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Anticoncepção- métodos não hormonais e hormonais 
Data 18/02– Prof.: Juliana – Saúde da Mulher I Aula digitada por: Bianca Alves 
 
Métodos não hormonais 
 
Sabe-se que mesmo em países desenvolvidos, a taxa de gestações não planejadas/ 
mulheres que não querem engravidar e engravidam é em torno de 50%. 
A Lei 9263 de 12/01/1996 determina o planejamento familiar como “conjunto de 
ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação 
ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal”. Dessa forma, exercer a 
atividade sexual e planejar o número de filhos é um direito de todos. 
 
 Eficácia: é aferida pelo número de gestações em 100 mullheres utilizando o 
método em 1 ano => Índice de Pearl. ou seja, avalia o número de falhas que 
tiveram com aquele método num grupo de 100 mulheres 
*Quanto menor for o índice de Pearl, maior é a eficácia do método. 
 
I. Pearl = método x 100 → nº gravidezes / 100 = (%) (estava exatamente dessa forma no slide) 
 1 ano 
Ex: DIU: 50 mulheres x 100/1 ano → 5000/100= 50% 
 
 Métodos comportamentais 
Obs: o último protocolo de saúde da mulher (2016) retirou esse método pois tem baixa eficácia, mas cotinuam usando. 
 
 Esses métodos são baseados na observação dos sinais e sintomas que caractericam as diversas fases do ciclo 
menstrual, com consequente abstinência sexual periódica. 
 Sabe-se que o tempo de vida do espermatozóide/SPTZ é de 72h, enquanto que o tempo médio de vida do 
óvulo é de 48h. Isso determina o tempo para realização dos métodos, então conta-se sempre 3 dias antes e 3 dias 
depois, devido ao tempo de vida do sptz. 
 
1) Tabelinha/ Ogino-Knaus 
Registrar a duração do ciclo menstrual. Orienta a paciente a registrar o 
primeiro dia do ciclo/dia que sangrou (borra de café, sangramento vivo). O ciclo 
vai até o último dia da menstruação. Algumas ciclam por 28 dias, outras 21, 32 
dias. A paciente deve fazer isso por pelo menos 6 meses e fazer a conta ciclo mais 
longo – ciclo mais curto. Se essa diferença for >10 dias, não pode usar o método 
de tabelinha pois tem ciclos irregulares e a chance de engravidar é grande. 
 
2) Temperatura corporal basal 
Quando ocorre a ovulação, há aumento da progesterona, que atua no centro termorregulador no hipotálamo. 
Com isso, há um aumento da temperatura corporal de 0,3-0,8°C. 
A ovulação ocorre, geralmente ocorre entre 11-16° dia do ciclo (maioria das mulheres é no 14°). 
Com esse método, o período de abstinência é toda a primeira fase do ciclo até a manhã do 4° dia com 
temperatura elevada. Com isso, tem pacientes que ficam por 20 dias sem ter relação sexual, não sendo um bom 
método. 
 
3) Método do muco cervical ou Billings 
Toda mulher quando ovula (14° dia, geralmente) começa a apresentar o muco mais 
elástico, filante, comparável a clara do ovo. Isso acontece para facilitar o transporte do sptz e 
para maior lubrificação, devido ao aumento do muco. 
 
Figura 1 Exemplo de tabelinha 
Figura 2 Muco cervical 
Obs: sempre que 
indicar algum 
método 
contraceptivo, 
hormonal ou não 
hormonal, orientar 
sobre a forma de 
tomada, como 
colocar, etc. Erros 
nesse processo 
podem levar a babys. 
 
OBS: A maioria das mulheres que usa o método da tabelinha acaba usando também o método de Billings. Além disso, 
pode associar ainda também o método de temperatura corporal. 
 
4) Método sintotérmico 
É a combinação do método de temperatura corporal e muco cervical. Quando a mulher ovula, ela costuma 
sentir dor pélvica e enxaqueca. 
 
5) Coito interrompido 
o Vantagens: 
 Baixo custo; 
 Aceitável por grupos religiosos; 
 Não possue efeitos iatrogênicos. 
 
o Desvantagens: 
 Baixa eficácia do método; 
 Não protefe contra IST/AIDS; 
 Diminui a espontaneidade sexual; 
 Podem levar a dinsfunções sexuais. 
 Métodos de barreira 
São métodos contraceptivos que impedem a ascenssão do sptz, através de alguma barreira. Antes fazia 
associação do método mecânico (preservativo, diafragma, capus cervical etc) com o método químico (espermicida). 
Entretanto, hoje em dia não se usa mais o espermicida, segundo o Ministério da Saúde, uma vez que o espermicida 
pré-dispõe a ISTs. 
 
