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8.0 8.1 CAPÍTULO VIII: FLAMBAGEM. PARTE I – FUNDAMENTOS 1 – Generalidades. Nos pontos iniciais da Resistência dos Materiais procuramos dimensionar ou verificar estruturas pelas condições de resistência (limitação de tensões) e de rigidez (limitação de deslocamentos), estando as peças evidentemente em equilíbrio. Veremos neste capítulo que, de modo geral, não basta apenas impor as limitações de tensões e deslocamentos, sendo também necessário verificar a estabilidade do referido equilíbrio. Apenas para ilustrar de uma maneira elementar, a importância do fenômeno da instabilidade do equilíbrio, tomemos por exemplo uma régua comum de plástico de 30cm de comprimento e com uma secção retangular de 3cm x 0.2cm, solicitada por uma carga de tração e depois por uma carga de compressão (fig.1). Verificamos claramente que ao tracionarmos a régua, é necessária uma força grande para seu colapso (da ordem de 200Kgf), porém quando a comprimimos axialmente observa-se que com uma força pequena (da ordem de 1Kgf), a peça já adquire uma configuração completamente inaceitável em termos estruturais, ou seja, ocorreu a chamada instabilidade de equilíbrio e diz-se que a régua atingiu um estado limite de flambagem. A explicação detalhada e rigorosa do fenômeno da flambagem, será vista nos itens seguintes. O estudo da flambagem é particularmente importante nas peças longas e sobretudo nas estruturas mecânicas e metálicas em geral (edifícios, equipamentos, guindastes, torres, pontes, aviões, veículos, máquinas etc.), onde as espessuras são normalmente pequenas quando comparadas com outras dimensões. Entretanto, em muitas estruturas de madeira e concreto o problema de flambagem também é de grande importância e deve ser considerado adequadamente. Podemos dizer ainda, que boa parte dos acidentes em estruturas ocorre devido aos problemas de instabilidade do equilíbrio, provocando em geral grandes deslocamentos e conseqüente ruína da estrutura. Embora o assunto tenha sido estudado pela primeira vez, há muito tempo, por L. Euler (1707-1783), só nas últimas décadas, com a necessidade crescente de melhorar os materiais e diminuir as secções é que o estudo da flambagem sofreu grande desenvolvimento e a sua importância é reconhecida por todos. 2 – Equilíbrio estável, instável e indiferente. Uma estrutura, quando sujeita a um determinado carregamento, pode assumir várias formas possíveis de equilíbrio. Recordamos o conceito clássico de equilíbrio, com o exemplo tradicional da Física, onde uma pequena esfera é colocada sobre uma superfície côncava, convexa e plana (fig.2). Diz-se que o equilíbrio é estável, quando ao afastarmos o corpo para uma posição ligeiramente diferente da inicial, ocorre a volta para a posição inicial. O equilíbrio será instável, quando o desvio tende a aumentar, levando o corpo a uma outra forma de equilíbrio. P P P P a - Tração b – Compressão e Flambagem Fig.1 – Barra Tracionada e Comprimida 8.2 Será indiferente, quando o corpo permanecer na nova posição, não tendendo nem a voltar à posição original, nem a ter o desvio acentuado. O exemplo clássico do cone, também ilustra claramente as três modalidades de equilíbrio (fig.3). Os conceitos de equilíbrio estável, instável e indiferente serão mais tarde analisados através dos balanços energéticos e, como sabemos, a forma de equilíbrio estável é aquela que minimiza a energia potencial e na realidade todos os corpos procuram as formas de equilíbrio estável. 3 – Conceito de Flambagem. Consideramos o caso mais comum que é o de flambagem por flexão, onde a peça ao flambar, se deforma apenas por flexão em torno de um dos eixos centrais de inércia. Seja uma barra prismática, bi-articulada, sem peso próprio, solicitada por uma carga axial crescente de compressão P. Admite-se ainda que o material da barra seja homogêneo e elástico perfeito, satisfazendo a Lei de Hooke. Embora algumas destas hipóteses sejam teóricas e nunca sejam verificadas na prática, são importantes para o conceito inicial de flambagem. Ao carregarmos a barra da fig.4a, verificamos que para pequenos valores de carga P, temos o aparecimento de tensões uniformes de compressão e de um pequeno deslocamento longitudinal, porém a forma reta da barra será de equilíbrio estável, isto é, dando um pequeno deslocamento transversal “f”, como na fig.4b, a peça voltará à posição inicial 4a. A medida que a intensidade