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orientação 5 - Fontes Não Estatais do Direito

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FONTES NÃO-ESTATAIS
O COSTUME JURÍDICO – é norma jurídica obrigatória, imposta ao setor da realidade que regula, passível de imposição pela autoridade pública e em especial pelo Poder Judiciário, ou seja, é uma norma não-escrita que surge da prática de longa, diuturna e reiterada sociedade.
	Costume Jurídico
	=
	Costume Social
	Convicção de obrigatoriedade, ou seja, a prática reiterada, para ter característica de costume jurídico, deve ser aceita pela comunidade como de cunho obrigatório. 
Ex. Cheque pré-datado, fixar taxa para serviço de corretor de imóveis.
	
	Não há convicção de obrigatoriedade.
Tem natureza moral, social ou religiosa, mas a obediência não é obrigatória. 
Ex. Andar na moda, comer três vezes ao dia, ir à igreja.
	Costume Jurídico
	=
	Lei
	- aspecto informal, não escrito.
- sanção não tão clara, mas com obrigatoriedade de cumprimento.
- surge no próprio seio da coletividade.
- pode trazer incerteza pois não é escrito (a quem se destina? quando começa? quando termina?).
- em uma ação judicial deve ser provado. (art. 337 do CPC*)
	 
	- aspecto formal, escrito.
- sanção clara e obrigatória.
- imposta do Estado para a coletividade.]
- traz certeza da sua aplicação, a quem se destina e como é publicado por diário oficial, sabe-se sua data inicial.
- em uma ação judicial, em regra, não precisa ser provado.
* Art. 337 – A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
 Testemunhas; cópias de decisão recente; perícias que comprovem 
 negócios estabelecidos com base em costume...
CLASSIFICAÇÃO
 1 - Costumes segundo a lei (secundum legis) – Quando a lei expressamente determina ou permite sua aplicação. 
Ex.: art. 615 do Código Civil – Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeita-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza. 
		
2 – Costume na falta da lei (praeter legem) – existe quando intervém na falta ou omissão da lei. Funciona preenchendo o ordenamento jurídico, evitando o aparecimento de lacuna na lei.
Ex.: Cheque pré-datado. A lei 7.357/85 que regulamenta a questão do cheque no Brasil não regulamenta a questão do cheque pré-datado, que surgiu como um costume desde do ano de 1973, com a intervenção do governo no mercado e também com a questão da inflação.
3 – Costume contra a lei (contra legem) – existe quando o costume 
 contraria a lei.
 desuetudo – o desuso, quando a lei deixa de ser aplicada, por já não corresponder à realidade e em seu lugar terem surgido novas regras costumeiras. 
Ex.: art. 215 do CP – Ter conjunção carnal com mulher honesta mediante fraude; art. 216 do CP – Induzir mulher honesta, mediante fraude, a praticar ou permitir que com ela se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Em desuso durante muitos anos, só recebendo nova redação com a lei 11.106/2005. 
 Ab-rogatório – cria nova regra apesar da existência de lei vigente. Ex.:art.401CPC não admite contrato de grande valor por prova testemunhal e sim apenas por doc., na medida que a jurisprudência admite a prova testemunhal na compra de gado em Barretos.
A DOUTRINA – 
Resultado do estudo que pensadores – juristas e filósofos do Direito – fazem a respeito do Direito.
Tem fundamental importância tanto na elaboração da norma jurídica quanto em sua interpretação e aplicação pelos tribunais.
É o conjunto das investigações científicas e dos ensinamentos dos juristas.
 O estudioso ou pesquisador pode ser um estudante universitário, um advogado, um promotor, um juiz, um procurador.
Os argumentos, para serem válidos e respeitados, têm que ter sustentação e o autor, prestígio.
O parecer também é modalidade importante de doutrina, trata-se de opinião de doutrinadores sobre certas questões jurídicas.
A doutrina pode ser utilizada para embasar decisões, petições e jurisprudências.

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