 10 
POSTURA A SER TOMADA CONFORME O AMBIENTE/MOMENTO ................... 10 
Fugir, se esconder e neutralizar: ............................................................................. 12 
ATRIBUIÇÕES DO CORPO ESCOLAR .................................................................. 13 
COMO REAGIR QUANDO A POLÍCIA CHEGAR:................................................... 13 
O QUE NÃO FAZER ............................................................................................... 14 
Referências ................................................................................................................ 15 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Vivemos tempos de intolerância que se caracteriza pela falta de informação e 
vontade em se conhecer e respeitar as diferenças em crenças, opções sexuais e 
opiniões. A sociedade parece estar se esquecendo do quanto é importante, para a 
convivência social, ser tolerante com a diversidade humana. 
Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por 
exemplo, mostram que a cada três dias há uma denúncia de intolerância religiosa. E a 
própria secretaria reconhece que este dado, baseado no canal de denúncias de 
violações dos Direitos Humanos, o Disque 100, tende a ser bem mais numeroso1. 
A intolerância é disseminada cada vez mais nas redes sociais. Pesquisa feita 
pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, em 2016, revelou que, de três jovens e crianças 
com acesso à internet, pelo menos um já havia tido conhecimento de alguém que sofrera 
discriminação. O estudo mostra também que 41% dos pesquisados afirmaram já ter 
visto uma vítima de preconceito na internet. Desse número, 24% referem-se à cor ou 
raça, 16% à aparência e 13% à homossexualidade. E outro estudo, da Safernet, ONG 
que atua na promoção e defesa dos direitos humanos na internet no país, revela que 39 
mil páginas foram denunciadas por violações de direitos humanos, em conteúdos 
racistas e de incitação à violência em 2016.2 
Há investigações policiais envolvendo essas redes sociais, mas boa parte de 
fóruns virtuais, principalmente aqueles localizados na Deep Web, usam criptografia o 
que dificultam o rastreamento dos usuários. Algumas dessas pessoas que frequentam 
áreas da Deep Web possuem problemas de socialização e acabam se voltando para 
essa cultura do ódio. São pessoas que deveriam buscar ajuda psicológica profissional. 
Os casos de discriminação e de violência gerados pela intolerância afastam 
pessoas das suas relações sociais, desta maneira, na busca de extravasar as frustações 
e as injustiças sofridas, levam as pessoas a buscarem vingança recorrendo a ações 
criminosas com a finalidade de atingir pessoas de forma indistinta. 
 
 
1 https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/disque-100 
2 https://oglobo.globo.com/opiniao/explosao-de-intolerancia-22729679 
JUSTIFICATIVA 
Em data de 13 de março de 2019, foi veiculado nas mídias a ação de indivíduos 
que atacaram uma escola em São Paulo vitimando fatalmente 10 pessoas. Nos Estados 
Unidos já vem lindando com problemas semelhantes a muito mais tempo. O Massacre 
de Columbine no estado do Colorado vitimou, fatalmente 15 pessoas, é um exemplo 
dos ataques ocorrido no estado norte americano. 
Um atirador ativo é um indivíduo envolvido em matar ou tentar matar pessoas em 
uma área confinada e povoada; na maioria dos casos, os atiradores ativos usam armas 
de fogo, facas, artefatos explosivos, entre outros, e não há nenhum padrão para a 
seleção das vítimas. As durações de atentados costumam durar cerda de 10 a 15 
minutos até a chegada das forças de segurança. 
Buscas na literatura indicam 3 recomendações quando um atirador entra em uma 
escola e são elas: FUGA; ESCONDER-SE, ATACAR. Através da análise destas 
literaturas buscar-se-á um plano com a finalidade de melhor agir tanto preventiva como 
ativa em casos de atirador ativo. 
 
