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1 Medir (slide 2/30) Medições no dia-a-dia Potência da lâmpada Temperatura da geladeira Volume de leite Tempo de cozimento Velocidade do automóvel Pressão dos pneus Volume de combustível Quantidade de arroz Consumo de energia Tamanho do peixe Dimensões das peças Rotação do motor Horário do despertador Comprimento da calça (slide 3/30) Importância de medir "O conhecimento amplo e satisfatório sobre um processo ou fenômeno somente existirá quando for possível medi-lo e expressá-lo através de números". Lord Kelvin, 1883 (slide 4/30) Exemplo de medição 1 0 1 2 3 4 2,4 unidades mensurando instrumento de medição indicação unidade (slide 5/30) Exemplo de medição 2 tensão do gerador: 5,305 V constante do sistema de medição: 15,080 (km/h)/V velocidade: 5,305 V . 15,080 (km/h)/V = 80,0 km/h 1.2 O que é medir? (slide 7/30) O que é medir? Medir é o procedimento experimental através do qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente. (slide 8/30) Algumas definições Mensurando é o objeto da medição. É a grandeza específica submetida a medição. Indicação é o valor de uma grandeza fornecido por um sistema de medição. Indicação direta é o número mostrado pelo sistema de medição. A indicação direta pode ou não ser apresentada na unidade do mensurando. (slide 9/30) tensão do gerador: 5,305 V constante do sistema de medição: 15,080 (km/h)/V velocidade: 5,305 V . 15,080 (km/h)/V = 80,0 km/h indicação direta indicação mensurando 1.3 Medir para que? (slide 11/30) Medir para que? Monitorar Observar passivamente grandezas Controlar Observar, comparar e agir para manter dentro das especificações. Investigar Descobrir o novo, explicar, formular. (slide 12/30) Medir para monitorar... Compra e venda de produtos e serviços: consumo de água, energia elétrica, taxímetro, combustíveis, etc. Sinais vitais: pressão arterial, temperatura, nível de colesterol Atividades desportivas: desempenho, recordes (slide 13/30) Medir para monitorar... (slide 14/30) Medir para controlar... Medir Comparar Especificações xxxx ± xx yyyy ± yy zzz ± z Agir (slide 15/30) Medir para controlar... Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 1 - (slide 16/30) pressão altitude temperatura rota velocidade Medir para controlar... (slide 17/30) Medir para investigar... (slide 18/30) Medir para investigar... Pequenas diferenças nas medidas podem levar a conclusões completamente diferentes. (slide 19/30) Medir para investigar... Compreender Descobertas científicas, estudar fenômenos Dominar Validar, know-how Evoluir Melhorar continuamente, expandir limites Inovar (slide 20/30) Idéia invento oportunidade pesquisa aplicada processos fabricação ensaios prototipagem desenvolvimento produçãodesign plano produção CQ marketing patenteamento certificação Produto Serviço Inovador pesquisa aplicada processos fabricação ensaios prototipagem desenvolvimento produção plano produção CQ certificação Onde tem metrologia? Elementos da inovação tecnológica 1.4 Errar é inevitável (slide 22/30) Medições geram erros Sistema de medição m e n s u ra n d o indicação imperfeições do sistema de medição má definição do mensurando condições ambientais influência do operador ± ERROS procedimento de medição 1.5 O processo de medição (slide 24/30) Processo de medição resultado da medição definição do mensurando procedimento de medição condições ambientais sistema de medição operador 1.6 O resultado da medição (slide 26/30) Resultado da medição Sistema de medição m e n s u ra n d o indicação RB +IM-IM VV (slide 27/30) Resultado da medição É a faixa de valores dentro da qual deve se situar o valor verdadeiro do mensurando. Resultado base é a estimativa do valor do mensurando que, acredita-se, mais se aproxime do seu valor verdadeiro. Incerteza da medição é o tamanho da faixa simétrica, e centrada em torno do resultado base, que delimita a faixa onde se situam as dúvidas associadas à medição. RM = (RB ± IM) unidade (slide 28/30) Pilares da Metrologia H o n e s ti d a d e C o n h e c im e n to B o m -s e n s o 1.7 A linguagem da metrologia (slide 30/30) A linguagem da metrologia Até 1995: “Torre de Babel” Em 10 de Março de 1995: Portaria INMETRO n° 029 “Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia” (VIM) Em sintonia com: ISO, BIPM, IEC, IFCC, IUPAC, IUPAP 2 Unidades de Medida e o Sistema Internacional (slide 32/48) Medir Medir é o procedimento experimental através do qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente. 2.1 Um pouco de história das unidades de medida... (slide 34/48) Um pouco de história... O desenvolvimento da linguagem ... A necessidade de contar ... Só os números não bastam ... Unidades baseadas na anatomia ... (slide 35/48) O cúbito do Faraó (slide 36/48) O pé médio da idade média (slide 37/48) Um pouco de história... O desenvolvimento da linguagem ... A necessidade de contar ... Só os números não bastam ... Unidades baseadas na anatomia ... O papel do Faraó e do Rei ... A busca por referências estáveis ... Finalmente, em 1960, a unificação ... 2.2 Por que um único sistema de unidades? (slide 39/48) Importância do SI Clareza de entendimentos internacionais (técnica, científica) ... Transações comerciais ... Garantia de coerência ao longo dos anos ... Coerência entre unidades simplificam equações da física ... 2.3.1 As sete unidades de base (slide 41/48) As sete unidades de base Grandeza unidade símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampere A Temperatura kelvin K Intensidade luminosa candela cd Quantidade de matéria mol mol (slide 42/48) O metro 1793: décima milionésima parte do quadrante do meridiano terrestre 1889: padrão de traços em barra de platina iridiada depositada no BIPM 1960: comprimento de onda da raia alaranjada do criptônio 1983: definição atual (slide 43/48) O metro (m) É o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo Observações: assume valor exato para a velocidade da luz no vácuo depende da definição do segundo incerteza atual de reprodução: 10-12 m (slide 44/48) Comparações ... Se o mundo fosse ampliado de forma que 10-12 m se tornasse 1 mm: um glóbulo vermelho teria cerca de 7 km de diâmetro. o diâmetro de um fio de cabelo seria da ordem de 50 km. A espessura de uma folha de papel seria algo entre 100 e 140 km. Um fio de barba cresceria 2 m/s. (slide 45/48) O segundo (s) é a duração de 9 192 631 770 períodosda radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio 133. Observações: Incerteza atual de reprodução: 10-15 s (slide 46/48) Comparações ... Se a velocidade com que o tempo passa pudesse ser desacelerada de tal forma que 10-15 s se tornasse 1 s: um avião a jato levaria pouco mais de 120 anos para percorrer 1 mm. o tempo em que uma lâmpada de flash ficaria acesa seria da ordem de 30 anos. uma turbina de dentista levaria cerca de 60 anos para completar apenas uma rotação. um ser humano levaria cerca de 600 séculos para piscar o olho. (slide 47/48) O quilograma (kg) é igual à massa do protótipo internacional do quilograma. incerteza atual de reprodução: 2.10-9 g busca-se uma melhor definição ... (slide 48/48) Comparações ... Se as massas das coisas que nos cercam pudesem ser intensificadas de forma que 2.10-9 g se tornasse 1 g: uma molécula d’água teria 6.10-16 g um vírus 5.10-10 g uma célula humana 2 mg um mosquito 3 kg uma moeda de R$ 0,01 teria 4 t a quantidade de álcool em um drinque seria de 12 t (slide 49/48) O ampere (A) é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida em dois condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de seção circular desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo, produz entre estes condutores uma força igual a 2 . 10-7 newton por metro de comprimento. incerteza atual de reprodução: 9.10-8 A (slide 50/48) O kelvin (K) O kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água. (slide 51/48) A candela (cd) é a intensidade luminosa, numa dada direção, de uma fonte que emite uma radiação monocromática de freqüência 540 . 1012 hertz e cuja intensidade energética nesta direção é de 1/683 watt por esterradiano. incerteza atual de reprodução: 10-4 cd (slide 52/48) O mol (mol) é a quantidade de matéria de um sistema contendo tantas entidades elementares quantos átomos existem em 0,012 quilograma de carbono 12. incerteza atual de reprodução: 2 . 