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Questões resolvidas

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SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  1 
 
CIRURGIA GERAL 
QUESTÃO 1 
 
Um paciente de 36 anos de idade, estivador, relata dor 
em região pubiana à direita, após sete meses de herniorrafia 
inguinal direita, tipo Lichtenstein. Não há evidência clínica e 
de  imagem  de  recidiva  herniária.  Ao  exame  físico,  foi 
observada cicatriz de inguinotomia direita, oblíqua, de 6 cm, 
sem  alterações,  com hiperestesia  e  dor  referida  em  região 
pubiana e suprapúbica direita.  
 
Com base nesse  caso hipotético,  assinale  a  alternativa que 
apresenta a causa da inguinodinia do paciente. 
 
(A)  lesão do nervo genitofemoral 
(B)  lesão do nervo ilioinguinal 
(C)  lesão do nervo ílio‐hipogástrico 
(D)  extrusão da tela 
(E)  granuloma de corpo estranho 
 
 
QUESTÃO 2 
 
Das neoplasias malignas pancreáticas, a mais frequente é o(a) 
 
(A)  neoplasia intraductal papilífera mucinosa do pâncreas. 
(B)  cistoadenocarcinoma mucinoso do pâncreas. 
(C)  tumor sólido cístico pseudopapilar do pâncreas. 
(D)  carcinoma neuroendócrino do pâncreas. 
(E)  adenocarcinoma ductal do pâncreas. 
 
 
QUESTÃO 3 
 
Em uma  tireoidectomia,  a  lesão do  ramo externo do nervo 
laríngeo superior compromete o músculo 
 
(A)  cricotireoideo. 
(B)  vocal. 
(C)  tireoaritenóideo. 
(D)  cricoaritenóideo lateral. 
(E)  cricoaritenóideo posterior. 
 
 
QUESTÃO 4 
 
Um  paciente  foi  submetido  à  setorectomia  lateral 
esquerda por colangiocarcinoma.  
 
A cirurgia descrita no caso hipotético apresentado envolve a 
ressecção dos seguintes segmentos hepáticos: 
 
(A)  I; II; III; e IV. 
(B)  I; IV; e V. 
(C)  II; e III. 
(D)  II; III; e IVa. 
(E)  II; III; e IV. 
QUESTÃO 5 
 
Um  homem  de  23  anos  de  idade  chegou  ao  
pronto‐socorro com história de ter acordado repentinamente 
com dor testicular esquerda de forte intensidade e náuseas. 
Refere dor semelhante após atividade física há três semanas, 
que  cessou  espontaneamente.  Nega  febre,  disúria, 
uretrorreia. Ao exame: região inguinal, pênis, bolsa escrotal e 
períneo  sem  alterações,  testículo  esquerdo  aumentado  de 
volume,  doloroso  e  horizontalizado.  Manobra  de  elevação 
testicular (Prehn) negativa.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
que apresenta o diagnóstico mais provável. 
 
(A)  orquiepididimite 
(B)  síndrome de Fournier 
(C)  abscesso testicular 
(D)  torção testicular 
(E)  hidrocele 
 
 
QUESTÃO 6 
 
As fissuras anais localizam‐se 
 
(A)  em qualquer quadrante. 
(B)  preferencialmente na comissura posterior. 
(C)  preferencialmente na comissura anterior. 
(D)  sempre anteriormente em crianças. 
(E)  preferencialmente nos quadrantes anterior e posterior 
nas mulheres. 
 
 
QUESTÃO 7 
 
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de cirurgia 
bariátrica puramente restritiva. 
 
(A)  gastroplastia redutora + bypass gástrico proximal 
(B)  gastrectomia vertical 
(C)  duodenal switch 
(D)  bypass jejunoileal 
(E)  bypass gástrico distal 
 
 
QUESTÃO 8 
 
A neoplasia maligna primária hepática mais frequente é o(a) 
 
(A)  hepatocarcinoma. 
(B)  metástase hepática. 
(C)  hemangiossarcoma. 
(D)  hepatoblastoma. 
(E)  colangiocarcinoma. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  2 
 
QUESTÃO 9 
 
Quanto aos pólipos colorretais, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  Cerca  de  95%  dos  cânceres  colorretais  derivam  dos 
adenomas polipoides ou planos. 
(B)  A colonoscopia com polipectomia reduz a incidência de 
câncer colorretal em 20%. 
(C)  A  lesão  plana  apresenta  maior  probabilidade  de 
evolução para carcinoma ou neoplasia intraepitelial de 
alto grau, predominando em cólon esquerdo. 
(D)  Pólipos hiperplásicos são considerados como de risco 
para o câncer colorretal. 
(E)  Para  maior  caracterização,  reconhecimento  e 
orientação  do  potencial  de  ressecção  endoscópica 
dessas  lesões,  foi  proposta  a  Classificação  de 
Washington,  baseada  na  Classificação  Japonesa  e  na 
Classificação Histológica de Paris revisada. 
 
 
QUESTÃO 10 
 
Uma  mulher  de  36  anos  de  idade  chegou  ao  
pronto‐socorro com queixa de dor  lombar há quatro horas, 
com irradiação para a região de fossa ilíaca esquerda e lábio 
vaginal  ipsilateral,  e  náuseas,  associada  à  polaciúria.  Ao 
exame,  estava  inquieta,  afebril  e  hemodinamicamente 
estável  e  apresentava  palidez  cutaneomucosa,  tórax  sem 
alterações,  abdome  flácido,  distensão  +/3+  e  sinais  de 
Giordano, Murphy e DB negativos. Segundo o hemograma, os 
eletrólitos e as funções renal e bioquímica estavam normais 
e  a  urina  tipo  I  com  leucocitúria  de  15.000  (normal  até  
10.000 células), sem hematúria. Radiografia de abdome total 
inespecífica,  com  distensão  leve  de  delgado  e  cólon,  e 
ultrassonografia abdominal total normal.  
 
Com base nesse  caso hipotético,  assinale  a  alternativa que 
apresenta, respectivamente, o próximo passo a ser realizado 
e o diagnóstico mais provável. 
 
(A)  sedação e antibioticoterapia e infecção urinária 
(B)  sedação e hidratação e gastroenterocolite 
(C)  sedação, hidratação e tomografia e diverticulite aguda 
(D)  sedação, anti‐heméticos e tomografia e ureterolitíase 
distal 
(E)  sedação e avaliação ginecológica e doença inflamatória 
pélvica 
QUESTÃO 11 
 
Uma mulher de 43 anos de idade, em pós‐operatório 
tardio  de  colecistectomia,  durante  investigação  de  
quadro  de  icterícia  obstrutiva,  obteve  diagnóstico,  na 
colangiorressonância  magnética,  de  estenose  de 
hepatocolédoco, distando 1,5 cm abaixo da confluência dos 
ductos  hepáticos,  com  extensão  de  3  cm  de  via  biliar  
extra‐hepática.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
que apresenta a conduta mais apropriada para a paciente. 
 
