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DEVOLUTIVA TESTE DE PROFICIÊNCIA MEDICINA 2021.2 DATA DE APLICAÇÃO: 18/11/2021 QUESTÃO 1 Área: Clínica Médica Tema: Ética Médica / Bioética Gabarito: Alternativa C Justificativa: De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n. 1995/2012: “Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade. § 3º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares.” Disponível em: http://old.cremerj.org.br/legislacao/detalhes.php?id=720&item=1. Pela descrição clínica, configura-se uma situação de terminalidade da vida, ou seja, uma expectativa de vida limitada a 6 meses ou no máximo 1 ano. Neste caso, aplica-se a resolução 1995/2012 do CFM, sobre os princípios da Ortotanásia. Sendo a vontade da pessoa não ser internada em UTI nem intubada, este desejo deve prevalecer e ser respeitado pela equipe, mesmo que os familiares não aceitem. Por outro lado, estão descartadas medidas que deliberadamente busquem abreviar ou interromper a vida, ou seja, a Eutanásia. Temos, portanto, as afirmativas I e III incorretas e II e IV corretas. QUESTÃO 2 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Ética Médica / Violência contra a mulher Gabarito: Alternativa A Justificativa: Recomendações éticas para a interrupção da gravidez decorrente de estupro: • Atendimento com equipe multidisciplinar, composta, no mínimo, por obstetra, anestesista, enfermeiro, assistente social e/ou psicólogo; • Orientação à mulher no sentido de tomar as providências policiais e judiciais cabíveis. Caso ela não o faça, não pode lhe ser negado o direito de abortamento legal; • Esclarecimento sobre as alternativas legais em relação ao destino da gestação e as possibilidades de atenção nos serviços de saúde, que deve ser garantida independente da opção da gestante. QUESTÃO 3 Área: Ciências Básicas Tema: Bioética Gabarito: Alternativa B Justificativa: Neste caso, temos o conflito entre princípios éticos: o princípio de beneficência e não maleficência, ambos relacionados à proteção da vida da pessoa, de um lado; e o princípio da autonomia, de outro. Uma vida sem autonomia não é uma vida com dignidade. Só é aceitável desrespeitar a autonomia de alguém quando há risco iminente de vida para essa pessoa ou para outrem. O risco iminente é um risco imediato, naquele momento, então se você tiver dúvida, pense: é uma emergência? A cirurgia do paciente seria de emergência ou eletiva? Se for eletiva, o risco de vida não é iminente e, portanto, não se pode desrespeitar a autonomia do usuário. Não há justificativa para "Solicitar ao paciente que procure outro médico, com base na quebra de confiança da relação médico-paciente", pois não está caracterizado no enunciado quebra de confiança. Não há justificativa para "Denunciar o paciente à Comissão de Ética do hospital" ou "solicitar que ela autorize a cirurgia, mesmo contra a vontade do paciente" ou "Notificar o(a) assistente social do hospital, para que ela acione a Procuradoria de Saúde do Ministério Público, a fim de possibilitar a intimação do usuário para realização do procedimento" pois em todas essas ações, está implícita a quebra da autonomia da pessoa, o que neste caso não seria justificado eticamente. QUESTÃO 4 Área: Ciências Básicas Tema: Equilíbrio ácido-básico Gabarito: Alternativa A Justificativa: Uma concentração de HCO3- de 19 mEq / L com um hiato aniônico alto (18 mEq / L) indica uma acidose metabólica de hiato aniônico alto (HAGMA). Usando a fórmula de inverno, a PaCO2 esperada para uma concentração de HCO3- de 19 mEq / L é de 34,5–38,5 mm Hg. Esse conjunto de valores tem PaCO2 de 30 mm Hg (menor que o previsto), o que indica a presença de alcalose respiratória concomitante. Como resultado desse distúrbio ácido-básico misto, o pH é normal. Na fase inicial da toxicidade da aspirina, os pacientes desenvolvem alcalose respiratória devido à estimulação direta do centro respiratório na medula oblonga. Na fase tardia da toxicidade da aspirina, que ocorre várias horas após a ingestão, os pacientes desenvolvem um HAGMA devido ao acúmulo de cetoácidos orgânicos, ácido lático e ácido salicílico. O ácido salicílico desacopla a fosforilação oxidativa na mitocôndria, o que aumenta a conversão de acetil- CoA em cetoácidos e a conversão de piruvato em lactato. O ácido salicílico também contribui diretamente para a acidose metabólica (embora em menor grau). A alcalemia com PaCO2 elevada (48 mm Hg) indica alcalose metabólica. A alcalose metabólica pode ocorrer em pacientes com intoxicação por aspirina como resultado de vômitos intensos. No entanto, esse paciente não vomitou após a ingestão de aspirina. Este conjunto de achados de gasometria arterial é normal. É improvável que esse paciente, que apresenta manifestações da fase tardia da toxicidade da aspirina, apresente gasometria arterial normal. Alcalemia com PaCO2 baixa (31 mm Hg), bicarbonato normal (26 mEq / L) e hiato aniônico normal (11 mEq / L) indica uma alcalose respiratória não compensada. A alcalose respiratória se desenvolve na fase inicial da toxicidade do salicilato. No entanto, várias horas após a ingestão de salicilato, os pacientes também desenvolvem uma acidose metabólica de hiato aniônico alto que resulta em um distúrbio ácido- básico misto. Um pH normal (7,36) com PaCO2 alta (50 mm Hg), bicarbonato normal (27 mEq / L) e um gap aniônico normal (10 mEq / L) indica uma acidose respiratória não compensada. É improvável que esse paciente, que está hiperventilando, tenha acidose respiratória. QUESTÃO 5 Área: Ciências Básicas Tema: Genética Gabarito: Alternativa A Justificativa: O fenótipo de Camila é típico da síndrome de Down e caracteriza-se geneticamente por uma alteração cromossômica numérica, onde se tem a trissomia no cromossomo 21. Provavelmente em decorrência da primiparidade em idade materna avançada. QUESTÃO 6 Área: Ciências Básicas Tema: Marcadores tumorais Gabarito: Alternativa A Justificativa: Este paciente provavelmente sofre de obstrução biliar maligna, conforme indicado por sinais de icterícia indolor, prurido e escoriações (como resultado de ácidos biliares séricos elevados), fezes claras, hiperbilirrubinemia direta (conjugada) e ALP elevada. A massa solitária da cabeça do pâncreas é provavelmente a culpada por obstruir os ductos biliar e pancreático e causar dilatação subsequente. Como sinal de insuficiência pancreática endócrina, o paciente também apresenta níveis elevados de glicose sérica. CA 19-9 é um marcador tumoral elevado em doenças hepatobiliares não malignas, bem como em vários tipos de câncer, mais importante ainda no adenocarcinoma pancreático. Outros achados laboratoriais menos sensíveis e específicos que estão elevados no câncer de pâncreas incluem antígeno carcinoembrionário (CEA) e, em alguns casos, níveis de lipase. Os marcadores tumorais devem ser obtidos para fins de monitoramento da doença, e não para a confirmação do diagnóstico. Níveis mais elevados de CA 19-9 na apresentação inicial estão associados a um pior prognóstico. Níveis elevados de glucagon no contexto de uma massa pancreática são encontrados em pacientes com glucagonoma. Os pacientes geralmente apresentam hiperglicemia, eritema necrolítico migratório, queilite angular e diarreia crônica. Embora um glucagonoma possa se manifestar com sintomas que são muito semelhantes aos do adenocarcinoma pancreático (por exemplo, perda de peso, diarreia, hiperglicemia, desconforto abdominal), este é um tumor neuroendócrino raro do pâncreas e menos provável. Os níveis de alfa-fetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma hepatocelular (HCC), câncer de ovário e tumores de células germinativas mistos, mas os cânceres pancreáticos produtoreso comprometimento de órgãos específicos incluem:[14][29] • Comprometimento neurológico: por exemplo, visão turva, tontura, cefaleia, convulsões, alteração do estado mental basal, disfagia, perda de sensibilidade, parestesia ou perda do movimento • Comprometimento cardíaco: por exemplo, dor torácica, dispneia, diaforese, ortopneia, dispneia paroxística noturna, palpitações ou edema • Comprometimento renal: por exemplo, diminuição no débito urinário. Se a PA diastólica estiver acima de 140 mmHg, pode-se usar o nitroprusseto para se atingir uma redução de 10% a 15% em 24 horas Os pacientes com emergências hipertensivas devem ser internados em uma unidade de terapia intensiva para monitoramento contínuo da pressão arterial e de danos a órgãos-alvo e para administração parenteral dos agentes terapêuticos BMJ Best Practice - Hipertensão Maligna. QUESTÃO 46 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico diferencial da pericardite Gabarito: Alternativa A Justificativa: Os sintomas apresentados, juntamente com alterações eletrocardiográficas (supradesnivelamento difuso do segmento ST em todas as derivações) sugerem o diagnóstico de pericardite viral. QUESTÃO 47 Área: Clínica Médica Tema: LMA x LMC Gabarito: Alternativa A Justificativa: Esse caso tem todos os indicativos de tratar-se de uma LMC: caso crônico, arrastado, com sintomas inespecíficos e condizentes com o quadro. Ao exame físico apresenta esplenomegalia que também é característico e o hemograma apresenta anemia, com leucocitose e desvio a esquerda até blastos, com plaquetas normais. Por se tratar de uma doença crônica, não há a necessidade de encaminhar o paciente para o pronto socorro, podendo ser encaminhado via ambulatorial para um centro de referência em tratamento, tomando o cuidado de não deixar o paciente se “perder” no caminho. Classicamente a doença é confirmada encontrando-se a translocação 9:22, o chamado cromossomo Philadelfia na maioria dos pacientes, apesar de uma pequena porcentagem apresentar uma forma variante, mas é fundamental realizar esses exames para que se possa iniciar o tratamento preconizado para a doença. Sem esse exame, não se pode fazer a liberação do tratamento com os inibidores de tirosina quinase, que são feitos via oral. QUESTÃO 48 Área: Clínica Médica Tema: Infecção urinária / diagnóstico e tratamento da pielonefrite Gabarito: Alternativa A Justificativa: Quadro de pielonefrite, para confirmar solicitar sumário de urina e introduzir antibioticoterapia empírica com Ciprofloxacina. QUESTÃO 49 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico da IRC e indicação de diálise Gabarito: Alternativa A Justificativa: Trata-se de um quadro e insuficiência renal crônica, sendo o paciente com hipertensão e diabetes mellitus que são os principais fatores para o desenvolvimento da perda da função renal. Os valores de uremia e calemia estão elevados e o paciente está desenvolvendo encefalopatia urêmica, devendo-se fazer tratamento dialítico de urgência. QUESTÃO 50 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico Diferencial / tratamento das dermatomicoses Gabarito: Alternativa A Justificativa: A pitiríase versicolor (PV) é uma infecção fúngica superficial comum, causada pelo fungo Malassezia furfur, Pacientes com PV geralmente apresentam múltiplas lesões no tronco, com regiões intercaladas de pele normal. As lesões podem também surgir no pescoço e extremidades superiores proximais. Sua distribuição normalmente é paralela à das glândulas sebáceas, com ocorrência maior no tórax, dorso e face. O tratamento é realizado com cetoconazol 200mg/ dia por 10 dias e xampu de sulfeto de selênio 2,5%. QUESTÃO 51 Área: Clínica Médica Tema: ISTs Gabarito: Alternativa A Justificativa: Esse é o tratamento indicado pelo protocolo do Ministério da Saúde, por ter melhor evidência de risco benefício, para a uretrite aguda em homens, cujas maiores etiologias são gonococo e clamídia. Importante lembrar de oferecer à pessoa as demais condutas para IST como busca ativa de parceiros(as), sorologias para outras ISTs, aconselhamento sobre uso de preservativo e oferecer vacinação para hepatite B em não vacinados. QUESTÃO 52 Área: Saúde Coletiva Tema: diagnóstico de hipertiroidismo Gabarito: Alternativa A Justificativa: Trata-se de Hipertireoidismo manifesto. O exame físico em pacientes com hipertireoidismo manifesto pode ser notável pela hiperatividade e fala rápida. Muitos pacientes apresentam o olhar fixo (retração da pálpebra) e o retardo da pálpebra, representando hiperatividade simpática. A pele é geralmente quente e úmida, e o cabelo pode ser fino e fino. A taquicardia é comum, o pulso é irregularmente irregular em pacientes com fibrilação atrial, hipertensão sistólica pode estar presente e o precórdio costuma ser hiperdinâmico [6]. Tremor, fraqueza muscular proximal e hiperreflexia são outros achados frequentes. Exoftalmia, edema periorbital e conjuntival, limitação dos movimentos oculares e dermopatia infiltrativa (mixedema pré-tibial) ocorrem apenas em pacientes com doença de Graves. QUESTÃO 53 Área: Clínica Médica Tema: Diabetes Mellitus: diagnóstico e tratamento Gabarito: Alternativa A Justificativa: Paciente diabético com descontrole glicêmico, com níveis glicêmicos superiores a 300 mg/dl e sintomas de hiperglicemia devem ser tratados com insulinoterapia. Não há indicação de internação, pois não há sinais de desidratação ou cetose. Como o paciente tem um IMC normal, deve-se pensar na possibilidade de um diabetes autoimune, como o LADA, e prosseguir investigação. QUESTÃO 54 Área: Clínica Médica Tema: Anemia por deficiência de Ácido fólico ou Megaloblástica Gabarito: Alternativa A Justificativa: A principal HD é de Deficiência de vitamina B12 – gabarito letra D – paciente com fatores de risco como dieta vegetariana e uso de metformina, além de apresentar no exame físico sinais de anemia (hipocorada) e de neuropatia periférica (reflexo aquileu diminuído bilateral de forma simétrica). Letra A – ansiedade não explicaria as alterações no exame físico. Letra B – paciente possui sinais de anemia, porém história clínica e exame físico sugerem deficiência de B12 e não de ferro (não menstrua há 4 meses devido uso de ACO contínuo) Letra C – paciente sem histórico de infecção de TGI prévia, exame físico sem sinais de déficit motor Letra E – paciente sem déficit focal, e sem outras queixas neurológicas, caso com evolução crônica. QUESTÃO 55 Área: Clínica Médica Tema: Complicações do diabetes Gabarito: Alternativa A Justificativa: Esta é uma questão cujo escopo é o tratamento de complicações de diabetes mellitus em Atenção Primária. Existem nuances interessantes nesta questão. Em primeiro lugar, é necessário decidir se o paciente será encaminhado neste primeiro momento para a Emergência. Ele apresenta hiperglicemia importante, hipertensão arterial descontrolada, desidratação leve, uma úlcera no pé, turvação visual e disfunção erétil. Apesar de todos estes achados, ele pode ser tratado em ambulatório, não sendo indicado o encaminhamento à Emergência neste momento, pois ele apresenta complicações crônicas sem ter neste momento alguma síndrome aguda como sepse, ferida infectada, cetoacidadose, desidratação moderada, etc. Ele apresenta claramente critérios de insulinização (glicemia pós-prandial de 320 mg/dL e múltiplas complicações da DM). Por isso, podemos descartar todas as alternativas que não apresentam a insulina como prescrição imediata. O paciente poderá ser encaminhado para o médico angiologista, mas não sem antes ter sua ferida avaliada pelo profissional de enfermagem na própria APS. Temos apenas uma alternativa que contempla a insulinização pelo médico e a avaliação da ferida pelo enfermeiro, ambos da equipe de APS, e que agrega corretamente