Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
2 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
Sumário 
 
 
 
ANEMIAS......................................................................................................................................................................... 3 
PANCITOPENIA ............................................................................................................................................................. 11 
HEMOSTASIA E TROMBOSE .......................................................................................................................................... 16 
LIFONODO E ESPLENOMEGALIA ................................................................................................................................... 20 
ARRITMIAS .................................................................................................................................................................... 24 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ............................................................................................................................................. 31 
VALVOPATIAS ............................................................................................................................................................... 34 
DOR TORÁCICA ............................................................................................................................................................. 35 
ARTRITES ....................................................................................................................................................................... 40 
COLAGENOSES .............................................................................................................................................................. 45 
VASCULITES .................................................................................................................................................................. 48 
DISTÚRBIO ÁCIDOBÁSICO ............................................................................................................................................. 52 
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS ............................................................................................................................... 54 
SÍNDROMES DOS COMPARTIMENTOS RENAIS ............................................................................................................. 56 
SÍNDROME URÊMICA .................................................................................................................................................... 62 
CEFALEIAS ..................................................................................................................................................................... 66 
CRISES EPILÉPTICAS ...................................................................................................................................................... 71 
FRAQUEZA MUSCULAR ................................................................................................................................................. 73 
SÍNDROME NEUROVASCULAR ...................................................................................................................................... 78 
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS ........................................................................................................................................ 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CLÍNICA MÉDICA 
ANEMIAS 
Fisiologia – eritropoiese 
Eritropoetina (rim) > Eritroblastos (MO) > formação de Hb no citoplasma + perda do núcleo > Reticulócitos 
(circulação) > 24h > Hemácias > 120 dias > hemocaterese (baço) 
 
Classificação 
HIPERPROLIFERATIVA – 
MO consegue responder 
HIPOPROLIFERATIVA – 
MO não consegue responder 
Reticulocitose (> 2%) 
 
Anemia hemolítica 
Sangramento agudo 
Sem reticulocitose ( hemoglobina 
 
Deficiência na produção de Hb > hemácia fica pequena e sem cor = ANEMIAS MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS 
FERRO ALTO 
Protoporfirina  Sideroblástica 
Globina 
 Talassemias – quantidade 
 Anemia falciforme – qualidade, não altera tamanho/cor 
FERRO BAIXO Ferro 
 Ferropriva 
 Doença crônica 
 
Diagnóstico 
Hm 4-6 milhões 
Hb 12-17 
Ht 36-50% (3x Hb) 
VCM – tamanho 80-100 
HCM – qt de Hb na hemácia 28-32 
CHCM 32-35 
RDW – anisocitose 10-14% 
Reticulócitos 0.5-2% 
Leucócitos 5.000-11.000 
Plaquetas 150.000-400.000 
*HCM / CHCM aumentado (hipercrômica): esferocitose!!!! 
 
Microcíticas Normocíticas Macrocíticas 
 Ferropriva 
 Doença crônica 
 Talassemia 
 Sideroblástica – hereditária 
 Ferropriva 
 Doença crônica 
 DRC 
 Anemias hemolíticas 
 Anemia aplásica 
 Megaloblástica 
 Hipotireoidismo 
 Sd. de Diamond-Blackfan 
 Etilismo crônico 
 Sideroblástica – adquirida 
 
ANEMIAS HIPOPROLIFERATIVAS 
ANEMIA FERROPRIVA 
a. Fisiopatologia 
Ferro proveniente da dieta (carne!) > absorção no duodeno/jejuno proximal (só 30-50% é absorvido, ácido ajuda na 
absorção) > ferro no enterócito > transferrina (produzida no fígado) carrega o ferro para a MO > formação de Hb > 
formação de hemácias > hemácia vive 120 dias > hemocaterese no baço > Hb libera ferro > ferro tem 2 caminhos: 
transferrina leva de volta para MO para ser reutilizado ou é estocado na forma de ferritina 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
4 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
1) Depleção dos estoques – diminuição da ferritina 
2) Aumento da produção de transferrina como tentativa de compensação – TIBC aumenta 
3) Diminuição do ferro sérico – saturação da transferrina diminui 
4) Anemia – normocítica > microcítica > hipocrômica 
 
b. Clínica 
 Síndrome anêmica: palidez, astenia, cefaleia, angina, dispneia 
 Carência nutricional: glossite, queilite angular 
 Carência de ferro: perversão do apetite (PICA / pagofagia – gelo!), coiloníquia, disfagia (Plummer-Vinson), 
esclera azul 
*Pode ter esplenomegalia! 
 
 
 
c. Diagnóstico 
 Ferritina baixa ( 360) 
 Ferro sérico baixo ( micro/hipo 
 RDW alto 
 Trombocitose 
 Protoporfirina alta 
 
d. Conduta 
Investigar causa 
 Crianças: desmame precoce, ancilostomíase (eosinofilia..) 
 Adultos: hipermenorreia, sangramento GI crônico – > 50 anos: colono + EDA 
Sulfato ferroso 
 Criança: 3-5mg/kg/dia de Fe elementar 
 Adultos: 300mg (60mg de Fe elementar) 3x/dia 
 Duração: 6m-1 ano após correção da anemia ou ferritina > 50 
 Reposta: aumento de reticulócitos (pico 7-10 dias) > Hb 
 
ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA 
a. Fisiopatologia 
Doença crônica > produção de citocinas > aumento da produção de hepcidina pelo fígado > ferro fica “preso” na 
ferritina + reduz absorção intestinal do ferro 
 
b. Etiologia 
 Infecciosas 
 Inflamatórias 
 Neoplásicas 
 
c. Diagnóstico 
 Anemia normo/normo 
 RDW normal 
 Ferro sérico baixo 
Saturação da transferrina = 
Ferro / TIBC – normal: 30-40% 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realcede baixa amplitude e longa duração 
 Sopro mesossistólico (“em diamante” / em crescente e decrescente) com 
irradiação para carótidas 
 Fenômeno de Galavardin: ausculta do sopro da estenose aórtica no foco 
mitral 
 Síndrome de Heyde – estenose aórtica + angiodisplasia (deficiência 
adquirida de FvWB) 
 B4 
INSUFICIÊNCIA MITRAL 
 Sopro holossistólico (“em barra”) 
 B3 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA 
 “Tudo pulsa” 
 Sopro protodiastólico em foco aórtico acessório (3º EIC esquerdo) 
 B3 
 Estenose mitral funcional (jato regurgitante gera estenose mitral) – sopro 
de Austin-Flint 
 Piora com bradicardia – aumenta tempo de diástole (“angina noturna”) 
 
Pulso de Corrigan: pulso em martelo d’água 
Sinal de Quincke: dedo 
Sinal de Muller: úvula 
Sinal de Musset: cabeça 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
35 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DOR TORÁCICA 
NÃO-ISQUÊMICA ISQUÊMICA 
Pericardite 
Dissecção de aorta 
Pleuropulmonar 
Músculo-esquelética – costocondrite 
Gastrointestinal 
Fatores de risco + “angina típica” 
 
Desconforto retroesternal 
Piora com esforço / estresse 
Melhora com repouso / nitrato 
 
Avaliação inicial: ECG + RX de tórax 
 
DISSECÇÃO DE AORTA AGUDA 
Ruptura da camada íntima > dissecção da parede > formação de falsa luz 
 
a. Fatores de risco 
 HAS 
 Trauma 
 Síndrome de Marfan 
 Espondilite anquilosante 
 
b. Clínica 
 Dor torácica súbita, intensa, com irradiação para o dorso (região interescapular) 
 
Aorta ascendente 
 IAM – disseca coronárias 
 Insuficiência aórtica 
 Tamponamento cardíaco – disseca folhetos pericárdicos 
Arco aórtico 
 Diferença de PA – disseca subclávia 
 Síncope / AVCi – disseca carótida 
Aorta descendente 
 Hemotórax 
 Isquemia mesentérica 
 Isquemia renal 
*O trombolítico (IAM, AVCi) é contraindicado na suspeita de dissecção de aorta! 
 
c. Classificação 
STANFORD DEBAKEY 
A) Ascendente 
I) Ascendente + Descendente 
II) Ascendente 
B) Descendente 
III) Descendente 
a. Proximal 
b. Distal 
 
 
arthu
Nota
ASSIMETRIA DE PRESSÃO ARTERIAL EM MEMBROS
SOPRO DIASTOLICO(POR INSUFICIENCIA AORTICA DEVIDO A DISSECÇÃO)
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
36 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Diagnóstico 
 Estável: angioTC / angioRM 
 Instável: ecocardiograma transesofágico 
 
d. Tratamento 
CLÍNICO – 
alvos: PA 100-110 e FC 15-20min 
Instalação rápida, “em crescendo” 
Pequenos esforços, repouso 
Náuseas, vômitos 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Nota
INFARTO RENAL OU MESENTERICO
arthu
Nota
PARA FAZER UMA SCA DEVE ACOMETER TODA A PAREDE(INFARTO TRANSMURAL)=SUPRA DE ST
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
37 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*Mulher, idoso, obeso, transplante, DRC: apresentação atípica! 
*Angina de Prinzmetal: vasoespasmo – geralmente tabagista 
 
SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA 
a. Abordagem inicial 
1) ECG DE REPOUSO – geralmente inespecífico 
 Onda T simétrica e pontiaguda 
 Desnivelamento de ST 
 Normal 
 
2) TESTE PROVOCATIVO – funcional 
TESTE ERGOMÉTRICO – 
esforço 
 Alterado: infra de ST ≥ 1mm 
 Alta disponibilidade e baixo custo 
 Indicação: probabilidade intermediária 
 Limitações: incapacidade física, ECG de base alterado (HVE, BRE) 
CINTILOGRAFIA / PET – 
perfusão por radionuclídeos 
 Alterado: defeito na perfusão com esforço 
 Localiza melhor 
 Avalia viabilidade miocárdica – lesão reversível ou não reversível? 
 Valor prognóstico! 
ANGIOTC / ANGIORM – 
testes anatômicos 
 Alterado: TC com escore de cálcio > 400 (grave) 
 Identifica a lesão coronariana 
 Elevado VPN – exclui doença!!!!!!!! 
 Limitações: menor disponibilidade, a lesão pode ser ocasional 
CATETERISMO CARDÍACO (CAT) / 
CORONARIOGRAFIA – 
padrão-ouro 
 Indicações: causa indefinida, angina limitante e refratária, teste de 
esforço de alto risco (isquemia com baixa carga, múltiplos defeitos 
de perfusão) 
 Limitação: a lesão pode não ser culpada 
REFINAMENTOS PARA O CAT – 
a lesão que eu vi no CAT é culpada pelos sintomas? 
 
Angiografia quantitativa 
USG intravascular 
Reserva de fluxo fracionada (FFR ≤ 0.8) 
 
Se limitação física, fazer estresse farmacológico: 
Cintilografia com dipiridamol 
Ecocardiograma / RM com dobutamina 
 
b. Tratamento – aumentar perfusão e diminuir demanda 
▪ TERAPIA ANTITROMBÓTICA – controlar a obstrução 
 AAS – se contraindicação: Clopidogrel 
 Estatina de alta potência (Atorvastatina, Rosuvastatina) 
 
▪ TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA – controlar PA e FC (duplo-produto) 
 Betabloqueador – se contraindicação: BCC 
 IECA/BRA 
 Nitrato SL/VO – não altera sobrevida!! 
 
Refratários – indicação de CAT + intervenção 
 Trimetazidina 
 Ivabradina 
 Alopurinol 
 
ABC 
A – AAS 
B – Betabloqueador 
C – Captopril / Colesterol 
D:dislipidemia
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
38 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Angioplastia x CRVM 
CRVM 
 Sintax > 22 
 Lesão de tronco 
 Disfunção de VE 
 DM 
 DA proximal 
 TrivascularSÍNDROME CORONARIANA AGUDA 
Placa instável 
SUBOCLUSÃO OCLUSÃO TOTAL 
ANGINA INSTÁVEL (Troponina negativa) 
x 
IAM SUBENDOCÁRDICO (Troponina positiva) 
 
ECG: sem supra de ST – 
pode ter inversão de onda T, infra de ST ou normal 
 
IAM TRANSMURAL (Troponina positiva) 
 
ECG: com supra de ST 
 
KILLIP 
I Assintomático 
II Dispneia + B3 + turgência jugular 
III Edema agudo de pulmão 
IV Choque cardiogênico 
 
a. Abordagem inicial 
ECG Posterior 
Lateral alta Inferior 
 
Supra Infra 
Onda q necrose R ampla 
*O supra gera o infra!! 
 
3) AVALIAR MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA 
 Mioglobina – mais precoce, mas não é específica 
 CK-MB 
 Troponina T ou I (> p99) – mais sensível e específico 
 
b. Tratamento 
SÍNDROME CORONARIANA SEM SUPRA DE ST 
▪ TERAPIA ANTITROMBÓTICA 
 AAS 
 Ticagrelor, Prasugrel, Clopidogrel (inibidor P2Y12) 
 Atorvastatina, Rosuvastatina (estatina) 
 Heparina (HPBM, HNF) 
 
▪ TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA 
 Betabloqueador VO 
 IECA 
 Nitrato SL (até 3x) / Nitroglicerina IV 
Contraindicações 
BB 
 Sinais de IC 
 BAV 
 Broncoespasmo 
 Risco alto para choque cardiogênico: > 70 anos, PA 110, cocaína 
Nitrato 
 Hipotensão 
 IAM de VD 
 Sildenafil 140 
RETARDADA 
 150kg 
Morfina: dor refratária 
O2: sat 50% 
 
c. Complicações 
 FV – principal causa de óbito pré-hospitalar, avaliar CDI 
 Infarto de VD – associação com IAM de parede inferior (50%), NÃO 
FAZER diurético / morfina / nitrato 
 CIV / insuficiência mitral – CIV: sopro sistólico na borda esternal, Ins. Mitral: sopro holossistólico com 
irradiação para axila em ápice – suporte + cirurgia!!! 
 Pericardite: aguda ( disfunção regional transitória do VE 
 Mulher 60-75 anos + dor torácica, dispneia, choque 
 Gatilho (35%) 
 ECG com supra de ST + aumento de troponinas + CAT normal 
 Pode ter aumento do BNP 
 Reversível em 1-4 semanas 
 Diagnóstico: ventriculografia / eco / RM – balonamento apical sistólico 
 Tratamento: suporte – inotrópico / drogas IC / anticoagulação (trombo, FE 50 anos, quadro crônico 
CDI: 
PCR, TV sustentada, FE 1h 
 Poupa IFD 
 
MÃOS 
 Desvio ulnar dos dedos 
 Dedo em pescoço de cisne 
 Dedo em abotoadura 
“PÉS”  Joelho: cisto de Baker – se romper, simula TVP 
PUNHOS  Punho em dorso de camelo – síndrome do túnel do carpo (n. mediano) 
 
 
 
▪ MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES (40%) – altos títulos de FR e anti-CCP 
 Pericardite – mais comum 
 Nódulos (em qualquer local) 
 Síndrome de Sjogren – ocular mais comum 
 Derrame pleural – glicose muito baixa! 
 Vasculite 
 Síndrome de Caplan (AR + pneumoconiose) 
 
c. Diagnóstico 
≥ 6 critérios 
 
 
Articulações – 
desconsiderar IFD 
 1 grande (0) 
 2-10 grandes (1) 
 1-3pequenas (2) 
 4-10 pequenas (3) 
 > 10 pequenas (5) 
M(IgM)arília G(IgG)abriela 
Peguei nojo de vasca 
Síndrome de Felty: 
AR + neutropenia + esplenomegalia 
Acometem IFD: 
Osteoartrite 
Artrite psoriásica 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
42 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Sorologia – 
FR / anti-CCP 
 Negativos (0) 
 Baixos títulos (2) 
 Altos títulos (3) 
Inflamação – 
VHS / PCR 
 Normais (0) 
 Aumentados (1) 
Duração 
 reação cruzada 
 
 
b. Clínica – 5-15 anos 
ARTICULAÇÃO – 
mais comum 
 Poliartrite migratória, assimétrica, grandes articulações 
 Duração: 2-4 semanas 
CORAÇÃO 
 Pancardite 
 Aguda ( precipitação de ácido úrico > leucócito fagocita ácido úrico 
precipitado após variação da uricemia ou trauma > reação inflamatória 
 
b. Clínica 
 Fator precipitante: variação da uricemia ou trauma 
 Podagra – quanto mais distal, mais típico 
 Mono/oligoartrite intensa – dd com artrite séptica 
*Pode ocorrer com uricemia normal! 
 
c. Diagnóstico 
 Artrocentese: cristais no interior de leucócitos com birrefringência 
negativa sob luz polarizada 
 
d. Tratamento 
1) Interromper a crise 
 AINEs (indometacina, naproxeno) – NÃO pode AAS (causa variação da uricemia!) 
 Colchicina – paralisa leucócito intra-articular 
 Inibidor IL-1 (anakinra, canaquinumabe) – se refratário 
 
2) Prevenir recidiva – se ≥ 2 crises/ano 
 Afastar fatores de risco – álcool, tiazídico 
 Colchicina > Alopurinol (diminui síntese), Probenecida (aumenta uricosúria – se uricosúria 9 
 Uricosúria > 1.100mg/24h 
Pseudogota – 
pirofosfato de cálcio 
 Causas: hiperparatireoidismo, trauma, hemocromatose 
 Artrocentese: cristais com birrefringência positiva de formato romboide 
 RX: condrocalcinose 
 
