Buscar

Psicopatologia Infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O estudo dos transtornos mentais infantis é importante, não só porque resultam em sofrimento para as crianças e àqueles com quem convivem, mas também porque interferem no desenvolvimento psicossocial e educacional, o que pode levar a transtornos psiquiátricos e/ou dificuldades no relacionamento interpessoal na vida adulta. Apesar das preocupações com a condição atual de seu filho, muitas vezes os pais não têm noção das consequências ou sentem-se culpados.
Infância é uma criação relativamente nova. Antigamente, ‘crianças’ eram consideradas mini adultos, tinham as mesmas atividades e funções.
Formação das áreas pré-frontais acontece dos 6 aos 8 anos.
Piaget foi pioneiro em estudar o desenvolvimento moral das crianças.
2/3 das características comportamentais são herdadas.
Rutter – Avaliação Infantil:
1.SINTOMAS EMOCIONAIS: 
Observar a partir do ‘brincar’; da interação com a criança; 
Caso houve separação dos pais, avaliar as reações, que podem ser ansiosas;
Avaliar os medos;
Avaliar evitações quanto a escola, quanto a interação com os demais coleguinhas;
Comum ocorrer a ‘anedonia’: Deixar de ter prazer em fazer o que gostava, para de brincar por exemplo;
Prostração: Ficar muito desanimado, cansado.
São sintomas implícitos/internos.
AVALIAÇÃO DE CONDUTAS: 
Observar a interação entre as crianças, afim de avaliar princípios de personalidade (manipulação/liderança);
Interação com drogas;
Investigar agressividade;
Sintomas explícitos/manifestos.
ATRASOS NO DESENVOLVIMENTO:
Baseado no desenvolvimento comum (encéfalo-caudal, próximo-distal), analisar tendências a problemas neurológicos e mentais;
Perguntar quando começou a criança começou a andar, quando falou as primeiras palavras;
Analisar tanto atrasos psicomotores quanto cognitivos;
Analisar desenvolvimento intelectual/escolar.
INTERAÇÃO SOCIAL:
Questionar as amizades da criança, se tem muitas ou sofre preconceitos/fobias sociais (Possível autismo ou deficiência intelectual);
Identificar extroversão/introversão (Bullying afeta desenvolvimento mental);
Levar em conta a abertura social, que é variável de pessoa para pessoal;
Dificuldades de relação com estranhos (Pode causar fobias).
2.IMPACTO:
Prejuízo social/ambiental:
Se afetou sua relação com amigos, familiares, com o aprendizado e o lazer;
Angustia para a criança ou Adolescente:
Parar de fazer o que antes dava prazer, como brincar por exemplo (ANEDONIA);
Se sente vergonha;
Se sofre com aquilo que está passando;
Mudar o jeito de se portar, percebido pelo brincar e modo de interação;
Mudança de hábito alimentar e do ritmo do sono.
Disrupção para os outros:
Como os familiares e pessoas próximas, foram afetados pela situação da criança.
3.FATORES DE RISCO:
SÃO MAIS IMPORTANTES QUE EFEITOS/CAUSAS;
Fatores de Pré-Disposição: Fatores inatos/genéticos quanto a regulação afetiva e comportamentos, pode também ser aprendido;
Fatores de Precipitação: Episódios que adiantam o desencadeamento, servem como gatilho, do transtorno/conflito;
Fatores de Perpetuação: Contextos que influenciam o desenvolvimento do transtorno, como pobreza, famílias agressivas ou um QI baixo;
Fatores de Proteção: Fatores que amenizam o desenvolvimento dos transtornos;
4.CAPACIDADES: 
Pontos fortes do paciente, quanto a interesses, hobbies, habilidades;
Levantamento das qualidades do paciente: Reconhecer potencialidades e expô-las.
Modelo explicativo: Investigar as hipóteses que a família tem, acerca dos transtornos da criança.
Prática Profissional:
	A avaliação diagnóstica completa deve possibilitar ao clinico a formulação de uma descrição integrada de como fatores orgânicos, familiares, ambientais, estressores e conflitos internos, interagindo ao longo do tempo em uma criança em particular, conduziram ao aparecimento de determinada forma de sofrimento. Procurar usar perguntas abertas para abordar todos esses pontos. Combinando escalas e inventários se assim forem necessários. Sempre levar em conta o contexto do qual a criança chega. 
Transtornos do Desenvolvimento Infantil
Ou deficiência Intelectual, Imbecilidade, Retardo Mental...’Oligofrênica’.
Funcionamento intelectual global significativamente inferior à média, acompanhado de déficits ou prejuízos concomitantes no funcionamento adaptativo;
Limitada adaptação em áreas como comunicação, autocuidado, vida independente, sociabilidade, inserção na comunidade, autonomia, educação acadêmica, lazer e trabalho;
Afeta além da inteligência, as funções motoras, de memória, de compreensão, funções executivas que acarretam em limitações funcionais;
Alterações da consciência não trazem DI;
Costuma surgir antes dos 18 anos, só surge depois caso exista algum trauma/acidente.
