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DEVOLUTIVA TESTE DE PROFICIÊNCIA MEDICINA 2021.2 
DATA DE APLICAÇÃO: 18/11/2021 
 
QUESTÃO 1 
Área: Clínica Médica 
Tema: Ética Médica / Bioética 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n. 1995/2012: 
“Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de 
comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em 
consideração suas diretivas antecipadas de vontade. 
 § 3º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, 
inclusive sobre os desejos dos familiares.” 
Disponível em: http://old.cremerj.org.br/legislacao/detalhes.php?id=720&item=1. 
 
Pela descrição clínica, configura-se uma situação de terminalidade da vida, ou seja, uma expectativa de 
vida limitada a 6 meses ou no máximo 1 ano. Neste caso, aplica-se a resolução 1995/2012 do CFM, sobre 
os princípios da Ortotanásia. Sendo a vontade da pessoa não ser internada em UTI nem intubada, este 
desejo deve prevalecer e ser respeitado pela equipe, mesmo que os familiares não aceitem. Por outro 
lado, estão descartadas medidas que deliberadamente busquem abreviar ou interromper a vida, ou seja, 
a Eutanásia. Temos, portanto, as afirmativas I e III incorretas e II e IV corretas. 
 
QUESTÃO 2 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Ética Médica / Violência contra a mulher 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Recomendações éticas para a interrupção da gravidez decorrente de estupro: 
• Atendimento com equipe multidisciplinar, composta, no mínimo, por obstetra, anestesista, enfermeiro, 
assistente social e/ou psicólogo; 
• Orientação à mulher no sentido de tomar as providências policiais e judiciais cabíveis. Caso ela não o 
faça, não pode lhe ser negado o direito de abortamento legal; 
 • Esclarecimento sobre as alternativas legais em relação ao destino da gestação e as possibilidades de 
atenção nos serviços de saúde, que deve ser garantida independente da opção da gestante. 
 
QUESTÃO 3 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Bioética 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
Neste caso, temos o conflito entre princípios éticos: o princípio de beneficência e não maleficência, ambos 
relacionados à proteção da vida da pessoa, de um lado; e o princípio da autonomia, de outro. Uma vida 
 
sem autonomia não é uma vida com dignidade. Só é aceitável desrespeitar a autonomia de alguém quando 
há risco iminente de vida para essa pessoa ou para outrem. 
O risco iminente é um risco imediato, naquele momento, então se você tiver dúvida, pense: é uma 
emergência? A cirurgia do paciente seria de emergência ou eletiva? Se for eletiva, o risco de vida não é 
iminente e, portanto, não se pode desrespeitar a autonomia do usuário. 
Não há justificativa para "Solicitar ao paciente que procure outro médico, com base na quebra de confiança 
da relação médico-paciente", pois não está caracterizado no enunciado quebra de confiança. 
Não há justificativa para "Denunciar o paciente à Comissão de Ética do hospital" ou "solicitar que ela 
autorize a cirurgia, mesmo contra a vontade do paciente" ou "Notificar o(a) assistente social do hospital, 
para que ela acione a Procuradoria de Saúde do Ministério Público, a fim de possibilitar a intimação do 
usuário para realização do procedimento" pois em todas essas ações, está implícita a quebra da 
autonomia da pessoa, o que neste caso não seria justificado eticamente. 
 
QUESTÃO 4 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Equilíbrio ácido-básico 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Uma concentração de HCO3- de 19 mEq / L com um hiato aniônico alto (18 mEq / L) indica uma acidose 
metabólica de hiato aniônico alto (HAGMA). Usando a fórmula de inverno, a PaCO2 esperada para uma 
concentração de HCO3- de 19 mEq / L é de 34,5–38,5 mm Hg. Esse conjunto de valores tem PaCO2 de 
30 mm Hg (menor que o previsto), o que indica a presença de alcalose respiratória concomitante. Como 
resultado desse distúrbio ácido-básico misto, o pH é normal. Na fase inicial da toxicidade da aspirina, os 
pacientes desenvolvem alcalose respiratória devido à estimulação direta do centro respiratório na medula 
oblonga. Na fase tardia da toxicidade da aspirina, que ocorre várias horas após a ingestão, os pacientes 
desenvolvem um HAGMA devido ao acúmulo de cetoácidos orgânicos, ácido lático e ácido salicílico. O 
ácido salicílico desacopla a fosforilação oxidativa na mitocôndria, o que aumenta a conversão de acetil-
CoA em cetoácidos e a conversão de piruvato em lactato. O ácido salicílico também contribui diretamente 
para a acidose metabólica (embora em menor grau). 
A alcalemia com PaCO2 elevada (48 mm Hg) indica alcalose metabólica. A alcalose metabólica pode 
ocorrer em pacientes com intoxicação por aspirina como resultado de vômitos intensos. No entanto, esse 
paciente não vomitou após a ingestão de aspirina. 
Este conjunto de achados de gasometria arterial é normal. É improvável que esse paciente, que apresenta 
manifestações da fase tardia da toxicidade da aspirina, apresente gasometria arterial normal. 
Alcalemia com PaCO2 baixa (31 mm Hg), bicarbonato normal (26 mEq / L) e hiato aniônico normal (11 
mEq / L) indica uma alcalose respiratória não compensada. A alcalose respiratória se desenvolve na fase 
inicial da toxicidade do salicilato. No entanto, várias horas após a ingestão de salicilato, os pacientes 
também desenvolvem uma acidose metabólica de hiato aniônico alto que resulta em um distúrbio ácido-
básico misto. 
Um pH normal (7,36) com PaCO2 alta (50 mm Hg), bicarbonato normal (27 mEq / L) e um gap aniônico 
normal (10 mEq / L) indica uma acidose respiratória não compensada. É improvável que esse paciente, 
que está hiperventilando, tenha acidose respiratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Genética 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O fenótipo de Camila é típico da síndrome de Down e caracteriza-se geneticamente por uma alteração 
cromossômica numérica, onde se tem a trissomia no cromossomo 21. Provavelmente em decorrência da 
primiparidade em idade materna avançada. 
 
QUESTÃO 6 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Marcadores tumorais 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Este paciente provavelmente sofre de obstrução biliar maligna, conforme indicado por sinais de icterícia 
indolor, prurido e escoriações (como resultado de ácidos biliares séricos elevados), fezes claras, 
hiperbilirrubinemia direta (conjugada) e ALP elevada. A massa solitária da cabeça do pâncreas é 
provavelmente a culpada por obstruir os ductos biliar e pancreático e causar dilatação subsequente. Como 
sinal de insuficiência pancreática endócrina, o paciente também apresenta níveis elevados de glicose 
sérica. 
CA 19-9 é um marcador tumoral elevado em doenças hepatobiliares não malignas, bem como em vários 
tipos de câncer, mais importante ainda no adenocarcinoma pancreático. Outros achados laboratoriais 
menos sensíveis e específicos que estão elevados no câncer de pâncreas incluem antígeno 
carcinoembrionário (CEA) e, em alguns casos, níveis de lipase. Os marcadores tumorais devem ser 
obtidos para fins de monitoramento da doença, e não para a confirmação do diagnóstico. Níveis mais 
elevados de CA 19-9 na apresentação inicial estão associados a um pior prognóstico. 
Níveis elevados de glucagon no contexto de uma massa pancreática são encontrados em pacientes com 
glucagonoma. Os pacientes geralmente apresentam hiperglicemia, eritema necrolítico migratório, queilite 
angular e diarreia crônica. Embora um glucagonoma possa se manifestar com sintomas que são muito 
semelhantes aos do adenocarcinoma pancreático (por exemplo, perda de peso, diarreia, hiperglicemia, 
desconforto abdominal), este é um tumor neuroendócrino raro do pâncreas e menos provável. 
Os níveis de alfa-fetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma hepatocelular (HCC), 
câncer de ovário e tumores de células germinativas mistos, mas os cânceres pancreáticos produtoreso comprometimento de órgãos específicos incluem:[14][29] 
• Comprometimento neurológico: por exemplo, visão turva, tontura, cefaleia, convulsões, alteração 
do estado mental basal, disfagia, perda de sensibilidade, parestesia ou perda do movimento 
• Comprometimento cardíaco: por exemplo, dor torácica, dispneia, diaforese, ortopneia, dispneia 
paroxística noturna, palpitações ou edema 
• Comprometimento renal: por exemplo, diminuição no débito urinário. 
 
Se a PA diastólica estiver acima de 140 mmHg, pode-se usar o nitroprusseto para se atingir uma redução 
de 10% a 15% em 24 horas 
 
Os pacientes com emergências hipertensivas devem ser internados em uma unidade de terapia intensiva 
para monitoramento contínuo da pressão arterial e de danos a órgãos-alvo e para administração 
parenteral dos agentes terapêuticos 
BMJ Best Practice - Hipertensão Maligna. 
 
QUESTÃO 46 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diagnóstico diferencial da pericardite 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Os sintomas apresentados, juntamente com alterações eletrocardiográficas (supradesnivelamento difuso 
do segmento ST em todas as derivações) sugerem o diagnóstico de pericardite viral. 
 
QUESTÃO 47 
Área: Clínica Médica 
Tema: LMA x LMC 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Esse caso tem todos os indicativos de tratar-se de uma LMC: caso crônico, arrastado, com sintomas 
inespecíficos e condizentes com o quadro. Ao exame físico apresenta esplenomegalia que também é 
característico e o hemograma apresenta anemia, com leucocitose e desvio a esquerda até blastos, com 
plaquetas normais. Por se tratar de uma doença crônica, não há a necessidade de encaminhar o paciente 
para o pronto socorro, podendo ser encaminhado via ambulatorial para um centro de referência em 
tratamento, tomando o cuidado de não deixar o paciente se “perder” no caminho. Classicamente a doença 
é confirmada encontrando-se a translocação 9:22, o chamado cromossomo Philadelfia na maioria dos 
pacientes, apesar de uma pequena porcentagem apresentar uma forma variante, mas é fundamental 
realizar esses exames para que se possa iniciar o tratamento preconizado para a doença. Sem esse 
exame, não se pode fazer a liberação do tratamento com os inibidores de tirosina quinase, que são feitos 
via oral. 
 
QUESTÃO 48 
Área: Clínica Médica 
Tema: Infecção urinária / diagnóstico e tratamento da pielonefrite 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Quadro de pielonefrite, para confirmar solicitar sumário de urina e introduzir antibioticoterapia empírica 
com Ciprofloxacina. 
 
QUESTÃO 49 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diagnóstico da IRC e indicação de diálise 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Trata-se de um quadro e insuficiência renal crônica, sendo o paciente com hipertensão e diabetes mellitus 
que são os principais fatores para o desenvolvimento da perda da função renal. Os valores de uremia e 
calemia estão elevados e o paciente está desenvolvendo encefalopatia urêmica, devendo-se fazer 
tratamento dialítico de urgência. 
 
 
 
QUESTÃO 50 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diagnóstico Diferencial / tratamento das dermatomicoses 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A pitiríase versicolor (PV) é uma infecção fúngica superficial comum, causada pelo fungo Malassezia 
furfur, Pacientes com PV geralmente apresentam múltiplas lesões no tronco, com regiões intercaladas de 
pele normal. As lesões podem também surgir no pescoço e extremidades superiores proximais. Sua 
distribuição normalmente é paralela à das glândulas sebáceas, com ocorrência maior no tórax, dorso e 
face. O tratamento é realizado com cetoconazol 200mg/ dia por 10 dias e xampu de sulfeto de selênio 
2,5%. 
 
QUESTÃO 51 
Área: Clínica Médica 
Tema: ISTs 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Esse é o tratamento indicado pelo protocolo do Ministério da Saúde, por ter melhor evidência de risco 
benefício, para a uretrite aguda em homens, cujas maiores etiologias são gonococo e clamídia. Importante 
lembrar de oferecer à pessoa as demais condutas para IST como busca ativa de parceiros(as), sorologias 
para outras ISTs, aconselhamento sobre uso de preservativo e oferecer vacinação para hepatite B em 
não vacinados. 
 
QUESTÃO 52 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: diagnóstico de hipertiroidismo 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Trata-se de Hipertireoidismo manifesto. O exame físico em pacientes com hipertireoidismo manifesto pode 
ser notável pela hiperatividade e fala rápida. Muitos pacientes apresentam o olhar fixo (retração da 
pálpebra) e o retardo da pálpebra, representando hiperatividade simpática. A pele é geralmente quente e 
úmida, e o cabelo pode ser fino e fino. A taquicardia é comum, o pulso é irregularmente irregular em 
pacientes com fibrilação atrial, hipertensão sistólica pode estar presente e o precórdio costuma ser 
hiperdinâmico [6]. Tremor, fraqueza muscular proximal e hiperreflexia são outros achados frequentes. 
Exoftalmia, edema periorbital e conjuntival, limitação dos movimentos oculares e dermopatia infiltrativa 
(mixedema pré-tibial) ocorrem apenas em pacientes com doença de Graves. 
 
QUESTÃO 53 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diabetes Mellitus: diagnóstico e tratamento 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Paciente diabético com descontrole glicêmico, com níveis glicêmicos superiores a 300 mg/dl e sintomas 
de hiperglicemia devem ser tratados com insulinoterapia. Não há indicação de internação, pois não há 
 
sinais de desidratação ou cetose. Como o paciente tem um IMC normal, deve-se pensar na possibilidade 
de um diabetes autoimune, como o LADA, e prosseguir investigação. 
 
QUESTÃO 54 
Área: Clínica Médica 
Tema: Anemia por deficiência de Ácido fólico ou Megaloblástica 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A principal HD é de Deficiência de vitamina B12 – gabarito letra D – paciente com fatores de risco como 
dieta vegetariana e uso de metformina, além de apresentar no exame físico sinais de anemia (hipocorada) 
e de neuropatia periférica (reflexo aquileu diminuído bilateral de forma simétrica). 
Letra A – ansiedade não explicaria as alterações no exame físico. 
Letra B – paciente possui sinais de anemia, porém história clínica e exame físico sugerem deficiência de 
B12 e não de ferro (não menstrua há 4 meses devido uso de ACO contínuo) 
Letra C – paciente sem histórico de infecção de TGI prévia, exame físico sem sinais de déficit motor 
Letra E – paciente sem déficit focal, e sem outras queixas neurológicas, caso com evolução crônica. 
 
QUESTÃO 55 
Área: Clínica Médica 
Tema: Complicações do diabetes 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Esta é uma questão cujo escopo é o tratamento de complicações de diabetes mellitus em Atenção 
Primária. Existem nuances interessantes nesta questão. Em primeiro lugar, é necessário decidir se o 
paciente será encaminhado neste primeiro momento para a Emergência. Ele apresenta hiperglicemia 
importante, hipertensão arterial descontrolada, desidratação leve, uma úlcera no pé, turvação visual e 
disfunção erétil. Apesar de todos estes achados, ele pode ser tratado em ambulatório, não sendo indicado 
o encaminhamento à Emergência neste momento, pois ele apresenta complicações crônicas sem ter 
neste momento alguma síndrome aguda como sepse, ferida infectada, cetoacidadose, desidratação 
moderada, etc. Ele apresenta claramente critérios de insulinização (glicemia pós-prandial de 320 mg/dL e 
múltiplas complicações da DM). Por isso, podemos descartar todas as alternativas que não apresentam a 
insulina como prescrição imediata. O paciente poderá ser encaminhado para o médico angiologista, mas 
não sem antes ter sua ferida avaliada pelo profissional de enfermagem na própria APS. Temos apenas 
uma alternativa que contempla a insulinização pelo médico e a avaliação da ferida pelo enfermeiro, ambos 
da equipe de APS, e que agrega corretamente uma consulta com nutricionista. Trata-se de uma questão 
que detalha, em um caso clínico, como deve ocorrer a construção de um plano de cuidados interdisciplinar 
e multiprofissionalem APS, a fim de alcançar um alto grau de resolutividade, sem derivar de forma 
desnecessária a pessoa a outros níveis de cuidado. 
 
