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Jéssica Caroline Costa Silva Matéria: Fisioterapia Aplicada a Neurologia DEFINIÇÃO Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas. EPIDEMIOLOGIA A EM é tipicamente diagnosticada entre 20 e 50 anos, porém, a EM também pode ser desenvolvida na infância assim como após os 60 anos de idade. A doença é mais comum em mulheres (2- 3:1), e aparece mais frequentemente em caucasianos (particularmente do norte da Europa e seus ancestrais). A estimativa é que exista mais de um milhão de casos mundiais da EM. 450 mil são na Europa. No Brasil 10 em cada 100 mil habitantes tem a patologia. Estima-se que mais de 2.5 milhões de pessoas sejam afetadas pela esclerose múltipla no mundo todo. No Brasil, estima-se que existam cerca de 25 mil pessoas com esclerose múltipla (15 pessoas a cada 100 mil), sendo que a região sudeste apresenta o maior número de casos diagnosticados. Estudo realizado pelo CIEM demonstrou que a prevalência da Esclerose Múltipla em Belo Horizonte é de 18 casos por 100.000 habitantes. FATORES DE RISCO Idade: a faixa de idade mais frequente é dos 20 aos 50 anos. Sexo: afeta mais as mulheres do que os homens . Fator Genético: se há casos de Esclerose Múltipla em familiares próximos, o risco de desenvolver a doença sobe para 1-3% além do risco geral da população sem este fator de risco (que é de cerca de 0,1%). Etnia: determinadas raças, como brancos com ascendência européias, são mais suscetíveis do que outros como asiáticos, negros ou americanos. Localização Geográfica: a EM é bem mais comum em países do hemisfério norte, Europa, Canadá, norte dos Estados Unidos, ou no extremo sul, como o sul da Austrália e Nova Zelândia. Doenças Relacionadas: Outras doenças autoimunes, como diabetes tipo I, doenças da tireoide ou doença inflamatória intestinal, predispõem à ocorrência de EM. Níveis baixos de vitamina D no sangue: dados clínicos de grandes estudos recentes indicam que esta alteração pode contribuir nas crises e desenvolvimento da doença. ETIOLOGIA Sua etiologia permanece desconhecida e continua a ser um dos mistérios da medicina. Não é uma doença evitável ou curável, embora, já exista medicamentos que modificam de forma benéfica a evolução da patologia. ETIOLOGIA CAUSAS Fatores ambientais e genéticos. Vírus. Aspectos Imunológicos QUADRO CLÍNICO • Os sintomas da patologia podem variar de pessoa para pessoa e até variam na mesma pessoa. • As características clínicas são divididas em duas partes através do lugar da lesão: Lesões no Cérebro Lesões na Medula Espinhal LESÕES NO CÉREBRO Transtornos Visuais Falta de força e de sensibilidade nos membros Falta de controle dos movimentos das mãos Desiquilíbrio Alterações na memória Fadiga LESÕES NA MEDULA ESPINHAL Fraqueza dos membros superiores e inferiores Espasticidade Rigidez e sensação de membros pesados, dormência, dores, comichão Dificuldade de locomoção SINTOMAS Alterações Fonoaudiológicas Fadiga Transtornos Cognitivos Transtornos Emocionais Problemas de bexiga e intestinais Transtornos Visuais Problemas de Equilíbrio e Coordenação Espasticidade Sexualidade ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS Fala Lentificada; Palavras Arrastadas; Voz Trêmula; Disartrias; Fala Escandida; Disfagias (dificuldade na deglutição); FADIGA Cansaço Intenso; Incapacidade na realização de uma atividade desejada; TRANSTORNOS COGNITIVOS Processamento da memória; Execução de tarefas; Os portadores de EM demoram mais tempo para memorizar as tarefas e possuem mais dificuldades para executar as mesmas. TRANSTORNOS EMOCIONAIS Sintomas Depressivos; Ansiedade; Transtorno de humor; Irritabilidade; Bipolaridade; PROBLEMAS DE BEXIGA E INTESTINAIS Incontinência Urinária; Esvaziamento incompleto e retenção da urina; Urgência fecal; Constipação Intestinal (fezes excessivamente duras e pequenas, eliminadas infrequentemente ou sob excessivo esforço defecatório); TRANSTORNOS VISUAIS Visão Embaçada; Visão Dupla (diplopia); PROBLEMAS DE EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO Perda de equilíbrio; Tremores; Instabilidade ao caminhar (ataxia); Vertigens e náuseas; Falta de coordenação; Debilidade Fraqueza Geral ESPASTICIDADE Espasticidade (rigidez de um membro ao movimento, acomete principalmente os membros inferiores); Parestesia (sensação tátil anormal), ou sensação de queimação ou formigamento em uma parte do corpo; SEXUALIDADE Disfunção erétil nos homens; Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres; Comprometimento da sensibilidade