1) Preservativo masculino 
o Vantagens: 
 Previne contra ISTs, incluindo HIV e AIDS; 
 Fácil acesso, encontrado facilmente em farmácias, supermercados, UBS, 
rodoviárias etc, muitos gratuitamente. 
 
o Desvantagens: 
 Requer motivação do parceiro; 
 Manipulação durante o ato sexual; 
 Roturas do preservativo; 
 Alergia ao látex (quem tem alergia deve usar o preservativo 
que não é de látex). 
 
2) Preservativo feminino
o Vantagens: 
 Inserção fora do intercurso sexual; 
 Menos reação alérgica; 
 Maior resistência, tendo menor chance de perfurar. 
 
o Desvantagens: 
 Proteção parcial para Herpes e HPV; 
 Pouca estética; 
 Alto custo; 
 Ruídos durante o ato sexual.
3) Diafragma 
o Contra-indicações: 
 Prolapso uterino (não consegue colocar o diafragma); 
 Cistocele; 
 Retocele; 
 Pacientes com antecedente de síndrome do choque tóxico; 
 Aumenta o risco de infecções genitourinárias, pois é reutilizável. 
Geralmente essa paciente não usa camisinha, tendo mais chance de ITU. 
Figura 3 Preservativo 
masculino 
Figura 4 Preservativo feminino – a parte 
fechada fica para dentro da vagina e a parte 
aberta para o lado de fora. 
Figura 5 Diafragma 
O preservativo feminino esteve por muito tempo em desuso, mas 
atualmente voltou a ser muito usado, principalmente com 
empoderamento feminino. 
 
Antigamente era utilizado com espermicida, mas hoje usa sem. Caiu em desuso mas está voltando agora 
naquelas pessoas veganas, pessoas com a ideia de não usar hormônio, etc. 
 É feito de acordo com o tamanho do colo do útero da paciente. Examina a paciente antes pelo toque, mede e 
manda fazer.
 
4) Esponja 
Esponja poliuretano + espermicida. Pode ser utilizada por 24h. Custo é 
elevado e não está disponível no Brasil. 
 
5) Capuz cervical 
Dispositivo de borracha ou látex que se adapta ao colo e se adere à ele 
por sucção, tendo maior eficácia. Pode ser utilizada por 24h. Mas não está 
disponível no Brasil.
6) Geleia espermicida 
Não é mais usada hoje em dia. 
Substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo do útero. Mais 
usado é o nonoxinol- 9 a 2%. Isoladamente, não conferem proteção adequada. 
o Contra-indicações: 
 História recente de infecção genital; 
 Existência de IST/AIDS. 
As informações acima são só cópia do slide, pq ela só disse que não usa mais. 
 
7) Dispositivo Intrauterino/DIU 
Artefatos de polietileno medicados com cobre ou progesterona, ou não medicados. Ele estimula uma reação 
inflamatória importante no útero, pois atua como um corpo estranho, prejudicando a formação de um bom 
endométrio pra nidação (deixa o endométrio atrófico). 
 
Orientações gerais de uso: 
 Melhor época para inserir é o período menstrual, pois tem certeza que a mulher não está grávida e 
o orifício do colo uterino está dilatado, tornando a inserção mais fácil e menos dolorosa; 
 Exame ginecológico minucioso antes de colocá-lo, pois precisa ter certeza que essa paciente não 
tem nenhuma infecção ginecológica (o maior período de causa de DIP/ doença inflamatória pélvica é 
o de inserção do DIU; o exame minucioso diminui a chance de fazer uma DIP); 
 DIU de cobre dura 10 anos (liberado pelo SUS); DIU de progesterona dura 5 anos (apenas particular-
900/1000,00); 
 O DIU é considerado um contraceptivo de longa duração e fácil reversão (LARGS). Ele pode ser 
colocado imediatamente após o parto, nos primeiros 10 minutos após a saída da placenta ou a 
qualquer momento nas primeiras 48h, ou após 4 semanas após a descida da placenta. Além disso, 
pode ser colocado imediatamente após o abortamento, se não houver sinais de infecção; em casos 
de abortamento infectado, deve esperar 3 meses.As mulheres geralmente não voltam para fazer 
planejamento familiar, podendo realizar esse processo já dentro da maternidade e evitando uma 
gravidez indesejada. 
 
