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Anticoncepção- métodos não hormonais e hormonais Data 18/02– Prof.: Juliana – Saúde da Mulher I Aula digitada por: Bianca Alves Métodos não hormonais Sabe-se que mesmo em países desenvolvidos, a taxa de gestações não planejadas/ mulheres que não querem engravidar e engravidam é em torno de 50%. A Lei 9263 de 12/01/1996 determina o planejamento familiar como “conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal”. Dessa forma, exercer a atividade sexual e planejar o número de filhos é um direito de todos. Eficácia: é aferida pelo número de gestações em 100 mullheres utilizando o método em 1 ano => Índice de Pearl. ou seja, avalia o número de falhas que tiveram com aquele método num grupo de 100 mulheres *Quanto menor for o índice de Pearl, maior é a eficácia do método. I. Pearl = método x 100 → nº gravidezes / 100 = (%) (estava exatamente dessa forma no slide) 1 ano Ex: DIU: 50 mulheres x 100/1 ano → 5000/100= 50% Métodos comportamentais Obs: o último protocolo de saúde da mulher (2016) retirou esse método pois tem baixa eficácia, mas cotinuam usando. Esses métodos são baseados na observação dos sinais e sintomas que caractericam as diversas fases do ciclo menstrual, com consequente abstinência sexual periódica. Sabe-se que o tempo de vida do espermatozóide/SPTZ é de 72h, enquanto que o tempo médio de vida do óvulo é de 48h. Isso determina o tempo para realização dos métodos, então conta-se sempre 3 dias antes e 3 dias depois, devido ao tempo de vida do sptz. 1) Tabelinha/ Ogino-Knaus Registrar a duração do ciclo menstrual. Orienta a paciente a registrar o primeiro dia do ciclo/dia que sangrou (borra de café, sangramento vivo). O ciclo vai até o último dia da menstruação. Algumas ciclam por 28 dias, outras 21, 32 dias. A paciente deve fazer isso por pelo menos 6 meses e fazer a conta ciclo mais longo – ciclo mais curto. Se essa diferença for >10 dias, não pode usar o método de tabelinha pois tem ciclos irregulares e a chance de engravidar é grande. 2) Temperatura corporal basal Quando ocorre a ovulação, há aumento da progesterona, que atua no centro termorregulador no hipotálamo. Com isso, há um aumento da temperatura corporal de 0,3-0,8°C. A ovulação ocorre, geralmente ocorre entre 11-16° dia do ciclo (maioria das mulheres é no 14°). Com esse método, o período de abstinência é toda a primeira fase do ciclo até a manhã do 4° dia com temperatura elevada. Com isso, tem pacientes que ficam por 20 dias sem ter relação sexual, não sendo um bom método. 3) Método do muco cervical ou Billings Toda mulher quando ovula (14° dia, geralmente) começa a apresentar o muco mais elástico, filante, comparável a clara do ovo. Isso acontece para facilitar o transporte do sptz e para maior lubrificação, devido ao aumento do muco. Figura 1 Exemplo de tabelinha Figura 2 Muco cervical Obs: sempre que indicar algum método contraceptivo, hormonal ou não hormonal, orientar sobre a forma de tomada, como colocar, etc. Erros nesse processo podem levar a babys. OBS: A maioria das mulheres que usa o método da tabelinha acaba usando também o método de Billings. Além disso, pode associar ainda também o método de temperatura corporal. 4) Método sintotérmico É a combinação do método de temperatura corporal e muco cervical. Quando a mulher ovula, ela costuma sentir dor pélvica e enxaqueca. 