QUESTÃO 56 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diarreia Aguda - fisiopatologia, diagnóstico diferencial e/ou tratamento 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A diarreia aguda osmótica tem característica de ser explosiva, aquosa e está associada a ingesta 
excessiva de magnésio, não apresenta sinais de desidratação ou sepse. Por isso a conduta adequada 
seria tratar com sintomáticos, hidratar por via oral e suspender o uso do leite de magnésio. 
 
 
QUESTÃO 57 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diagnóstico de LES 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O último consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico manejo e tratamento da 
nefrite lúpica (2015) recomenda que, na impossibilidade de se realizar biópsia renal nos casos com 
indicação precisa, pode ser feita a inferência da classe histopatológica e, consequentemente, seu 
tratamento. O caso descrito é um clássico do lúpus sistêmico com envolvimento renal: mulher negra, 
jovem, com manifestações cutâneo-articulares, um possível derrame pleural, citopenia e o envolvimento 
renal marcado por hipertensão, edema, proteinúria e elevação da creatinina. Pode-se inferir tratar-se de 
glomerulonefrite lúpica classe IV. O tratamento de indução deve ser feito com pulsoterapia. Inicialmente, 
com metilprednisolona seguida de ciclofosfamida. A fase de manutenção pode ser feita com azatioprina 
oral. 
 
QUESTÃO 58 
Área: Clínica Médica 
Tema: Diagnóstico e abordagem do AVC isquêmico 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A.Trombólise IV com alterplase é benéfica em melhorar prognóstico funcional se realizada até 4 horas e 
meia do ictus. 
B. Utiliza-se stent retriever para procedimentos de trombectomia. 
C. Trombectomia mecânica deve ser considerada para pacientes com AVE causado por oclusão de artéria 
carótida intracraniana e porção M1 da artéria cerebral média. Não deve ser considerada em caso de 
oclusão de artéria vertebral. 
D. O trombolítico de escolha é a alteplase. 
E. Os procedimentos de reperfusão (trombólise e trombectomia mecânica) podem produzir injúria por 
reperfusão, incluindo hemorragia e edema. 
 
QUESTÃO 59 
Área: Clínica Médica 
Tema: Abordagem terapêutica da enxaqueca 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Quanto maior o tempo para se instituir o tratamento a partir do início da dor, há maior possibilidade de 
resistência e insucesso à terapêutica prescrita. 
 
QUESTÃO 60 
Área: Clínica Médica 
Tema: Profilaxia / diagnóstico diferencial de meningites 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre 
outros, e agentes não infecciosos. A análise do líquor demonstra o aumento das proteínas e consumo da 
glicose. O quadro tem evolução rápida e precisa de intervenção precoce com antibioticoterapia venosa. 
 
 
QUESTÃO 61 
Área: Clínica Médica 
Tema: Conduta na asma 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
Nesta questão, abordam-se os critérios de gravidade para asma definidos pelo III Consenso Brasileiro no 
Manejo para asma, contidos no quadro 05, página 25 contidos na letra A (vide abaixo). 
 
 
Disponível em: 
https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Suple_163_52_cons_asma_2002_s03.pdf 
 
QUESTÃO 62 
Área: Clínica Médica 
Tema: Classificação do GOLD e o Manejo inicial de paciente com DPOC com risco de exacerbação 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Trata-se de paciente em que os sintomas, epidemiologia e exames complementares permitem o 
diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Na Classificação GOLD, o paciente se encaixa no 
Grupo C, pois tem muitas exacerbações, mas sem muita dispneia ou alteração da qualidade de vida no 
período fora das exacerbações. Neste caso a recomendação do tratamento inicial é do uso de LAMA, 
pois, além do efeito broncodilatador com melhora da dispneia ao esforço, é o broncodilatador que melhor 
previne as exacerbações. Corticoide inalatório não está indicado neste caso. 
 
QUESTÃO 63 
Área: Clínica Médica 
 
Tema: Diagnóstico / avaliação de gravidade de PAC 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
De acordo com o score CURB-65, há dois fatores no caso clínico apresentado que pontuam indicando a 
internação hospitalar do paciente, sendo FR> 30 ciclos/min e a medida da Ureia >50mg/dl. 
 
QUESTÃO 64 
Área: Clínica Médica 
Tema: Tratamento de quadro depressivo 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
Os sintomas apresentados preenchem critérios para episódio depressivo e a primeira opção para 
tratamento são os inibidores de recaptação de serotonina. 
 
QUESTÃO 65 
Área: Clínica Médica 
Tema: uso de drogas ilícitas 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
Nesta questão, abordam-se os princípios da abordagem terapêutica do uso abusivo de substâncias 
(drogas). A eficácia do tratamento depende da criação de um vínculo entre a pessoa e os profissionais e 
serviços de saúde, a fim de propiciar o acompanhamento longitudinal, já que o abuso é uma condição 
crônica com alto índice de recorrência. Por isso, todas as alternativas que colocam a abstinência como 
condição sine qua non para o acompanhamento estão incorretas. Deve-se primeiramente realizar o 
acolhimento e, em seguida, pactuar um plano de cuidados de forma compartilhada com a pessoa, sendo 
a abstinência uma meta a ser buscada ao longo do processo, não necessariamente de imediato. De forma 
paradoxal, esta abordagem atinge taxas de abstinência a longo prazo maiores que os programas que 
priorizam a abstinência de forma imediata e abrupta, pois nestas a taxa de abandono do tratamento é 
muito mais alta ao longo do tempo. A alternativa que relaciona o acompanhamento dos pais com 
“infantilização” está incorreta, pois o reforço da rede de apoio social (da qual a família é parte fundamental) 
é um dos pontos centrais do plano de cuidados, e deve ser priorizada sempre. 
 
QUESTÃO 66 
Área: Clínica Médica 
Tema: Tratamento de Leishmaniose visceral 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A. A formulação lipossomal da anfotericina B é recomendada para casos com sinais de gravidade e que 
apresentem insuficiência renal. 
B.O antimoniato é a escolha para uso ambulatorial nos casos leves, mas pode piorar a insuficiência renal 
do paciente. 
C. A formulação de desoxicolato pode piorar os níveis de ureia e creatinina, devido a sua nefrotoxicidade. 
D. Miltefosina não foi aprovada para uso no Brasil. 
E. Droga utilizada para casos refratários ao tratamento, nas suspeitas de resistência. Nega doenças e 
tratamentos anteriores. 
 
QUESTÃO 67 
 
Área: Clínica Médica 
Tema: Manejo dos anticoagulantes 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A. A heparina em doses terapêuticas é o medicamento de escolha no tratamento da trombose venosa 
profunda. Podem ser utilizadas, tanto a heparina não fracionada (HNF), por via intravenosa, assim como 
a heparina de baixo peso molecular (HBPM), por via subcutânea. O RNI ou INR (Relação Normatizada 
Internacional) deve ser verificado diariamente a partir do terceiro dia, e a heparina descontinuada apenas 
quando o INR (valores: 2 até 3) tenham sido obtido por dois dias consecutivos; caso contrário, a heparina 
deve ser mantida até que esse objetivo tenha sido alcançado. Na descontinuação do uso da heparina 
deve ser mantida a varfarina em dose ajustada. Na impossibilidade do uso da varfarina para o tratamento 
de manutenção, pode ser utilizado a heparina de baixo peso molecular em doses terapêuticas (1mg/kg de 
peso 2 vezes ao dia). 
B. O uso clínico da varfarina é indicado quando o RNI do paciente está entre 2-3 durante 2 dias. No caso 
em questão não foi relatado essa quantificação para que justificasse o uso do medicamento. 
C. O uso do plasma fresco é indicado em pacientes com efeito adverso ao uso de anticoagulantes oraias, 
em uso de heparina, ou que fazem interações medicamentosas que possam provocar sinergismo comoanticoncepcionais orais, hipoglicemiantes orais ou anti-inflamatórios. 
D. O uso de vitamina K é indicado em pacientes com efeito adverso ao uso de anticoagulantes oraias, em 
uso de varfarina. 
E. A dabigatrana, é disponível no mercado brasileiro e está em estudo clínico fase III, pode ser utilizado 
para tratamento de trombose venosa, apresenta efeito similar a varfarina, não corresponde ao fármaco de 
primeira escolha para o tratamento. 
 
QUESTÃO 68 
Área: Clínica Médica 
Tema: Tratamento de artrite reumatoide 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Poliartrite crônica e aditiva em mulher, com sintomas sistêmicos e síndrome seca. A primeira hipótese 
deve ser artrite reumatoide e os primeiros exames a serem solicitados são RX das articulações, VHS, 
PCR, fator reumatoide e anti-CCP. 
 
QUESTÃO 69 
Área: Clínica Médica 
Tema: Manejo e tratamento de Crises convulsivas 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A primeira questão foi elaborada com propósito de avaliar capacidade do aluno em reconhecer uma crise 
epiléptica, diferenciar de crises não epilépticas. Definir momento ideal para início do anticonvulsivante. 
Reconhecer a necessidade de investigação. 
 
QUESTÃO 70 
Área: Clínica Médica 
Tema: Associação de antibióticos 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
 
Sulfametoxazol-trimetroprima apresenta ação bacteriostática, não devendo ser administrado em conjunto 
com antibióticos bactericidas. Levofloxacina, amoxicilina, ampicilina e ceftriaxona são bactericidas. 
Sulfametoxazol-Trimetoprima é bacteriostático. Azitroicina tem efeito bacteriostático, podendo também ter 
efeito bactericida. 
 
QUESTÃO 71 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Conduta / Comprometimento da vitalidade fetal no intraparto 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
A opção correta é aquela que indica que o diagnóstico é de asfixia aguda, pois a cardiotocografia 
demonstra e existência de desaceleração do tipo II, onde a queda da FCF ocorre com um atraso em 
relação à contração uterina. A conduta obstétrica mais adequada é a interrupção imediata da gestação 
pela cesariana. 
Este padrão cardiotocográfico não é tranquilizador. 
Diante deste diagnóstico com 8 cm de dilatação, não está indicada conduta de observação expectante. 
 
QUESTÃO 72 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Conduta nas irregularidades menstruais na pré-menopausa 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
A instalação da menopausa, já definida anteriormente como período de 12 meses sem menstruações. 
Durante a fase da transição menopausal, os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e 
nas características do fluxo. Inicialmente pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da 
periodicidade, devido à maturação folicular acelerada e ovulação precoce, o que pode ser seguido por 
uma fase lútea com baixa produção de progesterona e instalação de ciclos polimenorreicos, com fluxo 
diminuído ou aumentado. 
Não há necessidade de confirmação diagnóstica, com solicitação de dosagens hormonais. 
O FSH está elevado na menopausa. 
 
QUESTÃO 73 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Seguimento de paciente com endometriose 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Os dados clínicos de dismenorreia e dor ao evacuar, associados à infertilidade, sugerem o diagnóstico de 
endometriose. Para elucidar a suspeita de endometriose a laparoscopia é padrão ouro e a ressonância 
nuclear magnética costuma ser de grande auxílio. 
O tratamento é variável e individualizado, dependendo da intensidade do quadro de cada paciente. 
Levando em consideração estes dados clínicos não há possibilidade de estabelecer a etiologia da 
infertilidade. 
O diagnóstico de certeza da endometriose não é realizado com dosagem deste marcador tumoral, apesar 
de se apresentar elevado ocasionalmente. 
A laparoscopia não apresenta contraindicação neste caso. 
 
QUESTÃO 74 
 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Anticoncepção de emergência 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O acetato de ulipristal é uma opção de contracepção de emergência eficaz se administrado dentro de 
cinco dias após a relação sexual desprotegida. Estudos demonstraram que é até 99% eficaz na prevenção 
da gravidez. Em pacientes que desejam engravidar em um futuro próximo, como esta paciente, o acetato 
de ulipristal é uma escolha apropriada. 
Os dispositivos intrauterinos contendo cobre têm se mostrado de longe a opção mais eficaz para a 
anticoncepção de emergência, com uma taxa de sucesso de 99,9%. Como o DIU fornece anticoncepção 
por até 12 anos, uma vez inserido, é uma boa opção para mulheres que precisam de anticoncepção de 
emergência e não desejam engravidar em um futuro próximo. No entanto, se uma mulher quiser 
engravidar em um futuro próximo, por exemplo, como esta paciente dentro de 6 meses, outras opções 
eficazes de contracepção de emergência devem ser consideradas. Além disso, a alergia a joias e ligas 
metálicas deste paciente pode indicar uma alergia ao cobre, caso em que um DIU contendo cobre seria 
contra-indicado. Outras contra-indicações incluem gravidez conhecida ou suspeita, lesões endometriais 
ou pré-cancerosas cervicais ou câncer, DSTs sintomáticas nos últimos 3 meses e doença de Wilson. 
Embora um dispositivo intrauterino com progesterona seja uma excelente opção para contracepção de 
longo prazo, esta paciente requer contracepção de emergência. DIUs contendo progestógeno estão sendo 
estudados para esta indicação, mas não são aprovados nem recomendados para anticoncepção de 
emergência imediata. 
O DMPA é amplamente utilizado para contracepção planejada, particularmente em mulheres que não 
desejam tomar um contraceptivo diário, pois ele é administrado apenas uma vez a cada três meses. No 
entanto, este agente não é usado para anticoncepção de emergência. 
As pílulas anticoncepcionais orais combinadas são amplamente utilizadas na contracepção diária 
planejada. Eles também podem ser usados ??para anticoncepção de emergência, embora sejam os 
menos eficazes (~ 3,5% de taxa de falha) dos métodos amplamente disponíveis. 
 
QUESTÃO 75 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Infertilidade 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
O espermograma é o mais importante exame para averiguar a capacidade reprodutiva dos homens, pois 
avalia de uma só vez a quantidade e a qualidade do espermatozoide para fertilizar um óvulo. 
Análise microscópica 
 
 
1Critérios estabelecidos por Kruger, chamados de morfologia estrita. 
 