2 desvios-padrões caracterizam um TDI (Transtorno do Desen. Infantil), quanto ao QI. Sendo ‘100’ a média, e o desvio-padrão de ‘15’:
50~59 -> Deficiência Leve;
34~49 -> Deficiência Moderada;
20~39 -> Deficiência Grave;
< 20 -> Deficiência Profunda (RARA);
70~78 -> Borderline (Limítrofe): Quem está a margem, tem um QI baixo, mas não caracteriza uma DI. (70~84 na Psiquiatria).
WISC-IV -> Principal teste de inteligência usado.
Crianças com TDI têm dificuldades com higiene, precisam de cuidados e auxílio;
Dificuldades para se alimentar; costumam comer de colher pela maior facilidade;
Costumam ser desorganizadas;
Falham na compreensão da realidade; 
Tentar diagnosticar a partir da conversa acerca de um contexto conhecido a criança, pois crianças sem muita instrução têm dificuldade para termos mais formais e por isso, podem ser diagnosticadas erroneamente.
Adaptação:
Dificuldade em se fazer entender, na fala principalmente. Por isso, usam de sinais e linguagens próprias para se comunicar;
Dificuldade na interação social; têm um brincar solitário e bem mais concreto, nada muito imaginativo;
O trabalho é mais concreto também; não se cobra funções cognitivas muito avançadas;
O lazer pode expô-los a isolamento, bullying, mas é comum saírem;
Os serviços públicos são perigosos por conta da maldade e malicia do meio, ao qual eles não têm o discernimento para caracteriza-lo como alguma coisa maléfica; além de que têm dificuldade para decorar rotas, preços;
Devem ser auxiliados a todo momento por conta de suas limitações funcionais.
Transtornos Leves
Costumam chegar à 6ª série, quanto aos conteúdos aprendidos;
Transtornos leves costumam estar bastante ligados a fatores ambientais, mais que os biológicos:
Educação, Alimentação, Sociabilidade, Falta de estímulos...
Desenvolvem habilidades sociais e comunicativas;
Difícil diferenciação para pessoas sem DI;
Comum ocorrer intoxicação por Chumbo;
Trabalham com tarefas concretas, onde não são cobrados para tarefas que necessitem muita cognição;
Podem ter independência;
80% dos casos de DI.
Transtornos Moderados
Necessitam de supervisão a todo momento;
Não progridem para além da 2ª série, e têm dificuldade de adaptação na adolescência e vida adulta;
Apresentam sinais amorfos;
São mais fáceis de serem diagnosticadas;
Trabalham com supervisão constante;
Com muito treino, conseguem uma certa autonomia;
10% dos casos de DI.
TRANSTORNOS GRAVES E PROFUNDOS, NÃO FORAM CITADOS PELO PROFESSOR...ENTÃO NEM VOU ESCREVER SOBRE.
Síndromes Genéticas
Síndrome de Down:
Causada pela trissomia do cromossomo 21;
Costumam apresentar DI leve;
Têm dificuldade de atenção;
Possuem uma fisionomia característica.
Síndrome do X-Frágil:
Causada por uma expansão anormal do cromossomo X;
DI normalmente de moderada a grave, normalmente;
Comumente ligada a Autismo;
Têm uma linguagem pragmática: têm uma compreensão concreta, não entendem sarcasmo, malicia...são bem mais práticos;
Têm habilidades abstratas, visuoespaciais, mais desenvolvidas do que as de interação social;
Possuem dificuldade de atenção, normalmente diagnosticada como TDAH;
Têm baixa tolerância a frustação.
Síndrome de Kleinfelter:
Cromossomo X extra (XXY);
Apresentam normalmente DI de leve a moderada;
Chama a atenção sua estatura elevada;
Têmcomportamento infantilizado;
Comum apresentarem ataques de raiva.
Síndrome de Williams:
Cromossomo 7 com braço longo;
DI leve a moderada;
Têm atitudes contrárias às aparentes no Autismo: têm boa socialização e linguagem;
Apresentam íris estrelada;
Comum apresentarem problemas cardíacos;
Têm dificuldade de atenção.
Síndrome de Prader-Willi:
Popularmente conhecida como “Síndrome do Rei Momo”;
Alteração do cromossomo 15;
DI leve a moderada;
Apresentam mãos e pés pequenos;
Têm habilidades visuoconstrutivas (Montar quebra-cabeças, por exemplo) melhores do que em outras síndromes: Juntar e manipular estímulos físicos, afim de organizá-los;
Hiperfagia: Alteração do hipotálamo, nunca se sentem saciados;
Skin picking: Ficam se beliscando até machucar;
Têm baixa tolerância a frustação;
Falam bastante;
Comum fazerem cirurgias bariátricas, por conta da Hiperfagia.
Co-Morbidades:
Quem tem síndromes genéticas, têm 4x mais chances de desenvolver algum transtorno mental;
Síndrome de Down, por exemplo, tem grande risco de trazer o Alzheimer.
Quanto mais grave a DI, maior a chance de:
Déficits visuais, auditivos, cardiovasculares;
Convulsões e doenças neuromusculares.
