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UNIÃO ESTÁVEL
Módulo patrimonial
– Conceito de união estável: união entre um homem e uma mulher caracterizada pela
convivência pública, contínua e duradoura, constituída com o objetivo de constituição de
família (art. 1.723, caput, do CC). Segundo o Texto Maior, a lei deve facilitar a sua conversão
em casamento (art. 226, § 3.º, da CF/1988). Como novidade, o Código Civil de 2002
reconheceu a possibilidade de uma pessoa separada de fato ou judicialmente constituir união
estável com terceiro (art. 1.723, § 1.º, do CC). Com a aprovação da Emenda Constitucional
66/2010, conhecida como Emenda do Divórcio, que retirou do sistema a separação jurídica
ou de direito, a norma somente tem relevância pela menção ao separado de fato.
O art. 1.723 do CC reconhece como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher configurada pela convivência (i) pública, (ii) contínua, (iii) duradoura, e (iv) com o
objetivo de constituir família.
– Diferenças entre união estável e concubinato:
Concubinato impuro:
- Se um ou ambos os concubinos forem casados não separados (de fato, extrajudicial ou
judicialmente) – art. 1.521, inc. VI, com exceção da previsão do art. 1.723, § 1.º, do CC.
Cumpre lembrar, mais uma vez, que a norma deve ser lida com ressalvas, a partir da Emenda
Constitucional 66/2010, no sentido de ter sido retirada do sistema jurídico nacional a
separação de direito ou jurídica, que abrange a separação judicial e a extrajudicial. Nessa
linha, repise-se, julgou o Supremo Tribunal Federal, em 2023, pondo fim a um longo debate
(STF, RE 1.167.478/RJ, Tribunal Pleno, Rel. Min. Luiz Fux, Tema 1.053, j. 08.11.2023).
– Se os concubinos tiverem entre si impedimentos decorrentes de parentesco consanguíneo
(ascendentes e descendentes ou irmãos). Não se aplica o impedimento entre colaterais de
terceiro grau (tios e sobrinhos), pois não há risco à prole (interpretação sistemática, à luz do
Decreto-lei 3.200/1941 e do Enunciado n. 98 do CJF/STJ) – art. 1.521, incs. I e IV, do CC.
– Se os concubinos tiverem entre si impedimentos decorrentes de adoção – art. 1.521, incs.
III e V, do CC.
– Se os concubinos tiverem entre si impedimentos decorrentes de parentesco por afinidade
(sogra e genro, sogro e nora, padrasto e enteada, madrasta e enteado) – art. 1.521, inc. II, do
CC.
– Se os concubinos tiverem entre si impedimento decorrente de crime – art. 1.521, inc. VII,
do CC.
– Direitos decorrentes da união estável:
a) Direitos e deveres similares ao casamento – art. 1.724 do CC.
b) Direito à meação, aplicando-se, no que couber, as regras do regime da comunhão parcial
de bens – art. 1.725 do CC.
c) Conversão da união estável em casamento – art. 1.726 do CC.
d) Alimentos – art. 1.694 do CC.
e) Direitos sucessórios – o STF reconheceu, em 2017 e por maioria de votos, a
inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC (STF, Recurso Extraordinário 878.694/MG, Rel.
Min. Luís Roberto Barroso, Informativo n. 864). Com isso, o companheiro deve ser visto ao
lado do cônjuge na ordem sucessória do art. 1.829 do Código Civil. O tema está tratado no
próximo volume desta coleção.
f) Aplicação das mesmas regras processuais previstas para o casamento – Código de Processo
Civil de 2015, em vários artigos.
Para que a união estável seja reconhecida, não há necessidade de um contrato escrito pelas
partes. Somente necessita dos requisitos objetivos e subjetivos que estão previstos no CC/02.
Diferença entre namoro qualificado.
- Objetivo de constituição de família (união estável);
O primeiro desses comandos legais é o art. 1.724 do CC, antes referenciado, que consagra os
deveres decorrentes da união estável impostos aos companheiros ou conviventes:
- Dever de lealdade (diferente do dever de fidelidade presente no casamento)
- Dever de respeito ao outro companheiro;
- Dever de mútua assistência, moral, afetiva, patrimonial e espiritual;
- Dever de guarda, sustento e educação dos filhos.
Regime de comunhão parcial de bens, é mais comum pelo fato de que as pessoas não
realizam um contrato de convivência escrito.
Contratos de Convivência
No que concerne aos direitos patrimoniais decorrentes da união estável, o art. 1.725 do
Código Civil enuncia que, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se à união
estável, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Contrato de namoro
- Prazo determinado
- Pode ser realizada por um procurador
- O estado civil não é alterado.
Outorga: art. 1647,CC/02
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar
futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou
estabelecerem economia separada.
Jurisprudência dividida: Outorga
É importante saber se há ou não a exigência de outorga dos companheiros no caso de
alienação de bem imóvel, ou, ainda para se prestar fiança ou aval, nos moldes do que exige,
para o casamento, o art. 1.647 do CC/2002, sob pena de anulabilidade do ato correspondente
(art. 1.649 do CC/2002). - importante pra prova
- Oponibilidade erga omnes
A priori, continuo a seguir a corrente pela resposta negativa, sendo essa claramente a
tendência superior do STJ, ou seja, é correto afirmar que o art. 1.647 do Código Civil, em
regra, não tem incidência para a união estável. Contudo, não se negue que o Código de
Processo Civil tende a aprofundar o debate a respeito dessa problemática, por mencionar a
necessidade da outorga conjugal para a hipótese que está prevista no inciso II do art. 1.647 do
Código Civil.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre
direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
§ 1.º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação
absoluta de bens;
II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV – que tenha por objeto o reconhecimento, constituição ou extinção de ônus sobre imóvel
de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2.º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é
indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
§ 3.º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.
1. Fernando das Flores, 75 anos e Hortência Rubia, 73 anos, há dois vivem em união pública,
contínua e duradoura e resolveram oficializar documentalmente a união estável que
constituíram entre si. Pretendem adotar entre si o regime de comunhão universal e querem
saber se isso é possível.
a) Dê Lhes as explicações necessárias para que o contrato de convivência não seja
considerado inválido com relação ao regime de bens escolhido.
2. Eduarda e Rafael vivem em união estável há dez anos. Durante este período não
documentaram sua situação, mas construíram patrimônio comum. Agora, em 2011,
realizaram escritura pública de convivência optando pelo regime de separação de bens. Essa
alteração de regimes é possível? Como se verificam seus efeitos, em especial nas relações
jurídicas em face de terceiros?

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