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Fichamento_Carta_Enciclica - Fides Et Ratio

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FICHAMENTO – Estudo dirigido
Universidade Católica do Salvador
Curso: Direito 
Professor: Jurandir
Aluno: Pedro Henrique Almeida Guerreiro
Teórico estudado: João Paulo II
Texto estudado: Carta Encíclica Fides et Ratio 
Data: 21/09/2015
1 Biografia
Nascido no dia 18 de maio de 1920, em Wadovice, cidadezinha da Polônia, Karol Józef Wojtyla, é o mais novo dos três filhos do polonês Karol Wojtyła, e de Emilia Kaczorowska, que é descrita como tendo ascendência lituana e, possivelmente, ucraniana. 
Karol Józef Wojtyla tem sua história intrinsecamente ligada à história do seu país, oprimido até a 1ª Guerra Mundial e, em sua grande maioria católico. Em meio a tantos países com orientação ortodoxa, ser católico na Polônia era motivo de orgulho a pátria. E Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, desde criança mostrou-se muito nacionalista e um católico fervoroso e praticante.
Em 1978, Wojtyla foi eleito Papa, com 99 votos dos 111. Em homenagem a seu antecessor, o Papa João Paulo I, ele escolheu seu nome: João Paulo II. Seu pontificado foi o terceiro maior documentado da história, com 27 anos. Um dos líderes que mais viajou na história, ele percorreu 129 países durante o seu pontificado. Ele dominava vários idiomas, como italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, sua língua materna. 
Considerado o Papa Pop, ele atraia milhares de pessoas por onde passava, e foi bastante influente em questões políticas e econômicas, sendo um dos principais responsáveis pela queda do comunismo em seu país natal, e talvez em toda Europa. João Paulo II foi o primeiro papa a visitar o Brasil. Sua vinda veio em apenas dois anos de pontificado, e arrastou uma multidão de 4,5 milhões de católicos e não católicos às ruas do país, mexendo com todo Brasil. Até o fim de seu episcopado, o Papa pisou em terras brasileiras por quatro vezes, sendo três dessas visitas oficiais e uma delas, apenas uma conexão no aeroporto, antes de seguir para a Argentina, em 1982.
No dia 13 de Maio de 1981, o Papa foi atingido por um tiro e gravemente ferido durante uma tentativa de assassinato quando entrava na Praça de São Pedro, no Vaticano. Apenas um dia antes do aniversário da primeira tentativa contra sua vida, no dia 12 de maio de 1982, ele sofreu a segunda tentativa. Foi em Fátima, em Portugal, quando um homem tentou esfaquear João Paulo II com uma baioneta.
João Paulo II veio a falecer em 2 de abril de 2005, em decorrência do agravamento do Mal de Parkinson, que já lhe debilitava há anos. O Santo Padre foi um dos líderes mais influentes do século XX.
2 Obras
Dentre as publicações de João Paulo II, tem livros de poesia e, sob o pseudônimo de Andrzej Jawien, escreveu uma peça de teatro, A Loja do Ourives em 1960. Amor Frutuoso e Responsável e Sinal de Contradição, ambos publicados em 1979, fazem parte de seus escritos éticos e teológicos. A sua primeira Encíclica foi a "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens), em 1979. A segunda das Encíclicas de João Paulo II tratava de Deus Pai e ficou conhecida como "Dives in Misericordia" (Rico em Misericórdia). Depois vieram a Encíclica "Dominum et Vivificantem”, em que ele discorria sobre o Espírito Santo; “Laborem Exercens”; “Sollicitudo Rei Socialis"; "Centesimus Annus"; "Slavorum apostoli" (Apóstolos dos Eslavos); "Redemptoris Mater", A Mãe do Redentor; "Evangelii nuntiandi"; "Veritatis Splendor" (Esplendor da Verdade); "Evangelium Vitae" (Evangelho da Vida); "Ut unum sint"; "Fides et Ratio" e "Ecclesia de Eucaristhia".
Dos livros, não muito comumente publicados por Papas, João Paulo II acumulou O Limiar da Esperança (Outubro de 1994); Dom e Mistério (Novembro de 1996); Tríptico Romano (Março de 2003); Levantai-vos! Vamos! (Maio de 2004) e Memória e Identidade (Fevereiro de 2005). 