de carga P aumenta, verifica-se que a partir de um certo valor de P, a forma reta da barra será uma forma de equilíbrio instável, pois dado um pequeno deslocamento transversal “f”, como na fig. 4b, haverá a tendência de aumentar o deslocamento, levando a estrutura a uma nova forma de equilíbrio, a fletida que se tornará estável. (fig.4c). a – Estável b – Instável c – Indiferente Fig.2 – Três Tipos de Equilíbrio a – Estável b – Instável c – Indiferente Fig.3 – Três Tipos de Equilíbrio 8.3 Ao fenômeno da mudança da forma de equilíbrio estável, para a instável, denomina-se genericamente de flambagem e chama-se carga crítica (PCr) ou carga de flambagem (Pfl) a menor carga axial que corresponde a passagem de uma para outra configuração de equilíbrio. 4-Caso Fundamental de Euler. Para o cálculo da carga de flambagem, considere-se novamente a mesma barra prismática articulada nas duas extremidades, de comprimento l, sujeita a ação de uma força axial de compressão. Admite-se ainda que o material seja homogêneo e elástico, satisfazendo a Lei de Hooke. Adotaremos os eixos x e y indicados na figura 5, com a origem na extremidade A. Considerando-se pela primeira vez no curso, o cálculo do momento fletor M numa secção genérica, a partir da posição deformada (teoria de 2 ª ordem), temos: yPM onde y é o deslocamento vertical da secção genérica. Admitindo-se agora que a configuração assumida satisfaça a equação diferencial simplificada da linha elástica (válida para pequenas deformações), vem: M'y'I Eou IE M dx yd 2 2 P p P p f P p a- b- c- Fig.4 – Conceito Clássico de Flambagem P P P y y A x P P A B x l x P P B y -a- -b- Fig.5 – Caso Fundamental de Euler 8.4 Substituindo o valor de M resulta a seguinte equação diferencial: 0yP"yIE fazendo 2K IE P , obtém-se: 0yK"y 2 , cuja solução geral é: KxcosCKxsenCy 21 As constantes de integração C1 e C2, são obtidas a partir das condições de contorno de cada problema. No caso particular da barra bi-articulada, vem: a) para x = 0, y = 0 ou seja 0 = C1 0 + C2 1, logo C2 = 0 b) para x = l, y = 0 ou seja 0 = C1 senKl + 0, logo C1 senKl = 0 Não considerando a possibilidade de C1 = 0, pois se C1 e C2 forem simultaneamente nulos, temos y = 0, ou seja, a forma reta de equilíbrio, o que não nos interessa, resulta que, só haverá solução não trivial quando: 0Klsen ou seja para 1,2,3,...)(n nlK , que é a condição de flambagem procurada. Substituindo IE P K2 , em 2222 nlK , resulta: 2 22 fl l IEn P Na prática só interessa em geral a primeira carga de flambagem, isto é, para n = 1: 2 2 fl l IE P Para outros valores de n, obteríamos carga de flambagem superiores que corresponderiam às seguintes situações teóricas: 2 2 fl l IE4 P2n P P Fig.6 – Configuração de flambagem para n=1 P P Fig.7 – Configuração de Flambagem para n=2 8.5 2 2 fl l IE9 P3n Visando a solução de problemas mais gerais, convém observar que ao impormos as condições de contorno para determinarmos as constantes C1 e C2 na equação: KxcosCKxsenCy 21 , correspondeu impor a condição de que a equação: 0yK"y 2 só apresenta solução não trivial, quando o discriminante das equações que determinam C1 e C2 for nulo ou seja, quando: 0 KlcosKlsen 10 donde: , l IE Pe n Kl;0Klsen 2 2 fl como vimos. 5 – Diversos Casos de Vinculação. Estudando as diversas condições de contorno para os vários casos de vinculação das extremidades das barras, chega-se às correspondentes condições de flambagem. Reproduzimos a seguir, além da barra bi-articulada já estudada, os resultados das cargas de flambagem para os quatro principais casos de vinculação. 1 º Caso 2 º Caso 3 º Caso 4 º Caso Barra articulada nas duas extremidades.. Barra engastada numa extremidade e livre na outra. Barra engastada numa extremidade e apoiada na outra. Barra engastada nas duas extremidades. 2 2 fl l IE P 2 2 fl l4 IE P 2 2 fl l IE2 P 2 2 fl l IE4 P Fig.9 – 4 Casos de Vinculação 6 – Fórmula Geral de Euler. Observando as expressões anteriores, concluímos que estas podem ser reunidas, numa única fórmula, denominada formula geral de Euler, através do conceito de comprimento de flambagem – lfl que é o comprimento de uma peça bi-articulada que apresenta a mesma carga crítica de flambagem que a peça real de comprimento l. Portanto podemos escrever para todos os casos: P P Fig.8 – Configuração de Flambagem para n=3 P l P P P l P P l P P l 8.6 2 fl 2 fl l IE P (2) ou ll fl (3) Sendo um coeficiente que depende das condições de vinculação das extremidades das barras. Comparando a expressão geral com as quatro fórmulas anteriores, concluímos facilmente que: a) No 1º Caso, da barra bi-articulada, o comprimento da flambagem é o próprio comprimento real da barra 1 ll fl . b) No 2º Caso, da barra em balanço, o comprimento de flambagem é o dobro do comprimento real. 2 l2l fl c) No 3º Caso, da barra engastada numa extremidade e apoiada na outra, o comprimento de flambagem é aproximadamente 70% do comprimento real. 0,7 l7,0l fl d) No 4º Caso, da barra bi-engastada, o comprimento de flambagem é a metade do comprimento real da barra. 