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Coleta Sanguínea
Profª Claudia Gouveia
Sangue venoso 
 É conseguido pela punção venosa que fornece quantidade apreciável de sangue usado nos exames hematológicos e bioquímicos.
 Locais de punção: fossa cúbita (dobra do cotovelo), dorso da mão, jugular externa, dorso do pé.
Material utilizado na coleta do sangue venoso 
 
- Seringas descartáveis de 5, 10 ou 20 ml;
- Agulhas descartáveis: 25x7 ou 25x8 (calibre usual);
- Solução anti-séptica (álcool a 70%);
 - Garrote;
- Anticoagulantes;
- Algodão, esparadrapo ou curativos especiais.
Seringas Descartáveis
Escalpes
Coleta de Amostras Sanguíneas
 Para as análises hematológicas as amostras devem ser de sangue completo (tratado com anticoagulante), armazenado por um período máximo de 6 horas à temperatura ambiente ou 24 horas na geladeira (4°C). 
 Estas amostras nunca devem ser congeladas.
 As dosagens bioquímicas podem ser realizadas no soro (obtido a partir de sangue coletado sem anticoagulantes) ou no plasma (obtido de sangue coletado com anticoagulantes). 
 Tanto o soro quanto o plasma podem ser refrigerados por até 3 dias ou congelados por vários meses até a sua análise, sem que haja prejuízo no resultado dos testes bioquímicos.
 No caso de utilização do soro, é necessário um período de 30 a 180 minutos para a formação do coágulo e a completa obtenção do soro.
 A única diferença analítica entre soro e plasma é que o primeiro não contém fibrinogênio, o qual foi utilizado para a formação do coágulo (fibrina).
 
Observações Importantes:
 Uso do anticoagulante mais indicado: EDTA (tampa roxa). 
 O EDTA (Ácido Etileno Diamino Tetracético) remove o cálcio necessário à coagulação e é o anticoagulante mais indicado para contagens de células sanguíneas porque induz uma anticoagulação completa com mínimos efeitos sobre as células. 
 Ausência de hemólise, fibrina ou microcoágulos, pois a presença destes causa alterações nas contagens celulares. 
 A amostra deve ser enviada ao laboratório rapidamente, diversos pesquisadores afirmam que o contato prolongado com o EDTA (principalmente à temperatura ambiente) pode induzir a formação de agregados celulares e alterar os resultados das contagens (ex. pseudotrombocitopenia). 
 Se caso não for possível o envio dentro de um curto período, preserve sua amostra a uma temperatura de 4oC até no máximo 24 horas (obs: o esfregaço sangüíneo deve ser feito até no máximo 3 horas após a colheita). 
 Manter sempre a proporção de sangue e anticoagulante correta para obter qualidade e quantidade de volume necessário ao exame. 
(1 de gota de EDTA para 3 a 5 mL de sangue). 
 Homogeneizar cuidadosamente o tubo com sangue por inversão, por 4 a 5 vezes, logo após a coleta para evitar o processo de coagulação
Principais anticoagulantes e seus usos. 
 1) EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético):
 É o anticoagulante mais usado para hematologia porque não provoca deformação nas células. Atua como agente quelante do cálcio, impedindo que ocorra o processo de coagulação. 
 2) Heparina:
 É um anticoagulante natural, sendo o mais recomendado para análises bioquímicas, pois não interfere com os reagentes usados na maioria dos testes. 
 Atua interferindo na conversão de protrombina em trombina.
 Pode ser usado para contagem eritrocítica, mas não é recomendado para análises leucocitárias, pois pode causar agregação dos leucócitos, alterando a sua morfologia e dificultando a contagem. 
 Como desvantagem assinala-se seu custo mais elevado que os outros anticoagulantes. 
 3) Citrato de sódio:
 Pouco recomendado, pois causa a deformação morfológica das células sangüíneas e interfere com vários testes bioquímicos. Atuam quelando o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de coagulação. 
 Atuam quelando o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de coagulação. 
4) Fluoreto de sódio:
 Similar ao citrato, sendo recomendado especificamente para a dosagem de glicose, pois inibe o processo de glicólise que ocorre nas hemácias, mantendo os níveis in vitro deste metabólito por mais tempo. 
 5) Oxalatos de cálcio, de potássio ou de amônia:
 Interferem com o hematócrito e alteram a distribuição eletrolítica, razão pela qual não são recomendados para testes de minerais. 
Procedimento de Coleta:
 Preparar a seringa e a agulha:
# Garrotear 5 cm acima do local de coleta.
# Pedir ao paciente para fechar a mão.
# Escolher a veia mais proeminente apalpando-a. 
# Fazer a assepsia, esperar secar, fixar a veia (distendendo a pele do paciente).
# Introduzir a agulha de uma só vez atingindo o interior da veia. 
# Pedir a paciente para abrir a mão e colher o volume desejado.
# Soltar o garrote e só depois retirar a agulha.
# Faça compressão com o algodão. Distribuir o sangue nos frascos adequados. 
# Desprezar o material adequadamente 
Sangue arterial:
 Indicação absoluta: quando se trata de gasometria arterial. 
 Eventualidades: recém-nascidos, pressão muito baixa, choque.
 Locais de punção: artéria radial, artéria femoral, artéria braquial.
Procedimento:
# Fazer a assepsia.
# Preparar o material. 
# Para a punção arterial não se deve garrotear. 
# Na gasometria o sangue não pode ser retirado da seringa. 
 Observação: ao término da punção arterial o local deve ser fortemente comprimido durante, no mínimo, 10 minutos para evitar os hematomas graves. 
Sangue capilar: 
É conseguido pela :
# Punção do calcanhar, nas crianças 
# Lóbulo da orelha na polpa digital, no adulto. 
# Não fornece um volume muito grande de sangue.
 Indicações: demonstração de técnicas para tipagem sanguínea, exame do pezinho, exame de glicemia, tempo de sangramento, microhematócrito.
 Procedimento: aquecer o local se estiver frio, fazer assepsia. 
 Perfurar com uma agulha os locais indicados. Deve-se desprezar a primeira gota. 
 Ao término da coleta, limpar o local e colocar o curativo. 
Complicações decorrentes das punções
- Hematomas: pode ocorrer se o profissional tirar a agulha antes do garrote, transfixar a veia ou, em punção arterial, não for comprimido adequadamente o local;
- Alergia: ao álcool iodado (deve-se perguntar antes);
- Contaminações: devido à assepsia mal feita ou ao uso de material não descartável contaminado.
Dúvidas Frequentes 
1) Por que, às vezes, após a coleta de sangue o local da punção fica roxo? 
a) Isto se chama equimose e ocorre pelo extravasamento de sangue para fora da veia.
b) É causado por veias finas, delicadas, ou com pressão interna elevada; por uso de algum medicamento que altere a coagulação do sangue (por exemplo aspirina) ou por compressão insuficiente no local da punção.
 2) Remédios interferem em exames de laboratório?
a) Vários medicamentos podem interferir em exames de laboratório, e, por esse motivo, o uso de medicamentos deve ser informado às recepcionistas do laboratório. 
b) A suspensão de qualquer medicamento, antes da coleta de exames, só pode ser feita por seu médico. 
c) O laboratório informa, no cadastro dos exames, quando algum exame obriga à suspensão de medicamentos e, quando não for possível suspender a medicação, isto será considerado na interpretação clínica do resultado. 
 4) Fumar antes de colher exames causa alterações? 
a) Sim, em vários exames como agregação plaquetária, e curva glicêmica.
b) Durante a realização de curva glicêmica o fumo é proibido.
5) Atividade física atrapalha os exames de laboratório?
 
