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Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício Dimensionar e detalhar o cálice de fundação abaixo com interface do tipo lisa (Interface cálice x pilar). Figura 01: Nomenclatura empregada para o cálice de fundação (Debs, 2017) Exercício 1. Propriedades dos materiais: Classe de agressividade ambiental (NBR 6118 / 2014 / Tab. 6.1): CAA II Cobrimento nominal da armadura (NBR 6118 / 2014 / Tab. 6.1): = ck C 4,5 cm Resistência característica à compressão do concreto (NBR 6118 / 2014 / Tab. 6.1): f 2,5 kN/cm² *A classe do concreto mais baixa se refere ao fa = = c cd ck c to de este ser moldado in loco. Coeficiente de minoração da resistência do concreto (NBR 6118 / 2014 / Tab. 12.1): 1, 4 Resistência de cálculo do concreto, f = f (NBR 6118 / = cd yk 2014 / 12.3.3): f = 1,78 kN/cm² Resistência característica ao escoamento da armadura (NBR 6118 / 2014 / 8.3: f 50 kN/cm² Coeficiente de minoração da r = s yd yk s yd esistência do aço (NBR 6118 / 2014 / Tab. 12.1): 1,15 Resistência de cálculo da armadura, f = f (NBR 6118 / 2014 / 12.3.1): f = 43,47 kN/cm² = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 2. Esforços de projeto: dEsforço normal: N = 300 kN Força cortante: d,x d,y d,x d V V 75 kN Momento fletor: M M = = = ,y 400 kNm= 3. Características geométricas: Dimensões do pilar ( 40 x 40 ) cm: h = 40 cm Espaço nominal previsto para preenchimento: pren. int e =5 cm h h= pren.2 e 50 cm+ = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício c intEspessura do colarinho h h 4 10 cm Espessura do colarinho (Debs, 2017): (NBR 9062 / 2017 / 7.7.1.3): = = c ext int c h 15 cm Espaço nomial externo do cálice: h h 2 h 80 cm Comprimento mínimo de embu = + = emb,mín d e d timento : l 40 cm Comprimento de embutimento : M 380 R(NB 9062 / 2017 / 7.7.2) (N BR 9062 / 2017 3,33 2,0 l N h 7 295 / . 4 7.2 0 ) 0, = = = → mb emb,mín c emb 2 h 80 cm > l Comprimento do colarinho (Debs, 2017): l 0,9 l 72 cm Altura útil da laje de fundo = = = = 18 cm Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 4. Cálculo das pressões e armadura principal horizontal (NBR 9062 / 2017 / 7.7.3): Deter min ação das excentricidades - Grandes excentricidades ( 7.7.3.1): NBR 9062 / 2017 / nb emb e h 4 40 4 10 cm a = l 10 80 10 8 cm C = = = = = oeficiente de atrito ( 7.7.3.2): = 0,3NBR 9062 / 2017 / Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 4.1 Resultante das pressões (NBR 9062 / 2017 / 7.7.3.1): emb emb d d d emb2 2 sfd emb 2 sfd Parede frontal: 0,1 l 0,75 h 0,1 l 0,75 h M N 0̀,25 h V l 1 1 H 0,8 l h 0,1 0,80 0,75 0,3 0,40 400 300 0̀, 25 0,40 0,3 1 0,3 H − − − + + − + + = + − − + + = 2 sfd 0,1 0,80 0,75 0,3 0,40 75 0,80 1 0,3 0,8 0,80 0,3 0,40 H 568 kN − + − + + = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício d d ipd sfd 2 2 d d bd 2 Parede posterior: V N 75 0,3 300 H H 568 416 kN 1 1 0,3 Laje de fundo: N V 300 N 1 + + = − = − = + + − − = = + 2 0,3 75 255 kN 1 0,3 = + 4.2 Armadura horizontal principal: 2sfd shp yd H 568 A 6,53 cm 2 f 2 43,47 = = = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício Essa armadura é colocada nas paredes longitudinais e, considerando apenas tração na parede frontal e nas paredes transversais. Figura 02: Transferência dos esforços nas paredes do colarinho dos cálices de interfaces lisas ou rugosas. (ABNT NBR 9062, 2017) Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 5. Verificação das tensões (NBR 9062 / 2017 / 7.7.3): A verificação da parede longitudinal conforme figura 02, comportando-se como um consolo curto é deita conforme a figura 03 abaixo. Figura 03: Indicações para a verificação da parede de concreto como consolo curto. (Debs, 2017) Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício c ext c (l a) (0,72 0,08) arctg 46,60º (0,85 h h / 2) (0,85 0,80 0,15 / 2) Força resultante sobre a biela de com Ângulo de inclinação da biela de compressão: − − = = = − − fd bie