A) DIU de cobre 
Dispositivo de plástico, com filamento de cobre enrolado em sua haste vertical, monofilamentado. Esse 
método tem 0,6-1,4% de falhas. Seu índice de falhas é maior que o de progesterona pelo fato de este não ter 
progesterona, o que leva a mulher a ovular. O mais comum é o TCU 380ª, que dura 10 anos, liberado pelo Ministéro 
da Saúde. 
 
 
Figura 6 Capuz cervical 
Figura 7 Espermicida 
o Ação 
 Atuação na consistência do muco cervical, tornando-o mais espesso e dificultando a mobilidade do sptz; 
 Espermicida e irritativo ao sptz; 
 Causa uma reação inflamatória exuberante, com produção de prostaglandinas, tornando o endométrio 
atrófico e impróprio para a nidação; 
 Atua na mobilidade das trompas, diminuindo a sua mobilidade. 
 
o Vantagens: 
 Longa duração; 
 Eficaz, mesmo com índice de Pearl maior que o do DIU de mirena; 
 Não interfere nas relações sexuais; 
 Não diminui o libido (anticoncepcional hormonal diminui libido!); 
 Imediatamente reversível; 
 Pode ser inserido imediatamente após o parto; 
 Pode ser usado até a menopausa (Juliana disse que gosta de usar 
em pacientes no climatério que começam a fazer hipertensão, 
diabetes descompensado e ela quer tirar o hormônio... Ela coloca 
o DIU até menopausar fisiologicamente, e tira o estrogênio dela); 
 Pode prevenir gravidez ectópica, mas, uma vez que o método não foi eficaz, tem maior chance de fazer 
gestação ectópica. Isso acontece por causa da diminuição da mobilidade da trompa. 
 
o Desvantagens: 
 Sangramento intermenstrual e dismenoréia (paciente que tem dor durante a menstruação, cólica e 
sangramento irregular) 
 
 
B) DIU Mirena - hormonal com levonorgestrel 
É um dispositivo hormonal, que libera 20mcg de levonorgestrel diariamente. Esse 
dispositivo tem falhas de 0,1%, pois é medicado com progesterona e algumas apcientes 
entram em anovulação. Sua duração é de 5 anos. Juliana disse que não gosta de colocar esse 
tipo de DIU sem anestesia, pq ele é maior, tem o aplicador mais espesso. 
 
o Ação (mesmas do DIU de cobre) 
 Espessamento do muco cervical; 
 Anovulação em 25% das mulheres; 
 Atrofia endometrial; 
 Inibição da passagem do sptz através da 
cavidade uterina. 
 
Os efeitos colaterais da progesterona são os mesmos 
do ciclo menstrual, da TPM, no pico de progesterona. 
 
o Desvantagens: 
 Sangramento irregular; 
 Amenorreia (ausência de menstruação quando 
devia ocorrer); 
 Efeitos colaterais da progesterona: cefaleia, 
náuseas, depressão, ganho de peso, acne, 
astalgia. 
 
Segundo o Tratado da Febrasgo/2018, não é necessário USG transvagial de rotina para avaliar a posição do DIU 
(pré e pós inserção do DIU. No ambulatório acaba fazendo, mas pra prova pensa no tratado e no ministério da saúde). 
A Juliana gosta de pedir antes, no ambulatório, pq paciente que tem má formação uterina, útero septado, útero 
didelfo/duplo não devem colocar DIU. Se tem uma paciente que nunca fez o USG transvaginal, como vai saber se é 
septado ou não??? Por isso ela gosta de pedir. 
Paciente > 25 anos tem que ter preventivo; Pacientenão amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH 
no meio do ciclo, que é fundamental para a ovulação, além de ocorrer alterações no transporte ovular pelas trompas. 
Pensar nos efeitos colaterais de cada um. 
 
