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CADERNO DE ESTUDOS 
GERENCIAMENTO DE CRISES 
ORIENTAÇÕES PARA 
CONSTRUÇÃO DOS 
CADERNOS DE ESTUDOS 
2 
 
Apresentação 
O presente caderno de estudo foi elaborado pela coordenação da disciplina 
com base na Matriz Curricular Nacional para Ações Formativas dos Profissionais de 
Segurança Pública/SENASP. 
O objetivo do presente caderno é nortear tanto o corpo docente quanto o 
corpo discente no processo de ensino-aprendizagem dos assuntos relacionados à 
Gerenciamento de Crises e Técnicas de Negociação. 
A importância da disciplina se justifica pela necessidade de proporcionar ao 
aluno os conhecimentos teóricos e práticos que deverão ser adotados como 
medidas iniciais pela primeira guarnição policial que se deparar com um evento 
crítico. Sendo assim, é importante que o aluno desenvolva as competências 
necessárias para desempenhar suas atribuições com propriedade e segurança 
durante o atendimento desse tipo de ocorrências, de modo que sejam dirimidas ao 
máximo as possíveis dificuldades relacionadas às medidas iniciais. 
Espera-se que, ao final da disciplina, os alunos estejam aptos a utilizarem 
conhecimentos que irão auxiliá-los na primeira resposta em ocorrências de eventos 
críticos que, mesmo complexas, possam ser administradas pelos policiais, 
independentemente de posto, graduação ou função, até a chegada da tropa 
especializada. Portanto, o policial dotado de tais conhecimentos, oferecendo uma 
primeira resposta de qualidade, facilitará a atuação do grupo responsável pela 
gerência da crise. 
 
Objetivo Geral 
Dominar as técnicas para o comando, coordenação e controle do 
Policiamento Ostensivo Geral, dentro da esfera de competências dos Cabos e 
Soldados, bem como, os aspectos jurídicos e operacionais das técnicas de 
Radiopatrulhamento, abordagens policiais e buscas pessoais, a fim de que seja 
executar os processos do Policiamento Ostensivo Geral. 
 
 
 
3 
 
Ementa 
Unidade 1 – Histórico e conceitos básicos da Doutrina de 
Gerenciamento de Crises. 
1.1. Tipo de crises policiais; 1.2. Características e Grau de riscos dos 
eventos críticos; 1.3. Objetivos do gerenciamento de crise; 1.4. Alternativas táticas; 
1.5. Critérios de ação; 1.6. Tipologia do causador da crise; 1.7. Síndromes. 
 
Unidade 2 – Elementos Essenciais do Gerenciamento de Crises. 
2.1. Componentes do Teatro de Operações; 2.2. Personagens do Teatro de 
Operações. 
Unidade 3 – Sequência das ações no teatro de operações. 
 
Unidade 4 – POPs Ativos. 
4.1. Ações do primeiro interventor em local de evento crítico; 4.2. Atuação 
dos envolvidos no teatro de operações; 4.3. Ato de rendição do Causador do Evento 
Crítico; 4.4. Causador armado com o objetivo de cometer o suicídio. 
 
4 
 
Capítulo 1 
 
1. Histórico e conceitos básicos da Doutrina de Gerenciamento de Crises. 
 
A Doutrina de Gerenciamento de Crises teve sua origem na década de 60 
nos Estados Unidos da América. Porém, foi na década de 70 que tal doutrina se 
espalhou pelo mundo, devido a ocorrência policial de alta complexidade que ocorreu 
nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 e a edição da Convenção Internacional 
Contra a Tomada de Reféns. 
Nessa ocorrência, terroristas de origem árabe, membros de um grupo 
denominado Setembro Negro, mataram dois e sequestraram nove integrantes da 
equipe olímpica israelense. Em seguida, tentaram empreender fuga pelo aeroporto 
da base militar de Furstendelbruck. A polícia da Alemanha Ocidental iniciou uma 
operação de resgate dos reféns e, após o combate, chamado de Massacre de 
Munique, todos os reféns morreram. Do episódio, nasceu uma unidade antiterror 
chamada de GSG-9, que inspirou a criação de tropas especiais semelhantes em 
todas as polícias do mundo. 
A Organização das Nações Unidas sensibilizada com a situação editou, na 
década de 70, a Convenção Internacional Contra a Tomada de Reféns, 
considerando que a tomada de reféns constitui crime que preocupa gravemente a 
comunidade internacional e que urge desenvolver uma cooperação internacional 
entre os Estados, com vistas à elaboração e a adoção de medidas eficazes para a 
prevenção, a repressão e a punição de quaisquer atos de tomada de reféns, 
enquanto manifestações de terrorismo internacional. (ONU, 1979). 
No Brasil, a Doutrina de Gerenciamento de Crises foi introduzida, em 
meados da década de 1990, por meio de duas publicações: Monteiro (1994) e 
Souza (1995). Ambos citam a definição de crise adotada pela Academia Nacional da 
Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos da América (EUA), qual 
seja: “Um evento ou situação crucial que exige uma resposta especial da Polícia, a 
fim de assegurar uma solução aceitável. (FBI, 1990). 
Crucial - significa algo “crítico”, “decisivo”, “grave”, “muito importante”. Essa 
expressão, portanto, significa que numa crise há pessoas na iminência de serem 
mortas ou feridas gravemente devido o risco real e presente no evento crucial. 
Resposta especial - para o atendimento eficaz de uma crise, é necessário a 
5 
 
atuação de policiais devidamente treinados e especializados para tal missão, como 
equipe de negociação, atirador de precisão, equipe de invasão tática. Esses 
aspectos não podem se negligenciados, pois a resolução de uma crise exige uma 
resposta especial e que, portanto, compete às unidades do Comando de Missões 
Especiais (CME), que são destinadas a atuarem em casos de graves perturbações 
da ordem, em ocorrências que extrapolem a capacidade do policiamento ordinário e 
exijam o emprego de técnicas especiais. 
Polícia - cabe exclusivamente à polícia a missão de resolução de uma 
evento crítico, pois a ela compete o policiamento preventivo e repressivo, a 
preservação da ordem pública e a aplicação da lei, conforme previsão constitucional. 
Sendo assim, pessoas famosas ou autoridades que não são policiais, não podem 
envolver-se diretamente na resolução de uma crise, sob pena de prejudicarem todo 
o processo de gerenciamento e aumentarem o risco de morte ou lesão grave para 
todos os envolvidos. 
Solução aceitável - em toda crise busca-se uma solução que atenda os 
preceitos legais, morais e éticos, ao se preservar vidas, aplica a lei e restabelecer a 
ordem. 
Segundo a Academia Nacional do FBI (1990) o “Gerenciamento de Crises é 
o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, 
prevenção e resolução de uma crise”. O gerenciamento de crises policiais, por suas 
características, sempre são situações decisivas, onde o gerente da crise deve estar 
preparado para gerir adequadamente os recursos humanos e materiais envolvidos 
na missão. 
Porém, é preciso mencionar que atualmente a Doutrina de Primeira 
Intervenção em Crises vem sendo amplamente difuldida e empregada, pois a 
maioria dos sucessos no gerenciamento de crises ocorre em razão de respostas 
imediatas eficientes. 
Primeira intervenção em crise é o processo eficaz de adoção das medidas 
iniciais em crises pela primeira guarnição que se depara com a ocorrência ou chega 
no local, devendo executar as seguintes providências: conter, isolar, informar, 
estabelecer o primeiro contato com o CEC, estabilizar, coletar informações etc. 
(SILVA, 2016). 
Observe que a Primeira Intervenção aborda de forma detalhada as 
providências iniciais a serem adotadas. Por outro lado, o Gerenciamento busca uma 
6 
 
visão completa e profunda de todos os recursos humanos e materiais que fazem 
parte do teatro de operações. 
 
1.1. Tipos de crises policial. 
Todo policial militar deve conhecer e acreditar nos preceitos básicos de 
ambas as doutrinas para aplicá-los técnicamente em ocorrências definidas como 
crises policiais: 
 Roubo ou outro crime frustrado com a tomada de reféns; 
 Extorsão mediante sequestro; 
 Rebelião em estabelecimentos prisionais; 
 Criminoso sozinho e barricado contra a ação policial; 
 Pessoa mentalmente perturbada com tomada de vítimas ou reféns; 
 MovimentoNegociação. Deve ser um 
local seguro e de espaço limitado e isolado, podendo ser no Perímetro 
Mediato; 
21 FONTES DE INFORMAÇÃO: pessoas que podem servir como fontes de 
informação ou ferramentas de negociação ao Gerente do Evento Crítico e à 
Equipe de Negociadores. Exemplo: parentes, familiares e amigos. Essas 
pessoas devem ficar em local separado, seguro e próximo ao Posto de 
Comando, onde facilmente o Gerente pode ter acesso; 
22 LOCAL DA IMPRENSA: local destinado aos profissionais de imprensa. Deve 
ser um local seguro e de espaço limitado, podendo ser no Perímetro Mediato; 
23 Os procedimentos descritos no POP servirão de base para atuação dos 
policiais militares, ressalvados os casos excepcionais, que serão analisados 
conforme o caso concreto, sendo adaptado de acordo com as circunstâncias 
que o caso exigir.social com tomada de reféns ou vítimas; 
 Tentativa de suicídio; 
 Ocorrência que envolva artefato explosivo; 
 Ações terroristas. 
 