3 Nomeie a obra
PAULO II, JOÃO. Carta Encíclica Fides et Ratio do Sumo Pontífice João Paulo II aos bispos da Igreja Católica sobre as relações entre fé e razão. Paulinas, edição: 5ª, São Paulo.
4 Liste as ideias mais importantes. 	
Capítulo I: A Verdade
Capítulo II: A sabedoria e o conhecimento
Capítulo III: O caminho da verdade e conhecimento empírico
Capítulo IV: A teologia e S. Tomás: O apóstolo da verdade
Capítulo V: Filosofia e o magistério eclesiástico
Capítulo VI: Evangelização das culturas e a verdade a cerca de Deus
Capítulo VII: O Deus absoluto
5 Faça o resumo.
Capítulo 1: A Verdade
De acordo com o Papa, o conhecimento vem de Deus e não há conhecimento senão por Ele. A Fé e a Razão (fides et ratio) formam, portanto, duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. O conhecimento da verdade surgiu no homem a partir da colocação de Deus. "Deus não se engana e nem quer enganar." (p. 16). 
Escrita para os bispos, a carta aqui tratada é um convite a pensar na verdade. “Se nós não pensarmos, outros fatalmente pensarão por nós e marcarão as nossas ideias e padrões, quase que sem percebermos”. O Papa ainda alerta sobre a falta modéstia, que vem das verdades parciais e provisórias. 
O uso correto da razão permite aos homens se descobrirem e se realizarem, para assim encontrarem o sentido para sua existência. Lembremo-nos da máxima do filósofo Sócrates “conhece-te a ti mesmo”. Como não pode haver questionamentos sobre a verdade, o autor descreve que o conhecimento pela fé vai aquém do que a ciência pode compreender e explicar, por isso ele indica que todos conheçam a fund. Ele ainda afirma que a Igreja apoia a divulgação da verdade adquirida, para que outras pessoas sejam também, conhecedoras da verdade e desfrutem da riqueza do amor de Deus. 
Capítulo II: A sabedoria e o conhecimento 
Na Sagrada Escritura o homem sábio é descrito como aquele que ama e busca a verdade. A leitura do livro sagrado ainda traz conhecimentos de outras culturas e civilizações, de como a fé e razão não podem ser separadas e não há hierarquia estabelecida entre elas. Elas estão ligadas e dependentes entre si. 
Neste capítulo fica claro que existem três regras para à busca do conhecimento: Primeiramente, um caminho sem descanso; Depois, que não se deve pensar que a conquista como uma vitória individual e, por último, que nunca devemos esquecer do temor a Deus. De acordo com o Papa, quando o homem esquece-se deste último, torna-se falso conhecedor da verdade, sendo assim, deixa de acreditar em Deus, pois considera-se autossuficiente em sua dita verdade. 
Para o Santo Papa, o desejo de conhecer é uma característica comum a todos os indivíduos. Graças à inteligência, é dada a todos, crentes e descrentes, a possibilidade de « saciarem-se nas águas profundas » do conhecimento (cf. Prov 20, 5).
Quando o homem se distancia das regras divinas, corre o risco de acreditar que conhece muita coisa, se de fato conhecer. E, assim, muitas vezes, acaba por negar a existência de Deus. Ainda neste capítulo, é mostrado que a relação entre a fé e a filosofia encontra, na pregação de Cristo crucificado e ressuscitado. Nesta passagem, é transparente a fronteira entre a razão e a fé, mas também evidencia o momento, onde as duas se podem encontrar. 
Neste texto, o autor tenta esclarecer que o homem tem livre arbítrio, e, por isso acredita que Deus não existe, pura e simplesmente, por não encontrar todas as respostas para seus questionamentos. Desse modo, ele usa a fé para entender os propósitos de Deus, mas é movido pela razão. A carta afirma que o verdadeiro conhecimento é aquele que vem de Deus e, que feliz é o homem que vive às margens da sabedoria fazendo dela casa de sentimentos bons. 
Capítulo III: O caminho da verdade e o conhecimento empírico 
O apóstolo Paulo discorre sobre a necessidade do desejo e nostalgia de Deus, e mostra para os atenienses, pela primeira vez, as maravilha do Senhor. Segundo Paulo, o homem é o único ser que tem o saber, e por isso, desencadeia uma busca incessante pela verdade, não admitindo ser enganado. Ninguém vive sozinho,
sendo assim, você deve criar laços com as pessoas e não se fechar em um mundo particular, isolado dos demais. 