QUESTÃO 76 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Câncer de mama 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
Aqueles com mutações BRCA - genes de suscetibilidade ao câncer de mama 1 e 2 (BRCA1 e BRCA2 
[BRCA]) portadores da mutação têm risco aumentado de desenvolver um segundo câncer de mama. 
Variantes patogênicas em outros genes, incluindo proteína tumoral p53 (TP53), homólogo de fosfatase e 
tensina (PTEN) e outros, também aumentam o risco de um segundo câncer de mama. Portanto, embora 
a terapia conservadora da mama seja eficaz nessas pacientes, elas podem optar por se submeter a 
mastectomia bilateral para reduzir o risco de um segundo câncer de mama. 
A maioria das mulheres com câncer de mama ou de ovário tem câncer esporádico, e não hereditário. 
Embora a maioria das mulheres com câncer de mama e / ou ovário hereditário carregue uma variante 
patogênica (ou seja, mutação deletéria ou prejudicial) no gene de suscetibilidade ao câncer de mama 1 
(BRCA1) ou gene de suscetibilidade ao câncer de mama 2 (BRCA2), alguns cânceres de mama 
hereditários são devidos a outras síndromes hereditárias raras, como as síndromes de Li-Fraumeni e 
Cowden, que estão associadas a variantes patogênicas na proteína tumoral p53 (TP53) e genes 
supressores tumorais homólogos de fosfatase e tensina (PTEN), respectivamente. Variantes patogênicas 
em outros genes também conferem um risco elevado de câncer de mama e / ou ovário. 
Overview of hereditary breast and ovarian cancer syndromes associated with genes other than BRCA1/2 
– UpToDate. Oct 2021. | This topiclast updated: Oct 12, 2021. 
 
QUESTÃO 77 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Partograma / Paciente primigesta em trabalho de parto prolongado 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A curva de dilatação do partograma mostra uma para de progressão da dilatação. A curva de dilatação 
com taxa de dilatação inferior à 1 cm/h indica distúrbio contrátil. As primeiras 5 horas do trabalho de parto 
 
transcorreram com atividade uterina insuficiente (hipocinesia), apresentando 2 contrações/10 min., 
algumas com duração inferior à 40 seg. Mesmo após o uso de ocitocina intravenosa, o padrão contrátil 
não alcança a normalidade para a dilatação cervical de 6 cm. (4 contrações/10 min., com duração de 50 
seg.). 
O preenchimento correto do partograma se inicia antes da linha de alerta. 
A última aferição da FCF = 110 bpm., indica a instalação da cardiotocografia contínua durante o trabalho 
de parto, e de forma alguma é fato tranquilizador. 
O fato da altura da apresentação cefálica não estar insinuada não indica como primeira opção diagnóstica 
a desproporção céfalo-pélvica, pois o padrão contrátil inadequado também apresenta influência na 
descida da apresentação. 
Após correção da discinesia e normalização da cuirva de dilatação, a dificuldade de insinuação sugere o 
diagnóstico de desproporção céfalo-pélvica. 
 
QUESTÃO 78 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Conduta em Incontinência urinaria de esforço 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
Observe que no traçado do estudo urodinâmico (cistometria – fase de enchimento) surge uma contração 
detrusora não inibida (hiperatividade detrusora – Pressão Intravesical é praticamente idêntica à pressão 
detrusora), e o medidor de pressão abdominal praticamente não se altera (linha basal). Concomitante à 
contração não inibida visualiza-se uma pequena perda urinária (na linha superior do traçado). 
O tratamento de hiperatividade detrusora com perdas pode ser realizado com anticolinérgicos. Um 
exemplo é a oxibutinina (bloqueador do tipo muscarínico). 
Não se trata de uma manobra de valsalva nem esforço, devido à não alteração significativa da pressão 
abdominal durante a fase de perda. Os procedimentos cirúrgicos (sling pubovaginal e injeção 
endoscópica) não são indicados nestes pacientes, podendo até piorar o quadro clínico. Não há indícios 
que levam a fechar o diagnóstico de diabetes insipidus no traçado do exame porque o mesmo não possui 
este tipo de aplicação (estudo fisiologia da micção), muito menos a indicação de vasopressina. 
 
QUESTÃO 79 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: hipertensão gestacional 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
O caso clínico apresenta indicadores epidemiológicos que sugerem o diagnóstico de pré-eclâmpsia 
(primigesta jovem que apresenta hipertensão após 20 semanas de gestação), porém a definição do 
diagnóstico de certeza, inclui o aparecimento da proteinúria. 
Algumas classificações dos quadros hipertensivos na gravidez denominam de hipertensão gestacional 
todos os quadros hipertensivos que surgem na gravidez. 
O nível de PA distólica acima de 100 mmHg indica a abordagem farmacológica. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 80 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: sangramento vaginal em mulher menopausada 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Exames que permitem visualizar o útero e seu interior são utilizados para detectar e diagnosticar o câncer 
de endométrio. Os seguintes exames e procedimentos auxiliam no diagnóstico devem ser usados nesta 
sequência: 
• História clínica da paciente e exame físico 
• Ultrassonografia transvaginal 
• Histeroscopia (visualização do interior do útero por meio de uma câmera introduzida pela vagina) 
• Biópsia do endométrio (o médico retira uma pequena amostra da camada interna do útero e envia 
para análise microscópica) 
Após o diagnóstico de qualquer tipo de câncer, são realizados exames para avaliar se o tumor está restrito 
ao órgão de origem ou se há disseminação para outros órgãos. Esta etapa chama-se estadiamento de 
doença. É importante conhecer o estágio da doença para o planejamento adequado do tratamento. A 
escolha do tratamento, além de depender do estágio da doença, leva em conta a idade e a presença ou 
não de outros problemas de saúde que a paciente possa apresentar. 
Os seguintes exames são utilizados para auxiliar no estadiamento do câncer de endométrio: 
• Exame pélvico (com espéculo e toque vaginal) 
• Exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia e/ou Ressonância Nuclear 
Magnética) 
 
QUESTÃO 81 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Investigação diagnóstica em Cisto ovário 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O diagnóstico deste caso foi realizado pelo exame ultrassonográfico transvaginal, que evidenciou imagem 
cística anecóica, sem vegetações em seu interior, e que apresenta características de benignidade. 
A idade da paciente, os achados clínicos e laudo ultrassonográfico não indicam as hipóteses de cisto 
endometriótico e neoplasias ovarianas 
 A conduta maios adequada para o cisto folicular é Anticoncepcional Oral Hormonal. 
 
QUESTÃO 82 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Diagnóstico e tratamento de gonorreia 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
O quadro clínico não é característico de nenhum tipo de vulvovaginite específica. O achado de secreção 
mucopurulenta associada ao estado de friabilidade do colo uterino indica a possibilidade de cervicite 
aguda, provavelmente causada por Infecção Sexualmente Transmissível. 
O NAAT do fluido vaginal é o teste de escolha no diagnóstico de Chlamydia trachomatis e Neisseria 
gonorrhoeae. O NAAT fornece um resultado rápido, tem uma alta sensibilidade e pode diferenciar entre a 
infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae. Portanto, substituiu amplamente testes como culturas e 
coloração de Gram. 
 
O esfregaço de Tzanck é usado no diagnóstico de infecções virais, como o vírus herpes simplex (HSV) e 
o vírus varicela zoster (VZV). Fragmentos da base de uma lesão herpética geralmente mostram células 
gigantes multinucleadas (células de Tzanck). Embora o herpes genital possa apresentar corrimento 
vaginal, a ausência de lesões dolorosas “perfuradas” e úlcera excluem esse diagnóstico. 
A coloração de Gram de um esfregaço cervical é usada para detectar infecções bacterianas do colo do 
útero. No entanto, tem uma sensibilidade relativamente baixa e não pode ser usado para diagnosticar a 
infecção por Chlamydia trachomatis, que é um patógeno intracelular obrigatório e, portanto, difícil de ser 
corado. O teste foi amplamente substituído por testes mais sensíveis e específicos com a capacidade de 
diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Em hospitais com acesso 
limitado a recursos de diagnóstico (por exemplo, em países em desenvolvimento), o teste ainda é utilizado 
para diagnosticar cervicite gonocócica. 
A colposcopia é comumente usada para avaliar anormalidades cervicais encontradas em testes de 
rastreamento de câncer, como o esfregaço de Papanicolaou. Não é útil para diagnosticar o patógeno 
causal em pacientes com cervicite 
O esfregaço de Papanicolaou é usado na triagem de neoplasia intraepitelial cervical ou carcinoma cervical. 
O câncer cervical avançado pode se apresentar com corrimento cervical anormal e sangramento, como 
nesta paciente. No entanto, o início agudo dos sintomas e a ausência de uma lesão visível no exame 
pélvico tornam a cervicite infecciosa mais provável. Um teste diferente é mais apropriado para determinar 
o organismo causal. Se o teste para cervicite bacteriana for negativo ou os sintomas persistirem após a 
terapia apropriada, o paciente deve ser avaliado para uma possível malignidade subjacente. 
 
QUESTÃO 83 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Gravidez ectópica rota 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
O quadro clínico sugere fortemente a gestação ectópica tubária, cujos achados típicos são: dor abdominal 
baixa em paciente com atraso menstrual, sinais de hipovolemia, abdômen com descompressãodolorosa 
em fossa ilíaca e sangramento vaginal. 
Quando ocorre a rotura tubária surge sangramento na cavidade peritoneal, com quadro de irritação 
peritoneal, neste caso, ao exame ginecológico apresenta dor à pressão do fundo de saco posterior (grito 
de Douglas) e à manipulação do corpo uterino.. 
 
QUESTÃO 84 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Tema: Método anticoncepcional no pós-parto 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
As pílulas anticoncepcionais são uma opção viável para a contracepção pós-parto. Em mulheres que 
amamentam, pílulas anticoncepcionais só de progestógeno (minipílula) ou implantes só de progestógeno 
devem ser recomendados, uma vez que os anticoncepcionais combinados contendo estrogênio podem 
reduzir a produção de leite materno (por inibição da atividade da prolactina) e entrar no leite. O estrogênio 
também deve ser evitado nas primeiras 3 semanas após o parto por causa de sua associação com 
coagulopatia e um risco geralmente aumentado de eventos tromboembólicos no período pós-parto inicial. 
A progestina previne a gravidez aumentando a viscosidade do muco cervical e prejudicando o 
peristaltismo das trompas de Falópio, levando à inibição da ascensão do esperma e à implantação do 
 
óvulo. Além disso, inibe a maturação folicular e pode suprimir a ovulação. Um dispositivo intrauterino 
também é uma opção razoável no período pós-parto, mas não em pacientes com infecção pélvica ativa. 
Os espermicidas estão entre os métodos menos eficazes de contracepção. Eles são comumente 
combinados com um diafragma ou tampa, mas geralmente são usados ??incorretamente. Além disso, os 
espermicidas podem causar queimação vaginal, irritação e reações alérgicas. Um método mais seguro 
deve ser recomendado para prevenir gravidez indesejada e de curto intervalo nesta paciente. 
Os dispositivos intrauterinos podem ser inseridos logo no pós-parto e fornecem anticoncepção de longo 
prazo por 3–10 anos, dependendo do tipo. Embora possam ser facilmente removidos quando a gravidez 
for desejada, essa paciente está atualmente em tratamento para endometrite, uma contraindicação para 
um DIU. Nesses pacientes, a inserção de um DIU não é recomendada até que a infecção tenha sido 
totalmente resolvida. Outras contraindicações incluem malignidade genital, sangramento genital de causa 
desconhecida, doença trofoblástica gestacional, aborto séptico, vaginite ativa ou doença inflamatória 
pélvica e certas anomalias uterinas. 
Os anticoncepcionais orais combinados contendo estrogênio e progesterona são contraindicados nesta 
paciente, uma vez que o estrogênio pode reduzir a produção de leite materno e entrar no leite. Além disso, 
o estrogênio aumenta ainda mais o risco já existente de TEV no período pós-parto inicial. Pode ser iniciado 
com segurança após 4–6 semanas após o parto, quando o risco de TEV está diminuindo para o valor 
basal, a lactação está bem estabelecida e não há mais uma relação estreita entre a quantidade de 
prolactina e a quantidade de leite produzida. 
O estrogênio é contraindicado em mulheres que amamentam no período pós-parto porque pode reduzir a 
produção de leite materno e entrar no leite. Além disso, o estrogênio aumenta ainda mais o risco já 
existente de TVP no período pós-parto inicial. Um adesivo de estrogênio pode ser usado com segurança 
após 3–6 semanas após o parto, quando o risco de TVP voltou ao valor basal e a lactação está bem 
estabelecida. O patch é aplicado semanalmente por três semanas consecutivas, seguido por uma semana 
sem patch, melhorando a adesão em comparação com o combinado. 
 
QUESTÃO 85 
Área: Pediatria 
Tema: Exame físico RN / diagnóstico 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Infecção bacteriana causada pelo S. pyogenes, que cursa com febre alta, artralgia e mialgia, língua em 
framboesa, petéquias no palato, e exantema difuso, descamativo e pruriginosa que poupa região perioral. 
 
QUESTÃO 86 
Área: Pediatria 
Tema: Avaliação de desenvolvimento neuropsicomotor 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
O enunciado descreve a consulta de puericultura de uma criança cuja gestação ocorreu dentro de todos 
os padrões de saúde (pré-natal adequado, ausência de intercorrências ou comorbidades). Nasceu com 
peso normal, de um parto sem intercorrências. Trata-se, portanto, de uma criança de baixo risco. A criança 
apresenta os marcos de desenvolvimento requeridos aos 6 meses de idade: troca objetos de uma mão 
para a outra, sustenta bem a cabeça, rola com facilidade e fica sentada apenas quando se apoia nas 
mãos. Observe-se que ela ainda não senta sem apoio, o que pode ocorrer no máximo até os 9 meses de 
idade, quando será, exatamente, a próxima consulta de puericultura desta criança, que, por ser de baixo 
 
risco, não necessita de um retorno em 30 dias neste momento, podendo seguir o calendário padrão para 
crianças de baixo risco na Atenção Primária à Saúde. 
 
QUESTÃO 87 
Área: Pediatria 
Tema: Icterícia / diagnóstico/conduta 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Este recém-nascido apresenta icterícia, hepatoesplenomegalia leve, bilirrubina elevada e reticulocitose, 
indicando processo hemolítico. Neste paciente, um teste de Coombs direto demonstraria aglutinação 
fraca. 
A doença hemolítica ABO do recém-nascido é uma causa relativamente comum de doença hemolítica do 
recém-nascido e pode ocorrer mesmo durante a primeira gravidez. Os anticorpos anti-A e anti-B são 
formados no início da vida, sem sensibilização prévia. Embora a maioria desses anticorpos sejam 
anticorpos IgM que não podem passar pela placenta, alguns são anticorpos IgG que podem entrar na 
circulação fetal durante a gravidez e podem resultar em hemólise quando o bebê tem antígenos A ou B, 
como visto aqui. A apresentação clínica da incompatibilidade ABO é geralmente leve, com 
hiperbilirrubinemia se desenvolvendo nas primeiras 24 horas após o nascimento. 
A falcização de hemácias indica anemia falciforme, para a qual esse paciente está sob risco, dada a 
história familiar positiva. No entanto, a anemia falciforme geralmente não se torna sintomática até os 
pacientes atingirem os 6 meses de idade, quando a produção de hemoglobina F (HbF) diminui e a 
produção de hemoglobina S (HbS) começa. 
Os anticorpos anti-D são característicos da incompatibilidade Rh. Esta complicação ocorre tipicamente 
em mães Rh-negativas, que desenvolveram anticorpos anti-Rh a partir da exposição a sangue Rh-positivo, 
por exemplo, por meio de uma gravidez anterior e / ou parto. O rastreamento de anticorpos pré-natal de 
rotina e a profilaxia anti-D diminuem significativamente o risco de doença hemolítica do feto e do recém-
nascido devido à incompatibilidade de Rh. Embora a mãe tenha desenvolvido anticorpos anti-D devido à 
exposição anterior a eritrócitos Rh-positivos (como fica evidente por seu título de anticorpos anti-Rh 
positivo), seu filho é Rh-negativo e, portanto, não corre risco. Em recém-nascidos afetados por recém-
nascidos com incompatibilidade Rh, os achados clínicos podem variar de anemia leve e icterícia a anemia 
acentuada em casos graves. 
A atresia biliar pode se manifestar com icterícia e hepatomegalia nos primeiros dias a semanas de vida. 
As características adicionais incluem fezes acólicas e urina escura, que não são vistas aqui. Mais 
importante ainda, devido ao backup e reabsorção da bilirrubina conjugada, seria de esperar 
hiperbilirrubinemia direta em vez de indireta. 
A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) nas hemácias é o mecanismo da deficiência de 
G6PD. É mais comum em homens de ascendência africana, mediterrânea e asiática. A deficiência grave 
de G6PD pode se manifestar com anemia, icterícia e esplenomegalia em neonatos afetados. No entanto, 
os sintomas geralmente não ocorrem até o dia 2-3 após o nascimento. A falta de uma história familiar de 
deficiência de G6PD e o momento da icterícia tornam um outro diagnóstico mais provável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 88 
Área: Pediatria 
Tema: Imunologia / conduta 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa:Para usuários com esquema incompleto de tétano a indicação é completar o esquema com o número de 
doses faltosas, não reiniciando o esquema vacinal; pessoa a partir de cinco anos de idade vacinada, não 
administrar a vacina de febre amarela - considerar vacinada; a vacina de HPV deve ser aplicada entre 
nove e quatorze anos em meninas, duas doses, com intervalo de seis meses. 
 