do períneo (região genitália), interferindo no desempenho do ato sexual; DIAGNÓSTICO Os sinais clínicos irão ser observados pelo médico neurologista e durante essa observação o mesmo avaliará dois critérios básicos: Evidência de múltiplas lesões no SNC. Evidência (clínica ou paraclínica) de pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico num indivíduo entre os 10 e 59 anos de idade. DIAGNÓSTICO EXAMES IRM – Imagens por Ressonância Magnética do crânio e coluna em níveis cervical, torácico, lombar. Retirada do líquor que banho o SNC para exames. Potencial evocado que mede a condução nervosa no seu trajeto visual, auditivo, motor e sensorial. CLASSIFICAÇÃO • Esclerose Múltipla Remitente Recorrente ou Surto de Remissão: evolui em surtos cujos sintomas ocorrem de maneira súbita em posterior recuperação parcial ou total dos mesmos. Esclerose Múltipla Primária Progressiva: evolui em surtos, mas com sintomas progressivos acumulados ao longo do tempo. Esclerose Múltipla Secundaria Progressiva: evolui com sintomas lentos e progressivos com o tempo em indivíduos que possuem a forma remitente recorrente, pode evoluir com ganho de sintomas sem surtos, em geral após 20 anos de doença pode ser observado. TRATAMENTO CLÍNICO O tratamento clínico é feito através de medicamentos, alguns deles são: Relaxantes Musculares Imunossupressores Imunomoduladores Quimioterapia TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS Faça as respirações inspirando pelo nariz com a boca fechada e expire lentamente pela boca com os lábios em posição de sopro. Este tipo de respiração melhora a função dos músculos respiratórios e favorece a função respiratória, permitindo uma melhor tolerância ao esforço e retardando a sensação da fadiga. Respire deste força durante 5 a 10 minutos no início de cada sessão, durante os períodos de descanso, e durantes a execução dos exercícios. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS Deitado de costas colocando a mão sobre a barriga Inspire o ar pelo nariz com a boca fechada de modoa encher a barriga, e a sua mão subir. Solte o ar pela boa com os lábios em posição de sopro, relaxando a barriga. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS Deitado de costas com ajuda dos braços Com a palma das mãos unidas, os dedos entrelaçados e os cotovelos esticados. Levante os braços acima da cabeça ao mesmo tempo que inspira. Abaixe os braços para a posição inicial, soltando o ar. O movimento dos braços devem ser lentos para aumentar o tempo de respiração. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS Respiração com inclinação do tronco Sentado numa cadeira com os pés apoiados no chão. Tente tocar com uma das mãos no chão, inclinando o tronco para o lado. Expire quando faz este movimento. Regresse à posição inicial, enquanto inspira. Repita o exercício para o lado contrário. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO São exercícios que põem em funcionamento os mecanismos que nos permitem caminhar e que controlam nossa postura. O tronco tem um papel importar nesse controle. Com exercícios provocaremos desequilíbrios que teremos de compensar. A velocidade de realização dos movimentos será lenta para permitir respostas de equilíbrios. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO C/ AJUDA NA PISCINA De pé usando uma bola Com os braços esticados, a outra pessoa atira-lhe a bola sobre a água. Deixe-a passar, rodando o seu tronco e o seu braço acompanhando a bola. Quando já não pode rodar mais, devolva a bola arrastando-a para a frente. Á medida que se sinta mais seguro(a) a bola pode ser lançada cada vez mais afastada do corpo. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO C/ AJUDA NA PISCINA Usando uma garrafa plástica De pé, com os pés afastados, com um braço levantado, cotovelo esticado e tronco ligeiramente inclinado. Sem mover os pés, agarre a garrafa que a outra pessoa lhe entrega. Passe a garrafa para a outra mão e por cima da cabeça. Endireite o tronco. Mantenha-se nesta posição durante uns segundos. Devolva a garrafa à outra pessoa com a mão contrária. O grau de dificuldade vai aumentando conforme lhe afastam mais a garrafa. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Lançar a Bola Segure a bola com ambas as mãos e levante os braços acima da cabeça. Lance a bola para dentro do cesto ou aro que se encontra à sua frente. O cesto ou o aro deve ser trocado de posição para que o paciente sem mover os pés, lance a bola rodando o corpo. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Com auxilio de um bastão Os ombros serão utilizados como referência. Coloque o bastão nas costas, segure-o com os cotovelos e coloque as mãos na cintura. Incline o tronco para frente e rode um dos ombros também para a frente. Faça depois o movimento contrário, inclinando ligeiramente o tronco para trás. Faça o mesmo exercício com o ombro contrário. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Em posição de caminhar Com os braços afastados do tronco, coloque os pés paralelos e ligeiramente afastados. Depois coloque um pé à frente do outro. Mantenha-se nesta posição sem se desviar para os lados. No caso de ter ataxia, recomenda-se fazer o exercício de olhos fechados. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Usando braçadeiras flutuadoras I De pé com uma braçadeira no peito do pé. Levante a perna para frente com o joelho esticado mantendo o tronco ereto/postura. Mantenha-se nesta posição afastando os braços para se equilibrar. A seguir leve a mesma perna para trás. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Usando braçadeiras flutuadoras II Coloque-se na posição do exercício anterior. Submerja o corpo na água, flectindo a perna que está apoiada, mantendo o tronco ereto e a outra perna a frente e com o joelho esticado. Volte a posição inicial. Faça o mesmo exercício mas com a perna que tem a braçadeira esticada para trás. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA C/ AUXILIO Usando uma bola Um de frente para o outro. Agarrar o mesmo braço (MMS direito com MMS direito / MMS esquerdo com MMS esquerdo) pelo cotovelo. Levantar a perna contrária ao braço e lançá-la para trás sem tocar o chão. Com a mão livre passar à outra pessoa a bola, por de trás das costas. A outra pessoa recebe-a e devolve-a da mesma maneira. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO No colchão Apoiar as mãos e os joelhos no colchão. Eles devem estar ligeiramente afastados de modo a repartir o peso do corpo. Inclina-se para um lado. Mantenha-se nessa posição. Incline-se para o outro lado. EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO NA PISCINA Com um colchão Sente-se no colchão de modo a que os pés não fiquem apoiados no chão. Mantenha está posição com as pernas e os braços afastados e o tronco ereto. Em seguida faça o exercício colocando-se numa posição ais instável aproximando os braços do tronco e unindo as pernas. Realize movimentos de tronco para a direita e esquerda em cada uma das posições descritas. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO São exercícios que tendem a melhorar o modo como movimenta os braços e as pernas e dotá-los de maior força e coordenação. Deve utilizar a maioria das articulações e músculos em cada movimento vencendo resistências, com fim de melhorar a execução do movimento. A velocidade será lenta para permitir que a informação chegue aos músculos. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO C/ AUXILIO Relaxamento flutuando de costas Para ter maior segurança coloque uma bóia na cintura e umas braçadeiras flutuadoras nos punhos e tornozelos. A outra pessoa coloca-se atrás do paciente segurando-o(a) na cintura. O paciente deve apoiar a cabeça no ombro da outra pessoa. A outra deve fazer-lhe rotações passivas com o seu corpo. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos flutuando de costas A Para ter maior segurança coloque uma bóia na cintura e umas braçadeiras flutuadoras nos punhos e tornozelos. A outra pessoa coloca-se atrás do paciente segurando-o(a) na cintura. O paciente deve apoiar a cabeça no ombro da outra pessoa. Afastar e unir os braços e as pernas, aproveitando a flutuação. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos flutuando de costas B Para ter maior segurança coloque uma bóia na cintura e umas braçadeiras flutuadoras nos punhos e tornozelos. A outra pessoa coloca-se atrás do paciente segurando-o(a) na cintura. O paciente deve apoiar a cabeça no ombro da outra pessoa. Submerja os braços e as pernas, vencendo a resistência da água. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos flutuando de costas C Para ter maior segurança coloque uma bóia na cintura e umas braçadeiras flutuadoras nos punhos e tornozelos. A outra pessoa coloca-se atrás do paciente segurando-o(a) na cintura. O paciente deve apoiar a cabeça no ombro da outra pessoa. Levante a perna até o peito dobrando o joelho sem retirar a braçadeira da água. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos com as pernas sentado(a) Sentado numa cadeira de madeira com a água pelo peito e com uma braçadeira no tornozelo. A) Levante a perna mantendo o joelho fletido. Volte a apoiar o pé no chão. B) Levante a perna com o joelho esticado e volta a posição inicial. * Este exercício também pode ser realizado na borda de uma piscina. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTOMovimento específico para o joelho Posicione-se de frente para a escada da piscina. Apoie-se na mesma com ambas as mãos. Leve o calcanhar até às nádegas. Volte a posição inicial. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimento completo da perna Posicione-se ao lado da escada da piscina. Apoie-se com a mão esquerda. Dobre o joelho esquerdo até o peito mantendo o é direito ao solo. Leve a perna esquerda para trás. Repita o mesmo movimento segurando-se com a mão direito e o joelho direito. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentar os braços segurando algum objeto Posicionar-se de joelhos com a água pelos ombros e com um objeto nas mãos. Com os braços juntos ao tronco e os cotovelos esticados, faça movimentos para a frente e para trás sempre empurrando a água com a palma das mão. Este exercício também pode ser feito com os movimento de braço para os lados e para a frente. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentar as pernas Posicionar-se de pé sem nenhum apoio e com uma braçadeira no peito do pé. Dobre o joelho até o peito com o tronco direito. Vá com a pernas para trás sem apoia-lo no chão. Equilibre-se afastando os braços do tronco. Repita o mesmo exercício porém com movimentos diagonais. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimento de giro com garrafa de plástico Posicionar-se de pé sem nenhum apoio. Apoie os dedos do pé na garrafa cheia de água. Rode a garrafa por debaixo da planta do pé. Acabe o movimento com a perna esticada e com o calcanhar apoiado na garrafa. Rode a garrafa para trás acabando o exercício com o joelho esticado e os dedos apoiados na garrafa. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimento em circulo - relógio Posicionar-se de pé sem apoio e com braçadeiras no peito do pé. A perna que tem a braçadeira é o ponteiro do relógio que marca as horas no chão. O outro pé que está sem a braçadeira deve estar sempre apoiado no chão. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO C/ AUXILIO Para os músculos da parte posterior da perna Deite-se de barriga para cima. O ajudante pegará na perna com uma mão na planta do pé e a outra por cima do joelho. Leve o joelho até o peito, dobrando-o, com a ajuda do ajudante. Volte a posição inicial, evitando que a perna caia rapidamente. O seu ajudante irá auxiliar ao mesmo tempo em que estica a perna. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para as pernas Sentar-se em uma cadeira alta e apoiar a planta do pé sobre uma bola num ângulo de 90º. Mantendo esta posição leve a bola para frente rodando-a até apoiar o calcanhar e esticar o joelho. Volte para trás, dobrando o joelho e apoiando os dedos na bola. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para os braços Deitar-se com a barriga para cima com os braços ao longo do tronco. Eleve o braço no sentindo do teto e abra a mão ao mesmo tempo em que dobra o pulso para trás. Abaixe o braço ao mesmo tempo que fecha a mão e dobra o pulso para frente. Mantenha o cotovelo esticado em todo o movimento. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para os braços Posicione-se em GATAS no chão, com uma mão apoiada na bola enquanto a outra permanecerá no solo mantendo o tronco ereto. Desloque a boca para a lateral e em seguida volte para o centro. Procure levar o peso do corpo repartido até à bola. Mantenha o contato da mão com a bora durante todo o percurso. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para as pernas Deita-se no chão com as costas apoiadas em um colchonete. A) Leve o joelho até o peito com os dedos do pé virados para si e arrastando o calcanhar pelo chão. Volte a posição inicial deslizando o calcanhar. O movimento deve ser lento. B) Leve o calcanhar até tocar no joelho. Volte a posição inicial controlando o movimento. C) Deslize o calcanhar pela parte interior da pernas contrária deste o tornozelo até tocar no joelho. Volte á posição inicial deslizando da mesma maneira. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para as pernas com auxilio da parede Forme um ângulo reto ao apoiar as costas no chão e as pernas esticadas na parede. Leve um joelho até o peito, como se estivesse descendo escadas e depois para cima como se estivesse subindo, apoiando o calcanhar na parede entre cada degrau. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para os braços Deite de costas no chão. Mantenha o braço com o cotovelo esticado e a mão aberta e apontada para o teto. Desloque levemente o ombro de forma a tentar tocar o teto. Mantenha a posição. Volta a apoiar o ombro com o cotovelo esticado. EXERCÍCIOS PARA REEDUCAR O MOVIMENTO Movimentos para os braços Ficar de pé em frente a parede: A) Apoie a mão na parede na altura do ombro, com os dedos para fora e o cotovelo dobrado. Deixe cair o peso do corpo progressivamente sobre a mão sem dobrar mais o cotovelo. Segure por alguns segundos. Retire o peso pouco a pouco. B) Apoie a mão na parede na altura do ombro, eleve o braço caminhando com os dedos pela parede ao máximo que conseguir. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EXERCÍCIOS PARA A MARCHA Vai caminhar reeducando as diferentes fases da marcha. Estes exercícios tendem a reduzir a fadiga ao realizar esforços, evitar más posturas e melhorar as zonas de apoio. REEDUCAÇÃO DA MARCHA Com ajuda de bastões Coloque-se de pé com uma pessoa atrás de si e com um bastão de madeira de cada lado do corpo (direito e esquerdo). Ambos agarram os bastões com braçadeiras nas extremidades, uma em cada ponta. Caminhe até a água chegar à sua cintura, para que os bastões fiquem à altura da água, avançando o braço e a perna contrária, um de cada vez. REEDUCAÇÃO DA MARCHA Caminha em linha reta Caminhe seguindo uma linha reta ou até mesmo uma linha reta imaginária Coloque um pé a frente do outro. Afaste os braços para obter maior equilíbrio. REEDUCAÇÃO DA MARCHA Fases da Marcha Paciente ficara de pé se apoiando em duas muletas, em ambos os lados, direito e esquerdo. Em seguida o mesmo deverá transferir o peso do corpo de um lado para o outro. Deve arquear as costas ao lado contrário do deposito de peso do MMII. REEDUCAÇÃO DA MARCHA Descer Degrau Posicione-se sobre um degrau. Procure apoio para ambas as mãos no corrimão. Desça um degrau com uma perna, enquanto isso, o joelho da outra perna deve ser dobrado. Volte a subir para o degrau inicial. O joelho da pernas que está apoiada não deve ir para trás rapidamente. Manter o tronco ereto durante todo o movimento. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ALONGAMENTOS Estes exercícios pretendem melhorar as propriedades dos músculos, favorecer a coordenação e aumentar a sensibilidade das zonas exercitadas. Os alongamentos serão realizados sem ajuda na ausência de espasticidade, permitindo a máxima tensão muscular. Deve manter-se na posição durante 6 a 8 minutos. Repetir os exercícios duas vezes. No caso de ter espasticidade, os exercícios devem ser realizados com o auxílio de outra pessoa, com movimentos rítmicos e suaves para relaxar. ALONGAMENTOS Parte posterior da coxa Coloque-se de joelho, com uma perna esticada para frente e apoiada no calcanhar. Incline o tronco no sentido da pernas esticada,expirando. Mantenha a perna esticada e o tornozelo dobrado para si. ALONGAMENTOS Parte posterior da coxa Sente-se em uma cadeira. Apoie os pés numa cadeira colocada em frente com os joelhos esticados. Passe uma corda pela planta dos pés. Incline o tronco para frente expirando a cada vez que a corda for puxada. ALONGAMENTOS Parte interna da Coxa O paciente deve se sentar ao chão com as pernas dobradas e as plantas dos pés em contato uma com a outra. Em seguida o mesmo deve segurar os pés pelo tornozelo inclinando o corpo para frente até o limite do paciente. ALONGAMENTOS Parte posterior da coxa O paciente ficará de pé com os braços esticados e apoiados na parede. Deve-se dobrar a perna da frente e a de trás deve se manter esticada. Já os calcanhares devem sempre estar apoiados no chão. Desloque o peso do corpo para frente mantendo o tronco ereto, o joelho de trás esticado e o calcanhar em contato com o chão. ALONGAMENTOS Parte anterior da coxa O paciente ficará de pé e irá se apoiar lateralmente com uma mão na parede. A outra mão estará em contato com o tornozelo do mesmo lado e puxando o mesmo em direção aos glúteos. Leve o tornozelo para trás e afaste-o do corpo, mantendo o tronco sempre ereto. CLÁUDIA RODRIGUES PESQUISE MAIS SOBRE O ASSUNTO ABEM: Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. (www.abem.org.br) BCTRIMS: Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas. (www.bctrims.org.br) INEURO: Informações referentes a Neurologia. (www.ineuro.com.br)
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