1.2. Características e Graus de riscos dos eventos críticos. 
Monteiro (1994), ao analisar o gerenciamento dos eventos críticos, com 
base na doutrina da Academia Nacional do FBI, que estuda basicamente as 
ocorrências com reféns, enumera três características principais desta modalidade de 
ocorrência: 
Imprevisibilidade: porque a crise é não-seletiva e inesperada, podendo 
ocorrer a qualquer tempo, lugar e com qualquer pessoa. Sabemos que ela vai 
acontecer, mas não podemos prever quando. Portanto, devemos estar preparados 
para enfrentá-la. 
Compressão de tempo: esse tipo de anormalidade exige providências 
urgentes. Pois, embora as crises possam durar várias horas ou dias, os processos 
decisórios no ambiente operacional impõem às autoridades policiais responsáveis 
pelo seu gerenciamento: urgência, agilidade e rapidez nas decisões. 
Ameaça de vida: Toda crise policial apresenta, ao menos, uma vida sendo 
ameaçada, mesmo quando a vida em risco é do próprio causador da crise; 
Necessidade de posturas diferenciadas: porque a crise exige uma 
resposta organizacional não rotineira, a qual demanda o gerenciamento de recursos 
7 
 
humanos e materiais de diversos órgãos responsáveis pelo controle de trânsito, 
atendimento pré-hospitalar e policiais, sobretudo, do Comando de Missões Especiais 
(equipe de negociação, equipe de invasão tática, atirador de precisão etc). 
Deflagrada a crise, a primeira guarnição que se deparar com a ocorrência 
deverá identificar o tipo de crise e preliminarmente avaliar o grau de risco do evento 
crítico, de acordo com o quadro abaixo: 
CLASSIFICAÇÃO TIPOS EXEMPLOS 
1° GRAU MÉDIO RISCO Ação criminosa com arma de fogo de porte, sem reféns. 
2° GRAU ALTO RISCO Ação criminosa com arma de fogo de porte, com reféns. 
3° GRAU ALTÍSSIMO RISCO 
Ação criminosa com arma de fogo (de porte, portáteis ou de uso 
coletivo) e utilização de explosivos, com ou sem reféns. 
4° GRAU RISCO EXTRAORDINÁRIO 
Ação de atirador ativo. Indivíduo ativamente envolvido 
em matar pessoas em área confinada e povoada, não 
havendo método padrão para escolha da vítima. 
Podendo ser com arma de fogo ou não, com ou sem 
explosivos. 
5º GRAU TERRORISMO 
Ação terrorista (motivações étnicas, religiosas, etc.) com 
arma de fogo, com ou sem reféns. 
6º GRAU TERRORISMO QBRN 
Ação terrorista (motivações étnicas, religiosas, etc.) que 
envolva agentes explosivos, químicos, biológicos, 
radiológicos e/ou nucleares. 
 
Tendo estes exemplos como base, será possível classificar as situações de 
crise com mais segurança, possibilitando desde o início o acionamento dos órgãos, 
autoridades e forças policiais necessárias à situação. Porém, o grau de risco de uma 
crise pode ser mudado no seu decorrer com a chegada do gerente da crise, pois a 
primeira guarnição policial que chega ao local faz uma avaliação precoce da 
situação com bases em informações precárias e de difícil confirmação. 
 
1.3. Objetivos do gerenciamento de crise. 
O gerenciamento de crises possui três pilares que balisam os procedimentos 
a serem adotados pelos profissionais de segurança pública num evento crítico: 
 Salvar vidas; 
 Aplicar a Lei; 
 Restabelecer a ordem pública. 
8 
 
Esses objetivos seguem uma hierarquia rigorosa quanto ao seu grau de 
importância e prioridade. Isto quer dizer que na resolução de um evento crítico deve-
se buscar primeiramente a preservação de vidas em detrimento da própria aplicação 
da lei e restabelecimento da ordem pública. 
A aplicação da lei pode esperar por alguns meses até que sejam presos os 
desencadeadores da crise, enquanto que as perdas de vidas são irreversíveis. 
Portanto, a preservação de vidas deve observar a seguinte hierarquia: 
1. Policiais; 
2. Reféns ou Vítimas; 
3. Público em geral; 
4. Criminosos. 
 
1.4. Alternativas táticas. 
Negociação: essa é a alternativa tática prioritária, pois oferece menor risco 
a todos os envolvidos, tem grande aceitabilidade e resolve, atualmente, cerca de 
90% das crises. Essa alternativa é paralelamente usada com as demais alternativas 
táticas. A tarefa de negociação, dada a sua prioridade, não pode ser confiada a 
qualquer um. Dela ficará encarregado um policial com treinamento específico, 
denominado de negociador. 
Monteiro (1994), e De Souza (1995), afirmam que grande parte das 
organizações policiais do Brasil não são dotadas de uma equipe de negociadores 
constantemente treinada para essa missão. Na falta de alguém capacitado para 
negociar, é comum que aceitem qualquer um que voluntariamente se apresente para 
ser negociador. 
Técnicas e tecnologias de baixa letalidade: consiste no emprego de 
armas, munições e equipamentos de baixa letalidade empregadas contra o CEC 
com o objetivo de inibir ou neutralizar, temporariamente, a agressividade do 
indivíduo por meio de debilitação ou incapacitação. Ressalta-se que o principal 
objetivo dessas técnicas não é eliminar, mais sim reduzir o desconforto, a dor ou 
mesmo a possibilidade de lesão ocasionada pelas munições de impacto controlado, 
armas de condutividade elétrica ou agentes químicos. 
Atirador policial de precisão: O atirador policial de precisão constitui uma 
alternativa tática de fundamental importância para resolução de crises envolvendo 
reféns localizados. No entanto, a aplicação dessa alternativa tática necessita de uma 
9 
 
avaliação minuciosa de todo o contexto, sobretudo, do polígono formado pelo 
treinamento, armamento, munição e equipamento, que são os elementos 
fundamentais para que o objetivo idealizado seja alcançado. (Lucca, 2002). 
O atirador policial de precisão fica posicionado em local estratégico, sem ser 
visto, mas com ampla visão do cenário em que se desenrola a ação. O emprego 
dessa alternativa não se resume apenas na eliminação ou neutralização do risco por 
meio do tiro de precisão. Ela também é empregada para garantir uma observação 
privilegiada do ponto crítico e a preparação para a entrada do Time Tático. 
Time Tático: em regra, representa a última alternativa tática a ser 
empregada num evento crítico. Isso ocorre porque o emprego do time tático 
potencializa o risco da operação, aumentando, com isso, o risco de morte para o 
refém, para o policial e para o CEC. (Lucca, 2002). 
Essa alternativa é utilizada quando não se vislumbra a possibilidade de 
solução negociada, ou na oportunidade de repentina intervenção para solução da 
crise, e ainda quando o risco de morte ou ferimentos graves dos reféns for iminente, 
real e/ou insuportável. 
Ressalta-se que concomitantemente ao disparo do atirador policial de 
precisão, o time tático fará à invasão para promover o socorro imediato a todos os 
envolvidos e atuar caso ocorra alguma adversidade em que o disparo que não tenha 
atingido seu objetivo na plenitude, neutralizando o causador. 
 
1.5. Critérios de ação. 
Necessidade: o critério de necessidade indica que toda e qualquer ação 
somente deve ser implementada quando for indispensável. Se não houver 
necessidade de se tomar determinadas decisões, não se justifica a sua adoção. 
Validade do risco: o critério da validade do risco estabelece que toda e 
qualquer ação, tem que levar em conta, se os riscos dela advindos são 
compensados pelos resultados. A pergunta que deve ser feita é: vale à pena correr 
esse risco? Este critério é muito difícil de ser avaliado, pois envolve fatores de ordem 
subjetiva (já que o que é arriscado para um não é para outro) e de ordem objetiva (o 
que foi proveitoso em uma crise poderá não sê-lo em outra). 
Aceitabilidade: o terceiro critério, aceitabilidade, implica em que toda 
decisão deve ter respaldo legal, moral e ético. A aceitabilidade legal significa que 
toda decisão deve ser tomada com base nos princípios ditados pelas leis. Uma crise, 
10 
 
por mais sériaque seja não dá à organização policial a prerrogativa de violar leis. A 
aceitabilidade moral implica que toda decisão para ser tomada deve levar em 
consideração aspectos de moralidade e bons costumes. A aceitabilidade ética está 
consubstanciada no princípio de que a decisão do superior hierarquico não pode 
exigir um resultado de seus comandados a prática de ações que causem 
constrangimentos “internas corporis”. 
 
