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CIRQUE DU SOLEIL A JORNADA DO HOMEM

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
ICH – INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
Prof. Arnon de Miranda Gomes Curso: Cultura Religiosa I
Nome: ______________________________________________________
Texto 03: A JORNADA DO HOMEM
I – Ficha Técnica:
�
CIRQUE DU SOLEIL - JOURNEY OF MAN
Escritor: Steve Roberts & Peter Wagg
Produtor: Peter Wagg e André Picard/ Diretor: Keith Melton
Duração: 38 min
Ano: 1999
Censura: Livre�
II – Roteiro e Tradução
Cena 01. Os tambores Taiko e o início da vida: (Sem fala) 
Cena 02. O aquário, os nadadores sincronizados e a dança das sensações e sentimentos diante da descoberta de estar vivo:
Eu não me lembro como tudo isso começou e eu não fazia a menor idéia de como acabaria. Eu apenas conhecia sentimentos, sensações... E então começou minha jornada. Cada pessoa inicia sua jornada assim: experimenta apenas sensações novas, possibilitadas pela GENEROSIDADE de muitas pessoas que nos dedicam afeto e atenção.
Cena 03. A floresta, os instintos e as fantasias da infância: 
Eu nasci apenas com os INSTINTOS como meus guias. Eu já os conhecia. Quando chegaram eles vieram ficar comigo. Naqueles dias da infância, eles nunca saíram do meu lado, nunca me abandonaram. Eles eram tudo o que eu conhecia e tudo que eu precisava. Não tenho certeza se eu via aquelas coisas ou apenas sonhava com elas, mas verdadeiras ou imaginárias, elas enchiam meu coração de alegria. 
Cena 04. Os bungees (malabaristas das cordas de elástico) e a mistura de medo e coragem na descoberta da beleza da vida:
E então, um dia aprendi que a alegria tem um inimigo chamado MEDO, mas meus confiáveis instintos me mostraram que através do medo nos vem a CORAGEM. A coragem tem uma outra amiga chamada BELEZA.
Cena 05. O deserto e as aventuras da adolescência e juventude:
Na minha juventude havia apenas caminhos e medos por todos os lados, mas eu era jovem e valente a caminho de novas aventuras. Minhas fantasias da infância ficaram para trás agora, junto com muitas das histórias maravilhosas... 
Cena 06. O homem cubo e os desafios de assumir a maioridade e a autonomia:
Eu cresci junto com os guias da infância, mas, agora, tornei-me mais forte que eles: um homem jovem com os sonhos de um jovem homem... Tudo era possível enquanto eu corria em disparada rumo a grande aventura de minha vida! 
Cena 07. O ato de harmonia da estátua e a busca de sintonia na complexa arte do Amor e da conquista da plenitude do existir:
Um dia fiz uma parada na vigorosa caminhada que eu me impus. Estava parado no limiar de um sonho... sentia uma sensação de poder que eu não podia explicar... E então eu descobri, quando me tornei um homem, que a HARMONIA e a UNIÃO fazem cada um de nós pessoas completas. E eu vi que o seu nome era AMOR.
Cena 08. A perna de pau e a tentação ou ilusão da segurança pelo poder-dominação sobre a liberdade do amor: 
Já era tempo de agir como um homem feito, de fazer um pacto com a vida: o PODER poderia comprar todo o AMOR de que eu precisava. Eu não precisava mais das FANTASIAS da infância ou dos SONHOS da juventude. Eu havia encontrado o AMOR e possuía o seu segredo. 
Cena 09. Os malabaristas e a conquista do equilíbrio e da maturidade:
Como um homem adulto, eu tinha atingido meus OBJETIVOS, minha jornada foi um SUCESSO e, mesmo assim, às vezes MEMÓRIAS distantes retornavam ao meu pensamento: visitantes, amigos da minha semi-esquecida infância e, ocasionalmente, dúvidas e preocupações invadiam minha auto-suficiência e reclusão. 