(A)  prótese  metálica  autoexpansível  via  
transparieto‐hepática 
(B)  dilatação  endoscópica  com  balão  e  prótese metálica 
autoexpansível 
(C)  hepatojejunostomia em Y de Roux 
(D)  ressecção da estenose e anastomose término‐terminal 
hepático‐coledociana 
(E)  ressecção da estenose e anastomose término‐terminal 
hepático‐coledociana  com  drenagem  com  tubo  T 
(Kehr) 
 
 
QUESTÃO 12 
 
Um homem de 62 anos de idade realizou endoscopia 
digestiva  alta  com  tentativa  de  adrenalização  de  lesão  de 
Dieulafoy de fundo gástrico próximo à cárdia, em quadro de 
hemorragia  digestiva  alta,  sem  sucesso.  Durante  nova 
tentativa endoscópica, houve impossibilidade de visualização 
da lesão devido à grande quantidade de resíduos hemáticos. 
Foi  indicada  cirurgia. Durante  a  laparotomia,  evidenciou‐se 
estômago muito distendido, repleto de coágulos. O paciente 
encontrava‐se  hemodinamicamente  estável,  com 
hematócrito de 24%.  
 
Com base nesse  caso hipotético,  assinale  a  alternativa que 
apresenta a conduta cirúrgica mais apropriada. 
 
(A)  gastrotomia e sutura hemostática da lesão 
(B)  gastrectomia proximal e esofagectomia distal 
(C)  gastrotomia e eletrocauterização da lesão 
(D)  excisão local da lesão e gastrorrafia 
(E)  gastrectomia total 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  3 
 
QUESTÃO 13 
 
Um  paciente  em  pós‐operatório  de  desconexão  
ázigo‐portal  com  esplenectomia  por  hipertensão  portal 
esquistossomótica, há sete dias, apresenta‐se em bom estado 
geral,  com  boa  aceitação  da  dieta,  cicatriz  cirúrgica  de  
bom  aspecto,  abdome  flácido  e  com  sinais  de  ascite  de 
pequena  à  moderada.  Exames:  Hb  10,8  g/dl;  Ht  32%; 
leucócitos  8.000  s/desvio;  plaquetas  650.000;  e  
eletrólitos normais.  
 
Nessa  situação  hipotética,  a  orientação  correta  para  o 
paciente seria 
 
(A)  alta  hospitalarcom  orientação,  dieta  hipossódica  e 
diurético. 
(B)  alta  hospitalar  com  antiagregante  plaquetário, 
diurético e dieta hipossódica. 
(C)  manter  a  internação,  diurético,  dieta  hipossódica  e 
sangria. 
(D)  manter  a  internação,  diurético  e  dieta  para 
hepatopata. 
(E)  manter  a  internação,  anticoagulante  subcutâneo, 
diurético e dieta hipossódica. 
 
 
QUESTÃO 14 
 
Com  relação  ao  tratamento  da  insuficiência  venosa  de 
membro inferior, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A  associação  de  curativos  e  compressão  sempre  que 
possível  promove  maior  eficácia  na  cicatrização  das 
úlceras. 
(B)  A  escleroterapia  é  procedimento  isento  de 
complicações. 
(C)  Atualmente as drogas venoativas ou  flebotônicas são 
consideradas  como  um  tratamento,  podendo  levar  à 
cura da doença venosa. 
(D)  O emprego de compressão pneumática intermitente é 
pouco  eficaz,  especialmente  em  casos  de  edema 
refratário  e  úlceras  crônicas  que  não  responderam à 
terapia clássica com compressão. 
(E)  A  termoablação  endovenosa  com  laser  ou 
radiofrequência apresenta índice de sucesso imediato 
muito  baixo,  próximo  a  10%,  e  alto  no médio  prazo, 
entre 77 e 99% em um ano. 
QUESTÃO 15 
 
Um paciente gastrectomizado a Billroth II, há 36 anos, 
por  úlcera  duodenal,  passou  bem  até  dois  meses  atrás, 
quando  começou  a  apresentar  dores  epigástricas  
pós‐alimentares.  Há  trinta  dias,  passou  a  ter  episódios  de 
vômitos  pós‐prandiais,  com  restos  alimentares  e 
emagrecimento de 10 kg no período.  
 
Nesse caso hipotético, o diagnóstico clínico inicial é de 
 
(A)  gastroileoanastomose inadvertida. 
(B)  pancreatite crônica. 
(C)  neoplasia de coto gástrico. 
(D)  úlcera  de  boca  anastomótica  com  fístula  
gastrojejunocólica. 
(E)  parasitose do coto duodenal. 
 
 
QUESTÃO 16 
 
Um  paciente  de  42  anos  de  idade  foi  submetido  à 
cirurgia  de  correção  de  hérnia  incisional  após  laparotomia 
mediana  de  urgência.  Foi  realizada  técnica  de  liberação 
anterior  de  componentes,  com  utilização  de  tela 
macroporosa  de  baixa  gramatura  entre  as  sublay  e 
aproximação da linha mediana sem tensão, com drenagem a 
vácuo do subcutâneo. O paciente apresentou boa evolução.  
 
Nessa  situação  hipotética,  a  prótese  utilizada  na  técnica 
descrita foi fixada 
 
(A)  acima  da  aponeurose  da  musculatura  dos  retos 
abdominais. 
(B)  entre a bainha dos músculos retos abdominais. 
(C)  acima de linha semilunar. 
(D)  na região retromuscular. 
(E)  na região intraperitoneal. 
 
 
QUESTÃO 17 
 
A respeito dos princípios básicos da profilaxia antibiótica em 
cirurgia, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  Deve‐se utilizar sempre a via intravenosa. 
(B)  Em  obstetrícia,  a  primeira  dose  é  dada  antes  do 
clampeamento do cordão umbilical. 
(C)  As  doses  suplementares  são  administradas  somente 
aos trinta minutos do início do ato operatório. 
(D)  Deve‐se  iniciar  o  esquema profilático  após  a  indução 
anestésica. 
(E)  Deve‐se  suspender  a  profilaxia  após  o  final  do  ato 
operatório ou, no máximo, com 72 horas de uso. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  4 
 
QUESTÃO 18 
 
Quanto  às  indicações  da  cirurgia  bariátrica  segundo  o 
Ministério da Saúde, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  Uma  indicação  da  cirurgia  bariátrica  é  o  quadro  de 
transtorno psiquiátrico não controlado,  incluindo uso 
de  álcool  ou  drogas  ilícitas;  no  entanto,  quadros 
psiquiátricos  graves  sob  controle  não  são 
contraindicações obrigatórias à cirurgia. 
(B)  Indivíduos  que  apresentem  IMC  ≥  40  kg/m²,  com ou 
sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico 
longitudinal realizado, por, no mínimo, dois anos, são 
indicados para realizar essa cirurgia. 
(C)  Uma  indicação  da  cirurgia  bariátrica  é  a  doença 
cardiopulmonar  grave  e  descompensada  que 
influencie a relação risco‐benefício. 
(D)  Uma  indicação  da  cirurgia  bariátrica  é  a  limitação 
intelectual  significativa  em  pacientes  sem  suporte 
familiar adequado. 
(E)  O  indivíduo e seus responsáveis devem compreender 
todos  os  aspectos  do  tratamento  e  assumir  o 
compromisso  com  o  segmento  pós‐operatório,  que 
deve  ser mantido por  tempo a  ser determinado pela 
equipe. 
 