QUESTÃO 89 
Área: Pediatria 
Tema: Meningite/Conduta 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
- Na suspeita de meningite, após verificar a estabilização da criança, e ter realizado a coleta de líquor, 
deve-se iniciar um tratamento empírico, já que na maioria das vezes, não se sabe ainda o agente 
etiológico. Um regime empírico apropriado deve incluir a cobertura para S. pneumoniae e N. Meningitidis, 
as duas causas mais comuns de meningite bacteriana em lactentes e crianças. Em crianças acima de 1 
mês deve-se iniciar ceftriaxona na dose de 100 mg/Kg/dia, até que se confirme o patógeno e sua 
sensibilidade ao antibiograma. Como o gram mostrou diplococo gram negativo, a sugestão é que seja 
Neisseria meningitides, estando indicada a profilaxia com rifampicina para os contactantes, no caso os 
familiares e os contactantes da creche por 2 dias. Caso a criança precisasse ser intubada, o profissional 
de saúde também receberia a profilaxia. 
- A criança com suspeita de meningite meningocócica não poderia ser internada em uma enfermaria e sim 
em isolamento. A ampicilina é utilizada em associação a cefalosporina de terceira geração no período 
neonatal. Para os contactantes a indicação é a profilaxia com rifampicina por 2 dias. 
- O início precoce de antibioticoterapia é mandatório para que melhore o prognóstico da criança, e deve 
ser feito tão logo se estabilize a criança e colha o líquor, quando possível. O quadro não permite esperar 
que a cultura fique pronta. Quando a cultura e o antibiograma estiverem disponíveis pode-se ajustar a 
antibioticoterapia para Penicilina G cristalina no caso da meningite meningocócica. 
- Como no início do quadro não se tem a certeza do patógeno deve-se iniciar tratamento com cefalosporina 
de terceira geração como já discutido anteriormente. A profilaxia com rifampicina por 2 dias deve ser 
administrada a contactantes familiares e da creche. 
- Fazer ceftriaxone para a criança enquanto sai o resultado da cultura do líquor está certo, mas aos 
contactantes deve ser dada a rifampicina por 2 dias. 
 
QUESTÃO 90 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: efeitos colaterais das drogas tuberculostáticas 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
De acordo com o Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, do Ministério da 
Saúde (2019 – Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.
pdf), a Neurite óptica pode ser causada pelo etambutol ou linezolida. Neste caso, deve-se suspender a 
droga e substitui-la por outra. Quando ocorre, o dano é irreversível. Já a neuropatia periférica pode ser 
 
tratada com AINEs ou aumento da dose de piridoxina, não requerendo interrupção da droga. A 
hiperuricemia pode ser tratada com dieta hipopurínica e alopurinol, também sem interrupção da droga. Os 
sintomas relatados nas outras alternativas também não requerem interrupção do tratamento, podendo ser 
tratados com sintomáticos e orientações. 
 
QUESTÃO 91 
Área: Pediatria 
Tema: Conduta em Pneumonia 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
 
A tiragem subcostal indica sinal de gravidade e maior risco e a necessidade de internação. Os demais 
itens não indicam, por si, a necessidade de tratamento hospitalar. 
 
QUESTÃO 92 
Área: Pediatria 
Tema: Pneumonia comunitária / conduta 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
Criança de 9 anos com infecção respiratória aguda (tosse e febre), associada a taquipneia, ausculta 
pulmonar com MV diminuído e estertores crepitantes em bases dos HT. Apesar disso, encontra-se em 
bom estado geral e saturação boa (96%). Os sinais e sintomas apontam para pneumonia comunitária. 
Não há sinais de gravidade como desconforto respiratório (tiragem subcostal), estridor em repouso, recusa 
de líquidos, convulsão, alteração sensória (sonolência, etc) nem vômito incoercível. Por isso, a internação 
hospitalar não está indicada neste momento. Não é necessário fazer radiografia de tórax, por isso o 
tratamento deve ser iniciado imediatamente, sendo a amoxicilina uma excelente opção terapêutica. A 
etiologia mais provável é bacteriana e não viral. 
 
QUESTÃO 93 
Área: Pediatria 
Tema: Diagnóstico de leucemia 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
A história do paciente (fraqueza crônica, extremidades doloridas, febre) e os achados laboratoriais 
(leucocitose acentuada, trombocitopenia e anemia) são sugestivos de leucemia linfoblástica aguda (LLA). 
A biópsia da medula óssea é o teste diagnóstico definitivo para leucemia. A coloração histológica do 
aspirado demonstrando> 20% de linfoblastos seria necessária para confirmar o diagnóstico de LLA. A 
imunocoloração fornecerá mais informações sobre as células neoplásicas, como a presença de 
mieloperoxidase (MPO), desoxinucleotidil transferase terminal (TdT) e, possivelmente, agregados 
citoplasmáticos positivos para ácido periódico de Schiff (PAS). Finalmente, a prática contemporânea 
também incluirá o uso de citometria de fluxo para detectar anormalidades cromossômicas (por exemplo, 
o cromossomo Filadélfia). 
O teste monospot é usado para diagnosticar a mononucleose infecciosa. Os sintomas típicos incluem 
fadiga, fraqueza, febre leve (> 1 semana), faringite e linfadenopatia cervical posterior sensível. A 
mononucleose infecciosa comumente causa linfocitose (geralmente 10.000–20.000 / mm3), testes de 
função hepática elevados e, raramente, trombocitopenia leve ou anemia. Embora esse paciente apresente 
febre e cansaço, a ausência de faringite, linfocitose acentuada (50.000 / mm3), além da considerável 
 
anemia e trombocitopenia, tornam esse diagnóstico menos provável. Da mesma forma, o exame físico 
mostra linfonodos não doloridos; as infecções geralmente levam a um aumento sensível dos gânglios 
linfáticos. Considerando essas características, é improvável que o teste monospot informe o diagnóstico. 
A hemocultura é o padrão ouro para o diagnóstico de infecção sistêmica ou bacteremia, que também se 
manifestaria com febre prolongada, fraqueza / fadiga geral e contagem elevada de leucócitos. 
Extremidades doloridas e linfadenopatia cervical não dolorosa não costumam estar associadas à infecção 
sistêmica. Mais importante ainda, a leucocitose acentuada deve levantar suspeita de malignidade. Embora 
a infecção deva ser descartada, a constelação de achados de exames, leucócitos gravemente elevados 
e história de síndrome de Down tornam a leucemia um diagnóstico mais provável. 
A ecocardiografia é usada para diagnosticar endocardite infecciosa (EI), que também pode se manifestar 
com febre baixa, fadiga, fraqueza, leucocitose e anemia. No entanto, a leucocitose marcada deste 
paciente (50.000 / mm3), dor nas extremidades e linfadenopatia cervical não sensível não são 
consistentes com EI. 
Um esfregaço de sangue periférico é útil em pacientes com hemogramas completos anormais, como este. 
Este paciente tem leucocitose e trombocitopenia; a notável elevação nos leucócitos deve causar 
preocupação especial com a leucemia. Um esfregaço é facilmente adquirido e pode fornecer informações 
valiosas que descartariam outras condições, portanto, provavelmente seria solicitado para este paciente. 
No entanto, não é o padrão ouro para o diagnóstico de LLA. 
 
QUESTÃO 94 
Área: Pediatria 
Tema: Diagnóstico diferencial de febre reumática 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Poliartrite migratória, nódulos subcutâneos e febre após uma infecção do trato respiratório superior são 
sugestivos de uma sequela imunomediada de uma doença infecciosa. 
A febre reumática aguda (IRA) é uma complicação não supurativa que ocorre 2–4 semanas após uma 
infecção não tratada comestreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GAS), particularmente faringite. 
Para diagnosticar a febre reumática, são necessários dois critérios principais ou um principal mais dois 
critérios menores de Jones. Os principais critérios incluem artrite (poliartrite migratória envolvendo 
principalmente as grandes articulações), cardite (pancardite, incluindo valvulite), coreia de sidenham 
(envolvimento do SNC), nódulos subcutâneos e eritema marginado. Os critérios menores são artralgia, 
febre, reagentes de fase aguda (VHS, CRP) e um intervalo PR prolongado no ECG. Este paciente atende 
a 2 critérios principais e 3 critérios secundários, o que significa que um diagnóstico de febre reumática 
pode ser feito. 
A artrite séptica ocorre mais frequentemente em pacientes com implantes de próteses articulares e 
doenças subjacentes (por exemplo, imunossupressão, diabetes mellitus), bem como após intervenções 
nas articulações (por exemplo, cirurgia, injeções intra-articulares). Embora a artrite séptica possa explicar 
a dor, o eritema, o inchaço e a restrição da amplitude de movimento desse paciente, a condição 
geralmente é limitada a uma única articulação. A análise do líquido sinovial também mostraria 
normalmente líquido amarelo ou verde com> 50.000 leucócitos / µl e = 75% de leucócitos 
polimorfonucleares, bem como baixos níveis de glicose e uma cultura positiva. 
ALL é a doença maligna mais comum em crianças e se manifesta com febre, fadiga, sangramento (por 
exemplo, epistaxe) e dor óssea que pode mimetizar artralgia, como no paciente aqui. Embora ocorra mais 
comumente entre 2–5 anos de idade, é possível em adolescentes. No entanto, são esperados sintomas 
adicionais, incluindo sudorese noturna, palidez, dor abdominal (devido a hepatomegalia e 
esplenomegalia), dores de cabeça e / ou linfadenopatia indolor. Além disso, o inchaço da articulação e 
 
dos leucócitos na análise do líquido sinovial indicaria doença articular como a causa da artralgia e não dor 
óssea. 
O segundo estágio da doença de Lyme (3–10 semanas após a infecção por Borrelia burgdorferi via picada 
de carrapato) é caracterizado por artralgia migratória e artrite, como neste paciente. No entanto, outras 
descobertas, como sintomas neurológicos (por exemplo, paralisia de Bell) e arritmias cardíacas estão 
frequentemente presentes e não são vistas neste paciente. Além disso, em contraste com a análise do 
líquido sinovial nesta vinheta, a aspiração da articulação geralmente mostra um líquido amarelo e turvo e 
uma contagem de leucócitos que costuma estar muito elevada com> 50% de leucócitos 
polimorfonucleares. 
A endocardite infecciosa (EI) poderia explicar os sintomas constitucionais desse paciente de febre, mal-
estar, artralgia e VHS elevada, mas manifestações cardíacas (por exemplo, um novo sopro cardíaco, 
sinais de insuficiência cardíaca progressiva) e outras manifestações extracardíacas (por exemplo, 
hemorragia em estilhaço, Janeway lesões) também seriam esperados. A artrite bacteriana devido à EI é 
rara, mas pode ocorrer como resultado de bacteremia. No entanto, a análise do líquido sinovial geralmente 
mostra líquido amarelo ou verde com> 50.000 leucócitos / µl e = 75% de leucócitos polimorfonucleares, 
bem como baixos níveis de glicose e uma cultura positiva. 
 
QUESTÃO 95 
Área: Pediatria 
Tema: Diarreia grave: rotavírus 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
Os rotavírus constituem-se na principal causa de diarreia grave em menores de 2 anos de idade, tanto em 
países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, sendo detectados, em média, em 33% dos 
casos de diarreia que necessitam de tratamento hospitalar. Estima-se que todas as crianças, aos 5 anos 
de idade, já tenham sido infectadas por esses agentes. A gravidade do quadro clínico é maior durante a 
primeira infecção e decresce progressivamente a partir das demais. O quadro clínico, quase sempre, tem 
início com vômitos, febre e eliminação de fezes líquidas abundantes e o aparecimento dos sinais de 
desidratação, com duração, em média, de 5 a 7 dias. O fato de o paciente ter vacinação atrasada nos dar 
uma pista de se tratar de rotavírus, pois a vacina deve ser dada no terceiro e quarto mês. 
Clostridium difficile: Causam importante infecção nosocomial, uma vez que permanecem viáveis em 
objetos por períodos prolongados e são registrados com frequência em mãos de profissionais de saúde 
que atuam em ambiente hospitalar. 
Entamoeba histolytica: Afetam mais frequentemente escolares e adolescentes. A colite amebiana 
disentérica apresenta início insidioso e caracteriza-se por evacuações com muco, sangue, cólicas 
abdominais e tenesmo. 
E. coli enteropatogênica um importante agente causador de diarreia na criança menor de 2 anos de idade 
e tem sido responsabilizada por surtos epidêmicos em berçários, sendo essa infecção rara em crianças 
em aleitamento materno. Está ainda relacionada a quadros de diarreia hospitalar grave, acarretando alta 
mortalidade em lactentes jovens. 
Vibrio cholerae: Dentre os enteropatógenos, o Vibrio cholerae destaca-se por sua associação a grandes 
epidemias de diarreia, acarretando, em curto período, centenas de mortes. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 96 
Área: Pediatria 
Tema: Crescimento e desenvolvimento 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O paciente tem crescimento pônderoestatural estável e dentro de parâmetros de normalidade, observado 
de forma longitudinal. 
Quando falamos em curva de crescimento estamos avaliando o crescimento longitudinal e não transversal. 
A curva de crescimento além de estável, está dentro dos limites de normalidade tanto para peso quanto 
para altura, havendo boa relação entre ambos. 
O ritmo de crescimento ponderal e estatural estão estáveis e dentro de limites de normalidade, não 
podendo se evidenciar desproporção significativa. 
Quando falamos em curva de crescimento estável e definimos a avaliação das medidas, não há 
necessidade da visualização para interpretação. 
 
QUESTÃO 97 
Área: Pediatria 
Tema: Febre Reumática 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
Considerando o diagnóstico em febre reumática, não há necessidade de comprovação prévia pelo 
estreptococo em casos de coreia de Sydenham. 
A raridade de outras etiologias para coreia torna a sua presença quase um sinônimo de FR, mesmo na 
ausência de outros critérios ou da comprovação de estreptococcia prévia. 
 