Cena 10. O fim da Jornada e a conquista da sabedoria:
De repente, o tempo se revigorou e os anos viraram poeira... Eu me via jovem de novo. Conhecia agora onde comecei minha jornada, como uma criança cheia de SONHOS e FANTASIAS, cheia de FÉ e de AMOR. Enfim, minha jornada poderia ser finalizada. 
Cena de conclusão. As três chaves: os Sonhos, a Fé e o Amor:
Cada um de nós nasce com três chaves para as portas que encontrará ao longo de nossa jornada. A primeira habita os seus SONHOS, aquilo que faz o impossível se tornar possível. A segunda é a sua FÉ, que te diz para acreditar na força da juventude. E, acima de tudo, a terceira chave é o AMOR. Elas costumam respeitar-se e viver em harmonia - Sonhos, Fé e Amor. Com estas três chaves tudo é possível... Esta é a nossa jornada, mas também é o destino de todos nós! 
(Tradução: Profª Anéria Campos Lima e Adaptação: Prof. Edward Neves M. B. Guimarães)
III – Vamos agora conversar sobre o nosso entendimento a cerca do conteúdo da “Jornada do Homem”:
Atividade nº 01 => Roda para partilhar a compreensão de cada um e de cada uma.
IV – Proposta de leitura compreensiva:
Cena 01. Com os tambores taiko convidam a celebrar e a cantar a origem da vida, esse mistério maior que nos ultrapassa e transcende. A origem da vida humana possui dimensões inerentes e constitutivas de mistério profundo que supera qualquer tentativa de controle ou determinação do sujeito. Quando iniciamos a busca de seu sentido, damos-nos conta de que já estamos aqui vivendo e refletindo, a partir de uma cultura-linguagem da tradição na qual estamos inseridos e somos herdeiros. A cultura é nossa segunda natureza. A vida, portanto, vem antes da pergunta sobre seu sentido. A essência precede a consciência. A vida é puro DOM, é total GRATUIDADE. Não escolhemos nem o tempo, nem o espaço, nem a família... Apesar de todo esse mistério, as descobertas, a cada instante do viver, nos extasia e se apresenta como convite à felicidade ou desafio de compreensão e integração na totalidade do que somos.
Cena 02. Os nadadores sincronizados, naquele aquário maravilhoso, indicam e expressam, através de envolvente e inebriante dança de sensações e sentimentos, o prazer da descoberta de estarmos vivos, participando da imensa e complexa trama da vida. Sem saber como tudo começou, sem possuir a mínima idéia de como tudo acabará, apenas experimentamos sentimentos e sensações... É apenas o início da jornada humana.
Cena 03. A cena da floresta desperta e ressuscita as marcantes reminiscências da infância querida, repleta de sonhos, magia e habitantes criados pela fantasia e imaginação. Na infância temos por guias os instintos básicos que impulsionam todo ser vivo na aventura da vida. Estes recebem muitos nomes: medo, prudência, cuidado, anjo da guarda, graça de Deus, sorte, destino etc. Nessa fase da jornada experimenta-se a realidade em meio às fantasias, mas verdadeiras ou imaginárias, são elas que preenchem o coração humano de emoção e alegria. Como são importantes a imaginação e a fantasia para a construção da segurança diante dos desafios da vida! Quem não se lembra da importância de Papai Noel, dos anjos da guarda, dos heróis invencíveis que sempre salvam os fracos e indefesos das forças do mal, concretizam a justiça, dos caçadores que sempre matam os lobos maus e salvam as avozinhas indefesas etc.
Cena 04. Os malabaristas, nas cordas de elástico (bungees), recordam as atitudes humanas diante dos mais profundos medos, mas, ao mesmo tempo, da coragem e a intrepidez de enfrentar os inúmeros desafios, na descoberta da beleza da vida. Aos poucos se compreende que o medo de viver é o grande inimigo a ser vencido. O afeto e cuidado recebidos na infância, fortalecidos pelo impulso vital da graça de Deus, promovem a construção da autoconfiança básica nos próprios instintos. Com destreza e determinação o ser humano enfrenta, quase sempre com sucesso, o desafio de continuar a jornada da vida rumo ao desconhecido. Com coragem, ele descobre a beleza de cada passo trilhado, de cada degrau conquistado. 