a) Atividade física intensa pode interferir em alguns exames, por exemplo, na glicemia. 
b) Os exames laboratoriais devem ser colhidos em condições bem definidas, que os médicos chamam de
condições basais.
c) Testes feitos após esforços físicos terão, eventualmente, valores diferentes dos realizados em condições normais. 
 6) Bebida alcoólica pode alterar resultados de exames?
a) Sim, em especial o de triglicérides. 
b) Uso de qualquer bebida alcoólica (vinho, cerveja, uísque) na véspera da coleta é suficiente para elevar os seus níveis, alterando os resultados.
 
c) O ideal é, antes da coleta dos exames, ficar pelo menos três dias sem ingerir qualquer bebida alcoólica. 
7) Exames de sangue devem ser sempre colhidos em jejum? 
a) Nem todos os exames necessitam de jejum. 
b) O tempo de jejum requerido pode variar entre diversos exames, sendo de 4 horas para boa parte dos exames, de 8 horas para alguns e de 12 a 16 horas para triglicérides e frações de colesterol
c) Exames como hemograma, por exemplo, não requerem jejum. 
 8) Exames que pedem jejum têm de ser colhidos pela manhã? 
a) Nem todos. 
b) Desde que respeite o tempo estipulado de jejum, na maioria podem ser colhidos inclusive à tarde, sem problemas para o resultado. 
 9) A coleta de sangue causa dor? 
a) Geralmente não, mas pode ocorrer dor de intensidade limitada, e por pouco tempo, em coletas de sangue venoso. 
 
b) A coleta de sangue arterial, que ocorre apenas quando solicitado pelo médico assistente, causa dor um pouco mais intensa.
 10)  É prejudicial coletar sangue repetidas vezes? 
a) Cada coleta de sangue requer a punção de uma veia, podendo ocorrer pequeno trauma local e desconforto a cada punção.
 
b) Os coletores do laboratório são bastante experientes e habilitados para tornar a coleta o menos traumática possível.
c) O volume de sangue retirado não é significativo para adultos e crianças maiores, nada provocando no organismo. 
d) Em crianças pequenas a coleta é realizada em tubos próprios e com menor volume de sangue, para evitar problemas decorrentes da coleta de volume proporcionalmente elevado de sangue. 
e) Como é utilizado sempre material descartável, das melhores procedências e, feita adequada assepsia, é incomum a ocorrência de problemas devido a repetidas coletas de sangue.
Confecção do Esfregaço Sanguíneo 
 
 A confecção do esfregaço sangüíneo é, sem dúvida alguma, o ponto crucial para a realização de um hemograma confiável e por isso, a padronização do esfregaço sanguíneo deve ser uma das principais exigências de um bom laboratório de hematologia.
 Os esfregaços são realizados com apoio de uma mesa ou algo do gênero, e são utilizadas uma lâmina (limpa, sem resquícios de gordura ou outros materiais) e uma distensora de vidro transparente.
 O esfregaço ideal deve ser livre de falhas e paradas, não muito espesso, nem fino demais, e sem falhas na cauda. 
 Na observação ao microscópio as duas bordas onde são realizadas as contagens devem apresentar os eritrócitos mais separados e os leucócitos bem distribuídos.
 Diversos outros corantes podem ser usados para evidenciar alterações celulares importantes na citologia como o Wright, o Giemsa e o May-Grünwald Giemsa (MGG). 
Distribuição das células no esfregaço 
 Um exemplo de um bom esfregaço sangüíneo corado.

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