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PRINCÍPIOS GERAIS DO CORRETO TRATAMENTO DA DOR Mustafa Teles Sensação subjetiva desagradável Mesmo estímulo nociceptivo pode produzir variados graus de dor em diferentes indivíduos Sucesso terapêutico Valorizar a percepção de dor referida pelo paciente DOR DOR Dois componentes: NOCICEPÇÃO REATIVIDADE EMOCIONAL A DOR NOCICEPÇÃO Transmissão e reconhecimento de impulsos em resposta a um estímulo nocivo Estímulos nocivos ENDÓGENOS Inflamação, exposição de dentina, isquemia tecidual EXÓGENOS Mecânicos, químicos, físicos. Nocicepção– Sensação dolorosa propriamente dita- dependente de uma condução neuronal 5 DOR INFLAMATÓRIA AGUDA Estímulos físicos Estimulação direta dos nociceptores Dor de caráter inflamatório diretamente proporcional ao grau de estimulação e da área anatômica; Estímulos químicos Mediadores químicos endógenos liberados após a lesão tecidual Mediadores químicos Ativadores diretos dos nociceptores Potássio e Trifosfato de Adenosina Agentes mais comuns e implicados na resposta imediata à lesão tecidual, caracterizada por dor Histamina Liberados pelos mastócitos. Relacionados ao prurido, mas também dor e vasodilatação Bradicinina Talvez o mais potente estimulador direto dos nociceptores e também possui atividade vasodilatadora Serotonina Liberada pelas plaquetas e pelos mastócitos e está ligada a dor de origem vascular DOR INFLAMATÓRIA AGUDA DOR DE ORIGEM DENTAL E ANEXOS Caráter inflamatório agudo Medicação é coadjuvante a PROCEDIMENTOS DE ORDEM LOCAL Pulpite irreversível Auxílio da pulpectomia Período pós-operatório de intervenções odontológicas invasivas CARACTERIZAÇÃO DA DOR TEMPORAIS AGUDA CRÔNICA LOCALIZADA GENERALIZADA TEGUMENTAR VISCERAL TOPOGRÁFICOS FISIOPATOLÓGICOS ORGÂNICA PSICOGÊNICA INTENSIDADE LEVE MODERADA INTENSA CONTÍNUA INTERMINTENTE ESPORÁDICA PERIODICIDADE CARACTERIZAÇÃO DA DOR É IMPORTANTE PARA A SELEÇÃO DA CONDUTA ANALGÉSICA A SER ADOTADA CLASSIFICAÇÃO DOS ANALGÉSICOS AÇÃO PERIFÉRICA Analgésicos não opióides AÇÃO CENTRAL Analgésicos opióides CLASSIFICAÇÃO DOS ANALGÉSICOS DE AÇÃO PERIFÉRICA Antagonistas dos mediadores químicos que causam a ativação direta dos nociceptores Fármacos que previnem a sensibilização dos nociceptores por meio da inibição da FOSFOLIPASE A2 Fármacos que previnem a sensibilização dos nociceptores por meio da inibição da CICLOXIGENASE Drogas que DEPRIMEM DIRETAMENTE O NOCICEPTOR Drogas que deprimem indiretamente o nociceptor 1 3 4 2 FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 INIBIÇÃO FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 CORTICOSTEROIDES Diminui a disponibilidade do ácido araquidônico Diminuição da síntese de seus metabólitos pela via COX-2 Não age na isoforma COX-1 FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 DEXAMETASONA E BETAMETASONA Escolha na Odontologia Duração de ação prolongada e maior tempo de meia-vida plasmática Permite o emprego de dose única pré-operatória Dexametasona 4 mg Betametasona 8 mg FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 CONTRAINDICAÇÃO Pacientes portadores de doenças fúngicas sistêmicas Herpes simples ocular Tuberculose ativa Psicoses História de hipersensibilidade a droga FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 CONTRAINDICAÇÃO Usado com precaução em gestantes, lactantes, diabéticos, imunodeprimidos, portadores de doença cardiovascular, úlcera péptica ativa e infecções bacterianas disseminadas FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE PRÉ- OPERATORIO PÓS- OPERATÓRIO Prevenir a hiperalgesia e controlar e controlar o edema Controle da Dor instalada Empregados como medicação pré e pós-operatória(Prevenir a hiperalgesia e controlar e controlar o edema) Expectativa de resposta inflamatória de maior intensidade Tratamento de dor instalada como coadjuvante dos procedimentos de ordem local 19 FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE TRÊS ISOFORMAS De CICLOXIGENASES COX-1 – enzima constitutiva em grandes quantidades nas plaquetas, rins e mucosa gástrica COX-2 – forma induzível da enzima localizada principalmente nas células e tecidos envolvidos em processos inflamatórios COX-3 – Distribuída principalmente no córtex cerebral, medula espinhal e coração FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE Mais potente a inibição exercida sobre a COX-2 em relação a COX-1 Menores seriam as reações adversas do medicamento (Ex: Irritação da mucosa gastrointestinal, alterações renais) Desenvolvimento