5) Coito interrompido o Vantagens: Baixo custo; Aceitável por grupos religiosos; Não possue efeitos iatrogênicos. o Desvantagens: Baixa eficácia do método; Não protefe contra IST/AIDS; Diminui a espontaneidade sexual; Podem levar a dinsfunções sexuais. Métodos de barreira São métodos contraceptivos que impedem a ascenssão do sptz, através de alguma barreira. Antes fazia associação do método mecânico (preservativo, diafragma, capus cervical etc) com o método químico (espermicida). Entretanto, hoje em dia não se usa mais o espermicida, segundo o Ministério da Saúde, uma vez que o espermicida pré-dispõe a ISTs. 1) Preservativo masculino o Vantagens: Previne contra ISTs, incluindo HIV e AIDS; Fácil acesso, encontrado facilmente em farmácias, supermercados, UBS, rodoviárias etc, muitos gratuitamente. o Desvantagens: Requer motivação do parceiro; Manipulação durante o ato sexual; Roturas do preservativo; Alergia ao látex (quem tem alergia deve usar o preservativo que não é de látex). 2) Preservativo feminino o Vantagens: Inserção fora do intercurso sexual; Menos reação alérgica; Maior resistência, tendo menor chance de perfurar. o Desvantagens: Proteção parcial para Herpes e HPV; Pouca estética; Alto custo; Ruídos durante o ato sexual. 3) Diafragma o Contra-indicações: Prolapso uterino (não consegue colocar o diafragma); Cistocele; Retocele; Pacientes com antecedente de síndrome do choque tóxico; Aumenta o risco de infecções genitourinárias, pois é reutilizável. Geralmente essa paciente não usa camisinha, tendo mais chance de ITU. Figura 3 Preservativo masculino Figura 4 Preservativo feminino – a parte fechada fica para dentro da vagina e a parte aberta para o lado de fora. Figura 5 Diafragma O preservativo feminino esteve por muito tempo em desuso, mas atualmente voltou a ser muito usado, principalmente com empoderamento feminino. Antigamente era utilizado com espermicida, mas hoje usa sem. Caiu em desuso mas está voltando agora naquelas pessoas veganas, pessoas com a ideia de não usar hormônio, etc. É feito de acordo com o tamanho do colo do útero da paciente. Examina a paciente antes pelo toque, mede e manda fazer. 4) Esponja Esponja poliuretano + espermicida. Pode ser utilizada por 24h. Custo é elevado e não está disponível no Brasil. 5) Capuz cervical Dispositivo de borracha ou látex que se adapta ao colo e se adere à ele por sucção, tendo maior eficácia. Pode ser utilizada por 24h. Mas não está disponível no Brasil. 6) Geleia espermicida Não é mais usada hoje em dia. Substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo do útero. Mais usado é o nonoxinol- 9 a 2%. Isoladamente, não conferem proteção adequada. o Contra-indicações: História recente de infecção genital; Existência de IST/AIDS. As informações acima são só cópia do slide, pq ela só disse que não usa mais. 7) Dispositivo Intrauterino/DIU Artefatos de polietileno medicados com cobre ou progesterona, ou não medicados. Ele estimula uma reação inflamatória importante no útero, pois atua como um corpo estranho, prejudicando a formação de um bom endométrio pra nidação (deixa o endométrio atrófico). Orientações gerais de uso: Melhor época para inserir é o período menstrual, pois tem certeza que a mulher não está grávida e o orifício do colo uterino está dilatado, tornando a inserção mais fácil e menos dolorosa; Exame ginecológico minucioso antes de colocá-lo, pois precisa ter certeza que essa paciente não tem nenhuma infecção ginecológica (o maior período de causa de DIP/ doença inflamatória pélvica é o de inserção do DIU; o exame minucioso diminui a chance de fazer uma DIP); DIU de cobre dura 10 anos (liberado pelo SUS); DIU de progesterona dura 5 anos (apenas particular- 900/1000,00); O DIU é considerado um contraceptivo de longa duração e fácil reversão (LARGS). Ele pode ser colocado