1.6. Tipologia do causador da crise. 
Criminoso eventual: provoca uma crise por acidente, devido a um 
confronto inesperado com a polícia na flagrância de alguma atividade ilícita. O 
causador da crise toma como refém a primeira pessoa ao seu alcance com a 
finalidade de garantir a preservação de sua vida, integridade física ou fuga. 
Criminoso profissional: indivíduo experiente no mundo do crime, que se 
mantém por meio de repetidos roubos, extorções mediante sequestro, furtos etc. O 
grande perigo desse tipo de CEC está nos momentos iniciais, pois ele sabe que o 
tempo conta em favor da Polícia que se organiza operacionalmente na primeira 
hora. Então, é comum este tipo de criminoso efetuar disparos contra transeuntes 
para sujeitar a polícia a promover o socorro aos feridos ao invés de combatê-los. Ele 
é discrente do sistema judiciário e, por isso, existe grande dificuldade no poder de 
persuasão do negociador. 
Detento: indivíduos que promovem ações delituosas e rebeliões dentro dos 
estabelecimentos prisionais. Suas reivindicações normalmente são diferentes dos 
demais criminosos: regime da pena, melhores condições de vida na cadeia, 
ampliação do horário de visitas e de banho de sol, fuga etc. Eles apoderam-se de 
outros presos e funcionários, tornando-os reféns. Os líderes das rebeliões, em regra, 
ficam no anonimato, o que dificulta bastante o processo de negociação. 
Mentalmente perturbado: individuo psicopata ou simplesmente alguém que 
não conseguiu lidar com seus problemas de trabalho ou família, ou ainda aquele que 
esteja parcial ou completamente divorciado da realidade. O nível de ansiedade e, 
muitas vezes, a própria racionalidade do elemento causador do evento crítico podem 
subir e descer vertiginosamente “como uma montanha russa”, dificultando a 
negociação. Brigas domésticas, problemas referentes à custódia de menores, 
empregados revoltados ou alguma mágoa com relação a uma autoridade podem ser 
o estopim para a prática de atos que geram esse tipo de evento crítico. 
11 
 
Suicida: individuos que pretendem consumar um ato autodestrutivo, 
objetivando sua própria morte. É importante mencionar que no trabalho policial são 
recorrentes a atuação em crises que envolvem pessoas tentando o suicídio. Vários 
são os fatores que podem desencadear esse propósito (emocionais, situação 
econômica, uso abusivo de álcool ou droga, doenças graves, perda de parentes, 
transtornos psiquiátricos etc.), tornando esse tipo de crise um risco potencializado. 
Diante dessa situação, o policial deve identificar qual é o fator que está ocasionando 
o propósito suicida e verbalizar com o CEC, buscando minimizar os efeitos dos 
fatores que originaram a intenção do ato autodestrutivo. Os métodos mais 
empregados são veneno, armas de fogo e corda, e os locais referência para a 
prática são pontes, viadutos ou prédios. 
Terrorista: indivíduos que por motivação política, ideológica ou religiosa, 
planejam cuidadosamente atentados terroristas, com emprego de violência ou grave 
ameaça, contra pessoas e instituições públicas, causando medo generalizado a fim 
de criticar autoridades constituídas e revelar propósitos ou programas do grupo que 
pertence. É muito difícil lidar com esse tipo de causador do evento crítico porque não 
pode haver nenhuma racionalização através do diálogo, o que praticamente 
inviabiliza as negociações. Ele não aceita barganhar as suas convicções e crenças. 
Quase sempre, o campo de manobra da negociação fica reduzido a tentar 
convencer o elemento de que, ao invés de morrer pela causa, naquele evento 
crítico, seria muito mais proveitoso sair vivo para continuar a luta. 
 
1.7. Síndromes. 
Síndrome de Estocolmo: É um estado psicológico involuntário que causa 
uma relação de interdependência entre reféns e causadores da crise, os quais 
experimentam sentimentos de amor e simpatia, profunda amizade, paternalismo e 
proteção exacerbada, a fim de preservarem suas vidas durante o evento crítico. A 
psicologia passou a estudar essa alteração de comportamento, a partir da rendição 
de criminosos que praticaram um roubo ao Kreditbanken (Banco de Crédito) em 
Normalmstorg, Estocolmo – Suécia. A ocorrência deu-se entre 23 e 28 de agosto de 
1973 e, mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado, os reféns 
ainda demonstrava reticentes nos procedimentos policiais e nos processos judiciais. 
Sindrome de Londres: ao contrário do que ocorre com a chamada 
síndrome de Estocolmo, na qual os reféns passam a ter uma relação de afinidade 
12 
 
com seus algozes, na síndrome de Londres o fenômeno é justamente o contrário, os 
reféns passam a discutir, discordar, questionar o comportamento dos 
sequestradores gerando uma antipatia que poderá ser fatal. 
A expressão "síndrome de Londres" refere-se a um evento que ocorreu em 
1980, na Embaixada Iraniana, ocasião em que 6 terroristas mantiveram como reféns 
20 pessoas, dentre elas diplomatas e funcionários da repartição. Um funcionário 
chamado Abbas Lavasani passou a discutir com os terroristas/sequestradores. O 
clima entre os criminosos e o refém foi piorando, sendo o refém Abbas executado. 
 
Capítulo 2 
 
2. Elementos Essenciais do Gerenciamento de Eventos Críticos. 
2.1. Componentes do Teatro de Operações. 
Ponto Crítico: local específico onde está localizado o CEC. 
Perímetro Imediato: zona estéril, local onde fica o ponto crítico do Evento 
Crítico. É uma zona de controle absoluto onde só pede permanecer o CEC, os 
policiais designados (equipe de negociação e Time Tático), os reféns e/ou vítimas, 
sendo seu tamanho proporcional à ameaça (arma ou instrumento) de posse do CEC. 
Perímetro Mediato: zona tampão entre o perímetro imediato e o externo/ 
curiosos, tendo como finalidade limitar o acesso de pessoas não autorizadas. Nessa 
zona deve ter acesso à equipe de Gerenciamento de Evento Crítico, os grupos de 
apoio e suporte (médicos, psicólogos, engenheiros, técnicos, policiais 
especializados, policiais explosivistas, serviço de inteligência, etc.), enfim todas as 
pessoas envolvidas tecnicamente na resolução do evento crítico. 
Posto de Comando: local que centraliza a autoridade e o controle no 
Gerenciamento de Crises, servindo também como ponto de tomada de decisão. 
Pode ser um local improvisado ou previamente destinado para tal, como um veículo 
com essa função. Normalmente é estabelecido dentro do Perímetro Mediato, 
podendo também ficar no Perímetro Externo caso haja logística favorável; 
Sala de Triagem: local destinado à busca pessoal e entrevista de reféns e 
vítimas liberados do Ponto Crítico, além das pessoas fontes de informação que 
serão usadas como ferramenta pela Equipe de Negociação. Deve ser um local 
seguro e de espaço limitado e isolado, podendo ser no Perímetro Mediato. 
 
13 
 
Fontes De Informação: pessoas que podem servir como fontes de 
informação ou ferramentas de negociação ao Gerente do Evento Crítico e à Equipe 
de Negociadores. Exemplo: parentes, familiares e amigos. Essas pessoas devem 
ficar em local separado, seguro e próximo ao Posto de Comando, onde facilmente o 
Gerente pode ter acesso. 
Local Da Imprensa: local destinado aos profissionais de imprensa. Deve ser 
um local seguro e de espaço limitado, podendo ser no Perímetro Mediato; 
 
2.2. Personagens do Teatro de Operações. 
Causador do Evento Crítico: é a pessoa que dá causa a um evento crítico 
policial envolvendo refém ou vítima, privando alguém de sua liberdade mediante 
violência ou grave ameaça para garantirsua integridade física, fuga, reivindicar 
direitos ou direcionar toda a sua raiva. Os termos “perpetrador” ou “provocador” são 
usados como sinônimos de Causador. Essa pessoa também é pode ser denominada 
de Agente Perturbador da Ordem Pública (APOP). 
Refém: a pessoa capturada e mantida por uma ou várias pessoas para 
forçar o cumprimento de exigências a uma terceira parte, com conhecimento e 
presença da autoridade policial militar. 
Vítima: difere do refém por não existir uma exigência concreta negociável; 
existe uma relação de vínculo anterior entre CEC e vítima, quer seja amizade, 
relação de trabalho ou familiar e o evento crítico se dá por conta dessa relação pré-
existente. 
Primeiro Interventor: é a primeira Guarnição Policial Militar que chega em 
uma ocorrência típica de um Evento Crítico e toma as medidas iniciais necessárias: 
conter, informar e acionar apoio, isolar, verbalizar, estabilizar, não fazer concessões. 
Controlador: policial militar com poder de coordenação e controle dos 
recursos logísticos e humanos locais. Ele é o responsável por redefinir o isolamento 
e implementar medidas de proteção e segurança. Normalmente é o segundo mais 
antigo pertencente ao Policiamento da Área após o Gerente (considerando que este 
também pertence ao Policiamento da Área). 
Comandante do Teatro de Operações: autoridade técnica, Oficial da 
Unidade de Operações Especiais – BOPE que coordena e controla as Forças de 
Operações Policiais Especiais no Teatro de Operações (equipes táticas) ou 
Comandante UPO, caso não haja unidade especializada na área de operações. 
14 
 
Gerente do Evento Crítico: é o mais antigo presente no local. É 
assessorado diretamente pelo Comandante do Teatro de Operações. Responsável 
pelas tomadas de decisões, supervisiona todas as ações e ordena a utilização das 
alternativas táticas. Realiza a gestão política do Evento Crítico. 
Equipe de Negociação: primeira alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises. Eles são profissionais que informam o status do ponto 
crítico para o gerente da crise, se comunicam com outras alternativas táticas 
presentes no teatro de operações e orientam como ocorrerá todo o processo de 
rendição. 
Atirador Policial de Precisão: policial militar da Batalhão de Operações 
Policiais Especiais (BOPE), com treinamento específico em armamentos de alta 
precisão, posicionado num local estratégico, em regra, sem ser visto pelo CEC, mas 
com ampla visão do teatro de operações, sobretudo do ponto crítico. Ele está 
sempre em contato com o gerente da crise e as demais alternativas táticas. 
Time Tático: é composta exclusivamente por policias do BOPE que ficam 
posicionados próximo ao ponto crítico, prontos para o uso de força letal e/ou IMPO. 
Em geral, é a última alternativa tática a ser empregada em um evento crítico, devido 
a imprevisibilidade das consequências e o elevado risco da operação para todos os 
presentes no teatro de operações. 
Intermediador: Qualquer pessoa que, autorizada pelo gerente da crise, 
devidamente protegida e orientada pela equipe de negociação, faz contato verbal 
com o CEC. É um importante instrumento de barganha e vantagem junto ao CEC, 
como liberação de reféns, promessa de não agressão aos capturados, acordo de 
rendição etc., porém sua utilização deve ser extremamente criteriosa. A pessoa deve 
ser previamente entrevistada e avaliado o tipo de relação existente entre o 
intermediador e o CEC, pois esse contato pode elevar o nível de tensão na crise ou 
até mesmo colocar a vida do intermediador em risco. 
Equipe de Primeiros Socorros: São profissionais de saúde do SAMU ou 
da Unidade de Resgate e Salvamento do Corpo de Bombeiro Militar. Ficam 
posicionados dentro do perímetro mediato, sendo responsáveis pelo atendimento 
pré-hospitalar de todos os envolvidos no evento crítico. 
Equipe de Controle de Trânsito: são profissionais da PRF, Detran ou 
Semob responsáveis pelo bloqueio, redirecionamento e controle do fluxo de trânsito 
no local do evento crítico. Eles ficam dispostos fora do teatro de operações. 
15 
 