10-9 mol Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 2 - (slide 53/48) 2.3.2 As unidades suplementares (slide 55/48) C O radiano (rad) É o ângulo central que subtende um arco de círculo de comprimento igual ao do respectivo raio. R 1 rad C = R (slide 56/48) Ângulo Sólido R A = A/R2 (slide 57/48) O esterradiano (sr) É o ângulo sólido que tendo vértice no centro de uma esfera, subtende na superfície uma área igual ao quadrado do raio da esfera. São exemplos de ângulo sólido: o vértice de um cone e o facho de luz de uma lanterna acesa.) 2.3.3 As unidades derivadas (slide 59/48) Unidades derivadas Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo área volume velocidade aceleração velocidade angular aceleração angular massa específica intensidade de campo magnético densidade de corrente concentração de substância luminância metro quadrado metro cúbico metro por segundo metro por segundo ao quadrado radiano por segundo radiano por segundo ao quadrado quilogramas por metro cúbico ampère por metro ampère por metro cúbico mol por metro cúbico candela por metro quadrado m2 m3 m/s m/s2 rad/s rad/s2 kg/m3 A/m A/m3 mol/m3 cd/m2 (slide 60/48) Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo Em unidades do SI Em termos das unidades base freqüência força pressão, tensão energia, trabalho, quantidade de calor potência e fluxo radiante carga elétrica, quantidade de eletricidade diferença de potencial elétrico, tensão elétrica, força eletromotiva capacitância elétrica resistência elétrica condutância elétrica fluxo magnético indução magnética, densidade de fluxo magnético indutância fluxo luminoso iluminamento ou aclaramento atividade (de radionuclídeo) dose absorvida, energia específica dose equivalente hertz newton pascal joule watt coulomb volt farad ohm siemens weber tesla henry lumen lux becquerel gray siervet Hz N Pa J W C V F S Wb T H lm lx Bq Gy Sv N/m2 N . m J/s W/A C/V V/A A/V V . S Wb/m2 Wb/A cd/sr lm/m2 J/kg J/kg s-1 m . kg . s-2 m-1 . kg . s-2 m2 . kg . s-2 m2 . kg . s-3 s . A m2 . kg . s-3 . A-1 m-2 . kg-1 . s4 . A2 m2 . kg . s-3 . A-2 m-2 . kg-1 . s3 . A2 m2 . kg . s-2 . A-1 kg . s-2 . A-1 m2 . kg . s-2 . A-2 cd cd . m-2 s-1 m2 . s-2 m2 . s-2 2.3.3 Múltiplos e submúltiplos (slide 62/48) Múltiplos e submúltiplos Fator Nome do prefixo Símbolo Fator Nome do prefixo Símbolo 1024 1021 1018 1015 1012 109 106 103 102 101 yotta zetta exa peta tera giga mega quilo hecto deca Y Z E P T G M k h da 10-1 10-2 10-3 10-6 10-9 10-12 10-15 10-18 10-21 10-24 deci centi mili micro nano pico femto atto zepto yocto d c m n p f a z y 2.3.4 Unidades em uso e unidades aceitas em áreas específicas (slide 64/48) Unidades em uso com o SI Grandeza Unidade Símbolo Valor nas unidades do SI tempo ângulo volume massa pressão temperatura minuto hora dia grau minuto segundo litro tonelada bar grau Celsius min h d ° ' " l, L t bar °C 1 min = 60 s 1 h = 60 min = 3600 s 1 d = 24 h 1° = (/180) 1' = (1/60)° = (/10 800) rad 1" = (1/60)' = (/648 000) rad 1 L = 1 dm3 = 10-3 m3 1 t = 103 kg 1 bar = 105 Pa °C = K - 273,16 (slide 65/48) Unidades temporariamente em uso Grandeza Unidade Símbolo Valor nas unidades do SI comprimento velocidade massa densidade linear tensão de sistema óptico pressão no corpo humano área área comprimento seção transversal milha náutica nó carat tex dioptre milímetros de mercúrio are hectare ângstrom barn tex mmHg a há Å b 1 milha náutica = 1852 m 1 nó = 1 milha náutica por hora = (1852/3600) m/s 1 carat = 2 . 10-4 kg = 200 mg 1 tex = 10-6 kg/m = 1 mg/m 1 dioptre = 1 m-1 1 mm Hg = 133 322 Pa 1 a = 100 m2 1 ha = 104 m2 1 Å = 0,1 nm = 10-10 m 1 b = 10-28 m2 2.4 A grafia correta (slide 67/48) Grafia dos nomes das unidades Quando escritos por extenso, os nomes de unidades começam por letra minúscula, mesmo quando têm o nome de um cientista (por exemplo, ampere, kelvin, newton,etc.), exceto o grau Celsius. A respectiva unidade pode ser escrita por extenso ou representada pelo seu símbolo, não sendo admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes expressas por símbolo. (slide 68/48) O plural Quando pronunciado e escrito por extenso, o nome da unidade vai para o plural (5 newtons; 150 metros; 1,2 metros quadrados; 10 segundos). Os símbolos das unidades nunca vão para o plural ( 5N; 150 m; 1,2 m2; 10 s). (slide 69/48) Os símbolos das unidades Os símbolos são invariáveis, não sendo admitido colocar, após o símbolo, seja ponto de abreviatura, seja "s" de plural, sejam sinais, letras ou índices. Multiplicação: pode ser formada pela justaposição dos símbolos se não causar anbigüidade (VA, kWh) ou colocando um ponto ou “x” entre os símbolos (m.N oum x N) Divisão: são aceitas qualquer das três maneiras exemplificadas a seguir: W/(sr.m2) W.sr-1.m-2 W sr.m2 (slide 70/48) Grafia dos números e símbolos Em português o separador decimal deve ser a vírgula. Os algarismos que compõem as partes inteira ou decimal podem opcionalmente ser separados em grupos de três por espaços, mas nunca por pontos. O espaço entre o número e o símbolo é opcional. Deve ser omitido quando há possibilidade de fraude. (slide 71/48) Alguns enganos Errado Km, Kg a grama 2 hs 15 seg 80 KM/H 250°K um Newton Correto km, kg m o grama 2 h 15 s 80 km/h 250 K um newton 3 Análise Dimensional Análise Dimensional Lembre-se que uma grandeza física inclui sempre um número e uma unidade. Ex: 10 m. A unidade nos informa o padrão usado na medida. O número compara a quantidade medida com o padrão. Mas que dimensão está sendo medida? Análise Dimensional Mas que dimensão está sendo medida? Comprimento (L), tempo (T) e massa (M) são dimensões. Exemplo: a distância (d) entre dois objetos tem a dimensão de comprimento (L) [d] = L Exemplo: a área (A) tem a dimensão de quadrado de comprimento (L) [A] = L2 Análise Dimensional Mas que dimensão está sendo medida? Comprimento (L), tempo (T) e massa (M) são dimensões. Exemplo: a velocidade (V) tem dimensão de comprimento (L) dividido por dimensão de tempo (T) [V] = L/T Análise Dimensional Somar ou subtrair duas grandezas físicas só faz sentido se as grandezas possuem as mesmas dimensões. A = B + C B = 10 m C = 5 km A = ??? Não podemos somar 2 segundos (dimensão de tempo) com 3 metros (dimensão de comprimento) Não podemos somar 2 metros (dimensão de comprimento) com 3 quilômetros (dimensão de comprimento), pois estão expressas em unidades diferentes. Análise Dimensional A análise dimensional pode ser usada também para conferir, por exemplo, se estamos utilizando a equação correta. Exemplo: Área do círculo A = 2π r Análise dimensional r = raio em metro = m = L Logo: [A] = L A equação usada está errada, pois área tem dimensão de L2 Análise Dimensional A análise dimensional pode ser usada também para conferir, por exemplo, se estamos utilizando a equação correta. Exemplo: Área do círculo A = 2π r Análise dimensional r = raio em metro = m = L Logo: [A] = L A equação usada está errada, pois área tem dimensão de L2 Fórmula correta é A = π r2 onde [A]=L2 Análise Dimensional Exemplos: Velocidade: Aceleração: Força: 𝑣 = ∆𝑑 ∆𝑡 = 𝐿 𝑇 = 𝑀0𝐿𝑇−1 = 𝐿𝑇−1 𝑎 = ∆𝑣 ∆𝑡 = 𝑀0𝐿𝑇−1 𝑇 = 𝑀0𝐿𝑇−2 = 𝐿𝑇−2 𝐹 = 𝑚𝑎 = 𝑀𝐿𝑇−2 Análise Dimensional Exercícios: Sabe-se que o trabalho realizado por um corpo pode ser calculado multiplicando a força que o corpo realiza pela distância percorrida durante a realização do trabalho. Qual a dimensão de trabalho? 𝜏 = 𝐹. 𝑑 = 𝑀𝐿𝑇−2. 𝐿 = 𝑀𝐿2𝑇−2 Análise Dimensional Exercícios: Sabendo que a aceleração da gravidade g é dada em m/s² e usando comprimento L medido em metros. Qual a unidade de medida para frequência f? 𝑓 = 1 2𝜋 𝑔 𝑙 𝑓 = 1 2𝜋 𝑔 𝑙 = 1 2𝜋 𝐿𝑇−2 𝐿 = 1 2𝜋 1 𝑇2 = 1 𝑇 Análise Dimensional Exercícios: Conforme as teorias de Newton, dois astros de massas respectivamente iguais a M e m, com centros de massa separados por uma distância d, atraem-se gravitacionalmente trocando forças de intensidade F, dadas por: onde G é a constante da gravitação. (a) Em relação às dimensões de comprimento, massa e tempo, determine a equação dimensional (Sistema MLT) de G. (b) Determine a unidade no SI de G. 𝐹 = 𝐺 𝑚𝑀 𝑑2 Análise Dimensional (a) Em relação às dimensões de comprimento, massa e tempo, determine a equação dimensional (Sistema MLT) de G. (b) Determine a unidade no SI de G. 𝐹 = 𝐺 𝑚𝑀 𝑑2 𝐺 = 𝐹 𝑑2 𝑚𝑀 = 𝑀𝐿 𝑇2 𝐿2 𝑀2 = 𝐿3 𝑀𝑇2 𝐺 = 𝑚3 𝑘𝑔. 𝑠2 Análise Dimensional Exercícios: Um projetista de máquinas de lavar roupas estava interessado em determinar o volume de água utilizada por uma dada lavadora de roupas durante o seu funcionamento, de modo a otimizar a economia de água por parte do aparelho. Ele percebeu que o volume V de água necessária para a lavagem depende da massa m das roupas a serem lavadas, do intervalo de tempo Δt que esta maquina leva para encher de água e da pressão P da água na tubulação que alimenta esta máquina de lavar. Assim, ele expressou o volume de água através da função abaixo , onde K é uma constante adimensional. Calcule os valores de A, B e n para que a equação seja dimensionalmente correta. Sabe-se que pressão tem dimensão de M/LT2. 