de fármacos para inibição seletiva da COX-2 FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE COX-2 - Regulação renal da excreção de sal através da renina, homeostasia da pressão arterial e o controle da agregação plaquetária pelo endotélio vascular Ações biológicas mostraram que os inibidores da COX-2 podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares Infarto agudo do miocárdio Acidente vascular encefálico Hipertensão arterial Falência cardíaca FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE AÇÃO FARMACOLÓGICA NOME GENÉRICO Inibidores não seletivos Inibem COX-1 e COX-2 Aspirina; Indometacina Piroxicam; Ibuprofeno Cetorolaco; Diclofenaco Inibidores seletivos Inibem preferencialmente a COX-2 Nimesulida e Meloxicam Inibidores específicos Inibem quase que exclusivamente a COX-2 Celecoxib Etoricoxib Lumiracoxibe POSOLOGIA NOME GENÉRICO E DOSE USUAL INTERVALO ENTRE DOSES DICLOFENACO 50mg 75 mg 8h CETOROLACO 10mg 6h 8h IBUPROFENO 400mg 600mg 6h 12h NIMESULIDA 100mg 12h MELOXICAM 7,5 0u 15mg 24h FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE PARACETAMOL(Acetaminofem) Analgésico na expectativa de dor leve a moderada Uso seguro – 4g/dia em adultos Hepatotóxico (Evitar uso concomitante com drogas hepatotóxicas) Fraca atividade anti-inflamatória Mais recomendado grávidas e crianças Contraindicado uso com anticoagulantes pelo risco aumentado de efeito anticoagulante e provocar hemorragia – VARFARINA SÓDICA PARACETAMOL 500 a 750 mg A cada 4 a 6 horas DROGAS QUE DEPRIMEM DIRETAMENTE O NOCICEPTOR Nociceptor previamente sensibilizados Inibidores da cicloxigenase e fosfolipase A2 não são tão eficazes na prevenção da hiperalgesia Deprime sua atividade após estar sensibilizado 30 DROGAS QUE DEPRIMEM DIRETAMENTE O NOCICEPTOR Dipirona – droga padrão(Pirazolonas) Analgésico e antipirético Vinculação com agranulocitose Doença causada pela falta ou número insuficiente de leucócitos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) Manifesta com ulcerações na garganta, trato gastrointestinal e outras mucosas DROGAS QUE DEPRIMEM DIRETAMENTE O NOCICEPTOR Consenso da eficácia inquestionável (Eficaz e seguro na Odontologia) Evitar pacientes com doenças hematológicas Evitar pacientes com hipersensibilidade aos derivados da pirazolona Dosagens recomendadas 500 mg a 1G- adultos -por dose 12 mg/kg de peso corporal para crianças Intervalo de 4 a 6 horas ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL Representados pelos OPIOIDES Ligação aos receptores opioides endógenos no SNC Depressão dos mecanismos centrais envolvidos na nocicepção Controle de dor aguda, moderada e intensa Emprego prolongado pode causar tolerância e dependência ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL MORFINA- droga padrão Agente de escolha no manejo da dor aguda intensa HOSPITALAR 30mg – 4h ou 60mg 8 a 12horas Fentanil - anestesiologia Lipossolubilidade Metadona Supressivos de adictos Dor crônica cancerosa Meperidina: Demerol® MV curta Altas doses Tremor, convulsões e abalos musculares Outros Opióides TYLEX® Paracetamol 500mg + codeína 30mg Comprimidos – 12 unidades Adultos : 1 a 2 comp 4-4h Associação da Codeína com Paracetamol Mais eficácia pelo efeito aditivo de dois analgésicos Agem por diferentes mecanismos Tramadol Doses de 50 a 100 mg SC Efeito 5 a 10 vezes menor que morfina Liga aos receptores opioides e também inibe a recaptação da noraepinefrina e serotonina Menos efeitos adversos no SC e SR Náuseas, vômitos, secura da boca, tontura, sonolência Reações alérgicas : Raras Efeitos adversos: Sedação, constipação, naúseas, vômitos, boca seca, depressão respiratória, prurido, retenção urinária, pele quente e eritematosa, hipotensão arterial OBRIGADO! BOM ESTUDO! DOR “...como uma experiência sensorial e emocional desagradável, relacionada com lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termos deste tipo de dano..” ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL PARA O ESTUDO DA DOR image2.jpeg image3.jpeg image4.png image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.png image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.png image14.png image15.png image16.png image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.jpeg image21.jpeg image22.jpeg image23.png image24.jpeg image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.png image29.jpeg image30.png image31.jpeg image32.jpeg image33.png image34.jpeg image35.jpeg image36.jpeg image37.png image38.png image39.jpeg