Profissionais da Imprensa: são profissionais presentes na maioria das 
ocorrências dessa natureza. Devem permanecer num local seguro e previamente 
determinado dentro do perímetro mediato. Porém, excepcionalmente, com a 
autorização do gerente da crise poderão realizar a aproximação no perímetro 
imediato, desde que sejam acompanhados por escudeiros e fiquem distantes do 
ponto crítico. 
Centro Integrado de Operações - CIOp: é o órgão responsável por mediar 
a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do Pará (Polícia 
Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe e Centro de Perícias 
Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de ocorrências de urgência e 
emergência na área de segurança pública, permitindo o despacho oportuno de 
guarnições com o objetivo de promover um atendimento estratégico na Região 
Metropolitana de Belém. 
 
Capítulo 3 
 
3. Sequência das ações no teatro de operações. 
Normalmente, a sequência das ações no teatro de operações ocorre da 
seguinte forma: 
uma guarnição policial do policiamento ordinário se depara com o evento 
crítico ou recebe a informação do evento pelo CIOP/NIOP ou por algum transeunte. 
Essa guarnição será o Primeiro Interventor e deverá localizar o ponto exato onde 
esta ocorrendo o evento crítico, conter a crise, informar e solicitar apoio, iniciar o 
processo de isolamento, sempre permanecer num local seguro e abrigado para 
iniciar a verbalização com o CEC, sem fazer concessões e iniciar o processo de 
estabilização. 
Em seguida, as guarnições policiais da área de policiamento onde está 
ocorrendo a crise, chegam para dar apoio. O Controlador (policial militar com poder 
de coordenação e controle dos recursos logísticos e humanos locais) potencializa as 
medidas de segurança, redefinindo e/ou estabelecendo os perímetros de 
isolamento, realizar contato com CIOp e reforçar o acionamento de órgãos e 
autoridades. 
As tropas do Comando de Missões Especiais (CME) chegam no local com 
as alternativas táticas e garantem o apoio na organização Teatro de Operações. A 
16 
 
equipe de negociação, alternativa tática proiritária, se aproxima do policial que esta 
mantento o primeiro contato verbal com o CEC, garantindo proteção balística e 
assessoramento técnico. 
O gerente do evento crítico (policial militar mais antigo presente no local) 
define o local para o posto de comando, sala de triagem e imprensa, gerir todos os 
recursos humanos e materiais presentes no evento crítico, decide pelo emprego das 
alternativas táticas, sempre assessorado tecnicamente pelo Comandante do Teatro 
de Operações (oficial do BOPE, autoridade técnica, que coordena e controla as 
Forças de Operações Policiais Especiais no Teatro de Operações ou Comandante 
UPO, caso não haja unidade especializada na área de operações). 
Na rendição, o gerente do evento crítico comanda, coordena e controla todo 
o processo. A equipe de negociação define a sequência das ações a serem 
executadas pelo CEC e demais envolvidos no ponto crítico. O Time de Apoio (Time 
Tático 2) age de acordo com as ações narradas pela equipe de negociação, levando 
concessões e realizando buscas pessoas. O Time Tático 1 realiza a varredura do 
ponto crítico, em busca de pessoas e objetos objetos relacionados à ocorrência, que 
serão apresentados à autoridade competente. 
Todos os objetos e valores recolhidos durante a busca pessoal, veicular ou 
domiciliar, que tenha relação com o fato serão apresentados à autoridade 
competente que fará o auto de apreensão. 
O primeiro interventor será responsável pelo registro da ocorrência junto ao 
Órgão competente como relator, caso tenha presenciado e/ou participado de todos 
os acontecimentos. O primeiro interventor auxiliará como testemunha na 
apresentação da ocorrência quando houver fato relevanteou emprego de força 
envolvendo Policial mais antigo ou pertencente a outra Guarnição Policial Militar. 
 
Capítulo 4 
 
4. POPs Ativos. 
A Policia Militar do Pará por meio da Portaria nº 170/2020 – GAB. CMDº 
publicada no Boletim Geral nº 220, de 27 de novembro de 2020, Instituiu os 
Procedimentos Operacionais Padrão da corporação com o objetivo de promover 
uma padronização na execução de atividades operacionais, agilizando as ações e 
subsidiando o processo de tomada de decisão durante as missões. 
17 
 
Os procedimentos descritos no POP poderão ser acessados por meio do 
aplicativo “e-identidade”, por qualquer membro desta Corporação e servirão de base 
para atuação dos policiais militares, ressalvados os casos excepcionais, que serão 
analisados conforme o caso concreto, sendo adaptado de acordo com as 
circunstâncias que o caso exigir. 
No anexo I deste caderno de estudo, encontra-se todos os Procedimentos 
Operacionais Padrão do processo gerenciamento de crise, a saber: Ações do 
primeiro interventor em local de evento crítico, Atuação dos envolvidos no teatro de 
operações, Ato de rendição do Causador do Evento Crítico e Causador armado com 
o objetivo de cometer o suicídio. 
 
18 
 
Bibliografia 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. 
 
______. Ministério da Justiça. Rede Nacional de Educação a Distância para 
Segurança Pública. Curso de Gerenciamento de Crises. Brasília: SENASP, 2017. 
 
______. Ministério da Justiça. Rede Nacional de Educação a Distância para 
Segurança Pública. Técnicas e Tecnologias Não Letais de Atuação Policial. 
Brasília: SENASP, 2017. 
 
FBI. Federal Bureau of Investigation. Negotiations situates of crisis. FBI National 
Academy: Virgínia, EUA, 1990. 
 
LUCCA, Diógenes Viegas Dalle. Alternativas Táticas na Resolução de 
Ocorrências com Reféns Localizados. Monografia do Curso de Aperfeiçoamento 
de Oficiais – CAO-II/01. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Centro de 
Aperfeiçoamento e Estudos Superiores. São Paulo, 2002. 
 
MONTEIRO, Roberto das Chagas. Manual de Gerenciamento de Crises. Ministério 
da Justiça. Academia Nacional de Polícia. 7ª Edição. Departamento de Polícia 
Federal. Brasília, 2004. 
 
ONU. Organização das Nações Unidas. Convenção Internacional Contra a 
Tomada de Reféns. Nova Iorque: 1979. 
 
PARÁ. Conselho Estadual de Segurança Pública. Resolução nº 204, 28 de 
novembro de 2012. Regulamentação do Uso da Força pelos Agentes de 
Segurança Pública do Estado do Pará. Belém: 2012. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ. Portaria nº 170/2020 – GAB. CMDº publicada no 
Boletim Geral nº 220, de 27 de novembro de 2020. Procedimentos Operacionais 
Padrão. Icoarari: PMPA, 2020. 
 
 
SALIGNAC, Angelo Oliveira. Negociação em crises: atuação policial na busca da 
solução para eventos críticos. São Paulo: Ícone, 2011. 
 
SILVA, Marco Antônio da. Primeira Intervenção em crises policiais: teoria e 
prática. 2 ed. Curitiba: Associação da Vila Militar, 2016. 
 
SOUZA, Wanderley Mascarenhas de. Gerenciamento de crises: negociação e 
atuação de grupos especiais de polícia na solução de eventos críticos. 1995. 
Monografia (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais) – Centro de Aperfeiçoamento e 
Estudos Superiores, Polícia Militar do Estado de São Paulo, São Paulo, 1995. 
 