 QUESTÃO 98 
Área: Pediatria 
Tema: Icterícia Neonatal 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
RN de 3 dias retorna com quadro de icterícia neonatal, tem risco para incompatibilidade Rh (mãe – e rn 
+) e o valor de BT através do normograma de Bhutani, encontra se em zona de alto risco, pois está acima 
do percentil 95. Quando a bilirrubinemia é superior ao percentil 95 no nomograma de Bhutani et al., é 
preferível indicar fototerapia de alta intensidade e na doença hemolítica por incompatibilidade Rh, a BT 
deve ser determinada a cada 6 a 8 horas. 
 
QUESTÃO 99 – ANULADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 100 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia – Indicadores de Saúde - Mortalidade Materna 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
Método de Cálculo: 
 
Disponível em: 
https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33455/mod_resource/content/1/un2/top2_6.html 
 
QUESTÃO 101 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia – indicadores de saúde 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Cálculo de virulência deve ser realizado dividindo as formas graves 40/570 total de casos que é igual a 
0,07, ou seja, 7%. 
 
QUESTÃO 102 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Programa Nacional de Imunização 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
O PNI preconiza: 
 
dT: Gestante sem nenhuma dose registrada: inicie o esquema vacinal o mais precocemente possível com 
3 doses, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias. 
 
Hepatite B: PNI reforça a importância de que a gestante receba a vacina contra a hepatite B após o 
primeiro trimestre de gestação 
 
Tríplice Viral: As vacinas virais vivas que contêm os componentesdo sarampo, da rubéola, da caxumba 
não são recomendadas em situações normais. 
 
Febre Amarela: Na rotina do serviço de vacinação, a gestante não deve receber a vacina contra febre 
amarela. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 103 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Atenção à saúde – PTS 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Deve ser elaborado um plano de cuidados realista (o que exclui as visitas diárias, que fogem ao escopo 
da APS - AD1), baseado no respeito às opiniões e desejos da paciente e sua família, integrando todos os 
componentes da equipe multiprofissional. 
 
QUESTÃO 104 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Saúde do Trabalhador – CAT 
Gabarito: Alternativa D 
Justificativa: 
São responsáveis pelo preenchimento e encaminhamento da CAT: 
I - no caso de segurado empregado, a empresa empregadora; 
II - no caso do empregado doméstico, o empregador doméstico; 
III - para o segurado especial, o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical da categoria, 
o médico assistente ou qualquer autoridade pública; 
IV - no caso do trabalhador avulso, a empresa tomadora de serviço e, na falta dela, o sindicato da categoria 
ou o órgão gestor de mão de obra; e 
V - no caso de segurado desempregado, nas situações em que a doença profissional ou do trabalho 
manifestou-se ou foi diagnosticada após a demissão, podem formalizar o próprio acidentado, seus 
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. 
 
QUESTÃO 105 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Organização dos Serviços de Saúde – Acolhimento 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O enunciado descreve um homem que evita ir à USF e que, quando foi, não conseguiu ser atendido. Estas 
informações sugerem que existem barreiras de acesso sócio-organizacionais, ou seja, fatores sociais, 
culturais e de organização da equipe, que dificultam o acesso de determinados usuários. 
 
O estereótipo (resultado da construção social) do homem como invulnerável, em oposição à 
representação ainda prevalente da mulher como pessoa frágil, faz com que os homens evitem a procura 
pelo serviço de saúde, identificada - muitas vezes de forma inconsciente - como "coisa de mulher". 
 
Apesar de alguns avanços, os homens ainda têm dificuldade de aceitar sua própria fragilidade. Desta 
forma, é necessário adotar uma comunicação com o paciente que o acolha e não o culpabilize por seus 
problemas. Por isso, comunicar ao usuário que ele "está negligenciando sua saúde" aumentará ainda 
mais a resistência que este homem tem de buscar assistência médica. 
 
QUESTÃO 106 
Área: Clínica Médica 
Tema: Atenção à saúde – ITU 
Gabarito: Alternativa A 
 
Justificativa: 
O diagnóstico por imagem é mais utilizado nos casos de ITU complicada ou de repetição, para identificar 
anormalidades que predisponham à ITU. Ultrassom: útil para identificar presença de cálculos que podem 
estar associados com os quadros agudos de ITU, bem como a repercussão dos cálculos no trato urinário. 
O ultrassom é útil também na identificação de outras condições associadas a ITU como coleções, 
abscessos e rins policísticos. Por definição, quadros recorrentes de ITU necessitam de comprovação 
microbiológica através de urocultura (Haylen et al. 2010). Outras investigações, porém, não são 
recomendadas de forma rotineira para a maioria dessas mulheres, devido à baixa custo-efetividade e 
baixa utilidade diagnóstica. Apesar disso, sabe-se que a presença de anomalias estruturais, corpos 
estranhos no trato urinário, e urolitíase podem estar associados a quadros recorrentes de ITU, e tais 
condições podem ser potencialmente detectadas e tratadas. Sendo assim, investigação urológica 
utilizando exames de imagem e cistoscopia podem ser indicados de maneira individualizada, se houver 
suspeita de alguma dessas condições (Chew 1999). A urodinâmica não contribui na elucidação da causa 
da ITU de repetição. A Tomografia computadorizada (TC) é raramente necessária a não ser para descartar 
presença de abscesso perinefrético e também em casos de investigação de rins policísticos que podem 
estar associados com ITU. 
 
QUESTÃO 107 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia - Sistema de Informação sobre Mortalidade 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) coleta informações do óbito por meio da Declaração 
de óbito e: 
 
Em caso de morte natural, o preenchimento da Declaração de Óbito, quando havia assistência à saúde 
no domicílio, deve ser feito pelo médico da ESF ou serviço melhor em Casa. 
 
O preenchimento da DO deve ser realizado exclusivamente por médicos, exceto em locais onde não 
existam, situação na qual poderá ser preenchida por oficiais de Cartórios de Registro Civil, assinada por 
duas testemunhas. 
 
QUESTÃO 108 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Atenção à saúde do adulto 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020 (em linha com as diretrizes 
anteriores), quando o usuário apresentar alto risco cardiovascular (seja pela presença de 3 ou mais fatores 
de risco, seja pela presença de Lesão de Órgão-Alvo - LOA), deve-se iniciar a terapia farmacológica 
imediatamente após o diagnóstico (página 575, quadro 9.1). Em geral, o diagnóstico de HAS não deve 
ser firmado com base nas medidas de PA de uma consulta, exceto nos pacientes com LOA ou com a PA 
>=180/120 mmHg, quando pode-se fechar o diagnóstico imediatamente, desde que as medidas sejam 
válidas. Nosso paciente teve AIT há 2 anos, o que o coloca como portador de Doença Cerebrovascular 
(os pacientes com AIT têm risco de AVE semelhante aos pacientes que já tiveram AVE - página 553). Por 
isso, o diagnóstico de HAS deve ser feito imediatamente, e o tratamento farmacológico deve ser prescrito, 
juntamente com as recomendações não-farmacológicas. Não há critérios para encaminhar o paciente para 
 
serviço de urgência, pois não há nem Urgência nem Emergência Hipertensivas, devendo o tratamento ser 
conduzido no serviço de APS. 
 
QUESTÃO 109 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Medicina de Família e Comunidade - Clínica Ampliada/Gestão do Cuidado 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A. A utilização do PTS como dispositivo de intervenção desafia a organização tradicional do processo de 
trabalho em saúde, pois pressupõe a necessidade de maior articulação interprofissional e a utilização das 
reuniões de equipe como um espaço coletivo sistemático de encontro, reflexão, discussão, 
compartilhamento e corresponsabilização das ações com a horizontalização dos poderes e 
conhecimentos. 
B. Na elaboração do PTS a equipe procura compreender como o sujeito singular se coproduz diante da 
vida e da situação de adoecimento, como opera os desejos e os interesses, assim como o trabalho, a 
cultura, a família e a rede social. Atenção especial deve estar voltada para as potencialidades, as 
vitalidades do sujeito. Uma função também importante nesse momento é produzir algum consenso 
operativo sobre, afinal, quais os problemas relevantes tanto do ponto de vista dos vários membros da 
equipe quanto do ponto de vista do(s) usuário(s) em questão. 
C. Considerando que, faz parte do escopo das atribuições da atenção básica o acompanhamento de 
pacientes portadores de doenças como a tuberculose e demais condições de vulnerabilidade 
apresentadas pela paciente, e que esta não manifesta nenhuma situação que necessite de atendimento 
de urgência, não se justifica a referência para uma UPA. 
D. A internação constitui o último recurso na reabilitação de pessoas com problemas relacionados às 
drogas, além disso, a Estratégia Saúde da Família pode contar com retaguarda de outros dispositivos, a 
exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS ad), para resolver problemas 
como os apresentados pela paciente em questão. 
E. Na execução do PTS há a necessidade de maior articulação interprofissional e corresponsabilização 
das ações com a horizontalização dos poderes e conhecimentos.QUESTÃO 110 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Políticas de Saúde - SUS 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A integralidade, de acordo com a Lei 8080, é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e 
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos exigidos para cada caso em todos os níveis de 
complexidade do sistema. A assistência deve ser fornecida visando atender todas as necessidades do 
indivíduo. No caso em questão, a Universalidade do acesso foi garantida pelo atendimento inicial na UPA, 
porém não foi garantida a assistência hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 111 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia Clínica - Testes diagnósticos 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
I - O Verdadeiro Positivo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá positivo (PA 
alta) e o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra presença de doença (HAS). Então, a 
Hipertensão sustentata (e não a Normotensão verdadeira) pode ser considerada um Verdadeiro Positivo. 
A Normotensão verdadeira é um Verdadeiro Negativo. Portanto, a afirmativa I está ERRADA. 
II - O Falso Negativo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá negativo (PA 
normal) mas o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra presença de doença (HAS). Então, a Hipertensão 
mascarada pode ser considerada um Falso Negativo. Portanto, a afirmativa II está CORRETA. 
III - O Falso Positivo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá positivo (PA alta) 
mas o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra ausência de doença (HAS). Então, a Hipertensão do Jaleco 
Branco pode ser considerada um Falso Positivo. Portanto, a afirmativa III está CORRETA. 
 
 
QUESTÃO 112 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia - níveis de prevenção de doenças e agravos 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
São 4 níveis de prevenção: primária, secundária, terciária e quaternária. Esse item refere-se à prevenção 
quaternária, que tem o propósito de “evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico” 
relacionados aos atos médicos desnecessários ou sem justificativa. 
Desta forma, o médico deverá identificar um paciente ou uma população em risco de supermedicalização, 
para protegê-los de uma intervenção médica excessiva (p. ex., observar diretrizes para solicitação de 
exames em pacientes assintomáticos). 
 
Visa associado a atos médicos desnecessários ou injustificados. 
 
 
QUESTÃO 113 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Políticas de Saúde - SUS 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 198, §1º, indica que as esferas responsáveis pelo 
financiamento do SUS são a Seguridade Social, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal. O 
princípio da descentralização e comando único, indica que a responsabilidade da gestão do SUS é dividida 
entre os três poderes, todavia cada esfera do governo é autônoma e soberana frente as decisões e 
organização das ações de saúde, desde que respeite os princípios e diretrizes do SUS, sobretudo a 
participação popular. O processo de regionalização no âmbito do SUS tem como propósito articular os 
serviços de saúde existente em determinada área geográfica, definida a partir de aspectos 
epidemiológicos e sociais, com vistas a aprimorar a regulação do SUS, ou seja, facilitar o acesso, controle, 
fiscalização, avaliação e auditorias dos serviços. 
 
 
 
QUESTÃO 114 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Organização dos Serviços de Saúde – Territorialização 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Toda a equipe, inclusive a gerência, deve participar do processo de territorialização, que não deve ser 
pautado apenas nos limites cartográficos dos bairros, de forma estática, mas deve compreender o território 
como espaço dinâmico, levando em conta a vida das pessoas, em termos de suas organizações familiares, 
divisões em grupos e exposição a riscos e situações de vulnerabilidade. Por isso, as afirmativas I e III 
estão corretas e a afirmativa II está errada. 
 
 
QUESTÃO 115 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Políticas de Saúde – SUS 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
Os mecanismos institucionalizados de controle social são representados pelos conselhos de saúde e 
pelas conferências de saúde, envolvendo o governo, os trabalhadores da saúde e a sociedade civil 
organizada, nas três esferas de governo. 
Os conselhos de saúde têm caráter permanente, porém as conferências não, devendo ser convocadas 
periodicamente. 
 
 
QUESTÃO 116 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Ferramentas de abordagem familiar 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
 
 
 
 
A representação gráfica correta é da imagem b, considerando o contexto familiar do Matheus: 
 O pai de Matheus é falecido. 
 A mãe de Rebecca é falecida. 
 A terceira geração representada pelos filhos de Matheus e Rebeca, sendo o mais novo falecido 
morto por atropelamento. 
 
 
QUESTÃO 117 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Políticas de Saúde – Reforma Sanitária 
Gabarito: Alternativa B 
Justificativa: 
O processo da Reforma Sanitária Brasileira e de implantação do SUS foi marcado por um período onde o 
neoliberalismo se impunha, influenciando várias instâncias da sociedade e, consequentemente o contexto 
da saúde. Além disso, levou a uma reorganização em todas as instâncias administrativas, 
financeira, política, jurídica e organizacionais com o objetivo de garantir que o modelo de saúde 
conquistado pelo estado fosse validado. 
 
 
QUESTÃO 118 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Medidas Preventivas 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
As medidas preventivas pós alta por COVID-19 são: 
 Utilização de máscara todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar 
medidas de higiene respiratória com mais frequência; trocar máscara sempre que esta estiver 
úmida ou danificada; 
 O profissional deverá cumprir 14 dias de isolamento domiciliar. 
 
 
QUESTÃO 119 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Interpretação de gráficos epidemiológicos 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
 
O gráfico apresenta a distribuição de casos de SRAG por influenza A/H1N1 para os anos de 2009, 2010 
e 2011, cuja análise permite verificar se há ou não a ocorrência de uma epidemia. 
A curva epidêmica é geralmente assimétrica e tem 3 elementos: 
 Curva ascendente: mostra o aumento da doença ou agravo e sua inclinação indica a velocidade 
da disseminação da epidemia. 
 Pico ou ponto máximo 
 Curva descendente: indica a redução da epidemia, o grau de inclinação indica o esgotamento 
da população suscetível. 
 