OBJETIVOS 
a. Assessorar as unidades de ensino com orientações de segurança de 
forma a reduzir a probabilidade de uma ação de atentado relacionado ao 
atirador ativo; 
b. Sugerir que a escola implemente fluxo de informações de monitoramento 
de comportamento de estudantes vítimas de violência (Quem, O que, 
Quando, Como e Onde); 
c. Definir a padronização de ações dos integrantes escolares na eclosão da 
crise com atirador ativo, de forma a capacitá-los sobre o que fazer 
minimizando danos; 
d. Fazer plano de ação e execução de simulações. 
 
PREVENÇÃO 
INSTALAÇÕES FÍSICAS 
As instalações físicas das escolas estaduais não contemplam, necessariamente, 
uma arquitetura voltada para atender os anseios de segurança daquela comunidade. A 
localização das secretarias que atendem alunos e demais pessoas estranhas ao 
ambiente escolar, a falta de controle de acesso, o dimensionamento e emprego de 
sistemas de segurança de forma equivocada, são algumas das fragilidades observadas 
pela Policia Militar do Paraná. 
Objetivando o aperfeiçoamento da segurança dos estabelecimentos de ensino é 
possível, através de assessorias de agentes de segurança, sugerir mudanças físicas 
pontuais nos espaços físicos da escola. Tal assessoria realizada por policias militares, 
que possuem uma visão aprimorada sobre elementos de segurança, podem sugerir 
alterações específicas e individualizadas a cada estabelecimento de ensino estadual. 
Ainda é possível aprimorar os programas já existentes no estado do Paraná
para 
implementar a segurança das instalações físicas. Um dele é o programa de Patrulha 
Escolar Comunitária, onde no modulo de segurança na escola visa realizar o 
levantamento de segurança do ambiente escolar (LSAE). 
Procedimentos para o levantamento das instalações físicas do ambiente escolar 
O policial deve constatar todas as dificuldades e problemas atinentes à 
segurança pública, iminentes ou vivenciados pela escola, com enfoque especial nas 
instalações físicas e no entorno, objetivando a prevenção através de orientações para 
que se efetuem as mudanças, que podem ser imediatas, e providências a serem 
adotadas para adaptações ou adequações a longo prazo. 
Nesse sentido policial militar deverá avaliar as condições físicas da escola 
voltada para a dificultar a ação de atirador ativo, analisando principalmente quesitos 
básicos como: 
Controle de acesso 
 O controle de acesso de alunos e demais pessoais no estabelecimento de ensino 
é fundamental. Neste caso é importante ter um controle rigoroso. 
 Quanto ao acesso a alunos é importante criar uma rotina com horários 
predefinidos e rigorosos para acesso a estudantes, deixando claro que os acessos serão 
mediante identificação, por documentação ou uniforme, devidamente controlados por 
profissional designado pela escola. 
 Quanto ao acesso do público externo, deverá ocorrer em local diverso da entrada 
e circulação de alunos, evitando se possível, acesso a locais comuns, como por exemplo 
pátios, corredores, salas de aula, quadras poliesportivas etc. Sugere-se que este 
atendimento ocorra em horários predeterminados devendo ser evitado o atendimento 
durante o intervalo/recreio. O acesso ao estabelecimento deverá ser mediante o registro 
do visitante que deve conter os dados pessoais, motivo da visita, pessoa com quem 
quer contato e se possível o registro fotográfico ou uso de câmera de segurança. 
 Em regra geral, os portões de acesso deverão permanecer trancados nos 
períodos de aula ou intervalo, de preferência com um profissional responsável pela sua 
abertura. 
Muros e outras contenções 
Tem objetivo de impedir acesso de pessoas estranhas ao ambiente escolar. Na 
construção de escolas, geralmente, opta-se por tipos de cercados dos seguintes 
materiais: muros em alvenaria, alambrados, grades, estrutura de madeira, estacas de 
concreto ou cercas de arame farpado. Normalmente, os muros, as grades e o alambrado 
são os materiais mais utilizados. 
Em escolas o ideal é que se use o muro, uma vez que ele não permite a quem 
está do lado de fora enxergar o que está se passando do lado de dentro da escola, além 
de ser mais resistente e de difícil violação. 
O reforço territorial atribui significativa importância ao perímetro da escola, como 
se fosse uma extensão do ambiente escolar. Um entorno bem cuidado, organizado e 
limpo, pode refletir positivamente na sensação de segurança e auxiliar na prevenção de 
delitos. Dessa forma, a comunidade escolar deve cobrar dos órgãos responsáveis a 
manutenção e a conservação do espaço público como remover pichações, limpeza de 
terrenos vazios, substituição de lâmpadas queimadas, pavimentação regular, 
recolhimento de lixo, fechamento de comércios irregulares, etc., bem como, adotar 