uma consulta com nutricionista. Trata-se de uma questão que detalha, em um caso clínico, como deve ocorrer a construção de um plano de cuidados interdisciplinar e multiprofissionalem APS, a fim de alcançar um alto grau de resolutividade, sem derivar de forma desnecessária a pessoa a outros níveis de cuidado. QUESTÃO 56 Área: Clínica Médica Tema: Diarreia Aguda - fisiopatologia, diagnóstico diferencial e/ou tratamento Gabarito: Alternativa A Justificativa: A diarreia aguda osmótica tem característica de ser explosiva, aquosa e está associada a ingesta excessiva de magnésio, não apresenta sinais de desidratação ou sepse. Por isso a conduta adequada seria tratar com sintomáticos, hidratar por via oral e suspender o uso do leite de magnésio. QUESTÃO 57 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico de LES Gabarito: Alternativa A Justificativa: O último consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico manejo e tratamento da nefrite lúpica (2015) recomenda que, na impossibilidade de se realizar biópsia renal nos casos com indicação precisa, pode ser feita a inferência da classe histopatológica e, consequentemente, seu tratamento. O caso descrito é um clássico do lúpus sistêmico com envolvimento renal: mulher negra, jovem, com manifestações cutâneo-articulares, um possível derrame pleural, citopenia e o envolvimento renal marcado por hipertensão, edema, proteinúria e elevação da creatinina. Pode-se inferir tratar-se de glomerulonefrite lúpica classe IV. O tratamento de indução deve ser feito com pulsoterapia. Inicialmente, com metilprednisolona seguida de ciclofosfamida. A fase de manutenção pode ser feita com azatioprina oral. QUESTÃO 58 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico e abordagem do AVC isquêmico Gabarito: Alternativa A Justificativa: A.Trombólise IV com alterplase é benéfica em melhorar prognóstico funcional se realizada até 4 horas e meia do ictus. B. Utiliza-se stent retriever para procedimentos de trombectomia. C. Trombectomia mecânica deve ser considerada para pacientes com AVE causado por oclusão de artéria carótida intracraniana e porção M1 da artéria cerebral média. Não deve ser considerada em caso de oclusão de artéria vertebral. D. O trombolítico de escolha é a alteplase. E. Os procedimentos de reperfusão (trombólise e trombectomia mecânica) podem produzir injúria por reperfusão, incluindo hemorragia e edema. QUESTÃO 59 Área: Clínica Médica Tema: Abordagem terapêutica da enxaqueca Gabarito: Alternativa A Justificativa: Quanto maior o tempo para se instituir o tratamento a partir do início da dor, há maior possibilidade de resistência e insucesso à terapêutica prescrita. QUESTÃO 60 Área: Clínica Médica Tema: Profilaxia / diagnóstico diferencial de meningites Gabarito: Alternativa A Justificativa: A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos. A análise do líquor demonstra o aumento das proteínas e consumo da glicose. O quadro tem evolução rápida e precisa de intervenção precoce com antibioticoterapia venosa. QUESTÃO 61 Área: Clínica Médica Tema: Conduta na asma Gabarito: Alternativa E Justificativa: Nesta questão, abordam-se os critérios de gravidade para asma definidos pelo III Consenso Brasileiro no Manejo para asma, contidos no quadro 05, página 25 contidos na letra A (vide abaixo). Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Suple_163_52_cons_asma_2002_s03.pdf QUESTÃO 62 Área: Clínica Médica Tema: Classificação do GOLD e o Manejo inicial de paciente com DPOC com risco de exacerbação Gabarito: Alternativa A Justificativa: Trata-se de paciente em que os sintomas, epidemiologia e exames complementares permitem o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Na Classificação GOLD, o paciente se encaixa no Grupo C, pois tem muitas exacerbações, mas sem muita dispneia ou alteração da qualidade de vida no período fora das exacerbações. Neste caso a recomendação do tratamento inicial é do uso de LAMA, pois, além do efeito broncodilatador com melhora da dispneia ao esforço, é o broncodilatador que melhor previne as exacerbações. Corticoide inalatório não está indicado neste caso. QUESTÃO 63 Área: Clínica Médica Tema: Diagnóstico / avaliação de gravidade de PAC Gabarito: Alternativa A Justificativa: De acordo com o score CURB-65, há dois fatores no caso clínico apresentado que pontuam indicando a internação hospitalar do paciente, sendo FR> 30 ciclos/min e a medida da Ureia >50mg/dl. QUESTÃO 64 Área: Clínica Médica Tema: Tratamento de quadro depressivo Gabarito: Alternativa B Justificativa: Os sintomas apresentados preenchem critérios para episódio depressivo e a primeira opção para tratamento são os inibidores de recaptação de serotonina. QUESTÃO 65 Área: Clínica Médica Tema: uso de drogas ilícitas Gabarito: Alternativa D Justificativa: Nesta questão, abordam-se os princípios da abordagem terapêutica do uso abusivo de substâncias (drogas). A eficácia do tratamento depende da criação de um vínculo entre a pessoa e os profissionais e serviços de saúde, a fim de propiciar o acompanhamento longitudinal, já que o abuso é uma condição crônica com alto índice de recorrência. Por isso, todas as alternativas que colocam a abstinência como condição sine qua non para o acompanhamento estão incorretas. Deve-se primeiramente realizar o acolhimento e, em seguida, pactuar um plano de cuidados de forma compartilhada com a pessoa, sendo a abstinência uma meta a ser buscada ao longo do processo, não necessariamente de imediato. De forma paradoxal, esta abordagem atinge taxas de abstinência a longo prazo maiores que os programas que priorizam a abstinência de forma imediata e abrupta, pois nestas a taxa de abandono do tratamento é muito mais alta ao longo do tempo. A alternativa que relaciona o acompanhamento dos pais com “infantilização” está incorreta, pois o reforço da rede de apoio social (da qual a família é parte fundamental) é um dos pontos centrais do plano de cuidados, e deve ser priorizada sempre. QUESTÃO 66 Área: Clínica Médica Tema: Tratamento de Leishmaniose visceral Gabarito: Alternativa A Justificativa: A. A formulação lipossomal da anfotericina B é recomendada para casos com sinais de gravidade e que apresentem insuficiência renal. B.O antimoniato é a escolha para uso ambulatorial nos casos leves, mas pode piorar a insuficiência renal do paciente. C. A formulação de desoxicolato pode piorar os níveis de ureia e creatinina, devido a sua nefrotoxicidade. D. Miltefosina não foi aprovada para uso no Brasil. E. Droga utilizada para casos refratários ao tratamento, nas suspeitas de resistência. Nega doenças e tratamentos anteriores. QUESTÃO 67 Área: Clínica Médica Tema: Manejo dos anticoagulantes Gabarito: Alternativa A Justificativa: A. A heparina em doses terapêuticas é o medicamento de escolha no tratamento da trombose venosa profunda. Podem ser utilizadas, tanto a heparina não fracionada (HNF), por via intravenosa, assim como a heparina de baixo peso molecular (HBPM), por via subcutânea. O RNI ou INR (Relação Normatizada Internacional) deve ser verificado diariamente a partir do terceiro dia, e a heparina descontinuada apenas quando o INR (valores: 2 até 3) tenham sido obtido por dois dias consecutivos; caso contrário, a heparina deve ser mantida até que esse objetivo tenha sido alcançado. Na descontinuação do uso da heparina deve ser mantida a varfarina em dose ajustada. Na impossibilidade do uso da varfarina para o tratamento de manutenção, pode ser utilizado a heparina de baixo peso molecular em doses terapêuticas (1mg/kg de peso 2 vezes ao dia). B. O uso clínico da varfarina é indicado quando o RNI do paciente está entre 2-3 durante 2 dias. No caso em questão não foi relatado essa quantificação para que justificasse o uso do medicamento. C. O uso do plasma fresco é indicado em pacientes com efeito adverso ao uso de anticoagulantes oraias, em uso de heparina, ou que fazem interações medicamentosas que possam provocar sinergismo comoanticoncepcionais orais, hipoglicemiantes orais ou anti-inflamatórios. D. O uso de vitamina K é indicado em pacientes com efeito adverso ao uso de anticoagulantes oraias, em uso de varfarina. E. A dabigatrana, é disponível no mercado brasileiro e está em estudo clínico fase III, pode ser utilizado para tratamento de trombose venosa, apresenta efeito similar a varfarina, não corresponde ao fármaco de primeira escolha para o tratamento. QUESTÃO 68 Área: Clínica Médica Tema: Tratamento de artrite reumatoide Gabarito: Alternativa A Justificativa: Poliartrite crônica e aditiva em mulher, com sintomas sistêmicos e síndrome seca. A primeira hipótese deve ser artrite reumatoide e os primeiros exames a serem solicitados são RX das articulações, VHS, PCR, fator reumatoide e anti-CCP. QUESTÃO 69 Área: Clínica Médica Tema: Manejo e tratamento de Crises convulsivas Gabarito: Alternativa A Justificativa: A primeira questão foi elaborada com propósito de avaliar capacidade do aluno em reconhecer uma crise epiléptica, diferenciar de crises não epilépticas. Definir momento ideal para início do anticonvulsivante. Reconhecer a necessidade de investigação. QUESTÃO 70 Área: Clínica Médica Tema: Associação de antibióticos Gabarito: Alternativa E Justificativa: Sulfametoxazol-trimetroprima apresenta ação bacteriostática, não devendo ser administrado em conjunto com antibióticos bactericidas. Levofloxacina, amoxicilina, ampicilina e ceftriaxona são bactericidas. Sulfametoxazol-Trimetoprima é bacteriostático. Azitroicina tem efeito bacteriostático, podendo também ter efeito bactericida. QUESTÃO 71 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Conduta / Comprometimento da vitalidade fetal no intraparto Gabarito: Alternativa B Justificativa: A opção correta é aquela que indica que o diagnóstico é de asfixia aguda, pois a cardiotocografia demonstra e existência de desaceleração do tipo II, onde a queda da FCF ocorre com um atraso em relação à contração uterina. A conduta obstétrica mais adequada é a interrupção imediata da gestação pela cesariana. Este padrão cardiotocográfico não é tranquilizador. Diante deste diagnóstico com 8 cm de dilatação, não está indicada conduta de observação expectante. QUESTÃO 72 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Conduta nas irregularidades menstruais na pré-menopausa Gabarito: Alternativa D Justificativa: A instalação da menopausa, já definida anteriormente como período de 12 meses sem menstruações. Durante a fase da transição menopausal, os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo. Inicialmente pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da periodicidade, devido à maturação folicular acelerada e ovulação precoce, o que pode ser seguido por uma fase lútea com baixa produção de progesterona e instalação de ciclos polimenorreicos, com fluxo diminuído ou aumentado. Não há necessidade de confirmação diagnóstica, com solicitação de dosagens hormonais. O FSH está elevado na menopausa. QUESTÃO 73 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Seguimento de paciente com endometriose Gabarito: Alternativa A Justificativa: Os dados clínicos de dismenorreia e dor ao evacuar, associados à infertilidade, sugerem o diagnóstico de endometriose. Para elucidar a suspeita de endometriose a laparoscopia é padrão ouro e a ressonância nuclear magnética costuma ser de grande auxílio. O tratamento é variável e individualizado, dependendo da intensidade do quadro de cada paciente. Levando em consideração estes dados clínicos não há possibilidade de estabelecer a etiologia da infertilidade. O diagnóstico de certeza da endometriose não é realizado com dosagem deste marcador tumoral, apesar de se apresentar elevado ocasionalmente. A laparoscopia não apresenta contraindicação neste caso. QUESTÃO 74 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Anticoncepção de emergência Gabarito: Alternativa A Justificativa: O acetato de ulipristal é uma opção de contracepção de emergência eficaz se administrado dentro de cinco dias após a relação sexual desprotegida. Estudos demonstraram que é até 99% eficaz na prevenção da gravidez. Em pacientes que desejam engravidar em um futuro próximo, como esta paciente, o acetato de ulipristal é uma escolha apropriada. Os dispositivos intrauterinos contendo cobre têm se mostrado de longe a opção mais eficaz para a anticoncepção de emergência, com uma taxa de sucesso de 99,9%. Como o DIU fornece anticoncepção por até 12 anos, uma vez inserido, é uma boa opção para mulheres que precisam de anticoncepção de emergência e não desejam engravidar em um futuro próximo. No entanto, se uma mulher quiser engravidar em um futuro próximo, por exemplo, como esta paciente dentro de 6 meses, outras opções eficazes de contracepção de emergência devem ser consideradas. Além disso, a alergia a joias e ligas metálicas deste paciente pode indicar uma alergia ao cobre, caso em que um DIU contendo cobre seria contra-indicado. Outras contra-indicações incluem gravidez conhecida ou suspeita, lesões endometriais ou pré-cancerosas cervicais ou câncer, DSTs sintomáticas nos últimos 3 meses e doença de Wilson. Embora um dispositivo intrauterino com progesterona seja uma excelente opção para contracepção de longo prazo, esta paciente requer contracepção de emergência. DIUs contendo progestógeno estão sendo estudados para esta indicação, mas não são aprovados nem recomendados para anticoncepção de emergência imediata. O DMPA é amplamente utilizado para contracepção planejada, particularmente em mulheres que não desejam tomar um contraceptivo diário, pois ele é administrado apenas uma vez a cada três meses. No entanto, este agente não é usado para anticoncepção de emergência. As pílulas anticoncepcionais orais combinadas são amplamente utilizadas na contracepção diária planejada. Eles também podem ser usados ??para anticoncepção de emergência, embora sejam os menos eficazes (~ 3,5% de taxa de falha) dos métodos amplamente disponíveis. QUESTÃO 75 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Infertilidade Gabarito: Alternativa C Justificativa: O espermograma é o mais importante exame para averiguar a capacidade reprodutiva dos homens, pois avalia de uma só vez a quantidade e a qualidade do espermatozoide para fertilizar um óvulo. Análise microscópica 1Critérios estabelecidos por Kruger, chamados de morfologia estrita. QUESTÃO 76 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Câncer de mama Gabarito: Alternativa D Justificativa: Aqueles com mutações BRCA - genes de suscetibilidade ao câncer de mama 1 e 2 (BRCA1 e BRCA2 [BRCA]) portadores da mutação têm risco aumentado de desenvolver um segundo câncer de mama. Variantes patogênicas em outros genes, incluindo proteína tumoral p53 (TP53), homólogo de fosfatase e tensina (PTEN) e outros, também aumentam o risco de um segundo câncer de mama. Portanto, embora a terapia conservadora da mama seja eficaz nessas pacientes, elas podem optar por se submeter a mastectomia bilateral para reduzir o risco de um segundo câncer de mama. A maioria das mulheres com câncer de mama ou de ovário tem câncer esporádico, e não hereditário. Embora a maioria das mulheres com câncer de mama e / ou ovário hereditário carregue uma variante patogênica (ou seja, mutação deletéria ou prejudicial) no gene de suscetibilidade ao câncer de mama 1 (BRCA1) ou gene de suscetibilidade ao câncer de mama 2 (BRCA2), alguns cânceres de mama hereditários são devidos a outras síndromes hereditárias