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL 
 4 articulações 
 “AR-like” 
 FR variável: > 10 anos positivo,Constitucional  Febre > 38.3 
Hematológico 
 Leucopenia 
 Plaquetopenia 
 Anemia hemolítica autoimune 
Pele/mucosa 
 Alopecia 
 Úlcera oral indolor 
 Rash malar (agudo) 
Diferentemente da artrite séptica, 
a infecção ocorre em um local 
distante da articulação! 
Libman-Sacks: endocardite imune (estéril!) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
46 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Renal 
 Proteinúria > 0.5g/24h 
 Nefrite classe II/V 
 Nefrite classe III/IV 
Serosa 
 Derrame pleural/pericárdico 
 Pericardite aguda 
Articulação  ≥ 2 articulações (artrite, rigidez matinal) 
Neurológico 
 Delirium 
 Psicose 
 Convulsão 
IMUNOLÓGICO 
Ac antifosfolipídio 
 Anticardiolipina 
 AntiB2-glicoproteína1 
 Anticoagulante lúpico 
Complemento (C3, C4) 
 1 fração baixa 
 2 frações baixas 
Ac do LES 
 Anti DNA-dh 
 Anti-Sm 
 
F Febre 
A Anticorpos (anti-DNA e anti-Sm) 
N Neurológico 
D Diminuição do complemento 
A Antifosfolipídios 
R Renal 
A Artrite 
S Serosite 
H Hematológico 
 
DICAS! 
FAN + nefrite IV 
FAN + 3 critérios 
 
d. Classificação e tratamento 
Brando – pele / mucosa / articulação / serosa 
 Corticoide tópico 
 Antimaláricos – cloroquina, hidroxicloroquina 
 Corticoide sistêmico (dose anti-inflamatória!) 
Moderado – “penias” sanguíneas  Corticoide sistêmico (dose imunossupressora) 
Grave – rim / cabeça 
 Imunossupressão (corticoide + ciclofosfamida / 
micofenolato) 
 
e. Complicações 
NEFRITE LÚPICA 
Mais comum e mais grave: classe IV (difusa) 
Anti-DNAdh + queda de complemento (C3, C4) 
*Exceção: classe V (membranosa) > síndrome nefrótica + pode ter anti-DNAdh negativo e complemento normal 
 
LES FARMACOINDUZIDO (SÍNDROME LUPUS-LIKE): 
anti-histona (FAN homogêneo) + lúpus brando (poupa rim e SNC) + não consome complemento + 
procainamida (maior risco) / hidralazina (mais comum) / d-penicilamina 
 
SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE (SAAF) 
a. Diagnóstico 
1 clínico + 1 laboratorial 
CLÍNICO  Trombose (venosa ou arterial) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
47 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Morbidade gestacional: 
 ≥ 3 perdas 10 semanas 
 Prematuridade ≤ 34 semanas por complicação uteroplacentária 
LABORATORIAL – 
2 dosagens > 12 
semanas 
 Anticardiolipina IgM ou IgG (> p99, > 40) – trombose arterial 
 Anti-B2glicoproteina1 IgM ou IgG (> p99, > 40) 
 Anticoagulante lúpico – trombose venosa, PTTa alargado 
*Síndrome catastrófica: ≥ 3 órgãos 
b. Tratamento 
Assintomáticos AAS ou nada 
Gestante + perda fetal prévia Heparina profilática + AAS 
Trombose Heparina terapêutica para sempre 
 
SÍNDROME DE SJOGREN 
Risco de linfoma não-Hodgkin! 
a. Diagnóstico 
Anti Ro/anti-La ou biópsia de lábio inferior + clínica comprovada 
Teste de Schirmer 
BUT 
Fluxo salivar 
Cintilografia salivar 
*Sempre suspeitar se FAN + FR 
 
ESCLERODERMIA (ESCLEROSE SISTÊMICA) 
Anticorpo contra tecido conjuntivo > vasoconstrição mantida > fibrose tecidual (cicatrização) 
Pele / esôfago / rim / pulmão 
 
a. Epidemiologia 
 Mulher de meia-idade (30-50 anos) 
 
b. Clínica – FAN positivo (90-95%) padrão nucleolar 
ESÔFAGO 
 Disfagia de condução 
 Refluxo 
RIM 
 Crise renal (vasoespasmo difuso): HAS + oligúria + anemia hemolítica 
microangiopática 
PULMÃO 
 Alveolite com fibrose 
 Hipertensão pulmonar 
*Alveolite: vidro fosco / Fibrose: faveolamento 
PELE 
 Fenômeno de Raynaud – alteração trifásica dos dedos (palidez > cianose > rubor) 
 Esclerodactilia – espessamento da pele, “mão em garra” 
 Úlceras puntiformes em polpas digitais 
 Fácies de esclerodermia – microstomia, nariz fino 
 Calcinose – cálcio no subcutâneo 
 Telangiectasia 
 
 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
48 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Classificação – formas sistêmicas 
CUTÂNEA DIFUSA CUTÂNEA LIMITADA 
 “Pega pele difusamente” 
 Antitopoisomerase I (anti-Scl 70) 
 Crise renal 
 Alveolite / fibrose 
 “Se limita à pele distal” – anticentro 
 Anticentrômero 
 Síndrome CREST: calcinose + Raynaud + 
esofagopatia + esclerodactilia + telangiectasia 
 Hipertensão pulmonar 
 
d. Tratamento – “apaga incêndios..” 
Raynaud BCC 
Crise renal IECA 
Refluxo IBP 
Alveolite Imunossupressão 
HAP Sildenafil 
*NÃO faz corticoide! 
 
VASCULITES 
Processo imunológico gerando inflamação 
 
a. Clínica 
Sintomas constitucionais (inespecíficos) + 
GRANDES VASOS 
 Arterite de Takayasu 
 Arterite temporal 
 Claudicação 
 Diminuição do pulso 
 Sopro 
*Estenosa, mas não obstrui 
MÉDIOS VASOS – 
MMM 
 Poliarterite nodosa (PAN) 
 Doença de Kawasaki 
 Livedo reticular 
 Mononeurite múltipla 
 Microaneurisma 
*Estenose intermitente com dilatação no meio 
PEQUENOS 
VASOS – 
PPP 
 Poliangeíte microscópica 
 Churg-Strauss 
 Wegener 
 Crioglobulinemia 
 Púrpura de Henoch-Schonlein 
 Púrpura palpável 
 Hemorragia alveolar 
 Glomerulonefrite 
 Uveíte 
*Inflama e aumenta permeabilidade capilar 
VARIÁVEL 
 Behçet 
 Buerger 
 Variável 
*Preferencialmente 
b. Diagnóstico 
Laboratório 
 Aumento de VHS, PCR 
 Anemia de doença crônica 
 Leucocitose / Plaquetose 
 ANCA – associação com lesão glomerular 
 
Confirmação: 
 Biópsia – vaso ou estrutura irrigada 
 Angiografia 
 
GRANDES VASOS 
TAKAYASU TEMPORAL 
Jovem Idosa 
Subclávia, carótida, renal – mais intenso à E Temporal 
Claudicação de MMSS 
Claudicação de mandíbula + hipersensibilidade 
*Associação com polimialgia reumática (50%) 
c-ANCA – antiproteinase 3 p-ANCA – antimieloperoxidase 
 Granulomatose de Wegener 
 Poliangeíte microscópica 
 Churg-Strauss 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
49 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
HAS renovascular – estenose de artéria renal Cegueira – artéria oftálmica 
Coarctação reversa – redução dos pulsos nos MMSS Cefaleia, aumento de VHS, febre de origem indeterminada 
Angiografia Biópsia 
Corticoide / Revascularização (?) Corticoide + AAS 
*Mulheres! 
 
 
 
MÉDIOS VASOS 
POLIARTERITE NODOSA (PAN) 
a. Fisiopatologia 
 Homem de meia-idade 
 
b. Etiologia 
 Idiopática 
 HBV (HBeAg) 
 
c. Clínica 
 Mononeurite múltipla –lesão da vasa nervorum 
 Insuficiência renal / HAS renovascular 
 Angina mesentérica 
 Dor testicular 
 Lesão cutânea – livedo reticular, nódulo, úlcera 
 
d. Diagnóstico 
 Biópsia – nervo, pele, testículo.. 
 Angiografia: múltiplos aneurismas – mesentérica, renal 
 
Outro 
CRIOGLOBULINEMIA – 
pequenos vasos 
 HCV 
 Consome complemento 
 Púrpura palpável, Raynaud, artralgia 
 Tratamento: tratar hepatite C 
 
DOENÇA DE KAWASAKI 
a. Epidemiologia 
 Meninos 1-5 anos 
 
b. Diagnóstico 
5 de 6 
Febre ≥ 5 dias + 
Conjuntivite não exsudativa 
Alteração oral 
Linfadenopatia cervical 
Exantema polimorfo 
Alteração em extremidades 
PAN POUPA PULMÃO!! 
PAN POUPA GLOMÉRULO!! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
50 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
c. Tratamento 
Agudo 
 Imunoglobulina (IVIG) 2g/kg dose única (ideal até 10º dia) + 
AAS 80-100mg/kg/dia até 48h sem febre 
Crônico 
 AAS 3-5mg/kg/dia por 4-6 semanas ou pra sempre (se 
aneurisma) 
 
d. Complicação 
 Aneurisma de coronária – ecocardiograma ao diagnóstico > 1-2 semanas > 4-6 semanas 
 
PEQUENOS VASOS 
GRANULOMATOSE DE WEGENER (COM POLIANGEÍTE) 
a. Clínica – síndrome pulmão-rim que pega nariz 
 Vias aéreas superiores – sinusite, rinite, deformidades (nariz em sela) 
 Pulmão – hemoptise, nódulos 
 Rim – glomerulonefrite, GNRP 
 
b. Diagnóstico 
 c-ANCA positivo 
 Biópsia 
 
c. Tratamento 
 Imunossupressão – prednisona + ciclofosfamida / pulsoterapia 
(grave) / plasmaférese (GNRP) 
 
POLIANGEÍTE MICROSCÓPICA 
a. Epidemiologia 
 Homem de meia idade 
 
b. Clínica 
 PAN (mononeurite múltipla) + síndrome pulmão-rim + p-ANCA 
 
SÍNDROME PULMÃO-RIM 
Granulomatose de Wegener 
Poliangeíte microscópica 
Síndrome de Goodpasture – grave! 
Leptospirose 
LES 
 
CHURG-STRAUSS (GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGEÍTE) 
a. Clínica – vasculite com asma 
 Asma “tardia” – fase prodrômica 
 Eosinofilia + aumento de IgE 
 Infiltrado pulmonar migratório 
 Mononeurite múltipla 
 Vasculite cutânea 
*O quadro renal é brando! 
 
b. Diagnóstico 
 p-ANCA 
 Biópsia pulmonar: granulomas eosinofílicos 
 
Granulomas que podem necrosar! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
51 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Outro 
PÚRPURA DE HENOCH-
SCHONLEIN 
 Menino 3-20 anos 
 IVAS / vacinação > produção de IgA 
 Púrpura palpável (MMII e nádegas) + hematúria 
(Berger) + dor abdominal + artralgia 
 Solicitar US para avaliar acometimento abdominal! 
 Plaquetas normais ou elevadas!!!! – dd com PTI 
 
 
 
DOENÇA DE BUERGER (TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE) 
a. Epidemiologia 
 Homem 35 anos + tabagista 
 
b. Clínica 
 Isquemia/necrose de extremidades 
 Tromboflebite migratória 
 
c. Diagnóstico 
 Angiografia: lesão em saca-rolhas / contas de rosário 
 
DOENÇA DE BEHÇET 
a. Epidemiologia 
 20-35 anos 
 
b. Clínica 
Mucosas  Úlceras orais e genitais dolorosas 
Pele 
 Acne grave 
 Patergia (hiper-reatividade cutânea) – ≥ 2mm em 48h 
Olhos 
 Uveíte 
 Hipópio – pus estéril na câmara anterior 
Outras 
 Artrite 
 Trombose 
 Aneurisma pulmonar – rompimento > hemoptise maciça 
 
c. Diagnóstico 
 ASCA – fases tardias 
 
 
Aterosclerose: 
Mais velhos 
Doença difusa 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
52 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
DISTÚRBIO ÁCIDOBÁSICO 
Manutenção do pH 
Sistema tampão H + HCO3 H2CO3 CO2 + H2O – segundos 
Pulmões e rins 
HCO3: rins – horas a dias 
CO2: pulmões – minutos 
 
Gasometria arterial 
pH 7.35-7.45 
pCO2 35-45 
HCO3 std 22-26 
BE -3 a +3 
Ânion-GAP 8-12 
 
Distúrbios acidobásicos 
Acidose metabólica pH baixo, bic baixo 
Alcalose metabólica pH alto, bic alto 
Acidose respiratória – hipoventilação pH baixo, pCO2 alta 
Alcalose respiratória – hiperventilação pH alto, pCO2 baixo 
 
Se acidose metabólica: 
pCO2 esperada = (bic x 1.5) + 8 ± 2 
 
Se alcalose metabólica: 
pCO2 esperada = bic + 15 
 
ATENÇÃO! 
 A resposta compensatória anda na mesma direção do distúrbio de base (pCO2 e bic aumentam / diminuem) 
– se andarem em direções opostas: distúrbio misto 
 pH normal não exclui distúrbio acidobásico! – avaliar pCO2 e bic: se alterados > distúrbio misto 
 
1) O pH é de acidose ou alcalose? 
 pH 7.45: alcalose 
 
2) Quem justifica: pCO2 ou HCO3? 
 pCO2: respiratório – agudo (BE normal) x crônico (BE alterado) 
 bic: metabólico – calcular pCO2 esperada 
 
3) Pode ser distúrbio misto? 
 pCO2 esperada normal: compensada 
 pCO2 esperada alterada: não compensada / mista 
 
 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
53 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
ACIDOSE METABÓLICA – pH maior afinidade da Hb pelo O2 
 
INTOXICAÇÃO POR METANOL 
Acidose + lesão renal aguda + confusão mental 
História: destilados clandestinos 
Metabólito: ácido fórmico 
Tratamento: bicarbonato + Fomepizol (inibe álcool desidrogenase) / Etanol VO, IV (competição) 
 
INTOXICAÇÃO POR ETILENOGLICOL 
História: anticongelantes (radiadores) 
Metabólito: ácido oxálico 
*Dietilenoglicol: sistema de resfriamento da cervejaria 
 
ALCALOSE METABÓLICA – pH > 7.45 + bic > 26 
Causas 
Hipovolemia 
Aumenta reabsorção de Na > para equilibrar carga positiva 
com negativa, também reabsorve HCO3 
Hipocalemia 
Aldosterona troca Na por H+ > o H+ vem da reação H2CO3 
> H + HCO3 
Hipocloremia Poupa carga negativa e não perde HCO3 
 
HIPOVOLEMIA – hipoclorêmica e hipocalêmica NORMO / HIPERVOLEMIA 
 Perdas digestivas altas – vômitos (EHP) 
 Diuréticos, doenças tubulares 
 Hiperaldosteronismo 
Repor SF 0.9% + KCl 
Adenoma suprarrenal: cirurgia 
Hiperplasia: espironolactona 
Estenose de art. renal: IECA / revascularização 
 
Consequência: acidúria paradoxal – pouco HCO3 na urina 
 
*A hipovolemia + hipocloremia + hipocalemia impedem que o excesso de bic seja eliminado, fazendo com que o pH 
urinário fique ácido – o rim quer jogar o bic pra fora, mas não consegue! 
 