Prevalência:
Síndromes biológicas afetam aproximadamente 1% da população, mas é maior em países com privações sociais;
Mais comum em homens.
Diagnóstico Diferencial:
Se faz necessário uma análise visual do paciente: Onde devem ser notadas as características físicas diferentes das usuais e/ou dos pais:
Simetria dos olhos; orelhas pontudas; queixo mais longo; testa mais larga; mãos pequenas; manchas...
Pois podem ser sinais de um potencial a uma síndrome genética.
Investigar se não há transtornos de aprendizagem, transtornos da esfera autista, demências.
Tratamento Farmacológico:
	São usados afim de controlar os sintomas: podem reduzir estereotipias, hiperatividade, automutilação e agitação.
Transtornos do Espectro Autista
	Antigamente conhecida como Esquizofrenia de início da infância, sendo Bleuler o primeiro a associar o transtorno como ‘Autismo’.
	É comum o uso de Antipsicóticos, afim de tratar os sintomas agressivos: Aririprazol e Risperidona.
*Regressão Autistica: Criança está ‘normal’ até tal idade, depois regride todo desenvolvimento e se torna ‘autista’ para sempre. *
	Kanner fez seu estudo com 11 crianças e percebeu comportamentos atípicos. ‘Autismo de Kanner’ é tipicamente um autismo grave.
Asperger também fez um estudo com 11 crianças, na Alemanha, fato esse que o fez desconhecido por escrever em alemão seu trabalho. As crianças apresentavam dificuldades de integração social, apesar das habilidades intelectuais preservadas; tinham baixas expressões afetivas, pouca empatia, tendência de intelectualizar emoções, discursos incoerentes e formais, e interesses restritos que dominavam o discurso, sem que percebessem o interesse do interlocutor. O transtorno caracterizado como ‘Asperger’ é um autismo mais leve, onde a linguagem é preservada.
Apresentam apego completo as rotinas do dia a dia, isolamento extremo e preferência aos objetos inanimados em relação às pessoas. Todas as características descritas, associadas muitas vezes a um retardo mental evidente, criam uma barreira ao relacionamento humano.
Estabelece-se uma tríade de prejuízos centrais: Interação Social; Linguagem e Estereotipias. Os sintomas relacionados a qualquer um dos três domínios podem ocorrer em variados graus de intensidade e com diferentes manifestações.
Interação Social:
Não querem/entendem interação, por isso não são recíprocos;
Veem pessoas como objetos;
Comportamentos verbais bem falhos: não fazem contato visual, não esboçam seus sentimentos através da expressão facial, postura e linguagem corporal indiferente;
Não compreendem as convenções sociais, isso quando as desenvolvem.
Por não mostrar ou apontar objetos, não costumam substituir a fala, por gestos. Falham na interação conjunta;
Não tem imitação bem desenvolvida e quando a apresentam, é totalmente fora de contexto (Ver algo agora e reproduzir depois de dias);
Preocupam-se com detalhes;
Evitam contatos físicos ou, quando o querem, é de forma estranha;
Preferem atividades solitárias e por isso, não participam de atividades em grupo;
Por responderem pelo nome, são normalmente confundidas com surdas;
Comprometimento da Teoria da Mente: Interpretar e inferir o que o outro está pretendendo, reconhecer sinais...;
Importante diagnóstico precoce para estimular interação, linguagem...forçar a neuroplasticidade.
Linguagem e Comunicação:
Isso quando têm linguagem;
Têm dificuldade de iniciar e manter uma conversa;
Uso estereotipado e repetitivo da linguagem;
Ecolalia: Repetição de termos, constantemente;
Linguagem idiossincrática: Criação de termos próprios, afim de se comunicar; Só elas compreendem;
Têm prejuízo da imitação social;
Quando falam, usam de uma entonação e ritmo de fala estranho;
Não compreendem humor, ironia, duplo sentido (Ligado com a Teoria da Mente);
Não se interessam pelo ‘todo’, veem brinquedos como junção de partes, têm um ‘Brincar Simbólico’;
Suas respostas são concretas, pragmáticas.
Comportamento Estereotipado:
São comportamentos fora de contexto, restritos e repetitivos;
Movimentos estereotipados, como ficar batendo palmas, ficar balançando, andar na ponta dos pés;
Têm adesão inflexível a mudanças de rotinas ou rituais já estabelecidos. Simples mudanças trazem irritação;
Sameness: Quer ter tudo igual, sempre; são inflexíveis;
Costumam enfileirar brinquedos (têm tendência a classificar as coisas em cor, tipo, tamanho...);
Em razão de um interesse restrito em determinadas atividades, podem desenvolver habilidades excepcionais, como memória, capacidade aritmética e conhecimentos acerca de determinado assunto;
Podem se interessar por objetos que não utilizam de forma funcional, como caixas de fosforo, ou pegam-se excessivamente a determinados brinquedos de forma rígida. Interessam-se sobretudo por partes de um brinquedo, como roda de um carro, e deixam de brincar funcionalmente com ele.

Continue navegando