imediatamente após o parto, nos primeiros 10 minutos após a saída da placenta ou a qualquer momento nas primeiras 48h, ou após 4 semanas após a descida da placenta. Além disso, pode ser colocado imediatamente após o abortamento, se não houver sinais de infecção; em casos de abortamento infectado, deve esperar 3 meses.As mulheres geralmente não voltam para fazer planejamento familiar, podendo realizar esse processo já dentro da maternidade e evitando uma gravidez indesejada. A) DIU de cobre Dispositivo de plástico, com filamento de cobre enrolado em sua haste vertical, monofilamentado. Esse método tem 0,6-1,4% de falhas. Seu índice de falhas é maior que o de progesterona pelo fato de este não ter progesterona, o que leva a mulher a ovular. O mais comum é o TCU 380ª, que dura 10 anos, liberado pelo Ministéro da Saúde. Figura 6 Capuz cervical Figura 7 Espermicida o Ação Atuação na consistência do muco cervical, tornando-o mais espesso e dificultando a mobilidade do sptz; Espermicida e irritativo ao sptz; Causa uma reação inflamatória exuberante, com produção de prostaglandinas, tornando o endométrio atrófico e impróprio para a nidação; Atua na mobilidade das trompas, diminuindo a sua mobilidade. o Vantagens: Longa duração; Eficaz, mesmo com índice de Pearl maior que o do DIU de mirena; Não interfere nas relações sexuais; Não diminui o libido (anticoncepcional hormonal diminui libido!); Imediatamente reversível; Pode ser inserido imediatamente após o parto; Pode ser usado até a menopausa (Juliana disse que gosta de usar em pacientes no climatério que começam a fazer hipertensão, diabetes descompensado e ela quer tirar o hormônio... Ela coloca o DIU até menopausar fisiologicamente, e tira o estrogênio dela); Pode prevenir gravidez ectópica, mas, uma vez que o método não foi eficaz, tem maior chance de fazer gestação ectópica. Isso acontece por causa da diminuição da mobilidade da trompa. o Desvantagens: Sangramento intermenstrual e dismenoréia (paciente que tem dor durante a menstruação, cólica e sangramento irregular) B) DIU Mirena - hormonal com levonorgestrel É um dispositivo hormonal, que libera 20mcg de levonorgestrel diariamente. Esse dispositivo tem falhas de 0,1%, pois é medicado com progesterona e algumas apcientes entram em anovulação. Sua duração é de 5 anos. Juliana disse que não gosta de colocar esse tipo de DIU sem anestesia, pq ele é maior, tem o aplicador mais espesso. o Ação (mesmas do DIU de cobre) Espessamento do muco cervical; Anovulação em 25% das mulheres; Atrofia endometrial; Inibição da passagem do sptz através da cavidade uterina. Os efeitos colaterais da progesterona são os mesmos do ciclo menstrual, da TPM, no pico de progesterona. o Desvantagens: Sangramento irregular; Amenorreia (ausência de menstruação quando devia ocorrer); Efeitos colaterais da progesterona: cefaleia, náuseas, depressão, ganho de peso, acne, astalgia. Segundo o Tratado da Febrasgo/2018, não é necessário USG transvagial de rotina para avaliar a posição do DIU (pré e pós inserção do DIU. No ambulatório acaba fazendo, mas pra prova pensa no tratado e no ministério da saúde). A Juliana gosta de pedir antes, no ambulatório, pq paciente que tem má formação uterina, útero septado, útero didelfo/duplo não devem colocar DIU. Se tem uma paciente que nunca fez o USG transvaginal, como vai saber se é septado ou não??? Por isso ela gosta de pedir. Paciente > 25 anos tem que ter preventivo; Pacientenão amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH no meio do ciclo, que é fundamental para a ovulação, além de ocorrer alterações no transporte