*A hipovolemia é um perpetuador da alcalose metabólica, porque prioriza a reabsorção de Na, que é reabsorvido 
junto com o bic (para equilibrar) – ao dar Cl para esses pacientes, o corpo deixa de reabsorver junto o bic e passa a 
reabsorver Cl, melhorando a alcalose (cloro-responsiva) 
Osm medida – Osm calculada 
> 10 = intoxicação! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur TagliaferreRealce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
54 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS 
DISTÚRBIO DO SÓDIO 
Sobre: 
 Extracelular – 135-145 
 Determina a osmolaridade plasmática – 290 
 Controle: sede e ADH 
 Célula que mais sofre: neurônio 
 
Hiponatremia é sempre hipo-osmolar, exceto: 
 Hiperglicemia: hiponatremia hiperosmolar – quando a glicose aumenta, ela puxa água e dilui o sódio 
 Lipídeo/proteína: hiponatremia isosmolar – o aparelho não lê direito 
 
HIPONATREMIA ( dilui Na) 
a. Causas 
HIPOVOLEMIA – mais comum 
Hipovolemia > produção de ADH 
 Sangramento 
 Perdas digestivas – vômitos, diarreia 
 Perdas urinárias – DIU tiazídico, hipoaldosteronismo 
NORMOVOLEMIA 
 SIADH – osm e Na urinário altos 
 Hipotireoidismo 
 Polidipsia psicogênica – osm e Na urinário baixos ( produção de ADH 
 ICC 
 Cirrose 
*O SRAA também é ativado, mas reabsorve Na + água e, por isso, não interfere na concentração de Na, já que absorve os 2 juntos 
 
b. Clínica – edema neuronal 
 Aguda ( 48h): assintomático 
 
c. Tratamento 
HIPOVOLEMIA  SF 0.9% 
NORMOVOLEMIA  Restrição hídrica + Furosemida + Antagonista do ADH (Vaptanos) 
HIPERVOLEMIA  Restrição hídrica + Furosemida 
 
Reposição de NaCl 3% 
 Indicações: hiponatremia aguda sintomática (Na reabsorção de água livre no TC > hiponatremia > hipervolemia transitória > 
distensão das câmaras cardíacas > produção de ANP > aumenta natriurese (NaU > 40, osm 
urinária aumentada) > normovolemia (a natriurese é compensada pelo secreção inapropriada 
do ADH, que reabsorve muita água e mantém a normovolemia) 
Osm = 2Na + Gli/18 + U/6 
Osm efetiva (tonicidade) = 2Na + Gli/18 
GAP OSMÓTICO = Osm medida – Osm plasmática 
> 10: intoxicação exógena 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
55 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Causas 
 S – SNC (meningite, AVE, TCE) 
 Ia – iatrogênico (psicofármacos – ex: haldol, antidepressivos, anticonvulsivantes) 
 D – doença pulmonar (Legionella, oat cell) 
 H – HIV 
Diagnóstico – 
efeito da ANP > 
natriurese 
 NaU > 40 
 Osmolaridade urinária aumentada (> 100) 
 Uricosúria + hipouricemia ( natriurese > estímulo apropriado ao ADH > perde mais do que 
ganha > hipovolemia 
 Tratamento: volume 
 
HIPERNATREMIA (> 145) – déficit de água / ADH 
a. Causas 
 Incapacidade de pedir água – coma / RN / idoso 
 Diabetes insipidus – central (não produz ADH) / nefrogênico (resistência ao ADH, causa: Lítio) 
 Furosemida 
 Hiperaldosteronismo primário 
 
b. Clínica – desidratação neuronal 
 Cefaleia 
 Hemorragia 
 Coma 
 
c. Tratamento 
 Água VO ou enteral 
 Hipotônicas IV: SG 5%, NaCl 0.45% 
 Reduzir Na em até 10 mEq/L em 24h 
 Cuidado com edema cerebral 
 
DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO 
Sobre: 
 Intracelular – 3.5-5.5 
 Determina a excitabilidade neuromuscular 
 Controle: fluxo celular (alcalose, adrenalina, insulina) e aldosterona (troca Na por K+ ou H+) 
 
HIPOCALEMIA ( ativa SRAA > troca Na pelo K+ 
 
DIABETES INSIPIDUS 
Central: desmopressina 
Nefrogênico: restrição de sal + proteínas > DIU tiazídico 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
56 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Clínica 
 Fraqueza, cãibras 
 Íleo paralítico 
 Cardíaca (ECG): achatamento da onda T + aparecimento da onda 
U + alargamento do QT + onda P apiculada 
*Maior risco de intoxicação digitálica! 
 
c. Tratamento 
 Reposição de KCl VO 3-6g/dia 
*K 5.5) – libera da célula ou retém K+ no rim 
a. Causas 
LIBERAÇÃO 
 Acidose – H+ entra na célula, K+ sai pra compensar 
 Rabdomiólise 
 Lise tumoral 
 Hemólise maciça 
RETENÇÃO 
 Hipoaldosteronismo – ATR tipo IV 
 IECA / Espironolactona 
 Insuficiência renal 
 Heparina 
 
b. Clínica 
 Fraqueza 
 Cardíaca (ECG): onda T “em tenda” + achatamento da 
onda P + QT curto + QRS alargado (sinusoidal) 
 
c. Tratamento 
1) ESTABILIZAR A MEMBRANA 
ECG alterado / K > 6.5: 
 Gluconato de Cálcio 10% (1amp, 2-5min) – estabiliza membrana celular 
 
2) REDUZIR O POTÁSSIO 
Armazenar na célula: 
 Glicoinsulinoterapia (insulina 10U + glicose 50g) 
 B2-agonista inalatório 
 Bicarbonato de sódio – se acidose 
 
Perda renal ou digestiva: 
 Furosemida 
 Resina de troca (sorcal) 
 
Refratários: 
 Diálise 
 
SÍNDROMES DOS COMPARTIMENTOS RENAIS 
SÍNDROMES GLOMERULARES 
Hematúria dismórfica > doença glomerular > biópsia! 
 
 
 
 
Se refratário: corrigir hipomagnesemia! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
57 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SÍNDROME NEFRÍTICA / GLOMERULITE / GNDA 
Fisiopatologia 
Inflamação > deposição de leucócitos nas fendas de filtração > diminuição da filtração > ativação do SRAA > túbulos 
reabsorvem mais Na e água > oligúria > congestão 
Clínica 
Hematúria dismórfica (acantócitos) + HAS + edema (congestão!) 
*Nas questões: tem HAS é sd nefrítica 
 Piúria 
 Cilindros hemáticos 
 Proteinúria subnefrótica (150mg – 3.5g/24h) 
 Aumento de ureia e creatinina – se oligúria prolongada 
 
GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE) 
Faringoamigdalite (após 1-3 semanas) / Piodermite (após 2-6 semanas) > deposição de imunocomplexos no rim 
 
a. Etiologia 
 Streptococcus B-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) – cepas nefritogênicas 
 
b. Epidemiologia 
 5-15 anos 
 
c. Clínica – ótimo prognóstico 
 Síndrome nefrítica E SÓ! 
 
OligúriaProteinúria leve 4 semanas > 8 semanas 
 Hematúria macro 
 HAS 
 Proteinúria nefrótica 
 Função renal persistentemente alterada 
 Complemento baixo 
 
GNPE 
MO: proliferativa difusa 
ME: depósitos subepiteliais eletrodensos – giba/corcova (humps) 
 
e. Tratamento 
 Repouso relativo 
 Restrição hidrossalina 
 Furosemida – diurético + vasodilatador 
 BCC – vasodilatador 
 ATB (Penicilina, macrolídeo) – para erradicação da cepa e impedir transmissão! 
O ATB NÃO diminui o risco de ter GNPE, não 
encurta sintomas, não diminui gravidade! – 
é diferente da febre reumática 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
'
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
58 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS 
DOENÇA DE BERGER (NEFROPATIA POR IGA) 
Deposição de IgA no mesângio 
 
a. Epidemiologia 
 15-40 anos, homens 
 Asiáticos 
 Logo após infecção – sinfaringítica 
 Glomerulopatia 1ª mais comum 
 
b. Clínica 
1) Hematúria macroscópica intermitente (50%) – hematúria > nada > hematúria 
2) Hematúria microscópica persistente (40%) 
3) Síndrome nefrítica (10%) – dd com GNPE: não respeita período de incubação, não consome complemento 
 
c. Diagnóstico 
 IgA sérica e depósitos na pele 
 Biópsia se: HAS, proteinúria > 1g/dia, IRA 
 
d. Tratamento 
 IECA + estatina 
 Grave: corticoide + ciclofosfamida 
 
GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA (GNRP) 
Lesão glomerular com perda da função em dias a meses – síndrome nefrítica 
 
Crescentes (fibrocelulares) em > 50% dos glomérulos 
 
Classificação 
TIPO 1 (10%) 
 Anticorpos anti-membrana basal (anti-MB) 
 IF: padrão linear 
 Doença de Goodpasture 
TIPO 2 (45%) 
 Deposição de imunocomplexos 
 IF: padrão granular 
 LES – consome complemento 
 GNPE – consome complemento 
 Doença de Berger 
TIPO 3 (45%) 
 Pauci-imunes 
 IF: pouco visível – não tem deposição de IC 
 Vasculites ANCA+ 
 
DOENÇA DE GOODPASTURE 
 Síndrome pulmão-rim grave (hemoptise + glomerulonefrite) 
 Diagnóstico: anti-MB + complemento normal + IF com padrão linear 
 Relação com tabagismo 
 Tratamento: corticoide + ciclofosfamida / plasmaférese 
 
 
 
SÍNDROME NEFRÓTICA 
Fisiopatologia 
Alteração na permeabilidade da membrana basal e fendas de filtração > proteinúria (albumina, antitrombina III, 
ferritina, IgG) > fígado tenta compensar produzindo mais proteínas, que também são perdidas na urina, exceto as 
grandes (LDL, alfa2globulina) 
 
Púrpura de Henoch-Schönlein (vasculite por IgA): 
rim + púrpura + artralgia + dor abdominal 
Associação: 
Doença celíaca 
Cirrose 
HIV 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
59 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Clínica 
Proteinúria > 3.5g/dia ou > 50mg/kg/d (crianças) ou RPC > 2mg/kg (crianças) 
*Na prova: proteinúria > 3+/4+ – exame de fita só vê albumina! 
 
 Hipoalbuminemia ( 10 anos de doença) 
 
TIPO + COMUM ACHADO – ME CLÍNICA ASSOCIAÇÃO TTO C3 
LESÃO MÍNIMA 
Crianças 1-8a 
(mais comum) 
Fusão e retração 
podocitária 
Proteinúria > nada > 
proteinúria 
*Proteinúria seletiva 
Linfoma de 
Hodking, 
AINEs 
Corticoide – 
resposta 
dramática! 
N 
GEFS 
Adultos negros 
(mais comum) 
 8s 
HCV 
Corticoide 
Antiviral 
B 
 
SÍNDROMES TUBULO-INTERSTICIAIS 
NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA 
a. Fisiopatologia 
Inflamação do interstício > edema > compressão tubular extrínseca > obstrução do fluxo > IRA oligúrica 
 
b. Etiologia 
 Alergia medicamentosa – B-lactâmico, sulfa, AINE, rifampicina, fenitoína 
 
 
PBE: Pneumococo 
Amiloidose: 
 vermelho do congo! 
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
60 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Clínica 
 Insuficiência renal oligúrica – compressão tubular pelo edema intersticial 
 Dor lombar 
 Febre 
 Rash 
 
Laboratório: 
 Aumento de Ur e Cr 
 Hematúria não-dismórfica 
 Proteinúria subnefrótica 
 Eosinofilúria / Eosinofilia / IgE 
 
d. Diagnóstico 
 Biópsia – em geral, não faz 
 
e. Tratamento 
 Eliminar causa 
 Refratário: corticoide 
 
DOENÇA TUBULAR ESPECÍFICA 
PROXIMAL – reabsorve 
glicose, bicarbonato, ácido 
úrico e fosfato 
▪ GLICOSE 
 Glicosúria renal – sem hiperglicemia! 
 
▪ BICARBONATO 
 ATR tipo 2 (hipocalemia + urina ácida) – causa: bicarbonatúria 
*Ao perder bic (carga negativa) também perde K+ (carga positiva) para equilibrar! 
 
▪ GENERALIZADA 
 Síndrome de Fanconi: glicosúria + fosfatúria + uricosúria + ATR tipo 2 – 
associação com mieloma múltiplo 
ALÇA DE HENLE – 
concentra a medula 
(reabsorve soluto, sem 
reabsorver água, pois é 
impermeável) 
Causas – inibição da Na-K-2Cl (para de reabsorver Na e não concentra a medula) 
 Síndrome de Bartter 
 Furosemida 
 
Clínica 
 Poliúria – não concentra medula > ADH não age 
 Hipocalemia + alcalose – não reabsorve Na > chega mais Na no TCc > 
aldosterona age mais 
 Hipercalciúria – chega mais Na no TD > reabsorve Na ao invés do Ca 
DISTAL – 
reabsorve Na ou Ca 
Causas – inibição da Na-Cl (para de reabsorver Na e só reabsorve Ca) 
 Síndrome de Gitelman 
 Tiazídico 
 
Clínica 
 Hipocalciúria – não reabsorve Na, só reabsorve Ca 
 Hipocalemia + alcalose – não reabsorve Na > chega mais Na no TCc > 
aldosterona age mais 
 Hipomagnesemia 
COLETOR CORTICAL – 
aldosterona: reabsorve Na 
e excreta H+ ou K+ 
Causas▪ ATR TIPO 1 – distal 
 Causa: deficiência na secreção de H+ pelo estimulo da aldosterona 
 Hipocalemia 
 Síndrome de Sjogren 
 
Nefrite intersticial crônica (NIC): 
perda da função renal desproporcional ao ClCr 
– anemia, acidose, noctúria precoces! 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
(mieloma multiplo: inversão albumina/globulina+proteinuria de bence 
jones+hipercalcemia+hiperuricemia)
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
61 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ ATR TIPO 4 
 Causa: hipoaldosteronismo hiporreninêmico (destruição do aparelho 
justaglomerular) – retém H+ e K+ 
 Hipercalemia – única! 
 DM, anemia falciforme 
COLETOR MEDULAR – 
ADH: concentra a urina 
(reabsorve água livre, mas 
depende da ação da alça 
de Henle) 
Causas 
 Diabetes insípidus nefrogênico – resistência ao ADH 
 
Clínica 
 Poliúria 
 Hiposternúria – urina diluída 
 Polidipsia 
 
 ATR TIPO I ATR TIPO II ATR TIPO IV 
Causa Defeito na excreção de H+ Bicarbonatúria Hipoaldosteronismo 
pH urinário Alcalino Normal (ácido) Normal (ácido) 
Potássio Hipocalemia Hipocalemia Hipercalemia 
Associação Síndrome de Sjogren Mieloma múltiplo DM, anemia falciforme 
 
NECROSE DE PAPILA 
a. Causas 
P – Pielonefrite 
H – Hemoglobinopatia S (anemia falciforme) 
O – Obstrução urinária 
D – Diabetes 
A – Analgésico 
 
b. Clínica – parece cálculo 
 Dor lombar 
 Hematúria 
 Febre 
 
c. Diagnóstico 
 Urografia excretora: sombras em anel (falhas de enchimento) 
 
d. Tratamento 
 Afastar causa 
 
SÍNDROMES VASCULARES 
ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL 
a. Causas 
 Aterosclerose – mais comum, homens idosos, proximal à aorta 
 Displasia fibromuscular – mulheres jovens, distal à aorta 
 
b. Consequências 
Hipofluxo > ativação do aparelho justaglomerular > liberação de renina > ativação do SRAA (hiperaldosteronismo 2º) 
 
Angiotensina II: 
HAS renovascular 
Vasoconstrição da arteríola eferente 
 
c. Diagnóstico 
 Cintilografia renal (renograma) sem e com IECA 
Nefrotoxicidade por AINEs é mediada pela 
diminuição da síntese renal de prostaglandina > 
vasoconstrição da arteríola aferente 
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Texto digitado
(tubulo coletor)
ARTHUR BORGES
Texto digitado
(tubulo coletor)
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
62 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 USG com doppler – assimetria, redução do fluxo 
 AngioTC / angioRM – confirma 
 Arteriografia – dúvida ou intervenção, padrão-ouro 
 
d. Tratamento 
 Displasia fibromusuclar: angioplastia – sem stent! 
 Aterosclerose: IECA / BRA – o outro rim compensa 
*Se estenose bilateral / rim único: angioplastia ou cirurgia 
 
ATEROEMBOLISMO 
a. Causa 
 Procedimento vascular que envolva passagem de cateter pela aorta – ex: aortografia 
 
b. Clínica 
 Insuficiência renal 
 Livedo reticular 
 Síndrome do dedo azul 
 Placas de Hollenhorst (fundo de olho) – patognomônico! 
 
Laboratório: 
 Eosinofilia / Eosinofilúria 
 Queda do complemento 
 
c. Diagnóstico 
 Biópsia renal: fissuras biconvexas 
 
d. Tratamento 
 Suporte 
 
INFARTO RENAL 
 Fonte emboligênica 
 Dor súbita + HAS + febre + aumento do LDH 
 Tratamento: anticoagulação +/- revascularização (trombolítico ou cirurgia) 
 
SÍNDROME URÊMICA 
FILTRAÇÃO 
Retenção de escórias nitrogenadas: 
 Manifestações gastrointestinais 
 Pericardite – hemorrágica 
 Disfunção plaquetária – inibição do fator de VWB 
 Encefalopatia – flapping 
 
Hipervolemia: 
 Noctúria – sintoma mais precoce 
 Edema 
 Congestão pulmonar 
 Hipertensão 
EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO 
E ACIDOBÁSICO 
*BaCaNa 
Alto: 
 H – acidose metabólica 
 P – hiperfosfatemia 
 K – hipercalemia 
 
Baixo: 
 Cálcio – fosfato quela cálcio > fosfato de cálcio 
 Na – diluição 
NÃO USAR IECA E BRA SE 
ESTENOSE BILATERAL / RIM ÚNICO – 
nefropatia isquêmica 
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
63 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
FUNÇÃO ENDÓCRINA – 
lesão crônica 
Diminuição da eritropoetina: 
 Anemia 
 
Diminuição da vitamina D (calcitriol): 
 Doença óssea 
 
Aterogênese acelerada: 
 Doença CV – principal causa de morte no DRC 
 
Anemia (TFG Doença óssea (TFG Acidose metabólica (TFG Uremia (TFG 500ml/24h 
 
1 – Risk > 1.5x/7d 6h Aumento Cr ≥ 0.3/48h 
2 – Injury > 2x/7d 12h - 
3 – Failure > 3x/7d 24h ou anúria > 12h Cr > 4 
 
NECROSE TUBULAR AGUDA (NTA) 
Hipoperfusão perpetuada > necrose dos túbulos > células da parede tubular se desprendem > formação de um plug 
celular obstruindo a passagem > lesão glomerular > diminuição da filtração > oligúria 
Insuficiência renal com K baixo: 
leptospirose, anfotericina B, aminoglicosídeo 
A Cr só aumenta quando a TFG já diminuiu 50%!!! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
64 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*Começa como IRA pré-renal 
a. Causas 
Isquêmica Tóxica 
 Choque 
 Contraste iodado 
 Droga – aminoglicosídeo, anfotericina B 
 Mioglobina – rabdomiólise 
 Contraste iodado 
 Ciclosporina 
 
b. Tratamento 
 Suporte – recupera em 7-21 dias 
 
c. Prevenção 
 Hidratação 
 Contraste hipo-osmolar 
 Manitol – se rabdomiólise 
 
d. Diagnóstico diferencial 
Parâmetros 
PRÉ-RENAL – 
urina concentrada e com pouco Na 
NTA – 
urina diluída e com muito Na 
Na urinário Baixo ( 40) 
FE Na – mais acurado 1% 
FE Ur – melhor se usa diu 20% 
Relação U/C > 40 1020) Baixa ( 500) Baixa ( 1% – porque os rins não conseguem aumentar a reabsorção de Na 
 
DOENÇA RENAL CRÔNICA 
Evolução lenta / Irreversibilidade 
 
a. Diagnóstico – por 3m 
 TFG*Padrão-ouro: inulina 
▪ ALBUMINÚRIA 
A1 300 
DRC COM RINS DE TAMANHO NORMAL OU AUMENTADO: 
Infiltração: amiloidose, esclerodermia, rim policístico 
Hiperfluxo: DM, falciforme, HIV, MM 
Obstrução: hidronefrose 
CKD-EPI: maior acurácia se TFG > 60 
COCKCROFT-GAULT: (140 – idade) x peso / Cr x 72 
*x 0.85 se mulher 
Rabdomiólise: obstrução tubular por 
pigmentos heme + ácido úrico 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
65 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*A1 é normal! 
 
