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2- Avaliação do Estado Nutricional

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AVALIAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL NA DOENÇA 
RENAL CRÔNICA 
Problemáticas da Doença Renal 
Crônica 
1) Alta taxa de mortalidade por doença 
cardiovascular aterosclerótica 
2) Alta a prevalência de inflamação crônica 
3) Alta a prevalência de desnutrição, de 
diversos tipos 
4) A desnutrição é fator de risco significativo 
de mortalidade 
5) A inflamação está associada à desnutrição e 
à mortalidade cardiovascular 
 
Nutrition Care Process 
Simplificado 
Fonte: Academy of Nutrition and Dietetics. Nutrition Terminology Reference Manual (eNCPT): 
Dietetics Language for Nutrition Care. http://ncpt.webauthor.com2014. 
Avaliação do Estado Nutricional 
INDICADORES: 
Provam que um problema de 
nutrição existe: 
• Dados da avaliação do 
estado nutricional. 
• Dados com potencial de 
resultados. 
ETIOLOGIA: 
Explica PORQUE o problema 
existe. É a causa ou fatores que 
contribuem para um problema 
de nutrição. Pode ser: 
• Patofisiológica 
• Psicossocial 
• Situacional 
• De desenvolvimento 
• Cultural 
• Relacionada ao meio 
ambiente 
História 
História Alimentar 
Métodos 
1) Recordatórios 
2) Diários 
3) QFAs 
Carrero et al. Am J Clin Nutr, 85, 2007 
Apetite e Sobrevida em 
Diálise 
n=223 HD, acompanhamento: 19 meses 
Hemodiálise 
Sobrevida e Ingestão Alimentar 
Araújo et al. J Renal Nutr, 16(1), 2006 
Parâmetro Sobreviventes 
(n=239) 
Não-sobreviventes 
(n=105) 
p 
Sexo (M/F) 142/97 65/40 NS 
Diabetes (n/%) 49/21 40/38 0,001 
Idade (anos) 47,6±15,9 56,9±14,2 <0,001 
Creatinina sérica (mg/dL) 9,2±3,7 8,1±3,1 0,01 
Albumina sérica (g/dL) 3,9±0,5 3,6±0,5 0,001 
Kt/V 1,18±0,31 1,13±0,32 NS 
Índice de Massa Corporal 23,8±4,0 24,2±4,9 NS 
Prega do tríceps (%) 98,9±52,9 96,0±52,2 NS 
CMB (%) 92,1±14,1 87,3±13,2 <0,01 
Ingestão calórica (kca/kg/d) 27,4±8,9 23,5±7,4 <0,001 
Ingestão protéica (g/kg/d) 1,01±0,38 0,92±0,34 0,02 
Exame 
Físico 
Fonte: NCP, 14 (2), 1999 
Exame Físico – Tecidos de 
Proliferação Rápida 
 
Exame Físico – Massa 
Gordurosa 
Fonte: Baxter SGA Training 
Packet, 1995. 
Desnutrição Grave 
Fonte: Baxter SGA Training Packet, 
1995. 
Exame Físico – Massa Muscular 
 
Desnutrição Grave 
Fonte: Baxter SGA Training Packet, 
1995. 
Presença de Edema 
 
História e Exame Físico 
CAPACIDADE FUNCIONAL 
 
 Capacidade de realizar atividades do dia a 
dia 
 Bom indicador de resultados da terapia 
nutricional 
 
•Sistema de escore baseado na história e exame físico. 
Classificação: 0 (A) a 3 (C) (normal à gravemente desnutrido) 
 
• HISTÓRIA: 4 ou 5 componentes: perda de peso nos últimos 
6 meses, sintomas GI, ingestão alimentar, capacidade 
funcional e comorbidades (na primeira versão). 
 
•EXAME FÍSICO: 2 componentes: perda de massa gorda e 
muscular. 
 