 
 
19 
 
ANEXO I – POPs ATIVOS 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO 005.001 
NOME DO PROCESSO 
GERENCIAMENTO DE CRISE 
ETAPA PROCEDIMENTO 
AÇÕES DO PRIMEIRO INTERVENTOR 
EM LOCAL DE EVENTO CRÍTICO 
POP 005.001 
ATUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO 
TEATRO DE OPERAÇÕES 
POP 005.002 
ATO DE RENDIÇÃO DO CEC POP 005.003 
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO 
PESSOAS ARMADAS COM O OBJETIVO DE 
COMETER SUICÍDIO 
POP 005.004 
ESTABELECIDO EM REVISADO EM 
27/11/2020 
PROCEDIMENTO 
AÇÕES DO PRIMEIRO INTERVENTOR EM LOCAL DE EVENTO CRÍTICO 
RESPONSÁVEL 
COMANDANTE DA GUARNIÇÃO 
MATERIAL NECESSÁRIO 
1 Uniforme de serviço; 
2 Colete balístico; 
3 Pistola .40 com carregador municiado, alimentada e carregada; 
4 Carregadores sobressalentes municiados; 
20 
 
5 Cinto de guarnição e seus acessórios; 
6 Algemas com chave; 
7 Viatura; 
8 Rádio portátil de comunicação; 
9 Prancheta com bloco para anotações e caneta; 
10 Fita zebrada; 
11 Cones de sinalização. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
1 Constituição Federal/1988 – Art.1º, inciso III, art. 5º, incisos III, XXXIX, XLIX, 
LXI, LXIII, LXIV e art. 144, §5º; 
2 Lei Complementar nº 053/2006 (Lei de Organização Básica da PMPA) - Art. 
4º, inciso XX; 
3 Decreto Estadual nº 647/2013 (Homologa a Resolução nº 204/2012 – 
Regulamenta o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública do Estado 
do Pará) – Itens I, II, III, IV e V; 
4 Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMPA nº 001/2014 DGOp/PMPA 
– item 5.3. 
ATIVIDADE CRÍTICA 
1 Contenção, isolamento e verbalização do Evento Crítico. 
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 
1 LOCALIZAÇÃO EXATA DO PONTO CRÍTICO 
1.1 Parar a viatura distante do local, progredindo de forma segura, utilizando 
cobertas e abrigos; 
1.2 Verificar as informações preliminares sobre a ocorrência, confirmando ou não 
o Evento Crítico; 
1.3 Identificar o tipo de crise: CEC armado e barricado em local de difícil acesso, 
CEC com tomada de reféns ou vítimas, CEC com propósito suicida. 
2 CONTENÇÃO DA CRISE 
2.1 Manter uma distância segura e proporcional à ameaça enfrentada; 
2.2 Impedir que Evento Crítico se torne móvel ou mude de lugar; 
2.3 Evitar que o CEC aumente o número de reféns/vítimas; 
21 
 
2.4 Coibir que o CEC aumente seu poder de ameaça; 
2.5 Utilizar barreiras físicas de contenção: porta, portões, janelas, viaturas, 
paredes, muros ou qualquer outro obstáculo; 
2.6 Evitar o confronto com o CEC; 
2.7 Evitar o aumento do nível de estresse do CEC. 
3 INFORMAÇÃO E SOLICITAÇÃO DE APOIO 
3.1 Informar ao CIOp, NIOp ou UPO sobre o Evento Crítico em andamento, 
solicitando que façam os devidos acionamentos de órgãos e autoridades, 
como: Controlador, Gerente, Comandante do Teatro de Operações, 
BOPE, ROTAM, SAMU, unidade de resgate do CBM, órgãos de trânsito 
ou Comandante da UPO, onde não houver unidades especializadas. 
4 ISOLAMENTO 
4.1 Interromper o contato do CEC com o exterior; 
4.2 Utilizar fita zebrada, cones e viaturas para iniciar o processo de isolamento do 
local; 
4.3 Proibir a entrada de pessoas não autorizadas ao local. 
5 VERBALIZAÇÃO INICIAL COM O CEC 
5.1 Permanecer em um local seguro e abrigado durante a verbalização; 
5.2 Identificar o momento adequado para início do primeiro contato com o CEC; 
5.3 Identificar-se ao CEC; 
5.4 Deixar o CEC falar, ouvir mais e falar o necessário (escuta ativa); 
5.5 Esclarecer ao CEC que você está fazendo um contato inicial e não tem poder 
decisório; 
5.6 Manter o autocontrole frente a possíveis ofensas; 
5.7 Levantar informações; 
5.8 Informar que serão assegurados os direitos e garantias constitucionais. 
6 ESTABILIZAÇÃO 
6.1 Manter o ponto crítico tranquilo, evitando barulho de sirenes e aglomerações 
de curiosos ou de policiais armados; 
6.2 Acalmar o CEC, reféns ou vítimas; 
6.3 Demonstrar que está preocupado com todos os envolvidos (CEC, reféns ou 
vítimas, terceiros); 
6.4 Utilizar termos positivos; 
22 
 
6.5 Ganhar tempo até a chegada da tropa especializada; 
6.6 Demonstrar interesse sobre toda a comunicação do CEC. 
 
7 NÃO FAZER CONCESSÕES 
7.1 Não oferecer ou prometer nada ao CEC; 
7.2 Anotar as exigências do CEC; 
ESCLARECIMENTOS 
1 EVENTO CRÍTICO: é um fato humano excepcional, de natureza criminal ou 
não, relacionado à segurança pública e que venha a ameaçar vidas de 
pessoas envolvidas direta ou indiretamente, cujo atendimento técnico seja de 
competência do Sistema de Segurança Pública; 
2 CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - CIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipee Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico na Região Metropolitana de Belém; 
3 NÚCLEO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - NIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe 
e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico em determinados municípios. Os núcleos 
realizam o atendimento via contato 190; 
4 UNIDADE OPERACIONAL DE POLÍCIA OSTENSIVA - UPO: são os órgãos 
de execução da Polícia Militar do Pará responsáveis pela polícia ostensiva, 
executando, por meio de diretrizes e ordens, a atividade-fim da corporação 
para cumprimento de suas missões e destinação; 
5 TEATRO DE OPERAÇÕES - TO: é o cenário da crise, local da ocorrência, 
visão ampla do espaço físico; 
23 
 
6 PONTO CRÍTICO: local específico onde está localizado o CEC; 
7 CAUSADOR DO EVENTO CRÍTICO – CEC: pessoa que coloca em risco ou 
ameaça a vida de pessoa (s) dentro de um evento crítico. Nesta situação, a 
pessoa que se coloca como pretenso suicida também se enquadra como de 
CEC; 
8 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO: é o mais antigo presente no local. É 
assessorado diretamente pelo Comandante do Teatro de Operações. 
Responsável pelas tomadas de decisões, supervisiona todas as ações e 
ordena a utilização das alternativas táticas. Realiza a gestão política do 
Evento Crítico; 
9 COMANDANTE DO TEATRO DE OPERAÇÕES: autoridade técnica, Oficial 
da Unidade de Operações Especiais – BOPE que coordena e controla as 
Forças de Operações Policiais Especiais no Teatro de Operações (equipes 
táticas) ou Comandante UPO, caso não haja unidade especializada na área 
de operações; 
10 CONTROLADOR: policial militar com poder de coordenação e controle dos 
recursos logísticos e humanos locais. Ele é o responsável por redefinir o 
isolamento e implementar medidas de proteção e segurança. Normalmente é 
o segundo mais antigo pertencente ao Policiamento da Área após o Gerente 
(considerando que este também pertence ao Policiamento da Área); 
11 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO: primeira alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises; 
12 PRIMEIRO INTERVENTOR: é a primeira Guarnição Policial Militar que chega 
em uma ocorrência típica de um Evento Crítico e toma as medidas iniciais 
necessárias: conter, informar e acionar apoio, isolar, verbalizar, estabilizar, 
não fazer concessões; 
13 REFÉM: a pessoa capturada e mantida por uma ou várias pessoas para 
forçar o cumprimento de exigências a uma terceira parte, com conhecimento 
e presença da autoridade policial militar; 
14 VÍTIMA: difere do refém por não existir uma exigência concreta negociável; 
existe uma relação de vínculo anterior entre CEC e vítima, quer seja amizade, 
relação de trabalho ou familiar e o evento crítico se dá por conta dessa 
relação pré-existente; 
24 
 
15 ESCUTA ATIVA: é uma técnica que auxilia a manter um diálogo eficiente 
entre o primeiro interventor e o causador do evento crítico, onde aquele 
demonstra interesse genuíno naquilo que seu interlocutor está dizendo; 
16 GERENCIAMENTO DE EVENTO CRÍTICO: é o processo organizacional, não 
rotineiro, realizado e coordenado pela Polícia Militar com o objetivo de gestão 
de eventos críticos, objetivando a proteção dos direitos fundamentais de 
todos os envolvidos; 
17 Os procedimentos descritos no POP servirão de base para atuação dos 
policiais militares, ressalvados os casos excepcionais, que serão analisados 
conforme o caso concreto, sendo adaptado de acordo com as circunstâncias 
que o caso exigir. 
 
 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO 005.002 
NOME DO PROCESSO 
GERENCIAMENTO DE CRISE 
ETAPA PROCEDIMENTO 
AÇÕES DO PRIMEIRO 
INTERVENTOR EM LOCAL DE EVENTO 
CRÍTICO 
POP 005.001 
ATUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO 
TEATRO DE OPERAÇÕES 
POP 005.002 
ATO DE RENDIÇÃO DO CEC POP 005.003 
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO 
PESSOAS ARMADAS COM O OBJETIVO DE 
COMETER SUICÍDIO 
POP 005.004 
ESTABELECIDO EM REVISADO EM 
27/11/2020 
25 
 
PROCEDIMENTO 
ATUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO TEATRO DE OPERAÇÕES 
RESPONSÁVEL 
GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
MATERIAL NECESSÁRIO 
12 Uniforme de serviço; 
13 Colete balístico; 
14 Pistola .40 com carregador municiado, alimentada e carregada; 
15 Carregadores sobressalentes municiados; 
16 Cinto de guarnição e seus acessórios; 
17 Algemas com chave; 
18 Viatura; 
19 Rádio portátil de comunicação; 
20 Prancheta com bloco para anotações e caneta; 
21 Fita zebrada; 
22 Cones de sinalização. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
8 Constituição Federal/1988 – Art.1º, inciso III, art. 5º, incisos III, XXXIX, XLIX, 
LXI, LXIII, LXIV e art. 144, §5º; 
9 Lei Complementar nº 053/2006 (Lei de Organização Básica da PMPA) – Art. 
4º, XX; 
10 Decreto Estadual nº 647/2013 (Homologa a Resolução nº 204/2012 - 
Regulamenta o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública do Estado 
do Pará) – Itens I, II, III, IV e V; 
11 Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMPA nº 001/2014 DGOp/PMPA 
– Item 5.3. 
ATIVIDADE CRÍTICA 
1 Desmobilização do Teatro de Operações. 
26 
 