AGUDA CRÔNICA 
 Sem anemia ou doença óssea 
 Cr prévia normal 
 USG: normal 
 Com anemia ou doença óssea ou polineuropatia 
 Cr prévia alterada 
 USG: perda da diferenciação corticomedular, 
tamanho reduzido ( absorção de cálcio no intestino > cálcio estocado nos ossos 
PTH tira cálcio do osso (reabsorção óssea) > cálcio no sangue 
 
▪ OSTEÍTE FIBROSA – alto turn over 
a. Fisiopatologia 
Diminuição da função renal > diminuição da excreção de fosfato (fosfato quela cálcio) + diminuição da ativação da 
vitamina D (diminui absorção de cálcio) > hipocalcemia > aumento de PTH (hiperparatireoidismo secundário) > 
aumento da reabsorção óssea + formação de osso frágil 
 
b. Diagnóstico 
 PTH alto (> 60) 
 Cálcio baixo ( 4.5) 
 
RX: 
 Reabsorção subperiosteal das falanges – mais precoce 
 Crânio em sal e pimenta 
 Coluna em Rugger-Jersey 
 Tumor marrom 
 
 
 
c. Tratamento 
1) Restringir fósforo na dieta (800-1000mg/dia) 
HIPERPARATIREOIDISMO TERCIÁRIO 
PTH alto + cálcio alto 
O hiper secundário ganhou “autonomia” e 
passou a produzir PTH 
independentemente > paratireoidectomia 
Hb > 11.5: HAS, trombose 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
66 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
2) Quelante de fósforo: sevelamer, lântanio, carbonato de cálcio 
3) Vitamina D: calcitriol – se baixa 
4) Calcimimético: cinacalcete 
 
▪ DOENÇA ÓSSEA ADINÂMICA – baixo turn over 
 Causada pelo tratamento exagerado da osteíte fibrosa – supressão do PTH 
 Diagnóstico: PTH baixo 
 Tratamento: reduzir intensidade do tratamento da osteíte fibrosa 
 
ACIDOSE METABÓLICA 
Bicarbonato se: 
Uremia + pH fístula AV 
 Peritoneal: criança, sem acesso, intolerância à HD 
 
CEFALEIAS 
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA 
Recorrência + exame físico normal 
 
Diagnóstico clínico 
 
Sinais de alarme: 
 Início > 50-55 anos ou 3-4/mês 
 BB – Propranolol, Atenolol 
 Antidepressivos – Amitriptilina, Venlafaxina 
 BCC – Flunarizina 
 Anticonvulsivantes – Valproato, Topiramato (perda de peso, nefrolitíase) 
 Antagonista CGRP – ..gepant 
*Cefaleia por abuso de analgésico (> 10-15x/mês) 
 
CEFALEIA TENSIONAL 
a. Características 
 Mais comum 
 Mulheres 
 
b. Clínica – duração: 30min a 7 dias 
 Opressiva, em peso, em aperto 
 Bilateral – holocraniana 
 Leve a moderada 
 Hiperestesia e hipertonia da musculatura pericraniana 
 Fonofobia ou fotofobia 
*Não piora com atividade física! 
 
c. Tratamento 
ABORTIVO Analgésico, AINE 
PROFILÁTICO 
≥ 15/mês 
Antidepressivo tricíclico – Amitriptilina, Nortriptilina 
 
CEFALEIA EM SALVAS 
a. Características 
 Rara 
 Homens 
 Desencadeada por álcool 
 
b. Clínica – duração: 15-180min 
 Facada 
 Unilateral periorbitária 
 Insuportável 
 Hiperemia conjuntival 
 Lacrimejamento 
 Congestão nasal 
 Sudorese facial 
 Miose, ptose 
 Edema palpebral 
 
c. Tratamento 
ABORTIVO 
Oxigênio 
Triptano (Suma/Zolmi) SC ou intranasal 
PROFILÁTICO 
A partir da 1ª crise 
Verapamil doses altas – ECG! 
Prednisona – ciclo de 10 dias 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
68 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
HEMICRÂNIA PAROXÍSTICA 
Parece a cefaleia em salvas, mas 
 Acomete mais mulheres 
 Duração: 2-30min 
 > 5x/dia 
 Tratamento (abortivo e profilático): indometacina – opção: verapamil 
 
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
Tríade de Cushing (HIC): hipertensão + bradicardia + ritmo respiratório irregular 
 
Aumento do 
parênquima 
Cefaleia progressiva + sinal focal 
 Sem sinais inflamatórios: tumor 
 Com sinais inflamatórios: abscesso 
Aumento do líquor Cefaleia progressiva  Hidrocefalia 
Aumento de 
sangue 
Cefaleia súbita + com/sem sinal focal 
 Sem sinal focal: subaracnoide 
 Com sinal focal: intraparenquimatosa 
 
 
▪ HEMORRAGIA INTRACRANIANA 
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA 
 Cefaleia súbita intensa 
 Alteração do nível de consciência 
 Rigidez de nuca (>24h) 
 Cefaleia súbita intensa 
 Alteração do nível de consciência 
 Sinal focal – hemiparesia contralateral 
*Cefaleia sentinela: ocorre dias/semanas antes da ruptura completa do aneurisma, de forte intensidade, acompanhada de náuseas/vômitos – 
pequeno sangramento autotamponado 
▪ NEOPLASIA INTRACRANIANA 
 HIC + sinal focal + crises epilépticas 
 Diagnóstico: RM 
 Tratamento: cirurgia / RT / QT – edemacerebral (vasogênico): corticoide (dexametasona) 
 
BENIGNOS MALIGNOS METASTÁTICO 
 Meningioma – mais comum 
 Neurinoma do acústico (NC VIII) 
– surdez unilateral 
 Craniofaringioma – criança, 
suprasselar, calcificação, 
hemianopsia bitemporal 
 Astrocitoma pilocítico juvenil 
– criança, cerebelo, não capta 
contraste 
 Meduloblastoma – criança, 
cerebelo, capta contraste 
 Glioblastoma multiforme – 
idoso, pior prognóstico 
 Cerebral: pulmão 
 Meníngea: mama 
 
▪ TROMBOSE VENOSA CEREBRAL 
 HIC + cefaleia progressiva + sinal focal 
 Diagnóstico: TC/RM com contraste (sinal do delta vazio + hemorragia 
intraparenquimatosa) 
 Tratamento: anticoagulação plena – mesmo que haja sangramento! 
 
ARTERITE TEMPORAL (DE CÉLULAS GIGANTES) 
a. Características 
 Vasculite de grande e médio calibre – NÃO é específica da artéria temporal! 
 > 50 anos 
 Associação com polimialgia reumática (40%) – dor e rigidez em cinturas escapular e pélvica 
 
 
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
69 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Clínica – 4C 
 Sintomas constitucionais – febre 
 Cefaleia temporal 
 Claudicação de mandíbula 
 Cegueira – mais grave 
 
c. Diagnóstico 
 Biópsia de artéria temporal 
 VHS / PCR – atividade de doença 
 
d. Tratamento 
 Corticoide 
 
MENINGITES 
BACTERIANA 
a. Etiologia – Brasil: meningococo / EUA: pneumococo 
RN 
 Streptococcus do grupo B (GBS) 
 E. coli 
 Listeria 
1m – 20 anos 
 Neisseria meningitidis 
 Streptococcus pneumoniae 
 Haemophilus influenzae 
≥ 20 anos 
 Streptococcus pneumoniae 
 Neisseria meningitidis 
*Listeria: RN, idoso 
*S. aureus, S. epidermidis (coagulase neg): DVP 
 
b. Fisiopatologia 
Colonização da VAS > invasão do SNC > inflamação > edema > HIC 
*Sequela mais comum: surdez 
 
c. Clínica 
 Febre 
 Rigidez de nuca 
 Cefaleia 
 Alteração do nível de consciência 
 HIC – tríade de Cushing 
 Crise convulsiva – meningoencefalite 
 Rash, petéquias – meningococo 
 Hiponatremia – SIADH 
 
Exame físico 
 Sinal de Kernig – dor com a flexão da coxa 
 Sinal de Brudzinski – dor à flexão do pescoço + flexão do 
membro inferior 
 
d. Diagnóstico 
 Hemocultura (90%) 
 Punção lombar 
*Abaulamento de fontanela NÃO é contraindicação! 
 
 
Principal causa de FOI em idosos! 
DOENÇA MENINGOCÓCICA 
 Meningite 
 Meningococcemia – mais grave 
 Meningococcemia + meningite 
 
Febre + petéquias precoce 
*Óbito 18 cmH2O 
Células – normal: 45 
Glicose – normal: 50-80 (2/3 da glicemia) Baixa 80% 
Bacterioscopia pelo gram 
Sensibilidade: > 60% 
 
Diplococo gram -: meningococo 
Diplococo gram +: pneumococo 
Bacilo gram +: Listeria 
Bacilo gram -: Haemophilus influenzae 
*Rosa: gram - / Roxo: gram + 
 
BACTÉRIA Aumento de PMN + glicose baixa 
TUBERCULOSE / FUNGO Aumento de LMN + glicose baixa 
VÍRUS (Enterovírus) / ASSÉPTICA Aumento de LMN + glicose normal 
 
e. Tratamento 
▪ ANTIBIÓTICO 
 55 anos / comorbidade Ceftriaxona + Ampicilina +/- Vancomicina 
 
▪ CORTICOIDE 
 Dexametasona 20min antes do ATB por 48h – se Haemophilus ou Pneumococo 
 
▪ ISOLAMENTO 
 Respiratório (gotícula) nas primeiras 24h do tratamento – se Haemophilus ou Meningococo 
 
f. Profilaxia 
Meningococo 
 Todos – contato > 4h/dia 5x/semana, 
profissionais de saúde sem EPI 
Rifampicina 600mg (20mg/kg/dia) 12/12h por 2 dias 
*Ceftriaxona (grávida) / Cipro / Azitro dose única 
Haemophilus 
Todos os contatos, se entre eles tiver: 
 intestino > verme adulto > oviposição > 
ovos nas fezes > ambiente > porco ingere ovo 
Neurocisticercose – 
homem faz papel de porco 
Ingestão do ovo > ovo eclode > larva se dissemina pelo corpo > cérebro 
com cisticerco 
 
b. Clínica – variada (fraqueza, hidrocefalia..) 
 Crises epilépticas – mais comum 
 
c. Diagnóstico 
 TC/RM: cisto com escólex, calcificação 
 Testes imunológicos 
 Líquor: eosinofilia 
 
d. Tratamento – NÃO trata calcificação! 
 Albendazol +/- Praziquantel + Corticoide 
*Carbamazepina ou Fenitoína – profilaxia de convulsão 
 
EPILEPSIA 
≥ 2 crises não provocadas/reflexas com intervalo > 24h 
1 crise não provocada/reflexa com chance de recorrência > 60% 
Síndrome epiléptica 
*Crise epiléptica: atividade neuronal cerebral anormal excessiva 
 
a. Etiologia – distribuição bimodal (criança e idoso) 
Neonatal 
 Anóxia 
 Doença congênita 
6m-5a  Convulsão febril 
5-12a  Genética 
Adulto 
 TCE 
 Neurocisticercose 
Idoso  AVEi 
b. Classificação 
INÍCIO FOCAL – 1 hemisfério INÍCIO GENERALIZADO – 2 hemisférios 
 Focal perceptiva (simples): sem perda de 
consciência 
 Focal disperceptiva (complexa): com perda de 
consciência 
 Focal evoluindo para TCG (generalização 2ª) 
Com perda de consciência 
 Motoras: mioclônica / tonico-clônica / 
atônica 
 Não motoras: ausência 
Perda de consciência = acometimento da SRAA 
*Mioclônica: pode ocorrer sem perda da consciência 
 
c. Diagnóstico 
 Anamnese 
 EEG – complexo ponta-onda 
 RM 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
72 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
d. Tratamento 
Quando iniciar? 
 2ª crise 
 1ª crise + lesão cerebral 
Como iniciar?  Monoterapia em dose baixa – aumento progressivo 
Quando parar?  > 2 anos sem crise – retirada gradual 
*Epilepsia resolvida: 10 anos sem crise, sendo os últimos 5 sem medicaçãoArthur Tagliaferre
Realce
 
5 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Saturação de transferrina baixo 
 Transferrina / TIBC baixo 
 Ferritina alta 
 
d. Tratamento 
 Tratar doença de base 
 Eritropoietina – casos selecionados 
 
ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
a. Fisiopatologia 
Deficiência de protoporfirina > falha na síntese do heme > sobra ferro 
 
b. Etiologia 
 Álcool – macrocítica! 
 Chumbo 
 Hereditária 
 
c. Diagnóstico 
 Anemia micro/hipo – pode ser macrocítica (álcool) 
 Ferro sérico alto 
 Ferritina alta 
 Transferrina / TIBC normal 
 Eritropoiese ineficaz 
 
Aspirado de MO: 
 > 15% de sideroblastos em anel – acúmulo de ferro 
 
Sangue periférico: 
 Corpúsculos de Pappenheimer 
 
d. Tratamento 
 Tratar causa de base 
 Vitamina B6 – piridoxina 
 Desferoxamina – quelante do ferro 
 
TALASSEMIA 
Defeito na quantidade de globina 
 
HbA 2 alfa + 2 beta 97% 
HbA2 2 alfa + 2 delta 2% 
HbF 2 alfa + 2 gama 1% 
 
BETA TALASSEMIA 
B0: sem produção / B+: pouca produção 
Pouca cadeia beta > hemácia pequena (pouca Hb) + sobra cadeia alfa (tóxica) 
 
a. Clínica 
 Eitropoiese ineficaz – “hemólise na MO” 
 Hemólise – cadeias alfa grudam na superfície das hemácias 
 Anemia micro/hipo com RDW normal 
 Acúmulo de ferro – ferro alto, ferritina alta, transferrina alta 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
6 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Diagnóstico 
 Eletroforese de Hb: HbA baixa, HbA2 alta, HbF alta 
 
MAJOR / 
COOLEY 
B0B0, B0B+ 
 Anemia hemolítica grave > 6m 
 Hepatoesplenomegalia – hemólise + 
eritropoiese extramedular 
 Baixa estatura 
 Deformidades ósseas (fácies em esquilo) – 
expansão da MO 
 Hemocromatose 
Tratamento 
 Ácido fólico 
 Quelante de ferro 
 Esplenectomia 
 Transplante de MO 
INTERMEDIA B+B+  Clínica mais branda 
Tratamento 
 Ácido fólico 
 Quelante de ferro 
MINOR BnB0, BnB+  Anemia micro/hipo 
Tratamento 
 Acompanhamento 
 
ALFA TALASSEMIA 
Deleção de 1 ou mais genes alfa – normal são 4 
Pouca cadeia alfa > hemácia pequena (pouca Hb) + sobra cadeia beta e gama (tóxicas) > anemia hemolítica 
 
 Clínica, laboratório e tratamento semelhantes à B-talassemia 
 Sintomas só ocorrem com mais de 3 deleções 
 Sintomas desde o nascimento 
 
CARREADOR ASSINTOMÁTICO AAA- - 
MINOR AA-- 
 Anemia micro/hipo 
 Eletroforese de Hb normal 
INTERMEDIA / DOENÇA DA HBH A--- 
 Anemia hemolítica moderada a grave 
 Eletroforese de Hb: 5-40% de Hb H 
*HbH: polimerização das cadeias beta e gama 
HIDROPSIA FETAL ---- 
 Incompatível com a vida 
 Eletroforese de Hb: 80% de Hb Bart 
 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA 
a. Fisiopatologia 
Deficiência de ácido fólico (B9) e/ou cobalamina (B12) > bloqueio na síntese do DNA > 
assincronia de maturação núcleo-citoplasma 
 
MTHF (ácido fólico inativo) > THF (ácido fólico ativo) 
B12 
Homocisteína > Metionina 
 