ações comunitárias que busquem promover melhorias nas condições físicas do 
perímetro escolar. 
Alarmes 
 Estes equipamentos devem ser monitorados constantemente quanto ao 
funcionamento, se possível, independentemente da queda de energia elétrica local 
(bateria auxiliar); devem estar protegidos e em locais de difícil acesso; dando cobertura 
(a mais abrangente possível), às áreas mais importantes e estratégicas ou de maior 
risco de invasão. 
Câmeras 
Deverão ser instalados em todo perímetro escolar de forma que possibilite fácil 
acesso para a equipe gestora da escola para tomada de medidas cabíveis ao constatar 
movimentações suspeitas. 
Portas de salas de aula 
De preferência que as portas das salas de aula sejam reforçadas e que 
possibilitem o trancamento por dentro para evitar acesso de pessoas não autorizadas. 
Janelas 
Sugere-se que as janelas sejam adequadas de forma a dificultar a visualização 
interna da sala de aula. Quando a disposição da janela facilitar a observação dos alunos 
em sala a sugestão é o uso de cortinas, películas espelhadas, pintura sobre os vidros, 
ou até a disposição de vegetação pelo lado de fora da sala para dificulta a aproximação 
das janelas. 
Portões 
 Devem ser equipados com sistema de trancamento que sejam, ao mesmo 
tempo, resistentes e de fácil abertura pelo funcionário, pode-se usar como exemplo 
fechaduras com sistema eletrônico, interfone com câmera, sistema de monitoramento e 
etc.. Desta forma deve-se evitar mecanismos complexos em que tardam ou dificultem a 
abertura em caso de emergência. 
REDE DE COMUNICAÇÃO 
As redes sociais são boas fontes de informações para a tomada de medidas 
preventivas em casos de atiradores ativos, devida a agilidade em que a informações fica 
disponível. Um atirador ativo planejar suas ações e geralmente procura dar publicidade 
de seus atos. Casos de atiradores ativos no Brasil e nos Estados Unidos verificaram 
publicações atípicas nas redes sociais dos autores que procuram divulgar mensagem e 
imagens exaltando atos violentos, ameaças, porte de armas. Essas informações quando 
encaminhadas as autoridades competentes possibilitam a identificação e providencias 
cabíveis. 
CONTROLE DE COMPORTAMENTO 
É fundamental o papel da escola na prevenção de casos de atirador ativo. 
Durante as suas atividades é possível identificar comportamento dos alunos, 
principalmente daqueles que são poucos sociáveis e que sofrem violências de forma 
silenciosa como é o caso do Bullying, pois é um dos perfis identificados para de um 
atirador ativo. 
Segundo especialistas Wellington Menezes – o rapaz de 24 anos que matou 11 
crianças, feriou outras 13 e morreu na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de 
Janeiro, em 2011, era uma vítima de Bullying em busca de vingança e atenção. 
 O perfil social do atirador seria o primeiro indício. Segundo uma irmã, ele era 
“estranho” e “sem amigos”. A pedagoga Cléo Fante, autora de livros sobre bullying, vê 
nesta descrição uma pessoa com problemas sociais e carência. “Pode ter sido uma 
tentativa de sair do anonimato e chamar atenção uma única e última vez”, comentou. 
“Isso leva a hipótese de vingança”, diz o coordenador do Observatório de Violência nas 
Escolas da Universidade da Amazônia (Unama) em convênio com Organização das 
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Reinaldo Nobre Pontes. 
“Ele parece ter planejado a agressão, tão grande que incluía a própria vida, como uma 
forma de devolver o sofrimento à sociedade. A escola devia ser para ele a maior 
representante desta sociedade.”3 
 Segundo estudo do FBI realizado no ano de 2014, cada atirador ativo exibia, em 
média, 4 a 5 comportamentos ao longo do tempo que eram observáveis para aqueles 
em contato próximo dele. As categorias comportamentais mais comuns foram 
problemas de raiva, impulsividade, problemas interpessoais, depressão, ansiedade, 
risco excessivo e vazamento de intenção violenta para terceiros. 
 Ainda o estudo demostrou que atiradores ativos reservam um tempo para 
planejar e se preparar para o ataque, com 77% dos participantes passando uma semana 
ou mais planejando seu ataque e 46% gastando uma semana ou mais se preparando 
(obtendo os meios) para o ataque.4 
Desta maneira a escola deve ficar atenta a comportamentos suspeitos, avisando 
os familiares para que tomem providencias e que seja informado a autoridade policial 
através dos canais disponíveis, como o disque denúncia 181 e 190. Salienta-se que a 
informação prestada a estes meios, se possível, deverão ser com maior riqueza de 
detalhes respondendo os seguintes quesitos: (quem, quando, como, onde, por que). 
As autoridades policiais e
escolares devem responder aos sinais que aparecem 
nas redes sociais ou através de conversas entre os jovens. 
 