Cena 05. A cena do deserto explicita a crescente percepção de que as dúvidas e os medos não nos paralisam. Ao contrário, reduzem-se a meros desafios e que todo DESERTO é também lugar de possibilidades para novas aventuras. É o desafio do adolescer! Inúmeras passagens nos levam à juventude. É aí que percebemos que a vida é um enorme labirinto de caminhos, cercado de medos por todos os lados, mas também de energias, desejos e valentias, a caminho de novas aventuras.As fantasias da infância, paulatinamente, vão ficando para trás, junto com muitas das histórias maravilhosas...
Cena 06. A cena do homem cubo, no cume da montanha, remete-nos aos desafios da juventude: os caminhos da realização profissional e social. Nessa etapa, torna-se fundamental as utopias para a construção de um futuro melhor (sonhos, ideais, grandes metas). Ser um homem jovem com os sonhos de um jovem homem... Tudo é possível na caminhada da vida, quando se tem a consciência de que a morada humana é o horizonte. O ser humano é um projeto infinito, eterno aprendente, em contínuo vir a ser! O barco da vida humana passa mais tempo em meio ao enfrentamento das ondas do alto mar, que na segurança dos portos.
Cena 07. Entre os desafios da jornada humana há um que merece destaque, pois é nele que nos humanizamos e “adultecemos”. Aprender a amar é a grande lição da vida! A cena do casal-estátua, com sua harmonia fascinante e sintonia esplendorosa, aponta para este desafio maior: o Amor. Descobre-se que a vida é um estar sempre caminhando em busca de realização, na difícil arte de amar. O amor é a plenitude do existir humano. O amor é desafiante porque habita o limiar de nossos sonhos. Ele provoca a sensação de poder e prazer. Sua explicação escapa a clausura da razão. No amor descobre-se que a dor e a alegria de ser humano. Além disso, que a harmonia e a união fazem de cada um de nós pessoas mais completas. Experimenta-se que a auto-suficiência é um ideal medíocre e condenado ao fracasso.
Cena 08. O amor é tão prazeroso que nasce a tentação de possuí-lo. Emerge o desejo de dominá-lo. Então surge a tentação de poder controlá-lo. A cena da perna de pau aponta para essa ilusão: pensar que agir como homem é agir com poder e que a riqueza pode comprar todo o amor de que necessita. Portanto, não precisaria mais das fantasias da infância ou dos sonhos da juventude. A liberdade intersubjetiva apresenta-se como descartável. Esta é a tentação de encontrar, no poder, a chave do segredo da vida. 
Cena 09. Mas a jornada da vida continua. A cena dos malabaristas, em sua conquista do equilíbrio entre força e leveza, confiança e entrega, plenitude e beleza, liberdade e responsabilidade, limite e possibilidade, remete à vida adulta. Nessa fase deseja-se atingir a meta, alcançar todos os objetivos da vida. Experimenta-se, então, a sensação do prazer e do sucesso das conquistas. Mas descobre-se que somos seres de memória e guardamos dentro de nós os passos já trilhados e as experiências vividas. O passado ajuda a compreender a vida e a rever as tentações de visões parciais e reducionistas. A vida é uma autêntica escola e sempre há lições a serem aprendidas, enigmas a serem desvendados. É preciso humildade e atitude aprendiz.