𝑉 = 𝐾𝑚𝐴(∆𝑡)𝐵𝑃𝑛 Análise Dimensional Exercícios: 𝑉 = 𝐾𝑚𝐴(∆𝑡)𝐵𝑃𝑛 𝐿3 = 𝑀𝐴(𝑇)𝐵 𝑀 𝐿𝑇2 𝑛 𝐿3 = 𝑀𝐴(𝑇)𝐵 𝑀𝐿𝑇2 𝑛 𝐿3 = 𝑀𝐴𝑇𝐵𝑀𝑛𝐿𝑛𝑇2𝑛 𝐿3 = 𝑀𝐴+𝑛𝑇𝐵+2𝑛𝐿𝑛 𝑛 = 3 𝐴 + 𝑛 = 0 𝐵 + 2𝑛 = 0 𝐴 = −3 𝐵 = −6 Análise Dimensional Exercícios: (Cesgranrio) Na análise de determinados movimentos, é bastante razoável supor que a força de atrito seja proporcional ao quadrado da velocidade da partícula que se move. Analíticamente, 𝑓 = 𝐾𝑣2. A unidade da constante de proporcionalidade K no SI é a) 𝑘𝑔.𝑚2 𝑠2 b) 𝑘𝑔.𝑠2 𝑚2 c) 𝑘𝑔.𝑚 𝑠 d) 𝑘𝑔 𝑚 e) 𝑘𝑔 𝑠 Análise Dimensional Exercícios: Numa experiência, verifica-se que o período (T) de oscilação de um sistema corpo-mola depende somente da massa (m) do corpo e da constante elástica (K) da mola. Complete a fórmula deste período encontrando o valor de a e b. Obs.: período é uma medida de tempo. 𝑇 = 𝑐𝑡𝑒.𝑚𝑎. 𝐾𝑏 Análise Dimensional Exercícios: Na expressão a seguir, X representa uma distância; v, uma velocidade; a uma aceleração e k uma constante adimensional. Qual deve ser o valor do expoente n para que a expressão seja fisicamente correta? a) 1/3 b) 1/2 c) 1 d) 2 e) 3 𝑋 = 𝑘 𝑣𝑛 𝑎 Análise Dimensional Exercícios: (PUC) Na expressão F = 𝐴𝑥2, F representa a força e x um comprimento. Se MLT-2 é a fórmula dimensional da força, onde M é o símbolo da dimensão massa, L da dimensão comprimento e T da dimensão tempo, a fórmula dimensional de A é a) ML-1T-2 b) ML3T-2 c) L2 d) MT-2 e) M Análise Dimensional Exercícios: A grandeza constante elástica k é a razão entre o módulo F de uma força e um comprimento x, isto é, 𝑘 = 𝐹 𝑥 . Representando as dimensões fundamentais de massa, comprimento e tempo por M, L e T, respectivamente, concluímos que a dimensão de k é igual a: a) MT2 b) MLT-2 c) MT-2 d) M-2T e) M2L-1 Conversão de Unidades Conversão de Unidades Frequentemente, precisamos mudar as unidades em que está expressa uma grandeza física. Para isso, utiliza-se um método chamado de conversão em cadeia. Neste método multiplicamos a medida original por um fator de conversão (uma relação entre unidades que é igual a 1). Exemplo: 1 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 = 1 60 𝑠 1 𝑚𝑖𝑛 = 1 Conversão de Unidades Observe que tal não é o mesmo que escrever 1/60 e 60/1. O número e a unidade formam um todo. Já que a multiplicação de qualquer grandeza por 1 não muda o valor dessa grandeza, podemos introduzir esses fatores de conversão sempre que acharmos conviniente. Na conversão em cadeia, usamos os fatores de tal forma que as unidades indesejadas se cancelem. Exemplo: 2 𝑚𝑖𝑛 = 2𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 1 𝑚𝑖𝑛 = 120 s Conversão de Unidades Exercícios: 1 – A vazão de um poço de petróleo é de 25000barris por dia. Qual a vazão desse poço em metros cúbicos por hora? Conversão de Unidades Exercícios: 2 – A pressão máxima das linhas de uma planta é de 20 kgf/cm2. Qual é o valor da pressão em psi? Conversão de Unidades Exercícios: 3 – A pressão máximo de uma linha de produção flexível que vai do poço até a planta é de 5000 psi. Qual é o valor desta pressão em dyn/cm2? Conversão de Unidades Exercícios: 4 – Realize as seguintes conversões de unidade: a) 3 atm para N/cm2 b) 30 cmHg para atm c) 25 gal/min para ft3/s d) 0,082 ft/s para in/h Conversão de Unidades Conversão de Unidades Algarismos Significativos Algarismo Significativos Denomina-se algarismo significativo o número de algarismos que compõe o valor de uma grandeza, excluindo eventuais os zeros à esquerda usados para acerto de unidades. Mas atenção: ZEROS À DIREITA SÃO SIGNIFICATIVOS. Na tabela a seguir um mesmo valor do raio de uma roda é escrito com diferente número de algarismos significativos. raio (mm) significativos 57,896 5 5,79x101 3 5,789600x101 7 0,6x102 1 Algarismo Significativos A escolha de quantos significativos serão usados no valor da grandeza depende da grandeza, do processo de medida e do instrumento utilizado. O NÚMERO DE ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS DE UMA GRANDEZA É DETERMINADO PELA SUA INCERTEZA Algarismo Significativos Exemplo: Suponha que se deseje medir o tamanho do besouro. Uma vez decidido o que caracteriza o tamanho do besouro, qual das alternativas abaixo melhor caracteriza a medida do tamanho do besouro? a) Entre 0 e 1 cm b) Entre 1 e 2 cm c) Entre 1,5 e 1,6 cm d) Entre 1,54 e 1,56 cm e) Entre 1,546 e 1,547 cm Algarismo Significativos Porque letra d? Porque, na leitura de uma escala, o algarismo significativo mais à direita de um número deve sempre ser o duvidoso (não esqueça: o algarismo duvidoso é significativo!). Resumindo: Qualquer medida por comparação entre um objeto e uma escala deve incluir além dos dígitos exatos (1,5 nesse caso) uma estimativa do dígito (duvidoso). Uma vez que a régua foi marcada em milímetros você deve estimar o comprimento fracionário (em décimos de mm) que melhor expressa a medida. Você pode não precisar se vale 1,54, 1,55 ou mesmo 1,56. Essa é a expressão da sua incerteza. Algarismo Significativos Exemplo: Qual é o diâmetro da moeda? a) Entre 0 e 2 cm b) Entre 1 e 2 cm c) Entre 1,9 e 2,0 cm d) Entre 1,92 e 1,94 cm e) Entre 1,935 e 1,945 cm No exemplo acima podemos afirmar que a metade da menor divisão é uma estimativa da nossa incerteza: portanto o diâmetro da moeda pode ser expresso como: 1,92 ± 0,05 cm Algarismo Significativos Expressão da Incerteza Como devemos expressar a incerteza de uma medida? Ou, posto de outra forma: quantos significativos devem ter a incerteza de uma medida? Usaremos a seguinte convenção: • Se o primeiro dígito significativo da incerteza for menor que 3, usaremos DOIS significativos. • Caso o primeiro dígito significativo da incerteza for maior ou igual a 3, podemos usar UM ou DOIS algarismos significativos para a incerteza; Algarismo Significativos Expressão da Incerteza Resumindo: Qualquer que seja o caso sempre podemos usar dois significativos para expressar a incerteza. Mas atenção: quando a incerteza for resultado de uma estimativa ou apenas indicativa, tal como a metade da menor divisão de um instrumento, sugerimos usar apenas UM dígito significativo. Não tem sentido, por exemplo, expressar a incerteza de uma régua milimetrada com DOIS significativos (0,50mm), basta escrever 0,5mm. Algarismo Significativos Expressão da Grandeza • Usar a mesma potência de dez tanto para o valor da grandeza como para sua incerteza; • O número de algarismos significativos da incerteza é dado pela regra anteriormente citada; • O número de dígitos depois da vírgula na incerteza tem que ser o mesmo que no mensurando; • A notação científica pode ser usada para melhor legibilidade. Algarismo Significativos Expressão da Grandeza Veja alguns exemplos abaixo. Note o casamento do número de casas decimais na incerteza e no valor do mensurando. notação errada notação correta 5,30 ± 0,0572 5,30 ± 0,06 124,5 ± 11 125 ± 11 0,0000200 ± 0,0000005 (200,0 ± 5,0)x10-7 (45 ± 2,6)x101 (45 ± 3) x 101 4 O Erro de Medição (slide 112/67) Erro de Medição mensurando sistema de medição indicação valor verdadeiro erro de medição (slide 113/67) Um exemplo de erros... Teste de precisão de tiro de canhões: Canhão situado a 500 m de alvo fixo; Mirar apenas uma vez; Disparar 20 tiros sem nova chance para refazer a mira; Distribuição dos tiros no alvo é usada para qualificar canhões. Quatro concorrentes: (slide 114/67) A B CD (slide 115/67) A B CD Ea Es Ea Es Ea Es Ea Es 4.1 Tipos de erros (slide 117/67) Tipos de erros Erro sistemático: é a parcela previsível do erro. Corresponde ao erro médio. Erro aleatório: é a parcela imprevisível do erro. É o agente que faz com que medições repetidas levem a distintas indicações. (slide 118/67) Precisão & Exatidão São parâmetros qualitativos associados ao desempenho de um sistema. Um sistema com ótima precisão repete bem, com pequena dispersão. Um sistema com excelente exatidão praticamente não apresenta erros. 