 Contraceptivos contendo apenas progestogênicos 
40% das mulheres que usam esse anticoncepcional ciclam, fazem ovulação e menstruam. Os outros 60% não 
ovulam. 
Existem 3 tipos de pílula hormonal de progesterona: minipílula- liberada pelo SUS para quem está fazendo 
amamentação exclusiva; desogestrel (0,75 mg; Cerazette)- mais efetiva para inibir a ovulação; medroxiprogesterona- 
injetável trimestral dispnível no SUS. 
A pílula a ser usada vai depender da paciente. Se a paciente tem condições de compar, usa a desogestrel. Se 
ela não pode comprar, faz minipílula e depois troca para a medroxiprogesterona. 
 
o Ação 
 Atrofia o endométrio; 
 Deixa o muco cervical mais espesso; 
 Altera a motilidade tubária. 
 
o Indicações: 
 Não pode usar estrogênio por algum motivo; 
 Está amamentando; 
 Fumante.
1) Anticoncepcional oral 
A) Contraceptivos combinados sintéticos 
 
 Monofásicos: mesma dose hormonal durante o ciclo, durante todo mês. 
 Bifásicos e trifásicos: têm variações na quantidade hormonal, tentando mimetizar o ciclo, aumentando a dose 
de progesterona no final do ciclo. Escolhido pra quem faz spot ao final da cartela. 
O estrógenio mais usado é o etinilestradiol. Os progestágenos variam na androgenicidade- anti-androgênico, anti-
mineralocorticóide e androgênico. 
Ex: paciente diz que está cheia de acne, pelos no rosto... Tem que dar um com efeito anti-androgênico (drospirenona, 
gestinol) 
Derivados da 19-nortestosterona: efeito androgênico. 
Derivados da espironolactona e 17-hidroxiprogesterona: efeito antiandrogênico (exceto acetato de 
medroxiprogesterona, que tem efeito androgênico) e anti-mineralocorticóide (gestodeno- gestinol e drospirenona- 
yaz, yasmin). 
 
o Classificação 
 Alta dosagem: >50 mcg de etinilestradiol (está 
em desuso); 
 Média dosagem: 50 mcg de etinilestradiol; 
 Baixa dosagem: 30-35 mcg de etinilestradiol, 
sem muito efeito colateral, menos spot; 
 Muito baixa dosagem: 15-20 mcg de 
etinilestradiol; não pode utilizar para 
adolescente, pois atua na desnsidade óssea 
(pode levar a osteoporose em quem usa há 
muito tempo). A juliana não usa muito de 15 
mcg pq a pct faz muito escape/ spot...
 
o Modo de uso: sempre orientar isso... o índice de pearl quanto ao anticoncepcional varia quando é usado 
rotineiramente e adequadamente... 
Deve iniciar no 1° dia do ciclo/ 1° dia que sangrou, a primeira cartela. Tomar 21 dias, dar uma pausa de 7 dias 
e reiniciar no 8° dia a nova cartela, se for 21 comprimidos. Mas existem também pílulas de 22, 24 e 28 dias. Se tiver 
24 comprimidos, usa 24 dias, para 4 dias e no 5° dia reinicia. Se tem 28 comprimidos, toma ininterruptamente, 
entrando em amenorréia. 
 
o Contra-indicações do ACO combinado (categorias 3 e 4 da OMS) 
 Paciente com trombose 
(não pode estrogênio); 
 Amamentando (não pode 
estrogênio, pois pode 
levar a sangramento 
precoce na menina ou 
ginecomastia no menino); 
 Tabagismo; 
 Portador de Doença 
cardiovascular; 
 Hipertensão moderada a 
grave; 
 História de TVP e TEP; 
 Diabetes descontrolado, 
com doença renal; 
 Pct que vai fazer cirurgia 
com imobilização 
prolongada (se toma 
anticoncepcional, deve 
suspender); 
 AVC; 
 Hiperlipidemias; 
 Enxaqueca com ou sem 
aura (não pode 
estrogênio); 
 Câncer de mama atual; 
 Cirrose; 
 Hepatite aguda; 
 Tumor hepático benigno; 
 Tumor hepático maligno; 
 Uso de rifampicina ou 
anticonvulsivantes. 
 
o Interações medicamentosas 
 Rifampicina; 
 Tetraciclina; 
 Amoxicilina; 
 Ampicilina; 
 Doxicilina; 
 Eritromicina; 
 Anti-retrovirais; 
 Anti-convulsivantes: 
fenobarbital, 
carbamazepina, fenitoína 
Com mais de 14 dias de uso destes, informar a paciente que ela deve usar camisinha pois a eficácia do anticoncepcional 
diminui. 
No caso da rifampicina e de anticonvulsivantes, não usar o anticoncepcional hormonal oral. É bom usar outro método, 
como o DIU. 
 