raras, como as síndromes de Li-Fraumeni e Cowden, que estão associadas a variantes patogênicas na proteína tumoral p53 (TP53) e genes supressores tumorais homólogos de fosfatase e tensina (PTEN), respectivamente. Variantes patogênicas em outros genes também conferem um risco elevado de câncer de mama e / ou ovário. Overview of hereditary breast and ovarian cancer syndromes associated with genes other than BRCA1/2 – UpToDate. Oct 2021. | This topiclast updated: Oct 12, 2021. QUESTÃO 77 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Partograma / Paciente primigesta em trabalho de parto prolongado Gabarito: Alternativa A Justificativa: A curva de dilatação do partograma mostra uma para de progressão da dilatação. A curva de dilatação com taxa de dilatação inferior à 1 cm/h indica distúrbio contrátil. As primeiras 5 horas do trabalho de parto transcorreram com atividade uterina insuficiente (hipocinesia), apresentando 2 contrações/10 min., algumas com duração inferior à 40 seg. Mesmo após o uso de ocitocina intravenosa, o padrão contrátil não alcança a normalidade para a dilatação cervical de 6 cm. (4 contrações/10 min., com duração de 50 seg.). O preenchimento correto do partograma se inicia antes da linha de alerta. A última aferição da FCF = 110 bpm., indica a instalação da cardiotocografia contínua durante o trabalho de parto, e de forma alguma é fato tranquilizador. O fato da altura da apresentação cefálica não estar insinuada não indica como primeira opção diagnóstica a desproporção céfalo-pélvica, pois o padrão contrátil inadequado também apresenta influência na descida da apresentação. Após correção da discinesia e normalização da cuirva de dilatação, a dificuldade de insinuação sugere o diagnóstico de desproporção céfalo-pélvica. QUESTÃO 78 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Conduta em Incontinência urinaria de esforço Gabarito: Alternativa E Justificativa: Observe que no traçado do estudo urodinâmico (cistometria – fase de enchimento) surge uma contração detrusora não inibida (hiperatividade detrusora – Pressão Intravesical é praticamente idêntica à pressão detrusora), e o medidor de pressão abdominal praticamente não se altera (linha basal). Concomitante à contração não inibida visualiza-se uma pequena perda urinária (na linha superior do traçado). O tratamento de hiperatividade detrusora com perdas pode ser realizado com anticolinérgicos. Um exemplo é a oxibutinina (bloqueador do tipo muscarínico). Não se trata de uma manobra de valsalva nem esforço, devido à não alteração significativa da pressão abdominal durante a fase de perda. Os procedimentos cirúrgicos (sling pubovaginal e injeção endoscópica) não são indicados nestes pacientes, podendo até piorar o quadro clínico. Não há indícios que levam a fechar o diagnóstico de diabetes insipidus no traçado do exame porque o mesmo não possui este tipo de aplicação (estudo fisiologia da micção), muito menos a indicação de vasopressina. QUESTÃO 79 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: hipertensão gestacional Gabarito: Alternativa C Justificativa: O caso clínico apresenta indicadores epidemiológicos que sugerem o diagnóstico de pré-eclâmpsia (primigesta jovem que apresenta hipertensão após 20 semanas de gestação), porém a definição do diagnóstico de certeza, inclui o aparecimento da proteinúria. Algumas classificações dos quadros hipertensivos na gravidez denominam de hipertensão gestacional todos os quadros hipertensivos que surgem na gravidez. O nível de PA distólica acima de 100 mmHg indica a abordagem farmacológica. QUESTÃO 80 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: sangramento vaginal em mulher menopausada Gabarito: Alternativa A Justificativa: Exames que permitem visualizar o útero e seu interior são utilizados para detectar e diagnosticar o câncer de endométrio. Os seguintes exames e procedimentos auxiliam no diagnóstico devem ser usados nesta sequência: • História clínica da paciente e exame físico • Ultrassonografia transvaginal • Histeroscopia (visualização do interior do útero por meio de uma câmera introduzida pela vagina) • Biópsia do endométrio (o médico retira uma pequena amostra da camada interna do útero e envia para análise microscópica) Após o diagnóstico de qualquer tipo de câncer, são realizados exames para avaliar se o tumor está restrito ao órgão de origem ou se há disseminação para outros órgãos. Esta etapa chama-se estadiamento de doença. É importante conhecer o estágio da doença para o planejamento adequado do tratamento. A escolha do tratamento, além de depender do estágio da doença, leva em conta a idade e a presença ou não de outros problemas de saúde que a paciente possa apresentar. Os seguintes exames são utilizados para auxiliar no estadiamento do câncer de endométrio: • Exame pélvico (com espéculo e toque vaginal) • Exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia e/ou Ressonância Nuclear Magnética) QUESTÃO 81 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Investigação diagnóstica em Cisto ovário Gabarito: Alternativa A Justificativa: O diagnóstico deste caso foi realizado pelo exame ultrassonográfico transvaginal, que evidenciou imagem cística anecóica, sem vegetações em seu interior, e que apresenta características de benignidade. A idade da paciente, os achados clínicos e laudo ultrassonográfico não indicam as hipóteses de cisto endometriótico e neoplasias ovarianas A conduta maios adequada para o cisto folicular é Anticoncepcional Oral Hormonal. QUESTÃO 82 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Diagnóstico e tratamento de gonorreia Gabarito: Alternativa C Justificativa: O quadro clínico não é característico de nenhum tipo de vulvovaginite específica. O achado de secreção mucopurulenta associada ao estado de friabilidade do colo uterino indica a possibilidade de cervicite aguda, provavelmente causada por Infecção Sexualmente Transmissível. O NAAT do fluido vaginal é o teste de escolha no diagnóstico de Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. O NAAT fornece um resultado rápido, tem uma alta sensibilidade e pode diferenciar entre a infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae. Portanto, substituiu amplamente testes como culturas e coloração de Gram. O esfregaço de Tzanck é usado no diagnóstico de infecções virais, como o vírus herpes simplex (HSV) e o vírus varicela zoster (VZV). Fragmentos da base de uma lesão herpética geralmente mostram células gigantes multinucleadas (células de Tzanck). Embora o herpes genital possa apresentar corrimento vaginal, a ausência de lesões dolorosas “perfuradas” e úlcera excluem esse diagnóstico. A coloração de Gram de um esfregaço cervical é usada para detectar infecções bacterianas do colo do útero. No entanto, tem uma sensibilidade relativamente baixa e não pode ser usado para diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis, que é um patógeno intracelular obrigatório e, portanto, difícil de ser corado. O teste foi amplamente substituído por testes mais sensíveis e específicos com a capacidade de diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Em hospitais com acesso limitado a recursos de diagnóstico (por exemplo, em países em desenvolvimento), o teste ainda é utilizado para diagnosticar cervicite gonocócica. A colposcopia é comumente usada para avaliar anormalidades cervicais encontradas em testes de rastreamento de câncer, como o esfregaço de Papanicolaou. Não é útil para diagnosticar o patógeno causal em pacientes com cervicite O esfregaço de Papanicolaou é usado na triagem de neoplasia intraepitelial cervical ou carcinoma cervical. O câncer cervical avançado pode se apresentar com corrimento cervical anormal e sangramento, como nesta paciente. No entanto, o início agudo dos sintomas e a ausência de uma lesão visível no exame pélvico tornam a cervicite infecciosa mais provável. Um teste diferente é mais apropriado para determinar o organismo causal. Se o teste para cervicite bacteriana for negativo ou os sintomas persistirem após a terapia apropriada, o paciente deve ser avaliado para uma possível malignidade subjacente. QUESTÃO 83 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Gravidez ectópica rota Gabarito: Alternativa D Justificativa: O quadro clínico sugere fortemente a gestação ectópica tubária, cujos achados típicos são: dor abdominal baixa em paciente com atraso menstrual, sinais de hipovolemia, abdômen com descompressãodolorosa em fossa ilíaca e sangramento vaginal. Quando ocorre a rotura tubária surge sangramento na cavidade peritoneal, com quadro de irritação peritoneal, neste caso, ao exame ginecológico apresenta dor à pressão do fundo de saco posterior (grito de Douglas) e à manipulação do corpo uterino.. QUESTÃO 84 Área: Ginecologia e Obstetrícia Tema: Método anticoncepcional no pós-parto Gabarito: Alternativa A Justificativa: As pílulas anticoncepcionais são uma opção viável para a contracepção pós-parto. Em mulheres que amamentam, pílulas anticoncepcionais só de progestógeno (minipílula) ou implantes só de progestógeno devem ser recomendados, uma vez que os anticoncepcionais combinados contendo estrogênio podem reduzir a produção de leite materno (por inibição da atividade da prolactina) e entrar no leite. O estrogênio também deve ser evitado nas primeiras 3 semanas após o parto por causa de sua associação com coagulopatia e um risco geralmente aumentado de eventos tromboembólicos no período pós-parto inicial. A progestina previne a gravidez aumentando a viscosidade do muco cervical e prejudicando o peristaltismo das trompas de Falópio, levando à inibição da ascensão do esperma e à implantação do óvulo. Além disso, inibe a maturação folicular e pode suprimir a ovulação. Um dispositivo intrauterino também é uma opção razoável no período pós-parto, mas não em pacientes com infecção pélvica ativa. Os espermicidas estão entre os métodos menos eficazes de contracepção. Eles são comumente combinados com um diafragma ou tampa, mas geralmente são usados ??incorretamente. Além disso, os espermicidas podem causar queimação vaginal, irritação e reações alérgicas. Um método mais seguro deve ser recomendado para prevenir gravidez indesejada e de curto intervalo nesta paciente. Os dispositivos intrauterinos podem ser inseridos logo no pós-parto e fornecem anticoncepção de longo prazo por 3–10 anos, dependendo do tipo. Embora possam ser facilmente removidos quando a gravidez for desejada, essa paciente está atualmente em tratamento para endometrite, uma contraindicação para um DIU. Nesses pacientes, a inserção de um DIU não é recomendada até que a infecção tenha sido totalmente resolvida. Outras contraindicações incluem malignidade genital, sangramento genital de causa desconhecida, doença trofoblástica gestacional, aborto séptico, vaginite ativa ou doença inflamatória pélvica e certas anomalias uterinas. Os anticoncepcionais orais combinados contendo estrogênio e progesterona são contraindicados nesta paciente, uma vez que o estrogênio pode reduzir a produção de leite materno e entrar no leite. Além disso, o estrogênio aumenta ainda mais o risco já existente de TEV no período pós-parto inicial. Pode ser iniciado com segurança após 4–6 semanas após o parto, quando o risco de TEV está diminuindo para o valor basal, a lactação está bem estabelecida e não há mais uma relação estreita entre a quantidade de prolactina e a quantidade de leite produzida. O estrogênio é contraindicado em mulheres que amamentam no período pós-parto porque pode reduzir a produção de leite materno e entrar no leite. Além disso, o estrogênio aumenta ainda mais o risco já existente de TVP no período pós-parto inicial. Um adesivo de estrogênio pode ser usado com segurança após 3–6 semanas após o parto, quando o risco de TVP voltou ao valor basal e a lactação está bem estabelecida. O patch é aplicado semanalmente por três semanas consecutivas, seguido por uma semana sem patch, melhorando a adesão em comparação com o combinado. QUESTÃO 85 Área: Pediatria Tema: Exame físico RN / diagnóstico Gabarito: Alternativa A Justificativa: Infecção bacteriana causada pelo S. pyogenes, que cursa com febre alta, artralgia e mialgia, língua em framboesa, petéquias no palato, e exantema difuso, descamativo e pruriginosa que poupa região perioral. QUESTÃO 86 Área: Pediatria Tema: Avaliação de desenvolvimento neuropsicomotor Gabarito: Alternativa E Justificativa: O enunciado descreve a consulta de puericultura de uma criança cuja gestação ocorreu dentro de todos os padrões de saúde (pré-natal adequado, ausência de intercorrências ou comorbidades). Nasceu com peso normal, de um parto sem intercorrências. Trata-se, portanto, de uma criança de baixo risco. A criança apresenta os marcos de desenvolvimento requeridos aos 6 meses de idade: troca objetos de uma mão para a outra, sustenta bem a cabeça, rola com facilidade e fica sentada apenas quando se apoia nas mãos. Observe-se que ela ainda não senta sem apoio, o que pode ocorrer no máximo até os 9 meses de idade, quando será, exatamente, a próxima consulta de puericultura desta criança, que, por ser de baixo risco, não necessita de um retorno em 30 dias neste momento, podendo seguir o calendário padrão para crianças de baixo risco na Atenção Primária à Saúde. QUESTÃO 87 Área: Pediatria Tema: Icterícia / diagnóstico/conduta Gabarito: Alternativa A Justificativa: Este recém-nascido apresenta icterícia, hepatoesplenomegalia leve, bilirrubina elevada e reticulocitose, indicando processo hemolítico. Neste paciente, um teste de Coombs direto demonstraria aglutinação fraca. A doença hemolítica ABO do recém-nascido é uma causa relativamente comum de doença hemolítica do recém-nascido e pode ocorrer mesmo durante a primeira gravidez. Os anticorpos anti-A e anti-B são formados no início da vida, sem sensibilização prévia. Embora a maioria desses anticorpos sejam anticorpos IgM que não podem passar pela placenta, alguns são anticorpos IgG que podem entrar na circulação fetal durante a gravidez e podem resultar em hemólise quando o bebê tem antígenos A ou B, como visto aqui. A apresentação clínica da incompatibilidade ABO é geralmente leve, com hiperbilirrubinemia se desenvolvendo nas primeiras 24 horas após o nascimento. A falcização de hemácias indica anemia falciforme, para a qual esse paciente está sob risco, dada a história familiar positiva. No entanto, a anemia falciforme geralmente não se torna sintomática até os pacientes atingirem os 6 meses de idade, quando a produção de hemoglobina F (HbF) diminui e a produção de hemoglobina S (HbS) começa. Os anticorpos anti-D são característicos da incompatibilidade Rh. Esta complicação ocorre tipicamente em mães Rh-negativas, que desenvolveram anticorpos anti-Rh a partir da exposição a sangue Rh-positivo, por exemplo, por meio de uma gravidez anterior e / ou parto. O rastreamento de anticorpos pré-natal de rotina e a profilaxia anti-D diminuem significativamente o risco de doença hemolítica do feto e do recém- nascido devido à incompatibilidade de Rh. Embora a mãe tenha desenvolvido anticorpos anti-D devido à exposição anterior a eritrócitos Rh-positivos (como fica evidente por seu título de anticorpos anti-Rh positivo), seu filho é Rh-negativo e, portanto, não corre risco. Em recém-nascidos afetados por recém- nascidos com incompatibilidade Rh, os achados clínicos podem variar de anemia leve e icterícia a anemia acentuada em casos graves. A atresia biliar pode se