 
QUESTÃO 19 
 
Um paciente de cinquenta anos de idade queixa‐se de 
nódulo  no  pescoço  há  três  meses,  depois  que  emagreceu  
15  kg,  com  dieta  e  exercícios  físicos.  Ao  exame  físico, 
apresenta nódulo de  tireoide,  de  2  cm,  localizado  em  lobo 
direito,  pouco  endurecido,  móvel  à  deglutição,  sem 
linfonodomegalias  suspeitas.  Ao  ultrassom,  observa‐se 
nódulo de 1,7 cm de tamanho, em  lobo direito da tireoide, 
com presença de microcalcificações, com estudo ao Doppler 
com predomínio de vascularização central.  
 
Considerando esse caso hipotético, assinale a alternativa que 
apresenta,  respectivamente,  o  diagnóstico  e  a  conduta 
diagnóstica inicial. 
 
(A)  suspeita  de malignidade  e  punção  do  nódulo  guiada 
por ultrassom 
(B)  sem suspeita de malignidade e acompanhamento com 
novo ultrassom em seis meses 
(C)  suspeita de malignidade e cirurgia de princípio 
(D)  sem suspeita de malignidade e cintilografia da tireoide 
(E)  suspeita de malignidade e dosagem de tireoglobulina 
sérica 
QUESTÃO 20 
 
Acerca  da  inserção  de  cateteres  vasculares,  assinale  a 
alternativa correta. 
 
(A)  A dissecção da veia safena magna ao nível do maléolo 
medial  é opção  secundária de  via  de  acesso  vascular 
para  infusão  de  volume  em  pacientes  chocados, 
vítimas de ferimento por arma branca abdominal, caso 
não se consiga realizar a punção das veias periféricas. 
(B)  A nutrição parenteral total de solução a 1.000 mOsm/l 
pode ser aplicada em um cateter venoso periférico. 
(C)  A taxa de infecção da corrente sanguínea relacionada 
ao cateter venoso central é maior quando sua inserção 
está na veia subclávia que quando está na veia jugular 
interna. 
(D)  A  incidência  de  hemopneumotórax  é  de  6%  para 
punções  da  veia  jugular  interna,  de  3%  para  veia 
subclávia e diminui quando guiada pelo ultrassom. 
(E)  O  acesso  venoso  central  está  mais  indicado  nas 
urgências cardiológicas que nas traumáticas. 
 
 
QUESTÃO 21 
 
Um homem de  cinquenta  anos  de  idade,  com  tosse 
seca,  períodos  de  rouquidão  pela  manhã  e  sensação  de 
globus  faríngeo,  realizou  laringoscopia  com  hiperemia  de 
pregas vocais e edema discreto.  
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
que  apresenta,  respectivamente,  o  diagnóstico  e  o  exame 
necessário para sua elucidação. 
 
(A)  doença do refluxo gastresofágico e phmetria 
(B)  manifestação  extraesofágica  da  doença  do  refluxo 
gastresofágico e impedância e phmetria 
(C)  laringite e deglutograma 
(D)  laringite  e  esôfago‐estômago‐duodeno  contrastado 
(EED) 
(E)  doença do refluxo gastresofágico e bilimetria 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  5 
 
QUESTÃO 22 
 
Um  paciente  de  dezessete  anos  de  idade  foi  ao 
hospital  com  dor  em  fossa  ilíaca  direita  há  dois  dias, 
acompanhada de febre e inapetência. Ao exame físico, estava 
desidratado,  com  dor  à  palpação  e  descompressão  brusca 
positiva  em  fossa  ilíaca  direita.  Feito  o  diagnóstico  de 
apendicite aguda, ele foi operado por incisão tipo Mc Burney 
e  realizou‐se  drenagem  da  cavidade  por  coto  apendicular 
friável e base larga.  
 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta 
a respeito do dreno no pós‐operatório. 
 
(A)  O dreno na cavidade deve ser mantido, no máximo, por 
48  horaspara  evitar  contaminação  da  cavidade 
abdominal pelo ambiente exterior. 
(B)  O dreno da cavidade deve  ser mantido, no mínimo, por 
quinze  dias,  que  é  o  prazo  máximo  para  o 
aparecimento de fístulas. 
(C)  O  dreno  da  cavidade  evita  a  infecção  da  ferida 
operatória  e  deve  ser  retirado  assim  que  o  paciente 
apresentar evacuações. 
(D)  O dreno da cavidade não evita fístulas, apenas auxilia 
no diagnóstico precoce delas e possibilita tratamento 
conservador na ausência de peritonite. 
(E)  O dreno da cavidade evita o aparecimento de fístulas 
e, por isso, é importante para prevenir falha técnica no 
intraoperatório. 
 
 
QUESTÃO 23 
 
Uma paciente de 62 anos de idade foi ao hospital por 
dor em hipocôndrio direito e epigástrio, com irradiação para 
o dorso, acompanhada de vômitos, há dois dias. Ao exame 
físico, apresentava dor à palpação em epigástrio, com defesa 
muscular em andar superior do abdome. Realizou dosagem 
de amilase sanguínea, que se mostrou vinte vezes superior ao 
valor  de  referência.  Realizou  ultrassom  de  abdome,  que 
mostrou  colelitíase.  Recebeu  o  diagnóstico  de  pancreatite 
aguda biliar.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
que apresenta as medidas iniciais a serem adotadas. 
 
(A)  jejum, analgesia e operar o pâncreas com urgência 
(B)  solicitar  tomografia  de  abdome  com  contraste  para 
confirmar o diagnóstico de pancreatite 
(C)  jejum,  hidratação,  analgesia,  calcular  os  escores  de 
gravidade e programar cirurgia da vesícula ao resolver 
a pancreatite aguda 
(D)  realizar colangiografia endoscópica (CPRE) para tratar 
a  coledocolitíase,  que  sempre  está  associada  à 
pancreatite aguda biliar 
(E)  realizar  tomografia  de  abdome  com  contraste  para 
definir  a  etiologia  e  a  gravidade  da  doença  e  iniciar 
antibioticoterapia 
QUESTÃO 24 
 
Uma paciente de 42 anos de idade, com história de dor 
em hipocôndrio direito e febre há dois dias, apresenta dor à 
palpação de hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. 
Realizou  ultrassom  de  abdome,  que  demonstrou  vesícula  
de  paredes  espessadas  e  confirmou  o  diagnóstico  de  
colecistite  aguda.  Para  programar  uma  colecistectomia 
videolaparoscópica, é necessário definir quando é necessário 
realizar uma colangiografia no intraoperatório.  
 