3 Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/para-
especialistas-atirador-parece-vitima-de-bullying/n1300035999850.html 
 
4 Blair, J. Pete e Schweit, Katherine W. (2014). Um estudo de incidentes de atiradores ativos, 
2000 – 2013. Texas State University e Federal Bureau of Investigation, Departamento de Justiça 
dos EUA, Washington DC 2014. 
Silver, J., Simons, A., & Craun, S. (2018). Um Estudo dos Comportamentos Pré-Ataques de 
Atiradores Ativos nos Estados Unidos Entre 2000 – 2013. Federal Bureau of Investigation, 
Departamento de Justiça dos EUA, Washington, DC 20535. 
 Nesse sentido sugere-se que a escola implemente um canal de comunicação 
entre aluno e a equipe gestora a fim de coletar dados de possíveis mensagens com 
conteúdo suspeito de ações de atirador ativo, como mensagens de violência, postagem 
de imagens contendo armas de fogo e ameaças 
 
 FALSAS AMEAÇAS 
Verificou-se que após ocorrência de atentados envolvendo atirador ativo surge 
uma onda de denúncias e ocorrências de ameaças nas Unidades de Ensino em todo o 
estado. Constatou-se que a grande maioria das denúncias não foram consideradas 
procedentes, não passando de boatos, geralmente envolvendo os próprios estudantes 
através de prints de fotos e informações inverídicas nas redes sociais. 
No entanto nenhuma denúncia pode ser descartada de pronto, sem uma 
verificação mais aprofundada e específica, devido à gravidade da situação. Para tanto 
as denúncias devem ser acompanhadas pela escola com o auxílio da Polícia Militar. 
Nesta oportunidade é importante salientar as seguintes providências: 
1. Identificar a procedência da denúncia e os respectivos autores do 
possível fato delituoso, verificando a veracidade dos relatos; 
 
2. Caso a denúncia seja considerada improcedente e não seja possível 
identificar os autores da falsa denúncia, realizar a identificação de quem 
divulgou as imagens ou informações nas redes sociais. Caso verifique 
ser aluno, agendar reunião em caráter de urgência com a direção e 
responsáveis legais, repassando orientações para que a notícia falsa 
seja descartada, impedindo a continuidade de sua divulgação e 
multiplicação nas redes sociais, de forma a prevenir situações de pânico 
desnecessárias; 
 
3. Realizar a confecção do Boletim de Ocorrência em todos os 
atendimentos, relatando pormenorizadamente quais as constatações, 
orientações, e providências tomadas, bem como, orientar a direção 
escolar para o realizar o registro em ata escolar. 
 