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 
1 PRIMEIRO INTERVENTOR 
1.1 Atender a ocorrência conforme o POP nº 009.001 - AÇÕES DO PRIMEIRO 
INTERVENTOR EM LOCAL DE EVENTO CRÍTICO; 
1.2 Permanecer junto à equipe de negociação somente o Policial que 
estabeleceu contato verbal com CEC; 
1.3 Auxiliar no isolamento do Perímetro Mediato, os demais Policiais pertencentes 
à Guarnição do Primeiro Interventor; 
1.4 Obedecer às orientações técnicas da Equipe de Negociação, inclusive, a de 
se retirar caso necessário; 
1.5 Registar a ocorrência junto ao Órgão competente como relator, caso tenha 
presenciado e/ou participado de todos os acontecimentos e não tenha 
ocorrido algo relevante envolvendo Policial Militar mais antigo ou 
pertencentes a outra Guarnição Policial Militar; 
1.6 Auxiliar, como testemunha, no registro de apresentação da ocorrência em 
caso do uso de força ou fato relevante envolvendo Policial Militar mais antigo 
ou pertencente a outra Guarnição Policial Militar (se for o caso). 
2 COORDENADOR DE OPERAÇÕES DO CENTRO INTEGRADO DE 
OPERAÇÕES – CIOP/NÚCLEO INTEGRADO DE OPERAÇÕES – NIOP 
2.1 Acionar o responsável pelo policiamento do local do Evento Crítico, BOPE, 
ROTAM, SAMU, unidade de resgate do CBM, órgãos de trânsito; 
2.2 Coordenar os deslocamentos de viaturas; 
2.3 Atender as demandas do Gerente do Evento Crítico. 
3 CONTROLADOR 
3.1 Potencializar as medidas de segurança, redefinindo e/ou estabelecendo os 
perímetros de isolamento: Perímetro Imediato, Perímetro Mediato, Perímetro 
interno e externo; 
3.2 Realizar contato com CIOp e reforçar o acionamento de órgãos e autoridades: 
Gerente, BOPE, ROTAM, SAMU, unidade de resgate do CBM, órgãos de 
trânsito; 
3.3 Fazer com que o isolamento seja mantido durante toda ocorrência, inclusive, 
durante o procedimento de rendição; 
27 
 
3.4 Desmobilizar o isolamento do Perímetro Interno somente após determinação 
do Gerente do Evento Crítico. 
4 POLICIAMENTO DE 2º ESFORÇO DE RECOBRIMENTO 
4.1 Estabelecer fisicamente o isolamento do Perímetro Imediato; 
4.2 Impossibilitar o acesso de pessoas ao Perímetro Imediato, inclusive policiais, 
sem autorização do Gerente; 
4.3 Desmobilizar o isolamento do Perímetro Imediato somente após determinação 
do Gerente do Evento Crítico. 
5 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO 
5.1 Aproximar-se do Primeiro Interventor, garantindo sua proteção balística e 
assessoramento técnico; 
5.2 Aplicar técnicas de negociação, promovendo a liberação de reféns/vítimas ea 
rendição do CEC; 
5.3 Utilizar técnicas de negociação, com o objetivo de solucionar ocorrências 
envolvendo pessoas que queiram cometer o suicídio; 
5.4 Empregar técnicas de negociação, facilitando a utilização de outra alternativa 
tática, caso necessário; 
5.5 Manter comunicação com o Comandante do Teatro de Operações e as outras 
Equipes Táticas. 
6 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
6.1 Chefiar o Posto de comando; 
6.2 Definir o local posto de comando, a sala de triagem e o local para a imprensa; 
6.3 Organizar o Teatro de Operações, reajustando os perímetros de isolamento; 
6.4 Gerir os recursos humanos e materiais no local do Evento Crítico; 
6.5 Informar superiores hierárquicos e autoridades pertinentes a respeito da 
ocorrência visando à gestão política do Evento Crítico; 
6.6 Reforçar a atribuição de cada envolvido na ocorrência; 
6.7 Decidir pela ação das Equipes Táticas, conforme assessoramento do 
Comandante do Teatro de Operações; 
6.8 Sistematizar o Procedimento de rendição conforme POP nº 005.003 - ATO 
DE RENDIÇÃO DO CEC; 
6.9 Controlar as informações, imagens e vídeos a serem repassados à imprensa. 
7 TIME TÁTICO 
28 
 
7.1 Executar ações descritas no POP nº 030.002 - ATUAÇÃO DO TIME TÁTICO 
NO TEATRO DE OPERAÇÕES. 
8 ATIRADOR POLICIAL DE PRECISÃO 
8.1 Proceder ações descritas no POP 030.004 - EMPREGO DO ATIRADOR 
POLICIAL DE PRECISÃO COMO ALTERNATIVA TÁTICA. 
9 COMANDANTE DO TEATRO DE OPERAÇÕES 
9.1 Auxiliar na montagem do posto de comando e definição dos perímetros de 
isolamento; 
9.2 Aconselhar tecnicamente o Gerente do Evento Crítico e líderes de equipes 
táticas; 
9.3 Analisar tecnicamente a respeito da utilização das alternativas táticas; 
9.4 Coordenar as providências que devem ser tomadas após o termino da 
ocorrência; 
9.5 Auxiliar no controle das informações, imagens e vídeos a serem repassados à 
imprensa. 
 
Figura 1: Teatro de operações. 
29 
 
 
Fonte: PMPA, 2020. 
 
 
ESCLARECIMENTOS 
30 
 
1 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO: é o mais antigo presente no local. É 
assessorado diretamente pelo Comandante do Teatro de Operações. 
Responsável pelas tomadas de decisões, supervisiona todas as ações e 
ordena a utilização das alternativas táticas. Realiza a gestão política do 
Evento Crítico; 
2 COMANDANTE DO TEATRO DE OPERAÇÕES: autoridade técnica, Oficial 
da Unidade de Operações Especiais – BOPE que coordena e controla as 
Forças de Operações Policiais Especiais no Teatro de Operações (equipes 
táticas) ou Comandante UPO, caso não haja unidade especializada na área 
de operações; 
3 CONTROLADOR: policial militar com poder de coordenação e controle dos 
recursos logísticos e humanos locais. Ele é o responsável por redefinir o 
isolamento e implementar medidas de proteção e segurança. Normalmente é 
o segundo mais antigo pertencente ao Policiamento da Área após o Gerente 
(considerando que este também pertence ao Policiamento da Área); 
4 PRIMEIRO INTERVENTOR: é a primeira Guarnição Policial Militar que chega 
em uma ocorrência típica de um Evento Crítico e toma as medidas iniciais 
necessárias: conter, informar e acionar apoio, isolar, verbalizar, estabilizar, 
não fazer concessões; 
5 EVENTO CRÍTICO: é um fato humano excepcional, de natureza criminal ou 
não, relacionado à segurança pública e que venha a ameaçar vidas de 
pessoas envolvidas direta ou indiretamente, cujo atendimento técnico seja de 
competência do Sistema de Segurança Pública; 
6 CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - CIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe 
e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico na Região Metropolitana de Belém; 
7 NÚCLEO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - NIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe 
31 
 
e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico em determinados municípios. Os núcleos 
realizam o atendimento via contato 190; 
8 UNIDADE OPERACIONAL DE POLÍCIA OSTENSIVA - UPO: são os órgãos 
de execução da Polícia Militar do Pará responsáveis pela polícia ostensiva, 
executando, por meio de diretrizes e ordens, a atividade-fim da corporação 
para cumprimento de suas missões e destinação; 
9 TEATRO DE OPERAÇÕES - TO: é o cenário da crise, local da ocorrência, 
visão ampla do espaço físico; 
10 PONTO CRÍTICO: local específico onde está localizado o CEC; 
11 CAUSADOR DO EVENTO CRÍTICO – CEC: pessoa que coloca em risco ou 
ameaça a vida de pessoa (s) dentro de um evento crítico. Nesta situação, a 
pessoa que se coloca como pretenso suicida também se enquadra como de 
CEC; 
12 COMANDANTE DO GRUPO TÁTICO – CMT/GT: policial militar mais antigo 
da BOPE, responsável por comandar todas as equipes táticas presentes 
(NEGOCIAÇÃO, APP e TT); pode acumular a função de Comandante do 
Teatro de Operações ou assessorar diretamente o mesmo; 
13 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO: primeira alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises; 
14 ATIRADOR POLICIAL DE PRECISÃO – APP: terceira alternativa tática a ser 
utilizada em um gerenciamento de crises; 
15 TIME TÁTICO – TT: quarta alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises; 
16 ISOLAMENTO DO PONTO CRÍTICO: ponto crítico é o ponto central 
(epicentro) do evento crítico, onde se encontram o CEC, os reféns e/ou 
vítimas. O perímetro divide-se em interno e externo. O perímetro interno deve 
ser isolado e subdivide-se em: 
16.1 PERÍMETRO IMEDIATO: zona estéril, local onde fica o ponto crítico do 
Evento Crítico. É uma zona de controle absoluto onde só pede permanecer 
o CEC, os policiais designados (equipe de negociação e Time Tático), os 
32 
 
