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Aula 7. CALCIFICAÇÕES E CONCREÇÕES

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 PATOLOGIA GERAL
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DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL
CÁLCIO – muito importante, desempenha papel relevante, pode causar distúrbios significativos;
Está presente no plasma: iônica (Ca++) e ligado às proteínas plasmáticas;
É necessário para: 
a contração do músculo cardíaco e esquelético,
coagulação sanguínea,
transmissão nervosa,
funções endoteliais dos capilares,
atividade da medula óssea,
mineralização dos ossos.
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DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL
Níveis satisfatórios de cálcio são mantidos pela atividade do hormônio paratireoideano (paratormônio) = estimulando a reabsorção óssea (retirada de cálcio dos ossos). 
Os distúrbios do metabolismo do cálcio mais importantes:
CALCIFICAÇÃO (MINERALIZAÇÃO) PATOLÓGICA 
OSSIFICAÇÃO PATOLÓGICA
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CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA
É a deposição de sais (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) de cálcio nos tecidos frouxos = enrijecimento. 
MINERALIZAÇÃO PATOLÓGICA (qualquer outro mineral)
MACRO: lesão esbranquiçada, consistência arenosa ou pétrea, constatação do “ranger da faca” ao corte (necropsia ou na inspeção da carcaça em frigoríficos)
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CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA
MICRO: depósitos amorfos ou granulares negro-azulados (borrões de tinta) 
HE: coloração intensamente basofílica e invariavelmente de aspecto amorfo
Coloração diferencial: Von Kossa (cálcio depositado apresenta cor negra)
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CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS
DISTRÓFICA
METASTÁTICA
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CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS
DISTRÓFICA
METASTÁTICA
Ocorre onde sais de cálcio e outros minerais são depositados nas células em degeneração/tecidos pré-lesados. 
Ocorre quando os sais são depositados nos tecidos normais na presença de hipercalcemia. 
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CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
Ocorre em tecidos previamente lesados (degeneração, desnaturação de proteínas, necrose, cicatrizes e hemorragias), onde há liberação de radicais ácidos.
Ocorre, em geral, com níveis normais de cálcio sanguíneo.
Presente em certas lesões crônicas que causam destruição tecidual:
TUBERCULOSE,
NÓDULOS PARASITÁRIOS,
HISTOPLASMOSE,
LINFADENITE CASEOSA,... 
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Patogenia da Calcificação Distrófica
 