IMPLEMENTAR COMUNICAÇÃO INTERNA 
 Visando a organização da comunicação em momentos de crise com ação de 
atirador ativo, uma rede de comunicação exclusiva deverá ser estabelecida entre equipe 
gestora e demais profissionais da educação. Este meio deve ser ativado por meio de 
mensagem simples e objetiva de forma a informar a ocorrência com atirador ativo. 
Através de uma mensagem, por exemplo descrito como “ATIRADOR”, poderia alertar 
os demais profissionais da situação para que procedam as medidas de contenção, como 
o trancamento das portas das salas de aula, abertura de portões externos entre outras 
providencias. 
DEFINIÇÃO DE PLANO DE AÇÃO 
Conforme estudos realizados, é sabido que atirador ativo tem objetivo de atingir 
pessoas sem qualquer distinção. Os ataques registrados na maioria dos casos 
costumam durar de 10 a 15 minutos que é o tempo da chegada da equipe policial. Em 
caso da ação de um atirador ativo é necessário determinar rapidamente a maneira mais 
razoável de proteger sua vida. As pessoas provavelmente seguirão a liderança de 
funcionários, direção ou professores durante essa situação. Daí a importância de 
conhecer o ambiente onde se encontra. 
Buscas na literatura indicam 3 recomendações quando da ação de um atirador ativo e 
são elas: FUGA; ESCONDER-SE e ATACAR. Através da análise destas literaturas 
buscar-se-á um plano com a finalidade de melhor agir. 
PLANO DE AÇÃO 
IDENTIFICAR AÇÃO DE ATIRADOR ATIVO 
As pessoas em um estabelecimento de ensino devem estar atentas a sons 
característicos como sons de disparos, gritos, explosões e qualquer outro som estranho 
ao ambiente. 
POSTURA A SER TOMADA CONFORME O AMBIENTE/MOMENTO 
a. Nas salas durante as aulas: 
i. O professor deverá recolher alunos que esteja no corredor de forma não 
comprometer a segurança dos demais alunos; 
ii. O professor deverá trancar a porta e desligar as luzes orientando aos alunos que 
fechem as janelas e cortinas, se houverem; 
iii. Criar elementos que dificultem a entrada do agressor como empilhar mesas em 
frente a porta; 
iv. Posicionar as mesas de forma a acobertar os alunos; 
v. Os alunos devem ficar agachados perto da parede das janelas, evitando 
aglomerações no mesmo ponto; 
vi. Solicitar que os alunos silenciem os eletrônicos que estiverem em sua posse 
diminuindo a luminosidade destes; 
vii. Deve manter a turma em silêncio; 
viii. O aluno com função de monitor/representante poderá substituir o professor na 
falta deste; 
ix. Fazer ligação ao 190 se possível passando as informações se possível; 
x. Aguardar até a liberação por equipe policial militar informando que a situação 
está sobre controle; 
xi. Em qualquer momento se o causador do evento crítico adentrar a sala de aula 
as pessoas que estão no ambiente devem usar os meios disponíveis para 
neutraliza-lo. 
 
b. Nos corredores: 
i. Verificar se há uma saída próxima para fuga; 
ii. Não havendo saídas próximas acessar a primeira sala de aula que estiver 
disponível a fim de abrigar-se; 
iii. Estando em local seguro acionar 190 informando o fato; 
iv. Em caso de se deparar com o atirador ativo não havendo possibilidade de fuga 
devem usar os meios disponíveis para neutraliza-lo. 
 