reféns e/ou vítimas, sendo seu tamanho proporcional à ameaça (arma ou 
instrumento) de posse do CEC; 
16.2 PERÍMETRO MEDIATO: zona tampão entre o perímetro imediato e o 
externo/ curiosos, tendo como finalidade limitar o acesso de pessoas não 
autorizadas. Nessa zona deve ter acesso à equipe de Gerenciamento de 
Evento Crítico, os grupos de apoio e suporte (médicos, psicólogos, 
engenheiros, técnicos, policiais especializados, policiais explosivistas, 
serviço de inteligência, etc.), enfim todas as pessoas envolvidas 
tecnicamente na resolução do evento crítico. 
17 POSTO DE COMANDO: local que centraliza a autoridade e o controle no 
Gerenciamento de Crises, servindo também como ponto de tomada de 
decisão. Pode ser um local improvisado ou previamente destinado para tal, 
como um veículo com essa função. Normalmente é estabelecido dentro do 
Perímetro Mediato, podendo também ficar no Perímetro Externo caso haja 
logística favorável; 
18 SALA DE TRIAGEM: local destinado à busca pessoal e entrevista de reféns e 
vítimas liberados do Ponto Crítico, além das pessoas fontes de informação 
que serão usadas como ferramenta pela Equipe de Negociação. Deve ser um 
local seguro e de espaço limitado e isolado, podendo ser no Perímetro 
Mediato; 
19 FONTES DE INFORMAÇÃO: pessoas que podem servir como fontes de 
informação ou ferramentas de negociação ao Gerente do Evento Crítico e à 
Equipe de Negociadores. Exemplo: parentes, familiares e amigos. Essas 
pessoas devem ficar em local separado, seguro e próximo ao Posto de 
Comando, onde facilmente o Gerente pode ter acesso; 
20 LOCAL DA IMPRENSA: local destinado aos profissionais de imprensa. Deve 
ser um local seguro e de espaço limitado,podendo ser no Perímetro Mediato; 
21 Os procedimentos descritos no POP servirão de base para atuação dos 
policiais militares, ressalvados os casos excepcionais, que serão analisados 
conforme o caso concreto, sendo adaptado de acordo com as circunstâncias 
que o caso exigir. 
 
 
33 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO 005.003 
NOME DO PROCESSO 
GERENCIAMENTO DE CRISE 
ETAPA PROCEDIMENTO 
AÇÕES DO PRIMEIRO INTERVENTOR 
EM LOCAL DE EVENTO CRÍTICO 
POP 005.001 
ATUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO 
TEATRO DE OPERAÇÕES 
POP 005.002 
ATO DE RENDIÇÃO DO CEC POP 005.003 
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO 
PESSOAS ARMADAS COM O OBJETIVO DE 
COMETER SUICÍDIO 
POP 005.004 
ESTABELECIDO EM REVISADO EM 
27/11/2020 
PROCEDIMENTO 
ATO DE RENDIÇÃO DO CEC 
RESPONSÁVEL 
GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
MATERIAL NECESSÁRIO 
23 Uniforme de serviço; 
24 Colete balístico; 
25 Pistola .40 com carregador municiado, alimentada e carregada; 
26 Carregadores sobressalentes municiados; 
27 Cinto de guarnição e seus acessórios; 
28 Algemas com chave; 
34 
 
29 Viatura; 
30 Rádio portátil de comunicação; 
31 Prancheta com bloco para anotações e caneta; 
32 Fita zebrada; 
33 Cones de sinalização. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
12 Constituição Federal/1988 – Art.1º, inciso III, art. 5º, incisos III, XXXIX, XLIX, 
LXI, LXIII, LXIV e art. 144, §5º; 
13 Decreto-Lei nº 2.848/1940 (Código Penal) – Arts. 1º, 23, 24 e 25; 
14 Lei Complementar nº 053/2006 (Lei de Organização Básica da PMPA) – Art. 
4º, inciso XX; 
15 Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMPA nº 001/2014 DGOp/PMPA 
– Item 5.3. 
ATIVIDADE CRÍTICA 
1 Busca pessoal e algemamento do CEC. 
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 
10 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
10.1 Coordenar o procedimento de rendição; 
10.2 Controlar o posicionamento das equipes táticas corretamente conforme 
respectivas atribuições, assim como a imprensa em local seguro e 
predeterminado; 
10.3 Orientar as equipes de segurança dos perímetros táticos a redobrarem 
a atenção e manter o isolamento até o término do Evento Crítico; 
10.4 Determinar às viaturas que farão a condução do refém/vítima e do 
CEC que fiquem posicionadas dentro do Perímetro Imediato, visando o 
embarque e posterior condução; 
10.5 Conceder entrevista aos profissionais de imprensa, ou delegando a 
atribuição a outro policial, conforme Instrução Normativa nº 001/2018 - 
ASCOM, informando como transcorreu a resolução do Evento Crítico, 
somente após a rendição do CEC. 
35 
 
11 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO 
11.1 Determinar a sequência de ações a serem executadas pelo CEC; 
11.2 Estabelecer primeiramente a saída dos reféns/vítimas, um de cada 
vez, vindo em direção aos policiais com as mãos sobre a cabeça, para ser 
realizada a busca pessoal e entrevista em local de triagem predeterminado; 
11.3 Ordenar que o CEC deixe sua arma no solo lentamente, 
preferencialmente às vistas da polícia, e que saia (um por vez, se for o caso), 
lentamente, sem movimentos bruscos até um ponto determinado onde se 
deitará ao solo com as mãos na cabeça. 
12 TIME TÁTICO 1 
12.1 Iniciar varredura do Ponto Crítico; 
12.2 Utilizar técnicas especiais de entradas e neutralização do CEC, caso 
haja necessidade; 
12.3 Conduzir pessoas eventualmente encontradas durante a varredura até 
local de triagem; 
12.4 Apreender todos os objetos relacionados à ocorrência e apresentá-los 
ao Comandante do Teatro de Operações para posterior apresentação à 
autoridade competente. 
13 TIME DE APOIO (TIME TÁTICO 2) 
13.1 Agir conforme sequência de ações narradas pela Equipe de 
Negociação ao CEC; 
13.2 Levar concessões negociadas com CEC; 
13.3 Levantar informações e repassar à Equipe de Negociação no momento 
em que estiver próximo do Ponto Crítico; 
13.4 Fazer a algemação do CEC, iniciando a busca pessoal e 
simultaneamente apreendendo armas e objetos encontrados com o mesmo 
no momento da rendição; 
13.5 Conduzir o CEC até local predefinido pelo Comandante do Teatro de 
Operações ainda no Perímetro Imediato; 
13.6 Auxiliar na condução do CEC até a Delegacia de Polícia ou órgão 
competente, conforme deliberação do Gerente do Evento Crítico. 
ESCLARECIMENTOS 
36 
 
1 PROCEDIMENTO DE RENDIÇÃO: Sequência de ações executadas durante 
a liberação de refém/ vítima e rendição do CEC; 
2 TIME DE APOIO: Também chamado de TIME TÁTICO 2, caso seja uma 
fração do Time Tático do BOPE. É composto por no mínimo 3 operadores e 
tem a função de cumprir ações em apoio ao TIME TÁTICO 1. Em casos 
excepcionais de ausência de operadores do BOPE, o TIME DE APOIO 
poderá ser composto pela ROTAM; 
3 Os procedimentos descritos no POP servirão de base para atuação dos 
policiais militares, ressalvados os casos excepcionais, que serão analisados 
conforme o caso concreto, sendo adaptado de acordo com as circunstâncias 
que o caso exigir. 
 
 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO 005.004 
NOME DO PROCESSO 
GERENCIAMENTO DE CRISE 
ETAPA PROCEDIMENTO 
AÇÕES DO PRIMEIRO 
INTERVENTOR EM LOCAL DE EVENTO 
CRÍTICO 
POP 005.001 
ATUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO 
TEATRO DE OPERAÇÕES 
POP 005.002 
ATO DE RENDIÇÃO DO CEC POP 005.003 
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO 
PESSOAS ARMADAS COM O OBJETIVO DE 
COMETER SUICÍDIO 
POP 005.004 
ESTABELECIDO EM REVISADO EM 
27/11/2020 
37 
 
PROCEDIMENTO 
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOAS ARMADAS COM O OBJETIVO 
DE COMETER SUICÍDIO 
RESPONSÁVEL 
GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
MATERIAL NECESSÁRIO 
1 Uniforme de serviço; 
2 Colete balístico; 
3 Pistola .40 com carregador municiado, alimentada e carregada; 
4 Carregadores sobressalentes municiados; 
5 Cinto de guarnição e seus acessórios; 
6 Algemas com chave; 
7 Viatura; 
8 Rádio portátil de comunicação; 
9 Prancheta com bloco para anotações e caneta; 
10 Fita zebrada; 
11 Cones de sinalização. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
1 Constituição Federal/1988 – Art.1º, inciso III; art. 5º, incisos III, XXXIX, XLIX, 
LXI, LXIII, LXIV e art. 144, §5º; 
2 Lei Complementar nº 053/2006 (Lei de Organização Básica da PMPA) – Art. 
4º, XX; 
3 Decreto Estadual nº 647/2013 (Homologa a Resolução nº 204/2012 - 
Regulamenta o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública do Estado 
do Pará) – Itens I, II, III, IV e V; 
4 Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMPA nº 001/2014 DGOp/PMPA 
– Item 5.3. 
ATIVIDADE CRÍTICA 
38 
 
1 Desmobilização do Teatro de Operações. 
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 
1 PRIMEIRO INTERVENTOR 
1.1 Atender a ocorrência conforme o POP nº 005.001 - AÇÕES DO PRIMEIRO 
INTERVENTOR EM LOCAL DE EVENTO CRÍTICO; 
1.2 Permanecer junto à equipe de negociação somente o Policial que 
estabeleceu contato verbal com CEC; 
1.3 Obedecer às orientações técnicas da Equipe de Negociação, inclusive, a de 
se retirar caso necessário; 
1.4 Entregar o CEC ao Corpo de Bombeiros ou ao SAMU após o término da 
crise, a fim de garantir atendimento médico especializado; 
1.5 Preencher o BAPM; 
1.6 Registar a ocorrência junto ao Órgão competente como relator, caso o CEC 
tenha cometido algum ilícito penal. 
 