ovular pelas trompas. Pensar nos efeitos colaterais de cada um. Contraceptivos contendo apenas progestogênicos 40% das mulheres que usam esse anticoncepcional ciclam, fazem ovulação e menstruam. Os outros 60% não ovulam. Existem 3 tipos de pílula hormonal de progesterona: minipílula- liberada pelo SUS para quem está fazendo amamentação exclusiva; desogestrel (0,75 mg; Cerazette)- mais efetiva para inibir a ovulação; medroxiprogesterona- injetável trimestral dispnível no SUS. A pílula a ser usada vai depender da paciente. Se a paciente tem condições de compar, usa a desogestrel. Se ela não pode comprar, faz minipílula e depois troca para a medroxiprogesterona. o Ação Atrofia o endométrio; Deixa o muco cervical mais espesso; Altera a motilidade tubária. o Indicações: Não pode usar estrogênio por algum motivo; Está amamentando; Fumante. 1) Anticoncepcional oral A) Contraceptivos combinados sintéticos Monofásicos: mesma dose hormonal durante o ciclo, durante todo mês. Bifásicos e trifásicos: têm variações na quantidade hormonal, tentando mimetizar o ciclo, aumentando a dose de progesterona no final do ciclo. Escolhido pra quem faz spot ao final da cartela. O estrógenio mais usado é o etinilestradiol. Os progestágenos variam na androgenicidade- anti-androgênico, anti- mineralocorticóide e androgênico. Ex: paciente diz que está cheia de acne, pelos no rosto... Tem que dar um com efeito anti-androgênico (drospirenona, gestinol) Derivados da 19-nortestosterona: efeito androgênico. Derivados da espironolactona e 17-hidroxiprogesterona: efeito antiandrogênico (exceto acetato de medroxiprogesterona, que tem efeito androgênico) e anti-mineralocorticóide (gestodeno- gestinol e drospirenona- yaz, yasmin). o Classificação Alta dosagem: >50 mcg de etinilestradiol (está em desuso); Média dosagem: 50 mcg de etinilestradiol; Baixa dosagem: 30-35 mcg de etinilestradiol, sem muito efeito colateral, menos spot; Muito baixa dosagem: 15-20 mcg de etinilestradiol; não pode utilizar para adolescente, pois atua na desnsidade óssea (pode levar a osteoporose em quem usa há muito tempo). A juliana não usa muito de 15 mcg pq a pct faz muito escape/ spot... o Modo de uso: sempre orientar isso... o índice de pearl quanto ao anticoncepcional varia quando é usado rotineiramente e adequadamente... Deve iniciar no 1° dia do ciclo/ 1° dia que sangrou, a primeira cartela. Tomar 21 dias, dar uma pausa de 7 dias e reiniciar no 8° dia a nova cartela, se for 21 comprimidos. Mas existem também pílulas de 22, 24 e 28 dias. Se tiver 24 comprimidos, usa 24 dias, para 4 dias e no 5° dia reinicia. Se tem 28 comprimidos, toma ininterruptamente, entrando em amenorréia. o Contra-indicações do ACO combinado (categorias 3 e 4 da OMS) Paciente com trombose (não pode estrogênio); Amamentando (não pode estrogênio, pois pode levar a sangramento precoce na menina ou ginecomastia no menino); Tabagismo; Portador de Doença cardiovascular; Hipertensão moderada a grave; História de TVP e TEP; Diabetes descontrolado, com doença renal; Pct que vai fazer cirurgia com imobilização prolongada (se toma anticoncepcional, deve suspender); AVC; Hiperlipidemias; Enxaqueca com ou sem aura (não pode estrogênio); Câncer de mama atual; Cirrose; Hepatite aguda; Tumor hepático benigno; Tumor hepático maligno; Uso de rifampicina ou anticonvulsivantes. o Interações medicamentosas Rifampicina; Tetraciclina; Amoxicilina; Ampicilina; Doxicilina; Eritromicina; Anti-retrovirais; Anti-convulsivantes: fenobarbital, carbamazepina, fenitoína Com mais de 14 dias de uso destes, informar a paciente que ela deve usar