pressão: H 568 R 413 kN 2 cos 2 cos (46,60º ) Altura da biela da biela de compressão: h = = = ext lim cd 2 0,15 h sen = 2 15 80 sin (46,60º ) 17,4 cm Tensão limite na biela de compressão: 0,85 f 1,51 kN/cm² = = = = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício cd lim bie c c Tensão sobre a biela: R 413 1,57 kN/cm² > Não passa! h h 17,4 15 *Uma solução é aumentar a espessura do colarinho. Adotando h 18 cm. = = = → = cd vd 45º ; R = 401 kN e 1,22 kN/cm² Força vertical: R 568 F tg = tg (45 2 2 = = = º) = 284 kN Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 6. Cálculo da armadura vertical principal e demais armaduras secundárias: Essa armadura deve ser disposta em cada canto do colarinho. A coincidência de valores se dá pelo fato do ângulo de inclinação da biela ser 45º. Armaduras secundárias: 2vd svp yd F 284 A 6,53 cm f 43,47 = = = shs shp A 0,5 A 3,26 cm² Armadura Vertical: ArmaduraHorizontal: = = svs svp A 0,5 A 3,26 cm²= = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício A escolha das bitolas e barras deve ser feita por tentativas e ajustes. Começando pela armadura horizontal principal e procurando atender à recomendação de a parte externa ser o dobro da interna, tem-se: parte externa 4 ϕ 12,5 (As = 5,0 cm²) e parte interna 4 ϕ 10 (As = 3,14 cm²), totalizando 8,14 cm², que devem ser colocados no topo do colarinho a 0,2 l_emb=0,16 m o que levaria a um espaçamento da ordem de 40 mm. A escolha das bitolas e barras deve ser feita por tentativas e ajustes. Começando pela armadura horizontal principal e procurando atender à recomendação de a parte externa ser o dobro da interna, tem-se: parte externa 4 ϕ 12,5 (As = 5,0 cm²) e parte interna 4 ϕ 10 (As = 3,14 cm²), totalizando 8,14 cm², que devem ser colocados no topo do colarinho a 0,2 l_emb=0,16 m o que levaria a um espaçamento da ordem de 40 mm. shp svp shs svsA 5,99 cm² A 6,82 cm² A 3,00 cm² A 3,41 cm²= = = = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício O detalhamento sugerido foi adotado da seguinte forma: • Armadura horizontal principal: parte externa 3 ϕ 12,5 (As=3,75 cm²) e parte interna 3 ϕ 10 (As=2,36 cm²), totalizando 6,11 cm²; • Armadura vertical principal (em cada canto): três grampos de 12,5 (6 ϕ 12,5) (As=7,50 cm²); • Armadura horizontal secundária: parte externa e parte interna 3 ϕ 8 (As=1,50 cm²), totalizando 3,00 cm²; • Armadura vertical secundária: três grampos de 10 ( 6 ϕ 10) (As=1,50 cm²); • Comprimento de embutimento l_emb=90 cm; • Dimensão externa do colarinho: h_ext=94 cm (nas duas direções); • Dimensão interna do colarinho: h_int=50 cm (nas duas direções); • Espessura do colarinho: h_c=22 cm; Embutimento do cálice de fundação: 9 cm. Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 7. Verificação da punção na laje de fundo. Pilar interno com momento (NBR 6118 / 2014 /19.5.2.2): sd rd2 sd sd sd p Critério de segurança: F k M Tensão solicitante: u d W d Tensão resistent = + rd2 ck cd e de compressão diagonal do concreto (NBR 6118 / 2014 / 19.5.3.1): 0, 27 (1 f / 250) f 0,42 kN/cm² Esforço normal de projeto: = − = bd sd N F 255 kN= = Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício máxEsforço normal para verificação da punção (NBR 9062 / 2017 / 7.7.3.7): Sendo = 0,5 sd bd F (1 ) N 127,5 kN Momento fletor no fundo da laje: = − = sd sd nb 1 2 ' M F e 1275 kNcm Coeficiente k (NBR 6118 / 2014 / Tab. 19.2) C / C 1,0 k = 0,6 Perímetro do contorno crítico C = = = → ' u = 2 ( 50 + 50 ) cm = 200 cm Altura últil da laje ao longo do contorno crítico C 2 2 p p 1 1 2 2 1 d = 18 cm Coeficiente W : W 0,5 C C C 4 C d 16 d 2 d C 73 , Critério de segurança: 3 .2 7 6 cm ² = + + + + = sd rd2 7,08 N/cm² 420 N/cm² Ok! = → → Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Exercício 8. Esquema da armadura: Figura 04: Esquema da armadura sugerida. (Debs, 2017) Ligação Pilar x Fundação. Aplicação Prática 2. Cálice de fundação. Obrigado! prof.luizsilva@unyleya.edu.br