Portanto, o gráfico indica que o pico de casos confirmados aconteceu entre as semanas 29 e 33 em 2009, 
na semana 10 em 2010 e na semana 25 em 2011 
 
 
QUESTÃO 120 
Área: Saúde Coletiva 
Tema: Epidemiologia Clínica 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Todos os homens com idade maior que 45 anos, mesmo sem fatores de risco, devem realizar teste 
ergométrico antes de iniciar atividades físicas moderadas ou vigorosas. Como o paciente é assintomático 
e não apresenta doenças crônicas como HAS, não há necessidade de solicitação de ecocardiograma. 
Lembrando que a prática esportiva deve ser encorajada como forma de prevenir doenças e manter a 
funcionalidade do idoso. O encaminhamento para especialista estaria indicado em caso de alteração 
sugestiva de cardiopatia isquêmica no teste ergométrico.de 
AFP são muito raros e improváveis. Embora a obstrução biliar maligna seja uma possível complicação do 
CHC, geralmente é um sinal tardio que normalmente se apresenta com sinais de ascite e / ou cirrose, 
nenhum dos quais está presente neste paciente. Também não explicaria os achados ultrassonográficos 
desse paciente. 
A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este paciente tenha 
icterícia e apresente fatores de risco para infecção por hepatite B (história de viagens, múltiplos parceiros 
sexuais, sexo desprotegido), ele não tem outros sinais de hepatite viral aguda como febre ou 
hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite viral, a icterícia não é colestática, mas resulta de uma 
disfunção hepática aguda. Os pacientes apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de 
apenas bilirrubina direta elevada. 
Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são freqüentemente encontrados em 
pacientes com colangite esclerosante primária (PSC). Embora a PSC também possa se manifestar com 
 
colestase, essa condição não causa o sinal de ducto duplo visto nas imagens. Em vez disso, verificaria-
se a formação de gotas dos ductos biliares extra-hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é 
melhor explicada pela massa da cabeça do pâncreas detectada na ultrassonografia. 
 
QUESTÃO 7 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Infertilidade Masculina 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A síndrome de Klinefelter (SK) resulta de uma deficiência genética com cariótipo 47,XXY, que pode levar 
ao hipogonadismo hipergonadotrófico, azoospermia e hipodesenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários. O mecanismo exato que determina a deficiência androgênica não é ainda totalmente 
conhecido, sendo variável o grau de disfunção das células de Leydig. É uma doença de curso crônico com 
sérias repercussões sobre o aparelho reprodutor masculino, sendo importante causa de infertilidade. 
Apresentamos um homem de 33 anos de idade que evoluiu com ginecomastia bilateral, progressiva e 
dolorosa e hipogonadismo hipergonadotrófico. A presença de sinais e sintomas de deficiência de 
androgênios aliados à demonstração de cariótipo 47,XXY levaram ao diagnóstico de SK. 
 
QUESTÃO 8 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Cardiopatia congênita 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A formação do coração se inicia com o tubo cardíaco, que sofre uma curvatura para a direita. 
 
QUESTÃO 9 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Anemia Falciforme 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Anemia Falciforme é uma doença hemolítica de caráter autossômico recessivo presente em indivíduos 
homozigóticos para a hemoglobina S, ocorrendo uma mutação na posição 6 da extremidade N - terminal 
do cromossomo 11, substituindo o ácido glutâmico por valina. A HbSS em condições de hipóxia se 
polimeriza no formato de foice. A anemia nos pacientes ocorre pela diminuição de hemoglobina devido ao 
aumento de hemólise no baço. As hemácias falciformes contribuem para os processos inflamatórios, vaso-
oclusão, aumento de coagulação, lesão tecidual. Os processos infecciosos são críticos em crianças 
menores de 6 anos devido à autoesplenectomia e sua susceptibilidade a infecções. A AF é a doença 
hereditária de maior prevalência no país, afetando cerca de 0,1% a 0,3% da população negra, sendo 
observada também em decorrência da alta taxa de miscigenação em parcela cada vez mais significativa 
da população caucasiana brasileira. Estimativas indicam que 5% a 6% da população carrega o gene da 
Hemoglobina S (HbS) e que a incidência fica em torno de 700 – 1000 novos casos por ano. O hemograma 
é o primeiro passo do diagnóstico laboratorial, pois é possível visualizar as hemácias falciformes presentes 
através do esfregaço sanguíneo, o número de leucócitos elevado. A heterozigose de HbS-Beta-
Talassemia apresenta VCM e CHCM baixos devido à diminuição nos níveis de hemoglobinas em razão 
da fagocitação eritrocitária das células falciformes. Após a realização dos exames de triagem, recomenda-
se a realização de testes confirmatórios por meio da detecção de HbS e suas associações nos exames 
de eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose (eletroforese alcalina), eletroforese de 
 
hemoglobina em agarose (eletroforese ácida) e dosagem de hemoglobina fetal (HbF). Estes exames são 
feitos por grandes centros laboratoriais especializados em biologia molecular, sendo a eletroforese de 
hemoglobina o exame padrão-ouro para a confirmação do diagnóstico. 
 
QUESTÃO 10 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Fármacos / Mediação celular 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Essa mulher tem esclerose múltipla e está sendo tratada com um potente glicocorticoide. Os 
glicocorticoides influenciam o número de células imunes circulantes. Eles aumentam o número de 
neutrófilos, mas têm um efeito oposto em outras populações de células do sistema imunológico. 
Os glicocorticoides têm qualidades anti-inflamatórias e imunossupressoras, mediadas por efeitos 
complexos nas células do sistema imunológico. Embora inibam a apoptose em neutrófilos, eles promovem 
a apoptose em monócitos, linfócitos e eosinófilos. O sequestro de eosinófilos em locais inflamatórios 
periféricos contribui ainda mais para a eosinopenia. 
A linfocitose é mais comumente causada por uma resposta imune a infecções ou doenças ou, em casos 
de leucemia, é devido ao aumento da proliferação. Embora a linfocitose tenha sido associada ao uso de 
certos medicamentos (por exemplo, fenitoína), os glicocorticoides mostraram induzir linfopenia transitória 
que se normaliza poucos dias após o início da terapia. 
A granulocitopenia pode ser causada por várias condições, incluindo doenças hereditárias, doenças da 
medula óssea e processos autoimunes. Embora vários medicamentos (por exemplo, carbamazepina, 
drogas citotóxicas) possam induzir granulocitopenia grave (agranulocitose), os glicocorticoides inibem a 
apoptose de neutrófilos e a migração para fora do revestimento endotelial dos vasos, levando à leucocitose 
neutrofílica e um aumento geral na contagem de granulócitos. 
A monocitose é mais comumente uma resposta a infecções, inflamações e doenças malignas. O uso de 
alguns medicamentos foi associado à monocitose (por exemplo, olanzapina). No entanto, os 
glicocorticoides levam a uma diminuição potencial na contagem de monócitos em vez de aumentar. 
A anemia pode ser causada por uma diminuição do número de glóbulos vermelhos (RBCs) circulantes. 
Embora os glicocorticoides sejam conhecidos por afetar as populações de células imunes (ou seja, 
WBCs), eles não têm efeito na produção ou degradação de RBCs. Em algumas formas de anemia, por 
exemplo, anemia hemolítica autoimune, os glicocorticoides são mesmo o tratamento de escolha. 
 
QUESTÃO 11 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Alterações relacionadas à cirurgia bariátrica 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A vitamina B12 é ingerida ligada a proteínas e, no estômago, por ação da pepsina e do baixo pH, é 
liberada, ligando-se a uma proteína conhecida como proteína do tipo R, a haptocorrina (secretada pelas 
glândulas gástricas e também pelas glândulas salivares). As células oxínticas (ou parietais) secretam uma 
glicoproteína denominada fator intrínseco (FI), que é essencial para o processo absortivo da B12 que 
ocorre no íleo, onde os ileócitos têm um carregador específico que reconhece essa vitamina complexada 
ao FI. No ambiente gástrico, a vitamina B12 apresenta maior afinidade com a haptocorrina que com o FI. 
A haptocorrina protege a B12 da ação proteolítica da pepsina e do pH ácido no lúmen gástrico. Segundo 
Aires (2018, p. 968), “a secreção do fator intrínseco é a única função essencial do estômago”. A ausência 
de FI, acompanhada de acloridria, induz o aparecimento da anemia perniciosa (ou megaloblástica), com 
 
comprometimento da maturação das hemácias e alterações neurológicas. Acloridria com ausência da 
secreção de HCl e de FI de origem cirúrgica pode ocorrer em pacientes gastrectomizadosou que 
perderam grande parte da região oxíntica (do corpo) do estômago (AIRES, 2018, p.1020). 
 
QUESTÃO 12 – ANULADA 
 
QUESTÃO 13 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Mecanismos compensatórios / homeostase 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A ativação do sistema nervoso simpático impacta fisiologicamente o organismo, objetivando a rápida 
mobilização e disponibilização de energia para o corpo. Para tanto, constata-se o aumento da frequência 
cardíaca e da força de contração do coração, aumentando o débito cardíaco; o aumento da frequência 
respiratória, com maior volume corrente, fenômeno este que envolve a broncodilatação a fim de aumentar 
a ventilação pulmonar (potencializa-se a hematose); a ativação do sistema reticular ativador ascendente, 
o que resulta no maior estado de vigília e de percepção sensorial; e alterações metabólicas que visam em 
promover uma hiperglicemia transitória, o que é bioquimicamente possível graças a fenômenos tais como 
a lipólise e a glicogenólise. 
 
QUESTÃO 14 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Resposta autoimune 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Os fatores ambientais mais ligados ao desencadeamento de autoimunidade são agentes infecciosos. Que 
podem desencadear autoagressão por possuírem antígenos com epítopos semelhantes aos do 
hospedeiro ou por conterem produtos com efeito adjuvante, o qual desregula a tolerância natural a 
autoantígenos. Reação cruzada de anticorpos antimicrobianos com componentes teciduais é frequente 
em muitas infecções, embora produza lesões autoimunitárias limitadas que desaparecem com a resolução 
do processoinfeccioso; em pessoas geneticamente suscetíveis, no entanto, pode causar autoagressão 
persistente. Exemplo dessa situação é a resposta à infecção por estreptococos ß-hemolíticos que induz a 
formação de anticorpos que reagem com componentes do tecido conjuntivo no coração, provocando a 
doença reumática. 
 As células apresentadoras de antígenos de reação cruzada podem ativar clones de linfócitos Th 
autorreatores. Uma vez ativados, linfócitos Th autorreatores diferenciam-se em linfócitos Th1 e Th2. Th1 
induz resposta citotóxica contra a célula alvo e, via IFN-?, ativa a expressão de MHC I e MHC II nas células 
alvo, o que aumenta a apresentação de autoantígenos. IFN-? também ativa macrófagos e induz 
inflamação, que amplifica e mantém a lesão tecidual iniciada por autoanticorpos e células Tc. A resposta 
Th2 ativa a síntese de autoanticorpos, que podem ser também induzidos por ativação policlonal. 
 
QUESTÃO 15 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Parasitologia / helmintíases 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
 
Doença aguda - Ao penetrar a pele do hospedeiro, o parasito causa prurido local, eritema e rash papuloso, 
sintomas conhecidos como “coceira do solo” (ground itch). Após ganhar a corrente sanguínea, a resposta 
aos antígenos é aumentada; entretanto, o parasito permanece por pouco tempo nesse local, migrando 
para os pulmões e causando alterações clínicas advindas da inflamação do tecido e de microtraumas. A 
larva migra pelos tecidos durante seu desenvolvimento causando, em algumas oportunidades, náuseas, 
vômitos, irritação da faringe, tosse, dispneia e rouquidão. Nessas situações costumam ser observadas 
hipereosinofilia e alterações na telerradiografia de tórax (infiltrado pulmonar fugaz e transitório) 
caranterizando uma pneumonia eosinofílica processo denominado Síndrome de Loeffle. 
 
QUESTÃO 16 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Paralisia facial periférica 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O achatamento da prega nasolabial direita seria esperado na paralisia do nervo facial central. O núcleo 
motor facial possui duas regiões: uma que supre os músculos da testa e outra que supre o resto do rosto. 
Os ramos do nervo facial que inervam a testa são ativados por ambos os hemisférios cerebrais, enquanto 
os ramos que inervam a porção inferior da face são ativados apenas pelo hemisfério cerebral contralateral. 
Como resultado, a testa é poupada de infarto unilateral do giro pré-central, enquanto a face inferior 
contralateral fica paralisada. 
O sabor do terço posterior da língua é fornecido pelo nervo glossofaríngeo e, portanto, não seria 
prejudicado na paralisia do nervo facial central. A paralisia do nervo facial pode afetar a sensação gustativa 
nos dois terços anteriores da língua, uma vez que essa região é inervada pelas fibras parassimpáticas 
fornecidas pela corda do tímpano. No entanto, a paralisia do nervo facial central causa déficits 
contralaterais, e uma lesão no giro pré-central, a localização do córtex motor primário, não afeta o paladar. 
A lacrimação do olho é modulada pelo nervo petroso maior, um ramo do nervo facial que transporta fibras 
parassimpáticas e, portanto, pode ser prejudicado pela paralisia do nervo facial periférico. A diminuição 
da lacrimação do olho esquerdo seria esperada na paralisia facial periférica do lado esquerdo. No entanto, 
a paralisia do nervo facial central causa déficits contralaterais, e uma lesão no giro pré-central, a 
localização do córtex motor primário, não afeta a lacrimação. 
A hiperacusia da orelha esquerda seria resultado da paralisia do músculo estapédio. O músculo estapédio 
é fornecido pelo nervo ao estapédio, um ramo do nervo facial e, portanto, pode ser prejudicado na paralisia 
do nervo facial. A hiperacusia da orelha esquerda seria esperada na paralisia facial periférica do lado 
esquerdo. No entanto, como a paralisia do nervo facial central causa lesões contralaterais, neste paciente 
a hiperacusia da orelha direita seria esperada. 
A incapacidade de levantar a sobrancelha direita é observada na paralisia do nervo facial periférico 
ipsilateral, que é comumente causada por trauma (por exemplo, fraturas zigomáticas, lacerações), 
infecção (por exemplo, vírus herpes simplex, vírus varicela-zóster), tumores (por exemplo, neuromas, 
tumores da glândula parótida) ou idiopática (paralisia de Bell). Na paralisia do nervo facial central, a queda 
da sobrancelha não seria esperada, uma vez que a testa é inervada por fibras de ambos os hemisférios 
cerebrais. 
 
 
 
 
QUESTÃO 17 
Área: Ciências Básicas 
Tema: Agentes etiológicos 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Pacientes com DOPC e exacerbações frequentes, limitação grave do fluxo aéreo, e/ou com necessidade 
de ventilação mecânica devem ter culturas colhidas e ampliar cobertura para gram negativo 
(Pseudomonas aeruginosa). 
 
QUESTÃO 18 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Prevenção de infecção de ferida cirúrgica 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
Os fatores mais importantes para a prevenção da infecção do sítio cirúrgico (ISC) são a administração 
oportuna de antibióticos pré-operatórios eficazes e atenção cuidadosa a outras medidas de controle 
perioperatório. O controle cuidadoso da infecção é essencial; as intervenções incluem a higiene das mãos 
e o uso de luvas e outros dispositivos de barreira (máscaras, gorros, aventais, cortinas e protetores de 
sapato) por todo o pessoal da sala de cirurgia e nos cuidados pré-operatórios. A aplicação de anti-sépticos 
na pele é garantida para reduzir a carga da flora cutânea. 
Deverick J Anderson, Daniel J Sexton. Overview of control measures for prevention of surgical site infection 
in adults - UPTODATE - Oct 2021. | This topic last updated: Jun 14, 2021. 
 