manifestar com icterícia e hepatomegalia nos primeiros dias a semanas de vida. As características adicionais incluem fezes acólicas e urina escura, que não são vistas aqui. Mais importante ainda, devido ao backup e reabsorção da bilirrubina conjugada, seria de esperar hiperbilirrubinemia direta em vez de indireta. A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) nas hemácias é o mecanismo da deficiência de G6PD. É mais comum em homens de ascendência africana, mediterrânea e asiática. A deficiência grave de G6PD pode se manifestar com anemia, icterícia e esplenomegalia em neonatos afetados. No entanto, os sintomas geralmente não ocorrem até o dia 2-3 após o nascimento. A falta de uma história familiar de deficiência de G6PD e o momento da icterícia tornam um outro diagnóstico mais provável. QUESTÃO 88 Área: Pediatria Tema: Imunologia / conduta Gabarito: Alternativa A Justificativa:Para usuários com esquema incompleto de tétano a indicação é completar o esquema com o número de doses faltosas, não reiniciando o esquema vacinal; pessoa a partir de cinco anos de idade vacinada, não administrar a vacina de febre amarela - considerar vacinada; a vacina de HPV deve ser aplicada entre nove e quatorze anos em meninas, duas doses, com intervalo de seis meses. QUESTÃO 89 Área: Pediatria Tema: Meningite/Conduta Gabarito: Alternativa A Justificativa: - Na suspeita de meningite, após verificar a estabilização da criança, e ter realizado a coleta de líquor, deve-se iniciar um tratamento empírico, já que na maioria das vezes, não se sabe ainda o agente etiológico. Um regime empírico apropriado deve incluir a cobertura para S. pneumoniae e N. Meningitidis, as duas causas mais comuns de meningite bacteriana em lactentes e crianças. Em crianças acima de 1 mês deve-se iniciar ceftriaxona na dose de 100 mg/Kg/dia, até que se confirme o patógeno e sua sensibilidade ao antibiograma. Como o gram mostrou diplococo gram negativo, a sugestão é que seja Neisseria meningitides, estando indicada a profilaxia com rifampicina para os contactantes, no caso os familiares e os contactantes da creche por 2 dias. Caso a criança precisasse ser intubada, o profissional de saúde também receberia a profilaxia. - A criança com suspeita de meningite meningocócica não poderia ser internada em uma enfermaria e sim em isolamento. A ampicilina é utilizada em associação a cefalosporina de terceira geração no período neonatal. Para os contactantes a indicação é a profilaxia com rifampicina por 2 dias. - O início precoce de antibioticoterapia é mandatório para que melhore o prognóstico da criança, e deve ser feito tão logo se estabilize a criança e colha o líquor, quando possível. O quadro não permite esperar que a cultura fique pronta. Quando a cultura e o antibiograma estiverem disponíveis pode-se ajustar a antibioticoterapia para Penicilina G cristalina no caso da meningite meningocócica. - Como no início do quadro não se tem a certeza do patógeno deve-se iniciar tratamento com cefalosporina de terceira geração como já discutido anteriormente. A profilaxia com rifampicina por 2 dias deve ser administrada a contactantes familiares e da creche. - Fazer ceftriaxone para a criança enquanto sai o resultado da cultura do líquor está certo, mas aos contactantes deve ser dada a rifampicina por 2 dias. QUESTÃO 90 Área: Saúde Coletiva Tema: efeitos colaterais das drogas tuberculostáticas Gabarito: Alternativa A Justificativa: De acordo com o Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, do Ministério da Saúde (2019 – Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed. pdf), a Neurite óptica pode ser causada pelo etambutol ou linezolida. Neste caso, deve-se suspender a droga e substitui-la por outra. Quando ocorre, o dano é irreversível. Já a neuropatia periférica pode ser tratada com AINEs ou aumento da dose de piridoxina, não requerendo interrupção da droga. A hiperuricemia pode ser tratada com dieta hipopurínica e alopurinol, também sem interrupção da droga. Os sintomas relatados nas outras alternativas também não requerem interrupção do tratamento, podendo ser tratados com sintomáticos e orientações. QUESTÃO 91 Área: Pediatria Tema: Conduta em Pneumonia Gabarito: Alternativa C Justificativa: A tiragem subcostal indica sinal de gravidade e maior risco e a necessidade de internação. Os demais itens não indicam, por si, a necessidade de tratamento hospitalar. QUESTÃO 92 Área: Pediatria Tema: Pneumonia comunitária / conduta Gabarito: Alternativa B Justificativa: Criança de 9 anos com infecção respiratória aguda (tosse e febre), associada a taquipneia, ausculta pulmonar com MV diminuído e estertores crepitantes em bases dos HT. Apesar disso, encontra-se em bom estado geral e saturação boa (96%). Os sinais e sintomas apontam para pneumonia comunitária. Não há sinais de gravidade como desconforto respiratório (tiragem subcostal), estridor em repouso, recusa de líquidos, convulsão, alteração sensória (sonolência, etc) nem vômito incoercível. Por isso, a internação hospitalar não está indicada neste momento. Não é necessário fazer radiografia de tórax, por isso o tratamento deve ser iniciado imediatamente, sendo a amoxicilina uma excelente opção terapêutica. A etiologia mais provável é bacteriana e não viral. QUESTÃO 93 Área: Pediatria Tema: Diagnóstico de leucemia Gabarito: Alternativa E Justificativa: A história do paciente (fraqueza crônica, extremidades doloridas, febre) e os achados laboratoriais (leucocitose acentuada, trombocitopenia e anemia) são sugestivos de leucemia linfoblástica aguda (LLA). A biópsia da medula óssea é o teste diagnóstico definitivo para leucemia. A coloração histológica do aspirado demonstrando> 20% de linfoblastos seria necessária para confirmar o diagnóstico de LLA. A imunocoloração fornecerá mais informações sobre as células neoplásicas, como a presença de mieloperoxidase (MPO), desoxinucleotidil transferase terminal (TdT) e, possivelmente, agregados citoplasmáticos positivos para ácido periódico de Schiff (PAS). Finalmente, a prática contemporânea também incluirá o uso de citometria de fluxo para detectar anormalidades cromossômicas (por exemplo, o cromossomo Filadélfia). O teste monospot é usado para diagnosticar a mononucleose infecciosa. Os sintomas típicos incluem fadiga, fraqueza, febre leve (> 1 semana), faringite e linfadenopatia cervical posterior sensível. A mononucleose infecciosa comumente causa linfocitose (geralmente 10.000–20.000 / mm3), testes de função hepática elevados e, raramente, trombocitopenia leve ou anemia. Embora esse paciente apresente febre e cansaço, a ausência de faringite, linfocitose acentuada (50.000 / mm3), além da considerável anemia e trombocitopenia, tornam esse diagnóstico menos provável. Da mesma forma, o exame físico mostra linfonodos não doloridos; as infecções geralmente levam a um aumento sensível dos gânglios linfáticos. Considerando essas características, é improvável que o teste monospot informe o diagnóstico. A hemocultura é o padrão ouro para o diagnóstico de infecção sistêmica ou bacteremia, que também se manifestaria com febre prolongada, fraqueza / fadiga geral e contagem elevada de leucócitos. Extremidades doloridas e linfadenopatia cervical não dolorosa não costumam estar associadas à infecção sistêmica. Mais importante ainda, a leucocitose acentuada deve levantar suspeita de malignidade. Embora a infecção deva ser descartada, a constelação de achados de exames, leucócitos gravemente elevados e história de síndrome de Down tornam a leucemia um diagnóstico mais provável. A ecocardiografia é usada para diagnosticar endocardite infecciosa (EI), que também pode se manifestar com febre baixa, fadiga, fraqueza, leucocitose e anemia. No entanto, a leucocitose marcada deste paciente (50.000 / mm3), dor nas extremidades e linfadenopatia cervical não sensível não são consistentes com EI. Um esfregaço de sangue periférico é útil em pacientes com hemogramas completos anormais, como este. Este paciente tem leucocitose e trombocitopenia; a notável elevação nos leucócitos deve causar preocupação especial com a leucemia. Um esfregaço é facilmente adquirido e pode fornecer informações valiosas que descartariam outras condições, portanto, provavelmente seria solicitado para este paciente. No entanto, não é o padrão ouro para o diagnóstico de LLA. QUESTÃO 94 Área: Pediatria Tema: Diagnóstico diferencial de febre reumática Gabarito: Alternativa A Justificativa: Poliartrite migratória, nódulos subcutâneos e febre após uma infecção do trato respiratório superior são sugestivos de uma sequela imunomediada de uma doença infecciosa. A febre reumática aguda (IRA) é uma complicação não supurativa que ocorre 2–4 semanas após uma infecção não tratada comestreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GAS), particularmente faringite. Para diagnosticar a febre reumática, são necessários dois critérios principais ou um principal mais dois critérios menores de Jones. Os principais critérios incluem artrite (poliartrite migratória envolvendo principalmente as grandes articulações), cardite (pancardite, incluindo valvulite), coreia de sidenham (envolvimento do SNC), nódulos subcutâneos e eritema marginado. Os critérios menores são artralgia, febre, reagentes de fase aguda (VHS, CRP) e um intervalo PR prolongado no ECG. Este paciente atende a 2 critérios principais e 3 critérios secundários, o que significa que um diagnóstico de febre reumática pode ser feito. A artrite séptica ocorre mais frequentemente em pacientes com implantes de próteses articulares e doenças subjacentes (por exemplo, imunossupressão, diabetes mellitus), bem como após intervenções nas articulações (por exemplo, cirurgia, injeções intra-articulares). Embora a artrite séptica possa explicar a dor, o eritema, o inchaço e a restrição da amplitude de movimento desse paciente, a condição geralmente é limitada a uma única articulação. A análise do líquido sinovial também mostraria normalmente líquido amarelo ou verde com> 50.000 leucócitos / µl e = 75% de leucócitos polimorfonucleares, bem como baixos níveis de glicose e uma cultura positiva. ALL é a doença maligna mais comum em crianças e se manifesta com febre, fadiga, sangramento (por exemplo, epistaxe) e dor óssea que pode mimetizar artralgia, como no paciente aqui. Embora ocorra mais comumente entre 2–5 anos de idade, é possível em adolescentes. No entanto, são esperados sintomas adicionais, incluindo sudorese noturna, palidez, dor abdominal (devido a hepatomegalia e esplenomegalia), dores de cabeça e / ou linfadenopatia indolor. Além disso, o inchaço da articulação e dos leucócitos na análise do líquido sinovial indicaria doença articular como a causa da artralgia e não dor óssea. O segundo estágio da doença de Lyme (3–10 semanas após a infecção por Borrelia burgdorferi via picada de carrapato) é caracterizado por artralgia migratória e artrite, como neste paciente. No entanto, outras descobertas, como sintomas neurológicos (por exemplo, paralisia de Bell) e arritmias cardíacas estão frequentemente presentes e não são vistas neste paciente. Além disso, em contraste com a análise do líquido sinovial nesta vinheta, a aspiração da articulação geralmente mostra um líquido amarelo e turvo e uma contagem de leucócitos que costuma estar muito elevada com> 50% de leucócitos polimorfonucleares. A endocardite infecciosa (EI) poderia explicar os sintomas constitucionais desse paciente de febre, mal- estar, artralgia e VHS elevada, mas manifestações cardíacas (por exemplo, um novo sopro cardíaco, sinais de insuficiência cardíaca progressiva) e outras manifestações extracardíacas (por exemplo, hemorragia em estilhaço, Janeway lesões) também seriam esperados. A artrite bacteriana devido à EI é rara, mas pode ocorrer como resultado de bacteremia. No entanto, a análise do líquido sinovial geralmente mostra líquido amarelo ou verde com> 50.000 leucócitos / µl e = 75% de leucócitos polimorfonucleares, bem como baixos níveis de glicose e uma cultura positiva. QUESTÃO 95 Área: Pediatria Tema: Diarreia grave: rotavírus Gabarito: Alternativa D Justificativa: Os rotavírus constituem-se na principal causa de diarreia grave em menores de 2 anos de idade, tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, sendo detectados, em média, em 33% dos casos de diarreia que necessitam de tratamento hospitalar. Estima-se que todas as crianças, aos 5 anos de idade, já tenham sido infectadas por esses agentes. A gravidade do quadro clínico é maior durante a primeira infecção e decresce progressivamente a partir das demais. O quadro clínico, quase sempre, tem início com vômitos, febre e eliminação de fezes líquidas abundantes e o aparecimento dos sinais de desidratação, com duração, em média, de 5 a 7 dias. O fato de o paciente ter vacinação atrasada nos dar uma pista de se tratar de rotavírus, pois a vacina deve ser dada no terceiro e quarto mês. Clostridium difficile: Causam importante infecção nosocomial, uma vez que permanecem viáveis em objetos por períodos prolongados e são registrados com frequência em mãos de profissionais de saúde que atuam em ambiente hospitalar. Entamoeba histolytica: Afetam mais frequentemente escolares e adolescentes. A colite amebiana disentérica apresenta início insidioso e caracteriza-se por evacuações com muco, sangue, cólicas abdominais e tenesmo. E. coli enteropatogênica um importante agente causador de diarreia na criança menor de 2 anos de idade e tem sido responsabilizada por surtos epidêmicos em berçários, sendo essa infecção rara em crianças em aleitamento materno. Está ainda relacionada a quadros de diarreia hospitalar grave, acarretando alta mortalidade em lactentes jovens. Vibrio cholerae: Dentre os enteropatógenos, o Vibrio cholerae destaca-se por sua associação a grandes epidemias de diarreia, acarretando, em curto período, centenas de mortes. QUESTÃO 96 Área: Pediatria Tema: Crescimento e desenvolvimento Gabarito: Alternativa A Justificativa: O paciente tem crescimento pônderoestatural estável e dentro de parâmetros de normalidade, observado de forma longitudinal. Quando falamos em curva de crescimento estamos avaliando o crescimento longitudinal e não transversal. A curva de crescimento além de estável, está dentro dos limites de normalidade tanto para peso quanto para altura, havendo boa relação entre ambos. O ritmo de crescimento ponderal e estatural estão estáveis e dentro de limites de normalidade, não podendo se evidenciar desproporção significativa. Quando falamos em curva de crescimento estável e definimos a avaliação das medidas, não há necessidade da visualização para interpretação. QUESTÃO 97 Área: Pediatria Tema: Febre Reumática Gabarito: Alternativa D Justificativa: Considerando o diagnóstico em febre reumática, não há necessidade de comprovação prévia pelo estreptococo em casos de coreia de Sydenham. A raridade de outras etiologias para coreia torna a sua presença quase um sinônimo de FR, mesmo na ausência de outros critérios ou da comprovação de estreptococcia prévia. QUESTÃO 98 Área: Pediatria Tema: Icterícia Neonatal Gabarito: Alternativa A Justificativa: RN de 3 dias retorna com quadro de icterícia neonatal, tem risco para incompatibilidade Rh (mãe – e rn +) e o valor de BT através do normograma de Bhutani, encontra se em zona de alto risco, pois está acima do percentil 95. Quando a bilirrubinemia é superior ao percentil 95 no nomograma de Bhutani et al., é preferível indicar