camisinha pois a eficácia do anticoncepcional diminui. No caso da rifampicina e de anticonvulsivantes, não usar o anticoncepcional hormonal oral. É bom usar outro método, como o DIU. o Efeitos benéficos dos ACO: Regularizam os ciclos mentruais; Alívio da TPM; Diminuição do fluxo e da dismenorréira; Melhora hirsutismo; Acne leve; Diminuem o risco para DIP (devido ao espessamento do endométrio), gestação ectópica e doença trofoblástica gestacional; Diminui o risco de câncer de ovário e endométrio, pois a carga de hormônio é baixa, basal, não tendo pico de estrogênio; Aumentam a densidade óssea (Atenção em adolescente, pelo risco de osteoporose); Parece melhorar a artrite reumatóide e diminuir o risco de miomatose uterina; Prevenção da endometriose, sendo considerado medicação de escolha para endometriose, pois bloqueia crescimento endometrial fora da cavidade uterina. o Efeitos colaterais Estrógenos: cefaleia, tonteira, vômito, náusea, edema, irritabilidade e cloasma (manchas na pele). Progestógenos: depressão; cansaço; alterações da libido; amenorréia; acne; ganho de peso; possível aumento de câncer de colo de útero, pois quem usa anticoncepcional geralmente não usa camisinha e aumenta chance de HPV, e câncer de mama, pois há estímulo de estrogênio na mama. Em caso de spotting/ escape (sangramento intermenstrual ou no final do ciclo): 1- Se for uma paciente que usa anticoncepcional hormonal há muito tempo, é porque o endométrio está atrófico e sangrando, devendo associar estrogênio por 3-5 dias no momento do sangramento (Premarin); 2- Se for uma paciente que acabou de começar a usar o anticoncepcional e está fazendo escape, pode esperar mais de 3 meses pois ela vai se adaptar e o endométrio vai estabilizar; 3- Se for uma paciente que esperou esse tempo e não houve melhora, continua sangrando, provavelmente vai fazer progesterona de segunda fase, ou vai prescrever um bifásico ou trifásico para ela. B) Contraceptivos combinados hormônio natural o Composição/ exemplo: Stezza ou Qlaira composto de acetato de nomegestrol + estradiol o Ótima medicação para paciente que não quer menstruar, que quer entrar em amenorréia. Lembrar que algumas pacientes gostam de menstruar pra saber que não está grávida! o Ação: ação antiandrogênica o Contraindicação: igual a dos outros ACO de estrogênio e progesterona. É um anticoncepcional novo, está há 10-12 anos no mercado. Então a Juliana não gosta muito de prescrever pra paciente jovem, pois não sabe o efeito dele a longo prazo, mas na bula diz que pode pra qualquer faixa etária. Mas ela gosta de prescrever em pct em climatério, > 30 anos, menopausada... Chip da beleza É conhecido assim por trazer beleza a vida da mulher, pois tem testosterona, que “seca” a mulher, definindo musculaturas; produz agentes antioxidantes, levando ao rejuvenescimento. A grande questão do chip da beleza tem relação com os efeitos colaterais da testosterona: queda de cabelo; hepatocarcinoma; hipertrofia de clitóris; voz anasalada/grave. Esses efeitos são irreversíveis. Essas inormações estavam no slide dela sobre a composição desse chip e ações. Achei importante citar, mas ela não falou, quem não quiser ler, só pular: - Estradiol: ajuda na lubrificação vaginal e no muco para a ovulação; mantém a pele elástica e viscosa. É considerado bioidêntico ao hormôio produzido pelo próprio corpo; - Gestrinona: além de ser usado como medicação para doenças femiinas, caso da endometriose e miomatose, esse tipo de hormônio é indicado nos tratamentos de TPM, adenomiose, hipertrofia uterina, baixa do libido, perda de massa muscular e de massa óssea. Entre os efeitos colaterais, estão androginina em mulheres jovens, seborreia, queda de cabelo, acne e rouquidão. - Nestorene: inibe a ovulação por seis meses, assim como a menstruação e a TPM - Nomegestro: é usado na reposição hormonale também como anticoncepcional - Testosterona: pertence a parte de medicamentos conhecidos como andrógenos e deve ser usado em indivíduos com baixa produção natural. É o único dos cinco impantes que pode ser aplicado também em homens. 