Com base nesse  caso hipotético,  assinale  a  alternativa que 
apresenta,  exclusivamente,  situações  que  sejam  indicações 
de colangiografia intraoperatória. 
 
(A)  pancreatite  aguda biliar,  icterícia  clínica, presença de 
abscesso hepático e aumento da dosagem de amilase 
sanguínea 
(B)  colangite,  múltiplos  microabscessos  hepáticos, 
dilatação  das  vias  biliares,  síndrome  de  Mirizzi  e 
aumento de enzimas canaliculares hepáticas  
(C)  abscesso  hepático,  suspeita  de  lesão  de  via  biliar, 
dilatação  das  vias  biliares  intra  e  extra‐hepáticas  e 
presença de ductos biliares aberrantes 
(D)  colecistite aguda, dilatação das vias biliares, colangite e 
formação de abscessos hepáticos 
(E)  aumento  dos  níveis  das  enzimas  canaliculares 
hepáticas, dilatação de vias biliares e antecedente de 
icterícia obstrutiva 
 
 
QUESTÃO 25 
 
Um paciente de 28 anos de idade foi levado ao hospital 
por  colegas,  tendo  sido  vítima  de  ferimento  por  arma  
branca  em  décimo  espaço  intercostal  esquerdo,  linha  
hemiescapular esquerda. Ausculta pulmonar e radiografia de 
tórax normais.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
que apresenta o tratamento correto para o paciente. 
 
(A)  suturar o ferimento, utilizar antibióticos e retornar em 
sete dias para retirar os pontos 
(B)  suturar  o  ferimento,  repetir  raio‐x  em  doze  horas  e, 
caso esteja normal, orientar alta e retirar os pontos em 
sete dias 
(C)  cirurgia por videolaparoscopia diagnóstica 
(D)  exploração digital do ferimento, suturar a lesão, fazer 
curativo  e  prescrever  antibiótico  e  retorno  para 
retirada dos pontos 
(E)  realizar  ultrassom  FAST  que,  caso  seja  negativo, 
descarta  lesão  abdominal,  suturar  a  lesão,  fazer 
curativo  e  prescrever  antibiótico  e  retorno  para 
retirada dos pontos 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  6 
 
QUESTÃO 26 
 
Uma  paciente  de  sessenta  anos  de  idade  foi  ao  pronto‐socorro  com  queixa  de  dor  abdominal  associada  à  distensão 
abdominal difusa, vômitos e diminuição da eliminação de flatos. Não evacuava há quatro dias. Ao exame físico, apresentou‐se em 
regular estado geral e desidratada. A frequência cardíaca era de 90 batimentos por minuto. O abdome encontrava‐se distendido, 
doloroso difusamente à palpação profunda e sem sinais de peritonite. Apresentava ainda cicatriz de  laparotomia mediana em 
região infraumbilical por histerectomia realizada há cinco anos. Presença de hérnia femoral à direita, dolorosa e não redutível. Foi 
realizado  toque  retal,  que mostrou ausência de  fezes em ampola  retal.  Radiografias de abdome na posição em pé e deitada 
apresentavam sinal de empilhamento de moeda e presença de níveis hidroaéreos, sem outras alterações.  
 
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas e seu tratamento deve ser realizado com jejum, 
hidratação,  analgesia,  uma  sonda  nasogástrica  e  observação  do  débito  por  48  horas  para  resolução  do  quadro  de 
obstrução. 
(B)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas, sendo o tratamento de escolha a realização de 
laparotomia exploradora para lise de bridas. 
(C)  A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral e deve realizar uma laparotomia exploradora para 
redução dessa hérnia. 
(D)  A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral encarcerada que deve ser tratado por meio da 
redução do conteúdo herniário. 
(E)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por hérnia encarcerada e deve ser tratada por meio de 
inguinotomia exploradora à direita. 
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 27 
 
Uma paciente de 44 anos de idade foi ao hospital com 
queixa de dor abdominal súbita e de forte intensidade há um 
dia. Ao exame físico, estava em regular estado geral, afebril, 
com  frequência  cardíaca  de  100  batimentos  por  minuto, 
apresentando defesa muscular à palpação, com abdome em 
tábua.  A  radiografia  de  tórax  em  pé  com  cúpulas  frênicas 
evidenciou  a  presença  de  um  pneumoperitônio.  Feito  o 
diagnóstico  de  abdome  agudo  perfurativo,  a  paciente  foi 
submetida a uma laparotomia exploradora.  
 
Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Se  o  achado  operatório  for  de  uma  úlcera  duodenal  
de  3,5  cm  perfurada,  o  tratamento  indicado  será  a 
realização  de  gastrectomia  parcial  com  reconstrução 
pela técnica de Billroth II. 
(B)  Se  o  achado  operatório  for  de  úlcera  duodenal 
perfurada, o tratamento por meio de sutura associada 
à  epiplonplastia  não  poderá  ser  realizado,  devido  ao 
risco de estenose cicatricial duodenal. 
(C)  Se  o  achado  operatório  for  de  uma  úlcera  duodenal  
de  3  cm  perfurada,  o  tratamento  indicado  será 
vagotomia  troncular  e  sutura  da  úlcera  com 
piloroplastia para evitar estenose duodenal cicatricial. 
(D)  Se o achado operatório for de úlcera pré‐pilórica aguda 
de  1  cm,  o  tratamento  indicado  será  a  realização  de 
gastrectomia parcial,  com  reconstrução,  por meio da 
técnica de Billroth II. 
(E)  Se  o  achado  operatório  for  de  úlcera  de  corpo  
gástrico  perfurada,  o  tratamento  indicado  será  uma 
gastrectomia totalcom linfadectomia, devido ao risco 
de ser uma neoplasia gástrica. 
QUESTÃO 28 
 
Um  paciente  de  quarenta  anos  de  idade,  vítima  de 
acidente  automóvel  versus  anteparo  fixo  a  60  km/h,  foi 
levado ao pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e 
colar  cervical.  Apresentava  vias  aéreas  pérvias,  com  colar 
cervical,  murmúrio  vesicular  bilateralmente,  frequência 
cardíaca  de  97  bpm,  PA  de  130  x  70 mmHg,  boa  perfusão 
periférica, bacia estável, escala de coma de Glasgow de 13, 
hálito etílico, pequena equimose hipogástrica, sinal do cinto, 
SVD  hematúria  franca  e  dor  abdominal  discreta.  Colocou 
máscara de O2, acessos venosos e Ringer Lactato 1.000 mL. 
Radiografia  de  tórax  sem  alterações.  Radiografia  de  bacia 
revelou fratura do ramo isquiopúbico à direita. Tomografia de 
corpo  inteiro  mostrou  lesão  hepática  grau  I  em  região  de 
ligamento  redondo  do  fígado,  lesão  renal  grau  II  à  direita, 
bexiga com enchimento inadequado pelo contraste em fase 
excretora e grande quantidade de líquido livre abdominal.  
 
