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Silva-e-Schelini-Definição constitutiva_Inteligência

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"Quociente intelectual e hereditariedade”
• tema clássico no estudo da inteligência - a 
polêmica natureza-educação, hereditariedade-
meio.
• Aqui é apresentada a tendência para fazer 
equivaler a hereditariedade à irreversibilidade 
ou imutabilidade genética (natural) e a 
possibilidade de transformação pela 
educação ou o ambiente a partir de resultados 
de estudos com gêmeos monozigóticos e 
dizigóticos, crianças adotadas e indivíduos 
aparentados.
2
• Influências hereditárias e ambientais sobre a 
inteligência (Silva, 2005)
• Há fortes evidências de influência genética sobre 
inteligência geral (medida por “testes convencionais”), 
bem como sobre habilidades específicas. 
• Estudos revelaram que QI de crs adotadas, separadas 
de suas famílias desde a primeira semana de vida, são 
mais parecidos com os dos parentes biológicos do que 
com os dos adotivos.
• E quanto maior a idade, tanto maior a relação com os 
parentes biológicos. Ou seja, a influência genética é 
ainda mais importante à medida que envelhecemos, 
atingindo uma herdabilidade de 80%.
3
Ex.: QI
Revista: Estudos de Psicologia, 2006, 11 (3)
Artigo: 
“Teoria das inteligências fluida e 
cristalizada: início e evolução”
Autor: Patrícia Waltz Schelini
páginas: 323 à 332
Teoria Psicométrica de Inteligência
Abordagem psicométrica ou fatorial tenta medir as diferenças 
individuais em relação a quantidade de inteligência, onde fatores 
seriam traços ou aptidões mentais componentes da mente 
humana.
Os defensores do fator g seguem a linha conceitual de Spearman 
(1904), que partiu do pressuposto de que toda medida de 
inteligência está relacionada a dois fatores : uma habilidade geral 
(g) e de habilidades específicas.
Dessa forma, os dois fatores estariam sempre presentes na resolução 
de uma situação, sendo o fator g considerado como uma forma de 
energia e uma capacidade básica que favorece o estabelecimento 
de relações e o pensamento abstrato.
Definição de inteligência
Existem algumas definições, mas elas não são totalmente 
satisfatórias
Binet e Simon (1916) conceituavam a inteligência como uma
iniciativa de adaptar-se as circunstâncias, sendo a habilidade
de julgar, compreender e raciocinar bem.
Thurstone (1967) definia a inteligência como resultante de
algumas capacidades mentais primárias, tais
como, memorização, compreensão verbal, indução, entre
outros, que variava entre as pessoas dependendo das
habilidades adquiridas.
Posição contrária a de Spearman
Thurstone e Guilford assumem que a mente
humana é construída por diversas aptidões
distintas e independentes
Thurstone, por exemplo, propôs 7 fatores,
compreensão verbal, fluência verbal, aptidão
numérica, velocidade perceptiva, aptidão
espacial, memória, raciocínio dedução e
indução
Posição conciliatória
Cattell (1942) analisou correlações entre capacidades 
primárias (Thurstone) e fator g (Spearman) e constatou 
existir 2 fatores da inteligência.
Posteriormente, um de seus estudantes (Horn) confirmou 
suas análises e juntos sugeriram que a inteligência se 
subdividia em inteligência fluida (Gf) e em em inteligência 
cristalizada (Gc). 
Sendo Gf uma capacidade mental mais básica, representando 
componentes influenciados biologicamente (semelhante 
ao fator g), 
enquanto Gc, estaria sujeita as influencias culturais e do meio 
ambiente de forma geral,com conhecimentos adquiridos 
pelos sujeitos (semelhante aos fatores específicos).
Posição conciliatória – Cattell e Horn
Inteligência fluida (Gf) e Inteligência cristalizada (Gc):
Sendo Gf uma capacidade mental mais básica, representando 
componentes influenciados biologicamente (semelhante 
ao fator g), 
enquanto Gc, estaria sujeita as influencias culturais e do meio 
ambiente de forma geral,com conhecimentos adquiridos 
pelos sujeitos (semelhante aos fatores específicos).
Avanços no modelo psicométrico da Inteligência
A concepção de inteligência da abordagem psicométrica 
está sustentada na análise fatorial das diferenças 
individuais identificadas nas centenas de testes criados 
para avaliar as habilidades cognitivas. 
O propósito da análise fatorial é identificar subgrupos de 
testes que avaliam uma mesma capacidade cognitiva.
 A lógica é simples. Se dois testes requerem uma mesma 
habilidade cognitiva, então pessoas que tiverem esta 
capacidade desenvolvida tenderão apresentar escores 
mais altos nos dois testes simultaneamente. 