fototerapia de alta intensidade e na doença hemolítica por incompatibilidade Rh, a BT deve ser determinada a cada 6 a 8 horas. QUESTÃO 99 – ANULADA QUESTÃO 100 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia – Indicadores de Saúde - Mortalidade Materna Gabarito: Alternativa C Justificativa: Método de Cálculo: Disponível em: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33455/mod_resource/content/1/un2/top2_6.html QUESTÃO 101 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia – indicadores de saúde Gabarito: Alternativa A Justificativa: Cálculo de virulência deve ser realizado dividindo as formas graves 40/570 total de casos que é igual a 0,07, ou seja, 7%. QUESTÃO 102 Área: Saúde Coletiva Tema: Programa Nacional de Imunização Gabarito: Alternativa C Justificativa: O PNI preconiza: dT: Gestante sem nenhuma dose registrada: inicie o esquema vacinal o mais precocemente possível com 3 doses, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias. Hepatite B: PNI reforça a importância de que a gestante receba a vacina contra a hepatite B após o primeiro trimestre de gestação Tríplice Viral: As vacinas virais vivas que contêm os componentesdo sarampo, da rubéola, da caxumba não são recomendadas em situações normais. Febre Amarela: Na rotina do serviço de vacinação, a gestante não deve receber a vacina contra febre amarela. QUESTÃO 103 Área: Saúde Coletiva Tema: Atenção à saúde – PTS Gabarito: Alternativa A Justificativa: Deve ser elaborado um plano de cuidados realista (o que exclui as visitas diárias, que fogem ao escopo da APS - AD1), baseado no respeito às opiniões e desejos da paciente e sua família, integrando todos os componentes da equipe multiprofissional. QUESTÃO 104 Área: Saúde Coletiva Tema: Saúde do Trabalhador – CAT Gabarito: Alternativa D Justificativa: São responsáveis pelo preenchimento e encaminhamento da CAT: I - no caso de segurado empregado, a empresa empregadora; II - no caso do empregado doméstico, o empregador doméstico; III - para o segurado especial, o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical da categoria, o médico assistente ou qualquer autoridade pública; IV - no caso do trabalhador avulso, a empresa tomadora de serviço e, na falta dela, o sindicato da categoria ou o órgão gestor de mão de obra; e V - no caso de segurado desempregado, nas situações em que a doença profissional ou do trabalho manifestou-se ou foi diagnosticada após a demissão, podem formalizar o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. QUESTÃO 105 Área: Saúde Coletiva Tema: Organização dos Serviços de Saúde – Acolhimento Gabarito: Alternativa A Justificativa: O enunciado descreve um homem que evita ir à USF e que, quando foi, não conseguiu ser atendido. Estas informações sugerem que existem barreiras de acesso sócio-organizacionais, ou seja, fatores sociais, culturais e de organização da equipe, que dificultam o acesso de determinados usuários. O estereótipo (resultado da construção social) do homem como invulnerável, em oposição à representação ainda prevalente da mulher como pessoa frágil, faz com que os homens evitem a procura pelo serviço de saúde, identificada - muitas vezes de forma inconsciente - como "coisa de mulher". Apesar de alguns avanços, os homens ainda têm dificuldade de aceitar sua própria fragilidade. Desta forma, é necessário adotar uma comunicação com o paciente que o acolha e não o culpabilize por seus problemas. Por isso, comunicar ao usuário que ele "está negligenciando sua saúde" aumentará ainda mais a resistência que este homem tem de buscar assistência médica. QUESTÃO 106 Área: Clínica Médica Tema: Atenção à saúde – ITU Gabarito: Alternativa A Justificativa: O diagnóstico por imagem é mais utilizado nos casos de ITU complicada ou de repetição, para identificar anormalidades que predisponham à ITU. Ultrassom: útil para identificar presença de cálculos que podem estar associados com os quadros agudos de ITU, bem como a repercussão dos cálculos no trato urinário. O ultrassom é útil também na identificação de outras condições associadas a ITU como coleções, abscessos e rins policísticos. Por definição, quadros recorrentes de ITU necessitam de comprovação microbiológica através de urocultura (Haylen et al. 2010). Outras investigações, porém, não são recomendadas de forma rotineira para a maioria dessas mulheres, devido à baixa custo-efetividade e baixa utilidade diagnóstica. Apesar disso, sabe-se que a presença de anomalias estruturais, corpos estranhos no trato urinário, e urolitíase podem estar associados a quadros recorrentes de ITU, e tais condições podem ser potencialmente detectadas e tratadas. Sendo assim, investigação urológica utilizando exames de imagem e cistoscopia podem ser indicados de maneira individualizada, se houver suspeita de alguma dessas condições (Chew 1999). A urodinâmica não contribui na elucidação da causa da ITU de repetição. A Tomografia computadorizada (TC) é raramente necessária a não ser para descartar presença de abscesso perinefrético e também em casos de investigação de rins policísticos que podem estar associados com ITU. QUESTÃO 107 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia - Sistema de Informação sobre Mortalidade Gabarito: Alternativa B Justificativa: O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) coleta informações do óbito por meio da Declaração de óbito e: Em caso de morte natural, o preenchimento da Declaração de Óbito, quando havia assistência à saúde no domicílio, deve ser feito pelo médico da ESF ou serviço melhor em Casa. O preenchimento da DO deve ser realizado exclusivamente por médicos, exceto em locais onde não existam, situação na qual poderá ser preenchida por oficiais de Cartórios de Registro Civil, assinada por duas testemunhas. QUESTÃO 108 Área: Saúde Coletiva Tema: Atenção à saúde do adulto Gabarito: Alternativa A Justificativa: De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020 (em linha com as diretrizes anteriores), quando o usuário apresentar alto risco cardiovascular (seja pela presença de 3 ou mais fatores de risco, seja pela presença de Lesão de Órgão-Alvo - LOA), deve-se iniciar a terapia farmacológica imediatamente após o diagnóstico (página 575, quadro 9.1). Em geral, o diagnóstico de HAS não deve ser firmado com base nas medidas de PA de uma consulta, exceto nos pacientes com LOA ou com a PA >=180/120 mmHg, quando pode-se fechar o diagnóstico imediatamente, desde que as medidas sejam válidas. Nosso paciente teve AIT há 2 anos, o que o coloca como portador de Doença Cerebrovascular (os pacientes com AIT têm risco de AVE semelhante aos pacientes que já tiveram AVE - página 553). Por isso, o diagnóstico de HAS deve ser feito imediatamente, e o tratamento farmacológico deve ser prescrito, juntamente com as recomendações não-farmacológicas. Não há critérios para encaminhar o paciente para serviço de urgência, pois não há nem Urgência nem Emergência Hipertensivas, devendo o tratamento ser conduzido no serviço de APS. QUESTÃO 109 Área: Saúde Coletiva Tema: Medicina de Família e Comunidade - Clínica Ampliada/Gestão do Cuidado Gabarito: Alternativa A Justificativa: A. A utilização do PTS como dispositivo de intervenção desafia a organização tradicional do processo de trabalho em saúde, pois pressupõe a necessidade de maior articulação interprofissional e a utilização das reuniões de equipe como um espaço coletivo sistemático de encontro, reflexão, discussão, compartilhamento e corresponsabilização das ações com a horizontalização dos poderes e conhecimentos. B. Na elaboração do PTS a equipe procura compreender como o sujeito singular se coproduz diante da vida e da situação de adoecimento, como opera os desejos e os interesses, assim como o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Atenção especial deve estar voltada para as potencialidades, as vitalidades do sujeito. Uma função também importante nesse momento é produzir algum consenso operativo sobre, afinal, quais os problemas relevantes tanto do ponto de vista dos vários membros da equipe quanto do ponto de vista do(s) usuário(s) em questão. C. Considerando que, faz parte do escopo das atribuições da atenção básica o acompanhamento de pacientes portadores de doenças como a tuberculose e demais condições de vulnerabilidade apresentadas pela paciente, e que esta não manifesta nenhuma situação que necessite de atendimento de urgência, não se justifica a referência para uma UPA. D. A internação constitui o último recurso na reabilitação de pessoas com problemas relacionados às drogas, além disso, a Estratégia Saúde da Família pode contar com retaguarda de outros dispositivos, a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS ad), para resolver problemas como os apresentados pela paciente em questão. E. Na execução do PTS há a necessidade de maior articulação interprofissional e corresponsabilização das ações com a horizontalização dos poderes e conhecimentos.QUESTÃO 110 Área: Saúde Coletiva Tema: Políticas de Saúde - SUS Gabarito: Alternativa A Justificativa: A integralidade, de acordo com a Lei 8080, é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. A assistência deve ser fornecida visando atender todas as necessidades do indivíduo. No caso em questão, a Universalidade do acesso foi garantida pelo atendimento inicial na UPA, porém não foi garantida a assistência hospitalar. QUESTÃO 111 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia Clínica - Testes diagnósticos Gabarito: Alternativa A Justificativa: I - O Verdadeiro Positivo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá positivo (PA alta) e o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra presença de doença (HAS). Então, a Hipertensão sustentata (e não a Normotensão verdadeira) pode ser considerada um Verdadeiro Positivo. A Normotensão verdadeira é um Verdadeiro Negativo. Portanto, a afirmativa I está ERRADA. II - O Falso Negativo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá negativo (PA normal) mas o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra presença de doença (HAS). Então, a Hipertensão mascarada pode ser considerada um Falso Negativo. Portanto, a afirmativa II está CORRETA. III - O Falso Positivo é a situação em que o Teste Diagnóstico (medida no consultório) dá positivo (PA alta) mas o Padrão ouro (MRPA ou MAPA) mostra ausência de doença (HAS). Então, a Hipertensão do Jaleco Branco pode ser considerada um Falso Positivo. Portanto, a afirmativa III está CORRETA. QUESTÃO 112 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia - níveis de prevenção de doenças e agravos Gabarito: Alternativa A Justificativa: São 4 níveis de prevenção: primária, secundária, terciária e quaternária. Esse item refere-se à prevenção quaternária, que tem o propósito de “evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico” relacionados aos atos médicos desnecessários ou sem justificativa. Desta forma, o médico deverá identificar um paciente ou uma população em risco de supermedicalização, para protegê-los de uma intervenção médica excessiva (p. ex., observar diretrizes para solicitação de exames em pacientes assintomáticos). Visa associado a atos médicos desnecessários ou injustificados. QUESTÃO 113 Área: Saúde Coletiva Tema: Políticas de Saúde - SUS Gabarito: Alternativa A Justificativa: A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 198, §1º, indica que as esferas responsáveis pelo financiamento do SUS são a Seguridade Social, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal. O princípio da descentralização e comando único, indica que a responsabilidade da gestão do SUS é dividida entre os três poderes, todavia cada esfera do governo é autônoma e soberana frente as decisões e organização das ações de saúde, desde que respeite os princípios e diretrizes do SUS, sobretudo a participação popular. O processo de regionalização no âmbito do SUS tem como propósito articular os serviços de saúde existente em determinada área geográfica, definida a partir de aspectos epidemiológicos e sociais, com vistas a aprimorar a regulação do SUS, ou seja, facilitar o acesso, controle, fiscalização, avaliação e auditorias dos serviços. QUESTÃO 114 Área: Saúde Coletiva Tema: Organização dos Serviços de Saúde – Territorialização Gabarito: Alternativa A Justificativa: Toda a equipe, inclusive a gerência, deve participar do processo de territorialização, que não deve ser pautado apenas nos limites cartográficos dos bairros, de forma estática, mas deve compreender o território como espaço dinâmico, levando em conta a vida das pessoas, em termos de suas organizações familiares, divisões em grupos e exposição a riscos e situações de vulnerabilidade. Por isso, as afirmativas I e III estão corretas e a afirmativa II está errada. QUESTÃO 115 Área: Saúde Coletiva Tema: Políticas de Saúde – SUS Gabarito: Alternativa B Justificativa: Os mecanismos institucionalizados de controle social são representados pelos conselhos de saúde e pelas conferências de saúde, envolvendo o governo, os trabalhadores da saúde e a sociedade civil organizada, nas três esferas de governo. Os conselhos de saúde têm caráter permanente, porém as conferências não, devendo ser convocadas periodicamente. QUESTÃO 116 Área: Saúde Coletiva Tema: Ferramentas de abordagem familiar Gabarito: Alternativa A Justificativa: A representação gráfica correta é da imagem b, considerando o contexto familiar do Matheus: O pai de Matheus é falecido. A mãe de Rebecca é falecida. A terceira geração representada pelos filhos de Matheus e Rebeca, sendo o mais novo falecido morto por atropelamento. QUESTÃO 117 Área: Saúde Coletiva Tema: Políticas de Saúde – Reforma Sanitária Gabarito: Alternativa B Justificativa: O processo da Reforma Sanitária Brasileira e de implantação do SUS foi marcado por um período onde o neoliberalismo se impunha, influenciando várias instâncias da sociedade e, consequentemente o contexto da saúde. Além disso, levou a uma reorganização em todas as instâncias administrativas, financeira, política, jurídica e organizacionais com o objetivo de garantir que o modelo de saúde conquistado pelo estado fosse validado. QUESTÃO 118 Área: Saúde Coletiva Tema: Medidas Preventivas Gabarito: Alternativa E Justificativa: As medidas preventivas pós alta por COVID-19 são: Utilização de máscara todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar medidas de higiene respiratória com mais frequência; trocar máscara sempre que esta estiver úmida ou danificada; O profissional deverá cumprir 14 dias de isolamento domiciliar. QUESTÃO 119 Área: Saúde Coletiva Tema: Interpretação de gráficos epidemiológicos Gabarito: Alternativa A Justificativa: O gráfico apresenta a distribuição de casos de SRAG por influenza A/H1N1 para os anos de 2009, 2010 e 2011, cuja análise permite verificar se há ou não a ocorrência de uma epidemia. A curva epidêmica é geralmente assimétrica e tem 3 elementos: Curva ascendente: mostra o aumento da doença ou agravo e sua inclinação indica a velocidade da disseminação da epidemia. Pico ou ponto máximo Curva descendente: indica a redução da epidemia, o grau de inclinação indica o esgotamento da população suscetível. Portanto, o gráfico indica que o pico de casos confirmados aconteceu entre as semanas 29 e 33 em 2009, na semana 10 em 2010 e na semana 25 em 2011 QUESTÃO 120 Área: Saúde Coletiva Tema: Epidemiologia Clínica Gabarito: Alternativa A Justificativa: Todos os homens com idade maior que 45 anos, mesmo sem fatores de risco, devem realizar teste ergométrico antes de iniciar atividades físicas moderadas ou vigorosas. Como o paciente é assintomático e não apresenta doenças crônicas como HAS, não há necessidade de solicitação de ecocardiograma. Lembrando que a prática esportiva deve ser encorajada como forma de prevenir doenças e manter a funcionalidade do idoso. O encaminhamento para especialista estaria indicado em caso de alteração sugestiva de cardiopatia isquêmica no teste ergométrico.de AFP são muito raros e improváveis. Embora a obstrução biliar maligna seja uma possível complicação do CHC, geralmente é um sinal tardio que normalmente se apresenta com sinais de ascite e / ou cirrose, nenhum dos quais está presente neste paciente. Também não explicaria os achados ultrassonográficos desse paciente. A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este paciente tenha icterícia e apresente fatores de risco para infecção por hepatite B (história de viagens, múltiplos parceiros sexuais, sexo desprotegido), ele não tem outros sinais de hepatite viral aguda como febre ou hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite viral, a icterícia não é colestática, mas resulta de uma disfunção hepática aguda. Os pacientes apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de apenas bilirrubina direta elevada. Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são freqüentemente encontrados em pacientes com colangite esclerosante primária (PSC). Embora a PSC também possa se manifestar com colestase, essa condição não causa o sinal de ducto duplo visto nas imagens. Em vez disso, verificaria- se a formação de gotas dos ductos biliares extra-hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é melhor explicada pela massa da cabeça do pâncreas detectada na ultrassonografia. QUESTÃO 7 Área: Ciências Básicas Tema: Infertilidade Masculina Gabarito: Alternativa A Justificativa: A síndrome de Klinefelter (SK) resulta de uma deficiência genética com cariótipo 47,XXY, que pode levar ao hipogonadismo hipergonadotrófico, azoospermia e hipodesenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O mecanismo exato que determina a deficiência androgênica não é ainda totalmente conhecido, sendo variável o grau de disfunção das células de Leydig. É uma doença de curso crônico com sérias repercussões sobre o aparelho reprodutor masculino, sendo importante causa de infertilidade. Apresentamos um homem de 33 anos de idade que evoluiu com ginecomastia bilateral, progressiva e dolorosa e hipogonadismo hipergonadotrófico. A presença de sinais e sintomas de deficiência de androgênios aliados à demonstração de cariótipo 47,XXY levaram ao diagnóstico de SK. QUESTÃO 8 Área: Ciências Básicas Tema: Cardiopatia congênita Gabarito: Alternativa A Justificativa: A formação do coração se inicia com o tubo cardíaco, que sofre uma curvatura para a direita. QUESTÃO 9 Área: Ciências Básicas Tema: Anemia Falciforme Gabarito: Alternativa A Justificativa: Anemia Falciforme é uma doença hemolítica de caráter autossômico recessivo presente em indivíduos homozigóticos para a hemoglobina S, ocorrendo uma mutação na posição 6 da extremidade N - terminal do cromossomo 11, substituindo o ácido glutâmico por valina. A HbSS em condições de hipóxia se polimeriza no formato de foice. A anemia nos pacientes ocorre pela diminuição de hemoglobina devido ao aumento de hemólise no baço. As hemácias falciformes contribuem para os processos inflamatórios, vaso- oclusão, aumento de coagulação, lesão tecidual. Os processos infecciosos são críticos em crianças menores de 6 anos devido à autoesplenectomia e sua susceptibilidade a infecções. A AF é a doença hereditária de maior prevalência no país, afetando cerca de 0,1% a 0,3% da população negra, sendo observada também em decorrência da alta taxa de miscigenação em parcela cada vez mais significativa da população caucasiana brasileira. Estimativas indicam que 5% a 6% da população carrega o gene da Hemoglobina S (HbS) e que a incidência fica em torno de 700 – 1000 novos casos por ano. O hemograma é o primeiro passo do diagnóstico laboratorial, pois é possível visualizar as hemácias falciformes presentes através do esfregaço sanguíneo, o número de leucócitos elevado. A heterozigose de HbS-Beta- Talassemia apresenta VCM e CHCM baixos devido à diminuição nos níveis de hemoglobinas em razão da fagocitação eritrocitária das células falciformes. Após a realização dos exames de triagem, recomenda- se a realização de testes confirmatórios por meio da detecção de HbS e suas associações nos exames de eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose (eletroforese alcalina), eletroforese de hemoglobina em agarose (eletroforese ácida) e dosagem de hemoglobina fetal (HbF). Estes exames são feitos por grandes centros laboratoriais especializados em biologia molecular, sendo a eletroforese de hemoglobina o exame padrão-ouro para a confirmação do diagnóstico. QUESTÃO 10 Área: Ciências Básicas Tema: Fármacos / Mediação celular Gabarito: Alternativa A Justificativa: Essa mulher tem esclerose múltipla e está sendo tratada com um potente glicocorticoide. Os glicocorticoides influenciam o número de células imunes circulantes. Eles aumentam o número de neutrófilos, mas têm um efeito oposto em outras populações de células do sistema imunológico. Os glicocorticoides têm qualidades anti-inflamatórias e imunossupressoras, mediadas por efeitos complexos nas células do sistema imunológico. Embora inibam a apoptose em neutrófilos, eles promovem a apoptose em monócitos, linfócitos e eosinófilos. O sequestro de eosinófilos em locais inflamatórios periféricos contribui ainda mais para a eosinopenia. A linfocitose é mais comumente causada por uma resposta imune a infecções ou doenças ou, em casos de leucemia, é devido ao aumento da proliferação. Embora a linfocitose tenha sido associada ao uso de certos medicamentos (por exemplo, fenitoína), os glicocorticoides mostraram induzir linfopenia transitória que se normaliza poucos dias após o início da terapia. A granulocitopenia pode ser causada por várias condições, incluindo doenças hereditárias, doenças da medula óssea e processos autoimunes. Embora vários medicamentos (por exemplo, carbamazepina, drogas citotóxicas) possam induzir granulocitopenia grave (agranulocitose), os glicocorticoides inibem a apoptose de neutrófilos e a migração para fora do revestimento endotelial dos vasos, levando à leucocitose neutrofílica e um aumento geral na contagem de granulócitos. A monocitose é mais comumente uma resposta a infecções, inflamações e doenças malignas. O uso de alguns medicamentos foi associado à monocitose (por exemplo, olanzapina). No entanto, os glicocorticoides levam a uma diminuição potencial na contagem de monócitos em vez de aumentar. A anemia pode ser causada por uma diminuição do número de glóbulos vermelhos (RBCs) circulantes. Embora os glicocorticoides sejam conhecidos por afetar as populações de células imunes (ou seja, WBCs), eles não têm efeito na produção ou degradação de RBCs. Em algumas formas de anemia, por exemplo, anemia hemolítica autoimune, os glicocorticoides são mesmo o tratamento de escolha. QUESTÃO 11 Área: Ciências Básicas Tema: Alterações relacionadas à cirurgia bariátrica Gabarito: Alternativa A Justificativa: A vitamina B12 é ingerida ligada a proteínas e, no estômago, por ação da pepsina e do baixo pH, é liberada, ligando-se a uma proteína conhecida como proteína do tipo R, a haptocorrina (secretada pelas glândulas gástricas e também pelas glândulas salivares). As células oxínticas (ou parietais) secretam uma glicoproteína denominada fator intrínseco (FI), que é essencial para o processo absortivo da B12 que ocorre no íleo, onde os ileócitos têm um carregador específico que reconhece essa vitamina complexada ao FI. No ambiente gástrico, a vitamina B12 apresenta maior afinidade com a haptocorrina que com o FI. A haptocorrina protege a B12 da ação proteolítica da pepsina e do pH ácido no lúmen gástrico. Segundo Aires (2018, p. 968), “a secreção do fator intrínseco é a única função essencial do estômago”. A ausência de FI, acompanhada de acloridria, induz o aparecimento da anemia perniciosa (ou megaloblástica), com comprometimento da maturação das hemácias e alterações neurológicas. Acloridria com ausência da secreção de HCl e de FI de origem cirúrgica pode ocorrer em pacientes gastrectomizadosou que perderam grande parte da região oxíntica (do corpo) do estômago (AIRES, 2018, p.1020). QUESTÃO 12 – ANULADA QUESTÃO 13 Área: Ciências Básicas Tema: Mecanismos compensatórios / homeostase Gabarito: Alternativa A Justificativa: A ativação do sistema nervoso simpático impacta fisiologicamente o organismo, objetivando a rápida mobilização e disponibilização de energia para o corpo. Para tanto, constata-se o aumento da frequência cardíaca e da força de contração do coração, aumentando o débito cardíaco; o aumento da frequência respiratória, com maior volume corrente, fenômeno este que envolve a broncodilatação a fim de aumentar a ventilação pulmonar (potencializa-se a hematose); a ativação do sistema reticular ativador ascendente, o que resulta no maior estado de vigília e de percepção sensorial; e alterações metabólicas que visam em promover uma hiperglicemia transitória, o que é bioquimicamente possível graças a fenômenos tais como a lipólise e a glicogenólise. QUESTÃO 14 Área: Ciências Básicas Tema: Resposta autoimune Gabarito: Alternativa A Justificativa: Os fatores ambientais mais ligados ao desencadeamento de autoimunidade são agentes infecciosos. Que podem desencadear autoagressão por possuírem antígenos com epítopos semelhantes aos do hospedeiro ou por conterem produtos com efeito adjuvante, o qual desregula a tolerância natural a autoantígenos. Reação cruzada de anticorpos antimicrobianos com componentes teciduais é frequente em muitas infecções, embora produza lesões autoimunitárias limitadas que desaparecem com a resolução do processoinfeccioso; em pessoas geneticamente suscetíveis, no entanto, pode causar autoagressão persistente. Exemplo dessa situação é a resposta à infecção por estreptococos ß-hemolíticos que induz a formação de anticorpos que reagem com componentes do tecido conjuntivo no coração, provocando a doença reumática. As células apresentadoras de antígenos de reação cruzada podem ativar clones de linfócitos Th autorreatores. Uma vez ativados, linfócitos Th autorreatores diferenciam-se em linfócitos Th1 e Th2. Th1 induz resposta citotóxica contra a célula alvo e, via IFN-?, ativa a expressão de MHC I e MHC II nas células alvo, o que aumenta a apresentação de autoantígenos. IFN-? também ativa macrófagos e induz inflamação, que amplifica e mantém a lesão tecidual iniciada por autoanticorpos e células Tc. A resposta Th2 ativa a síntese de autoanticorpos, que podem ser também induzidos por ativação policlonal. QUESTÃO 15 Área: Ciências Básicas Tema: Parasitologia / helmintíases Gabarito: Alternativa A Justificativa: Doença aguda - Ao penetrar a pele do hospedeiro, o parasito causa prurido local, eritema e rash papuloso, sintomas conhecidos como “coceira do solo” (ground itch). Após ganhar a corrente sanguínea, a resposta aos antígenos é aumentada; entretanto, o parasito permanece por pouco tempo nesse local, migrando para os pulmões e causando alterações clínicas advindas da inflamação do tecido e de microtraumas. A larva migra pelos tecidos durante seu desenvolvimento causando, em algumas oportunidades, náuseas, vômitos, irritação da faringe, tosse, dispneia e rouquidão. Nessas situações costumam ser observadas hipereosinofilia e alterações na telerradiografia de tórax (infiltrado pulmonar fugaz e transitório) caranterizando uma pneumonia eosinofílica processo denominado Síndrome de Loeffle. QUESTÃO 16 Área: Ciências Básicas Tema: Paralisia facial periférica Gabarito: Alternativa A Justificativa: O achatamento da prega nasolabial direita seria esperado na paralisia do nervo facial central. O núcleo motor facial possui duas regiões: uma que supre os músculos da testa e outra que supre o resto do rosto. Os ramos do nervo facial que inervam a testa são ativados por ambos os hemisférios cerebrais, enquanto os ramos que inervam a porção inferior da face são ativados apenas pelo hemisfério cerebral contralateral. Como resultado, a testa é poupada de infarto unilateral do giro pré-central, enquanto a face inferior contralateral fica paralisada. O sabor do terço posterior da língua é fornecido pelo nervo glossofaríngeo e, portanto, não seria prejudicado na paralisia do nervo facial central. A paralisia do nervo facial pode afetar a sensação gustativa nos dois terços anteriores da língua, uma vez que essa região é inervada pelas fibras parassimpáticas fornecidas pela corda do tímpano. No entanto, a paralisia do nervo facial central causa déficits contralaterais, e uma lesão no giro pré-central, a localização do córtex motor primário, não afeta o paladar. A lacrimação do olho é modulada pelo nervo petroso maior, um ramo do nervo facial que transporta fibras parassimpáticas e, portanto, pode ser prejudicado pela paralisia do nervo facial periférico. A diminuição da lacrimação do olho esquerdo seria esperada na paralisia facial periférica do lado esquerdo. No entanto, a paralisia do nervo facial central causa déficits contralaterais, e uma lesão no giro pré-central, a localização do córtex motor primário, não afeta a lacrimação. A hiperacusia da orelha esquerda seria resultado da paralisia do músculo estapédio. O músculo estapédio é fornecido pelo nervo ao estapédio, um ramo do nervo facial e, portanto, pode ser prejudicado na paralisia do nervo facial. A hiperacusia da orelha esquerda seria esperada na paralisia facial periférica do lado esquerdo. No entanto, como a paralisia do nervo facial central causa lesões contralaterais, neste paciente a hiperacusia da orelha direita seria esperada. A incapacidade de levantar a sobrancelha direita é observada na paralisia do nervo facial periférico ipsilateral, que é comumente causada por trauma (por exemplo, fraturas zigomáticas, lacerações), infecção (por exemplo, vírus herpes simplex, vírus varicela-zóster), tumores (por exemplo, neuromas, tumores da glândula parótida) ou idiopática (paralisia de Bell). Na paralisia do nervo facial central, a queda da sobrancelha não seria esperada, uma vez que a testa é inervada por fibras de ambos os hemisférios cerebrais. QUESTÃO 17 Área: Ciências Básicas Tema: Agentes etiológicos Gabarito: Alternativa A Justificativa: Pacientes com DOPC e exacerbações frequentes, limitação grave do fluxo aéreo, e/ou com necessidade de ventilação mecânica devem ter culturas colhidas e ampliar cobertura para gram negativo (Pseudomonas aeruginosa). QUESTÃO 18 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Prevenção de infecção de ferida cirúrgica Gabarito: Alternativa C Justificativa: Os fatores mais importantes para a prevenção da infecção do sítio cirúrgico (ISC) são a administração oportuna de antibióticos pré-operatórios eficazes e atenção cuidadosa a outras medidas de controle perioperatório. O controle cuidadoso da infecção é essencial; as intervenções incluem a higiene das mãos e o uso de luvas e outros dispositivos de barreira (máscaras, gorros, aventais, cortinas e protetores de sapato) por todo o pessoal da sala de cirurgia e nos cuidados pré-operatórios. A aplicação de anti-sépticos na pele é garantida para