5,0 l5,0l fl Convém observar que para levar em conta as condições reais dos vínculos, como por exemplo, as dificuldades de realizar o engastamento ou articulação perfeita, é comum as normas estruturais recomendar para os comprimentos efetivos de flambagem valores diferentes dos relativos modelos teóricos, como se mostra a seguir. 1 2 3 4 5 6 teórico 1.0 2.0 0.7 0.5 1.0 2.0 recom. 1.0 2.1 0.8 0.65 1.2 2.0 Rotação nula e translação nula Rotação livre e translação nula Rotação livre e translação livre Rotação nula e translação livre Rotação livre e translação livre Rotação nula e uma translação livre Fig.10 – Diversos Casos de Vinculação No quadro da fig.10, além de repetirmos os quatro principais casos já analisados , relacionamos mais dois casos de interesse prático, mostra-se que os comprimentos de flambagem correspondem às distâncias entre os pontos de inflexão na posição deformada, e salienta-se as diferenças entre os comprimentos de flambagem teóricas e recomendadas efetivamente. Nos problemas do nosso curso de caráter acadêmico, usaremos os valores teóricos. l lfl lfl lfl lfl lfl lfl P P P P P P P P P P P P 8.7 7- Algumas observações relativas à carga de flambagem 7.1- Não havendo impedimento especial ao longo da barra, ela flambará evidentemente em torno do eixo central de menor inércia e portanto a fórmula geral de Euler ficará: 2 fl min 2 fl l EI P (4) onde Imin =I2 . Nos casos de vinculação especial há necessidade de verificar a flambagem em mais de uma direção. Na figura 11, recordamos a posição do eixo de menor momento de inércia de alguns perfis. 7.2- Na dedução da carga crítica de flambagem vista no item 4, imaginamos uma situação teórica de barra de eixo perfeitamente reto, de material homogêneo, elástico perfeito e submetida a uma carga rigorosamente axial. Na prática são comuns situações bem diferentes das idealizadas, ou seja: a) material com comportamento não elástico e com tensões internas residuais resultantes dos processos de fabricação; b) excentricidades (inevitáveis ou voluntárias) dos pontos de aplicação da carga; c) eixo da barra apresentando curvatura inicial; d) esforços transversais que provocam momentos fletores etc. Veremos na 2 a . parte deste capítulo – Alguns Tópicos Complementares (em preparação – não consta desta edição), que a consideração dos fatos acima altera profundamente alguns conceitos, porém, por motivos didáticos, nesta 1 a . parte julgamos conveniente considerar a situação teórica já descrita. 7.3- Ao deduzirmos a fórmula de Euler, consideramos também grande simplificação, ou seja, a equação diferencial simplificada da linha elástica, válida apenas para pequenas deformações, isto é: EI M dx yd R 1 2 2 sendo R o raio de curvatura. Percebe-se na dedução feita que, com esta simplificação, o cálculo da flecha resultará indeterminado quando P=Pfl . MIN. MIN. MIN. MIN. MIN. MIN. MIN. -a- -b- -c- -d- -e- Fig.11 – Flambagem se dá em torno do Eixo de Imin. 8.8 Chamando de f a flecha no meio do vão l da barra bi-articulada, obteríamos a seguinte representação gráfica da fig. 12: Ou seja, para valores de P inferiores à carga de flambagem, a barra permanece reta e quando P=Pfl a flecha é indeterminada, podendo assumir qualquer valor entre zero e infinito. Veremos no item seguinte que esta conclusão não é correta. 