Com base nesse  caso hipotético,  assinale  a  alternativa que 
apresenta,  respectivamente,  o  provável  diagnóstico  e  a 
conduta a ser adotada. 
 
(A) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
renal  grau  II,  lesão  de  bexiga  intraperitoneal  e 
tratamento inicialmente não operatório 
(B)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
renal grau II e cirurgia e nefrectomia esquerda 
(C)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
renal grau II, lesão de bexiga extraperitoneal e cirurgia, 
sutura de bexiga e sondagem vesical de demora 
(D)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, 
sutura de bexiga e sondagem vesical de demora 
(E)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, 
nefrectomia e sutura de bexiga 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  7 
 
QUESTÃO 29 
 
Um paciente de 32 anos de idade, etilista e diabético, 
foi ao serviço com história de vômitos intensos há três dias e 
evoluiu com dispneia, tosse e febre. Realizou radiografia de 
tórax, que mostrou derrame pleural esquerdo e enfisema de 
mediastino. Foi  realizada drenagem de  tórax,  com saída de 
secreção achocolatada, com resíduos alimentares.  
 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Trata‐se de quadro clínico clássico de  lesão esofágica 
iatrogênica  na  drenagem  que  pode  ser  demonstrada 
por  endoscopia,  que  mostrará  dreno  de  tórax  no 
esôfago. 
(B)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de 
Boerhaave,  ruptura  espontânea  do  esôfago  na 
transição  esofagogástrica,  e  o  exame  contrastado  de 
esôfago confirmará o diagnóstico. 
(C)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de 
Gougerot, ruptura espontânea do esôfago na transição 
esofagogástrica,  e  uma  tomografia  contrastada  de 
esôfago confirmará o diagnóstico. 
(D)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de 
Horner,  ruptura  espontânea  do  esôfago  na  transição 
esofagogástrica,  e  uma  endoscopia    de  esôfago 
confirmará o diagnóstico. 
(E)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  tuberculose 
esofágica,  com  ruptura  espontânea  do  esôfago  na 
transição  esofagogástrica,  e  o  exame  tuberculínico 
confirmará o diagnóstico. 
 
 
QUESTÃO 30 
 
Um paciente de 35 anos de idade, vítima de queda de 
dez metros de altura, apresentava, na admissão, frequência 
cardíaca de 120 batimentos por minuto, pressão arterial de 
60  por  40  mmHg,  escala  de  coma  de  Glasgow  de  3  e  um 
hemotórax à esquerda, que foi drenado com saída de 300 mL, 
além de múltiplas fraturas de face. No atendimento inicial, foi 
realizada  uma  cricotiroidostomia  por  punção,  devido  ao 
insucesso na tentativa de intubação orotraqueal.  
 
Quanto aos procedimentos realizados nesse caso hipotético, 
assinale a alternativa correta.  
 
(A)  Na drenagem de tórax, é importante localizar o dreno 
em posição posterossuperior e não se deve realizar a 
exploração digital, que poderia piorar o sangramento. 
(B)  A  cricotiroidostomia  por  punção  não  deve  ser 
considerada como via aérea definitiva. 
(C)  A intubação orotraqueal não pode ser realizada sem se 
visualizar a epiglote. 
(D)  Se o paciente apresentar sinal do guaxinim e sinal de 
Battle, dever‐se‐á passar sonda nasogástrica de rotina. 
(E)  A drenagem de tórax nunca deve ser realizada na sala 
de  emergência  por  aumentar  o  risco  de  infecção 
pleural. 
QUESTÃO 31 
 
Um  paciente  de  45  anos  de  idade  sofreu  acidente 
moto versus automóvel, chegando ao serviço de emergência 
com  escala  de  coma  de  Glasgow  de  15,  respirando 
espontaneamente  e  com  pressão  arterial  de  90  por  
50 mmHg. No atendimento inicial, foi identificado que a bacia 
estava aberta,  sendo  fixada com  lençol,  o que  resultou em 
melhora da pressão arterial.  
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Realizar toque retal é prescindível nesse caso. 
(B)  A fixação da bacia com lençol deve ser aberta a cada 
trinta minutos para melhorar a perfusão dos membros 
inferiores. 
(C)  Antes  de  se  realizar  a  sondagem  vesical  de  demora, 
deve  ser  realizada  uma  uretrocistostomia  retrógrada 
para identificar lesão de uretra membranosa. 
(D)  A passagem do  lençol deve ser realizada na altura da 
asa do osso ilíaco para ser efetiva. 
(E)  A arteriografia deve ser realizada nos sangramentos de 
fraturas  pélvicas  que  apresentam  ultrassom  FAST 
negativo. 
 
 
QUESTÃO 32 
 
Um  paciente  de  62  anos  de  idade  deu  entrada  no 
pronto‐socorro com queixa de hematêmese e melena há um 
dia.  Tem  antecedente  de  cirurgia  de  desconexão  
ázigo‐portal  com esplenectomia  (DAPE)  há  sete  anos,  nega 
etilismo  e  as  sorologias  para  hepatite  realizadas  foram 
negativas.  Na  entrada,  a  pressão  arterial  era  de  
90  x  50  mmHg  e  a  frequência  cardíaca,  de  110  bpm  e 
apresentava palidez cutânea e diaforese.  
 
Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  A cirurgia de Warren teria sido uma melhor indicação 
para  esse  paciente  por  apresentar  menor  risco  de 
recidiva  de  sangramento  e  menos  ocorrência  de 
encefalopatia hepática. 
(B)  Não é comum a ocorrência de úlceras gástricas devido 
ao alto esvaziamento gástrico após cirurgia de DAPE. 
(C)  Trombose  de  veia  porta,  DAPE  incompleta  e 
recanalização  de  veia  gástrica  esquerda  são  causas 
para recidiva de sangramento por varizes. 
(D)  O  balão  de  Sengstaken‐Blakemore  deve  ser  passado 
antes da solicitação de EDA em todos os pacientes que 
entram com HDA no pronto‐socorro. 
(E)  Antes  de  qualquer  medida,  o  paciente  deve  ser 
encaminhado para a endoscopia, para a realização de 
terapêutica,  devido  ao  fato  de  estar  instável 
hemodinamicamente. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  8 
 