Consequências: 
 Anemia macrocítica e normocrômica – não tem alteração na Hb! 
 MO: megaloblastos – células crescem, se preparando para se dividir, mas a 
divisão não ocorre 
 Eritropoiese ineficaz – “hemólise na MO” 
 Neutrófilos hipersegmentados – 1 neutrófilo com 6 segmentações 
 Pancitopenia 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
7 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
ÁCIDO FÓLICO 
(B9) 
Ácido fólico da dieta (folhas) > 
absorção no delgado proximal 
 Má nutrição: alcóolatra, criança 
 Aumento da necessidade: gestante, hemólise crônica 
 Diminuição da absorção: doença celíaca, fenitoína 
 Diminuição da regeneração: metotrexato 
*A reserva de ácido fólico dura 3m 
COBALAMINA 
(B12) 
B12+PTN da dieta (animal) > 
B12+PTN > estômago (ácido) > 
B12+ligante R (saliva) > 
duodeno > B12+FI (estômago) > 
íleo terminal > B12+FI são 
absorvidos 
 Anemia perniciosa (idoso, vitiligo) – doença autoimune 
contra a célula parietal e FI associada a gastrite atrófica 
 Vegetarianismo 
 Gastrectomia 
 Metformina 
 Pancreatite crônica 
 Doença ileal 
 Diphyllobothrium latum – tênia do peixe 
 
b. Clínica 
 Síndrome anêmica 
 Carência nutricional: glossite, queilite, diarreia 
 Síndromes neurológicas (neuropatia, mielopatia, demência) – só na B12 
*Degeneração subaguda combinada (cordão posterior e lateral da medula): propriocepção, sensibilidade vibratória + sd do 1º neurônio motor 
 
c. Diagnóstico 
 Anemia macrocítica (VCM > 110) normocrômica 
 Neutrófilos hipersegmentados / pleocariócitos 
 RDW aumentado 
 Pancitopenia leve 
 LDH + BI aumentada – eritropoiese ineficaz 
 
Aumento de homocisteína Folato e/ou B12 
Aumento de ácido metilmalônico B12 
 
d. Tratamento 
 B12 IM 
 Ácido fólico VO 
 
CUIDADO! 
 Hipocalemia – com o tratamento, há produção acelerada de células 
 A reposição de ácido fólico pode mascarar a deficiência de B12: ocorre melhora da anemia, mas não do 
quadro neurológico, o qual vai piorando até se tornar irreversível 
 
 
ANEMIAS HIPERPROLIFERATIVAS 
HEMÓLISE 
Anemia + icterícia 
Litíase biliar – bilirrubinato de cálcio 
Esplenomegalia – hemólise extravascular 
Reticulocitose – VCM aumentado 
Hiperbilirrubinemia indireta 
Aumento de LDH 
Diminuição da haptoglobina – consumida pela globina liberada 
*A hemólise só gerará anemia quando houver dificuldade na compensação – hiperprodução na MO + estoques de ferro, B12 e ácido fólico 
 
COOMBS DIRETO POSITIVO 
– imune 
Anemia hemolítica autoimune (AHAI) – surtos 
Ácido metilmalônico > B12 > Succinil-CoA 
Acúmulo de ácido metilmalônico > toxicidade neuronal 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
8 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
COOMBS DIRETO 
NEGATIVO 
– não imune 
Congênita 
 Esferocitose 
 Deficiência de G6PD 
 Anemia falciforme 
 Talassemia 
Adquirida – 
intravascular x 
extravascular 
 Hiperesplenismo 
 Trauma 
 Síndrome hemolítico-urêmica (SHU) 
 Hemoglobinúria paroxística noturna 
 
ESFERÓCITOS: 
esferocitose (CD-) ou anemia hemolítica autoimune (CD+) 
 
HEMÁCIAS EM ALVO: 
Hemoglobinopatia 
 
DACRIÓCITOS / HM EM LÁGRIMA: 
eritropoiese extramedular 
 
 
 
CRISES ANÊMICAS 
SEQUESTRO ESPLÊNICO 
 Falcêmicos 110) + neutrófilos hipersegmentados 
HIPER-HEMOLÍTICA  Rara 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE (AHAI) 
a. Clínica 
 Hemólise – em surtos! 
 CD positivo 
 Esferócitos 
 
Anticorpos quentes – IgG (75%) Anticorpos frios – IgM 
Hemólise extravascular – no baço 
 
Causas: 
 Idiopática – mais comum 
 HIV 
 LES 
 Linfoma 
 LLC 
 Drogas (penicilina, sulfa, metildopa) 
HemóliseTônico-clônica generalizada / 
Mioclônica / Atônica 
 Valproato 
 Lamotrigina 
Focal 
 Carbamazepina 
 Valproato 
 Lamotrigina 
 Levetiracetam 
Ausência 
 Etossuximida 
 Valproato 
 Lamotrigina 
*NÃO pode: carbamazepina, vigabatrina, gabapentina 
 
*Valproato serve para todas – NÃO pode em grávida! 
*Focal = Carbamazepina 
 
Valproato Tremor, acne, alopecia, náuseas/vômitos, plaquetopenia, hepatotoxicidade 
Fenitoína Hiperplasia gengival, hirsutismo, ataxia, dermatite, hepatotoxicidade 
 
SÍNDROMES EPILÉPTICAS 
▪ EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL 
 Mais comum no adulto 
 Crises focais disperceptivas (parciais complexas) – automatismos 
 Causa: esclerose mesial temporal (hipocampal) 
 Diagnóstico: EEG + RM 
 
▪ AUSÊNCIA INFANTIL / PEQUENO MAL 
 5-8 anos 
 Fator desencadeante: hiperventilação 
 Diagnóstico: EEG com ponta-onda 3Hz 
 
▪ EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL / DE JANZ 
 13-20 anos 
 Crises mioclônicas – principalmente ao despertar 
 Fator desencadeante: privação de sono 
 Diagnóstico: EEG com ponta-onda 4-6Hz 
 
▪ SÍNDROME DE WEST 
 15min 
 Repete em 24h 
 Pós-ictal longo ou com sinal neurológico 
 
b. Diagnóstico 
Punção lombar se: 
 Acompanhamento 
 Profilaxia contínua (se recorrências): Fenobarbital, Valproato 
 Profilaxia intermitente (quando doente): Diazepam, Clobazam 
 
FR para recorrência – 30-50% FR para epilepsia 
 24h + remissão dura > 1 mês 
Progressiva Não melhora, só piora 
*Síndrome clínica isolada: 1ª lesão focal sugestiva de EM 
*Afastar pseudosurto: sintomas pioram com infecção 
b. Diagnóstico 
 Clínica 
 Líquor: bandas oligoclonais de IgG – não é patognomônico! 
 RM com contraste: múltiplas placas desmielinizantes, lesões periventriculares (dedos de Dawson) 
 
c. Tratamento 
Surto-remissão 
 Surto: corticoide / plasmaférese 
 Manutenção: interferon / glatirâmer / fingolimod / natalizumab 
Progressiva  Ocrelizumabe / metotrexato / ciclofosfamida 
*Natalizumab: pesquisar vírus JC (LEMP) 
 
LESÃO DO 2º NEURÔNIO MOTOR 
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
Polirradiculoneuropatia aguda autoimune (contra bainha de mielina do SNP) pós-infecciosa – Campylobacter jejuni 
*Preferencialmente motora 
 
a. Clínica – variada 
 Fraquezaflácida, simétrica e ascendente 
 Arreflexia 
Ausência de atrofia muscular 
significativa, porque é AGUDA! 
Neuromielite óptica (doença de Devic): 
acometimento agudo do tronco + medula, com 
lesão do nervo óptico – antiaquaporina4 (NMO) 
A hipertrofia é por acúmulo de gordura! 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
(dura em media 4 semanas o quadro e tende a remitir)
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
76 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Disautonomias – arritmias, hipotensão 
 Paralisia de par craniano – diplegia facial 
 Insuficiência respiratória (15-30%) – atenção com CV e 
pressão inspiratória 
*Sensibilidade e esfíncteres geralmente preservados 
 
b. Diagnóstico 
 Líquor: dissociação proteinocitológica – muita proteína, pouca célula ( engasgo, disartria, rouquidão (musc. bulbar) > 
membros proximais 
 Sensibilidade preservada, pupilas normais 
 Melhora pela manhã e com repouso – flutuação 
 Timo anormal (75%) – hiperplasia 
 
b. Diagnóstico 
 Eletroneuromiografia (fibra única): potencial decremental 
 Anticorpos: anti-AchR, anti-Musk (generalizada), anti-LRP4 (soronegativos, mulher jovem com forma leve) 
 Teste do gelo / anticolinesterase (edrofônio) – melhora 
 TC/RM de tórax – avaliar timo 
 
EVITAR: Aminoglicosídeo, Quinolona, 
Clindamicina e Macrolídeo 
Miller-Fisher: 
oftalmoparesia + ataxia + arreflexia 
ARTHUR BORGES
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
77 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Tratamento 
 Piridostigmina (anticolinesterásico de ação periférica) +/- 
imunossupressor 
 Timectomia se: timoma / disartria > disfonia > disfagia 
 Disautonomias 
 Insuficiência respiratória 
 
b. Diagnóstico 
 Achar o microorganismo ou toxina 
 
c. Tratamento – na suspeita! 
Alimentos / Intestinal Antitoxina equina 
Feridas Antitoxina equina + ATB (Penicilina, Metronidazol) 
Lactentes Imunoglobulina botulínica humana 
 
OUTROS 
ERROS INATOS DO 
METABOLISMO 
▪ DOENÇA DE POMPE 
 Miopatia + cardiopatia + hepatomegalia 
 
▪ DOENÇA DE GAUCHER 
 Visceromegalias + neuropatia 
 
▪ DOENÇA DA FABRY 
 Telangiectasias + lesão renal 
CRISE MIASTÊNICA: 
imunoglobulina / plasmaférese 
*Desencadeada por infecção respiratória 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
--------------
ARTHUR BORGES
Texto digitado
 Cápsula interna (onde passam todos os neurônios motores de um lado da cabeça) > Trato corticoespinhal > 
cruza no bulbo (decussação das pirâmides) 
 
 
 
TRONCO ENCEFÁLICO 
Lesão de pares cranianos – diplopia, disfagia, vertigem.. 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
79 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Encéfalo I, II 
Mesencéfalo III, IV 
Ponte V, VI, VII, VIII 
Bulbo IX, X, XI, XII 
 
CEREBELO 
Ajustes finos do movimento ipsilateral – ataxia, disdiadococinesia.. 
 
VASCULARIZAÇÃO 
Anterior – carótidas internas 
 Cerebral anterior 
 Cerebral média – emite ramos perfurantes (aa. lentículo-estriadas perfundem a cápsula interna!) 
 Comunicante anterior – comunica 2 cerebrais anteriores 
 
Posterior – vértebro-basilar 
 Basilar – união das 2 vertebrais 
 Cerebral posterior 
 Comunicantes posteriores – comunica cerebral média com cerebral posterior (isto é, comunica as 2 
circulações) 
 
POLÍGONO DE WILLIS 
2 cerebrais anteriores 
2 cerebrais médias 
2 cerebrais posteriores 
2 comunicantes posteriores 
1 comunicante anterior 
 
 
 
80 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Artéria cerebral anterior Artéria cerebral média Artéria cerebral posterior 
 
AVE 
Déficit neurológico focal súbito > 15min 
Principal fator de risco: HAS 
 
 ISQUÊMICO (80%) HEMORRÁGICO (20%) 
TC 
 Início: normal 
 > 24-72h: lesão hipodensa + edema citotóxico 
*Quanto maior a lesão, mais precoce 
Lesão hiperdensa 
RM POR 
DIFUSÃO (DWI) 
 Início: restrição à difusão – hipersinal - 
Para diferenciar: TC/RM 
 
AVE ISQUÊMICO 
CEREBRAL MÉDIA 
 Alteração motora + sensitiva contralateral – predomínio braquiocefálico 
 Afasia motora (área de Broca) – hem E 
 Afasia sensitiva (área de Wernicke) – hem E 
 Heminegligência – hem D 
 Desvio do olhar para o lado da lesão 
CEREBRAL ANTERIOR Alteração motora + sensitiva contralateral – predomínio crural 
 Mutismo acinético – se bilateral 
CEREBRAL POSTERIOR  Déficit visual – hemianopsia homônima contralateral 
AA. LENTÍCULO-ESTRIADAS  Hemiplegia contralateral pura proporcionada – cápsula interna 
VÉRTEBRO-BASILAR 
 Alteração de pares cranianos – tronco encefálico 
 Alteração da coordenação – cerebelo ipsilateral 
 Síndrome do encarceramento (locked in) 
TRONCO ENCEFÁLICO 
 Alteração motora / sensitiva contralateral + alteração de NC ipsilateral – 
síndrome cruzada 
 Desvio do olhar para o lado contrário ao da lesão 
 Oftalmoplegia internuclear – dificuldade na adução e só 
*Weber (mesencéfalo): III NC / Wallemberg (bulbo): V NC 
 
 
 RM DIFUSÃO: hiperintensidade RM ADC: hipointensidade TC 
 
▪ TRATAMENTO AGUDO – salvar a área de penumbra (neurônios em isquemia, porém viáveis) 
1) Estabilização clínica 
 Controlar glicemia (140-180), temperatura e Na 
 HAS permissiva – tratar (Labetalol) se PA > 220 x 120 (> 185 x 110 se trombolítico) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
81 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*PA alta não contraindica trombolítico!! 
 
2) Terapia antitrombótica – NIHSS 4-24 
 Trombólise IV – rtPA (alteplase 0.9 mg/kg – máximo 90mg) 
*Manter PA 100.000 
 
Se acordar com o déficit/tempo impreciso > RM > 
MISMATCH DIFUSÃO/FLAIR > trombólise 
 
 AAS – prevenção precoce 
 Anticoagulação profilática – prevenção TVP 
 Endovascular: trombectomia mecânica – até 24h + oclusão de grande artéria 
 
▪ TRATAMENTO CRÔNICO – prevenção secundária (depende da causa) 
 Investigar: ECG, ecocardiograma e doppler (carótidas e vertebrais) 
 
Aterotrombótico Cardioembólico – FA 
 AAS – se contraindicação: Clopidogrel 
 Endarterectomia – se oclusão ≥ 70% (homem 
> 50%) na carótida culpada 
 Anticoagulação plena – se extenso: 
aguardar 14 dias 
 
 
AIT – melhora em 60 / B – blood pressure / C – clínica (paresia 2pts) / D – duração (> 60min 2pts) 
Conduta = AVEi 
 
AVE HEMORRÁGICO 
Intraparenquimatosa Subaracnoide 
Começa com déficit focal 
Começa com cefaleia 
Déficit focal se complicar 
 
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE 
a. Sobre 
 Causa: ruptura de aneurisma sacular (comunicante anterior / comunicante posterior – lesão do III NC) 
 Clínica: cefaleia súbita (“pior da vida”) + alteração do nível de consciência + rigidez de nuca (após 12-24h) 
 Diagnóstico: TC sem contraste – se TC normal: punção lombar > líquor xantocrômico 
 Investigação: angioTC / angioRM / arteriografia 
 
Escala de Hunt-Hess 
1 Lúcido, leve cefaleia 
2 Cefaleia + rigidez 
3 Sonolento 
4 Torpor, déficit focal 
5 Coma 
Se fez trombólise: 
aguardar 24h para iniciar 
NIH 1mm 
4 Hemorragia intracerebral / ventricular 
 
 
b. Complicações 
Ressangramento 
 14º dia: clipagem cirúrgica / endovascular (coil) 
 Controle da PA – PAS 3cm 
 
 
Hemorragia no putame > 
compressão da cápsula interna > 
hemiplegia contralateral 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
83 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS 
 
SÍNDROME CRUZADA = TRONCO ENCEFÁLICO 
 
▪ SÍNDROME DE FOVILLE – ponte 
 Hemiparesia incompleta contralateral 
 Face ipsilateral 
 
▪ SÍNDROME DE WEBER – mesencéfalo 
 Hemiparesia completa contralateral 
 Estrabismo divergente ipsilateral 
 
LESÃO DO 1º NEURÔNIO MOTOR 
Unilateral acima da cápsula interna Desproporcionada contralateral 
Unilateral na cápsula interna Proporcionada contralateral 
Unilateral no mesencéfalo Proporcionada contralateral + olho (NC III) ipsilateral 
Unilateral na ponte Hemiparesia contralateral + face (NC VII) ipsilateral 
Unilateral depois do bulbo Hemiparesia contralateral 
Cervical bilateral Tetraplegia 
Torácica bilateral Paraplegia 
 
LESÃO DO 2º NEURÔNIO MOTOR 
POLINEUROPATIA Bilateral simétrico Guillain-Barré, PDIC, álcool, HIV, dm 
MONONEUROPATIA 1 nervo afetado Hanseníase, DM 
MONONEUROPATIA MÚLTIPLA Assimétrico Vasculite, DM, hanseníase 
 
GUILLAIN-BARRÉ 
 Polineuropatia desmielinizante aguda 
 Auto-imune pós-infecciosa (Campylobacter jejuni) 
 Fraqueza flácida, arreflexa, simétrica e ascendente 
 Pode ter disautonomia, alteração de sensibilidade 
 Diagnóstico: líquor com dissociação proteinocitológica 
 Tratamento: imunoglobulina ou plasmaférese 
PDIC 
 Guillain-Barré com evolução > 9 semanas 
 Tratamento: imunoglobulina ou corticoide 
NERVO MEDIANO 
 Função: flexão dos 3 primeiros dedos e oponência do polegar / sensibilidade 
até a metade do 4º dedo 
 Dor + parestesia nos primeiros 3 dedos até a metade do 4º dedo + mão em 
benção 
SD DO TÚNEL DO CARPO 
 Compressão do n. mediano no punho 
 Dor + parestesia nos primeiros 3 dedos até a metade do 4º dedo que piora à 
noite + sinal de Phalen e Tinel 
N. ULNAR 
 Flexão do punho e das falanges proximais dos 4º e 5º dedos + sensibilidade 
do 4º e do 5º dedo 
 Dor + parestesia do 4º e 5º dedos + mão em garra 
N. RADIAL 
 Extensão da mão, do antebraço e dos dedos 
 Dor + parestesia + mão caída (gota) 
DM 
 Mais comum: polineuropatia distal sensitivo-motor em bota e luva 
 Nervo periférico mais acometido: mediano 
 Par craniano mais acometido: III / VII 
*Lesão do NC III: ptose + estrabismo divergente + diplopia + NÃO TEM MIDRÍASE 
(poupa fibras parassimpáticas!!!) 
 