O homem sabe que a morte é uma certeza, então passou a procurar resposta que justifique nossa existência e a da própria morte. O mistério da morte e a Ressureição de Jesus é uma incógnita, que desafia o homem. Este, por sua vez, se utiliza do seu cotidiano e tudo que vive - crenças, manias e experiências – para, a partir daí formular sua filosofia, sempre a procura da verdade, mesmo esta possa lhe causar medo. Não cabe a este viver a favor da mentira, da dúvida ou da incerteza. Não faz bem. Ele usa a intuição a seu favor. 
É de notório conhecimento, que existem verdades filosóficas, sejam elas, científicas e/ou religiosas. E, são essas verdades que fazem com que o homem pense: o que é um ato filosófico, e que exprime a essência da existência humana. 
O homem é, por natureza, um animal político, o que faz com que ele, esteja sempre em estado de convivência com outras pessoas e nunca vivendo sozinho, apenas em casos de solidão específica. O conhecimento empírico é de imprescindível para a construção de um 'eu humano' e da verdade que ele busca. 
Destarte, para que a busca pela verdade tenha êxito é preciso compreender que há a necessidade de um diálogo de fé e uma amizade sincera, é quando se percebe que a maior verdade é a da existência de Jesus Cristo, o que não resta dúvidas. E, João Paulo volta a afirmar que Deus é a verdade e a vida, que apenas por meio Dele a verdade existe, e que precisamos separar a fé da razão, como fazem alguns pensadores com excessivo racionalismo.
Capítulo IV: A teologia e S. Tomás: O apóstolo da verdade
O quarto capítulo nos apresenta o conhecimento empírico. Os criadores da filosofia decidiram então, não deixar de acreditar nos deuses e nas crenças, passando a explicar o porquê da existência de si próprio. Quando se refere à aproximação dos cristãos com a filosofia é preciso ressaltar também que o apóstolo Paulo por meio de um livro da bíblia nos adverte "Vede que ninguém nos engane com falsas filosofias, fundadas nas tradições humanas, nos elementos do mundo, e não em cristo" (p. 52). Ele demonstra que não devemos nos enganar com o excesso de informação, mas sim filtrar tudo que for importante e nos aproxime de Deus. 
As escolas de Filosofia que buscavam explicar a existências dos deuses e das crenças foram mal vistas, chegando a ser comparadas com um tipo de transtorno. Elas transmitiam a mensagem de forma que todos pudessem ter acesso à verdade, tornando-se aptos a aprender. 
Com o passar dos tempos, percebeu-se que a filosofia era e ainda o princípio de tudo. Através dela podemos conhecer a fundo todas as religiões, pois a partir da mesma, podemos se embasar para saber diferenciar a verdade da mentira. Surge então a teologia que sobre um discurso racional em relação a Deus. De origem grega, denominada teologia cristã. 
Os pensadores cristãos conseguem dar fundamento sólido as questões relacionadas à existência do ser. Com a ajuda da filosofia, a teologia teve grande importância na percepção e busca da verdade, auxiliando o indivíduo na compreensão final do ciclo da vida humana. Santo Anselmo revela que "quanto mais se ama, mais se deseja conhecer.” (Pág. 59) Mas entende e aceita que é racional compreender que é incompreensível saber tudo ou quase tudo sobre Deus. Deixando claro mais uma vez que é preciso evitar a separação entre fé e razão. Fé e razão tem sua origem, luz -discernimento- em Deus. 
A fé por sua vez confia na razão, esta tem força para à caminhada que leva ao conhecimento do ministério do Deus Uno e Trino. Como era de se esperar, a teologia tomou uma forma importante na busca da verdade. São Tomás foi declarado o mestre da teologia, pois tinha ampla visão sobre Deus e um pensamento direto de praticar teologia. São Tomás sempre se mostrou adorador da verdade, consagrando-se então como "apóstolo da verdade" (p. 63). 