QUESTÃO 33 
 
Um  paciente  de  75  anos  de  idade  deu  entrada  no  pronto‐socorro  com  queixa  de  hematoquezia  há  dois  dias.  Negou 
ocorrências semelhantes prévias. Ao exame, encontrava‐se em regular estado geral, com frequência cardíaca de 98 bpm, pressão 
arterial igual a 120 x 60 mmHg e regular perfusão periférica. Apresentava abdome globoso, flácido e indolor e toque retal com 
sangue vivo, sem tumorações ou doenças orificiais. Foi realizada a compensação clínica e a reposição volêmica do paciente com 
cristaloides e três concentrados de hemácias, que resultaram em melhora clínica. Durante a internação, manteve sangramento e 
queda hematimétrica  constante,  sendo necessáriotransfundir, no  total,  seis  concentrados de hemácias. O paciente passou a 
apresentar frequência cardíaca de 140 bpm, pressão arterial de 110 x 60 mmHg e diaforese. A colonoscopia realizada durante a 
internação não evidenciou foco de sangramento devido a mau preparo.  
 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  Neoplasia é a causa mais frequente de hemorragia digestiva baixa em pacientes nessa faixa etária. 
(B)  O paciente não deve ser operado nesse momento por não ter diagnóstico e estar instável hemodinamicamente. 
(C)  O  paciente  deve  ser  encaminhado  ao  centro  cirúrgico  para  realização  de  laparotomia  exploradora  com  provável 
colectomia total. 
(D)  Deve  ser  feita  cintilografia  com  hemácias  marcadas  para  diagnóstico  de  divertículo  de  Meckel,  causa  comum  de 
sangramento digestivo. 
(E)  A cápsula endoscópica está indicada para o diagnóstico de causa de sangramento oculto nesse momento. 
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 34 
 
Uma paciente de dezessete anos de idade teve ingesta 
acidental de soda cáustica aos dois anos de idade, que evoluiu 
para  estenose  do  esôfago  distal.  Estava  em  seguimento 
ambulatorial  em  programação  de  dilatação  endoscópica 
sequencial, mas, durante uma endoscopia de rotina, ocorreu 
uma perfuração do esôfago distal de aproximadamente 2 cm 
na  transição  esofagogástrica  e  ela  foi  encaminhada 
imediatamente ao serviço de emergência.  
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do 
esôfago distal e deve ser operada com urgência para 
realizar sutura da lesão com valvuloplastia e drenagem 
da sutura. 
(B)  Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda 
do  esôfago  distal,  com  estenose,  deverá  realizar 
ressecção  do  seguimento  com  anastomose 
gastroesofágica. 
(C)  Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda 
do  esôfago  distal,  com  estenose,  deverá  realizar 
gastrectomia  total  com  anastomose  em  Y  de  Roux 
acima da estenose, que deverá ser retirada. 
(D)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do 
esôfago distal, com estenose, e deve ser tratada com 
prótese revestida e drenagem do hemitórax direito. 
(E)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do 
esôfago distal, com estenose cáustica, e deverá realizar 
esofagectomia  por  toracotomia  direita  com 
gastrostomia e esofagostomia. 
QUESTÃO 35 
 
Uma paciente de 34  anos de  idade  realizou,  há  três 
dias,  retossigmoidectomia  com  anastomose  primária  por 
endometriose  profunda,  para  tratamento  de  infertilidade, 
por videolaparoscopia com drenagem. Há um dia, apresenta 
dor abdominal difusa, com defesa muscular e dreno seroso, e 
está febril e taquicárdica.  
 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Quando  operada,  a  endometriose  pode  induzir  o 
aparecimento de febre e taquicardia por liberação do 
fator  de  necrose  tecidual.  Como  a  drenagem  está 
serosa, deve  ser  realizada analgesia para melhora da 
dor. 
(B)  Quando  realizada  a  drenagem  da  cavidade,  existe 
prevenção  para  aparecimento  de  fístulas,  portanto  a 
paciente  deve  estar  apresentando  infecção  do  trato 
urinário. 
(C)  Esse quadro clínico sugere deiscência de anastomose. 
Como  a  paciente  já  está  drenada,  deve‐se  realizar  a 
troca de antibiótico para tratar a sepse. 
(D)  A paciente apresenta sinal de peritonite difusa e deve 
ser submetida à reoperação para provável tratamento 
de deiscência de anastomose. 
(E)  Nas anastomoses grampeadas, que são realizadas por 
videolaparoscopia,  as  deiscências  de  anastomose 
nunca  acontecem.  Sendo  assim,  a  paciente  necessita 
de realizar exames para esclarecer o diagnóstico. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  9 
 
QUESTÃO 36 
 
Uma  paciente  de  34  anos  de  idade  foi  ao  hospital  por  apresentar  fraqueza  e  febre  há  dois  dias.  Ela  realizou  uma 
colecistectomia  por  colelitíase  há  um  ano.  Ao  exame  físico,  estava  obnubilada,  sonolenta,  febril,  desidratada  e  
ictérica 3+/4+, além de confusa. Seu abdome se encontrava doloroso à palpação de hipocôndrio direito, com fígado palpável  
a 2 cm do rebordo costal direito. Tinha frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto e pressão arterial de 90 por 50 mmHg. 
À ausculta pulmonar, não apresentava alterações.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A paciente apresenta a tríade de Charcot e evoluiu para pêntade de Reynolds, por isso tem uma emergência de realizar 
drenagem da via biliar. 
(B)  A paciente apresenta uma colangite grave, provavelmente por neoplasia de  cabeça de pâncreas, por  já  ter  realizado 
colecistectomia. Nesse caso, deverá realizar tratamento com antiobióticos e evitar manipular a via biliar. 
(C)  A paciente apresenta a pêntade de Reynolds, quadro clássico de hepatite fulminante, tendo  indicação de transplante 
hepático de urgência devido à síndrome hepatorrenal. 
(D)  A paciente  tem diagnóstico de pêntade de Reynolds,  secundário  à  colangite  aguda  tumoral. Nesse  caso,  não deverá 
realizar drenagem biliar interna ou externa, pois ambas podem evoluir com abscesso hepático. 
(E)  A paciente tem sinais de colangite aguda grave por lesão da via biliar iatrogênica e o tratamento de escolha é realizar uma 
anastomose bileodigestiva na urgência. 
 _____________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 37 
 
Um paciente de dezesseis anos de idade foi ao serviço 
de emergência com história de febre baixa há três semanas, 
fraqueza e inapetência. Referiu ter perdido 3 kg no período, 
colúria,  mau  hálito  e  odontalgia.  Negou  acolia  fecal.  Ao 
exame, encontrava‐se febril, desidratado e ictérico 1+/4+. À 
palpação cervical, foram identificados linfonodos dolorosos e 
aumentados em cadeias jugulares.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
correta. 
 