o Efeitos benéficos dos ACO: 
 Regularizam os ciclos mentruais; 
 Alívio da TPM; 
 Diminuição do fluxo e da dismenorréira; 
 Melhora hirsutismo; 
 Acne leve; 
 Diminuem o risco para DIP (devido ao 
espessamento do endométrio), gestação 
ectópica e doença trofoblástica gestacional; 
 Diminui o risco de câncer de ovário e 
endométrio, pois a carga de hormônio é baixa, 
basal, não tendo pico de estrogênio; 
 Aumentam a densidade óssea (Atenção em 
adolescente, pelo risco de osteoporose); 
 Parece melhorar a artrite reumatóide e 
diminuir o risco de miomatose uterina; 
 Prevenção da endometriose, sendo 
considerado medicação de escolha para 
endometriose, pois bloqueia crescimento 
endometrial fora da cavidade uterina. 
 
o Efeitos colaterais 
 Estrógenos: cefaleia, tonteira, vômito, náusea, edema, irritabilidade e cloasma (manchas na pele). 
 Progestógenos: depressão; cansaço; alterações da libido; amenorréia; acne; ganho de peso; possível aumento 
de câncer de colo de útero, pois quem usa anticoncepcional geralmente não usa camisinha e aumenta chance 
de HPV, e câncer de mama, pois há estímulo de estrogênio na mama. 
 Em caso de spotting/ escape (sangramento intermenstrual ou no final do ciclo): 1- Se for uma paciente que 
usa anticoncepcional hormonal há muito tempo, é porque o endométrio está atrófico e sangrando, devendo 
associar estrogênio por 3-5 dias no momento do sangramento (Premarin); 2- Se for uma paciente que acabou 
de começar a usar o anticoncepcional e está fazendo escape, pode esperar mais de 3 meses pois ela vai se 
adaptar e o endométrio vai estabilizar; 3- Se for uma paciente que esperou esse tempo e não houve melhora, 
continua sangrando, provavelmente vai fazer progesterona de segunda fase, ou vai prescrever um bifásico ou 
trifásico para ela. 
 
B) Contraceptivos combinados hormônio natural 
o Composição/ exemplo: Stezza ou Qlaira composto de acetato de nomegestrol + estradiol 
o Ótima medicação para paciente que não quer menstruar, que quer entrar em amenorréia. Lembrar que 
algumas pacientes gostam de menstruar pra saber que não está grávida! 
o Ação: ação antiandrogênica 
o Contraindicação: igual a dos outros ACO de estrogênio e progesterona. 
É um anticoncepcional novo, está há 10-12 anos no mercado. Então a Juliana não gosta muito de prescrever pra 
paciente jovem, pois não sabe o efeito dele a longo prazo, mas na bula diz que pode pra qualquer faixa etária. Mas ela 
gosta de prescrever em pct em climatério, > 30 anos, menopausada... 
 
 Chip da beleza 
É conhecido assim por trazer beleza a vida da mulher, pois tem testosterona, que “seca” a mulher, definindo 
musculaturas; produz agentes antioxidantes, levando ao rejuvenescimento. 
A grande questão do chip da beleza tem relação com os efeitos colaterais da testosterona: queda de cabelo; 
hepatocarcinoma; hipertrofia de clitóris; voz anasalada/grave. Esses efeitos são irreversíveis. 
Essas inormações estavam no slide dela sobre a composição desse chip e ações. Achei importante citar, mas ela não 
falou, quem não quiser ler, só pular: 
- Estradiol: ajuda na lubrificação vaginal e no muco para a ovulação; mantém a pele elástica e viscosa. É considerado 
bioidêntico ao hormôio produzido pelo próprio corpo; 
- Gestrinona: além de ser usado como medicação para doenças femiinas, caso da endometriose e miomatose, esse tipo 
de hormônio é indicado nos tratamentos de TPM, adenomiose, hipertrofia uterina, baixa do libido, perda de massa 
muscular e de massa óssea. Entre os efeitos colaterais, estão androginina em mulheres jovens, seborreia, queda de 
cabelo, acne e rouquidão. 
- Nestorene: inibe a ovulação por seis meses, assim como a menstruação e a TPM 
- Nomegestro: é usado na reposição hormonale também como anticoncepcional 
- Testosterona: pertence a parte de medicamentos conhecidos como andrógenos e deve ser usado em indivíduos com 
baixa produção natural. É o único dos cinco impantes que pode ser aplicado também em homens. 
 