Modificações da SGA 
1. Sete Pontos 
Quatro itens com escala de 7 pontos. Menor valor = pior estado 
nutricional 
1. Perda de peso durante últimos 6 meses 
2. anorexia 
3. Perda de massa gordurosa 
4. Perda de massa muscular 
Escores de: 
1 a 2 = desnutrição grave 
3 a 5 = desnutrição leve-moderada 
6 a 7 = normal 
 
Estudo CANUSA: J Am Soc Nephrol, 7, 1996 
SGA mais levada, menor risco de morte e hospitalizações 
Am J Clin Nutr, 89, 2009. 
Em diálise, a desnutrição no inicio, avaliada pela SGA, foi associada com 
aumento de 2 vezes no risco de morte em acompanhamento de 7 anos 
1. Mudança de peso corporal 
2. Ingestão alimentar 
3. Sintomas GI 
4. Capacidade funcional 
5. Perda de gordura subcutânea 
6. Perda de massa muscular 
7. Comorbidade e tempo de diálise 
(incluídos) 
 
Kalantar-Zadeh et al, NDT, 14,1999 
Modificações da SGA 
2. Dialysis Malnutrition Score 
(ou “SGA modificada”) 
Excluída 
avaliação de 
edema 
1 (normal) a 5 
(desnutrição grave) 
pontos cada item. 
Total: 7 a 35 pontos 
Aplicação do Dialysis Malnutrition Score (DMS) 
Outros Instrumentos 
História e Exame Físico 
 PG-SGA Pontuada Desbrow et al. J Ren Nutr, 15, 2005 
 
 DETERMINE Leung et al, J Ren Nutr, 8, 1998. 
 
 Mini Nutritional Assessment-Short Form (MNA-
SF) J Gerontol Biol Sci Med Sci, 56, 2001 
 
 Malnutrition Screening Tool (MST) 
 Nutrition, 15, 1999 
Antropometria 
Hemodiálise 
IMC e Mortalidade 
•n=54.535 HD 
•45% diabéticos 
•2 anos 
Kalantar-Zadeh et al, Am J Kidney Dis., 46(3), 2005 
Gordura Corporal e IMC 
20 30 40 
0 
10 
20 
30 
Rho=0,79 
p<0,0001 
IMC (kg/m2) 
M
a
s
s
a
 G
o
rd
u
ro
s
a
 (
k
g
) 
 
DEXA 
78 pacientes 
Leinig et al, J Renal Nutr, 18(5), 2008 
Pregas Cutâneas 
Variável r* Valor p 
Idade (anos) -0,05 NS 
Ingestão protéica (g/kg/dia) 0,06 NS 
Ingestão energética 
(kcal/kg/dia) 
0,10 0,01 
Triglicerídeos (mg/dL) -0,02 NS 
LDL colesterol (mg/dL) 0,04 NS 
HDL colesterol (mg/dL) 0,01 NS 
Albumina (g/L) 0,08 0,02 
Transferrina (mg/dL) -0,04 NS 
TFG (mL/min/1,73m2) 0,07 0,05 
Variável r* Valor p 
Proteinúria (g/dia) -0,02 NS 
Bicarbonato (mmol/L) 0,02 NS 
Glicose (mg/dL) -0,03 NS 
Insulina (µU/L) 0,02 NS 
Leptina (ng/mL) -0,26 <0,001 
Adiponectina (µg/mL) -0,10 0,01 
HOMA 0,01 NS 
PCR (mg/L) -0,15 <0,001 
Correlações com a Área 
Muscular do Braço 
Castaneda-Sceppa et al. J Renal Nutr, 17(5), 2007 
n=780, CKD estágios 3 e 4 (dados do MDRD) 
Laboratoriais 
IL-6 é Preditora de Desfecho Ruim na 
DRC 
AJKD 2005 
NDT 2004 
 
NDT 2002 
JASN 2006 
Bologa et al. AJKD 1998 
Inflamação: Preditora de Desnutrição 
na DRC 
AJKD, 2006 
296 pacientes iniciando a terapia dialítica 
Índice Geriátrico de Risco 
Nutricional 
GNRI = [14,89 x albumina g/dL]+ [41,7 x (peso corporal atual/peso corporal ideal)] 
Hemodiálise 
Fonte: Nephrol Dial Transplant, 25, 2010 
Modificações da SGA 
3. MIS (malnutrition 
inflammatory score) 
10 componentes 
Inclusão de: 
 IMC 
 albumina 
 capacidade total de ligação do ferro (TIBC) 
Kalantar-Zadeh et al. Am J Kidney Dis, 39, 2001 
Escores: 
0=normal, 3=gravemente enfermo pontos cada item (+ estreito que o 
anterior) 
Total: 0 a 30 pontos 
Kidney Int, 73, 2008 
PEW 
Critérios 
Luke Fildes 1891

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