(A)  O  paciente  apresenta  infecção  dentária  e  deve  ser 
encaminhado ao bucomaxilo para extração dentária. 
(B)  Além de provável  infecção dentária, o paciente pode 
ter  uma  colangite  aguda,  devendo  ser  operado  para 
colocação de dreno de Kehr. 
(C)  Uma  complicação  possível  das  infecções  dentárias  
é  a  formação  de  abscesso  hepático  amebiano, 
devendo‐se  realizar  tomografia  e  drenagem  se  o 
abscesso for maior que 5 cm. 
(D)  O abscesso hepático secundário à infecção dentária é 
possível de ser diagnosticado por meio de ultrassom ou 
tomografia  de  abdome.  Se  for  menor  que  2  cm,  é 
possível  tratar  o  dente  e  manter  antibioticoterapia 
prolongada para tratar o abscesso hepático. 
(E)  O  paciente  provavelmente  apresenta  quadro  de 
mediastinite,  devendo  ser  tratado  com  toracotomia 
com drenagem ampla. 
QUESTÃO 38 
 
Uma  paciente  de  38  anos  de  idade  realizou 
tratamento cirúrgico para obesidade, há dois anos, por meio 
da técnica de bypass, ou cirurgia de Fobi‐Capella. Apresentou 
perda de 42 quilos e está com índice de massa corpórea atual 
de 22 kg/m2. Refere episódios de dor epigástrica e vômitos 
esporádicos nos últimos seis meses. Há três dias, apresenta 
piora  da  dor,  com  vômitos  frequentes,  e  não  consegue  se 
alimentar  nem  de  sólidos  nem  de  líquidos.  Ao  exame, 
apresenta  abdome  doloroso  em  epigástrio  e  pouco 
distendido, sem sinais de peritonite.  
 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  A paciente tem gastrite. Sendo assim, o melhor para ela 
seria realizar uma endoscopia digestiva alta e receber 
antiácidos.(B)  No  momento,  a  paciente  apresenta  um  provável 
quadro  de  abdome  agudo  obstrutivo  por  hérnia 
interna.  A  realização  de  tomografia  confirma  o 
diagnóstico e seu tratamento é operatório de urgência. 
(C)  A paciente  apresenta os  sintomas  clássicos  de  fístula  
do  estômago  excluso,  devendo  ser  reoperada 
imediatamente. 
(D)  A paciente apresenta síndrome de Dumping e deve ser 
orientada quanto à sua alimentação para melhora do 
quadro. 
(E)  A  paciente  apresenta  síndrome  da  alça  aferente, 
devendo realizar exame de cápsula endoscópica para 
identificar lesão típica em íleo terminal. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  10 
 
QUESTÃO 39 
 
Uma  paciente  de  63  anos  de  idade,  diabética  e 
hipertensa,  foi  ao  hospital,  queixando‐se  de  lesão  perianal 
que sujava a roupa íntima, com secreção purulenta, há três 
dias.  Ao  exame  físico,  apresentava  orifício  perianal  com 
secreção  purulenta  e  área  de  hiperemia  e  crepitação, 
acometendo nádegas, raiz da coxa e vulva, estava confusa e 
referia constipação e inapetência nos últimos dias.  
 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Trata‐se  de  síndrome de  Fournier  e  deve  ser  tratada 
com antibióticos e câmara hiperbárica, uma vez que já 
tem drenagem espontânea. 
(B)  Trata‐se  de  um  abscesso  perianal  complicado,  com 
constipação,  e  deve  receber  antibiótico  e  clister 
glicerinado. 
(C)  Trata‐se  de  síndrome  de Ogilvie,  devendo‐se  realizar 
colonoscopia  descompressiva  ou  cirurgia  para 
drenagem do reto e colostomia de proteção. 
(D)  Trata‐se  de  síndrome  de  Fournier,  necessitando  de 
tratamento  de  urgência  para  drenagem  ampla  do 
abscesso, de ressecção dos tecidos desvitalizados e de 
antibioticoterapia. 
(E)  Trata‐se  de  síndrome  de  Fournier,  necessitando  de 
tratamento  de  urgência  para  drenagem  ampla  do 
abscesso e de colostomia de proteção, mesmo quando 
o  tônus  anal  estiver  preservado,  porque  facilita  a 
limpeza da região. 
 
 
QUESTÃO 40 
 
Um paciente de dezoito anos de  idade foi  levado ao 
pronto‐socorro  por  ferimento  de  arma  branca  em  região 
cervical,  em  zona dois. Apresentava  sangramento  ativo  em 
jato pelo orifício, sendo indicada cervicotomia exploradora.  
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Se  houver  uma  lesão  da  artéria  carótida  interna,  o 
melhor tratamento será a ligadura e o reparo da lesão, 
em  um  segundo  tempo,  pela  equipe  de  cirurgia 
vascular. 
(B)  Se  houver  uma  lesão  de  artéria  carótida  comum,  é 
preferível  ligar  a  lesão  para  interromper  o 
sangramento. 
(C)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida 
interna e a externa na cirurgia, é necessário dissecar a 
croça da artéria carótida comum. 
(D)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida 
interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que 
apenas  a  artéria  carótida  externa  emite  ramos  na 
região cervical. 
(E)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida 
interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que 
apenas a artéria carótida interna emite ramos na região 
cervical. 
QUESTÃO 41 
 
Um paciente de 62 anos de idade sofreu uma queda 
de escada de aproximadamente 2 m de altura. Foi levado ao 
pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e com colar 
cervical.  Na  avaliação,  o  paciente  apresentava  frequência 
cardíaca  de  86  batimentos  por  minuto,  pulso  cheio,  vias 
aéreas pérvias, sangue em meato uretral, escala de coma de 
Glasgow  de  15,  hematoma  perineal,  pressão  arterial  
de 130 por 80 mmHg, ultrassom FAST negativo para líquido 
livre,  boa  perfusão  periférica,  ausculta  pulmonar  sem 
alterações e toque retal com próstata elevada e aumentada.  
 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta 
com relação à abordagem das vias urinárias. 
 
(A)  O paciente deve ser submetido à cistostomia na sala do 
trauma,  uma  vez  que  provavelmente  tem  lesão  de 
uretra peniana. 
(B)  O  paciente  deve  ser  submetido  a  exame  
de  uretrocistografia  retrógrada,  uma  vez  que 
provavelmente apresenta lesão de uretra bulbar. 
(C)  O paciente deve ser submetido à sondagem vesical de 
demora  na  sala  de  trauma  para  controle  de  débito 
urinário. 
(D)  O paciente deve realizar uma cistografia anterógrada, 
uma vez que provavelmente apresenta lesão de uretra 
peniana e fratura do ramo púbico. 
(E)  O  paciente  deve  realizar  um  exame  de  cistografia 
anterógrada,  uma  vez  que  provavelmente  tem  uma 
lesão de uretra membranosa. 
 