2) Contraceptivos injetáveis 
 
2.1) Trimestrais 
o Composição: depomedroxiprogesterona- 150 mg; é o que tem disponível no SUS, para pacientes 
amamentando, mas não deve ser usado em paciente jovem pois tem maior chance de fazer osteoporose e o 
retorno da fertilidade é pior. Além da paciente amamentando e não pode comprar o desogestrel, é usado 
também em paciente com atraso mental que o médico quer que entre em amenorreia e quem não tem outra 
opção. Fora isso, não usa, pelos efeitos colaterais.
o Ação: 
 Atua inibindo os picos de estradiol e LH; 
 Inibe a ovulação; 
 
 Provoca espessamento do muco cervical; 
 Atrofia o endométrio.
 Questões importantes sobre anticoncepcional hormonal oral/ ACO: 
 Mulheres que estão amamentando: pílula progestágeno (minipílula). 
 Se esquecer de tomar uma pílula, deve tomar a pílula esquecida tomar a pílula seguinte no horário 
regular. 
 Se esquecer de tomar 2 ou mais pílulas, usar camisinha, tomar a pílula imediatamente. Contar o restante 
das pílulas: se restar menos que 7 pílulas, deve tomar o restante como de costume e iniciar uma nova 
cartela no dia seguinte após a última pílula da cartela. 
 A mulher não deve fazer pausa no uso do ACO depois de certo tempo. 
o Efeitos colaterais: 
 Atraso no retorno da 
fertilidade; 
 Depressão; 
 Ganho de peso; 
 Alteração da libido e do 
humor; 
 Acne; 
 Queda de cabelo; 
 Mostalgia; 
 Osteoporose; 
 Sangramento irregular. 
 
o Contraindicações: 
 Amamentação com 
menos de 6 semanas do 
parto; 
 Tumor hepático maligno; 
 Tumor hepático benigno; 
 Vários fatores de risco 
para doença 
cardiovascular; 
 História atual de TVP e 
TEP; 
 Doença cardíaca 
isquêmica atual ou 
passada; 
 AVC atual ou história de 
AVC; 
 Enxaqueca com aura; 
 Sangramento vaginal 
inexplicado; 
 Câncer de mama atual; 
 Passado de câncer de 
mama sem evidência por 
5 anos; 
 Cirrose descompensada; 
 Uso de rifampicina; 
 Uso de 
anticonvulsivantes. 
 
2.2) Mensais 
o Composição: são combinados- estrogênio + proesterona (Perlutan, Mesigyna; Ciclofemina) 
Disponível no SUS. Usado em pacientes que não lembram de tomar o anticoncepcional oral. Porém, o 
problema do injetável é que se tiver algum efeito colateral, a dose já foi aplicada e precisa esperar o tempo de ação. 
 
o Contraindicações: 
 Mutações trombogênicas; 
 Amamentação com menos de 6 semanas do 
parto; 
 Amametação entre 6 semanas e 6 meses; 
 Pós parto sem amamentação com menos de 21 
dias; 
 Fumo >35 anos, de 15 ou mais cigarros/dia; 
 Vários fatores de risco para doença 
cardiovascular; 
 Antecedente de hipertensão, quando a PA não 
pode ser avaliada; 
 Hipertensão controlada em que a PA pode ser 
avaliada; 
 PAS entre 140 e 159 e PAD entre 90 e 99; 
 PAS >160 e PAD > 100; 
 Hipertensão com doença vascular; 
 História de TVP ou TEP; 
 História atual de TVP e TEP; 
 Cirurgia com imobilização prolongada; 
 Doença cardíaca isquemica atual ou passada; 
 AVC atual ou passado; hiperlipidemias; 
 Doença valvar com complicações; 
 Enxaqueca sem aura 35 anos; enxqueca com 
aura; 
 Câncer de mama atual; 
 Passado de câncer de mama sem evidência por 
5 anos; 
 Diabetes com nefro, retino e neuropatias; 
 Diabetes por mais de 20 anos ou outra doença 
vascular; 
 Cirrose descompensada; 
 Doença de vesícula biliar atual e tratada 
clinicamente; 
 Antecedente de colestase com uso de ACO; 
 Hepatite aguda; 
 Tumor hepático benigno e tumor hepático 
maligno. 
 