2) Contraceptivos injetáveis 2.1) Trimestrais o Composição: depomedroxiprogesterona- 150 mg; é o que tem disponível no SUS, para pacientes amamentando, mas não deve ser usado em paciente jovem pois tem maior chance de fazer osteoporose e o retorno da fertilidade é pior. Além da paciente amamentando e não pode comprar o desogestrel, é usado também em paciente com atraso mental que o médico quer que entre em amenorreia e quem não tem outra opção. Fora isso, não usa, pelos efeitos colaterais. o Ação: Atua inibindo os picos de estradiol e LH; Inibe a ovulação; Provoca espessamento do muco cervical; Atrofia o endométrio. Questões importantes sobre anticoncepcional hormonal oral/ ACO: Mulheres que estão amamentando: pílula progestágeno (minipílula). Se esquecer de tomar uma pílula, deve tomar a pílula esquecida tomar a pílula seguinte no horário regular. Se esquecer de tomar 2 ou mais pílulas, usar camisinha, tomar a pílula imediatamente. Contar o restante das pílulas: se restar menos que 7 pílulas, deve tomar o restante como de costume e iniciar uma nova cartela no dia seguinte após a última pílula da cartela. A mulher não deve fazer pausa no uso do ACO depois de certo tempo. o Efeitos colaterais: Atraso no retorno da fertilidade; Depressão; Ganho de peso; Alteração da libido e do humor; Acne; Queda de cabelo; Mostalgia; Osteoporose; Sangramento irregular. o Contraindicações: Amamentação com menos de 6 semanas do parto; Tumor hepático maligno; Tumor hepático benigno; Vários fatores de risco para doença cardiovascular; História atual de TVP e TEP; Doença cardíaca isquêmica atual ou passada; AVC atual ou história de AVC; Enxaqueca com aura; Sangramento vaginal inexplicado; Câncer de mama atual; Passado de câncer de mama sem evidência por 5 anos; Cirrose descompensada; Uso de rifampicina; Uso de anticonvulsivantes. 2.2) Mensais o Composição: são combinados- estrogênio + proesterona (Perlutan, Mesigyna; Ciclofemina) Disponível no SUS. Usado em pacientes que não lembram de tomar o anticoncepcional oral. Porém, o problema do injetável é que se tiver algum efeito colateral, a dose já foi aplicada e precisa esperar o tempo de ação. o Contraindicações: Mutações trombogênicas; Amamentação com menos de 6 semanas do parto; Amametação entre 6 semanas e 6 meses; Pós parto sem amamentação com menos de 21 dias; Fumo >35 anos, de 15 ou mais cigarros/dia; Vários fatores de risco para doença cardiovascular; Antecedente de hipertensão, quando a PA não pode ser avaliada; Hipertensão controlada em que a PA pode ser avaliada; PAS entre 140 e 159 e PAD entre 90 e 99; PAS >160 e PAD > 100; Hipertensão com doença vascular; História de TVP ou TEP; História atual de TVP e TEP; Cirurgia com imobilização prolongada; Doença cardíaca isquemica atual ou passada; AVC atual ou passado; hiperlipidemias; Doença valvar com complicações; Enxaqueca sem aura 35 anos; enxqueca com aura; Câncer de mama atual; Passado de câncer de mama sem evidência por 5 anos; Diabetes com nefro, retino e neuropatias; Diabetes por mais de 20 anos ou outra doença vascular; Cirrose descompensada; Doença de vesícula biliar atual e tratada clinicamente; Antecedente de colestase com uso de ACO; Hepatite aguda; Tumor hepático benigno e tumor hepático maligno. 