QUESTÃO 42 
 
Uma  paciente  de  vinte  anos  de  idade  foi  levada  ao 
serviço de emergência após queda de 5 m de altura. O serviço 
de resgate a levou imobilizada em prancha longa e com colar 
cervical.  Ao  exame  físico,  apresentava múltiplas  equimoses 
em  face,  crepitação  em  braço  esquerdo,  edema  e 
deformidade em coxa direita e escala de coma de Glasgow de 
12.  Na  ausculta,  tinha murmúrio  vesicular  abolido  do  lado 
esquerdo,  vias  aéreas  pérvias  e  saturação  de  oxigênio  
de  87%.  Tinha  ainda  uma  frequência  cardíaca  de  
124  batimentos  por  minuto  e  pressão  arterial  de  80  por  
40 mmHg. A bacia estava aberta e instável à palpação.  
 
Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta quanto ao atendimento primário da paciente. 
 
(A)  É mandatório o estabelecimento de via aérea definitiva 
para a paciente na admissão. 
(B)  Deve‐se  realizar  radiografia  de  tórax  para  procurar 
hemotórax  ou  pneumotórax  simples  que  esteja 
levando à alteração do exame físico. 
(C)  É primordial a obtenção de acesso venoso central, para 
reposição volêmica adequada, por meio da aferição da 
pressão venosa central. 
(D)  A  paciente  deve  ser  imediatamente  encaminhada  ao 
setor de radiologia para realizar tomografia de crânio, 
devido ao rebaixamento de nível de consciência. 
(E)  Quando o ultrassom FAST não está disponível, o lavado 
peritoneal  diagnóstico  é  uma  alternativa  em  caso  de 
suspeita de trauma abdominal fechado instável. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  11 
 
OTORRINOLARINGOLOGIA 
QUESTÃO 43 
 
Assinale a alternativa incorreta. 
 
(A)  A  etiologia  mais  frequente  da  epistaxe  é  o  trauma, 
seguida  das  causas  idiopáticas  e  iatrogênicas  e  das 
neoplasias. 
(B)  A  epistaxe  é  a  urgência  otorrinolaringológica  mais 
comum,  afetando  60%  da  população  em  algum 
momento da vida. 
(C)  A  vascularização  nasal  recebe  suprimento  tanto  do 
sistema  carótida  externa  quanto  do  sistema  carótida 
interna,  com  maior  dominância  do  sistema  carótida 
externa, por meio da artéria maxilar. 
(D)  A artéria septal é ramo da artéria esfenopalatina. 
(E)  A  artéria  etmoidal  posterior  é  ramo  da  artéria 
oftálmica. 
 
QUESTÃO 44 
 
Um paciente, previamente hígido,  apresenta quadro 
de rinorreia purulenta e congestão nasal, associado à febre e 
a mal‐estar, há três dias. 
 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  Trata‐se  de  rinossinusite  aguda  bacteriana  e  o 
tratamento de escolha deve ser amoxicilina. 
(B)  Trata‐se  de  rinossinusite  aguda  bacteriana  e  o 
tratamento  de  escolha  deve  ser  amoxicilina  com 
clavulanato. 
(C)  Trata‐se  de  rinossinusite  aguda  viral  e  não  deve  ser 
instituído tratamento. 
(D)  Trata‐se  de  rinossinusite  aguda  viral  e  o  tratamento 
sintomático deve ser dirigido ao pior sintoma. 
(E)  Trata‐se  de  rinossinusite  aguda  pós‐viral  e  o 
tratamento de escolha deve ser corticosteroide tópico 
nasal. 
QUESTÃO 45 
 
Um  paciente  de  vinte  anos  de  idade  obteve 
diagnóstico  de  muda  vocal  incompletanão  responsiva  a 
tratamento fonoterápico.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
que apresenta a cirurgia indicada para o paciente. 
 
(A)  tireoplastia tipo I 
(B)  tireoplastia tipo II 
(C)  tireoplastia tipo III 
(D)  tireoplastia tipo IV 
(E)  aritenoidectomia 
 
 
QUESTÃO 46 
 
Um paciente apresenta um sulco de prega vocal, com 
comprometimento moderado da voz.  
 
Nesse caso hipotético, a possível conduta é a 
 
(A)  decorticação da prega vocal. 
(B)  tireoplastia tipo II. 
(C)  aritenoidectomia. 
(D)  injeção de toxina botulínica. 
(E)  injeção de gordura ou ácido hialurônico. 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 
ISCMSP/2019  PROGRAMA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO  12 
 
QUESTÃO 47 
 
Traqueostomia  na  altura  do  sexto  anel  traqueal  é  fator 
predisponente para 
 
(A)  ruptura de artéria inominada. 
(B)  estenose supraglótica. 
(C)  lesão do nervo laríngeo recorrente. 
(D)  estenose subglótica. 
(E)  fístula traqueoesofágica. 
 
 
QUESTÃO 48 
 
Um paciente apresenta CEC de epiglote, extensão para 
ambas as pregas vestibulares,  sem envolvimento de pregas 
vocais e comissura anterior, e palpação cervical negativa.  
 
Considerando‐se,  nesse  caso  hipotético,  que  a  função 
pulmonar  do  paciente  esteja  preservada,  a  melhor  opção 
terapêutica seria 
 
(A)  apenas a hemilaringectomia. 
(B)  apenas a laringectomia supracricóide. 
(C)  apenas a laringectomia supraglótica. 
(D)  laringectomia  supraglótica  +  esvaziamento  cervical 
seletivo (I, II e III) bilateral. 
(E)  laringectomia  supraglótica  +  esvaziamento  cervical 
seletivo (II, III e IV) bilateral. 
QUESTÃO 49 
 
Em  relação  ao  edema  de  Reinke,  assinale  a  alternativa 
correta. 
 
(A)  O principal agente causal é o abuso vocal, seguido do 
tabagismo. 
(B)  Pitch rebaixado é a característica vocal mais marcante. 
(C)  O acometimento unilateral é a forma mais frequente. 
(D)  A fonoterapia é o tratamento de escolha. 
(E)  O  tratamento  medicamentoso  de  escolha  é  a 
antibioticoterapia. 
 
 
QUESTÃO 50 
 
Assinale a alternativa que apresenta a  condição comum da 
mucosa  oral  de  etiologia  desconhecida  que  ocorre  mais 
frequentemente  em  indivíduos  negros  que  em  brancos,  
que  se  caracteriza  pela  aparência  difusa,  opalescente  e  
branco‐acinzentada  da  mucosa,  com  superfície 
frequentemente  pregueada,  resultando  em  estrias 
esbranquiçadas  ou  rugosidades,  e  lesões  não  destacáveis, 
que geralmente acometem a mucosa jugal bilateralmente, e 
que representa mais uma variação da normalidade que uma 
doença. 
 
(A)  leucoplasia 
(B)  líquen plano 
(C)  leucoedema 
(D)  candidíase pseudomembranosa 
(E)  granuloma piogênico 
 
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