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SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 1 CIRURGIA GERAL QUESTÃO 1 Um paciente de 36 anos de idade, estivador, relata dor em região pubiana à direita, após sete meses de herniorrafia inguinal direita, tipo Lichtenstein. Não há evidência clínica e de imagem de recidiva herniária. Ao exame físico, foi observada cicatriz de inguinotomia direita, oblíqua, de 6 cm, sem alterações, com hiperestesia e dor referida em região pubiana e suprapúbica direita. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a causa da inguinodinia do paciente. (A) lesão do nervo genitofemoral (B) lesão do nervo ilioinguinal (C) lesão do nervo ílio‐hipogástrico (D) extrusão da tela (E) granuloma de corpo estranho QUESTÃO 2 Das neoplasias malignas pancreáticas, a mais frequente é o(a) (A) neoplasia intraductal papilífera mucinosa do pâncreas. (B) cistoadenocarcinoma mucinoso do pâncreas. (C) tumor sólido cístico pseudopapilar do pâncreas. (D) carcinoma neuroendócrino do pâncreas. (E) adenocarcinoma ductal do pâncreas. QUESTÃO 3 Em uma tireoidectomia, a lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior compromete o músculo (A) cricotireoideo. (B) vocal. (C) tireoaritenóideo. (D) cricoaritenóideo lateral. (E) cricoaritenóideo posterior. QUESTÃO 4 Um paciente foi submetido à setorectomia lateral esquerda por colangiocarcinoma. A cirurgia descrita no caso hipotético apresentado envolve a ressecção dos seguintes segmentos hepáticos: (A) I; II; III; e IV. (B) I; IV; e V. (C) II; e III. (D) II; III; e IVa. (E) II; III; e IV. QUESTÃO 5 Um homem de 23 anos de idade chegou ao pronto‐socorro com história de ter acordado repentinamente com dor testicular esquerda de forte intensidade e náuseas. Refere dor semelhante após atividade física há três semanas, que cessou espontaneamente. Nega febre, disúria, uretrorreia. Ao exame: região inguinal, pênis, bolsa escrotal e períneo sem alterações, testículo esquerdo aumentado de volume, doloroso e horizontalizado. Manobra de elevação testicular (Prehn) negativa. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável. (A) orquiepididimite (B) síndrome de Fournier (C) abscesso testicular (D) torção testicular (E) hidrocele QUESTÃO 6 As fissuras anais localizam‐se (A) em qualquer quadrante. (B) preferencialmente na comissura posterior. (C) preferencialmente na comissura anterior. (D) sempre anteriormente em crianças. (E) preferencialmente nos quadrantes anterior e posterior nas mulheres. QUESTÃO 7 Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de cirurgia bariátrica puramente restritiva. (A) gastroplastia redutora + bypass gástrico proximal (B) gastrectomia vertical (C) duodenal switch (D) bypass jejunoileal (E) bypass gástrico distal QUESTÃO 8 A neoplasia maligna primária hepática mais frequente é o(a) (A) hepatocarcinoma. (B) metástase hepática. (C) hemangiossarcoma. (D) hepatoblastoma. (E) colangiocarcinoma. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 2 QUESTÃO 9 Quanto aos pólipos colorretais, assinale a alternativa correta. (A) Cerca de 95% dos cânceres colorretais derivam dos adenomas polipoides ou planos. (B) A colonoscopia com polipectomia reduz a incidência de câncer colorretal em 20%. (C) A lesão plana apresenta maior probabilidade de evolução para carcinoma ou neoplasia intraepitelial de alto grau, predominando em cólon esquerdo. (D) Pólipos hiperplásicos são considerados como de risco para o câncer colorretal. (E) Para maior caracterização, reconhecimento e orientação do potencial de ressecção endoscópica dessas lesões, foi proposta a Classificação de Washington, baseada na Classificação Japonesa e na Classificação Histológica de Paris revisada. QUESTÃO 10 Uma mulher de 36 anos de idade chegou ao pronto‐socorro com queixa de dor lombar há quatro horas, com irradiação para a região de fossa ilíaca esquerda e lábio vaginal ipsilateral, e náuseas, associada à polaciúria. Ao exame, estava inquieta, afebril e hemodinamicamente estável e apresentava palidez cutaneomucosa, tórax sem alterações, abdome flácido, distensão +/3+ e sinais de Giordano, Murphy e DB negativos. Segundo o hemograma, os eletrólitos e as funções renal e bioquímica estavam normais e a urina tipo I com leucocitúria de 15.000 (normal até 10.000 células), sem hematúria. Radiografia de abdome total inespecífica, com distensão leve de delgado e cólon, e ultrassonografia abdominal total normal. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o próximo passo a ser realizado e o diagnóstico mais provável. (A) sedação e antibioticoterapia e infecção urinária (B) sedação e hidratação e gastroenterocolite (C) sedação, hidratação e tomografia e diverticulite aguda (D) sedação, anti‐heméticos e tomografia e ureterolitíase distal (E) sedação e avaliação ginecológica e doença inflamatória pélvica QUESTÃO 11 Uma mulher de 43 anos de idade, em pós‐operatório tardio de colecistectomia, durante investigação de quadro de icterícia obstrutiva, obteve diagnóstico, na colangiorressonância magnética, de estenose de hepatocolédoco, distando 1,5 cm abaixo da confluência dos ductos hepáticos, com extensão de 3 cm de via biliar extra‐hepática. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta a conduta mais apropriada para a paciente. (A) prótese metálica autoexpansível via transparieto‐hepática (B) dilatação endoscópica com balão e prótese metálica autoexpansível (C) hepatojejunostomia em Y de Roux (D) ressecção da estenose e anastomose término‐terminal hepático‐coledociana (E) ressecção da estenose e anastomose término‐terminal hepático‐coledociana com drenagem com tubo T (Kehr) QUESTÃO 12 Um homem de 62 anos de idade realizou endoscopia digestiva alta com tentativa de adrenalização de lesão de Dieulafoy de fundo gástrico próximo à cárdia, em quadro de hemorragia digestiva alta, sem sucesso. Durante nova tentativa endoscópica, houve impossibilidade de visualização da lesão devido à grande quantidade de resíduos hemáticos. Foi indicada cirurgia. Durante a laparotomia, evidenciou‐se estômago muito distendido, repleto de coágulos. O paciente encontrava‐se hemodinamicamente estável, com hematócrito de 24%. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a conduta cirúrgica mais apropriada. (A) gastrotomia e sutura hemostática da lesão (B) gastrectomia proximal e esofagectomia distal (C) gastrotomia e eletrocauterização da lesão (D) excisão local da lesão e gastrorrafia (E) gastrectomia total SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 3 QUESTÃO 13 Um paciente em pós‐operatório de desconexão ázigo‐portal com esplenectomia por hipertensão portal esquistossomótica, há sete dias, apresenta‐se em bom estado geral, com boa aceitação da dieta, cicatriz cirúrgica de bom aspecto, abdome flácido e com sinais de ascite de pequena à moderada. Exames: Hb 10,8 g/dl; Ht 32%; leucócitos 8.000 s/desvio; plaquetas 650.000; e eletrólitos normais. Nessa situação hipotética, a orientação correta para o paciente seria (A) alta hospitalarcom orientação, dieta hipossódica e diurético. (B) alta hospitalar com antiagregante plaquetário, diurético e dieta hipossódica. (C) manter a internação, diurético, dieta hipossódica e sangria. (D) manter a internação, diurético e dieta para hepatopata. (E) manter a internação, anticoagulante subcutâneo, diurético e dieta hipossódica. QUESTÃO 14 Com relação ao tratamento da insuficiência venosa de membro inferior, assinale a alternativa correta. (A) A associação de curativos e compressão sempre que possível promove maior eficácia na cicatrização das úlceras. (B) A escleroterapia é procedimento isento de complicações. (C) Atualmente as drogas venoativas ou flebotônicas são consideradas como um tratamento, podendo levar à cura da doença venosa. (D) O emprego de compressão pneumática intermitente é pouco eficaz, especialmente em casos de edema refratário e úlceras crônicas que não responderam à terapia clássica com compressão. (E) A termoablação endovenosa com laser ou radiofrequência apresenta índice de sucesso imediato muito baixo, próximo a 10%, e alto no médio prazo, entre 77 e 99% em um ano. QUESTÃO 15 Um paciente gastrectomizado a Billroth II, há 36 anos, por úlcera duodenal, passou bem até dois meses atrás, quando começou a apresentar dores epigástricas pós‐alimentares. Há trinta dias, passou a ter episódios de vômitos pós‐prandiais, com restos alimentares e emagrecimento de 10 kg no período. Nesse caso hipotético, o diagnóstico clínico inicial é de (A) gastroileoanastomose inadvertida. (B) pancreatite crônica. (C) neoplasia de coto gástrico. (D) úlcera de boca anastomótica com fístula gastrojejunocólica. (E) parasitose do coto duodenal. QUESTÃO 16 Um paciente de 42 anos de idade foi submetido à cirurgia de correção de hérnia incisional após laparotomia mediana de urgência. Foi realizada técnica de liberação anterior de componentes, com utilização de tela macroporosa de baixa gramatura entre as sublay e aproximação da linha mediana sem tensão, com drenagem a vácuo do subcutâneo. O paciente apresentou boa evolução. Nessa situação hipotética, a prótese utilizada na técnica descrita foi fixada (A) acima da aponeurose da musculatura dos retos abdominais. (B) entre a bainha dos músculos retos abdominais. (C) acima de linha semilunar. (D) na região retromuscular. (E) na região intraperitoneal. QUESTÃO 17 A respeito dos princípios básicos da profilaxia antibiótica em cirurgia, assinale a alternativa correta. (A) Deve‐se utilizar sempre a via intravenosa. (B) Em obstetrícia, a primeira dose é dada antes do clampeamento do cordão umbilical. (C) As doses suplementares são administradas somente aos trinta minutos do início do ato operatório. (D) Deve‐se iniciar o esquema profilático após a indução anestésica. (E) Deve‐se suspender a profilaxia após o final do ato operatório ou, no máximo, com 72 horas de uso. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 4 QUESTÃO 18 Quanto às indicações da cirurgia bariátrica segundo o Ministério da Saúde, assinale a alternativa correta. (A) Uma indicação da cirurgia bariátrica é o quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contraindicações obrigatórias à cirurgia. (B) Indivíduos que apresentem IMC ≥ 40 kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado, por, no mínimo, dois anos, são indicados para realizar essa cirurgia. (C) Uma indicação da cirurgia bariátrica é a doença cardiopulmonar grave e descompensada que influencie a relação risco‐benefício. (D) Uma indicação da cirurgia bariátrica é a limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado. (E) O indivíduo e seus responsáveis devem compreender todos os aspectos do tratamento e assumir o compromisso com o segmento pós‐operatório, que deve ser mantido por tempo a ser determinado pela equipe. QUESTÃO 19 Um paciente de cinquenta anos de idade queixa‐se de nódulo no pescoço há três meses, depois que emagreceu 15 kg, com dieta e exercícios físicos. Ao exame físico, apresenta nódulo de tireoide, de 2 cm, localizado em lobo direito, pouco endurecido, móvel à deglutição, sem linfonodomegalias suspeitas. Ao ultrassom, observa‐se nódulo de 1,7 cm de tamanho, em lobo direito da tireoide, com presença de microcalcificações, com estudo ao Doppler com predomínio de vascularização central. Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o diagnóstico e a conduta diagnóstica inicial. (A) suspeita de malignidade e punção do nódulo guiada por ultrassom (B) sem suspeita de malignidade e acompanhamento com novo ultrassom em seis meses (C) suspeita de malignidade e cirurgia de princípio (D) sem suspeita de malignidade e cintilografia da tireoide (E) suspeita de malignidade e dosagem de tireoglobulina sérica QUESTÃO 20 Acerca da inserção de cateteres vasculares, assinale a alternativa correta. (A) A dissecção da veia safena magna ao nível do maléolo medial é opção secundária de via de acesso vascular para infusão de volume em pacientes chocados, vítimas de ferimento por arma branca abdominal, caso não se consiga realizar a punção das veias periféricas. (B) A nutrição parenteral total de solução a 1.000 mOsm/l pode ser aplicada em um cateter venoso periférico. (C) A taxa de infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter venoso central é maior quando sua inserção está na veia subclávia que quando está na veia jugular interna. (D) A incidência de hemopneumotórax é de 6% para punções da veia jugular interna, de 3% para veia subclávia e diminui quando guiada pelo ultrassom. (E) O acesso venoso central está mais indicado nas urgências cardiológicas que nas traumáticas. QUESTÃO 21 Um homem de cinquenta anos de idade, com tosse seca, períodos de rouquidão pela manhã e sensação de globus faríngeo, realizou laringoscopia com hiperemia de pregas vocais e edema discreto. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o diagnóstico e o exame necessário para sua elucidação. (A) doença do refluxo gastresofágico e phmetria (B) manifestação extraesofágica da doença do refluxo gastresofágico e impedância e phmetria (C) laringite e deglutograma (D) laringite e esôfago‐estômago‐duodeno contrastado (EED) (E) doença do refluxo gastresofágico e bilimetria SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 5 QUESTÃO 22 Um paciente de dezessete anos de idade foi ao hospital com dor em fossa ilíaca direita há dois dias, acompanhada de febre e inapetência. Ao exame físico, estava desidratado, com dor à palpação e descompressão brusca positiva em fossa ilíaca direita. Feito o diagnóstico de apendicite aguda, ele foi operado por incisão tipo Mc Burney e realizou‐se drenagem da cavidade por coto apendicular friável e base larga. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta a respeito do dreno no pós‐operatório. (A) O dreno na cavidade deve ser mantido, no máximo, por 48 horaspara evitar contaminação da cavidade abdominal pelo ambiente exterior. (B) O dreno da cavidade deve ser mantido, no mínimo, por quinze dias, que é o prazo máximo para o aparecimento de fístulas. (C) O dreno da cavidade evita a infecção da ferida operatória e deve ser retirado assim que o paciente apresentar evacuações. (D) O dreno da cavidade não evita fístulas, apenas auxilia no diagnóstico precoce delas e possibilita tratamento conservador na ausência de peritonite. (E) O dreno da cavidade evita o aparecimento de fístulas e, por isso, é importante para prevenir falha técnica no intraoperatório. QUESTÃO 23 Uma paciente de 62 anos de idade foi ao hospital por dor em hipocôndrio direito e epigástrio, com irradiação para o dorso, acompanhada de vômitos, há dois dias. Ao exame físico, apresentava dor à palpação em epigástrio, com defesa muscular em andar superior do abdome. Realizou dosagem de amilase sanguínea, que se mostrou vinte vezes superior ao valor de referência. Realizou ultrassom de abdome, que mostrou colelitíase. Recebeu o diagnóstico de pancreatite aguda biliar. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta as medidas iniciais a serem adotadas. (A) jejum, analgesia e operar o pâncreas com urgência (B) solicitar tomografia de abdome com contraste para confirmar o diagnóstico de pancreatite (C) jejum, hidratação, analgesia, calcular os escores de gravidade e programar cirurgia da vesícula ao resolver a pancreatite aguda (D) realizar colangiografia endoscópica (CPRE) para tratar a coledocolitíase, que sempre está associada à pancreatite aguda biliar (E) realizar tomografia de abdome com contraste para definir a etiologia e a gravidade da doença e iniciar antibioticoterapia QUESTÃO 24 Uma paciente de 42 anos de idade, com história de dor em hipocôndrio direito e febre há dois dias, apresenta dor à palpação de hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. Realizou ultrassom de abdome, que demonstrou vesícula de paredes espessadas e confirmou o diagnóstico de colecistite aguda. Para programar uma colecistectomia videolaparoscópica, é necessário definir quando é necessário realizar uma colangiografia no intraoperatório. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta, exclusivamente, situações que sejam indicações de colangiografia intraoperatória. (A) pancreatite aguda biliar, icterícia clínica, presença de abscesso hepático e aumento da dosagem de amilase sanguínea (B) colangite, múltiplos microabscessos hepáticos, dilatação das vias biliares, síndrome de Mirizzi e aumento de enzimas canaliculares hepáticas (C) abscesso hepático, suspeita de lesão de via biliar, dilatação das vias biliares intra e extra‐hepáticas e presença de ductos biliares aberrantes (D) colecistite aguda, dilatação das vias biliares, colangite e formação de abscessos hepáticos (E) aumento dos níveis das enzimas canaliculares hepáticas, dilatação de vias biliares e antecedente de icterícia obstrutiva QUESTÃO 25 Um paciente de 28 anos de idade foi levado ao hospital por colegas, tendo sido vítima de ferimento por arma branca em décimo espaço intercostal esquerdo, linha hemiescapular esquerda. Ausculta pulmonar e radiografia de tórax normais. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o tratamento correto para o paciente. (A) suturar o ferimento, utilizar antibióticos e retornar em sete dias para retirar os pontos (B) suturar o ferimento, repetir raio‐x em doze horas e, caso esteja normal, orientar alta e retirar os pontos em sete dias (C) cirurgia por videolaparoscopia diagnóstica (D) exploração digital do ferimento, suturar a lesão, fazer curativo e prescrever antibiótico e retorno para retirada dos pontos (E) realizar ultrassom FAST que, caso seja negativo, descarta lesão abdominal, suturar a lesão, fazer curativo e prescrever antibiótico e retorno para retirada dos pontos SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 6 QUESTÃO 26 Uma paciente de sessenta anos de idade foi ao pronto‐socorro com queixa de dor abdominal associada à distensão abdominal difusa, vômitos e diminuição da eliminação de flatos. Não evacuava há quatro dias. Ao exame físico, apresentou‐se em regular estado geral e desidratada. A frequência cardíaca era de 90 batimentos por minuto. O abdome encontrava‐se distendido, doloroso difusamente à palpação profunda e sem sinais de peritonite. Apresentava ainda cicatriz de laparotomia mediana em região infraumbilical por histerectomia realizada há cinco anos. Presença de hérnia femoral à direita, dolorosa e não redutível. Foi realizado toque retal, que mostrou ausência de fezes em ampola retal. Radiografias de abdome na posição em pé e deitada apresentavam sinal de empilhamento de moeda e presença de níveis hidroaéreos, sem outras alterações. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas e seu tratamento deve ser realizado com jejum, hidratação, analgesia, uma sonda nasogástrica e observação do débito por 48 horas para resolução do quadro de obstrução. (B) A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas, sendo o tratamento de escolha a realização de laparotomia exploradora para lise de bridas. (C) A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral e deve realizar uma laparotomia exploradora para redução dessa hérnia. (D) A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral encarcerada que deve ser tratado por meio da redução do conteúdo herniário. (E) A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por hérnia encarcerada e deve ser tratada por meio de inguinotomia exploradora à direita. ______________________________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 27 Uma paciente de 44 anos de idade foi ao hospital com queixa de dor abdominal súbita e de forte intensidade há um dia. Ao exame físico, estava em regular estado geral, afebril, com frequência cardíaca de 100 batimentos por minuto, apresentando defesa muscular à palpação, com abdome em tábua. A radiografia de tórax em pé com cúpulas frênicas evidenciou a presença de um pneumoperitônio. Feito o diagnóstico de abdome agudo perfurativo, a paciente foi submetida a uma laparotomia exploradora. Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Se o achado operatório for de uma úlcera duodenal de 3,5 cm perfurada, o tratamento indicado será a realização de gastrectomia parcial com reconstrução pela técnica de Billroth II. (B) Se o achado operatório for de úlcera duodenal perfurada, o tratamento por meio de sutura associada à epiplonplastia não poderá ser realizado, devido ao risco de estenose cicatricial duodenal. (C) Se o achado operatório for de uma úlcera duodenal de 3 cm perfurada, o tratamento indicado será vagotomia troncular e sutura da úlcera com piloroplastia para evitar estenose duodenal cicatricial. (D) Se o achado operatório for de úlcera pré‐pilórica aguda de 1 cm, o tratamento indicado será a realização de gastrectomia parcial, com reconstrução, por meio da técnica de Billroth II. (E) Se o achado operatório for de úlcera de corpo gástrico perfurada, o tratamento indicado será uma gastrectomia totalcom linfadectomia, devido ao risco de ser uma neoplasia gástrica. QUESTÃO 28 Um paciente de quarenta anos de idade, vítima de acidente automóvel versus anteparo fixo a 60 km/h, foi levado ao pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e colar cervical. Apresentava vias aéreas pérvias, com colar cervical, murmúrio vesicular bilateralmente, frequência cardíaca de 97 bpm, PA de 130 x 70 mmHg, boa perfusão periférica, bacia estável, escala de coma de Glasgow de 13, hálito etílico, pequena equimose hipogástrica, sinal do cinto, SVD hematúria franca e dor abdominal discreta. Colocou máscara de O2, acessos venosos e Ringer Lactato 1.000 mL. Radiografia de tórax sem alterações. Radiografia de bacia revelou fratura do ramo isquiopúbico à direita. Tomografia de corpo inteiro mostrou lesão hepática grau I em região de ligamento redondo do fígado, lesão renal grau II à direita, bexiga com enchimento inadequado pelo contraste em fase excretora e grande quantidade de líquido livre abdominal. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o provável diagnóstico e a conduta a ser adotada. (A) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e tratamento inicialmente não operatório (B) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão renal grau II e cirurgia e nefrectomia esquerda (C) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão renal grau II, lesão de bexiga extraperitoneal e cirurgia, sutura de bexiga e sondagem vesical de demora (D) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, sutura de bexiga e sondagem vesical de demora (E) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, nefrectomia e sutura de bexiga SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 7 QUESTÃO 29 Um paciente de 32 anos de idade, etilista e diabético, foi ao serviço com história de vômitos intensos há três dias e evoluiu com dispneia, tosse e febre. Realizou radiografia de tórax, que mostrou derrame pleural esquerdo e enfisema de mediastino. Foi realizada drenagem de tórax, com saída de secreção achocolatada, com resíduos alimentares. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Trata‐se de quadro clínico clássico de lesão esofágica iatrogênica na drenagem que pode ser demonstrada por endoscopia, que mostrará dreno de tórax no esôfago. (B) Trata‐se de quadro clínico clássico de síndrome de Boerhaave, ruptura espontânea do esôfago na transição esofagogástrica, e o exame contrastado de esôfago confirmará o diagnóstico. (C) Trata‐se de quadro clínico clássico de síndrome de Gougerot, ruptura espontânea do esôfago na transição esofagogástrica, e uma tomografia contrastada de esôfago confirmará o diagnóstico. (D) Trata‐se de quadro clínico clássico de síndrome de Horner, ruptura espontânea do esôfago na transição esofagogástrica, e uma endoscopia de esôfago confirmará o diagnóstico. (E) Trata‐se de quadro clínico clássico de tuberculose esofágica, com ruptura espontânea do esôfago na transição esofagogástrica, e o exame tuberculínico confirmará o diagnóstico. QUESTÃO 30 Um paciente de 35 anos de idade, vítima de queda de dez metros de altura, apresentava, na admissão, frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto, pressão arterial de 60 por 40 mmHg, escala de coma de Glasgow de 3 e um hemotórax à esquerda, que foi drenado com saída de 300 mL, além de múltiplas fraturas de face. No atendimento inicial, foi realizada uma cricotiroidostomia por punção, devido ao insucesso na tentativa de intubação orotraqueal. Quanto aos procedimentos realizados nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Na drenagem de tórax, é importante localizar o dreno em posição posterossuperior e não se deve realizar a exploração digital, que poderia piorar o sangramento. (B) A cricotiroidostomia por punção não deve ser considerada como via aérea definitiva. (C) A intubação orotraqueal não pode ser realizada sem se visualizar a epiglote. (D) Se o paciente apresentar sinal do guaxinim e sinal de Battle, dever‐se‐á passar sonda nasogástrica de rotina. (E) A drenagem de tórax nunca deve ser realizada na sala de emergência por aumentar o risco de infecção pleural. QUESTÃO 31 Um paciente de 45 anos de idade sofreu acidente moto versus automóvel, chegando ao serviço de emergência com escala de coma de Glasgow de 15, respirando espontaneamente e com pressão arterial de 90 por 50 mmHg. No atendimento inicial, foi identificado que a bacia estava aberta, sendo fixada com lençol, o que resultou em melhora da pressão arterial. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) Realizar toque retal é prescindível nesse caso. (B) A fixação da bacia com lençol deve ser aberta a cada trinta minutos para melhorar a perfusão dos membros inferiores. (C) Antes de se realizar a sondagem vesical de demora, deve ser realizada uma uretrocistostomia retrógrada para identificar lesão de uretra membranosa. (D) A passagem do lençol deve ser realizada na altura da asa do osso ilíaco para ser efetiva. (E) A arteriografia deve ser realizada nos sangramentos de fraturas pélvicas que apresentam ultrassom FAST negativo. QUESTÃO 32 Um paciente de 62 anos de idade deu entrada no pronto‐socorro com queixa de hematêmese e melena há um dia. Tem antecedente de cirurgia de desconexão ázigo‐portal com esplenectomia (DAPE) há sete anos, nega etilismo e as sorologias para hepatite realizadas foram negativas. Na entrada, a pressão arterial era de 90 x 50 mmHg e a frequência cardíaca, de 110 bpm e apresentava palidez cutânea e diaforese. Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) A cirurgia de Warren teria sido uma melhor indicação para esse paciente por apresentar menor risco de recidiva de sangramento e menos ocorrência de encefalopatia hepática. (B) Não é comum a ocorrência de úlceras gástricas devido ao alto esvaziamento gástrico após cirurgia de DAPE. (C) Trombose de veia porta, DAPE incompleta e recanalização de veia gástrica esquerda são causas para recidiva de sangramento por varizes. (D) O balão de Sengstaken‐Blakemore deve ser passado antes da solicitação de EDA em todos os pacientes que entram com HDA no pronto‐socorro. (E) Antes de qualquer medida, o paciente deve ser encaminhado para a endoscopia, para a realização de terapêutica, devido ao fato de estar instável hemodinamicamente. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 8 QUESTÃO 33 Um paciente de 75 anos de idade deu entrada no pronto‐socorro com queixa de hematoquezia há dois dias. Negou ocorrências semelhantes prévias. Ao exame, encontrava‐se em regular estado geral, com frequência cardíaca de 98 bpm, pressão arterial igual a 120 x 60 mmHg e regular perfusão periférica. Apresentava abdome globoso, flácido e indolor e toque retal com sangue vivo, sem tumorações ou doenças orificiais. Foi realizada a compensação clínica e a reposição volêmica do paciente com cristaloides e três concentrados de hemácias, que resultaram em melhora clínica. Durante a internação, manteve sangramento e queda hematimétrica constante, sendo necessáriotransfundir, no total, seis concentrados de hemácias. O paciente passou a apresentar frequência cardíaca de 140 bpm, pressão arterial de 110 x 60 mmHg e diaforese. A colonoscopia realizada durante a internação não evidenciou foco de sangramento devido a mau preparo. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Neoplasia é a causa mais frequente de hemorragia digestiva baixa em pacientes nessa faixa etária. (B) O paciente não deve ser operado nesse momento por não ter diagnóstico e estar instável hemodinamicamente. (C) O paciente deve ser encaminhado ao centro cirúrgico para realização de laparotomia exploradora com provável colectomia total. (D) Deve ser feita cintilografia com hemácias marcadas para diagnóstico de divertículo de Meckel, causa comum de sangramento digestivo. (E) A cápsula endoscópica está indicada para o diagnóstico de causa de sangramento oculto nesse momento. ______________________________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 34 Uma paciente de dezessete anos de idade teve ingesta acidental de soda cáustica aos dois anos de idade, que evoluiu para estenose do esôfago distal. Estava em seguimento ambulatorial em programação de dilatação endoscópica sequencial, mas, durante uma endoscopia de rotina, ocorreu uma perfuração do esôfago distal de aproximadamente 2 cm na transição esofagogástrica e ela foi encaminhada imediatamente ao serviço de emergência. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) Essa paciente apresenta uma perfuração aguda do esôfago distal e deve ser operada com urgência para realizar sutura da lesão com valvuloplastia e drenagem da sutura. (B) Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda do esôfago distal, com estenose, deverá realizar ressecção do seguimento com anastomose gastroesofágica. (C) Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda do esôfago distal, com estenose, deverá realizar gastrectomia total com anastomose em Y de Roux acima da estenose, que deverá ser retirada. (D) Essa paciente apresenta uma perfuração aguda do esôfago distal, com estenose, e deve ser tratada com prótese revestida e drenagem do hemitórax direito. (E) Essa paciente apresenta uma perfuração aguda do esôfago distal, com estenose cáustica, e deverá realizar esofagectomia por toracotomia direita com gastrostomia e esofagostomia. QUESTÃO 35 Uma paciente de 34 anos de idade realizou, há três dias, retossigmoidectomia com anastomose primária por endometriose profunda, para tratamento de infertilidade, por videolaparoscopia com drenagem. Há um dia, apresenta dor abdominal difusa, com defesa muscular e dreno seroso, e está febril e taquicárdica. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Quando operada, a endometriose pode induzir o aparecimento de febre e taquicardia por liberação do fator de necrose tecidual. Como a drenagem está serosa, deve ser realizada analgesia para melhora da dor. (B) Quando realizada a drenagem da cavidade, existe prevenção para aparecimento de fístulas, portanto a paciente deve estar apresentando infecção do trato urinário. (C) Esse quadro clínico sugere deiscência de anastomose. Como a paciente já está drenada, deve‐se realizar a troca de antibiótico para tratar a sepse. (D) A paciente apresenta sinal de peritonite difusa e deve ser submetida à reoperação para provável tratamento de deiscência de anastomose. (E) Nas anastomoses grampeadas, que são realizadas por videolaparoscopia, as deiscências de anastomose nunca acontecem. Sendo assim, a paciente necessita de realizar exames para esclarecer o diagnóstico. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 9 QUESTÃO 36 Uma paciente de 34 anos de idade foi ao hospital por apresentar fraqueza e febre há dois dias. Ela realizou uma colecistectomia por colelitíase há um ano. Ao exame físico, estava obnubilada, sonolenta, febril, desidratada e ictérica 3+/4+, além de confusa. Seu abdome se encontrava doloroso à palpação de hipocôndrio direito, com fígado palpável a 2 cm do rebordo costal direito. Tinha frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto e pressão arterial de 90 por 50 mmHg. À ausculta pulmonar, não apresentava alterações. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) A paciente apresenta a tríade de Charcot e evoluiu para pêntade de Reynolds, por isso tem uma emergência de realizar drenagem da via biliar. (B) A paciente apresenta uma colangite grave, provavelmente por neoplasia de cabeça de pâncreas, por já ter realizado colecistectomia. Nesse caso, deverá realizar tratamento com antiobióticos e evitar manipular a via biliar. (C) A paciente apresenta a pêntade de Reynolds, quadro clássico de hepatite fulminante, tendo indicação de transplante hepático de urgência devido à síndrome hepatorrenal. (D) A paciente tem diagnóstico de pêntade de Reynolds, secundário à colangite aguda tumoral. Nesse caso, não deverá realizar drenagem biliar interna ou externa, pois ambas podem evoluir com abscesso hepático. (E) A paciente tem sinais de colangite aguda grave por lesão da via biliar iatrogênica e o tratamento de escolha é realizar uma anastomose bileodigestiva na urgência. _____________________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 37 Um paciente de dezesseis anos de idade foi ao serviço de emergência com história de febre baixa há três semanas, fraqueza e inapetência. Referiu ter perdido 3 kg no período, colúria, mau hálito e odontalgia. Negou acolia fecal. Ao exame, encontrava‐se febril, desidratado e ictérico 1+/4+. À palpação cervical, foram identificados linfonodos dolorosos e aumentados em cadeias jugulares. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) O paciente apresenta infecção dentária e deve ser encaminhado ao bucomaxilo para extração dentária. (B) Além de provável infecção dentária, o paciente pode ter uma colangite aguda, devendo ser operado para colocação de dreno de Kehr. (C) Uma complicação possível das infecções dentárias é a formação de abscesso hepático amebiano, devendo‐se realizar tomografia e drenagem se o abscesso for maior que 5 cm. (D) O abscesso hepático secundário à infecção dentária é possível de ser diagnosticado por meio de ultrassom ou tomografia de abdome. Se for menor que 2 cm, é possível tratar o dente e manter antibioticoterapia prolongada para tratar o abscesso hepático. (E) O paciente provavelmente apresenta quadro de mediastinite, devendo ser tratado com toracotomia com drenagem ampla. QUESTÃO 38 Uma paciente de 38 anos de idade realizou tratamento cirúrgico para obesidade, há dois anos, por meio da técnica de bypass, ou cirurgia de Fobi‐Capella. Apresentou perda de 42 quilos e está com índice de massa corpórea atual de 22 kg/m2. Refere episódios de dor epigástrica e vômitos esporádicos nos últimos seis meses. Há três dias, apresenta piora da dor, com vômitos frequentes, e não consegue se alimentar nem de sólidos nem de líquidos. Ao exame, apresenta abdome doloroso em epigástrio e pouco distendido, sem sinais de peritonite. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) A paciente tem gastrite. Sendo assim, o melhor para ela seria realizar uma endoscopia digestiva alta e receber antiácidos.(B) No momento, a paciente apresenta um provável quadro de abdome agudo obstrutivo por hérnia interna. A realização de tomografia confirma o diagnóstico e seu tratamento é operatório de urgência. (C) A paciente apresenta os sintomas clássicos de fístula do estômago excluso, devendo ser reoperada imediatamente. (D) A paciente apresenta síndrome de Dumping e deve ser orientada quanto à sua alimentação para melhora do quadro. (E) A paciente apresenta síndrome da alça aferente, devendo realizar exame de cápsula endoscópica para identificar lesão típica em íleo terminal. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 10 QUESTÃO 39 Uma paciente de 63 anos de idade, diabética e hipertensa, foi ao hospital, queixando‐se de lesão perianal que sujava a roupa íntima, com secreção purulenta, há três dias. Ao exame físico, apresentava orifício perianal com secreção purulenta e área de hiperemia e crepitação, acometendo nádegas, raiz da coxa e vulva, estava confusa e referia constipação e inapetência nos últimos dias. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Trata‐se de síndrome de Fournier e deve ser tratada com antibióticos e câmara hiperbárica, uma vez que já tem drenagem espontânea. (B) Trata‐se de um abscesso perianal complicado, com constipação, e deve receber antibiótico e clister glicerinado. (C) Trata‐se de síndrome de Ogilvie, devendo‐se realizar colonoscopia descompressiva ou cirurgia para drenagem do reto e colostomia de proteção. (D) Trata‐se de síndrome de Fournier, necessitando de tratamento de urgência para drenagem ampla do abscesso, de ressecção dos tecidos desvitalizados e de antibioticoterapia. (E) Trata‐se de síndrome de Fournier, necessitando de tratamento de urgência para drenagem ampla do abscesso e de colostomia de proteção, mesmo quando o tônus anal estiver preservado, porque facilita a limpeza da região. QUESTÃO 40 Um paciente de dezoito anos de idade foi levado ao pronto‐socorro por ferimento de arma branca em região cervical, em zona dois. Apresentava sangramento ativo em jato pelo orifício, sendo indicada cervicotomia exploradora. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. (A) Se houver uma lesão da artéria carótida interna, o melhor tratamento será a ligadura e o reparo da lesão, em um segundo tempo, pela equipe de cirurgia vascular. (B) Se houver uma lesão de artéria carótida comum, é preferível ligar a lesão para interromper o sangramento. (C) Para se identificar a diferença entre a artéria carótida interna e a externa na cirurgia, é necessário dissecar a croça da artéria carótida comum. (D) Para se identificar a diferença entre a artéria carótida interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que apenas a artéria carótida externa emite ramos na região cervical. (E) Para se identificar a diferença entre a artéria carótida interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que apenas a artéria carótida interna emite ramos na região cervical. QUESTÃO 41 Um paciente de 62 anos de idade sofreu uma queda de escada de aproximadamente 2 m de altura. Foi levado ao pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e com colar cervical. Na avaliação, o paciente apresentava frequência cardíaca de 86 batimentos por minuto, pulso cheio, vias aéreas pérvias, sangue em meato uretral, escala de coma de Glasgow de 15, hematoma perineal, pressão arterial de 130 por 80 mmHg, ultrassom FAST negativo para líquido livre, boa perfusão periférica, ausculta pulmonar sem alterações e toque retal com próstata elevada e aumentada. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta com relação à abordagem das vias urinárias. (A) O paciente deve ser submetido à cistostomia na sala do trauma, uma vez que provavelmente tem lesão de uretra peniana. (B) O paciente deve ser submetido a exame de uretrocistografia retrógrada, uma vez que provavelmente apresenta lesão de uretra bulbar. (C) O paciente deve ser submetido à sondagem vesical de demora na sala de trauma para controle de débito urinário. (D) O paciente deve realizar uma cistografia anterógrada, uma vez que provavelmente apresenta lesão de uretra peniana e fratura do ramo púbico. (E) O paciente deve realizar um exame de cistografia anterógrada, uma vez que provavelmente tem uma lesão de uretra membranosa. QUESTÃO 42 Uma paciente de vinte anos de idade foi levada ao serviço de emergência após queda de 5 m de altura. O serviço de resgate a levou imobilizada em prancha longa e com colar cervical. Ao exame físico, apresentava múltiplas equimoses em face, crepitação em braço esquerdo, edema e deformidade em coxa direita e escala de coma de Glasgow de 12. Na ausculta, tinha murmúrio vesicular abolido do lado esquerdo, vias aéreas pérvias e saturação de oxigênio de 87%. Tinha ainda uma frequência cardíaca de 124 batimentos por minuto e pressão arterial de 80 por 40 mmHg. A bacia estava aberta e instável à palpação. Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa correta quanto ao atendimento primário da paciente. (A) É mandatório o estabelecimento de via aérea definitiva para a paciente na admissão. (B) Deve‐se realizar radiografia de tórax para procurar hemotórax ou pneumotórax simples que esteja levando à alteração do exame físico. (C) É primordial a obtenção de acesso venoso central, para reposição volêmica adequada, por meio da aferição da pressão venosa central. (D) A paciente deve ser imediatamente encaminhada ao setor de radiologia para realizar tomografia de crânio, devido ao rebaixamento de nível de consciência. (E) Quando o ultrassom FAST não está disponível, o lavado peritoneal diagnóstico é uma alternativa em caso de suspeita de trauma abdominal fechado instável. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 11 OTORRINOLARINGOLOGIA QUESTÃO 43 Assinale a alternativa incorreta. (A) A etiologia mais frequente da epistaxe é o trauma, seguida das causas idiopáticas e iatrogênicas e das neoplasias. (B) A epistaxe é a urgência otorrinolaringológica mais comum, afetando 60% da população em algum momento da vida. (C) A vascularização nasal recebe suprimento tanto do sistema carótida externa quanto do sistema carótida interna, com maior dominância do sistema carótida externa, por meio da artéria maxilar. (D) A artéria septal é ramo da artéria esfenopalatina. (E) A artéria etmoidal posterior é ramo da artéria oftálmica. QUESTÃO 44 Um paciente, previamente hígido, apresenta quadro de rinorreia purulenta e congestão nasal, associado à febre e a mal‐estar, há três dias. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. (A) Trata‐se de rinossinusite aguda bacteriana e o tratamento de escolha deve ser amoxicilina. (B) Trata‐se de rinossinusite aguda bacteriana e o tratamento de escolha deve ser amoxicilina com clavulanato. (C) Trata‐se de rinossinusite aguda viral e não deve ser instituído tratamento. (D) Trata‐se de rinossinusite aguda viral e o tratamento sintomático deve ser dirigido ao pior sintoma. (E) Trata‐se de rinossinusite aguda pós‐viral e o tratamento de escolha deve ser corticosteroide tópico nasal. QUESTÃO 45 Um paciente de vinte anos de idade obteve diagnóstico de muda vocal incompletanão responsiva a tratamento fonoterápico. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta a cirurgia indicada para o paciente. (A) tireoplastia tipo I (B) tireoplastia tipo II (C) tireoplastia tipo III (D) tireoplastia tipo IV (E) aritenoidectomia QUESTÃO 46 Um paciente apresenta um sulco de prega vocal, com comprometimento moderado da voz. Nesse caso hipotético, a possível conduta é a (A) decorticação da prega vocal. (B) tireoplastia tipo II. (C) aritenoidectomia. (D) injeção de toxina botulínica. (E) injeção de gordura ou ácido hialurônico. SANTA CASA DE SÃO PAULO Aplicação: 2018 ISCMSP/2019 PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 12 QUESTÃO 47 Traqueostomia na altura do sexto anel traqueal é fator predisponente para (A) ruptura de artéria inominada. (B) estenose supraglótica. (C) lesão do nervo laríngeo recorrente. (D) estenose subglótica. (E) fístula traqueoesofágica. QUESTÃO 48 Um paciente apresenta CEC de epiglote, extensão para ambas as pregas vestibulares, sem envolvimento de pregas vocais e comissura anterior, e palpação cervical negativa. Considerando‐se, nesse caso hipotético, que a função pulmonar do paciente esteja preservada, a melhor opção terapêutica seria (A) apenas a hemilaringectomia. (B) apenas a laringectomia supracricóide. (C) apenas a laringectomia supraglótica. (D) laringectomia supraglótica + esvaziamento cervical seletivo (I, II e III) bilateral. (E) laringectomia supraglótica + esvaziamento cervical seletivo (II, III e IV) bilateral. QUESTÃO 49 Em relação ao edema de Reinke, assinale a alternativa correta. (A) O principal agente causal é o abuso vocal, seguido do tabagismo. (B) Pitch rebaixado é a característica vocal mais marcante. (C) O acometimento unilateral é a forma mais frequente. (D) A fonoterapia é o tratamento de escolha. (E) O tratamento medicamentoso de escolha é a antibioticoterapia. QUESTÃO 50 Assinale a alternativa que apresenta a condição comum da mucosa oral de etiologia desconhecida que ocorre mais frequentemente em indivíduos negros que em brancos, que se caracteriza pela aparência difusa, opalescente e branco‐acinzentada da mucosa, com superfície frequentemente pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosidades, e lesões não destacáveis, que geralmente acometem a mucosa jugal bilateralmente, e que representa mais uma variação da normalidade que uma doença. (A) leucoplasia (B) líquen plano (C) leucoedema (D) candidíase pseudomembranosa (E) granuloma piogênico Capa-STA.pdf Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10