Teoria Psicométrica
Os estudos psicométricos aplicam uma extensa bateria de testes 
cobrindo uma diversidade de capacidades intelectuais e por meio 
da análise fatorial descobrem como estes testes estão 
correlacionados identificando ou agrupando os 
fatores/dimensões/elementos da inteligência.
E daí? Quais são os elementos? O que é inteligência?
Teoria Psicométrica
Carroll (1993): marco histórico nas 
teorias psicométricas
Revisou os principais estudos 
psicométricos dos últimos 60 anos 
(1500 referências)
Refez a análise fatorial de 461 matrizes 
de correlação destes estudos
Apresentou um modelo integrado de 
Três Camadas
Teorias Psicométricas
O modelo de Carroll organizava a inteligência em 3 níveis ou 
camadas:
Camada I = capacidades específicas (fatores de nível de 
domínio e rapidez)
Camada II = capacidades amplas ou gerais (8 fatores)
Camada III = capacidade geral (fator g)
Teorias Psicométricas
O modelo de Carroll foi integrado posteriormente por McGrew 
e Flanagan (1998) na Teoria Cattell-Horn-Carroll (CHC) 
das habilidades cognitivas, organizando a inteligência em 
dez fatores:
Camada I = Fator g
Camada II = 10 Fatores Amplos e
Camada III = + de 70 habilidades específicas 
A Teoria CHC enfatiza a natureza multidimensional da 
inteligência, ao invés da visão unidimensional que dominou 
o início do desenvolvimento de testes psicométricos de 
inteligência (fator g)
Gf Gc Gsm Gv Ga Gs CDSGrwGq Glr
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+ de 70 habilidades específicas
Fator g
Inteligência
Geral
Modelo CHC
Gf - Inteligência Fluida
• Definição Geral:
– Refere-se às operações mentais de raciocínio em 
situações novas minimamente dependente de 
conhecimentos adquiridos.
– Capacidade de resolver problemas novos, relacionar 
idéias, induzir conceitos abstratos, compreender 
implicações, extrapolação e reorganização de 
informações, identificar relações, perceber relações 
em padrões.
– Mais próxima do fator g 
Gc - Inteligência Cristalizada
• Definição Geral:
– Habilidade associada à extensão e profundidade 
dos conhecimentos adquiridos de uma determinada 
cultura e a aplicação efetiva deste conhecimento.
– Habilidade de raciocínio adquirida pelo 
investimento da capacidade geral em experiências 
de aprendizagem.
– Está associada ao conhecimento (conhecimento de 
fatos, idéias, conceitos) e ao conhecimento de 
procedimentos (raciocinar com procedimentos 
aprendidos previamente para transformar o 
conhecimento)
Gq – Conhecimento 
Quantitativo
•Definição Geral:
– Refere-se ao estoque de conhecimentos 
declarativos e de procedimentos quantitativos.
– Habilidade em usar informação quantitativa e 
manipular símbolos numéricos.
– Mais associado ao conhecimento matemático ao 
invés do raciocínio ligado a Gf
Grw – Leitura e Escrita
• Definição Geral:
– Refere-se ao conhecimento adquirido em 
habilidades básicas requeridas na compreensão de 
textos e expressão escrita
– Inclui habilidades elementares (decodificação em 
leitura, ortografia) e complexas (compreensão de 
texto, composição de histórias)
– As vezes é entendida como um subgrupo de Gc
Gsm – Memória de Curto Prazo 
(Imediata)
• Definição Geral:
– Habilidade associada à manutenção de informações 
na consciência por um curto espaço de tempo para 
poder recuperá-las logo em seguida.
– Habilidade também associada à quantidade de 
informação retida após exposição a uma situação 
de aprendizagem (geralmente conteúdos simples)
Exemplo Gsm
1. bicho-pedra
2. índio-fruta-chave
3. sala-dente-chuva-bolsa ....
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Gv – Processamento Visual
• Definição Geral:
– Habilidade de gerar, perceber, armazenar, analisar, 
manipular, transformar imagens visuais.
– Está ligado aos diferentes aspectos do 
processamento imagético (geração, transformação, 
armazenamento e recuperação).
Ga – Processamento Auditivo
• Definição Geral:
– Habilidade associada a percepção, análise e síntese de 
padrões sonoros.
– Ligada à discriminação de padrões sonoros (incluindo a 
linguagem oral) particularmente quando apresentados em 
contextos mais complexos envolvendo distorções
– Ligada a percepção de nuances em estruturas musicais 
complexas.
– Não é a mesma coisa que conhecimento linguístico (Gc) mas 
o afeta pelo efeito “cascata” pois associa-se aos níveis 
básicos do processamento da linguagem (morfologia e 
semântica por ex.)