 
 
84 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
MEDULA ESPINHAL 
 
NÍVEL SENSITIVO + ALTERAÇÃO ESFINCTERIANA 
 
SISTEMA SENSITIVO 
1º neurônio (pele) percebe estímulo > faz sinapse com 2º neurônio no corno posterior da medula > cruza > sobe e faz 
sinapse com 3º neurônio no tálamo > 3º neurônio emite axônio para o córtex 
 
Trato espinotalâmico anterior Pressão e tato protopático 
Trato espinotalâmico lateral Sensibilidade térmica e dolorosa 
*A lesão é contralateral 
 
1º neurônio (pele) percebe estímulo > faz sinapse com 2º neurônio no corno posterior da medula > sobe e cruza no 
bulbo > faz sinapse com 3º neurônio no tálamo > 3º neurônio emite axônio para o córtex 
 
Fascículo grácil e cuneiformePropriocepção consciente, tato epicrítico, sensibilidade vibratória e estereognosia 
*A lesão é ipsilateral 
 
SISTEMA MOTOR 
1º neurônio motor no córtex frontal > cápsula interna > feixe piramidal > mesencéfalo > ponte > bulbo, cruza na 
decussação das pirâmides > medula espinhal 
 
Trato corticoespinhal lateral Via motora 
*A lesão é ipsilateral 
 
▪ HEMISSECÇÃO MEDULAR 
 Perda da sensibilidade térmica e dolorosa contralateral 
 Perda da propriocepção, sensibilidade vibratória, tato epicrítico e esterognosia ipsilateral 
 Hemiparesia ipsilateral 
 
▪ TABES DORSALIS – deficiência de B12, sífilis terciária 
 Perda da propriocepção, sensibilidade vibratória, tato epicrítico e esterognosia ipsilateral 
 
▪ DEGENERAÇÃO COMBINADA DA MEDULA – deficiência de B12 
 Perda da propriocepção, sensibilidade vibratória, tato epicrítico e esterognosia ipsilateral 
 Hemiparesia ipsilateral 
 
▪ SIRINGOMIELIA – Arnold-Chiari tipo 1 (herniação do cerebelo), trauma 
 Perda da sensibilidade térmica e dolorosa contralateral 
 Manutenção da propriocepção, sensibilidade vibratória, tato epicrítico e esterognosia 
*Dissociação sensitiva! 
 
▪ SD. DA ARTÉRIA ESPINHAL ANTERIOR (ADAMKIEWICZ) – aterosclerose, dissecção aórtica 
 Perde tudo, menos propriocepção, sensibilidade vibratória, tato epicrítico e esterognosia 
 
SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
Tônus, modulação e automação do movimento 
 
Hipercinéticas 
COREIA Movimentos involuntários, rápidos, não rítmicos 
HEMIBALISMO Coreia unilateral, movimentos de arremesso 
ATETOSE Semelhante a coreia, mas com movimentos lentos 
DISTONIA Contração muscular involuntária e de longa duração 
 
85 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
CEREBELO 
Tônus, coordenação e equilíbrio – ipsilateral 
Vermis: tronco e marcha 
 
 Disdiadococinesia 
 Dismetria 
 Fala escandida, ebriosa 
 Marcha ebriosa, atáxica 
 Tremor intencional 
 Reflexo normal ou pendular 
 Força e sensibilidade preservadas 
 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
 Cefaleia 
 Queda do nível de consciência 
 Papiledema 
 Vômitos – podem ser em jato 
 Paralisia do NC VI – estrabismo convergente 
 Tríade de Cushing: HAS + bradicardia + respiração irregular 
 
PUPILAS 
VIA SIMPÁTICA – midríase VIA PARASSIMPÁTICA – miose 
Hipotálamo > mesencéfalo > ponte > bulbo > medula 
(T1) sai o axônio da cadeia simpática cervical > olho 
Hipotálamo > mesencéfalo (posterior) > NC III > olho 
 
Difusa do mesencéfalo Médio-fixa 
Mesencéfalo posterior Midríase fixa 
Ponte Puntiforme 
Hérnia de uncus Midríase fixa unilateral 
Intoxicação por anticolinérgico / simpaticomimético Midríase bilateral 
Intoxicação por anticolinesterásico / opioide Miose bilateralintravascular – crioaglutinina 
 
Causas: 
 Mycoplasma 
 Mieloma 
 Macroglobulinemia de Wanderstrom 
 EBV 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
9 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Tratamento: corticoide / esplenectomia / rituximabe 
(anti-CD20) 
Tratamento: evitar exposição ao frio / rituximabe (anti-
CD20) 
 
ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA 
Alteração do citoesqueleto das hemácias (espectrina / anquirina) > alteração na membrana da hemácia > hemácia 
de forma arredondada > incapacidade de se deformar para passar no baço > hemólise extravascular 
 
a. Clínica 
 Hemólise 
 Hipercromia (aumento de HCM/CHCM) 
 CD negativo 
 Esferócitos 
 Esplenomegalia 
 
b. Diagnóstico 
 Teste da fragilidade osmótica – sensíveis à baixa osmolaridade 
 
c. Tratamento 
 Esplenectomia > 4 anos – vacinar contra S. pneumoniae e Haemophilus 2 semanas antes + US abdome para 
avaliar litíase biliar (colecistectomia) 
*Não tem cura, pois é uma doença genética! 
 
DEFICIÊNCIA DE G6PD 
Deficiência do NADPH > lesão da hemácia por estresse oxidativo 
 
a. Causas 
 Droga – sulfa, primaquina, dapsona, naftalina, nitrofurantoína 
 Infecção 
 
b. Clínica 
 CD negativo 
 Hemoglobinúria – hemólise intravascular 
 Corpúsculos de Heinz – precipitação de Hb anormal 
 Células mordidas (bite cells) 
 
c. Tratamento 
 Suporte 
 Evitar medicamentos 
 
HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA 
Desordem genética adquirida extraútero > mutação que deixa as células sanguíneas mais suscetíveis à lise pelo 
sistema complemento 
 
a. Clínica – homem 30-40 anos 
 Pancitopenia 
 Hemoglobinúria – hemólise intravascular 
 Trombose abdominal (Budd-Chiari) – depleção de NO + lesão 
endotelial pela liberação de radicais livres 
 Ferropenia – perda urinária de ferro através da hemoglobinúria 
 
 
Hemoglobinúria = 
hemólise intravascular! 
Noturna porque a hipoventilação 
durante o sono gera acidose e ativa o 
sistema complemento! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
10 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Diagnóstico 
 Citometria de fluxo: CD55, CD59 diminuídos 
 Teste de Ham 
 
c. Tratamento 
 Eculizumab – inibe o sistema complemento 
 
ANEMIA FALCIFORME 
Defeito qualitativo da Hb – autossômica recessiva 
Mutação no gene da cadeia B no cromossomo 11 (troca do ácido glutâmico por valina) > formação da HbS 
 
HETEROZIGOTO HOMOZIGOTO 
Traço falciforme – AS 
SC 
SB 
Anemia falciforme – SS 
 
a. Fisiopatologia 
Situações de estresse (hipóxia, desidratação, acidose, febre) > polimerização / afoiçamento > hemácia em foice / 
drepanócito > hemólise + aumento da viscosidade + lesão endotelial > fenômenos vaso-oclusivos 
 
b. Clínica – > 6m (HbF protege) 
 Hemólise – intravascular + extravascular 
 Fenômenos de vaso-oclusão 
 Corpúsculos de Howell-Jolly – autoesplenectomia 
 
▪ AGUDO – crises vaso-oclusivas 
SÍNDROME MÃO-PÉ – 
6m a 3 anos 
 Dactilite bilateral 
CRISES ÁLGICAS – 
> 3 anos 
 Ossos longos, vértebras, arcos costais 
 Abdominal, hepática, priapismo (baixo fluxo, isquêmico) 
*Diagnóstico diferencial: osteomielite por Salmonella – geralmente 
unilateral com sintomas sistêmicos 
SÍNDROME TORÁCICA AGUDA – 
muito grave! 
 Febre, dor torácica, tosse, infiltrado pulmonar, hipoxemia 
 Evolui para SDRA em 36-48h 
 Infecção + TEP + embolia gordurosa 
 Tratamento: = PAC (Ceftriaxona + Macrolídeo) 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 AVE isquêmico: obstrução arterial > múltiplos infartos 
> fibrose progressiva > autoesplenectomia até 5 anos 
 Risco de sepse pneumocócica! 
 Aparecimento de corpúsculos de Howell-Jolly (núcleo não removido) 
RIM 
 GEFS 
 Necrose de papila (hematúria) – pode ocorrer no traço falciforme! 
RETINOPATIA 
 Mais comum: hemoglobinopatia SC 
OSTEONECROSE 
PELE  Úlceras cutâneas 
 
3Ps 
Pênis 
Pulmão 
Parênquima cerebral 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
11 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Diagnóstico 
 Eletroforese com HbS > 85-90% + HbA2 200cm/s 
 AVE prévio 
 
Hidroxiureia – aumenta HbF, diminui aderência 
 Hb 1U aumenta 10.000 
Leucopenia 
NEUTROPENIA FEBRIL – maior risco: 7-10 dias após QT 
 Neutrófilos ATB 
 
Internar se: 
 3-4h: 
avaliar drenagem de corpo cavernoso 
S-talassemia: persistência do baço + 
anemia micro/hipo + HbA2 > 3% 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
12 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
1) B-lactâmico antipseudomonas (Cefepime) 
2) + Vancomicina – se mucosite (S. viridans), cateter, celulite, instabilidade 
3) + Antifúngico (Anfotericina B, Caspofungina, Voriconazol) – se sem melhora após 4-7d 
 
Exceção: 
 Assintomático/sintomas leves + estável + tumor sólido +VO ambulatorial 
 
c. Causas – mielograma (aspirado) 
MO VAZIA MO CHEIA 
 Aplasia 
 Fibrose – no início, é cheia 
Resto 
 
FIBROSE DE MO 
Inflamação da MO > ocupação medular > fibrose 
Células tronco da MO migram para os órgãos do sistema reticuloendotelial > hematopoiese extramedular 
 
a. Clínica 
Pancitopenia + 
 Hepatomegalia 
 Esplenomegalia de grande monta 
 Linfonodomegalia 
 
Sangue periférico: 
 Hemácias em lágrima (dacriócitos) – hematopoiese extramedular 
 Leucoeritroblastose – formas jovens 
 
b. Diagnóstico 
 Biópsia: hipocelular + fibrose 
 Mutação JAK2 / CALR 
 
c. Tratamento 
 Suporte 
 Ruxolitinibe – inibidor JAK2 
 
APLASIA DE MO (ANEMIA APLÁSICA) 
Ataque às células troncos da MO 
 
a. Clínica 
Pancitopenia + NADA! 
 
b. Diagnóstico 
 Biópsia: hipocelular + gordura 
 
c. Tratamento 
 Transplante de MO 
 Imunossupressão 
 
MIELODISPLASIA 
MO: 
Ocupação medular (pancitopenia) + “Leucemização” (blastos na circulação – leucocitose por blastos) > Infiltração 
tecidual 
 
Células tronco > Progenitores (MO) > Células maduras (sangue) 
LINFOIDE MIELOIDE 
Pré-T e pré-B > Linfócitos T e B 
Mieloblasto > Granulócitos 
Monoblasto > Monócito/Macrófago 
Eritroblasto > Hemácias 
Megacarioblasto > Plaquetas 
 
LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA 
Homens idosos 
 
a. Clínica 
Pancitopenia + 
 Cloromas (M2) 
 CIVD (M3) 
 Hiperplasia gengival (M4, M5) 
 
b. Diagnóstico – ≥ 20% de blastos na MO 
Morfologia Bastonetes de Auer – patognomônico! 
Citoquímica Mieloperoxidase ou Sudan Black B 
Imunofenotipagem CD 34, 33, 13, 14 
Citogenética* t(8;21), t(15;17), inv(16) 
*Se tiver só a alteração citogenética já dá o diagnóstico – mesmo que não tenha ≥ 20% de blastos na MO! 
 
SUBTIPOS 
M0 Indiferenciada 
Rara, prognóstico ruim 
M1 Diferenciação mínima 
M2 Mieloblástica aguda Mais comum, prognóstico bom 
M3 Promielocítica aguda CIVD, t(15;17), melhor prognóstico 
M4 Mielomonocítica aguda 
Hiperplasia gengival 
M5 Monocítica aguda 
M6 Eritroleucemia aguda 
Rara, prognóstico ruim 
M7 Megacariocítica aguda 
 
Mielodisplasia: 20% de blastos 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
14 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Tratamento 
 QT / Transplante 
 M3: ATRA (ácido transretinoico) 
 
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA 
CA mais comum da infância 
 
a. Clínica 
Pancitopenia + 
 Infiltração do SNC 
 Infiltração do testículo 
 Dor óssea 
 Linfonodomegalia 
 Esplenomegalia 
*Inversão da relação neutrófilos:linfócitos 
 
b. Diagnóstico – ≥ 20% de blastos na MO 
Citoquímica PAS positivo 
Imunofenotipagem 
LB: CD 10 (Calla), 19, 20, 22 
LT: CD 2, 3, 5, 7 
Citogenética Hiperploidia, t(9;22), t(8;14) 
 
SUBTIPOS 
L1 Variante infantil Melhor prognóstico 
L2 Variante do adulto Prognóstico ruim 
L3 Burkitt-like LB 
*80% é LB! 
 
c. Tratamento 
 QT – longa duração para conseguir pegar os blastos do SNC e testículo 
 Metotrexato intratecal 
 
LEUCEMIAS CRÔNICAS 
Proliferação celular NÃO blástica – excesso de células maduras 
*A leucemização é precoce, pois as células neoplásicas são maduras e não tem motivos para permanecerem na MO – 
não tem ocupação medular > não tem pancitopenia 
 
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA 
Cromossomo Philadelphia t(9;22) 
*Não é patognomônico! 
 
a. Clínica 
 Leucocitose granulocítica (basófilo, eosinófilo, neutrófilo) com intenso desvio 
para esquerda – “infecção mortal” 
 Anemia 
 Esplenomegalia de grande monta 
 Síndrome de leucostase: taquipneia, hipoxemia, alteração neurológica, sangramento – hiperviscosidade 
 Sem infecção 
 Crise blástica – evolui para LMA 
 
b. Diagnóstico 
 MO: hiperplasia mieloide 
 Cromossomo Philadelphia / Gene BCR-ABL 
Mielócito > Metamielócito > 
Bastão > Segmentado 
CRISE BLÁSTICA 
 Após 3-5 anos de doença 
 Leucemia aguda rapidamente fatal 
 Causa mais comum de morte 
Bom prognóstico: 
1-10 anos 
Hiperploidia 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
15 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Tratamento 
 Imatinibe – inibidor da tirosina-quinase 
 Transplante de MO 
 
LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA 
Acúmulo (e não hiperproliferação!) de LB que não vira plasmócito 
 
a. Clínica – idoso 
 Linfonodomegalia 
 Esplenomegalia 
 Infecções de repetição – hipogamaglobulinemia 
 Associação com PTI e anemia hemolítica auto-imune (AHAI) 
 
b. Diagnóstico 
 ≥ 5.000 LB CD5, 19, 20, 23 – não precisa de biópsia de MO! 
 
c. Tratamento 
 Paliativo com QT – se anemia, plaquetopenia, esplenomegalia, sintomas constitucionais 
 
POLICITEMIA VERA 
Produção exagerada de hemácias 
 
a. Clínica 
 Pancitose – linhagem mieloide 
 Esplenomegalia 
 Síndrome de hiperviscosidade 
 Pletora facial 
 Trombose – aumento de hemácias 
 Prurido 
 Úlcera péptica – aumento de basófilo > histamina 
 
b. Diagnóstico – 3 maiores ou 2 maiores + 1 menor 
MAIORES 
 Hb > 16.5 / Ht > 49% 
 Medula hipercelular 
 Mutação JAK2 
MENOR  Eritropoetina baixa 
 
c. Tratamento 
 Flebotomia + AAS 
 Hidroxiureia / anagrelida 
 Ruxolitinibe – inibidor JAK2 
 
