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Podemos perceber, ao longo dos nossos estudos, que currículo e avaliação estão interligados e influenciam-se mutuamente. Descreva em um pequeno texto, como esta influência acontece, quais os efeitos da avaliação no currículo e do currículo na avaliação. Não esqueça de colocar os dois tipos de avaliação: a interna ou escolar e a avaliação externa e de ilustrar com exemplos. Os debates já presentes nos estudos e pesquisas citados se acirram com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em que se tem observado, dentre outros aspectos, um amplo debate acerca da polêmica da indução-redução curricular, devido à sua influência sobre os conteúdos ensinados nas escolas. Cabe, no entanto, ponderar sobre preocupações que têm sido recorrentes quando se discute as relações entre currículo e avaliação. Até aqui se procurou argumentar que a avaliação e o currículo são processos indissociáveis. Inclusive, a proposição tyleriana de que as avaliações deveriam incidir sobre o currículo ensinado foi um marco que deve ser entendido, antes de criticado, à medida em que ofereceu referências objetivas para a proposição de instrumentos de avaliação pelos professores, deixando claro que se deveria avaliar o que foi ensinado e não outros aspectos, muitas vezes desconectados do trabalho realizado pelo professor na sala de aula. No entanto, tais aspectos do debate parecem desconsiderados nas críticas atuais. Avaliação é um processo que envolve desde a coleta de informações relevantes sobre os objetivos educacionais até a síntese dessas informações, para que sejam tomadas decisões cabíveis. Nesse processo é necessária a elaboração de um ou mais instrumentos avaliativos, que devem ser adequados ao que se quer avaliar (nem tudo pode ser avaliado, por exemplo, por uma prova escrita,) também é necessária a aplicação desse instrumento, a coleta dos dados, o processamento, dos dados e a sua interpretação. Justamente por isso, não podemos tomar avaliação, prova e simulado como sinônimos, porque avaliação é um processo muito mais amplo do que a simples aplicação de um instrumento avaliativo. Nesse contexto, existem dois tipos de avaliação: a interna e a externa. Enquanto a avaliação interna é aplicada pelo professor conforme o planejamento escolar, a avaliação externa – como o próprio nome sugere – é aplicada por um agente externo. Com os resultados desses exames, é possível traçar um painel da educação no país, o que contribui para o desenvolvimento de políticas públicas na área. Além disso, esses resultados permitem que as escolas façam um diagnóstico das ações já implementadas e busquem práticas mais assertivas. Avaliação externa é toda e qualquer avaliação concebida e formulada por profissionais que não fazem parte do cotidiano da instituição escolar em que se dá a avaliação.Com os resultados desses exames, é possível traçar um painel da educação no país, o que contribui para o desenvolvimento de políticas públicas na área. Além disso, esses resultados permitem que as escolas façam um diagnóstico das ações já implementadas e busquem práticas mais assertivas. Desse modo, a avaliação interna é considerada como sinônimo de uma autoavaliação, que deve ser gerenciada pelos segmentos interiores a instituição escolar. Meuret (2002, p. 39) define a autoavaliação como “concebida e conduzida pelo estabelecimento de ensino para seu próprio uso”. Nessa perspectiva a avaliação interna é realizada com autonomia da própria escola, sem mediações externas. Palma (2001, p.36) corrobora ao firmar “que a avaliação se concentra sobre os próprios atores que desenvolvem o referido processo ou sobre a organização de que fazem parte”;e a avaliação interna realizada pela própria instituição escolar é de fundamental importância para manter uma melhor qualidade educacional, tornando-se possível observar desafios no espaço pedagógico, tais como, a desmotivação por parte dos funcionários, e as dificuldades relacionadas à comunidade escolar, os resultados de aprendizagens, as relações pessoais e a participação da família.Enfim tanto o currículo quanto a avaliação são essenciais para a prática pedagógica que busca priorizar a aprendizagem significativa, a qual, por sua vez, visa a formar, por meio de ações interventivas que garantam as premissas da qualidade educacional, a construção de uma identidade cidadã.