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SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO VVaassccuullaarriizzaaççããoo Anatomia Humana II 2 SUMÁRIO 1 Vascularização do Sistema Nervoso Central......................................................................... 1.1 Vascularização do Encéfalo....................................................................................... 1.1.1 Vascularização Arterial do Encéfalo............................................................... 1.1.2 Vascularização Venosa do Encéfalo.............................................................. 1.2 Vascularização da Medula.......................................................................................... Referências................................................................................................................................ 03 03 03 09 09 10 3 1 Vascularização do Sistema Nervoso Central O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de sete minutos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram. 1 1.1 Vascularização do Encéfalo O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso.1 1.1.1 Vascularização Arterial do Encéfalo O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.1 SISTEMAS DE VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO 4 ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior.1 A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum.4 Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo.3 ARTÉRIA VERTEBRAL E BASILAR (SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR) As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço.4 Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais3, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura- máter e a aracnóide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto1, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo.4 O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.3 POLÍGONO DE WILLIS 5 O Círculo Arterial ou Polígono de Willis é uma anastomose arterial de forma poligonal situado na base do cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo.1 É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda. A artéria comunicante anterior é pequena e anastomosa as duas artérias cerebrais anteriores adiante do quiasma óptico. As artérias comunicantes posteriores unem de cada lado as carótidas internas e as cerebrais posteriores correspondentes. Deste modo elas anastomosam o sistema carotídeo interno ao sistema vertebral.1 6 7 POLÍGONO DE WILLIS (ESQUEMA) TERRITÓRIOS VASCULARES 8 ORIGEM ARTÉRIA FIGURA LOCALIZAÇÃO REGIÃO VASCULARIZADA Artéria Cerebral Anterior Percorrem a fissura longitudinal do cérebro • Face medial de cada hemisfério (do frontal ao sulco parieto-occipital); • Parte mais alta da face súpero-lateral de cada hemisfério. • Pólo Frontal. ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA Artéria Cerebral Média Percorrem o sulco lateral em toda a sua extensão • Face súpero- lateral de cada hemisfério. • Pólo Temporal. ARTÉRIA BASILAR Artéria Cerebral Posterior Contornam o pedúnculo cerebral e percorrem a face inferior do lobo temporal • Face inferior do cérebro. • Pólo occipital. ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR Artéria Comunicante Anterior Entre as artérias cerebrais anteriores • Círculo arterial do cérebro. ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR Artéria ComunicantePosterior Entre a artérias cerebral posterior e carótida interna • Trato óptico, pedúnculo cerebral, cápsula interna e tálamo. * Tabela descrita por Ângelo Machado1, Gray2 e Moore3. 1.1.2 Vascularização Venosa do Encéfalo 9 As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.1 As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior.4 As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses.1 Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura- máter.1 Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro.1 1.2 Vascularização da Medula A medula espinhal é irrigada pelas artérias espinhais anterior e posteriores, ramos da artéria vertebral, e pelas artérias radiculares (originadas dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco), que penetram na medula com as raízes dos nervos espinhais.1 10 REFERÊNCIAS 1 MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 2 GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1998. 3 MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia Orientada para a Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 4 HERLIHY, Bárbara; MAEBIUS, Nancy K. Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano Saudável e Enfermo. 1ed. São Paulo: Manole, 2002.
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