3) Implante Implante de 1 bastão (Implanon) de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro, composto só de progesterona. Tem ação por 3 anos. 60 mg etonorgestrel- diarimente 60 mg Figura 10 Implante e local de aplicação Aplicado no sulco entre o bíceps e o tríceps na face medial do braço. Deve fazer uma anestesia local para aplicação. Fica localizado na subderme. o Vantagens: Amenorreia; Diminuição da dismenorreia; Melhora da TPM. o Desvantagens: Profissional habilitado para colocação; Antigamente, quem tinha mais de 70 kg não podia usar, mas hoje todos podem. o Retirada de implantes: é uma desvantagem, pois precisa fazer um cortezinho para retirá-lo. 4) Adesivos trandérmicos o Composição: hormonal combinado; etinilestradiol (20 mcg/dia) e norelgestromin (150 mcg/dia). São uma excelente escolha para o paciente que fez bariátrica, pois não tem passagem gastrointestinal. Pacientes que tem contraindicação absoluta ao uso de estrogênio não deve utilizá-lo. Utilizado por 3 semanas, com pausa na 4ª semana. o Vantagens: Não sofrem efeito da primeira passagem hepática; Não acarreta picos hormonais; Absorção não é afetada por distúrbios gastrointestinais; Não há necessidade de se lembrar todos os dias; Baixo poder androgênico. o Desvantagens: Diminuição da efetividade em mulheres com mais de 90 kg, devido ao tecido adiposo que impede a absorção adequada; Queda total ou parcial do adesivo, principalmente por ser um país quente; Reações locais. *Índice de Pearl de 0,3-0,88%, pois independe da tomada da pct. 5) Anel vaginal O anel é leve, flexível, transparente com diâmetro externo de 54 mm. Tem como nome comercial Nuvaring. o Composição: hormonal combinado 2,7 mg de etinilestradiol / 11,7 mg de etonorgestrel libera 15 mcg etinilestradiol/dia e 120 mcg de etonogestrel. O anel é posicionado na vagina, no fundo do saco posterior, pela própria mulher e deixado no local por 3 semanas, quando deve ser retirado e descartado. Deve fazer pausa de 1 semana. Também pode usar em paciente bariátrico. *Índice de Pearl de 0,3 por 100 mulheres/ano. o Vantagens: Menor esquecimento, pois troca a cada 3 semanas; Liberação hormonal constante; Rapidamente reversível (LARG); Sem efeito de 1ª passagem hepática. Figura 11 Adesivo transdérmicos Figura 12 Anel vaginal o Desvantagens: Desconforto vaginal; Cefaleia; Distúrbios menstruais, pois tem muito baixa dosagem (15 mcg), podendo fazer escape; Leucorreia, por ser um corpo estranho. 6) Método lactação amenorreia Proteção natural contra a gravidez. Baseia-se na inibição da ovulação, porque a amamentação altera as taxas de secreção dos hormônios naturais. A paciente que faz amamentação exclusiva, produz mais prolactina e para de menstruar. Possui 3 indicações: 1- aleitamento exclusivo; 2- amenorréia; 3- menos de 6 meses após o parto. 7) Contracepções de emergência Não pode ser utilizado rotineiramente!! É emergência!! o Indicações: estupro, ruptura da camisinha, delocamento de DIU e coito episódico não protegido (se for rotineiramente, ai não pode). o Tipos de contracepção de emergência: Levonorgestrel: pílula do dia seguinte; em dose única de 1,5 mg, que deve ser tomado em até 5 dias da relação, porém preferencialmente em até 72h (Postinor-2, Pozato, Norlevo). Método de Yuzpe: dose total de 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, divididos em 2 doses iguais (4 comprimidos de manhã e 4 a noite), a cada 12h. DIU de cobre: deve ser inserido em até 5 dias do