– Consciência fonológica 
Glr - Habilidade de Armazenamento e 
Recuperação da Memória de Longo Prazo
• Definição Geral:
– Habilidade associada à extensão e fluência que itens de informação ou 
conceitos são recuperados da memória de longo prazo por associação.
– Está ligado ao processo de armazenamento e recuperação posterior por 
associação.
– Gc refere-se à base de conhecimento e Glr refere-se não a isso mas a 
habilidade de recuperar informações desta base.
– Está ligada à Aprendizagem e Criatividade
Gs - Velocidade cognitiva geral
• Definição Geral 
– Relacionada à habilidade de manter a atenção e 
realizar tarefas simples automatizadas rapidamente 
em situações de pressionam o foco da atenção
– Geralmente ligada a situações em que há um 
intervalo fixo e a pessoa precisa executar o maior 
número de tarefas simples possível.
– Está ligada a idéia de que a capacidade de 
processamento é limitada e, portanto, quanto mais 
rápido for o processamento mais recursos de 
processamento sobrarão para processamentos 
adicionais
Gt - Velocidade de Processamento 
Rapidez de decisão 
• Definição Geral 
– Habilidade associada rapidez em reagir ou tomar 
decisões.
– Enquanto Gs refere-se a habilidade de trabalhar 
rapidamente por um tempo mais longo 
(sustentabilidade) Gt refere-se a reação rápida a um 
problema envolvendo processamento e decisão 
(imediaticidade)
Teste rápido:
• 1) Qual fator da Teoria CHC utilizamos quando 
vamos ao caixa eletrônico e digitamos nossa 
senha?
• R. Capacidade de Armazenamento e Recuperação 
da Memória de Longo Prazo (Glr).
• 2) Quando ouvimos uma música, qual fator da 
Teoria CHC é necessário para compreendermos 
sua estrutura?
• R. Processamento auditivo (Ga).
Inteligência emocional
• best seller de Daniel Goleman (1995): 
Quociente Emocional (QE)
• capacidade para "monitorizar as suas próprias 
emoções e as dos outros”;
• discriminar entre os diferentes tipos de 
emoções e;
• usar as informações sobre as diferentes 
emoções com o objetivo de controlar e 
orientar o seu próprio pensamento e as suas 
ações.
Inteligência emocional
• No entanto, Primi, informa que este conceito 
foi criado por Peter Salovey, John Mayer e 
David Caruso (Salovey & Mayer, 1990; Mayer 
& Salovey, 1999). 
• A concepção divulgada por Goleman difere da 
concepção original desses autores incluindo 
aspetos muito mais amplos do que 
originalmente foi proposto como inteligência
emocional. 
Inteligência emocional
• Além disso, algumas afirmações como a que 
diz que o a inteligência emocional é mais 
importante do que a inteligência 
tradicionalmente medida pelos testes 
psicométricos não é verdadeira.
• Os próprios autores questionam esta 
afirmação de Goleman dizendo que não há 
evidência documentada apoiando-a (Mayer, 
2001).
Inteligência emocional
• a inteligência emocional pode ser definida 
como uma capacidade geral de adaptação. As 
emoções estão envolvidas na adaptação a um 
conjunto de situações fundamentais ligadas à 
sobrevivência do organismo. As emoções 
estão também ligadas às estruturas 
evolutivamente mais primitivas e não 
precisam da intervenção da consciência para 
ocorrer. 
Inteligência emocional
• Tanto inteligência como emoção são funções 
adaptativas do organismo associadas a 
comportamentos do cérebro que auxiliam o 
organismo a se adaptar ao meio 
(processamento de informações). 
• Emoção (fisiologia)=informação
Inteligência emocional
• Talvez a principal diferença entre emoção e 
cognição é que as emoções constituem em 
uma inteligência cristalizada pré-programada 
no cérebro para tratar de problema 
existenciais fundamentais. 
• Entretanto estes programas têm uma relativa 
flexibilidade e interagem com capacidades 
superiores de raciocínio mais flexíveis e 
abertas às influências ambientais.
Próxima aula:
Leitura Obrigatória (L.O.): ANGELINI, A. L.; ALVES, I. C;. B.; 
CUSTÓDIO, E. M.; DUARTE, W. F.; DUARTE, J. L. M., . 
Manual Matrizes Progressivas Coloridas de Raven. São 
Paulo: CENTRO EDITOR DE Testes e Pesquisas em 
Psicologia. 1999. p.3-10.
Comparecer na sala de TEAP p\ leitura
Leitura Complementar (L.C.): BANDEIRA, D R; ALVES, ICB; 
GIACOMEL, A E., e LORENZATTO, L. Matrizes progressivas 
coloridas de Raven - escala especial: normas para Porto 
Alegre, RS. Psicol. estud. [online]. 2004, vol.9, n.3, pp. 479-
486. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n3/v9n3a15.pdf .

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