reduzir a carga da flora cutânea. Deverick J Anderson, Daniel J Sexton. Overview of control measures for prevention of surgical site infection in adults - UPTODATE - Oct 2021. | This topic last updated: Jun 14, 2021. QUESTÃO 19 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Queimadura Gabarito: Alternativa A Justificativa: Correta. A realização de procedimento reconstrutores, deve ser realizada em um segundo momento com paciente em estabilidade hemodinâmica, ambiente estéril e avaliar a necessidade ou não de enxerto nas áreas de queimadura por 3º grau. Incorreta. A enxertia de pele, quando indicada, deve ser realizada no paciente estável hemodinamicamente, no centro cirúrgico, após debridamento de tecidos desvitalizados e presença de tecido de granulação nos locais de queimadura de 3º grau. Incorreta. Houve quebra da barreira protetora da pele, sendo indicada antibiótico profilático.As áreas de queimadura de segundo grau terão cicatrização por segunda intensão (re-epitelização) enquanto as de terceiro grau é necessário algum tipo de reconstrução, geralmente enxerto de pele. Incorreta. A expansão volêmica deve ser utilizada segundo a fórmula de Parkland, com a solução de ringer com lactato, utilizando a princípio acessos venosos periféricos. Incorreta. O uso dos enxertos, deve ser indicado em áreas receptoras com exuberante tecido de granulação, sem infecção ou necrose, pois o processo de pega do enxerto, depende exclusivamente da área receptor. QUESTÃO 20 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Malformações no RN / Criptorquidia Gabarito: Alternativa A Justificativa: A descida testicular espontânea deve ocorrer por volta dos 6 meses de idade. A correção cirúrgica do testículo não descido é recomendada em meninos de 4 a 6 meses de idade, porque é improvável que ocorra descida espontânea depois disso. A cirurgia precoce otimiza o crescimento testicular normal e maximiza o potencial de fertilidade. Idealmente, a orquidopexia deve ser realizada antes de 1 ano de idade. Como o lactente apresenta testículo palpável no canal inguinal, a orquidopexia é o procedimento cirúrgico de escolha. A orquiectomia para criptorquidia pode ser indicada se o testículo não descido for hipoplásico, atrófico ou inviável. A orquiectomia também pode ser indicada para um testículo abdominal (especialmente em meninos pós-púberes) para minimizar o risco de câncer testicular ou se os vasos testiculares e os vasos deferentes forem muito curtos para realizar uma orquidopexia escrotal, desde que a criança tenha um testículo contralateral normal. Este paciente tem testículo com criptorquidia inguinal e não há razão para suspeitar de viabilidade prejudicada do testículo. Como a ultrassonografia do abdome e da pelve em um paciente com testículo não descido palpável, como é o caso aqui, raramente contribui para o diagnóstico e, portanto, não afetaria o curso do tratamento, não é indicada neste paciente. Mesmo em pacientes com testículos não palpáveis ??e não descidos, os exames de imagem não seriam indicados, pois não eliminam a necessidade de cirurgia exploratória. A descida espontânea de um testículo com criptorquidia raramente ocorre após os 6 meses de idade. A criptorquidia não corrigida pode resultar em complicações como hérnia inguinal, torção testicular, subfertilidade / infertilidade e câncer testicular. Quanto mais tarde a data da correção, maior o risco de complicações. A tranquilização para criptorquidia é indicada em meninos comar sob o diafragma. Em um paciente com abdome agudo, a ultrassonografia abdominal é uma ferramenta diagnóstica barata e prontamente disponível para avaliar rapidamente os órgãos, o trato biliar, o sangramento potencial e a quantidade de fluido intraperitoneal. No entanto, os resultados do raio-x já indicam um estômago ou intestino perfurado. QUESTÃO 24 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Hemorroidas Gabarito: Alternativa A Justificativa: Amaciantes de fezes (por exemplo, docusato e lidocaína tópica / supositório se doloridos) são usados para o tratamento conservador de hemorroidas. Outras intervenções apropriadas incluem banhos de assento e modificações no estilo de vida (por exemplo, perda de peso, exercícios, dieta rica em fibras, evitar alimentos gordurosos e condimentados). A terapia conservadora é o tratamento de primeira linha de hemorroidas externas, bem como de hemorroidas internas de grau I e II. QUESTÃO 25 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Ruptura de víscera abdominal Gabarito: Alternativa A Justificativa: Este homem sofreu trauma significativo e agora apresenta dor no quadrante superior esquerdo e hematoma esplênico subcapsular na TC, indicando ruptura esplênica. No momento, ele está hemodinamicamente estável (pressão arterial normal, sem taquicardia). Este paciente tem uma lesão esplênica de baixo grau (grau I), que é definida como uma laceração capsular penetrando menos de 1 cm no parênquima ou um hematoma subcapsular comprometendo menos de 10% da área de superfície. Em um paciente hemodinamicamente estável, as lesões esplênicas de grau I justificam o manejo conservador que consiste em observação e ultrassonografias frequentes para monitorar quaisquer complicações adicionais que possam se desenvolver. A esplenectomia laparoscópica geralmente não é recomendada para o tratamento da lesão esplênica. Pacientes com lesões esplênicas de alto grau (grau III-V, por exemplo, baço quebrado) e / ou pacientes hemodinamicamente instáveis ??devem ser submetidos a esplenectomia aberta. No entanto, a intervenção cirúrgica não é indicada para pacientes hemodinamicamente estáveis ??com hematoma esplênico subcapsular, como visto neste caso. Tanto a laparotomia exploratória quanto a esplenectomia são procedimentos indicados para lesões esplênicas de alto grau, como baço fragmentado, laceração hilar (grau III-V) e / ou pacientes hemodinamicamente instáveis. Este paciente apresenta apenas hematoma esplênico subcapsular, que não requer cirurgia extensa. Este paciente está hemodinamicamente estável e apresenta lesão esplênica de baixo grau (grau I). No entanto, existe um risco significativo de que sua lesão esplênica possa progredir, levando à ruptura e sangramento intra-abdominal. É importante que ele seja hospitalizado e monitorado de perto. Embora a embolização da artéria esplênica com bobina possa ser indicada em casos de lesão esplênica de baixo grau, ela é reservada para pacientes com extravasamento de contraste ativo na TC com contraste, que este paciente não possui. QUESTÃO 26 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Pneumotórax hipertensivo Gabarito: Alternativa A Justificativa: A. O quadro clínico é típico de pneumotórax hipertensivo à direita e a conduta imediata é a descompressão torácica, a princípio por toracocentese. B. No pneumotórax hipertensivo, o desvio da traqueia é contralateral e não há alteração na ausculta à esquerda. C. O tamponamento cardíaco faz parte do diagnóstico diferencial, mas a ausculta pulmonar e cardíaca não sugerem este diagnóstico. D. A obstrução de via aérea é uma causa importante de insuficiência respiratória no trauma, mas o mecanismo do trauma e a capacidade de falar não sugerem este diagnóstico. E. O quadro clínico apresentando é suficiente para se indicar o tratamento inicial, não sendo necessário exame complementar. A radiografia deve ser solicitada, mas posteriormente. QUESTÃO 27 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Carcinoma broncogênico Gabarito: Alternativa A Justificativa: O carcinoma broncogênico é o tumor pulmonar maligno mais comum em pacientes com asbestose e o segundo carcinoma mais comum em todo o mundo. Este paciente tem dois fatores de risco importantes, a saber, história de tabagismo e história de exposição ao amianto. O primeiro sintoma do carcinoma broncogênico geralmente é tosse, embora também possam ocorrer hemoptise, dispneia e dor torácica. A asbestose é a principal causa de mesotelioma, que raramente ocorre sem histórico de exposição ao amianto. No entanto, o carcinoma broncogênico ainda é muito mais comum do que o mesotelioma, mesmo em pessoas com histórico de exposição ao amianto. A asbestose é o principal fator etiológico do mesotelioma, que raramente ocorre sem histórico de exposição ao amianto. Embora o risco de mesotelioma seja acentuadamente aumentado neste paciente, é mais provável que surja outra complicação. A sarcoidose não está associada à asbestose, mas sim à exposição ao berílio. A tuberculose ocorre com mais frequência em pacientes com silicose. O principal sintoma manifesto na silicose é dispneia e tosse, como neste paciente. No entanto, a radiografia de tórax normalmente mostraria calcificações em casca de ovo e opacidades em vidro fosco difusas bilaterais, que estão ausentes aqui. O risco de carcinoma da tireoide aumenta após a radiação no pescoço ou em pacientes com síndrome MEN2. A asbestose não é um fator de risco conhecido para o carcinoma da tireoide. QUESTÃO 28 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Medidas preventivas / novembro azul Gabarito: Alternativa A Justificativa: Este paciente apresenta achados suspeitos de câncer de próstata, incluindo sintomas do trato urinário inferior (noctúria e fluxo urinário fraco), um nódulo firme no exame retal digital e um nível elevado de antígeno prostático específico. A biópsia de próstata guiada por ultrassom transretal é indicada para confirmar ou descartar câncer de próstata em pacientes com achados suspeitos no exame retal digital, níveis elevados de PSA ou suspeita clínica de câncer de próstata. Este procedimento envolve 12 amostras de próstata de diferentes áreas da próstata, guiadas por ultrassonografia transretal (TRUS) sob anestesia local e antibióticos profiláticos. Na maioria dos estados, o exame retal anual e o teste de antígeno específico da próstata (PSA) são oferecidos a homens> 50 anos de idade e aqueles> 40 anos com fatores de risco adicionais (ou seja, homens afro-americanos e / ou homens com positividade história familiar) para o rastreio do cancro da próstata. Se o nível de PSA desse paciente fosse normal ( 75 g) devido à hiperplasia prostática benigna (BPH). Embora o exame de toque retal em pacientes com HPB geralmente mostre uma próstata difusamente aumentada, a presença de um nódulo firme seria incomum Como o câncer de próstata metastatiza com mais frequência para o osso, a radiografia da coluna e a cintilografia com tecnécio-99m são indicadas para fins de estadiamento. Embora este paciente tenha características de malignidade da próstata, o diagnóstico deve primeiro ser confirmado. QUESTÃO 29 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Litíase urinária Gabarito: Alternativa A Justificativa: Em pacientes com urolitíase, um baixo pH urinário é característico de oxalato de cálcio, ácido úrico ou cálculos de cistina. As pedras são formadas a partir de ácidos orgânicos que são menos solúveis quando protonados e, portanto, tendema formar cristais em um ambiente ácido. Destes, apenas o ácido úrico forma cálculos radiotransparentes que não podem ser detectados na radiografia simples, como visto neste paciente. A urina persistentemente ácida é o fator de risco mais comum para cálculos de ácido úrico, que também estão associados à gota e outros estados de hiperuricemia, como aumento da renovação celular, por exemplo, síndrome mielodisplásica. A gota é provavelmente o motivo da história de dor e inchaço nos dedos dos pés (podagra) desse paciente. Na urinálise, os cristais de oxalato de cálcio di-hidratado aparecem como formas bipiramidais. Cálculos contendo cálcio são os cálculos urinários mais comuns, compreendendo> 80% dos casos. No entanto, essas pedras são radiopacas e poderiam ser detectadas no raio-x. A esterase leucocitária positiva na urinálise indica piúria significativa, o que é sugestivo de infecção do trato urinário. Embora vômitos, taquicardia e sensibilidade no ângulo costovertebral sejam preocupantes para pielonefrite neste paciente, ele não tem febre ou calafrios, nem outros sintomas locais de infecção do trato urinário inferior (por exemplo, disúria, urgência). As infecções do trato urinário estão tipicamente associadas à urina alcalina e podem causar cálculos radiopacos de estruvita e cálculos de staghorn. Cálculos renais e ureterais comumente se manifestam com hematúria secundária à irritação ou lesão epitelial, mas os glóbulos vermelhos não formariam cilindros de hemácias. Os modelos de hemácias indicam uma origem glomerular de hemácias, sugerindo glomerulonefrite, isquemia glomerular ou hipertensão maligna, nenhuma das quais está tipicamente associada à urolitíase. Neste paciente, seria de esperar glóbulos vermelhos na urinálise, mas nenhum modelo de hemácias. Cristais de formato hexagonal são patognomônicos para cistinúria. Os cálculos de cistina na urina são radiopacos, enquanto o cálculo deste paciente não era visível no raio-x. Além disso, ao contrário da primeira apresentação desse paciente aos 53 anos, a cistinúria geralmente se manifesta com cálculos recorrentes começando na infância e está associada a uma história familiar. Os cristais de ácido úrico desse paciente teriam aparecido como placas quadradas ou romboides. QUESTÃO 30 Área: Clínica Cirúrgica Tema: TVP - critérios de Wells Gabarito: Alternativa A Justificativa: A paciente tem baixa probabilidade para TVP, com isso a melhor escolha seria solicitar a Dosagem do Dímero-D. Indicado se a probabilidade pré-teste de TVP for classificada como improvável (escore de Wellsa hipófise a produzir maior quantidade de ACTH. Do ponto de vista hemodinâmico, elas provocam estimulação cardíaca e a vasoconstricção Glucagon – É liberado pelas células alfa do pâncreas endócrino através de estímulos simpáticos e pela hipoglicemia. A elevação do glucagon persiste até que o doente se restabeleça. Na fase hipermetabólica do trauma, o glucagon exerce um potente efeito na glicogenólise e na gliconeogênese hepática, sinalizando os hepatócitos para produzirem glicose a partir dos estoques de glicogênio hepático e de outros precursores. Tem atividade lipolítica, estimulando a liberação de ácidos graxos livres e glicerol pelo tecido adiposo Insulina – Liberada pelas células beta do pâncreas, sua secreção e ações são inibidas na fase correlaciona-se com a gravidade e a extensão do trauma. Como resultado, haverá insulinemia desproporcionalmente baixa com relação à glicemia. Existe um aumento da excreção urinária, sugerindo que mais insulina é perdida ou menos insulina é degradada pelos rins. Sua meia vida está diminuída no período pós-traumático. QUESTÃO 32 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Escoliose lombalgia e lombociatalgia Gabarito: Alternativa A Justificativa: Este homem tem dor nas costas aguda sem características de radiculopatia ou mielopatia (por exemplo, dor aguda ou em choque, fraqueza, dormência) após uma tarefa que provavelmente envolvia levantar objetos pesados, o que é consistente com tensão lombar aguda. Analgesia (por exemplo, AINEs) e continuação das atividades normais (exceto exercícios extenuantes) é o tratamento de escolha para a dor musculoesquelética aguda na região lombar. Quase todos os casos de dor lombar MSK desaparecem por conta própria em ~ 6 semanas. A analgesia reduz o desconforto e a atividade não extenuante está associada a melhores resultados do que o repouso na cama. Testes adicionais (por exemplo, ressonância