Cena 10. Enfim, chega-se à idade da sabedoria. É na velhice que se fazem os grandes balanços. Tem-se a consciência que se aproxima o fim da jornada. Dissolvem-se ilusões e miragens. O tempo vivido e os anos passados já não são compreendidos de modo quantitativo. Compreende-se que a vida é verdadeiramente uma grande jornada: a infância com suas fantasias, a adolescência com seus sonhos, a juventude com seus desejos, cheia de fé e de amor, a vida adulta com suas realizações. A velhice traz consigo a compreensão do caminho trilhada. 
Cena Final. No fim compreende-se que cada recebe três chaves para as portas que encontrará ao longo da jornada. A primeira chave é a capacidade de SONHAR, a dimensão utópica, aquilo que faz o impossível se tornar possível, pois o ser humano dá tudo de si para realizá-los. A segunda é o dom capacidade da FÉ, que faz acreditar na força da juventude e perceber que há algo mais além de nós, cujo nome chamamos Deus. A fé sustenta a esperança de que o destino último é a comunhão com Deus, fonte e origem de toda vida! E, acima de tudo, a terceira chave, a capacidade para o AMOR. Este é energia que nos mantém vivos. Elas costumam respeitar-se e viver em harmonia - Sonhos, Fé e Amor. Com estas três chaves tudo é possível... Esta é a jornada do homem, é o destino de todos nós! Nasce do amor, caminhar em busca do amor e sei destino último é o Amor. Deus é Amor!
EXERCÍCIOS:
A jornada da vida, segundo o filme, pode ser comparada com uma longa caminhada. AVALIE sua experiência dos passos já dados na jornada da vida (olhar para o passado). Em seguida, DESCREVA sua expectativa em relação aos passos a serem dados em sua jornada pessoal (olhar para o futuro).
As cenas do filme mostram que a jornada da vida é feita de etapas e desafios. Sobre seus sonhos para o futuro: REFLITA e APONTE as três maiores metas pessoais que você está buscando e as três maiores metas sociais você gostaria que se realizassem a médio e a longo prazo. Em seguida RESPONDA: se depender de você, do seu esforço, dedicação e da energia que você está investindo atualmente, estas metas vão se realizar?
A cena 08, da perna de pau, simboliza as tentações na jornada da vida. Observando a realidade do contexto atual, APONTE as três maiores tentações (visões reducionistas, ilusórias, pobres e míopes que seduzem muitas pessoas como um caminho fácil para encontrar a felicidade) presentes na jornada do ser humano hoje. Justifique suas ideias com exemplos.
Sobre os valores que orientam a vida de uma pessoa: FAÇA uma lista com os cinco maiores valores, princípios ou regras, aqueles que são fundamentais para orientar a vida de uma pessoa para o bem viver a sua jornada. Justifique suas escolhas.
A cena 07 é o coração da jornada da vida, pois, explicita o desafio de aprender a amar. EXPLIQUE o processo de uma pessoa até aprender a amar: o que é necessário, quais são os passos, o que há de comum entre as diversas formas de amar.
A cena final fala sobre as três chaves que cada pessoa recebe para enfrentar os desafios da vida e abrir todas as partas: a capacidade de sonhar (lutar, com criatividade, contra todo desânimo, pessimismo,tendo esperança, fantasiando criativamente saídas para cada dificuldade ou problema), a capacidade de ter fé (acreditar na vida, no homem e no que virá, confiar que no final tudo vai dar certo, e em última análise, porque você não está sozinho, Deus está contigo) e a capacidade de amar (cultivar relações afetivas duradouras com a família, amigos e partilhar a vida com uma outra pessoa, doar-se e colocar-se a serviço da justiça, do amor e da dignidade da vida). MOSTRE, a partir de exemplos e comentários, que você há usou as três chaves, em algum momento, diante dos desafios da jornada da vida.
Sobre o enredo do filme, conteúdo das ideias e espetáculo: FAÇA um comentário crítico explicitando a sua opinião sobre o filme.
A cena final fala sobre o fim da jornada, sobre a morte. Segundo sua posição atual, trata-se do fim da jornada ou simplesmente da passagem a um novo começo ou etapa? EXPLIQUE suas ideias.

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