QUESTÃO 19 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Queimadura 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
 
Correta. A realização de procedimento reconstrutores, deve ser realizada em um segundo momento com 
paciente em estabilidade hemodinâmica, ambiente estéril e avaliar a necessidade ou não de enxerto nas 
áreas de queimadura por 3º grau. 
Incorreta. A enxertia de pele, quando indicada, deve ser realizada no paciente estável 
hemodinamicamente, no centro cirúrgico, após debridamento de tecidos desvitalizados e presença de 
tecido de granulação nos locais de queimadura de 3º grau. 
Incorreta. Houve quebra da barreira protetora da pele, sendo indicada antibiótico profilático.As áreas de 
queimadura de segundo grau terão cicatrização por segunda intensão (re-epitelização) enquanto as de 
terceiro grau é necessário algum tipo de reconstrução, geralmente enxerto de pele. 
Incorreta. A expansão volêmica deve ser utilizada segundo a fórmula de Parkland, com a solução de ringer 
com lactato, utilizando a princípio acessos venosos periféricos. 
Incorreta. O uso dos enxertos, deve ser indicado em áreas receptoras com exuberante tecido de 
granulação, sem infecção ou necrose, pois o processo de pega do enxerto, depende exclusivamente da 
área receptor. 
 
QUESTÃO 20 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Malformações no RN / Criptorquidia 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A descida testicular espontânea deve ocorrer por volta dos 6 meses de idade. 
A correção cirúrgica do testículo não descido é recomendada em meninos de 4 a 6 meses de idade, 
porque é improvável que ocorra descida espontânea depois disso. A cirurgia precoce otimiza o 
crescimento testicular normal e maximiza o potencial de fertilidade. Idealmente, a orquidopexia deve ser 
realizada antes de 1 ano de idade. Como o lactente apresenta testículo palpável no canal inguinal, a 
orquidopexia é o procedimento cirúrgico de escolha. 
A orquiectomia para criptorquidia pode ser indicada se o testículo não descido for hipoplásico, atrófico ou 
inviável. A orquiectomia também pode ser indicada para um testículo abdominal (especialmente em 
meninos pós-púberes) para minimizar o risco de câncer testicular ou se os vasos testiculares e os vasos 
deferentes forem muito curtos para realizar uma orquidopexia escrotal, desde que a criança tenha um 
testículo contralateral normal. Este paciente tem testículo com criptorquidia inguinal e não há razão para 
suspeitar de viabilidade prejudicada do testículo. 
Como a ultrassonografia do abdome e da pelve em um paciente com testículo não descido palpável, como 
é o caso aqui, raramente contribui para o diagnóstico e, portanto, não afetaria o curso do tratamento, não 
é indicada neste paciente. Mesmo em pacientes com testículos não palpáveis ??e não descidos, os 
exames de imagem não seriam indicados, pois não eliminam a necessidade de cirurgia exploratória. 
A descida espontânea de um testículo com criptorquidia raramente ocorre após os 6 meses de idade. A 
criptorquidia não corrigida pode resultar em complicações como hérnia inguinal, torção testicular, 
subfertilidade / infertilidade e câncer testicular. Quanto mais tarde a data da correção, maior o risco de 
complicações. 
A tranquilização para criptorquidia é indicada em meninos comar sob o diafragma. 
Em um paciente com abdome agudo, a ultrassonografia abdominal é uma ferramenta diagnóstica barata 
e prontamente disponível para avaliar rapidamente os órgãos, o trato biliar, o sangramento potencial e a 
quantidade de fluido intraperitoneal. No entanto, os resultados do raio-x já indicam um estômago ou 
intestino perfurado. 
 
QUESTÃO 24 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Hemorroidas 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Amaciantes de fezes (por exemplo, docusato e lidocaína tópica / supositório se doloridos) são usados 
para o tratamento conservador de hemorroidas. Outras intervenções apropriadas incluem banhos de 
assento e modificações no estilo de vida (por exemplo, perda de peso, exercícios, dieta rica em fibras, 
evitar alimentos gordurosos e condimentados). A terapia conservadora é o tratamento de primeira linha 
de hemorroidas externas, bem como de hemorroidas internas de grau I e II. 
 
QUESTÃO 25 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Ruptura de víscera abdominal 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
 
 
 
Este homem sofreu trauma significativo e agora apresenta dor no quadrante superior esquerdo e 
hematoma esplênico subcapsular na TC, indicando ruptura esplênica. No momento, ele está 
hemodinamicamente estável (pressão arterial normal, sem taquicardia). 
Este paciente tem uma lesão esplênica de baixo grau (grau I), que é definida como uma laceração capsular 
penetrando menos de 1 cm no parênquima ou um hematoma subcapsular comprometendo menos de 10% 
da área de superfície. Em um paciente hemodinamicamente estável, as lesões esplênicas de grau I 
justificam o manejo conservador que consiste em observação e ultrassonografias frequentes para 
monitorar quaisquer complicações adicionais que possam se desenvolver. 
A esplenectomia laparoscópica geralmente não é recomendada para o tratamento da lesão esplênica. 
Pacientes com lesões esplênicas de alto grau (grau III-V, por exemplo, baço quebrado) e / ou pacientes 
hemodinamicamente instáveis ??devem ser submetidos a esplenectomia aberta. No entanto, a 
intervenção cirúrgica não é indicada para pacientes hemodinamicamente estáveis ??com hematoma 
esplênico subcapsular, como visto neste caso. 
Tanto a laparotomia exploratória quanto a esplenectomia são procedimentos indicados para lesões 
esplênicas de alto grau, como baço fragmentado, laceração hilar (grau III-V) e / ou pacientes 
hemodinamicamente instáveis. Este paciente apresenta apenas hematoma esplênico subcapsular, que 
não requer cirurgia extensa. 
 
Este paciente está hemodinamicamente estável e apresenta lesão esplênica de baixo grau (grau I). No 
entanto, existe um risco significativo de que sua lesão esplênica possa progredir, levando à ruptura e 
sangramento intra-abdominal. É importante que ele seja hospitalizado e monitorado de perto. 
Embora a embolização da artéria esplênica com bobina possa ser indicada em casos de lesão esplênica 
de baixo grau, ela é reservada para pacientes com extravasamento de contraste ativo na TC com 
contraste, que este paciente não possui. 
 
QUESTÃO 26 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Pneumotórax hipertensivo 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A. O quadro clínico é típico de pneumotórax hipertensivo à direita e a conduta imediata é a descompressão 
torácica, a princípio por toracocentese. 
B. No pneumotórax hipertensivo, o desvio da traqueia é contralateral e não há alteração na ausculta à 
esquerda. 
C. O tamponamento cardíaco faz parte do diagnóstico diferencial, mas a ausculta pulmonar e cardíaca 
não sugerem este diagnóstico. 
D. A obstrução de via aérea é uma causa importante de insuficiência respiratória no trauma, mas o 
mecanismo do trauma e a capacidade de falar não sugerem este diagnóstico. 
E. O quadro clínico apresentando é suficiente para se indicar o tratamento inicial, não sendo necessário 
exame complementar. A radiografia deve ser solicitada, mas posteriormente. 
 
QUESTÃO 27 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Carcinoma broncogênico 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
O carcinoma broncogênico é o tumor pulmonar maligno mais comum em pacientes com asbestose e o 
segundo carcinoma mais comum em todo o mundo. Este paciente tem dois fatores de risco importantes, 
a saber, história de tabagismo e história de exposição ao amianto. O primeiro sintoma do carcinoma 
broncogênico geralmente é tosse, embora também possam ocorrer hemoptise, dispneia e dor torácica. A 
asbestose é a principal causa de mesotelioma, que raramente ocorre sem histórico de exposição ao 
amianto. No entanto, o carcinoma broncogênico ainda é muito mais comum do que o mesotelioma, mesmo 
em pessoas com histórico de exposição ao amianto. 
A asbestose é o principal fator etiológico do mesotelioma, que raramente ocorre sem histórico de 
exposição ao amianto. Embora o risco de mesotelioma seja acentuadamente aumentado neste paciente, 
é mais provável que surja outra complicação. 
A sarcoidose não está associada à asbestose, mas sim à exposição ao berílio. 
A tuberculose ocorre com mais frequência em pacientes com silicose. O principal sintoma manifesto na 
silicose é dispneia e tosse, como neste paciente. No entanto, a radiografia de tórax normalmente mostraria 
calcificações em casca de ovo e opacidades em vidro fosco difusas bilaterais, que estão ausentes aqui. 
O risco de carcinoma da tireoide aumenta após a radiação no pescoço ou em pacientes com síndrome 
MEN2. A asbestose não é um fator de risco conhecido para o carcinoma da tireoide. 
 
QUESTÃO 28 
Área: Clínica Cirúrgica 
 
Tema: Medidas preventivas / novembro azul 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Este paciente apresenta achados suspeitos de câncer de próstata, incluindo sintomas do trato urinário 
inferior (noctúria e fluxo urinário fraco), um nódulo firme no exame retal digital e um nível elevado de 
antígeno prostático específico. 
A biópsia de próstata guiada por ultrassom transretal é indicada para confirmar ou descartar câncer de 
próstata em pacientes com achados suspeitos no exame retal digital, níveis elevados de PSA ou suspeita 
clínica de câncer de próstata. Este procedimento envolve 12 amostras de próstata de diferentes áreas da 
próstata, guiadas por ultrassonografia transretal (TRUS) sob anestesia local e antibióticos profiláticos. 
Na maioria dos estados, o exame retal anual e o teste de antígeno específico da próstata (PSA) são 
oferecidos a homens> 50 anos de idade e aqueles> 40 anos com fatores de risco adicionais (ou seja, 
homens afro-americanos e / ou homens com positividade história familiar) para o rastreio do cancro da 
próstata. Se o nível de PSA desse paciente fosse normal ( 75 g) 
devido à hiperplasia prostática benigna (BPH). Embora o exame de toque retal em pacientes com HPB 
geralmente mostre uma próstata difusamente aumentada, a presença de um nódulo firme seria incomum 
Como o câncer de próstata metastatiza com mais frequência para o osso, a radiografia da coluna e a 
cintilografia com tecnécio-99m são indicadas para fins de estadiamento. Embora este paciente tenha 
características de malignidade da próstata, o diagnóstico deve primeiro ser confirmado. 
 
QUESTÃO 29 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Litíase urinária 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Em pacientes com urolitíase, um baixo pH urinário é característico de oxalato de cálcio, ácido úrico ou 
cálculos de cistina. As pedras são formadas a partir de ácidos orgânicos que são menos solúveis quando 
protonados e, portanto, tendema formar cristais em um ambiente ácido. Destes, apenas o ácido úrico 
forma cálculos radiotransparentes que não podem ser detectados na radiografia simples, como visto neste 
paciente. A urina persistentemente ácida é o fator de risco mais comum para cálculos de ácido úrico, que 
também estão associados à gota e outros estados de hiperuricemia, como aumento da renovação celular, 
por exemplo, síndrome mielodisplásica. A gota é provavelmente o motivo da história de dor e inchaço nos 
dedos dos pés (podagra) desse paciente. 
Na urinálise, os cristais de oxalato de cálcio di-hidratado aparecem como formas bipiramidais. Cálculos 
contendo cálcio são os cálculos urinários mais comuns, compreendendo> 80% dos casos. No entanto, 
essas pedras são radiopacas e poderiam ser detectadas no raio-x. 
A esterase leucocitária positiva na urinálise indica piúria significativa, o que é sugestivo de infecção do 
trato urinário. Embora vômitos, taquicardia e sensibilidade no ângulo costovertebral sejam preocupantes 
para pielonefrite neste paciente, ele não tem febre ou calafrios, nem outros sintomas locais de infecção 
do trato urinário inferior (por exemplo, disúria, urgência). As infecções do trato urinário estão tipicamente 
associadas à urina alcalina e podem causar cálculos radiopacos de estruvita e cálculos de staghorn. 
 
Cálculos renais e ureterais comumente se manifestam com hematúria secundária à irritação ou lesão 
epitelial, mas os glóbulos vermelhos não formariam cilindros de hemácias. Os modelos de hemácias 
indicam uma origem glomerular de hemácias, sugerindo glomerulonefrite, isquemia glomerular ou 
hipertensão maligna, nenhuma das quais está tipicamente associada à urolitíase. Neste paciente, seria 
de esperar glóbulos vermelhos na urinálise, mas nenhum modelo de hemácias. 
Cristais de formato hexagonal são patognomônicos para cistinúria. Os cálculos de cistina na urina são 
radiopacos, enquanto o cálculo deste paciente não era visível no raio-x. Além disso, ao contrário da 
primeira apresentação desse paciente aos 53 anos, a cistinúria geralmente se manifesta com cálculos 
recorrentes começando na infância e está associada a uma história familiar. Os cristais de ácido úrico 
desse paciente teriam aparecido como placas quadradas ou romboides. 
 
QUESTÃO 30 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: TVP - critérios de Wells 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A paciente tem baixa probabilidade para TVP, com isso a melhor escolha seria solicitar a Dosagem do 
Dímero-D. 
Indicado se a probabilidade pré-teste de TVP for classificada como improvável (escore de Wellsa hipófise a produzir maior quantidade de 
ACTH. Do ponto de vista hemodinâmico, elas provocam estimulação cardíaca e a vasoconstricção 
 
Glucagon – É liberado pelas células alfa do pâncreas endócrino através de estímulos simpáticos e pela 
hipoglicemia. A elevação do glucagon persiste até que o doente se restabeleça. Na fase hipermetabólica 
do trauma, o glucagon exerce um potente efeito na glicogenólise e na gliconeogênese hepática, 
sinalizando os hepatócitos para produzirem glicose a partir dos estoques de glicogênio hepático e de 
outros precursores. Tem atividade lipolítica, estimulando a liberação de ácidos graxos livres e glicerol pelo 
tecido adiposo 
Insulina – Liberada pelas células beta do pâncreas, sua secreção e ações são inibidas na fase 
correlaciona-se com a gravidade e a extensão do trauma. Como resultado, haverá insulinemia 
desproporcionalmente baixa com relação à glicemia. Existe um aumento da excreção urinária, sugerindo 
que mais insulina é perdida ou menos insulina é degradada pelos rins. Sua meia vida está diminuída no 
período pós-traumático. 
 