TROMBOCITEMIA ESSENCIAL 
Produção exagerada de plaquetas 
 
a. Clínica 
 Plaquetocitose 
 Esplenomegalia 
 Trombose 
 Sangramento (> 1 milhão de plaquetas) – plaquetas disfuncionantes 
 Eritromelalgia 
Síndrome de Richter: transformação da 
LLC em linfoma não-Hodgkin agressivo 
Doença hematológica + prurido: 
Policitemia vera 
Doença de Hodgkin 
Fosfatase leucocitária alta: reação leucemoide 
Fosfatase leucocitária baixa: leucemia 
Se plaquetopenia: pior prognóstico > 
BINET C 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Nota
DOR E QUEIMAÇÃO EM MAÕS E PÉS COM VERMILHIDÃO
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
16 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
b. Diagnóstico – de exclusão 
 > 450.000 plaquetas 
 MO: megacariócitos 
 Mutação JAK2 / CALR / MPL 
 
c. Tratamento Hidroxiureia 
 AAS em dose baixa – se eritromelalgia 
 
SÍNDROME 
MIELOPROLIFERATIVA 
Hemácias Policitemia vera 
Esplenomegalia Plaquetas Trombocitemia essencial 
Granulócitos Leucemia mieloide crônica 
SÍNDROME 
LINFOPROLIFERATIVA 
Linfócitos Leucemia linfoide crônica Linfonodomegalia 
 
HEMOSTASIA E TROMBOSE 
HEMOSTARIA PRIMÁRIA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA 
 Plaquetas 
 Sangramento que não para 
 Pele (petéquias, púrpura, equimose) e mucosa 
(epistaxe, gengivorragia) 
 Sangramento precoce e espontâneo 
 Fatores de coagulação 
 Músculo e articulações (hemartroses, 
hematoma pós-vacina, hemorragia 
intracraniana) 
 Sangramento para, mas volta 
 
Plaquetas: 150-450 mil – quantitativo 
Tempo de sangramento: 3-7 min – qualitativo, se a 
plaquetometria estiver normal 
 
Via extrínseca: TP ou TAP plasmina > quebra a fibrina (fibrinólise) 
 Evita a trombose – hemostasia exagerada 
 Produtos de degradação da fibrina: d-dímero 
 
HEMOSTASIA PRIMÁRIA 
Disfunção plaquetária Plaquetopenia 
 
Lesão endotelial > exposição do colágeno > 
1) Adesão: GPIb da plaqueta se liga ao FvWB que 
se liga ao endotélio – “tapete” de plaquetas 
2) Ativação: plaquetas liberam ADP e tromboxano 
A2 via receptor P2Y12 > recrutamento de mais 
plaquetas 
3) Agregação: uma plaqueta se liga a outra 
através da GPIIb/IIIa + ponte de fibrinogênio 
 
Destruição / diminuição da produção / 
sequestro esplênico / dilucional / 
espúria (falsa – repetir no citrato) 
Hereditário 
 Deficiência de fator de vWB – mais comum 
 Deficiência de GP Ib (Bernard-Soulier) 
 Deficiência de GP IIb/IIIa (Glanzmann) 
 
Adquirido 
 Uremia 
 Antiplaquetários 
 Púrpura trombocitopênica imune (PTI) 
 Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
17 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE (PTI) 
Anticorpos contra plaquetas > opsonização > destruição no baço 
 
a. Etiologia 
 Idiopática – IVAS / vacina opsonização > destruição no baço 
 
Escore 4T 
Tempo 5-10 dias de uso – qualquer heparina e qualquer dose, sendo a HNF de maior risco 
Trombocitopenia Não grave: > 20.000 
Trombocitopenia Sem outra causa 
Trombose Em até 50% dos casos 
 
Tratamento: 
 Suspender heparina 
 Trocar por inibidor de trombina ou inibidor do fator Xa (ex: fondaparinux) 
 
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA (PTT) 
Diminuição da atividade da ADAMTS13 > FvWB “gigantes” > excesso de adesão plaquetária > microangiopatia 
trombótica > plaquetopenia + trombose 
 
a. Clínica – mulher 
Dor abdominal + 
P – Plaquetopenia 
E – Esquizócitos (hemólise microangiopática) 
N – Neurológicas 
T – Temperatura elevada 
A – Anúria 
 
b. Tratamento 
 Plasmaférese 
 
Criança: aguda e autolimitada 
Adulto (mulher, 20-40 anos): crônica e recorrente 
NÃO PODE REPOR PLAQUETAS! 
É CONTRAINDICADO!!!!! 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
18 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SÍNDROME HEMOLÍTICO URÊMICA (SHU) 
E. coli O157:H7 > produção de Shiga toxina > trombose glomerular > microangiopatia trombótica 
 
a. Clínica – criança 
Diarreia + 
S – Sangramento (plaquetopenia) 
H – Hemólise 
U – Uremia 
 
b. Tratamento 
 Suporte clínico – bom prognóstico 
*Não faz ATB!! 
 
DOENÇA DE VON WILLEBRAND 
O FvWB participa tanto da hemostasia primária quanto da secundária – na primária, ele ajuda a plaqueta a se ligar 
firmemente ao endotélio; na secundária, ele “protege” o fator 8 da rápida degradação 
 
Distúrbio hereditário mais comum da hemostasia! 
 
a. Clínica 
TIPO 1 (80%) TIPO 2 TIPO 3 ( 
Fator 7 
 
Fator 8 + 9 + 11 
VIA COMUM – 
TAP + PTTa 
 
Fator 10 + 5 > 
protrombina (fator 2) > trombina > 
fibrinogênio (fator 1) > fibrina > 
rede de fibrina + fator 13 (estabiliza a rede de fibrina) 
 
*TAP e PTTa NÃO avaliam o fator 13! 
*Todos os fatores de coagulação são produzidos no fígado – exceto fator 8, produzido no endotélio 
 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
19 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
VIA EXTRÍNSECA (TAP) – fator 7 
Etiologia 
− Relacionados a vitamina K 
 Colestase 
 Má absorção (vitaminas lipossolúveis: K, E, D, A) 
 Antagonistas da vitamina K – cumarínicos (warfarin) 
 
WARFARIN 
 Inibe a síntese dos fatores dependentes da vitamina K (2, 7, 9, 10) 
 Efeito terapêutico: RNI 2-3 
 Altera muito com dieta! 
 
 
RNI 10: vitamina K 
Sangramento grave: complexo protrombínico (fator 2, 7, 9, 10) / plasma fresco / fator 7a 
 
 
VIA INTRÍNSECA (PTTa) – fator 8, 9, 11 
HEMOFILIA A – 
fator 8 
 Mais comum 
 Hereditária (ligada ao X, homem) ou adquirida (LES) 
 3Hs: hemorragia + hematoma + hemartrose 
 Diagnóstico: PTTa alargado 
 Tratamento: repor o fator 8 
 
*ATENÇÃO! A hemofilia adquirida NÃO responde à reposição de fator 8 (os anticorpos 
produzidos neutralizam) e a dosagem de fator 8 pode estar NORMAL! 
HEPARINA – 
potencializa 
antitrombina 3 
(anticoagulante 
endógeno) 
Não fracionada (HNF) 
 Efeito não previsível, menor meia-vida 
 Monitorização: PTTa 6/6h 
 Antídoto: protamina 
 
Baixo peso molecular (HBPM) – EnoXaparina 
 Efeito mais previsível 
 Não precisa monitorizar 
 Antídoto tem ação parcial 
 
VIA COMUM (TAP + PTTa) – fator 10, 5, 2, 1 
Etiologia 
 Doença hepática 
 Inibidor do fator Xa – Fondaparinux, Rivaroxaban 
 Inibidor da trombina – Dabigatran, Argatroban 
 CIVD – sepse grave, DPP, CA 
 
CIVD 
 Sangramento grave + anemia hemolítica microangiopática + plaquetopenia + TAP e PTTa 
alargados + diminuição do fibrinogênio (DPP): hemorragia 
Crônico (CA): trombose de repetição 
DEFICIÊNCIA 
DO FATOR 13 
 Clínica de distúrbio da hemostasia 2ª + PTT e TAP normais 
 Diagnóstico: teste da solubilidade da ureia positivo 
 
TROMBOSE 
Tríade de Virchow: estase + lesão endotelial + hipercoagulabilidade 
Fatores dependentes de vitamina K: 
2, 7, 9, 10 
O fator 7 é o que tem a meia vida mais curta, 
portanto, altera a via extrínseca (TAP) precocemente – 
antes mesmo de alterar a via intrínseca (PTTa) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
20 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
TROMBOFILIAS 
Venosa (mais comum) x Arterial 
Etiologia 
Hereditária Adquirida 
 Fator V de Leiden – mais comum 
 Mutação no gene protrombina 
 Deficiência de proteína C e S 
 Hiperhomocisteinemia 
 CA 
 Gestação 
 Síndrome nefrótica 
 SAF 
 
HEMOTRANSFUSÃO 
PLASMA Todos os fatores de coagulação 
CRIOPRECIPITADO Fator 8, fator 13, fator von Willebrand, fibrinogênio 
COMPLEXO PROTROMBÍNICO Fatores dependentes da vitamina K (2, 7, 9, 10) 
 
Reações adversas 
FEBRIL NÃO HEMOLÍTICA – 
mais comum 
 Anticorpos do receptor atacam leucócitos do doador 
 Prevenção: leucodepleção – filtra leucócitos 
 Conduta: parar transfusão + antitérmico + meperidina 
TRALI 
 Anticorpos do doador atacam leucócitos do receptor 
 Aumento da permeabilidade capilar pulmonar > EAP não cardiogênico 
em até 6h 
 Dispneia + hipoxemia + hipotensão + RX com infiltrados bilaterais 
TACO 
 Infusão rápida > congestão pulmonar > EAP cardiogênico 
 Dispneia + hipoxemia + hipertensão + RX com infiltrados bilaterais 
HEMOLÍTICA AGUDA 
 Incompatibilidade ABO – aloanticorpos do receptor destroem hemácias 
do doador > hemólise intravascular 
 Febre + hipotensão + hemólise + CIVD 
 Conduta: parar transfusão + hiper-hidratação seguida de diuréticos 
DOENÇA ENXERTO VS 
HOSPEDEIRO 
 Leucócitos do doador atacam células do receptor 
 8-10 dias após > febre, rash, diarreia, hepatopatia 
 Prevenção: irradiação – inativa leucócitos 
REAÇÃO ALÉRGICA 
 Urticária 
 Prevenção: hemácias lavadas – remove o plasma (proteínas 
alergênicas) 
 
LIFONODO E ESPLENOMEGALIA 
LINFONODOMEGALIA 
NEOPLÁSICO 
 > 2cm 
 Supraclavicular ou escalênico 
 Persistência > 4-6 semanas 
 Crescimento progressivo 
 Aderido a planos profundos 
 
Biópsia excisional (o mais suspeito) 
 
*Suspeita de metástase linfonodal do pescoço pra cima: PAAF 
*Cervical maligno: avaliar CA de cabeça e pescoço (naso/laringoscopia) 
 
LINFOMAS 
Tumor originário no tecido linfoide (linfonodos, timo, baço) – linfócitos B / T / células NK 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
21 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
a. Clínica 
 Linfonodomegalia não dolorosa – cervical e supraclavicular (mais comum) 
 Sintomas B: febre > 38 / sudorese noturna / perda de peso > 10% em 6m 
 
b. Classificação 
HODGKIN NÃO-HODGKIN – mais comum 
 Jovens – melhor prognóstico 
 Central 
 Disseminação por contiguidade – mediastino 
 Dor com ingestão de álcool 
 Prurido + eosinofilia 
 Febre irregular (Pel-Ebstein) 
 Idosos – pior prognóstico 
 Periférico 
 Disseminação hematogênica – epitroclear 
 Sintomas B mais frequentes 
 Prurido discreto 
 Febre contínua 
 
c. Estadiamento 
Ann-Arbor modificado – PET-CT / TC / RM 
DOENÇA 
LOCALIZADA 
1 1 cadeia ou estrutura linfoide (baço, timo) 
QT + RT 
2 ≥ 2 cadeias do mesmo lado do diafragma 
DOENÇA 
AVANÇADA 
3 
Ambos os lados do diafragma 
III1: andar superior 
III2: andar inferior 
QT 
*Recidivas: transplante de MO 
4 Extranodal distante (fígado, MO) 
 
Pior prognóstico 
 Idoso 
 Aumento de LDH 
 Sintomas B 
 Extranodal 
 
LINFOMA DE HODKIN 
Linfócito B – células de Reed-Sternberg (“olhos de coruja”) + pano de fundo reacional (histiócitos, plasmócitos) 
 
Subtipos 
LH CLÁSSICO – CD15, CD30 
Esclerose nodular (65%) Mais comum, mulheres jovens 
Celularidade mista (25%) HIV / EBV 
Rico em linfócitos (5%) Melhor prognóstico 
Depleção linfocitária (1%) Pior prognóstico, idosos 
LH COM PREDOMÍNIO LINF. – CD45 
*Cura 60-95% 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINFOMA NÃO-HODGKIN 
Linfócitos B, T ou células NK 
 
Paradoxo prognóstico 
 Vive muito, cura pouco – indolente 
 Vive pouco, cura muito – agressivo 
TUMOR LINFOIDE 
Nasceu na MO: leucemia 
Nasceu no tecido linfoide 
(baço/linfonodo/timo): linfoma 
*Um pode se espalhar para o outro 
NÃO É PATOGNOMÔNICA! 
Mononucleose infecciosa 
Carcinoma / Sarcomas 
Lise tumoral: 48h antes da QT > hidratação 
venosa vigorosa, alopurinol / rasburicase 
 
Cardiotoxicidade (Antraciclinas): 
ecocardiograma pré-QT 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
22 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Subtipos 
INDOLENTE – 
sobrevida: anos 
Folicular 2º mais comum, idosos, diagnóstico tardio Curativo / paliativo 
AGRESSIVO – 
sobrevida: meses 
Difuso de grandes 
células B 
Mais comum, idosos Curativo (40-60%) 
ALTAMENTE 
AGRESSIVOS – 
sobrevida: semanas 
Burkitt Crianças / HIV / EBV, massas (face/abdome) 
Curativo (50-80%) 
Linfoblástico pré-T Crianças, mediastino (timoma) 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
a. Etiologia 
 EBV 
 
b. Transmissão 
 Contato com saliva infectada (doença do beijo) – 15-24 anos 
 
c. Clínica 
Síndrome mononucleose-like 
 Linfonodomegalia – submandibular, cervical, occipital 
 Febre baixa – 10%) 
 Edema palpebral – sinal de Hoagland 
 Faringite exsudativa – pode ter membrana, petéquias 
 Exantema após Amoxi/Ampicilina – não alérgico!! 
 
d. Diagnóstico 
 Anticorpos heterófilos (Paul-Bunnel ou Monoteste) – baixa especificidade, > 4 anos 
 Anticorpos específicos (anti-VCA IgM, anti-EBNA) – fase inicial, úlcera + linfadenopatia satélite (trajeto “em cordão”) 
 Tratamento: Itraconazol 
ADENITE BACTERIANA 
 Linfadenopatia dolorosa unilateral + febre 
 S. aureus, S. pyogenes 
 Tratamento: ATB 
 
 
Outras causas: 
CMV 
Toxoplasmose 
HIV 
Hepatites virais 
Síndrome de Reye: 
encefalopatia+ hepatopatia esteatótica 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
23 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DOENÇA DE CHAGAS 
a. Etiologia 
 Trypanosoma cruzi 
*Vetor: Triatomíneo 
 
b. Transmissão 
 Oral (açaí, cana) – principal 
 Vetorial (extradomiciliar) 
 Vertical 
 Sanguínea 
 
c. Clínica – região Norte, homens adultos 
AGUDA 
 Chagoma (porta de entrada) – sinal de Romaña 
 Mononucleose-like 
 Miopericardite / encefalite 
CRÔNICA 
Indeterminada (60%)  Assintomático 
Cardíaca (30%) – 
fibrose miocárdica 
 IC 
 Aneurisma apical 
 Tromboembolismo 
 BRD + BDASE 
Digestiva (10%) – 
lesão de plexo nervoso 
 Acalásia – megaesôfago 
 Constipação – megacólon 
*Eixo cardíaco normal: D1 + / avF + 
d. Diagnóstico 
 Aguda: exame direto (sangue periférico) / IgM anti-T. cruzi 
 Crônica: IgG (2 testes com técnicas diferentes +) 
 
e. Tratamento 
Congênita / Aguda / 8cm / fossa ilíaca esquerda / linha média) 
M – Malária (forma imunorreativa) 
E – Esquistossomose 
Ga – Gaucher (depósito lissômico) 
L – Leishmaniose visceral 
IAs – Hematológicas (hemólise, LMC, tricoleucemia) 
 
TRICOLEUCEMIA / 
LEUCEMIA DE CÉLULAS 
PILOSAS 
 Melhor prognóstico 
 Homens > 50 anos 
 Pancitopenia com monocitopenia + esplenomegalia de monta – maior risco de TB 
 Sangue periférico: célula pilosa 
 Diagnóstico: biópsia de linfonodo / aspirado de MO (aspirado seco, com 
mielofibrose) / TRAP positivo 
 Tratamento: Cladribina 7 dias – 95% de cura 
MICOSE 
FUNGOIDE 
 Linfoma não-Hodgkin indolente cutâneo 
 Homens idosos 
arthu
Nota
ACOMETIMENTO CARDIACO TRATAR IC: BETA BLOQ 
ESOFAGO: NITRATO
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
24 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Biópsia: aglomerado de LT 
 Máculas eritematodescamativas pruriginosas + vegetações que ulceram 
 Diagnóstico: microabscessos de Pautrier – patognomônicos! 
 
