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ESCOLA SECUNDÁRIA DE LATINO COELHO – LAMEGO DISCIPLINA DE FILOSOFIA - 11.º ANO | 2023/2024 A Experiência Religiosa como Afirmação do Espaço Espiritual no Mundo Professor de Filosofia: Vítor Rodrigues maio /24 1 Atividade / Tarefa – n.º 3 1. Leia, com atenção, o seguinte texto: “Uma coisa são as conceções que temos de Deus, outra, bem diferente, é o problema da sua existência. Sobre este ponto capital, as opiniões divergem. O agnosticismo sustenta que o chamado absoluto é inacessível à razão, que esta só alcança o relativo. Nestas condições, é impossível demonstrar racionalmente a existência de Deus. O ateísmo, na medida em que é o corolário do materialismo, não pode aceitar a existência de Deus, nem do Deus pessoal dos dualistas nem do Deus não antropomórfico dos panteístas. Nega, pois, a sua realidade, defendendo que só existe uma substância, a matéria (monismo materialista), que esta é eterna, incriada, e se desenvolve do átomo ao homem, dialeticamente (materialismo dialético), segundo leis rigorosas (determinismo absoluto). Por último, o espiritualismo. Este considera ser o Espírito a única substância existente (Panteísmo = Monismo) ou a substância preponderante (Teísmo = Dualismo). Sustenta que o absoluto é atingível não só pela razão como pela via psicológica do êxtase. 1.1. Identifique as três respostas ao problema da existência de Deus. 1.2. Com qual das três respostas ao problema da existência de Deus se identificas? Justifique a sua resposta. 1.3. Na sua opinião, a existência de um Deus omnipotente e bom é compatível com a existência do mal no mundo e do sofrimento de seres inocentes? Justifique a tua resposta. 2 Atividade / Tarefa – n.º 4 2. Leia, com atenção, o seguinte texto: “Três são as formas de conceber a natureza de Deus. O Deus do Panteísmo é o próprio Mundo, um mundo eterno, infinito e necessário, (que existe em si e por si ou que é causa de si mesmo, isto é, causa incausada). Por isso, o Deus do Panteísmo é um ser que se identifica com a Natureza ou o devir. É, por isso, imanente ao mundo e impessoal (não antropomórfico) e não um ser que o tenha criado e lhe seja exterior, isto é, transcendente. O Deus do Deísmo é um ser que cria o mundo do nada e o torna independente, visto lhe dar, simultaneamente com a criação, uma lei que o governa. Exterior e indiferente às vicissitudes do mundo que, de imediato, abandona, o Deus do Deísmo é, assim, um ser transcendente e não providencial, logo, não pessoal, mas simples princípio abstrato. O Deus do Teísmo é um ser que cria o mundo do nada (Deus Criador) como o Deus do Deísmo. Porém, é um ser sensível, que, sem se identificar com o mundo e o seu devir, não é alheio ao seu desenvolvimento, antes o orienta para um fim que é o Bem (Deus Providência). É, então, como os anteriores, um ser eterno, infinito e necessário. Contudo, não é assimilado às imperfeições do mundo e não é impessoal, como é o Deus do Panteísmo, nem simples princípio abstrato, não providencial, como é o Deus do Deísmo. É, pois, um Deus que é perfeito e transcendente ao mundo, porque o criou e dele se distingue irredutivelmente, mas também, de algum modo, imanente e providencial, na medida em que, sem se identificar com ele, o ilumina, o protege e suaviza e o encaminha para o Bem ou Salvação.” Atividade / Tarefa 4 2.1. Identifique as três formas de conceber a natureza de Deus. 2.2. Caracterize o Deus do Panteísmo, o Deus do Deísmo e o Deus do Teísmo. 2.3. Identifique as três grandes religiões monoteístas. 2.4. Qual a natureza do Deus das três grandes religiões monoteístas? Justifique a sua resposta.