Tomás afirma que o espírito tem por finalidade amadurecer o indivíduo. Pensadores racionalistas num ato presunçoso de se opor a fé disseminam a ideia de que a fé não deve caminhar ao lado da razão. Neste ponto, a separação entre fé e razão é inevitável, as consequências esperadas eram sempre as mesmas; desconfiança a Deus e falta de fé, uma das piores consequências. Logo que o individuo sem fé perde a possibilidade de enxergar, percebe-se a consequência racionalista, dando espaço para o surgimento do niilismo que por sua vez, diz que há sempre uma transição entre velho e novo, portanto não devemos nos apegar a informações sucintas, a final tudo muda ao longo do tempo. 
O autor demonstrou que o apóstolo da verdade (São Tomás) era fiel em sua missão de buscar o conhecimento, buscando saber apenas a verdade sobre Deus. Sua forma direta de ver o mundo inspirava os indivíduos, fazendo com quê devolvessem interesse por novas buscas de conhecimento, alimentando sua ganancia por prazer e poder. Mais uma vez a presume-se que o indivíduo exibe o saber apenas por vaidade e não por amor à filosofia. "O homem atual torna-se refém de suas próprias criações, ou seja, pelo produto do trabalho feito por suas mãos" (p. 66).
Desvirtua-se tanto o conhecimento sobre Deus, que criou todos os fomentos para a busca de resposta. Percebe-se a necessidade de amadurecimento para enxergar além do que os olhos podem ver. Deixando clara a necessidade da fé e razão caminhar lado a lado.
Capítulo V: Filosofia e o magistério eclesiástico
Neste capítulo, o autor fala que a filosofia existe porque é movida pela verdade, e se assim não fosse, não existiria motivos para permanecer. Ao longo da história, entretanto, a filosofia incorreu em alguns erros, que colocou a fé a ponto de desconfiança. No entanto, a encíclica imprime que o Magistério eclesiástico tem propriedade para exercer “a luz da fé, o discernimento crítico sobre filosofias e afirmações que contradigam a doutrina cristã” (p.27).
Para o autor, quando se tem acesso aos conhecimentos filosóficos que dizem respeito a Deus, tem-se por obrigação, num serviço firme e humilde, testemunhar a verdade. Nesse caso, a filosofia aparece como mediadora entre a verdade da fé e a verdade racional humana, aquela do “vê para crer”. 
A verdade da Sagrada Escritura deve ser interpretada através de uma união com toda Igreja, tendo sempre o cuidado de não individualizar a verdade da citada, com a aplicação de uma única metodologia.
Analisando por essa ótica, no processo de caminhada em busca dos conhecimentos de Deus, nada pode ser ignorado. Até mesmo a mentira deve ser percebida, pois no resultado final, deve haver um pouco de verdade em tudo.
O texto mostra que a desconfiança é percebida em quem acredita que a verdade resulta do consenso, e não na conformidade do intelecto com a realidade objetiva. Entende-se, portanto, que num mundo de tantas particularidades é muito difícil reconhecer aquele sentido total e último da vida, procurado pelo filosofia.
As informações devem ser absorvidas com discernimento e precaução. Ao longo do tempo, a filosofia clássica foi abandonada e, com ela também ficaram de lado as tradições. De novo, bebendo dos ensinamentos de São Tomás, é possível afirmar que a separação da fé e razão não é um ato saudável. 
Na carta empírica, o Santo Padre fala sobre sua tristeza junto ao magistério eclesiástico pelo fato de não haver uma preocupação com a filosofia entre os teólogos e, sobretudo um grande desinteresse em obter tal conhecimento. De acordo com João Paulo II, a instituição religiosa católica possui imenso interesse pela filosofia e mantém respeito pelo estudo, inclusive, porque sem ele seria improvável o entendimento dos designíos de Deus. 
Cápitulo VI: Evangelização das culturas e a verdade a cerca de Deus.
No início do capítulo supracitado o autor afirma novamente a suma importância da filosofia no estudo teológico. Tendo inteligência a própria divindade, ela passa a ser reconhecida como o autêntico saber. A filosofia por sua vez,
tem sua importância como base de estudo, servindo de preliminar para qualquer ensinamento e ainda auxilia na argumentação. Ele volta a dizer que os teólogos não só tem desinteresse pela filosofia, mas também a negam como valor universal. 