3) Implante 
Implante de 1 bastão (Implanon) de 4 cm 
de comprimento por 2 mm de diâmetro, composto 
só de progesterona. Tem ação por 3 anos. 
60 mg etonorgestrel- diarimente 60 mg 
Figura 10 Implante e local de aplicação 
Aplicado no sulco entre o bíceps e o tríceps na face medial do braço. Deve fazer uma anestesia local para 
aplicação. Fica localizado na subderme. 
 
o Vantagens: 
 Amenorreia; 
 Diminuição da dismenorreia; 
 Melhora da TPM. 
 
o Desvantagens: 
 Profissional habilitado para colocação; 
 Antigamente, quem tinha mais de 70 kg não 
podia usar, mas hoje todos podem.
 
o Retirada de implantes: é uma desvantagem, pois precisa fazer um cortezinho para retirá-lo. 
 
4) Adesivos trandérmicos 
o Composição: hormonal combinado; etinilestradiol (20 mcg/dia) e 
norelgestromin (150 mcg/dia). 
São uma excelente escolha para o paciente que fez bariátrica, pois não 
tem passagem gastrointestinal. 
Pacientes que tem contraindicação absoluta ao uso de estrogênio não 
deve utilizá-lo. 
Utilizado por 3 semanas, com pausa na 4ª semana. 
 
o Vantagens: 
 Não sofrem efeito da primeira passagem 
hepática; 
 Não acarreta picos hormonais; 
 Absorção não é afetada por distúrbios 
gastrointestinais; 
 Não há necessidade de se lembrar todos os 
dias; 
 Baixo poder androgênico. 
 
 
o Desvantagens: 
 Diminuição da efetividade em mulheres com 
mais de 90 kg, devido ao tecido adiposo que 
impede a absorção adequada; 
 Queda total ou parcial do adesivo, 
principalmente por ser um país quente; 
 Reações locais. 
*Índice de Pearl de 0,3-0,88%, pois independe da 
tomada da pct. 
 
5) Anel vaginal 
O anel é leve, flexível, transparente 
com diâmetro externo de 54 mm. Tem como 
nome comercial Nuvaring. 
o Composição: hormonal 
combinado 2,7 mg de 
etinilestradiol / 11,7 mg de 
etonorgestrel libera 15 mcg 
etinilestradiol/dia e 120 mcg de 
etonogestrel. 
O anel é posicionado na vagina, no 
fundo do saco posterior, pela própria mulher 
e deixado no local por 3 semanas, quando deve ser retirado e descartado. Deve fazer pausa de 1 semana. 
Também pode usar em paciente bariátrico. 
*Índice de Pearl de 0,3 por 100 mulheres/ano. 
 
o Vantagens: 
 Menor esquecimento, pois troca a cada 3 semanas; 
 Liberação hormonal constante; 
 Rapidamente reversível (LARG); 
 Sem efeito de 1ª passagem hepática.
Figura 11 Adesivo transdérmicos 
Figura 12 Anel vaginal 
o Desvantagens: 
 Desconforto vaginal; 
 Cefaleia; 
 Distúrbios menstruais, pois tem muito baixa 
dosagem (15 mcg), podendo fazer escape; 
 Leucorreia, por ser um corpo estranho. 
 
6) Método lactação amenorreia 
Proteção natural contra a gravidez. Baseia-se na inibição da ovulação, porque a amamentação altera as taxas 
de secreção dos hormônios naturais. 
A paciente que faz amamentação exclusiva, produz mais prolactina e para de menstruar. 
Possui 3 indicações: 1- aleitamento exclusivo; 2- amenorréia; 3- menos de 6 meses após o parto. 
 