Aumento da alcalinidade local – 
tecidos degenerados ou necróticos provocam diminuição da solubilidade do Carbonato de Cálcio (menos solúvel precipita-se facilmente nos tecidos). 
Aumento da Fosfatase Alcalina – 
comumente observada nos processos normais de calcificação. 
Nos tecidos lesados a sua liberação é aumentada = facilitando a formação de Fosfato de Cálcio. 
Presença de proteínas extracelulares – 
Proteínas (colágeno) possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de calcificação. 
Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar mais livres para associação com o cálcio = estimulando a deposição do cálcio, sobre a matriz protéica.
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Exemplos frequentes de ocorrência da Calcificação Distrófica
Necrose isquêmica 
Necrose caseosa
Inflamação e aderência de Serosas: Pleura, peritônio e pericárdio 
Endotélio vascular: aneurismas verminóticos e placas ateromatosas 
Em células mortas e descamadas dos Túbulos Renais 
Válvulas cardíacas no curso de endocardites valvulares 
Em tumores 
Processos inflamatórios crônicos granulomatosos: Tuberculose, Actinomicose e Botriomicose 
Nódulos parasitários intestinais: bovinos, ovinos e caprinos 
Núcleo pulposo do disco intervertebral de cães (principalmente na raça Basset) 
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Calcificação distrófica – mesentério de bovino - actinomicose
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Calcificação distrófica – tuberculose aviária
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Calcificação distrófica – cisticercose bovina
Passagem do parasita pelo fígado
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Calcificações distróficas em artérias
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Consequências da Calcificação Distrófica
Dependentes do local e da intensidade do processo: 
Na válvula cardíaca produz a rigidez da mesma 
Na arteriosclerose predispõe à trombose 
Focos de calcificação no músculo após injeções oleosas superficiais
Focos calcificados nos músculos na Cisticercose bovina 
Depósito calcário nos tecidos provoca reação inflamatória discreta 
É “benéfica” nos focos de necrose na Tuberculose Humana e nos Nódulos Parasitários Intestinais
A calcificação patológica é Irreversível !
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CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA
“Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia”. 
Deposição de cálcio nos tecidos normais, sempre que houver Hipercalcemia. 
Ocorrência: em qualquer local do corpo, mas com predileção por: 
Válvula aórtica na sua túnica média 
Coração no interstício muscular 
Rins no epitélio tubular e interstício renal (raro no glomérulo) 
Pulmão na parede dos alvéolos 
Mucosa gástrica na túnica própria e membrana basal das glândulas
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ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
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Calcificação metastática
Hiperplasia de paratireoide em gato
Hiperparatireoidismo primário
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Hiperparatireoidismo secundário renal
Osso compacto - osteólise
Paratireoides - hiperplasia 
Rim - nefrose 
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Hiperparatireoidismo secundário renal
Mineralização da mucosa gástrica / Calcificação Metastática 
Coloração: Von Kossa
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Calcificação Metastática do Ureter - Toxicose por Vitamina D
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Intoxicação por Plantas Hipercalcêmicas
Solanum malacoxylum 
Cestrum diurnum 
Trisetum 
Patogenia: Ação semelhante a da Vitamina D 
Mato Grosso Goiano, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul 
Nomenclatura: Espichamento 
Lesões Calcificantes: 
Pulmão, 
artéria aorta, 
ligamento e tendões 
Emagrecimento progressivo + claudicação + rigidez do membros 
Animal de andar “envarado”
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OSSIFICAÇÃO PATOLÓGICA
É a formação heteroplástica de osso, pela metaplasia do tecido conjuntivo.
Ocorre á partir de uma LESÃO CALCIFICADA (tecido de granulação: onde os fibroblastos diferenciam-se em células osteoprogenitoras capazes de dar origem ao tecido osteoide)
Surgindo verdadeiras estruturas ósseas em locais impróprios do organismo:
Músculos abdominais de suínos,
Cartilagens laterais nas falanges de cavalos de tração,
Tendões dos membros pélvicos de perus,
Cartilagem da traqueia e laringe,
Septos interalveolares do pulmão,
Parede da aorta dos bovinos. 
CONSEQUÊNCIA
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CONCREÇÕES
São estruturas sólidas de consistência e forma variáveis
Encontradas em órgãos cavitários e ductos de glândulas
São oriundas de material diversificado (pelos, fibras vegetais, fosfatos, carbonatos, oxalatos, pigmentos e outros) que pode ser produto do metabolismo (cálculos), ou ser formado fora do organismo, e quando ingerido em quantidades suficientes, formam massas sólidas = corpo estranho 
COPRÓLITOS – restos alimentares, ossos e fezes ressecadas
PILOCONCREÇÕES – pelos
FITOCONCREÇÕES – fibras vegetais 
CONSEQUENCIAS: achado de necropsia/abatedouro
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COPRÓLITOS
FECALOMAS
Estruturas cilíndricas, 
Consistência firme, 
Coloração acinzentada ou pardacenta,
Odor repugnante
Observados no intestino grosso de cães e gatos 
Consequências: constipação, obstrução, etc. 
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PILOCONCREÇÕES
BENZOÁRES
Estruturas esferoidais
Formadas por pelos ingeridos pelo animal 
Encontrados nos pré-estômagos de ruminantes e estômago de suínos, equídeos e cães 
Massas de variados tamanhos e eriçadas
Crença popular: servem como benzoares (feitiço, mal olhado) 
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FITOCONCREÇÕES
BENZOÁRES, FITOTRICOS BENZOARES
Estruturas esferoidais
Formadas por fibras vegetais e restos alimentares = aglutinam durante os movimentos giratórios dos pré-estômagos e intestino grosso de equídeos 
Semelhantes às piloconcreções, porém mais pesados, consistência mole e coloração esverdeada 
Variados tamanhos
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CÁLCULOS
PEDRA = LITHOS
Concreções formadas de substâncias oriundas do próprio organismo (resultante do metabolismo proteico, lipídico e mineral)
Encontradas em órgãos cavitários (bexiga, vesícula biliar), ductos excretores de glândulas, vias excretoras urinárias e biliares e tubo intestinal
FORMAÇÃO: presença de um núcleo constituído de fibrina, muco, restos celulares e colônias de bactérias = cálculos crescem 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: silicatos, fosfatos, carbonatos, oxalatos, amônia, magnésio, uratos, xantina, cistina, colesterol, pigmentos, cálcio,...
 
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CÁLCULOS
ETIOLOGIA:
PROCESSO INFLAMATÓRIO DO ÓRGÃO (nefrite, cistite, enterite) = liberam elementos que constitui o núcleo do cálculo (restos celulares, fibrina) + precipitação dos minerais (depende do meio e condições favoráveis, ex.: caninos têm urina ácida = cálculos com oxalato de cálcio, uratos de sódio e amônia)
INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA A (descamação de epitélios = metaplasia)
RETENÇÃO DA SECREÇÃO 
ALGUNS MEDICAMENTOS (sulfonamidas = uso prolongado)
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CÁLCULOS
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Cálculos Renal com cristais de oxalato de cálcio - Microscopia

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