magnética) devem ser considerados em pacientes cujos sintomas não melhoraram significativamente após ~ 6 semanas ou em pacientes com sinais de alerta (por exemplo, febre, sensibilidade na linha média, déficits neurológicos focais). As injeções de glicocorticoide peridural podem fornecer alívio sintomático modesto em pacientes com radiculopatia lombossacral que persiste por> 6 meses. Este paciente não apresenta sinais de radiculopatia e apresenta sintomas há apenas 2 dias, portanto, glicocorticoides peridurais não seriam indicados. Embora abster-se de atividades extenuantes seja prudente em caso de distensão nas costas, o repouso absoluto na cama é contraindicado, pois pode realmente levar ao descondicionamento e piorar a dor. Estudos demonstraram que o repouso no leito está associado a um tempo de recuperação mais longo em comparação com a atividade usual em pacientes com lombalgia musculoesquelética aguda. A ressonância magnética da coluna é indicada para pacientes com sinais de alerta de dor lombar ou cujos sintomas não tenham desaparecido no período de tempo esperado (~ 6 semanas). A história e o exame físico desse paciente são altamente sugestivos de lombalgia musculoesquelética, sem sinais de alerta significativos. A história de uso de drogas IV deste paciente levanta a preocupação de uma causa infecciosa (por exemplo, abcesso epidural), que mereceria uma ressonância magnética. No entanto, ele não tem história de febre ou déficits neurológicos, e os pacientes com etiologia infecciosa de dor nas costas costumam parecer mais gravemente enfermos. A radiografia lombar é indicada se houver suspeita de dano vertebral. Embora a fratura vertebral também se apresente com dor lombar, geralmente ocorre em pacientes com risco de fratura (por exemplo, > 50 anos de idade, osteoporose ou malignidade) e causa sensibilidade no ponto da linha média no exame. Este paciente é jovem, não tem fatores de risco claros para fratura e não apresenta sensibilidade na linha média, então o raio-X não seria indicado. QUESTÃO 33 Área: Clínica Médica Tema: hipertensão intracraniana Gabarito: Alternativa A Justificativa: Mecanismos e fatores de risco - A causa mais comum de isquemia cerebral tardia após HSA (hemorragia subaraquinoidea) é considerada vasoespasmo. A gravidade dos sintomas depende da artéria afetada e do grau de circulação colateral. O vasoespasmo normalmente começa não antes do dia 3 após a hemorragia, atingindo um pico nos dias 7 a 8. No entanto, o vasoespasmo pode ocorrer mais cedo, mesmo no momento da admissão hospitalar. Acredita-se que o vasospasmo seja produzido por substâncias espasmogênicas geradas durante a lise do sangue subaracnoide. Os fatores de risco para vasoespasmo incluem a gravidade do sangramento e sua proximidade aos principais vasos sanguíneos intracerebrais. A localização e a extensão do sangue na TC podem ajudar a prever a probabilidade de complicação do vasoespasmo cerebral. Escalas de graduação radiológica, incluindo as de Fisher e Claassen, são frequentemente usadas para prever a probabilidade de vasoespasmo e isquemia cerebral. (Consulte "Escalas de classificação de hemorragia subaracnoide".) Outros fatores que podem aumentar o risco de vasoespasmo incluem idade inferior a 50 anos e hiperglicemia. A maioria dos estudos, mas não todos, descobriram que o grau clínico ruim (por exemplo, Hunt e Hess grau 4 ou 5 ou pontuação na Escala de Coma de Glasgowpara criar uma nova via de passagem para a drenagem do humor aquoso. A cirurgia diminui a pressão intraocular, o que permite a filtragem do fluxo de saída do humor aquoso. Se o paciente tiver doença cardiovascular ou pulmonar que proíba o uso de colírios, e doença de evolução rápida, a intervenção cirúrgica poderá ser a escolha de primeira linha.[22] As técnicas cirúrgicas comuns são trabeculectomia ou shunt aquoso. As técnicas microcirúrgicas mais novas de glaucoma são cada vez mais eficazes e estão ganhando popularidade. QUESTÃO 35 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Sinusite Gabarito: Alternativa A Justificativa: A rinossinusite viral aguda geralmente se apresenta com secreção nasal aquosa, febre, dores de cabeça e dor facial nos seios da face afetados e geralmente remite em 7 a 10 dias. No caso de superinfecção bacteriana, a secreção geralmente torna-se mucopurulenta e / ou tem curso superior a 10 dias. Este paciente provavelmente teve uma infecção viral primeiro e agora está apresentando uma rinossinusite bacteriana, que é mais comumente causada por Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae. O ácido amoxicilina-clavulânico é um antibiótico penicilina combinado com um inibidor de ß-lactamase usado para tratar várias infecções bacterianas, particularmente infecções do trato respiratório. É considerado o tratamento de primeira linha para a rinossinusite bacteriana aguda e, portanto, o tratamento adequado para esse paciente. O raio-X dos seios da face geralmente não é recomendado na sinusite aguda porque não ajuda a diferenciar as etiologias, e seus achados raramente influenciam a escolha do tratamento. A tomografia computadorizada dos seios paranasais não é realizada rotineiramente na sinusite aguda. Pode ser usado se complicações (por exemplo, osteomielite, celulite orbitária) ocorrerem, para descartar diagnósticos diferenciais (por exemplo, neoplasias) ou no pré-operatório em pacientes com sinusite crônica (por exemplo, desbridamento cirúrgico de tecido necrótico e / ou remoção de obstruções anatômicas). Loratadina é um antagonista H1 da histamina usado para tratar a rinite alérgica e a urticária. Não é indicado para o tratamento da rinossinusite bacteriana aguda. A anfotericina B é um agente antifúngico usado para tratar e prevenir infecções fúngicas graves, como aspergilose, candidíase, coccidioidomicose, mucormicose e histoplasmose. A sinusite fúngica (por exemplo, causada por espécies de Aspergillus) é rara e geralmente ocorre apenas em pacientes imunocomprometidos. Embora o diabetes mellitus seja um fator de risco, não há indicação de que seu diabetes esteja mal controlado, tornando esse diagnóstico improvável. Além disso, a sinusite fúngica por Aspergillus geralmente é acompanhada por asma e outras manifestações atópicas, que estão ausentes neste paciente. Um tratamento diferente é mais apropriado neste momento. QUESTÃO 36 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Nódulos e cistos tireoidianos Gabarito: Alternativa A Justificativa: A abordagem dos nódulos tireoidianos deve incluir TSH e ultrassonografia. Na supressão do TSH está indicado a realização da cintilografia para avaliar se o nódulo é quente ou frio. Exame de rastreamento inicial. Geralmente normal. Um nível de TSH suprimido (mais baixo que o normal) sugere hipertireoidismo ou a possibilidade de um nódulo hiperfuncionante (quente). A incidência de carcinoma em nódulos tireoidianos hiperfuncionantes é muito baixa. A faixa normal é de 0.4 a 4.0 miliunidades internacionais/L. A ultrassonografia da tireoide e o exame de Doppler definem as dimensões dos nódulos e os componentes sólidos/císticos.[2][12][19]Os elementos suspeitos incluem microcalcificações, uma forma com o comprimento maior que a largura, hipervascularidade, hipoecogenicidade marcada ou margens irregulares.[12]Pode ser usada para orientar a biópsia com agulha fina. Também é usada para avaliar os linfonodos cervicais antes da cirurgia em pessoas com câncer medular. A biópsia com agulha fina de nódulos da tireoide(por exemplo, potássio, magnésio) e cal seca (cal sodada). Nestes casos, adicionar água pode causar uma reação química que poderia piorar ainda mais a queimadura. A escarotomia de emergência é indicada se houver suspeita de comprometimento vascular (ou seja, síndrome de compartimento), que é especialmente comum no caso de queimaduras circunferenciais periféricas com a presença de escara. Como este paciente tem bom enchimento capilar e pulsos da mão afetada, no entanto, o comprometimento vascular é muito improvável. O desbridamento da ferida é realizado para promover a cicatrização da ferida e diminuir o risco de infecção do tecido necrótico. Embora esse paciente possa precisar de desbridamento da ferida, o agente agressor deve primeiro ser removido da pele para evitar a progressão da queimadura. O óleo mineral é o tratamento de escolha para queimaduras na pele causadas por metais elementares (por exemplo, lítio, potássio, sódio ou magnésio). Esses metais não podem ser removidos por meio de irrigação com água, pois isso resulta em uma reação química que pioraria a queimadura. Além de aplicar óleo mineral neste tipo de queimadura, as peças de metal precisam ser removidas da pele (por exemplo, com uma pinça). A sulfadiazina de prata é um antibiótico tópico que pode ser considerado em casos de queimaduras graves e / ou generalizadas de espessura total. A ausência de escara na queimadura desse paciente e o fato de ser sensível tornam mais provável que ele tenha uma queimadura de espessura parcial. Embora ele ainda possa precisar de antibióticos eventualmente, os antibióticos tópicos não seriam o próximo passo mais apropriado no tratamento. QUESTÃO 40 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Conduta no trauma Gabarito: Alternativa C Justificativa: Podemos dizer que a avaliação primária, o famoso ABC no trauma torácico, é a parte mais importante do atendimento. Neste momento, você deve estar interessado em identificar e tratar as lesões com maior potencial de risco de morte imediata. Um dos grandes pontos do trauma torácico é que a maioria das lesões são identificadas nesta primeira etapa de atendimento e seu tratamento se dá por pequenos procedimentos, simples e rápidos de serem realizados. Na nova edição do ATLS, os autores nos mostram que muitos pacientes acabam vindo a óbito após a sua chegada no pronto-socorro. Ou seja, são mortes preveníveis por um bom diagnóstico e tratamento. Para garantir um bom prognóstico ao seu paciente, é crucial saber o passo a passo proposto pelo ATLS. Seja o médico recém-formado ou com anos de experiência, o seguimento correto do fluxo de atendimento garante maiores chances de sucesso com o seu paciente. Pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto e hemotórax maciço Nesta etapa da avaliação primária, você, como profissional, deverá se atentar às três principais lesões potencialmente fatais ao paciente. Lembre-se sempre que a permeabilidade da via aérea, por si só, não garante uma boa ventilação/perfusão ao paciente. Ao se tratar de pneumotórax, é crucial entender que seu diagnóstico é clínico. Ou seja, você precisa saber identificar os principais sinais e diferenciar quando é hipertensivo ou aberto. No pneumotórax hipertensivo, o paciente irá apresentar: dor torácica, taquipneia/dispneia, murmúrio vesicular abolido e desvio de traqueia com possível evolução a um choque obstrutivo. A cianose, no trauma torácico, é um sinal que se manifesta tardiamente e é muito difícil de ser visualizada. Se o seu paciente apresentar esses sinais, você terá algumas opções de manejo: a punção de alívio – se não obtiver sucesso, poderá tentar a técnica de toracostomia por dedo – e posteriormente a drenagem torácica, mandatória como tratamento definitivo. QUESTÃO 41 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Hemorragia digestiva alta Gabarito: Alternativa E Justificativa: O octreotido intravenoso é usado no tratamento do sangramento por varizes esofágicas agudas, pois reduz rapidamente a pressão portal e ajuda a atingir a hemostasia, permitindo assim a terapia endoscópica de uma variz com sangramento. No entanto, devido à taquifilaxia, esse medicamento não é adequado como agente profilático contra sangramento por varizes. Pontuação de Child-Pugh Uma escala de classificação de prognóstico para avaliar a gravidade da cirrose, com base em marcadores laboratoriais específicos (por exemplo, bilirrubina, albumina, tempo de protrombina), bem como ascite e encefalopatia Pode ser usado como um sistema de pontuação de prognóstico [31] Child-Pugh classe A: quase normal Child-Pugh classe B: taxa de sobrevivência de um ano de aprox. 80% Child-Pugh classe C: taxa de sobrevivência de um ano de aprox. 45% Em pacientes com cirrose descompensada, a sobrevida é baixa, a menos que recebam transplante de fígado. QUESTÃO 42 Área: Clínica Cirúrgica Tema: Aneurisma de aorta abdominal Gabarito: Alternativa A Justificativa: Rapid expansion, which is thought to increase the risk for rupture, is defined as an increase in maximal aortic diameter =5 mm over a six-month period of time or >10 mm over one year, using the same radiographic method of measurement. Rapid expansion — Earlier repair may benefit patients with well-documented rapid aneurysm expansion (>5 mm in six months or 10 mm per year) on serial imaging studies performed by the same modality [11]. Some data suggest that rapidly expanding AAAs are more likely to have symptoms and have a higher risk of rupture. Rapid expansion may represent instability of the aortic wall and may be a sign of impending aortic rupture. "Clinical features and diagnosis of abdominal aortic aneurysm", section on 'Risk factors'.) UpToDate. O reparo anterior pode beneficiar pacientes com expansão rápida de aneurisma bem documentada (> 5 mm em seis meses ou 10 mm por ano) em estudos de imagem seriados realizados pela mesma modalidade [11]. Alguns dados sugerem que os AAAs em rápida expansão têm maior probabilidade de apresentar sintomas e maior risco de ruptura. A expansão rápida pode representar instabilidade da parede aórtica e pode ser um sinal de ruptura aórtica iminente. QUESTÃO 43 Área: Clínica Médica Tema: Tratamento da ICC descompensada Gabarito: Alternativa A Justificativa: Paciente encontra-se em padrão congestivo, com boa perfusão periférica, portanto, classificado em perfil hemodinâmico B. Neste caso, utilizamos de diuréticos de alça com objetivo de diminuir a congestão e venodilatação imediata, além de vasodilatadores, com objetivo de reduzir a pré e pós-cargas do ventrículo esquerdo. QUESTÃO 44 Área: Clínica Médica Tema: Abordagem terapêutica da insuficiência coronariana Gabarito: Alternativa A Justificativa: Entre os medicamentos que controlam a dor estão os betabloqueadores, nitratos e bloqueadores de canal de cálcio, e dentre esses, apenas o betabloqueador melhora o prognóstico no pós-IAM. Os antiplaquetários e heparina podem estar indicados nesse caso, porém não apresentam efeito sobre a dor. QUESTÃO 45 Área: Clínica Médica Tema: Hipertensão arterial Gabarito: Alternativa E Justificativa: A emergência hipertensiva é definida como pressão arterial (PA) bastante elevada associada a disfunção nova ou progressiva dos órgãos-alvo. Embora o valor absoluto da PA não seja tão importante quanto a presença de danos nos órgãos-alvo, a PA sistólica é geralmente >180 mmHg e/ou a PA diastólica >120 mmHg. A chave para o diagnóstico de uma emergência hipertensiva é uma avaliação rápida, porém completa. As principais áreas de foco devem ser os sistemas neurológico, cardiovascular e renal. O tratamento da emergência deve ser iniciado ao mesmo em que se realiza uma avaliação diagnóstica completa. História Deve-se identificar qualquer história de hipertensão e tratamento prévios (incluindo a adesão ao tratamento). Deve-se também determinar a existência de história prévia ou vigente de comprometimento neurológico, cardíaco ou renal. Os elementos clínicos que podem identificar