2 CONTROLADOR 
2.1 Manter contato com o primeiro interventor para confirmar a tipologia da crise; 
2.2 Potencializar as medidas de proteção e segurança inicialmente realizadas 
pelo primeiro interventor; 
2.3 Estabelecer isolamento proporcional ao nível de perigo, utilizando as demais 
guarnições que chegarem ao local da crise para delimitar os perímetros 
mediato e imediato do evento crítico; 
2.4 Realizar contato com CIOp e reforçar o acionamento de órgãos e autoridades: 
Gerente, BOPE, ROTAM, SAMU, unidade de resgate do CBM, órgãos de 
trânsito; 
2.5 Coletar (com familiares, amigos ou vizinhos presentes no local) o maior 
número informações sobre o CEC; 
2.6 Repassar todas as informações coletadas à Tropa especializada e ao gerente 
da crise; 
2.7 Auxiliar o gerente da crise na organização do Teatro de Operações; 
2.8 Manter o isolamento durante toda ocorrência e desmobilizá-lo somente após 
a determinação do Gerente do Evento Crítico.39 
 
3 POLICIAMENTO DE 2º ESFORÇO DE RECOBRIMENTO 
3.1 Estabelecer fisicamente o isolamento do Perímetro Imediato; 
3.2 Impossibilitar o acesso de pessoas ao Perímetro Imediato sem autorização do 
Gerente, inclusive policiais; 
3.3 Desmobilizar o isolamento do Perímetro Imediato somente após 
determinação do Gerente do Evento Crítico. 
4 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO 
4.1 Aproximar-se do Primeiro Interventor, garantindo sua proteção balística e 
assessoramento técnico; 
4.2 Aplicar técnicas de negociação para persuadir o CEC a não cometer o 
suicídio; 
4.3 Empregar técnicas de negociação para facilitar a utilização de outra 
alternativa tática, caso necessário; 
4.4 Manter comunicação com o Comandante do Teatro de Operações e as outras 
Equipes Táticas. 
 
5 TIME TÁTICO 
5.1 Executar ações descritas no POP nº 030.002 - ATUAÇÃO DO TIME TÁTICO 
NO TEATRO DE OPERAÇÕES; 
6 ATIRADOR POLICIAL DE PRECISÃO 
6.1 Proceder ações descritas no POP 030.004 - EMPREGO DO ATIRADOR 
POLICIAL DE PRECISÃO COMO ALTERNATIVA TÁTICA. 
7 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO 
7.1 Chefiar o Posto de comando; 
7.2 Definir o local do posto de comando, da sala de triagem e o local para a 
imprensa; 
7.3 Organizar o Teatro de Operações, reajustando os perímetros de isolamento, 
caso seja necessário; 
7.4 Gerir os recursos humanos e materiais no local do Evento Crítico; 
7.5 Informar superiores hierárquicos e autoridades pertinentes a respeito da 
ocorrência visando a gestão política do Evento Crítico; 
7.6 Reforçar a atribuição de cada envolvido na ocorrência; 
7.7 Decidir pela ação das Equipes Táticas, conforme assessoramento do 
40 
 
Comandante do Teatro de Operações; 
7.8 Controlar as informações, imagens e vídeos a serem repassados à imprensa. 
8 COMANDANTE DO TEATRO DE OPERAÇÕES 
8.1 Auxiliar na montagem do posto de comando e definição dos perímetros de 
isolamento; 
8.2 Aconselhar tecnicamente o Gerente do Evento Crítico e líderes de equipes 
táticas; 
8.3 Analisar tecnicamente a respeito da utilização das alternativas táticas; 
8.4 Coordenar as providências que devem ser tomadas após o término da 
ocorrência; 
8.5 Auxiliar no controle das informações, imagens e vídeos a serem repassados à 
imprensa. 
ESCLARECIMENTOS 
1 Quando constatadas ocorrências cujo CEC não esteja armado e apresente 
objetivo de cometer o suicídio, deverá ser acionado o Corpo de Bombeiros 
Militar, podendo os policiais militares prestarem apoio durante o atendimento 
da ocorrência; 
2 Caso o CEC esteja armado em locais de meio líquido ou inflamável, ou que 
envolva altura, solicitar apoio do Corpo de Bombeiros Militar, para atuar em 
conjunto; 
3 Caso o CEC armado seja policial militar, o oficial psicólogo de plantão da 
PMPA deverá ser acionado para auxiliar a equipe de negociação; 
4 GERENTE DO EVENTO CRÍTICO: é o mais antigo presente no local. É 
assessorado diretamente pelo Comandante do Teatro de Operações. 
Responsável pelas tomadas de decisões, supervisiona todas as ações e 
ordena a utilização das alternativas táticas. Realiza a gestão política do 
Evento Crítico; 
5 COMANDANTE DO TEATRO DE OPERAÇÕES: autoridade técnica, Oficial 
da Unidade de Operações Especiais – BOPE que coordena e controla as 
Forças de Operações Policiais Especiais no Teatro de Operações (equipes 
táticas) ou Comandante UPO, caso não haja unidade especializada na área 
de operações; 
6 CONTROLADOR: policial militar com poder de coordenação e controle dos 
41 
 
recursos logísticos e humanos locais. Ele é o responsável por redefinir o 
isolamento e implementar medidas de proteção e segurança. Normalmente é 
o segundo mais antigo pertencente ao Policiamento da Área após o Gerente 
(considerando que este também pertence ao Policiamento da Área); 
7 PRIMEIRO INTERVENTOR: é a primeira Guarnição Policial Militar que chega 
em uma ocorrência típica de um Evento Crítico e toma as medidas iniciais 
necessárias: conter, informar e acionar apoio, isolar, verbalizar, estabilizar, 
não fazer concessões; 
8 EVENTO CRÍTICO: é um fato humano excepcional, de natureza criminal ou 
não, relacionado à segurança pública e que venha a ameaçar vidas de 
pessoas envolvidas direta ou indiretamente, cujo atendimento técnico seja de 
competência do Sistema de Segurança Pública; 
9 CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - CIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe 
e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico na Região Metropolitana de Belém; 
10 NÚCLEO INTEGRADO DE OPERAÇÕES - NIOp: é o órgão responsável por 
mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do 
Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe 
e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de 
ocorrências de urgência e emergência na área de segurança pública, 
permitindo o despacho oportuno de guarnições com o objetivo de promover 
um atendimento estratégico em determinados municípios. Os núcleos 
realizam o atendimento via contato 190; 
11 UNIDADE OPERACIONAL DE POLÍCIA OSTENSIVA - UPO: são os órgãos 
de execução da Polícia Militar do Pará responsáveis pela polícia ostensiva, 
executando, por meio de diretrizes e ordens, a atividade-fim da corporação 
para cumprimento de suas missões e destinação; 
12 TEATRO DE OPERAÇÕES - TO: é o cenário da crise, local da ocorrência, 
visão ampla do espaço físico; 
42 
 
13 PONTO CRÍTICO: local específico onde está localizado o CEC; 
14 CAUSADOR DO EVENTO CRÍTICO – CEC: pessoa que coloca em risco ou 
ameaça a vida de pessoa (s) dentro de um evento crítico. Nesta situação, a 
pessoa que se coloca como pretenso suicida também se enquadra como de 
CEC; 
15 EQUIPE DE NEGOCIAÇÃO: primeira alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises; 
16 ATIRADOR POLICIAL DE PRECISÃO – APP: terceira alternativa tática a ser 
utilizada em um gerenciamento de crises; 
17 TIME TÁTICO – TT: quarta alternativa tática a ser utilizada em um 
gerenciamento de crises; 
18 ISOLAMENTO DO PONTO CRÍTICO: ponto crítico é o ponto central 
(epicentro) do evento crítico, onde se encontram o CEC, os reféns e/ou 
vítimas. O perímetro divide-se em interno e externo. O perímetro interno deve 
ser isolado e subdivide-se em: 
18.1 PERÍMETRO IMEDIATO: zona estéril, local onde fica o ponto crítico do 
Evento Crítico. É uma zona de controle absoluto onde só pede permanecer 
o CEC, os policiais designados (equipe de negociação e Time Tático), os 
reféns e/ou vítimas, sendo seu tamanho proporcional à ameaça (arma ou 
instrumento) de posse do CEC; 
18.2 PERÍMETRO MEDIATO: zona tampão entre o perímetro imediato e o 
externo/ curiosos, tendo como finalidade limitar o acesso de pessoas não 
autorizadas. Nessa zona deve ter acesso à equipe de Gerenciamento de 
Evento Crítico, os grupos de apoio e suporte (médicos, psicólogos, 
engenheiros, técnicos, policiais especializados, policiais explosivistas, 
serviço de inteligência, etc.), enfim todas as pessoas envolvidas 
tecnicamente na resolução do evento crítico. 
19 POSTO DE COMANDO: local que centraliza a autoridade e o controle no 
Gerenciamento de Crises, servindo também como ponto de tomada de 
decisão. Pode ser um local improvisado ou previamente destinado para tal, 
como um veículo com essa função. Normalmente é estabelecido dentro do 
Perímetro Mediato, podendo também ficar no Perímetro Externo caso haja 
logística favorável; 
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20 SALA DE TRIAGEM: local destinado à busca pessoal e entrevista de reféns e 
vítimas liberados do Ponto Crítico, além das pessoas fontes de informação 
que serão usadas como ferramenta pela Equipe de

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