QUESTÃO 32 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Escoliose lombalgia e lombociatalgia 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Este homem tem dor nas costas aguda sem características de radiculopatia ou mielopatia (por exemplo, 
dor aguda ou em choque, fraqueza, dormência) após uma tarefa que provavelmente envolvia levantar 
objetos pesados, o que é consistente com tensão lombar aguda. 
Analgesia (por exemplo, AINEs) e continuação das atividades normais (exceto exercícios extenuantes) é 
o tratamento de escolha para a dor musculoesquelética aguda na região lombar. Quase todos os casos 
de dor lombar MSK desaparecem por conta própria em ~ 6 semanas. A analgesia reduz o desconforto e 
a atividade não extenuante está associada a melhores resultados do que o repouso na cama. Testes 
adicionais (por exemplo, ressonância magnética) devem ser considerados em pacientes cujos sintomas 
não melhoraram significativamente após ~ 6 semanas ou em pacientes com sinais de alerta (por exemplo, 
febre, sensibilidade na linha média, déficits neurológicos focais). 
As injeções de glicocorticoide peridural podem fornecer alívio sintomático modesto em pacientes com 
radiculopatia lombossacral que persiste por> 6 meses. Este paciente não apresenta sinais de radiculopatia 
e apresenta sintomas há apenas 2 dias, portanto, glicocorticoides peridurais não seriam indicados. 
Embora abster-se de atividades extenuantes seja prudente em caso de distensão nas costas, o repouso 
absoluto na cama é contraindicado, pois pode realmente levar ao descondicionamento e piorar a dor. 
Estudos demonstraram que o repouso no leito está associado a um tempo de recuperação mais longo em 
comparação com a atividade usual em pacientes com lombalgia musculoesquelética aguda. 
A ressonância magnética da coluna é indicada para pacientes com sinais de alerta de dor lombar ou cujos 
sintomas não tenham desaparecido no período de tempo esperado (~ 6 semanas). A história e o exame 
físico desse paciente são altamente sugestivos de lombalgia musculoesquelética, sem sinais de alerta 
significativos. A história de uso de drogas IV deste paciente levanta a preocupação de uma causa 
infecciosa (por exemplo, abcesso epidural), que mereceria uma ressonância magnética. No entanto, ele 
não tem história de febre ou déficits neurológicos, e os pacientes com etiologia infecciosa de dor nas 
costas costumam parecer mais gravemente enfermos. 
A radiografia lombar é indicada se houver suspeita de dano vertebral. Embora a fratura vertebral também 
se apresente com dor lombar, geralmente ocorre em pacientes com risco de fratura (por exemplo, > 50 
anos de idade, osteoporose ou malignidade) e causa sensibilidade no ponto da linha média no exame. 
Este paciente é jovem, não tem fatores de risco claros para fratura e não apresenta sensibilidade na linha 
média, então o raio-X não seria indicado. 
 
 
QUESTÃO 33 
Área: Clínica Médica 
Tema: hipertensão intracraniana 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Mecanismos e fatores de risco - A causa mais comum de isquemia cerebral tardia após HSA (hemorragia 
subaraquinoidea) é considerada vasoespasmo. A gravidade dos sintomas depende da artéria afetada e 
do grau de circulação colateral. O vasoespasmo normalmente começa não antes do dia 3 após a 
hemorragia, atingindo um pico nos dias 7 a 8. No entanto, o vasoespasmo pode ocorrer mais cedo, mesmo 
no momento da admissão hospitalar. Acredita-se que o vasospasmo seja produzido por substâncias 
espasmogênicas geradas durante a lise do sangue subaracnoide. 
Os fatores de risco para vasoespasmo incluem a gravidade do sangramento e sua proximidade aos 
principais vasos sanguíneos intracerebrais. A localização e a extensão do sangue na TC podem ajudar a 
prever a probabilidade de complicação do vasoespasmo cerebral. Escalas de graduação radiológica, 
incluindo as de Fisher e Claassen, são frequentemente usadas para prever a probabilidade de 
vasoespasmo e isquemia cerebral. (Consulte "Escalas de classificação de hemorragia subaracnoide".) 
Outros fatores que podem aumentar o risco de vasoespasmo incluem idade inferior a 50 anos e 
hiperglicemia. A maioria dos estudos, mas não todos, descobriram que o grau clínico ruim (por exemplo, 
Hunt e Hess grau 4 ou 5 ou pontuação na Escala de Coma de Glasgowpara criar uma nova via de passagem para a drenagem do humor aquoso. A cirurgia diminui a 
pressão intraocular, o que permite a filtragem do fluxo de saída do humor aquoso. Se o paciente tiver 
doença cardiovascular ou pulmonar que proíba o uso de colírios, e doença de evolução rápida, a 
intervenção cirúrgica poderá ser a escolha de primeira linha.[22] As técnicas cirúrgicas comuns são 
trabeculectomia ou shunt aquoso. As técnicas microcirúrgicas mais novas de glaucoma são cada vez mais 
eficazes e estão ganhando popularidade. 
 
QUESTÃO 35 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Sinusite 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
A rinossinusite viral aguda geralmente se apresenta com secreção nasal aquosa, febre, dores de cabeça 
e dor facial nos seios da face afetados e geralmente remite em 7 a 10 dias. No caso de superinfecção 
bacteriana, a secreção geralmente torna-se mucopurulenta e / ou tem curso superior a 10 dias. Este 
paciente provavelmente teve uma infecção viral primeiro e agora está apresentando uma rinossinusite 
bacteriana, que é mais comumente causada por Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae. 
O ácido amoxicilina-clavulânico é um antibiótico penicilina combinado com um inibidor de ß-lactamase 
usado para tratar várias infecções bacterianas, particularmente infecções do trato respiratório. É 
considerado o tratamento de primeira linha para a rinossinusite bacteriana aguda e, portanto, o tratamento 
adequado para esse paciente. 
O raio-X dos seios da face geralmente não é recomendado na sinusite aguda porque não ajuda a 
diferenciar as etiologias, e seus achados raramente influenciam a escolha do tratamento. 
A tomografia computadorizada dos seios paranasais não é realizada rotineiramente na sinusite aguda. 
Pode ser usado se complicações (por exemplo, osteomielite, celulite orbitária) ocorrerem, para descartar 
diagnósticos diferenciais (por exemplo, neoplasias) ou no pré-operatório em pacientes com sinusite 
crônica (por exemplo, desbridamento cirúrgico de tecido necrótico e / ou remoção de obstruções 
anatômicas). 
Loratadina é um antagonista H1 da histamina usado para tratar a rinite alérgica e a urticária. Não é 
indicado para o tratamento da rinossinusite bacteriana aguda. 
A anfotericina B é um agente antifúngico usado para tratar e prevenir infecções fúngicas graves, como 
aspergilose, candidíase, coccidioidomicose, mucormicose e histoplasmose. A sinusite fúngica (por 
exemplo, causada por espécies de Aspergillus) é rara e geralmente ocorre apenas em pacientes 
imunocomprometidos. Embora o diabetes mellitus seja um fator de risco, não há indicação de que seu 
diabetes esteja mal controlado, tornando esse diagnóstico improvável. Além disso, a sinusite fúngica por 
Aspergillus geralmente é acompanhada por asma e outras manifestações atópicas, que estão ausentes 
neste paciente. Um tratamento diferente é mais apropriado neste momento. 
 
QUESTÃO 36 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Nódulos e cistos tireoidianos 
Gabarito: Alternativa A 
 
Justificativa: 
A abordagem dos nódulos tireoidianos deve incluir TSH e ultrassonografia. Na supressão do TSH está 
indicado a realização da cintilografia para avaliar se o nódulo é quente ou frio. 
Exame de rastreamento inicial. Geralmente normal. Um nível de TSH suprimido (mais baixo que o normal) 
sugere hipertireoidismo ou a possibilidade de um nódulo hiperfuncionante (quente). A incidência de 
carcinoma em nódulos tireoidianos hiperfuncionantes é muito baixa. A faixa normal é de 0.4 a 4.0 
miliunidades internacionais/L. 
A ultrassonografia da tireoide e o exame de Doppler definem as dimensões dos nódulos e os componentes 
sólidos/císticos.[2][12][19]Os elementos suspeitos incluem microcalcificações, uma forma com o 
comprimento maior que a largura, hipervascularidade, hipoecogenicidade marcada ou margens 
irregulares.[12]Pode ser usada para orientar a biópsia com agulha fina. Também é usada para avaliar os 
linfonodos cervicais antes da cirurgia em pessoas com câncer medular. 
A biópsia com agulha fina de nódulos da tireoide(por exemplo, potássio, magnésio) e cal seca (cal sodada). Nestes casos, adicionar água 
pode causar uma reação química que poderia piorar ainda mais a queimadura. 
A escarotomia de emergência é indicada se houver suspeita de comprometimento vascular (ou seja, 
síndrome de compartimento), que é especialmente comum no caso de queimaduras circunferenciais 
periféricas com a presença de escara. Como este paciente tem bom enchimento capilar e pulsos da mão 
afetada, no entanto, o comprometimento vascular é muito improvável. 
O desbridamento da ferida é realizado para promover a cicatrização da ferida e diminuir o risco de infecção 
do tecido necrótico. Embora esse paciente possa precisar de desbridamento da ferida, o agente agressor 
deve primeiro ser removido da pele para evitar a progressão da queimadura. 
O óleo mineral é o tratamento de escolha para queimaduras na pele causadas por metais elementares 
(por exemplo, lítio, potássio, sódio ou magnésio). Esses metais não podem ser removidos por meio de 
irrigação com água, pois isso resulta em uma reação química que pioraria a queimadura. Além de aplicar 
óleo mineral neste tipo de queimadura, as peças de metal precisam ser removidas da pele (por exemplo, 
com uma pinça). 
A sulfadiazina de prata é um antibiótico tópico que pode ser considerado em casos de queimaduras graves 
e / ou generalizadas de espessura total. A ausência de escara na queimadura desse paciente e o fato de 
ser sensível tornam mais provável que ele tenha uma queimadura de espessura parcial. Embora ele ainda 
possa precisar de antibióticos eventualmente, os antibióticos tópicos não seriam o próximo passo mais 
apropriado no tratamento. 
 
QUESTÃO 40 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Conduta no trauma 
Gabarito: Alternativa C 
Justificativa: 
Podemos dizer que a avaliação primária, o famoso ABC no trauma torácico, é a parte mais importante do 
atendimento. Neste momento, você deve estar interessado em identificar e tratar as lesões com maior 
potencial de risco de morte imediata. Um dos grandes pontos do trauma torácico é que a maioria das 
lesões são identificadas nesta primeira etapa de atendimento e seu tratamento se dá por pequenos 
procedimentos, simples e rápidos de serem realizados. 
Na nova edição do ATLS, os autores nos mostram que muitos pacientes acabam vindo a óbito após a sua 
chegada no pronto-socorro. Ou seja, são mortes preveníveis por um bom diagnóstico e tratamento. Para 
garantir um bom prognóstico ao seu paciente, é crucial saber o passo a passo proposto pelo ATLS. Seja 
o médico recém-formado ou com anos de experiência, o seguimento correto do fluxo de atendimento 
garante maiores chances de sucesso com o seu paciente. 
Pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto e hemotórax maciço 
Nesta etapa da avaliação primária, você, como profissional, deverá se atentar às três principais lesões 
potencialmente fatais ao paciente. Lembre-se sempre que a permeabilidade da via aérea, por si só, não 
garante uma boa ventilação/perfusão ao paciente. Ao se tratar de pneumotórax, é crucial entender que 
seu diagnóstico é clínico. Ou seja, você precisa saber identificar os principais sinais e diferenciar quando 
é hipertensivo ou aberto. 
 
No pneumotórax hipertensivo, o paciente irá apresentar: dor torácica, taquipneia/dispneia, murmúrio 
vesicular abolido e desvio de traqueia com possível evolução a um choque obstrutivo. A cianose, no 
trauma torácico, é um sinal que se manifesta tardiamente e é muito difícil de ser visualizada. Se o seu 
paciente apresentar esses sinais, você terá algumas opções de manejo: a punção de alívio – se não 
obtiver sucesso, poderá tentar a técnica de toracostomia por dedo – e posteriormente a drenagem torácica, 
mandatória como tratamento definitivo. 
 
QUESTÃO 41 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Hemorragia digestiva alta 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
O octreotido intravenoso é usado no tratamento do sangramento por varizes esofágicas agudas, pois 
reduz rapidamente a pressão portal e ajuda a atingir a hemostasia, permitindo assim a terapia endoscópica 
de uma variz com sangramento. No entanto, devido à taquifilaxia, esse medicamento não é adequado 
como agente profilático contra sangramento por varizes. 
Pontuação de Child-Pugh 
Uma escala de classificação de prognóstico para avaliar a gravidade da cirrose, com base em marcadores 
laboratoriais específicos (por exemplo, bilirrubina, albumina, tempo de protrombina), bem como ascite e 
encefalopatia 
Pode ser usado como um sistema de pontuação de prognóstico [31] 
Child-Pugh classe A: quase normal 
Child-Pugh classe B: taxa de sobrevivência de um ano de aprox. 80% 
Child-Pugh classe C: taxa de sobrevivência de um ano de aprox. 45% 
Em pacientes com cirrose descompensada, a sobrevida é baixa, a menos que recebam transplante de 
fígado. 
 
QUESTÃO 42 
Área: Clínica Cirúrgica 
Tema: Aneurisma de aorta abdominal 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Rapid expansion, which is thought to increase the risk for rupture, is defined as an increase in maximal 
aortic diameter =5 mm over a six-month period of time or >10 mm over one year, using the same 
radiographic method of measurement. 
Rapid expansion — Earlier repair may benefit patients with well-documented rapid aneurysm expansion 
(>5 mm in six months or 10 mm per year) on serial imaging studies performed by the same modality [11]. 
Some data suggest that rapidly expanding AAAs are more likely to have symptoms and have a higher risk 
of rupture. Rapid expansion may represent instability of the aortic wall and may be a sign of impending 
aortic rupture. 
"Clinical features and diagnosis of abdominal aortic aneurysm", section on 'Risk factors'.) UpToDate. 
 
O reparo anterior pode beneficiar pacientes com expansão rápida de aneurisma bem documentada (> 5 
mm em seis meses ou 10 mm por ano) em estudos de imagem seriados realizados pela mesma 
modalidade [11]. Alguns dados sugerem que os AAAs em rápida expansão têm maior probabilidade de 
apresentar sintomas e maior risco de ruptura. A expansão rápida pode representar instabilidade da parede 
aórtica e pode ser um sinal de ruptura aórtica iminente. 
 
 
QUESTÃO 43 
Área: Clínica Médica 
Tema: Tratamento da ICC descompensada 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Paciente encontra-se em padrão congestivo, com boa perfusão periférica, portanto, classificado em perfil 
hemodinâmico B. Neste caso, utilizamos de diuréticos de alça com objetivo de diminuir a congestão e 
venodilatação imediata, além de vasodilatadores, com objetivo de reduzir a pré e pós-cargas do ventrículo 
esquerdo. 
 
QUESTÃO 44 
Área: Clínica Médica 
Tema: Abordagem terapêutica da insuficiência coronariana 
Gabarito: Alternativa A 
Justificativa: 
Entre os medicamentos que controlam a dor estão os betabloqueadores, nitratos e bloqueadores de canal 
de cálcio, e dentre esses, apenas o betabloqueador melhora o prognóstico no pós-IAM. Os 
antiplaquetários e heparina podem estar indicados nesse caso, porém não apresentam efeito sobre a dor. 
 
QUESTÃO 45 
Área: Clínica Médica 
Tema: Hipertensão arterial 
Gabarito: Alternativa E 
Justificativa: 
A emergência hipertensiva é definida como pressão arterial (PA) bastante elevada associada a disfunção 
nova ou progressiva dos órgãos-alvo. Embora o valor absoluto da PA não seja tão importante quanto a 
presença de danos nos órgãos-alvo, a PA sistólica é geralmente >180 mmHg e/ou a PA diastólica >120 
mmHg. 
A chave para o diagnóstico de uma emergência hipertensiva é uma avaliação rápida, porém completa. As 
principais áreas de foco devem ser os sistemas neurológico, cardiovascular e renal. O tratamento da 
emergência deve ser iniciado ao mesmo em que se realiza uma avaliação diagnóstica completa. 
História 
Deve-se identificar qualquer história de hipertensão e tratamento prévios (incluindo a adesão ao 
tratamento). Deve-se também determinar a existência de história prévia ou vigente de comprometimento 
neurológico, cardíaco ou renal. 
Os elementos clínicos que podem identificar

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