7) Contracepções de emergência 
Não pode ser utilizado rotineiramente!! É emergência!! 
o Indicações: estupro, ruptura da camisinha, delocamento de DIU e coito episódico não protegido (se for 
rotineiramente, ai não pode). 
o Tipos de contracepção de emergência: 
 Levonorgestrel: pílula do dia seguinte; em dose única de 1,5 mg, que deve ser tomado em até 5 dias da relação, 
porém preferencialmente em até 72h (Postinor-2, Pozato, Norlevo). 
 Método de Yuzpe: dose total de 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, divididos em 2 doses iguais 
(4 comprimidos de manhã e 4 a noite), a cada 12h. 
 DIU de cobre: deve ser inserido em até 5 dias do coito; está contraindicado em casos de estupro com alto risco 
de DST; quase não usa como método de emergência. 
o Mecanismo de ação: varia com o ciclo menstrual. 
Se tomar na 1ª fase: altera o desenvolvimento dos folículos, impedindo a ovulação ou retardando-a. 
Se tomar na 2ª fase: altera o transporte dos sptz de do óvulo nas trompas; modifica o muco cervical, deixando-o 
espesso; interferena capacitação dos sptz; aumenta eficácia, diminuindo o índice de Pearl. 
*Índice de Pearl de 2%. 
o Efeitos colaterais: efeitos de estrogênio e progesterona 
 Náuseas e vômitos; 
 Tonteiras; 
 Fadiga; 
 Cefaleia; 
 Mastalgia; 
 Diarreia; 
 Dor abdominal; 
 Irregularidade menstrual. 
Fazer teste de gravidez se ocorrer atraso menstrual mais de 1 semanas da data esperada ou até 4 semanas do uso da 
contracepção de emergência. 
o Contraindicações (Categoria 04): 
 Gravidez confirmada. 
 
 
Figura 13 Quadro comparativo: o DIU, implante, 
Mirena, por exemplo, não mudam a eficácia 
quando usa rotineiro ou não. Mas no caso da 
camisinha, diafragma, por exemplo, já muda isso 
Tenho trombose e uso anticoagulante. 
Posso usar pílula de emergência? Posso. 
(falou do nada mas é isto) 
8) Contracepção cirúrgica 
NENHUM MÉTODO É 100% EFICAZ, A NÃO SER A ABSTINÊNCIA. 
Pode haver recanalização após a cirurgia e a paciente engravidar. 
8.1) Esterilização feminina 
o Laqueadura: local ideal para laqueadura é a porção ístmica da 
trompa, mais ou menos na metade da mesma (Técnica de 
Pomeroy). 
 Técnicas: 
 Técnica de Pomeroy: liga a trompa na porção ístimica e 
corta. 
 Técnica de Pomeroy modificada ou Salpingectomia parcial ou Técnica do Parkland hospital: cauteriza 
após cortar. 
 Técnica de Madlener 
 Técnica de Irving 
 Técnica de Uchida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Minilaparotomia pós-parto vaginal não se faz. 
o Laparoscopia 
 Técnicas: 
 Coagulação elétrica bipolar: destrói a trompa por cauterização 
 Aplicação do anel de YOON 
 Aplicação do clipe de Hulka 
 
Figura 14 Técnica de Pomeroy 
Figura 15 Técnica de Madlener 
Figura 1614 Técnica de Irving 
Figura 17 Método de Uchida 
Figura 18 Coagulação elétrica bipolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2) Esterilização masculina 
o Vasectomia 
 
 
 
 
 
 
 
O que ela disse que vai cobrar: Como escolher o método? Método de ação? Qual melhor método para cada 
paciente? Contraindicações absolutas de anticoncepcional hormonal? 
Ex: pct com sangramento irregular. Escolhe método hormonal. Não pode colocar DIU. 
pct usando anti-convulsivante usar DIU. 
 
 
Figura 19 Clipe Hulka 
Figura 20 Vasectomia 
 Critérios de esterilização (IMPORTANTE) 
① Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos, ou pelo menos com 2 filhos vivos, 
desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. 
② Pode fazer laqueadura durante o parto se tiver risco de vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, 
testemunhado em relatório escrito e assinado por 2 médicos. 
 Condições para realização 
 Registro da manifestação da vontade em documento escrito e firmado. 
 Vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante o parto, aborto de 42 dias de pós-parto ou aborto, a 
não ser por sucessivas cesarianas (mais de 2- hiperatividade; pode levar ao rompimento uterino ou 
portadora de doença de base com risco de vida. É necessário relatório escrito e assinado por 2 médicos. 
 Somente pode fazer contracepção cirúrgica por laqueadura ou vasectomia. Vedada a histerectomia e 
anexectomia. 
 Consentimento expresso de ambos os cônjuges, devendo provar divórcio, ou levar 2 testemunhas de 
que ela vive sozinha. O homem pode fazer quando quiser. 
 Pessoas absolutamente incapazes (retardo mental, Sd de Down, libido aumentada), somente pode 
laquear mediante autorização judicial. 
 Pena ao descumprimento da lei: reclusão de 2-8 anos e multa (tanto privado quanto no SUS).

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