 
Célula pilosa 
 
ARRITMIAS 
TAQUIARRITMIAS 
FC > 100 (RR 3 quadradinhos 
SIM: 
 Taquicardia ventricular (monomórfica 
x polimórfica / sustentada x não 
sustentada) 
5) RR É REGULAR? 
SIM: 
 Taquicardia supraventricular 
*Via acessória: onda P’ (negativa) após QRS (RP’ > 70ms) 
 
NÃO: 
 Fibrilação atrial 
 
EXTRASSÍSTOLES 
≥ 3 extrassístoles = taquicardia 
≥ 30 segundos ou instabilidade (hipotensão, síncope, dor torácica, congestão pulmonar) = sustentada 
 
Monomórfica x Não monomórfica 
 
QRS > 3 quadradinhos: alargado – VENTRÍCULO 
QRS 7 dias 
Longa duração > 1 ano 
Permanente Tentativa falha de reversão 
NÃO TEM: B4, onda A venosa, 
reforço pré-sistólico na EM 
Síndrome taqui-bradi: episódios de FA seguidos de 
pausa sinusal (doença do nó sinusal) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
 
26 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Consequências 
 Baixo DC: aumenta FC + sem contração atrial > menos sangue no ventrículo 
 Tromboembolismo: estase atrial > AVCi 
 
d. Tratamento 
INSTÁVEL ESTÁVEL 
Cardioversão elétrica sincronizada 120-200J 
CONTROLE DA FC 
 BB 
 BCC não-diidropiridínicos (Diltiazem / Verapamil) 
 Digital – ICFEr 
 Amiodarona 
 
+/- CONTROLE DO RITMO 
( 48h / indeterminada / alto risco (≥ 2): 
Eco transesofágico com ausência de trombo ou 
anticoagular por 3-4 semanas antes + 
3-4 semanas após (pra sempre se alto risco) 
 
+ TERAPIA ANTICOAGULANTE 
 Dabigatran, Rivaroxaban, Apixaban, Edoxaban 
 Warfarin (RNI 2-3) – FA valvar, TFG despolariza ventrículo e átrio ao mesmo 
tempo (por isso não tem onda P) 
Identificada no ECG de base com IPR curto ( 12mg 
*Se recorrente: ablação por radiofrequência 
 
TAQUICARDIA VENTRICULAR 
EXTRASSÍSTOLES 
(TV NÃO SUSTENTADA) Sem cardiopatia: BB 
 Com cardiopatia: Holter 24h > EEF 
RIVA 
(RITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADO) 
 FC 60-120 
 Arritmia de reperfusão – trombolítico 
TV SUSTENTADA – 
≥ 30s ou instabilidade 
 Instável: cardioversão (100J) / desfibrilação (PCR) 
 Estável: procainamida / amiodarona / sotalol (PAS) 
 
CDI 
Indicações: 
 Arritmia + instabilidade (congestão, síncope, dor torácica, hipotensão) 
 FE 60 (RR > 5 quadradões) 
 
BENIGNAS MALIGNAS 
Poucos sintomas – 
localização alta (com inervação vagal) 
 
Observação / Atropina (antagonista vagal) 
Sintomas graves – 
localização baixa (sem inervação vagal) ou fibrose 
 
Marca-passo / Dopamina / Adrenalina 
 
DISFUNÇÃO SINUSAL 
BRADICARDIA SINUSAL – 
benigno 
Ritmo sinusal lento 
 Vagotonia – sono, atleta 
 Droga bradicarziante – 
BB, BCC 
PAUSA SINUSAL – 
benigno ( 3s) 
Ritmo sinusal com pausa 
Benigno: 
 Vagotonia – sono, atleta 
 Droga bradicardizante 
 
Síndrome de Brugada: morte súbita 
em jovens sem cardiopatia estrutural 
por FV / TV 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
28 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Maligno: 
 Doença do nó sinusal 
(fibrose) – idosos 
 
RITMO DE ESCAPE 
ESCAPE ATRIAL 
(IDIOATRIAL) – 
benigno 
Onda P diferente antes do QRS + 
QRS normal + FC 40-60 
ESCAPE JUNCIONAL 
(IDIOJUNCIONAL) – 
benigno 
Sem onda P + 
QRS normal + FC 40-60 
ESCAPE VENTRICULAR 
(IDIOVENTRICULAR) – 
maligno 
Sem onda P + 
QRS alargado + FC 8-40 
 
Escape atrial 
 
 
Ritmo juncional 
 
 
Ritmo idioventricular 
 
BLOQUEIOS AV 
SUPRAHISSIANOS – benignos 
1º GRAU IPR > 5 quadradinhos 
2º GRAU – Mobitz tipo 1 
Aumento progressivo do IPR + 
bloqueio não sequencial 
*Fenômeno de Wenckebach 
 
INFRAHISSIANOS – malignos 
2º GRAU – Mobitz 2 Bloqueio não sequencial súbito 
2º GRAU – 2:1 
Bloqueio não sequencial 2:1 
(uma conduz, outra não) 
3º GRAU – BAVT 
Bloqueio total de P 
Dissociação atrioventricular (átrio bate em uma frequência e o ventrículo em outra) 
IPR: início da onda P até o QRS (normal: 3-5 quadradinhos) 
 
 
BAV 1º grau 
 
 
BAV 2º grau (Mobitz I) 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
29 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
BAV 2º grau (Mobitz II) 
 
 
BAV 2º grau (2:1) 
 
 
BAVT 
 
PCR 
Interrupção súbita e inesperada da circulação 
 
BLS 
1) Avaliar segurança da cena 
2) Testar responsividade 
3) Avaliar respiração e pulso carotídeo / femoral – 10s 
4) Chamar ajuda com desfibrilador 
5) RCP 
 
C – CIRCULAÇÃO 
 Compressão torácica – 30 compressões para 2 ventilações 
 Profundidade 5-6cm 
 100-120/min 
 Permitir retorno completo do tórax 
 Mãos entrelaçadas, região hipotênar, braços estendidos 
*Alternar socorristas a cada 2min (ou 5 ciclos) 
A – VIA AÉREA  Abrir via aérea: head tilt + chin lift 
B – VENTILAÇÃO 
 2 ventilações – duração de 1 segundos e intervalo de 3-5 segundos 
*Se não quiser fazer boca a boca: compressões ininterruptas! 
D – DESFIBRILAÇÃO 
 Monitorizar com pás 
 Desfibrilar se: FV / TV 
 Monofásico (360J) / Bifásico (200J) 
 Choque > retornar RCP > 2min (5 ciclos) > checar ritmo 
 
ACLS 
VIA AÉREA 
AVANÇADA 
 IOT – não é obrigatório! 
 Pedir capnografia 
 
Após IOT: 
 Compressão torácica 100-120/min 
 Ventilação 10/min – 1 ventilação a cada 6 segundos 
ACESSO 
 Venoso periférico 
 Intra-ósseo 
 Tubo: VANEL – Vasopressina, Atropina, Naloxone, Epinefrina, Lidocaína 
 
 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
30 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CHOCÁVEL (FV / TV SEM PULSO) 
FV / TV > choque > RCP 5 ciclos (2min) > checar ritmo > FV / TV > choque > Adrenalina 1mg + RCP 5 ciclos (2min) > 
checar ritmo > FV / TV > choque > Amiodarona 300mg (ou Lidocaína 1mg/kg) + RCP 5 ciclos (2min) > checar ritmo > 
FV / TV > choque > Adrenalina 1mg + RCP 5 ciclos (2min) > checar ritmo > FV / TV > choque > Amiodarona 150mg 
(ou Lidocaína 0.5mg/kg) + RCP 5 ciclos (2min) > checar ritmo > FV / TV > choque > Adrenalina 1mg a cada 3-5min + 
RCP 5 ciclos (2min) 
*Checar pulso se ritmo organizado! 
 
 
Fibrilação ventricular Taquicardia ventricular 
 
NÃO CHOCÁVEL (ASSISTOLIA / AESP) 
AESP / Assistolia > Adrenalina 1mg (a cada 3-5min) o mais precoce possível > RCP 5 ciclos (2min) > checar ritmo 
*Checar pulso se ritmo organizado! 
 
Assistolia: protocolo da linha reta (CAGADA – checar cabos, aumentar ganho, mudar derivação) 
 
 
Assistolia AESP 
 
Se refratário: 
5Hs 5Ts 
Hidrogênio (acidose) 
Hiper/Hipocalemia 
Hipovolemia 
Hipóxia 
Hipotermia – ondas J de Osborn 
Tamponamento cardíaco 
Trombose coronariana (IAM) 
TEP 
Toxinas 
Tensão no tórax (pneumotórax) 
 
CUIDADOS PÓS-PCR 
 Manter satO2 > 94% com menor FiO2 possível 
 Manter PAS > 90 e PAM > 65 
*Se voltou comatoso: considerar controle direcionado de temperatura (32-36 por 24h) 
 
SÍNCOPE 
Perda súbita e transitória da consciência e do tônus 
 
REFLEXAS / 
NEUROCARDIOGÊNICA / 
VASOVAGAL – 
mais comum 
Sintomas pré-síncope: sudorese 
fria, náuseas 
*Tilt test 
Situacional (dor, medo): 
pernas para o alto / fludrocortisona 
Hipersensibilidade do seio carotídeo (colarinho): 
evitar estímulo cervical / MP 
ORTOSTÁTICA / 
POSTURAL 
Queda da PAS > 20 / PAD > 10 após 
3-5min de ortostase 
Hipovolemia / Medicamento / Disautonomia: 
fludrocortisona / midodrina 
NEUROLÓGICA Cefaleia, sopro carotídeo, auras 
Hemorragia subaracnóidea / Doença carotídea 
bilateral / Enxaqueca basilar 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
31 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CARDÍACA 
Súbita ou pós-exercício, palpitação 
prévia, cardiopatia, ECG alterado 
Jovens atletas: 
cardiomiopatia hipertrófica, WPW, QT longo 
> 45-50 anos: 
IAM, estenose aórtica, BAVT 
*Pode ter abalos musculares breves!!!!!! 
 
SÍNDROME DO QT LONGO 
> 440ms (> 11 quadradinhos) 
 
a. Causas 
 Agrotóxicos – inseticidas 
 BAVT 
 Congênita 
 Drogas – macrolídeo, antipsicótico, antiarrítmicos, cloroquina 
 Eletrólitos – hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalcemia 
 
b. Complicação 
 Torsades de pointes – estável: sulfato de magnésio / instável: desfibrilação 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
a. Classificação – DC baixo em ambos 
SISTÓLICA – ICFEr 
FE 50% 
Diminuição da força de contração – 
ejeção ruim 
Diminuição do relaxamento – 
enchimento ruim 
Coração dilatado 
B3 (sobrecarga volêmica)Coração normal/hipertrófico 
B4 (sobrecarga pressórica) 
 
DIREITA – IC esquerda ESQUERDA – DAC, HAS 
Congestão sistêmica Congestão pulmonar 
 
IC DE ALTO DÉBITO – 
aumento da demanda / desvio de sangue > maior trabalho cardíaco 
Anemia 
Tireotoxicose 
Sepse 
Beribéri (B1 – tiamina) 
Fístula AV sistêmica 
Obesidade 
 
b. Clínica – principais: fadiga e dispneia 
DIREITA ESQUERDA 
 Cansaço aos esforços 
 Turgência jugular patológica 
 Refluxo hepatojugular 
 Sinal de Kussmaul – aumento da jugular na 
inspiração 
 Hepatomegalia 
 Dispneia aos esforços 
 Ortopneia 
 Dispneia paroxística noturna 
 Estertores pulmonares 
 B3 
*Pode ter respiração de Cheyne-Stokes (hiperpneia > bradipneia > apneia > hiperpneia > bradipneia) – ocorre na IC e em lesões do SNC 
 
c. Diagnóstico 
 Clínico – Framingham 
 ECG + RX de tórax 
 Eco transtorácico – classificação e etiologia 
Dúvida da dispneia: BNP e NT-proBNP (alto VPN!) 
*Produzido no ventrículo por distensão 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Nota
ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO
-SE O PACIENTE TIVER BAIXO NÃO EXCLUI CAUSA PULMONAR
-MAS CASO ESTEJA ALTO EXCLUI CAUSA CARDIACA
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
32 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM 
2 maiores 
1 maior + 2 menores 
 
MAIORES 
 Dispneia paroxística noturna 
 Estertores pulmonares 
 Turgência jugular 
 Refluxo hepatojugular 
 Cardiomegalia 
 B3 
 Edema agudo de pulmão 
 PVC > 16 
 Perda > 4.5kg com diurético 
MENORES 
 Edema maleolar bilateral 
 Tosse noturna 
 Dispneia aos esforços 
 Hepatomegalia 
 Derrame pleural – bilateral, maior à D 
 Diminuição da capacidade vital 
 FC > 120 
 
d. Tratamento 
FUNCIONAL (NYHA) – C ou D 
I Sem dispneia aos esforços habituais 
II Dispneia aos esforços habituais 
III Dispneia aos pequenos esforços 
IV Dispneia em repouso / qualquer atividade 
 
EVOLUTIVA 
A Só fatores de risco – HAS, aterosclerose Tratar fatores de risco 
B Assintomático com lesão estrutural IECA + BB 
C Sintomático NYHA I: IECA + BB 
NYHA II-IV: + Diurético / + Espironolactona D Refratário 
 
ICFEr 
IECA + BB 
 
 
Aumentam a sobrevida 
IECA 
 Todos – mesmo assintomático (≥ B) 
 CI: K > 5.5, IR, estenose bilateral da AR 
BETABLOQUEADOR – 
Succinato de Metoprolol / Carvedilol / Bisoprolol 
 Todos – mesmo assintomático (≥ B) 
 CI: descompensação 
 Risco de rebote com suspensão! 
 Não iniciar se agudamente descompensado – 
piora no início (não suspende!) 
ESPIRONOLACTONA 
 Sintomáticos com IECA + BB (NYHA II-IV) 
 CI: K > 5, IR 
BRA 
 Intolerância ao IECA – tosse, angioedema 
 CI = IECA 
HIDRALAZINA + NITRATO 
 Contraindicação a IECA/BRA 
 Sintomáticos com IECA + BB + espironolactona 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Nota
BB PODE CAUSAR UMA PIORA DOS SINTOMAS EM ETAPAS INICIAIS MAIS DEPOIS ESTABILIZA
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
33 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
VALSARTAN + SACUBITRIL – 
BRA + inibidor da neprilisina 
*Neprilisina: degrada vasodilatadores 
 Sintomáticos com IECA + BB + espironolactona 
 Substitui IECA!!! – tira IECA > espera 36h > inicia 
IVABRADINA – 
 inibidor seletivo da corrente if do nó sinoatrial 
 Sintomáticos com IECA + BB + FC > 70 sinusal 
INIBIDORES DA SGLT2 – 
Dapaglifozina / Empaglifozina 
 Sintomáticos com IECA + BB + espironolactona 
 CI: TFG 90) 
L / D – frio e seco Volume 
 
Inotrópicos: 
 Dobutamina (agonista adrenérgico) 
 Levosimendana / Milrinone (sensibilizadores do canal de cálcio) – preferir se já usa BB 
 Digitálicos (aumenta influxo intracelular de cálcio) 
 Deslanosídeo (aumenta influxo intracelular de cálcio) 
*Lembrar do potencial efeito vasodilatador que pode gerar hipotensão! – CI se PAS sinais de HVE, hipertrofia septal assimétrica 
 Tratamento: controlar PA e FC (BB, BCC) – evitar: nitrato, digital, diurético 
 Invasivo: embolização septal / ventriculomiectomia 
 CDI – se síncope, TV sustentada (>30s), morte súbita abortada 
 
Evitar tudo que diminua a 
quantidade sangue no coração! – 
menos sangue > paredes se 
encostam > piora sintomas 
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
arthu
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
Arthur Tagliaferre
Realce
 
34 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
VALVOPATIAS 
▪ FOCOS DE AUSCULTA 
 Aórtico: 2º EIC direito 
 Pulmonar: 2º EIC esquerdo 
 Tricúspide: BEE baixa 
 Mitral: 5º EIC (onde estiver o ictus) 
 
▪ BULHAS 
 B1: fechamento da mitral + tricúspide 
 B2: fechamento da aórtica + pulmonar 
 
B1 > sístole > B2 > diástole 
B3: sobrecarga de volume – desaceleração do sangue 
B4: sobrecarga de pressão – contração atrial vigorosa 
*B3 e B4 ocorrem na diástole (após B2) 
 
DESDOBRAMENTO DE B2 
FISIOLÓGICO Não tem na expiração + aparece na inspiração - 
PARADOXAL 
Tem na expiração + desaparece na inspiração – tinha A2 
(fechamento da aórtica) atrasado 
BRE 
Estenose aórtica 
FIXO 
Tem na expiração e na inspiração – tinha P2 (fechamento da 
pulmonar) atrasado 
BRD 
CIA 
Inspiração > aumenta RV > atrasa P2 (fechamento da pulmonar) 
 
ESTENOSE MITRAL 
 Ruflar diastólico 
 Reforço pré-sistólico – contração atrial ativa 
 B1 hiperfonética 
 Estalido de abertura 
ESTENOSE AÓRTICA – 
angina + dispneia + síncope 
 Desdobramento paradoxal 
 Hipertrofia do VE aumenta demanda metabólica e diminui perfusão 
coronariana (ocorre na diástole) – dor precordial 
 Dificuldade do sangue sair – baixo DC > síncope 
 Pulso parvus e tardus – pulso

Mais conteúdos dessa disciplina