4.2 Caracterização e componentes do erro de medição (slide 120/67) Exemplo de erro de medição 1014 g 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g E = I - VVC E = 1014 - 1000 E = + 14 g Indica a mais do que deveria! (slide 121/67) Erros em medições repetidas 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1014 g 1000 1010 1020 1012 g 1015 g 1018 g 1014 g 1015 g 1016 g 1013 g 1016 g 1015 g 1015 g 1015 g 1017 g 1017 g e rr o m é d io d is p e rs ã o (slide 122/67) Cálculo do erro sistemático média de infinitas indicações valor verdadeiro conhecido exatamente condições: (slide 123/67) Estimativa do erro sistemático tendência VVC 3.3 Erro sistemático, tendência e correção (slide 125/67) Algumas definições Tendência (Td) é uma estimativa do Erro Sistemático Valor Verdadeiro Convencional (VVC) é uma estimativa do valor verdadeiro Correção (C) é a constante que, ao ser adicionada à indicação, compensa os erros sistemáticos é igual à tendência com sinal trocado (slide 126/67) Correção dos erros sistemáticos Td C = -Td (slide 127/67) Indicação corrigida 1014 1015 1017 1012 1015 1018 1014 1015 1016 1013 1016 1015 I 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Nº 1015média -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 -15 C -15 999 1000 1002 997 1000 1003 999 1000 1001 998 1001 1000 Ic 1000 -1 0 2 -3 0 3 -1 0 1 -2 1 0 Ea 0 995 1000 1005 C = -Td C = 1000 - 1015 C = -15 g 4.4 Erro aleatório, incerteza padrão e repetitividade (slide 129/67) Erro aleatório e repetitividade -5 0 5 O valor do erro aleatório é imprevisível. A repetitividade define a faixa dentro da qual espera-se que o erro aleatório esteja contido. (slide 130/67) Distribuição de probabilidade uniforme ou retangular 1 2 3 4 5 6 probabilidade 1/6 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 1 2 3 4 5 6 7 Valores Pr ob ab ili da de (1 /6 ) Lançamento de um dado (slide 131/67) Distribuição de probabilidade triangular 1,51,0 2,52,0 3,53,0 4,54,0 5,55,06,0 probabilidade (1/36) 2 4 6 Média de dois dados (slide 132/67) Distribuição de probabilidade triangular 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 Média de 2 dados Pr ob ab ili da de (1 /3 6) (slide 133/67) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 1 2 3 4 5 6 7 Valores Pr ob ab ili da de (1 /6 ) Lançamento de um dado (slide 134/67) 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 M é di a d e 2 d a do s P ro ba bi lid ad e (1 /3 6) Média de dois dados (slide 135/67) 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 3 d ado s Pr ob ab ili d ad e (1 /2 16 ) Média de três dados (slide 136/67) 0 2 0 4 0 6 0 8 0 10 0 12 0 14 0 16 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 4 d ado s Pr o ba bi lid ad e (1 /1 29 6) Média de quatro dados (slide 137/67) 0 50 0 100 0 150 0 200 0 250 0 300 0 350 0 400 0 450 0 500 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 6 d ado s Pr ob ab ili da de (1 /4 66 56 ) Média de seis dados (slide 138/67) 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 0 1 2 3 4 5 6 7 Média de 8 dados Pr ob ab ilid ad e (1/ 16 79 61 6) Média de oito dados (slide 140/67) Teorema central do limite Quanto mais variáveis aleatórias forem combinadas, tanto mais o comportamento da combinação se aproximará do comportamento de uma distribuição normal (ou gaussiana). (slide 141/67) Curva normal s s pontos de inflexão assíntotaassíntota = média s = desvio padrão (slide 142/67) Efeito do desvio padrão s > s > s (slide 143/67) Cálculo e estimativa do desvio padrão n II n i i n = = 1 2)( lims cálculo exato: (da população) 1 )( 1 2 = = n II s n i i estimativa: (da amostra) Ii i-ésima indicação média das "n" indicações n número de medições repetitivas efetuadas I (slide 144/67) Incerteza padrão (u) medida da intensidade da componente aleatória do erro de medição. corresponde à estimativa do desvio padrão da distribuição dos erros de medição. u = s Graus de liberdade (): corresponde ao número de medições repetidas menos um. = n - 1 (slide 145/67) Área sobre a curva normal 2s 2s 95,45% Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 3 - (slide 146/67) Estimativa da repetitividade (para 95,45 % de probabildiade) Para amostras infinitas: Re = 2 . s Para amostras finitas: Re = t . u Sendo “t” o coeficiente de Student para = n - 1 graus de liberdade. A repetitividade define a faixa dentro da qual, para uma dada probabilidade, o erro aleatório é esperado. (slide 147/67) Coeficiente “t” de Student t t t t 1 13.968 10 2.284 19 2.140 80 2.032 2 4.527 11 2.255 20 2.133 90 2.028 3 3.307 12 2.231 25 2.105 100 2.025 4 2.869 13 2.212 30 2.087 150 2.017 5 2.649 14 2.195 35 2.074 200 2.013 6 2.517 15 2.181 40 2.064 1000 2.003 7 2.429 16 2.169 50 2.051 10000 2.000 8 2.366 17 2.158 60 2.043 100000 2.000 9 2.320 18 2.149 70 2.036 2.000 (slide 148/67) Exemplo de estimativa da repetitividade 1014 g 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1014 g 1012 g 1015 g 1018 g 1014 g 1015 g 1016 g 1013 g 1016 g 1015 g 1015 g 1017 g 112 )1015( u 12 1 2 = =i iI média: 1015 g u = 1,65 g = 12 - 1 = 11 t = 2,255 Re = 2,255 . 1,65 Re = 3,72 g (slide 149/67) Exemplo de estimativa da repetitividade 1015 10201010 +3,72-3,72 1015 (slide 150/67) Efeitos da média de medições repetidas sobre o erro de medição Efeito sobre os erros sistemáticos: Como o erro sistemático já é o erro médio, nenhum efeito é observado. (slide 151/67) Efeitos da média de medições repetidas sobre o erro de medição Efeitos sobre os erros aleatórios A média reduz a intensidade dos erros aleatórios, a repetitividade e a incerteza padrão na seguinte proporção: n Re Re I I = n u u I I = sendo: n o número de medições utilizadas para calcular a média (slide 152/67) Exemplo No problema anterior, a repetitividade da balança foi calculada: Se várias séries de 12 medições fossem efetuadas, as médias obtidas devem apresentar repetitividade da ordem de: ReI = 3,72 g g I 07,1 12 72,3 Re 12 == 4.5 Curva de erros e erro máximo (slide 154/67) Curva de erros indicação erro 1015 15 Td Td + Re Td - Re Emáx - Emáx (slide 155/67) Algumas definições Curva de erros: É o gráfico que representa a distribuição dos erros sistemáticos e aleatórios ao longo da faixa de medição. Erro máximo: É o maior valor em módulo do erro que pode ser cometido pelo sistema de medição nas condições em que foi avaliado. 4.6 Representação gráfica dos erros de medição (slide 158/67) Sistema de medição “perfeito” (indicação = VV) 1000 1020 1040960 980 mensurando 1000 1020 1040960 980 indicação (slide 159/67) Sistema de medição com erro sistemático apenas 1000 1020 1040960 980 mensurando 1000 1020 1040960 980 indicação +Es (slide 160/67) Sistema de medição com erros aleatórios apenas 1000 1020 1040960 980 mensurando 1000 1020 1040960 980 indicação Re (slide 161/67) Sistema de medição com erros sistemático e aleatório 1000 1020 1040960 980 mensurando 1000 1020 1040960 980 indicação +Es Re 4.7 Erro ou incerteza? (slide 163/67) Erro ou incerteza? Erro de medição: é o número que resulta da diferença entre a indicação de um sistema de medição e o valor verdadeiro do mensurando. Incerteza de medição: é o parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a faixa dos valores que podem fundamentadamente ser atribuídos ao mensurando. 4.8 Fontes de erros (slide 165/67) sistema de medição Fontes de erros: sinal de medição indicação fatores internos fatores externos fatores externos retroaçãoretroação operador mensurando (slide 166/67) Erros provocados por fatores internos Imperfeições dos componentes e conjuntos (mecânicos, elétricos etc). Não idealidades dos princípios físicos. força alongamento região linear região não linear (slide 167/67) Erros provocados por fatores externos Condições ambientais temperatura pressão atmosférica umidade Tensão e freqüência da rede elétrica Contaminações (slide 168/67) Erros provocados por retroação A presença do sistema de medição modifica o mensurando. 65 °C 65 °C70 °C 20 °C (slide 169/67) Erros induzidos pelo operador Habilidade Acuidade visual Técnica de medição Cuidados em geral Força de medição (slide 170/67) Dilatação térmica Propriedade dos materiais modificarem suas dimensões em função da variação da temperatura. b b' c' c b = b' - b c = c' - c b = . T . b c = . T . c T (slide 171/67) Temperatura de referência Por convenção, 20 °C é a temperatura de referência para a metrologia dimensional. Os desenhos e especificações sempre se referem às características que as peças apresentariam a 20 °C. (slide 172/67) Dilatação térmica:distintos coeficientes de expansão térmica 20°C 40°C 10°C I = 40,0 I = 44,0 I = 38,0 > (slide 173/67) Dilatação térmica: mesmos coeficientes de expansão térmica 20°C 40°C 10°C I = 40,0 I = 40,0 I = 40,0 = (slide 174/67) Dilatação térmica: Ci Ce Sabendo que a 20C Ci = Ce Qual a resposta certa a 40C? (a) Ci < Ce (b) Ci = Ce (c) Ci > Ce (d) NRA α = α (slide 175/67) Dilatação térmica: (a) Ci < Ce (b) Ci = Ce (c) Ci > Ce (d) NRA (slide 176/67) Micrômetro (slide 177/67) Correção devido à dilatação térmica SM Peça a medir Correção devido à temperatura Mat Temp. Mat Temp. A 20 °C A 20 °C C = 0 A TSM 20 °C A TP = TSM C = 0 A TSM A TSM TP C = A . L . (TSM - TP) A 20 °C B 20 °C C = 0 A TSM 20 °C B TSM = TP C = (A - B). (TSM - 20°C) . L A TSM B TSM TP C = [A . (TSM - 20°C) - B . (TP - 20°C)] . L 5 Gráficos e Linearização Construção de Gráficos em Papel Milimetrado A observação de um fenômeno físico qualquer é feita, geralmente, através do tabelamento de valores medidos. Através do exemplo a seguir, vejamos como se constrói o gráfico a partir deste tabelamento, usando o papel milimetrado. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Exemplo 1: Em um experimento de dilatação volumétrica mediu-se o volume (V) de uma esfera para várias temperaturas (T), obtendo-se uma tabela de valores de V e de T, cujos dados são apresentados na tabela abaixo. V(10-9 m3) 64,1 80,7 97,8 114,9 138,0 162,5 195,0 223,3 260,0 T(°C) 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Para construir um gráfico, deve-se seguir os seguintes passos: 1 – Seleção do papel: No caso do gráfico a ser construído no exemplo 1, o papel a ser utilizado é o milimetrado. Mais adiante você aprenderá como escolher o tipo de papel que deverá usar para fazer um gráfico, dependendo do tipo de função associada ao comportamento físico observado. Em princípio, qualquer função de uma variável pode ser traçada graficamente neste tipo de papel. Não há restrições! Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2 – Definição dos eixos: No eixo das abcissas (eixo horizontal) deve ser registrada a variável independente (eixo dos x) associada à grandeza física que, ao variar, assume valores que não dependem dos valores da outra grandeza física. No eixo das ordenadas (eixo vertical) deve ser registrada a variável dependente (eixo dos y) associada à grandeza física que, para variar, depende de como varia a outra grandeza física. Em outras palavras, registra-se a causa: variável x no eixo horizontal e o efeito: variável y, ou função y(x), no eixo vertical. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Para o caso que estamos considerando (exemplo 1), o gráfico cartesiano do tipo y versus x deve ser, então, V versus T, pois o volume da esfera é dependente da temperatura. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 3 – Registros dos eixos: Na parte inferior do eixo das abcissas, à direita, e preferencialmente fora da região quadriculada do papel milimetrado, deve ser registrada a variável independente, com sua unidade entre parênteses. Na parte superior do eixo das ordenadas, à esquerda, e preferencialmente fora da região quadriculada do papel milimetrado, deve ser registrada a variável dependente, com sua unidade entre parênteses. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Note que a unidade de uma grandeza física inclui uma eventual potência de 10, que pode ter expoente positivo ou negativo. No caso que estamos considerando (exemplo 1), observe que a medida do volume está expressa na unidade: 10-9 m3 e, portanto, deve ser registrada no gráfico, conforme mostrado na figura abaixo. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 4 – Determinação das escalas e da posição do papel: Geralmente, uma folha de papel milimetrado tem 280 mm no eixo vertical, e 180 mm no eixo horizontal, então, podemos usá-la nesta posição (“retrato”) ou em outra posição, invertendo os eixos (“paisagem”). Deve ser escolhida uma destas duas possibilidades: “retrato” ou “paisagem”, de modo a otimizar a construção do gráfico visando ocupar o melhor possível a folha. Entretanto, “ocupar o melhor possível a folha” não significa que se deve usar a escala que preenche todo o papel. Na prática, deve-se escolher uma escala que facilite a leitura dos pontos experimentais, ou qualquer outro ponto representado no gráfico. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Vamos estimar, a seguir, as várias possibilidades de escala para representar as variáveis V e T, e adotar aquelas que melhor ocupam o papel em uma das duas posições possíveis. Variável dependente: Volume (V) A grandeza física varia entre os valores 64,1 e 260,0x10-9 m3. Momentaneamente ignoremos a unidade (inclusive a potência) para facilitar. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 1ª possibilidade: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Vertical (280 mm) (a) Começando do zero: Se começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para o volume é de (260,0 – 0,0) = 260,0 unidades de volume. A escala direta é 1,0 unidade de volume: 1 mm do papel, e a maior medida do volume (260,0) corresponde a 260 mm do papel. (cabe bem no papel!). Note que, se usarmos qualquer escala diferente desta, ou o gráfico não caberá no papel, ou não o ocupará bem. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 1ª possibilidade: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Vertical (280 mm) (b) Não começando do zero: Se não começarmos o gráfico a partir do valor zero, o intervalo de variação para o volume é de (260,0 – 64,1) = 195,9 unidades de volume. Iniciamos a partir do valor 60,0 (por exemplo), e fazemos o seguinte cálculo: (260,0 – 60,0) = 200,0 unidades de volume. 280 mm – 200,0 unidades de volume 1 mm – X unidades de volume X = 200,0 unidades de volume / 280 mm X = 0,714 unid/mm Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 1ª possibilidade: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Vertical (280 mm) Deve-se adotar uma “escala limpa e fácil de ser lida” de modo a que não seja necessário fazer cálculos para achar a localização dos pontos no gráfico. Aliás, se você precisar fazer muitos cálculos, algo está inadequado. Conclusão: considerando o papel na posição “retrato”, o melhor é começar do zero, e adotar no eixo vertical a escala 1,0 unidade de volume: 1 mm do papel. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2ª possibilidade: considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Vertical (180 mm) (a)Começando do zero: Se começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para o volume é de (260,0 – 0,0) = 260,0 unidades de volume. A escala direta é 1,0 unidade de volume: 1 mm do papel, e a maior medida do volume (260,0) corresponde a 260 mm do papel. (fora do papel!). Então, calcula-se 180 mm – 260,0 unidades de volume 1 mm – X unidades de volume X = 260,0 unidades de volume / 180 mm X = 1,4444 unid/mm Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2ª possibilidade: considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Vertical (180 mm) A escala mais próxima seria 1,5 unidades de volume/mm. Mas, esta escala é submúltiplo de 3, e como todo submúltiplo ou múltiplo de 3, leva sempre a uma dízima periódica. Portanto, fuja de escalas do tipo: 0,375 ; 0,75 ; 1,5 ; 3 ; 6 ; 9 ; 12 ; etc. A escala mais fácil e mais próxima é 2,0 unidades de volume/mm. Note que a maior medida do volume (260,0) estará representada em130 mm (sobra bastante papel!). Qualquer escala acima dessa faz com que os pontos saiam fora do papel! Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2ª possibilidade:considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Vertical (180 mm) (b) Não começando do zero: Se não começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para o volume é de (260,0 – 64,1) = 195,9 unidades de volume. Iniciamos a partir do valor 60,0 (por exemplo), e fazemos o seguinte cálculo: (260,0 – 60,0) = 200,0 unidades de volume 180 mm – 200,0 unidades de volume 1 mm – X unidades de volume X = 200,0 unidades de volume / 180 mm X = 1,11 unid/mm Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2ª possibilidade: considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Vertical (180 mm) Conclusão: considerando o papel na posição “paisagem” pode-se começar do zero, adotando-se a escala 2,0 unidade de volumes: 1 mm do papel, ou não começar do zero (sendo o primeiro valor: 60,0 unidades de volume) adotando-se a escala 2,0 unidades de volume: 1 mm do papel. Em ambas as escolhas sobra bastante papel. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Variável Independente: Temperatura (T) A grandeza física varia entre os valores 60,0 e 100,0 °C. Momentaneamente ignoremos a unidade, para facilitar. 1ª possibilidade: considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Horizontal (280 mm) (a) Começando do zero: Se começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para a temperatura é de (100,00 – 0,00) = 100,00 unidades de temperatura. A escala direta é 1,00 unidade de temperatura: 1 mm do papel, e a maior medida da temperatura (100,00) corresponde a 100 mm no papel (sobra muito papel). Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Variável Independente: Temperatura (T) (b) Não começando do zero: Se não começarmos o gráfico a partirdo zero, o intervalo de variação para a temperatura é de (100,00 – 60,00) = 40,00 unidades de temperatura. Iniciamos a partir do valor 60,0 (por exemplo), e fazemos o seguinte cálculo 280 mm – 40,0 unidades de volume 1 mm – X unidades de volume X = 40,0 unidades de volume / 280 mm X = 0,143 unid/mm Note que para cada unidade de temperatura teremos 6,99 (1/0,143) mm. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Variável Independente: Temperatura (T) 1ª possibilidade: considerando o papel na posição “paisagem” - Eixo Horizontal (280 mm) Conclusão: considerando o papel na posição “paisagem” pode-se começar do zero, adotando-se a escala 1,00 unidade de temperatura: 2 mm do papel ou não começar do zero (sendo o primeiro valor: 60,00 unidades de temperatura) adotando-se a escala 1,00 unidade de temperatura: 5 mm do papel. Em ambas as escolhas sobra bastante papel. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Variável Independente: Temperatura (T) 2ª possibilidade: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Horizontal (180 mm) (a) Começando do zero: Se começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para a temperatura é de (100,00 – 0,00) = 100,00 unidades de temperatura. A escala direta é 1,00 unidade de temperatura: 1 mm do papel, e a maior medida da temperatura (100,0) corresponde a 100 mm do papel. (sobra muito papel!) A próxima tentativa é 1,0 unidade de temperatura: 2 mm do papel, e a maior medida da temperatura (100,0) corresponde a 200 mm do papel. (fora do papel!) Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 2ª possibilidade: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Horizontal (180 mm) (b) Não começando do zero: Se não começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para a temperatura é de (100,00 – 60,00) = 40,00 unidades de temperatura. Iniciamos a partir do valor 60,0 (por exemplo), e fazemos o seguinte cálculo 180 mm – 40,0 unidades de volume 1 mm – X unidades de volume X = 40,0 unidades de volume / 180 mm X = 0,222 unid/mm Note que para cada unidade de temperatura teremos 4,50 (1/0,222) mm. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Conclusão: considerando o papel na posição “retrato”, pode-se começar do zero, adotando-se a escala 1,00 unidade de temperatura: 1 mm do papel ou não começar do zero (sendo o primeiro valor: 60,00 unidades de temperatura) adotando-se a escala 1,00 unidade de temperatura: 4 mm do papel. A última escolha ocupa melhor o papel e, portanto, é a melhor. A escala usada em um eixo é totalmente independente da escala usada no outro. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado Conclusão Final Da análise anterior, verificamos que a melhor maneira de ocupar o papel milimetrado, adotando escalas limpas e claras para representar as medidas no gráfico, é a seguinte: • Posição do papel: RETRATO; • Eixo Vertical – Volume (V): escala 1,0 unidade de volume: 1 mm do papel, começando do zero, isto é, 0 unidades de volume. • Eixo Horizontal – temperatura (T): escala 1,0 unidade de temperatura: 4 mm do papel, sendo o primeiro valor: 60,00 unidades de temperatura. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 5 – Indicação dos valores nos eixos: • Tanto no eixo vertical, quanto no horizontal, devem ser indicados valores referenciais adequados à escala. Esses valores devem ser, preferencialmente, múltiplos de 2, 5, 10, 20, 50, 100, etc. Nunca use múltiplos ou submúltiplos de números primos ou fracionários. • Jamais indique nos eixos os valores dos pontos experimentais. • Os valores indicados nos eixos devem ter a mesma quantidade de algarismos significativos das medidas, por exemplo, no caso do volume, os valores indicados serão: 50,0; 100,0; 150,0; etc. Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 6 – Marcação dos pontos experimentais: • É fundamental que os pontos experimentais sejam bem marcados no gráfico e identificados por um sinal que não deixe dúvidas sobre sua localização. Na figura a seguir são apresentados símbolos que podem ser utilizados. • Depois de marcado o ponto experimental não faça nenhuma marcação adicional, tal como fazer tracejados desde o ponto até os eixos. Identifique apenas os pontos experimentais! Construção de Gráficos em Papel Milimetrado 7 – Traçado da curva: • O traçado da curva deve ser suave e contínuo, ajustando- se o melhor possível aos pontos experimentais. • Nunca uma os pontos experimentais por linhas retas, pois isto significa que a relação entre as grandezas físicas é descontínua, o que dificilmente será verdadeiro. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado Vamos aprender, através de um novo exemplo, como obter informações a partir de um gráfico em papel milimetrado, quando a curva traçada for uma reta. Exemplo 2: Observou-se o movimento de um bloco que desce deslizando um plano inclinado. Obteve-se um conjunto de medidas da velocidade e do tempo, que foram anotados na tabela abaixo. O gráfico relativo aos dados é apresentado no slide a seguir. v(10-3 m/s) 105,0 150,0 240,0 290,0 340,0 430,0 500,0 t(10-2 s) 1,00 2,50 6,00 8,00 10,00 13,50 16,00 i 1 2 3 4 5 6 7 Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado Sabemos da geometria analítica, que a equação da reta na sua forma reduzida é dada por: y(x) = ax + b, onde a é o coeficiente angular e b é o coeficiente linear da reta. A partir do gráfico podemos determinar esses coeficientes e associá-los a grandezas físicas que não estão evidentes. Em outras palavras, podemos extrair informações do gráfico. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente angular Pode-se mostrar que o coeficiente angular é dado pelo quociente: 𝑎 = ∆𝑦 ∆𝑥 = (𝑦2 − 𝑦1) (𝑥2 − 𝑥1) onde (𝑥1, 𝑥2) e (𝑦1, 𝑦2) são dois pontos quaisquer, pertencentes à reta. Observando a reta traçada no gráfico, encontramos os dois pontos não experimentais: 𝑃2 = 𝑥2, 𝑦2 = 𝑡2, 𝑣2 = (14,5𝑥10 −2𝑠, 460,0𝑥10−3𝑚/𝑠) 𝑃1 = 𝑥1, 𝑦1 = 𝑡1, 𝑣1 = (5,0𝑥10 −2𝑠, 210,0𝑥10−3𝑚/𝑠) Para o cálculo dos coeficientes não podem ser usadospontos experimentais! Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente angular Aplicando os valores encontrados na fórmula, tem-se 𝑎 = ∆𝑦 ∆𝑥 = (𝑦2 − 𝑦1) (𝑥2 − 𝑥1) = (460,0𝑥10−3 − 210,0𝑥10−3) (14,5𝑥10−2 − 5,0𝑥10−2) 𝑎 = 2,63𝑚/𝑠2 Concluímos que o coeficiente angular da reta é igual a 2,63 m/s2, e corresponde à grandeza física conhecida como aceleração. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente linear Para fazer esse cálculo há duas maneiras: 1ª - Escolhe-se um ponto não experimental qualquer da reta: 𝑃3 = 𝑥3, 𝑦3 = 𝑡3, 𝑣3 , o qual é indicado na reta com uma notação diferente daquela usada para indicar os pontos experimentais. Isto porque para o cálculo dos coeficientes não podem ser usados pontos experimentais! Substitui-se o valor desse ponto na equação reduzida da reta, pois o coeficiente angular já é conhecido. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente linear Observando novamente a reta traçada no gráfico, encontramos um terceiro ponto não experimental: 𝑃3 = 𝑥3, 𝑦3 = 𝑡3, 𝑣3 = (3,5𝑥10 −2𝑠, 170,0𝑥10−3𝑚/𝑠) Então 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝑏 = 𝑦 𝑥 − 𝑎𝑥 = 𝑦3 − 𝑎𝑥3 = 𝑣3 − 𝑎𝑡3 𝑏 = 170,0𝑥10−3𝑚/𝑠 − (2,63𝑚/𝑠2)(3,5𝑥10−2𝑠) 𝑏 = 78,0𝑥10−3𝑚/𝑠 Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente linear Para fazer esse cálculo há duas maneiras: 2ª - Quando for possível prolongar a reta (extrapolação) até cortar o eixo dos y (em x = 0), basta ler o valor da reta em y(x = 0), pois este é o coeficiente linear. 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝑦 0 = 𝑎. 0 + 𝑏 𝑦 0 = 𝑏 Observando a reta traçada, encontramos o ponto em que corta o eixo dos y (em x = 0), ou o eixo dos v (em t = 0), isto é, b = v (t = 0) = 79,0 x 10-3m/s. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente linear Finalmente, obtivemos o coeficiente linear de duas maneiras: 79,0 x 10-3m/s (lido) e 78,0 x 10-3m/s (calculado) Observe que há uma pequena diferença entre os valores. Isto ocorre como resultado do arredondamento que é feito nos cálculos. Mas, não se preocupe, ambos os resultados obtidos são aceitos, porque estão dentro de uma margem de erro muito pequena. Concluímos que o coeficiente linear da reta pode ter qualquer um dos dois valores acima, e corresponde à grandeza física conhecida como velocidade inicial, isto é, v(t = 0) = vo. Construção de Gráficos Linear em Papel Milimetrado • Cálculo do coeficiente linear Em resumo, em um gráfico linear de v versus t, o coeficiente angular corresponde à aceleração, e o coeficiente linear corresponde à velocidade inicial. Assim, 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝑣 𝑡 = 𝑎𝑡 + 𝑣0 𝑣 𝑡 = (2,63𝑚/𝑠2)𝑡 + (79,0𝑥10−3𝑚/𝑠) Linearização Agora que aprendemos a trabalhar com gráfico linear, vamos desenvolver um método que permite transformar o gráfico de uma curva qualquer em um gráfico linear, pois sabemos calcular os coeficientes da reta e associá-los a grandezas físicas. Esta técnica é chamada de linearização (ou anamorfose) e consiste basicamente em “desentortar” e “retificar” o gráfico de uma curva que não é reta. Vejamos como se aplica essa técnica através de um exemplo. Linearização Exemplo 3: Considere que foram realizadas medidas do movimento retilíneo de um móvel que se desloca ao longo de uma estrada. Obteve-se um conjunto de valores de sua posição e do tempo, que foram anotados na tabela abaixo. Seguindo as instruções para a construção de gráficos em papel milimetrado, o gráfico obtido é apresentado no slide a seguir. x (m) 58,0 84,0 105,0 150,0 188,0 240,0 t (s) 5,25 7,00 8,00 10,00 11,50 13,00 i 1 2 3 4 5 6 Note que a curva traçada não é uma reta. Linearização A curva obtida no gráfico é uma parábola, e obedece a uma equação geral do tipo 𝑦 𝑥 = 𝑎2𝑥 2 + 𝑎1𝑥 + 𝑎0 onde os coeficientes são constantes, e no caso, a1= 0. Portanto, a curva representada no gráfico pode ser representada pela equação 𝑥 𝑡 = 𝜀𝑡2 + 𝛾 onde 𝜀 e 𝛾 são constantes. A questão é: como determinar graficamente as constantes 𝜀 e 𝛾? Resposta: usando a técnica da linearização. Linearização Procedimentos para linearizar um gráfico 1° passo - Comparação com a equação reduzida da reta Comparar a função associada à curva ( 𝑥 𝑡 = 𝜀𝑡2 + 𝛾 ) graficada coma equação reduzida da reta 𝑦′ 𝑥′ = 𝑎′𝑥′ + 𝑏′. Observe que se adota um super-índice “linha” para identificar os termos da reta, a fim de evitar confusão na eventualidade da outra equação ter notação similar. Obtemos, 𝑥 𝑡 = 𝑦′ 𝑥′ 𝜀𝑡2 = 𝑎′𝑥′ 𝛾 = 𝑏′ Sabemos que o gráfico “y'(x') versus x'” é uma reta. Por analogia, o gráfico em que a curva aparece linearizada (reta) é dado por “x(t) versus t²”. Linearização 2° passo - Cálculo de nova tabela A partir dos dados experimentais tabelados anteriormente, calcula-se uma nova tabela. No exemplo 3, mantêm-se os valores de x e calculam-se os novos valores para t2. Respeite os algarismos significativos, e não se esqueça das unidades. 3° passo - Construção do gráfico linear A partir dos dados da nova tabela faz-se o novo gráfico: x versus t2. Seguindo as instruções para a construção de gráficos em papel milimetrado, o novo gráfico é apresentado no slide seguinte. x (m) 58,0 84,0 105,0 150,0 188,0 240,0 t (s) 5,25 7,00 8,00 10,00 11,50 13,00 t2 (s2) 27,6 49,0 64,0 100,0 132,2 169,0 Linearização Procedimentos para linearizar um gráfico 4° passo - Cálculo do coeficiente angular da reta Observando a reta traçada no gráfico, encontramos os dois pontos não experimentais: 𝑃2 = 𝑥′2, 𝑦′2 = 𝑡 2 2, 𝑥2 = (165,0𝑠 2; 230,0𝑚) 𝑃1 = 𝑥′1, 𝑦′1 = 𝑡 2 1, 𝑥1 = (85,0𝑠 2; 130,0𝑚) 𝑎 = ∆𝑦′ ∆𝑥′ = (𝑦′2 − 𝑦′1) (𝑥′2 − 𝑥′1) = (230,0 − 130,0) (165,0 − 85,0) 𝑎 = 1,25𝑚/𝑠2 Concluímos que o coeficiente angular da reta é igual a 1,25 m/s2, e tem a mesma unidade da grandeza física aceleração. Portanto, o valor da constante é: ε= a' = 1,25 m/s2. Linearização Procedimentos para linearizar um gráfico 5° passo - Cálculo do coeficiente linear da reta Observando a reta traçada no gráfico, encontramos um terceiro ponto não experimental: 𝑃3 = 𝑥′3, 𝑦′3 = 𝑡 2 3, 𝑥3 = (125,0𝑠 2; 180,0𝑚) 𝑏′ = 𝑦′3 − 𝑎𝑥 ′ 3 = 𝛾 = 𝑥3 − 𝜀𝑡 2 3 𝑏′ = 𝛾 = 180,0𝑚 − (1,25𝑚/𝑠2)(125,0𝑠2) 𝑏 = 23,75𝑚 = 23,80𝑚 Ou, observando a reta traçada, encontramos o ponto em que corta o eixo dos y'(em x'= 0), ou o eixo dos x (em t2= 0), isto é, b'= x (t2= 0)= 24,0 m (lido). Linearização Em resumo, em um gráfico linear de x versus t2, o coeficiente angular corresponde à aceleração, e o coeficiente linear corresponde à posição inicial. Para o caso do exemplo 3, 𝑥 𝑡 = 𝜀𝑡2 + 𝛾 = 1,25𝑚/𝑠2 𝑡2 + (24,0𝑚) Para determinar o valor da aceleração α, basta lembrar que, para esse tipo de movimento: 𝑥 𝑡 = 𝑥0 + 𝑣0𝑡 + 1 2 𝛼𝑡2 Neste caso, 𝑣0 = 0 e 1 2 𝛼 = ε, logo 𝛼 = 2𝜀 = 2 1,25𝑚/𝑠2 = 2,50𝑚/𝑠2 Atividade 6 Gráficos Escala Logarítmica Linearização em Papel com Escala Logarítmica Em princípio, todas as curvas resultantes de medidas experimentais podem ser graficadas em uma folha de papel milimetrado. A técnica da linearização permite-nos calcular, a partir de um gráfico linearizado, as constantes que estão relacionadas como comportamento das grandezas físicas medidas. Linearização em Papel com Escala Logarítmica Equação do Fenômeno Físico (a e b são constantes) Gráfico Não Linear Gráfico Linearizado (a=a’ e b=b’) 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥2 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥2 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥1/2 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥1/2 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥−1 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥−1𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥3 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥3 𝑦 𝑥 = 𝑎 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 cos(𝑥) 𝑦 𝑥 = 𝑎 𝑙𝑛(𝑥) + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 ln(𝑥) 𝑦 𝑥 = 𝑎 𝑙𝑜𝑔(𝑥) + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 log(𝑥) 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑒𝑥 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑒𝑥 𝑦 𝑥 = 𝑎𝑥𝑛 + 𝑏 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥 𝑦 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥𝑛 Linearização em Papel com Escala Logarítmica Entretanto, existem duas funções especiais que tem uma variação muito grande, e que aparecem frequentemente na Física, são as funções logarítmicas. Para essas funções foi criado um tipo de papel que, em vez da escala linear milimetrada, tem uma escala logarítmica. Nesse tipo de papel, essas funções resultam diretamente em um gráfico linearizado, o que facilita a determinação das constantes desconhecidas. Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Exemplo 1: Mediu-se a diferença de potencial nos terminais de um capacitor em processo de carga, como função do tempo, e os dados experimentais foram tabelados abaixo. Sabendo que a equação que rege o fenômeno é do tipo 𝑉 𝑡 = 𝐴𝑒𝐵𝑡 , onde A e B são constantes, o que devemos fazer para determiná-las a partir do gráfico? V(μV) 3,60 8,00 14,00 31,00 80,00 180,00 270,00 t(ms) 5,00 15,00 20,00 30,00 41,50 50,00 55,00 i 1 2 3 4 5 6 7 O gráfico 𝑉 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡 em papel milimetrado, fornece uma curva não linear. Portanto, devemos aplicar a técnica da linearização. Antes, porém, para podermos comparar a equação acima com a equação reduzida da reta, é necessário aplicar a função inversa da exponencial, que é o logaritmo natural ou neperiano, como segue: ln 𝑉 𝑡 = ln 𝐴𝑒𝐵𝑡 ln 𝑉 𝑡 = ln A + ln 𝑒𝐵𝑡 ln 𝑉 𝑡 = ln A + Bt Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Comparando com a equação reduzida da reta, 𝑦′ 𝑥′ = 𝑎′𝑥′ + 𝑏′, temos ln 𝑉 𝑡 = y′ x′ ln A = b′ Bt = a′x′ Você pode verificar que esse gráfico é linearizado no papel milimetrado, construindo-o de acordo com os procedimentos descritos anteriormente. Inclusive, você pode calcular as constantes A e B. 𝑎′ = ∆𝑦′ ∆𝑥′ = (𝑦′2 − 𝑦′1) (𝑥′2 − 𝑥′1) = 𝐵 = ∆(ln 𝑉) ∆𝑡 = (ln 𝑉)2−(ln𝑉)1 (𝑡2 − 𝑡1) 𝑏′ = 𝑦′3 − 𝑎′𝑥3 = (ln𝑉)3 − 𝐵𝑡3 Logo, 𝐴 = 𝑒𝑏 ′ . Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log É evidente que essa linearização é trabalhosa, pois é preciso calcular uma nova tabela para, a partir dela, construir o gráfico que fornece uma reta. Para evitar todo este trabalho existe o papel mono-log, que consiste de um papel quadriculado, onde • o eixo das abcissas tem uma escala linear, geralmente dividida entre 120 e 180 unidades, e • o eixo das ordenadas tem uma escala logarítmica de base 10, dividida em décadas (cada década multiplica por 10 os valores da década anterior). Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Cada década do papel mono-log pode variar entre os múltiplos ou submúltiplos de 1 a 10. Entre o início de uma década e o de outra subsequente, há uma diferença de um fator de dez. Isto significa que, se a primeira linha da primeira década vale 1 (1x100), a primeira linha da segunda década vale 10 (1x101), e a primeira linha da terceira década vale 100 (1x102). Isto significa também que, se a última linha da primeira década vale 10 (1x 101), a última linha da segunda década vale 100 (1x102), e a última linha da terceira década vale 1000 (1x103). Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Sendo logarítmica a escala do eixo das ordenadas, nesse eixo estão representados diretamente, não os valores, mas sim os logaritmos desses valores. Não existe o valor zero no eixo logarítmico, uma vez que a função logaritmo não está definida para este ponto. A escala pode ser iniciada de um valor unitário qualquer em potência de dez, NUNCA DE ZERO. Pode iniciar em 1x10-4; 0,001; 0,01; 0,1; 1; 10; 100; 1000; 1x104; ... Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log O coeficiente angular da reta é dado por: 𝑎′ = ∆𝑦′ ∆𝑥′ = (𝑦′2 − 𝑦′1) (𝑥′2 − 𝑥′1) = 𝐵 = ∆(ln 𝑉) ∆𝑡 Se for no papel milimetrado (gráfico ln 𝑉 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡), temos 𝐵 = ∆(ln 𝑉) ∆𝑡 = (ln 𝑉)2−(ln𝑉)1 (𝑡2 − 𝑡1) Porém, no papel mono-log A ESCALA DO EIXO DAS ORDENADAS É LOGARÍTMICA, então, 𝐵 = ∆(ln 𝑉) ∆𝑡 = ln( 𝑉2) − ln(𝑉1) (𝑡2 − 𝑡1) Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Note bem a diferença, e anote! Quando se adota o papel milimetrado, um ponto da reta corresponde a (x'i, y'i) = [ti , (lnV)i], e quando se adota o papel mono-log, ponto da reta corresponde a (x'i, y'i) = [ti, ln(Vi)]. Assim, escolhem-se dois pontos quaisquer da reta traçada em papel mono-log, indicando-os no gráfico (não podem ser pontos experimentais!): 𝑃2 = 𝑥′2, 𝑦′2 = 𝑡2, ln(𝑉2) = (45,00𝑥10 −3𝑠, ln 110,0𝑥10−6𝑉 ) 𝑃1 = 𝑥′1, 𝑦′1 = 𝑡1, ln(𝑉1) = (25,00𝑥10 −3𝑠, ln 20,0𝑥10−6𝑉 ) 𝐵 = ∆(ln𝑉) ∆𝑡 = ln(𝑉2) − ln(𝑉1) (𝑡2 − 𝑡1) = 𝑙𝑛 𝑉2 𝑉1 (𝑡2 − 𝑡1) = 𝑙𝑛 110,0𝑥10−6𝑉 20,0𝑥10−6𝑉 (45,00𝑥10−3𝑠 − 25,00𝑥10−3) 𝐵 = 85,24𝑠−1 Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log A constante A, por sua vez, pode ser lida diretamente no gráfico, pois: 𝑉 𝑡 = 𝐴𝑒𝐵𝑡 𝑉 0 = 𝐴𝑒𝐵0 = 𝐴. Seu valor corresponde ao ponto onde a reta corta o eixo vertical em t = 0, ou seja, A é o valor de V para t = 0, V(t = 0) = A. Neste caso 𝐴 = 2,35𝑥10−6𝑉 = 2,35𝜇𝑉 (𝑙𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜) Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Quando não for possível determinar a constante A lendo diretamente no gráfico, deve-se escolher um ponto não experimental qualquer pertencente à reta, indicando-o no gráfico. 𝑃3 = 𝑥′3, 𝑦′3 = 𝑡3, 𝑉3 = (33,00𝑥10 −3𝑠, 40,00𝑥10−6𝑉) E, uma vez determinada a constante B, pode-se calcular A diretamente da equação, isto é, 𝐴 = 𝑉(𝑡3) 𝑒𝐵𝑡3 = 40,00𝑥10−6𝑉 𝑒(85,24𝑠 −1.33,00𝑥10−3𝑠) = 2,40𝑥10−6𝑉 = 2,40𝜇𝑉 Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Muitos fenômenos físicos são descritos por equações matemáticas do tipo 𝑦 𝑥 = 𝑘𝑥𝑛, onde k e n são constantes. Para linearizar esta equação, existem duas possibilidades: 1. Se n for conhecido, faz-se a comparação coma equação reduzida da reta e tem-se 𝑥𝑛 = 𝑥′ e 𝑦 𝑥 = 𝑦′(𝑥′) . O gráfico “ 𝑦′ 𝑥′ 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥′ ” (na verdade “𝑦′ 𝑥′ 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥𝑛 ”) feito em papel milimetrado fornece uma reta. E então, basta calcular a constante k usando os procedimentos já conhecidos. No entanto, em geral, o valor de n é desconhecido; 2. Se n for desconhecido, usa-se o papel di-log para facilitar. Vamos aprender a técnica de utilização do papel di-log para determinar constantes desconhecidas. Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Exemplo 2: Em um experimento realizado com uma lâmpada, mediu-se a corrente em função da tensão aplicada ao filamento incandescente, e foram obtidos os dados experimentais tabelados abaixo. Sabendo que a equação que rege o fenômeno é do tipo 𝐼 𝑉 = 𝐶𝑉𝑤 , onde C e w são constantes, o que devemos fazer para determiná-las a partir do gráfico? Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log I(mA) 22,00 60,00 91,00 180,00 330,00 520,00 V(V) 0,60 2,50 4,00 11,50 26,00 49,00 i 1 2 3 4 5 6 O gráfico 𝐼 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑉 em papel milimetrado, fornece uma curva não linear. Portanto, devemos aplicar a técnica da linearização. Antes, porém, para podermos comparar a equação acima com a equação reduzida da reta, é necessário aplicar a função inversa da função de potência, que é o logaritmo (na base 10), como segue: 𝐼 𝑉 = 𝐶𝑉𝑤 log[𝐼 𝑉 ] = log[𝐶𝑉𝑤] log 𝐼 𝑉 = log C + log[𝑉𝑤] log 𝐼 𝑉 = log C + w. log[𝑉] Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Comparandocom a equação reduzida da reta, 𝑦′ 𝑥′ = 𝑎′𝑥′ + 𝑏′, temos log 𝐼(𝑉) = y′ x′ l𝑜𝑔 𝐶 = b′ wlog[V] = a′x′ Você pode verificar que esse gráfico é linearizado no papel milimetrado, construindo-o de acordo com os procedimentos descritos anteriormente. Inclusive, você pode calcular as constantes A e B. 𝑎′ = ∆𝑦′ ∆𝑥′ = (𝑦′2 − 𝑦′1) (𝑥′2 − 𝑥′1) = 𝑤 = ∆(log [ 𝐼]) ∆(log 𝑉 ) = (l𝑜𝑔 𝐼)2−(l𝑜𝑔 𝐼)1 (l𝑜𝑔 𝑉)2−(l𝑜𝑔 𝑉)1 𝑏′ = 𝑦′3 − 𝑎 ′𝑥3 = log 𝐶 = (l𝑜𝑔 𝐼)3 −𝑤(𝑙𝑜𝑔𝑉)3 Logo, 𝐶 = 10𝑏 ′ . Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log É evidente que essa linearização é trabalhosa, pois é preciso calcular uma nova tabela para, a partir dela, construir o gráfico que fornece uma reta. Para evitar todo este trabalho existe o papel di-log, que consiste de um papel quadriculado, onde ambos os eixos, o eixo das abcissas e o eixo das ordenadas, têm uma escala logarítmica de base 10, dividida em décadas (cada década multiplica por 10 os valores da década anterior). Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Cada década do papel di-log pode variar entre os múltiplos ou submúltiplos de 1 a 10. Entre o início de uma década e o de outra subsequente, há uma diferença de um fator de dez. Isto significa que, se a primeira linha da primeira década vale 1 (1x100), a primeira linha da segunda década vale 10 (1x101), e a primeira linha da terceira década vale 100 (1x102). Isto significa também que, se a última linha da primeira década vale 10 (1x101), a última linha da segunda década vale 100 (1x102), e a última linha da terceira década vale 1000 (1x103). Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Em geral o papel di-log tem duas décadas no eixo das ordenadas e três décadas no eixo das abcissas. Sendo logarítmica a escala dos eixos, estão representados diretamente, não os valores, mas sim os logaritmos desses valores. Não existe o valor zero no eixo logarítmico, uma vez que a função logaritmo não é definida para este ponto. A escala pode ser iniciada de um valor qualquer em potência de dez, NUNCA DE ZERO. Pode iniciar em 1x10-4; 0,001; 0,01; 0,1; 1; 10; 100; 1000; 1x104;... Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log No exemplo 2, se optarmos pela utilização do papel di-log, não é mais necessário calcular todos os logaritmos dos valores tabelados, como seria feito se fosse utilizado o papel milimetrado. O gráfico assim obtido no papel di-log, será equivalente ao gráfico “ log 𝐼 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 log[𝑉] ” obtido no papel milimetrado. Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log O coeficiente angular da reta é dado por: 𝑎′ = ∆𝑦′ ∆𝑥′ = (𝑦′2 − 𝑦′1) (𝑥′2 − 𝑥′1) = 𝑤 = ∆(l𝑜𝑔[𝐼]) ∆(log 𝑉 ) Se for no papel milimetrado (gráfico l𝑜𝑔 𝐼 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 log(𝑉)), temos 𝑤 = ∆(l𝑜𝑔[𝐼]) ∆(log 𝑉 ) = (l𝑜𝑔 𝐼)2−(l𝑜𝑔 𝐼)1 (l𝑜𝑔 𝑉)2−(l𝑜𝑔 𝑉)1 Porém, no papel di-log A ESCALA DO EIXO DAS ORDENADAS É LOGARÍTMICA, então, 𝑤 = ∆(l𝑜𝑔[𝐼]) ∆(log 𝑉 ) = l𝑜𝑔( 𝐼2) − log( 𝐼1) l𝑜𝑔( 𝑉2) − l𝑜𝑔(𝑉1) Construção de Gráfico Linear em Papel Mono-Log Note bem a diferença, e anote! Quando se adota o papel milimetrado, um ponto da reta corresponde a (x'i, y'i) = [(logV)i , (logI)i], e quando se adota o papel di-log, ponto da reta corresponde a (x'i, y'i) = [log(Vi ), log(Ii)]. Assim, escolhem-se dois pontos quaisquer da reta traçada em papel di-log, indicando-os no gráfico (não podem ser pontos experimentais!): 𝑃2 = 𝑥′2, 𝑦′2 = l𝑜𝑔(𝑉2), l𝑜𝑔(𝐼2) = (log(20,00𝑉), l𝑜𝑔 280,00𝑥10 −3𝐴 ) 𝑃1 = 𝑥′1, 𝑦′1 = l𝑜𝑔(𝑉1), l𝑜𝑔(𝐼1) = (log(1,00𝑉), l𝑜𝑔 30,00𝑥10 −3𝐴 ) 𝑤 = ∆(l𝑜𝑔 𝐼) ∆(𝑙𝑜𝑔𝑉) = l𝑜𝑔( 𝐼2) − log( 𝐼1) l𝑜𝑔( 𝑉2) − l𝑜𝑔(𝑉1) = 𝑙𝑜𝑔 𝐼2 𝐼1 𝑙𝑜𝑔 𝑉2 𝑉1 = 𝑙𝑜𝑔 280,00𝑥10−3𝐴 30,00𝑥10−3𝐴 𝑙𝑜𝑔 20,00𝑉 1,00𝑉 𝑤 = 0,75 Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Observe que o resultado da função logarítmica é adimensional, portanto, w é um número puro. Como era de se esperar, pois w é um expoente. Para determinar a constante C, deve-se escolher um ponto não experimental qualquer pertencente à reta, indicando-o no gráfico. 𝑃3 = 𝑥′3, 𝑦′3 = 𝑉3, 𝐼3 = (5,00𝑉, 100,00𝑥10 −3𝐴) E, uma vez determinada a constante w, pode-se calcular C diretamente da equação, isto é, 𝐶 = 𝐼3 𝑉3 𝑤 = 100,00𝑥10−3𝐴 5,00𝑉0,75 = 30,10𝑥10−3𝐴𝑉−0,75 = 30,10𝑚𝐴𝑉−0,75 Construção de Gráfico Linear em Papel Di-Log Atividades Exercício
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