c. Pátios e locais aberto: 
i. Verificar se há uma saída próxima e em caso positivo fugir; 
ii. Não havendo saídas próximas acessar a primeira sala de aula que estiver 
disponível a fim de abrigar-se; 
iii. Não havendo possibilidade de fuga ou adentrar em salas, as pessoas deverão 
encontrar no ambiente locais para se esconder evitando permanecer 
aglomeradas; 
iv. Manter-se em silêncio; 
v. Estando em local seguro acionar 190 informando o fato; 
vi. Em caso de se deparar com o atirador ativo não havendo possibilidade de fuga 
devem usar os meios disponíveis para neutraliza-lo. 
d. Intervalo/recreio: 
i. O responsável pelo acesso da escola deverá franquear os portões auxiliar na fuga 
de alunos de forma segura; 
ii. Verificar se há uma saída próxima para fuga; 
iii. Não havendo saídas próximas acessar algum recinto disponível a fim de abrigar-
se; 
iv. Não havendo possibilidade de fuga ou adentrar em salas, as pessoas deverão 
encontrar no ambiente locais para se esconder evitando permanecer 
aglomeradas; 
v. Manter-se em silêncio; 
vi. Estando em local seguro acionar 190 informando o fato; 
vii. Em caso de se deparar com o atirador ativo, não havendo possibilidade de fuga, 
devem usar os meios disponíveis para neutraliza-lo. 
 
Fugir, se esconder e neutralizar: 
a. As ações de fuga, de se esconder e de agir contra o atirador ativo não são 
progressivas devendo ser avaliadas conforme o caso presente. 
b. Na viabilidade de fuga: 
I. Ter uma rota de fuga e planejá-la mentalmente, evitando elevadores e 
preferindo-se as saídas de emergência; 
II. Fugir independentemente de os outros concordarem em seguir; 
III. Deixar quaisquer pertences para trás; 
IV. Ajudar os outros a escapar, se possível; 
V. Impedir que indivíduos entrem em uma área onde o atirador possa estar; 
VI. Manter suas mãos visíveis; 
VII. Seguir as instruções de qualquer policial que encontrar; 
VIII. Não tentar remover pessoas feridas; 
IX. Ligar para a Polícia assim que for seguro. 
e. Na viabilidade de esconder-se: 
i. Ficar fora
da visão do atirador; 
ii. Procurar proteção se disparos forem realizados em sua direção; 
iii. Permitir opções de movimento, sempre que possível. 
f. Na possibilidade de neutralizar o atirador ativo: 
i. Como último recurso, e só se sua vida está em perigo; 
ii. Tentar incapacitar o atirador; 
iii. Agir de acordo com a agressão física; 
iv. Improvisar armas com o que tiver a sua disposição; 
v. Comprometa-se com suas ações. 
ATRIBUIÇÕES DO CORPO ESCOLAR 
Em razão da imprevisibilidade de ação do ATIRADOR ATIVO com intuito de 
minimizar os danos deverão ser implementados alguns protocolos: 
a. Professores em sala de aula: 
vi. Responsáveis pela orientação aos alunos ao identificar ação do atirador ativo; 
vii. Coordenar as ações descritas no item 1a; 
viii. Manter a calma dos alunos; 
ix. Acionamento do 190; 
x. Liberar alunos somente após o atendimento da polícia. 
b. Equipe gestora: 
i. Dar início ao procedimento para situação envolvendo atirador ativo acionando 
demais integrantes da escola a executarem o plano de ação; 
ii. Designar responsável para abrir portões; 
iii. Informar via canais de comunicação pré-estabelecidos sobre a ação do atirador 
ativo; 
iv. Acionamento do 190. 
c. Funcionários: 
i. Deverão auxiliar alunos e outros funcionários na fuga ou abrigarem-se em locais 
seguros desde que não comprometa a própria segurança; 
ii. O responsável pelo portão deverá realizar a abertura e auxiliar na fuga dos alunos, 
professores e alunos; 
iii. Acionamento do 190. 
COMO REAGIR QUANDO A POLÍCIA CHEGAR: 
a. Mantenha-se calmo e siga as instruções dos policiais; 
b. Coloque no chão quaisquer itens que esteja nas suas mãos (papeis, sacos, 
jaquetas); 
c. Mantenha as mãos sempre visíveis; 
d. Evite fazer movimentos em direção a policiais, como segurá-los por segurança 
ou com força; 
e. Não pare para pedir ajuda ou direção aos policiais na fuga, basta prosseguir na 
direção de onde os policiais estão entrando nas instalações 
 
