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* * PATOLOGIA GERAL * * DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL CÁLCIO – muito importante, desempenha papel relevante, pode causar distúrbios significativos; Está presente no plasma: iônica (Ca++) e ligado às proteínas plasmáticas; É necessário para: a contração do músculo cardíaco e esquelético, coagulação sanguínea, transmissão nervosa, funções endoteliais dos capilares, atividade da medula óssea, mineralização dos ossos. * * DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL Níveis satisfatórios de cálcio são mantidos pela atividade do hormônio paratireoideano (paratormônio) = estimulando a reabsorção óssea (retirada de cálcio dos ossos). Os distúrbios do metabolismo do cálcio mais importantes: CALCIFICAÇÃO (MINERALIZAÇÃO) PATOLÓGICA OSSIFICAÇÃO PATOLÓGICA * * CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA É a deposição de sais (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) de cálcio nos tecidos frouxos = enrijecimento. MINERALIZAÇÃO PATOLÓGICA (qualquer outro mineral) MACRO: lesão esbranquiçada, consistência arenosa ou pétrea, constatação do “ranger da faca” ao corte (necropsia ou na inspeção da carcaça em frigoríficos) * * CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA MICRO: depósitos amorfos ou granulares negro-azulados (borrões de tinta) HE: coloração intensamente basofílica e invariavelmente de aspecto amorfo Coloração diferencial: Von Kossa (cálcio depositado apresenta cor negra) * * CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS DISTRÓFICA METASTÁTICA * * CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS DISTRÓFICA METASTÁTICA Ocorre onde sais de cálcio e outros minerais são depositados nas células em degeneração/tecidos pré-lesados. Ocorre quando os sais são depositados nos tecidos normais na presença de hipercalcemia. * * CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Ocorre em tecidos previamente lesados (degeneração, desnaturação de proteínas, necrose, cicatrizes e hemorragias), onde há liberação de radicais ácidos. Ocorre, em geral, com níveis normais de cálcio sanguíneo. Presente em certas lesões crônicas que causam destruição tecidual: TUBERCULOSE, NÓDULOS PARASITÁRIOS, HISTOPLASMOSE, LINFADENITE CASEOSA,... * * Patogenia da Calcificação Distrófica Aumento da alcalinidade local – tecidos degenerados ou necróticos provocam diminuição da solubilidade do Carbonato de Cálcio (menos solúvel precipita-se facilmente nos tecidos). Aumento da Fosfatase Alcalina – comumente observada nos processos normais de calcificação. Nos tecidos lesados a sua liberação é aumentada = facilitando a formação de Fosfato de Cálcio. Presença de proteínas extracelulares – Proteínas (colágeno) possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de calcificação. Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar mais livres para associação com o cálcio = estimulando a deposição do cálcio, sobre a matriz protéica. * * Exemplos frequentes de ocorrência da Calcificação Distrófica Necrose isquêmica Necrose caseosa Inflamação e aderência de Serosas: Pleura, peritônio e pericárdio Endotélio vascular: aneurismas verminóticos e placas ateromatosas Em células mortas e descamadas dos Túbulos Renais Válvulas cardíacas no curso de endocardites valvulares Em tumores Processos inflamatórios crônicos granulomatosos: Tuberculose, Actinomicose e Botriomicose Nódulos parasitários intestinais: bovinos, ovinos e caprinos Núcleo pulposo do disco intervertebral de cães (principalmente na raça Basset) * * Calcificação distrófica – mesentério de bovino - actinomicose * * Calcificação distrófica – tuberculose aviária * * Calcificação distrófica – cisticercose bovina Passagem do parasita pelo fígado * * Calcificações distróficas em artérias * * Consequências da Calcificação Distrófica Dependentes do local e da intensidade do processo: Na válvula cardíaca produz a rigidez da mesma Na arteriosclerose predispõe à trombose Focos de calcificação no músculo após injeções oleosas superficiais Focos calcificados nos músculos na Cisticercose bovina Depósito calcário nos tecidos provoca reação inflamatória discreta É “benéfica” nos focos de necrose na Tuberculose Humana e nos Nódulos Parasitários Intestinais A calcificação patológica é Irreversível ! * * CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA “Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia”. Deposição de cálcio nos tecidos normais, sempre que houver Hipercalcemia. Ocorrência: em qualquer local do corpo, mas com predileção por: Válvula aórtica na sua túnica média Coração no interstício muscular Rins no epitélio tubular e interstício renal (raro no glomérulo) Pulmão na parede dos alvéolos Mucosa gástrica na túnica própria e membrana basal das glândulas * * ETIOLOGIA E PATOGÊNESE * * Calcificação metastática Hiperplasia de paratireoide em gato Hiperparatireoidismo primário * * Hiperparatireoidismo secundário renal Osso compacto - osteólise Paratireoides - hiperplasia Rim - nefrose * * Hiperparatireoidismo secundário renal Mineralização da mucosa gástrica / Calcificação Metastática Coloração: Von Kossa * * Calcificação Metastática do Ureter - Toxicose por Vitamina D * * Intoxicação por Plantas Hipercalcêmicas Solanum malacoxylum Cestrum diurnum Trisetum Patogenia: Ação semelhante a da Vitamina D Mato Grosso Goiano, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul Nomenclatura: Espichamento Lesões Calcificantes: Pulmão, artéria aorta, ligamento e tendões Emagrecimento progressivo + claudicação + rigidez do membros Animal de andar “envarado” * * OSSIFICAÇÃO PATOLÓGICA É a formação heteroplástica de osso, pela metaplasia do tecido conjuntivo. Ocorre á partir de uma LESÃO CALCIFICADA (tecido de granulação: onde os fibroblastos diferenciam-se em células osteoprogenitoras capazes de dar origem ao tecido osteoide) Surgindo verdadeiras estruturas ósseas em locais impróprios do organismo: Músculos abdominais de suínos, Cartilagens laterais nas falanges de cavalos de tração, Tendões dos membros pélvicos de perus, Cartilagem da traqueia e laringe, Septos interalveolares do pulmão, Parede da aorta dos bovinos. CONSEQUÊNCIA * * CONCREÇÕES São estruturas sólidas de consistência e forma variáveis Encontradas em órgãos cavitários e ductos de glândulas São oriundas de material diversificado (pelos, fibras vegetais, fosfatos, carbonatos, oxalatos, pigmentos e outros) que pode ser produto do metabolismo (cálculos), ou ser formado fora do organismo, e quando ingerido em quantidades suficientes, formam massas sólidas = corpo estranho COPRÓLITOS – restos alimentares, ossos e fezes ressecadas PILOCONCREÇÕES – pelos FITOCONCREÇÕES – fibras vegetais CONSEQUENCIAS: achado de necropsia/abatedouro * * COPRÓLITOS FECALOMAS Estruturas cilíndricas, Consistência firme, Coloração acinzentada ou pardacenta, Odor repugnante Observados no intestino grosso de cães e gatos Consequências: constipação, obstrução, etc. * * PILOCONCREÇÕES BENZOÁRES Estruturas esferoidais Formadas por pelos ingeridos pelo animal Encontrados nos pré-estômagos de ruminantes e estômago de suínos, equídeos e cães Massas de variados tamanhos e eriçadas Crença popular: servem como benzoares (feitiço, mal olhado) * * FITOCONCREÇÕES BENZOÁRES, FITOTRICOS BENZOARES Estruturas esferoidais Formadas por fibras vegetais e restos alimentares = aglutinam durante os movimentos giratórios dos pré-estômagos e intestino grosso de equídeos Semelhantes às piloconcreções, porém mais pesados, consistência mole e coloração esverdeada Variados tamanhos * * CÁLCULOS PEDRA = LITHOS Concreções formadas de substâncias oriundas do próprio organismo (resultante do metabolismo proteico, lipídico e mineral) Encontradas em órgãos cavitários (bexiga, vesícula biliar), ductos excretores de glândulas, vias excretoras urinárias e biliares e tubo intestinal FORMAÇÃO: presença de um núcleo constituído de fibrina, muco, restos celulares e colônias de bactérias = cálculos crescem COMPOSIÇÃO QUÍMICA: silicatos, fosfatos, carbonatos, oxalatos, amônia, magnésio, uratos, xantina, cistina, colesterol, pigmentos, cálcio,... * * CÁLCULOS ETIOLOGIA: PROCESSO INFLAMATÓRIO DO ÓRGÃO (nefrite, cistite, enterite) = liberam elementos que constitui o núcleo do cálculo (restos celulares, fibrina) + precipitação dos minerais (depende do meio e condições favoráveis, ex.: caninos têm urina ácida = cálculos com oxalato de cálcio, uratos de sódio e amônia) INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA A (descamação de epitélios = metaplasia) RETENÇÃO DA SECREÇÃO ALGUNS MEDICAMENTOS (sulfonamidas = uso prolongado) * * CÁLCULOS * * * * Cálculos Renal com cristais de oxalato de cálcio - Microscopia
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