coito; está contraindicado em casos de estupro com alto risco de DST; quase não usa como método de emergência. o Mecanismo de ação: varia com o ciclo menstrual. Se tomar na 1ª fase: altera o desenvolvimento dos folículos, impedindo a ovulação ou retardando-a. Se tomar na 2ª fase: altera o transporte dos sptz de do óvulo nas trompas; modifica o muco cervical, deixando-o espesso; interferena capacitação dos sptz; aumenta eficácia, diminuindo o índice de Pearl. *Índice de Pearl de 2%. o Efeitos colaterais: efeitos de estrogênio e progesterona Náuseas e vômitos; Tonteiras; Fadiga; Cefaleia; Mastalgia; Diarreia; Dor abdominal; Irregularidade menstrual. Fazer teste de gravidez se ocorrer atraso menstrual mais de 1 semanas da data esperada ou até 4 semanas do uso da contracepção de emergência. o Contraindicações (Categoria 04): Gravidez confirmada. Figura 13 Quadro comparativo: o DIU, implante, Mirena, por exemplo, não mudam a eficácia quando usa rotineiro ou não. Mas no caso da camisinha, diafragma, por exemplo, já muda isso Tenho trombose e uso anticoagulante. Posso usar pílula de emergência? Posso. (falou do nada mas é isto) 8) Contracepção cirúrgica NENHUM MÉTODO É 100% EFICAZ, A NÃO SER A ABSTINÊNCIA. Pode haver recanalização após a cirurgia e a paciente engravidar. 8.1) Esterilização feminina o Laqueadura: local ideal para laqueadura é a porção ístmica da trompa, mais ou menos na metade da mesma (Técnica de Pomeroy). Técnicas: Técnica de Pomeroy: liga a trompa na porção ístimica e corta. Técnica de Pomeroy modificada ou Salpingectomia parcial ou Técnica do Parkland hospital: cauteriza após cortar. Técnica de Madlener Técnica de Irving Técnica de Uchida o Minilaparotomia pós-parto vaginal não se faz. o Laparoscopia Técnicas: Coagulação elétrica bipolar: destrói a trompa por cauterização Aplicação do anel de YOON Aplicação do clipe de Hulka Figura 14 Técnica de Pomeroy Figura 15 Técnica de Madlener Figura 1614 Técnica de Irving Figura 17 Método de Uchida Figura 18 Coagulação elétrica bipolar 8.2) Esterilização masculina o Vasectomia O que ela disse que vai cobrar: Como escolher o método? Método de ação? Qual melhor método para cada paciente? Contraindicações absolutas de anticoncepcional hormonal? Ex: pct com sangramento irregular. Escolhe método hormonal. Não pode colocar DIU. pct usando anti-convulsivante usar DIU. Figura 19 Clipe Hulka Figura 20 Vasectomia Critérios de esterilização (IMPORTANTE) ① Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos, ou pelo menos com 2 filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. ② Pode fazer laqueadura durante o parto se tiver risco de vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por 2 médicos. Condições para realização Registro da manifestação da vontade em documento escrito e firmado. Vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante o parto, aborto de 42 dias de pós-parto ou aborto, a não ser por sucessivas cesarianas (mais de 2- hiperatividade; pode levar ao rompimento uterino ou portadora de doença de base com risco de vida. É necessário relatório escrito e assinado por 2 médicos. Somente pode fazer contracepção cirúrgica por laqueadura ou vasectomia. Vedada a histerectomia e anexectomia. Consentimento expresso de ambos os cônjuges, devendo provar divórcio, ou levar 2 testemunhas de que ela vive sozinha. O homem pode fazer quando quiser. Pessoas absolutamente incapazes (retardo mental, Sd de Down, libido aumentada), somente pode laquear mediante autorização judicial. Pena ao descumprimento da lei: reclusão de 2-8 anos e multa (tanto privado quanto no SUS).