Informações a fornecer aos policiais ou do 190: 
f. Localização do atirador ativo 
g. Número de atiradores, se mais de um • Descrição física do (s) atirador (es) 
h. Número e tipo de armas detidos pelo atirador 
i. Número de vítimas potenciais e se possível a localização. 
O QUE NÃO FAZER 
Algumas condutas, comprovadamente, não devem ser realizadas. Vejamos: 
1 - Não acione o alarme de incêndio. Isso cria confusão sobre o que está 
acontecendo. No ataque de atirador ocorrido em Parkland, Flórida, o atirador acionou o 
alarme para criar pânico e alvejar as pessoas saindo para os corredores. Se quiser 
alertar, grite: "atirador". 
2 - Não tente se envolver com o atirador, perguntar a ele o que ele está fazendo 
ou implorar por sua vida falando sobre sua família. Segundo pesquisas essa conduta 
não se mostrou eficaz em lidar com atiradores. Não perca seu tempo tentando conversar 
com ele - é muito melhor lutar, ferir o atirador no rosto, nos olhos, nos ombros, no 
pescoço ou nos braços, de modo que seja mais provável que solte a arma. 
 
http://instrutordetiro.com/wordpress/wp-content/uploads/2017/05/ddddd.png
BIBLIOGRAFIA: 
How to Survive a School or Workplace Shooting. Disponível em: 
https://www.wikihow.com/SurviveaSchool-or-Workplace-Shooting 
9 TIPS FOR WHAT TO DO IN A SCHOOL SHOOTING. Disponível em: 
https://swiftshield.com/blogs/news/9-tips-for-what-to-do-inaschool-shooting 
What to Do When There’s an Active Shooter. Disponível em: 
https://www.nytimes.com/2018/02/16/us/survive-active-shooter.html 
ACTIVE SHOOTER HOW TO RESPOND. Manual do U.S. Department of Homeland 
Security. Disponível em https://www.dhs.gov/xlibrary/assets/active_shooter_booklet.pdf 
VISITE-NOS: https://calaudyo.jusbrasil.com.br 
Referências 
Blair, J. Pete e Schweit, Katherine W. (2014). Um estudo de incidentes de atiradores 
ativos, 2000 – 2013. Texas State University e Federal Bureau of Investigation, 
Departamento de Justiça dos EUA, Washington DC 2014. 
Silver, J., Simons, A., & Craun, S. (2018). Um Estudo dos Comportamentos Pré-Ataques 
de Atiradores Ativos nos Estados Unidos Entre 2000 – 2013. Federal Bureau of 
Investigation, Departamento de Justiça dos EUA, Washington, DC 20535. 
 Blair, J. Pete e Schweit, Katherine W. (2014). Um estudo de incidentes de atiradores 
ativos, 2000 – 2013. Texas State University e Federal Bureau of Investigation, 
Departamento de Justiça dos EUA, Washington DC 2014. 
Silver, J., Simons, A., & Craun, S. (2018). Um Estudo dos Comportamentos Pré-Ataques 
de Atiradores Ativos nos Estados Unidos Entre 2000 – 2013. Federal Bureau of 
Investigation, Departamento de Justiça dos EUA, Washington, DC 20535. 
 Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/4-passos-para-mais-
seguranca-nas-escolas-5ry2ck4cjcnem29q6scfab0vo/ 
https://www.wikihow.com/Survive-a-School-or-Workplace-Shooting
https://www.wikihow.com/Survive-a-School-or-Workplace-Shooting
https://swiftshield.com/blogs/news/9-tips-for-what-to-do-in-a-school-shooting
https://swiftshield.com/blogs/news/9-tips-for-what-to-do-in-a-school-shooting
https://www.nytimes.com/2018/02/16/us/survive-active-shooter.html
https://www.dhs.gov/xlibrary/assets/active_shooter_booklet.pdf
https://calaudyo.jusbrasil.com.br/

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