A filosofia volta a ser um auxílio e nos ajuda a entender que precisamos filtrar os conhecimentos adquiridos para a vida no sentido cultural e absorver também "não o que os homens pensam, mas qual é a verdade objetiva" (p. 92). Jesus Cristo quer nossa emaciação próximo Dele de forma que levemos seus ensinamentos a todos os lugares. Muitas culturas distinguiram os conhecimentos de Deus e acolheu a revelação divina, a relação com o homem absolvendo novidades e registrando transformações. 
Existiu então, a evangelização das culturas, fazendo com que estas se perdessem ou se dividissem. Pairam vários mitos em relação à verdade de Deus, muitos pensam que devem viver nas "rédeas" e viver apenas para Deus e mais nada, Nos mostrando que não é assim, afinal temos livre arbítrio. A verdade a cerca de Deus não priva o crente de nada, mas ao conhecer melhor o indivíduo sabe discernir o Joio do trigo. O objetivo final torna-se a compreensão mais profunda dessa palavra por parte das sucessivas gerações. "Visto que a palavra de Deus é verdade." <Cf. Jo 17:1> (p. 98).
A teologia tem por finalidade a compreensão mais profunda da palavra de Deus que será deixada para as gerações futuras. Constantemente é preciso lembrar a existência muitos filósofos e teólogos que foram importantes não sendo necessário citar a todos. Um dos mais importantes, S. Tomás de Aquino - apóstolo da verdade - que com seu reto modo de viver e aprender sobre Deus, inspirou muitos indivíduos a fazer o mesmo. Existe então, um "Deus pessoal, livre e criador" (p. 102), que ajuda o indivíduo a progredir filosoficamente e pessoalmente. A filosofia explora as verdades racionais da sagrada escritura, e afirmando assim, que existe a verdade e o racional.
Para considerar-se que um filósofo torne-se teólogo, é preciso exibir a fé a partir da revelação. É impossível separar a filosofia da teologia, caso acontecesse à consequência seria a destruição dos princípios básicos de autonomia. “O autor volta a afirmar a importância de S. Tomás de Aquino em detrimento à busca da verdade, e demonstra que quem crê pensa e para o exercício do ‘pensar” é preciso ter base filosófica.
Capítulo VII: O Deus absoluto
A Sagrada Escritura traz consigo as definições, explícitas e implícitas, sobre as respostas de mundo e homem. Nela, há a revelação do Deus encarnado, que se fez carne e habitou entre nós. As incógnitas que a encarnação traz, continua a mover povos, religiões e até mesmo cientistas e folósofos. A razão, nesse momento, se mistura às percepções e a fé. 
No Panteísmo, percebemos a essencialidade divina, que inclui todo o universo, todas as coisas. No verbo encarnado encontra-se a natureza divina e humana que tem cada seu livre arbítrio mantendo seu relacionamento mútuo, sem conflitos com a filosofia, que por sua vez, se empenha na busca incessante da verdade e religiosidade do homem. 
Essa dúvida, que acomete tantos os homens, é agravada pela vasta quantidade de teorias, que se disputam entre si a resposta, ou os diversos modos de ver e interpretar o mundo e a vida do homem. Em decorrência, o pensamento ambíguo ocupa o espírito humano. Segundo o Concílio Vaticano II "A inteligência, de fato não se limita ao domínio dos fenômenos; embora, em consciência do pecado, esteja parcialmente obscurecida e debilitada, ela é capaz de atingir com certeza a realidade inteligível" (p. 110-111). 
O joio pode ser diferenciado do trigo, mesmo sofrendo o pecado original, tornando-se nítida a verdade de Deus. A palavra do Senhor vai além do que podemos ver ou compreender, é quando a metafísica começa a agir: intermediando a análise da experiência religiosa. Assim, não se restringindo à interpretação humana, como também à intervenção de Deus. 
"Não haveria revelação de Deus, mas só a expressão de noções humanas sobre ele e sobre aquilo que presumivelmente pensa sobre nós" (p. 114). Desse modo, é sabido que a filosofia utiliza do conhecimento empírico para buscar a verdade, analisando de forma particular, ao que concerne o conhecimento do bem moral. Entretando, sem deixar que o conhecimento empírico ponha limites, pois é impresindível a fé e a razão, para que se haja a verdade.

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