7.4- Pode-se demonstrar que se considerarmos a expressão correta da curvatura, ou seja: EI M 'y1 "y R 1 2 3 2 (5) podemos calcular o comportamento da flecha para cargas superiores a de flambagem. No caso da barra bi-articulada, chega-se a uma expressão que embora continue com algumas simplificações, fornece com boa precisão, a flecha para cargas ligeiramente superiores à carga de flambagem, que é a seguinte: 1 P P 9,0 l f fl (6) Esta função está representadana tabela abaixo, da fig. 13, até P= 1,05 Pfl . P/Pfl f/l P/Pfl f/l 1,000 0,000 1,030 0,156 1,010 0,090 1,035 0,168 1,015 0,110 1,040 0,180 1,020 0,127 1,045 0,191 1,025 0,142 1,050 0,201 Fig. 13 Para cargas superiores a P=1,05 Pfl , deve-se considerar a linha elástica de forma rigorosamente exata e o comportamento está registrado na fig. 14, observando-se que a flecha no meio da viga passa por um máximo f 0,4 l para P 1,89 Pfl . P/Pfl f/l 0,4 0,3 0,2 0,1 0 0,5 1,0 1,5 P P l f Fig.12 – Indeterminação da Flecha para P Pfl – Teoria Simplificada Ponto de bifurcação do equilíbrio A 8.9 7.5- Observa-se portanto, que para uma carga ligeiramente superior à carga de flambagem, por exemplo, P= 1,05 Pfl , a flecha já assume um valor muito grande, f 0,2 l (ponto B, da figura 14). Esta é a razão pela qual uma barra esbelta, sujeita a uma compressão axial, sofre o colapso praticamente ao atingirmos a carga de flambagem e portanto, deve-se considerar a flambagem como um estado limite de ruína, e a carga de trabalho deve estar protegida com um coeficiente de segurança s: s P P fl fl (7) , onde fl P = carga admissível à flambagem. Como sabemos, o coeficiente de segurança é introduzido nos cálculos para levar em conta uma série de incertezas relativas ao material, às cargas, ao modelo de cálculo, à geometria da barra etc, além, evidentemente, do grau de responsabilidade da peça. No caso da flambagem, embora algumas normas adotem coeficiente de segurança variável com o comprimento da peça, parece-nos mais razoável o critério adotado por vários autores em admitir um coeficiente de segurança independente do comprimento da peça. 7.6- Completando o conceito de flambagem, observa-se na fig. 14 que para P < Pfl a forma reta de equilíbrio que é sempre possível é estável; para P = Pfl há a bifurcação do equilíbrio (ponto A das fig. 12 e 14) aparecendo uma nova forma de equilíbrio, a fletida, que passa a ser estável e a forma reta torna-se instável e, para P > Pfl , as deformações e tensões (flexão composta) crescem rapidamente, levando, em geral, a peça ao colapso. 7.7- Existem algumas peças especiais que podem trabalhar flambadas em ocasiões especiais. 7.8- Como teremos oportunidade de comentar nas aplicações, percebe-se que o problema de flambagem é basicamente um problema de verificação da possibilidade da ocorrência de instabilidade de equilíbrio e não de dimensionamento. Porém, embora não seja conceitualmente correto, pode-se efetuar o dimensionamento de peças à flambagem através de tentativas, o que volta a ser um problema de verificação. Fig.14 - Comportameto Pós-Flambagem - Teoria Exata 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 p/pfl f/l Tratamento matemático simplificado Tratamento matemático exato 1,89 B A P/Pfl 8.10 7.9- Apenas para termos uma idéia da extensão dos assuntos sobre flambagem, cabe observar que embora nesta 1 a . parte apenas estudamos a flambagem por flexão podemos ter outras modalidades de flambagem, como por exemplo: a) flambagem de parte ou conjunto da estrutura, assimilada, esta, a um corpo rígido; b) flexão composta em barras esbeltas; c) flambagem por Flexão e Torção – flambagem lateral; d) flambagem por Torção; e) flambagem de estruturas reticulares; f) flambagem de placas; g) flambagem de cascas etc. 7.10- Finalizando estas observações e retomando o que já foi dito nas generalidades, deve-se projetar estruturas sempre considerando 3 condições básicas: a) condição de resistência: as máximas tensões não devem ultrapassar certos valores limites pré- fixados, considerando o estado triplo de tensões e o critério de resistência mais adequado; b) condição de rigidez: os deslocamentos máximos não devem ultrapassar certos valores limites pré- fixados. c) condição de estabilidade: o equilíbrio deve existir e ser estável, isto é, deve ser verificada a margem de segurança contra a possível ocorrência de instabilidade do equilíbrio (flambagem). Como já foi dito, não basta atender às 2 primeiras condições, sendo indispensável em muitos casos, a verificação da flambagem. 8- Campo de validade da Fórmula de Euler. Definindo-se Tensão de flambagem (fl) ao quociente da carga de flambagem pela área da seção transversal (A), vem: A P fl fl (8) Até agora admitimos que o material obedeça a Lei de Hooke, ou seja, que as tensões de flambagem atuantes fossem inferiores à tensão limite de proporcionalidade (p) do material. Portanto, no regime elástico, onde é válida a fórmula de Euler, devemos ter: p fl fl A P (9) Substituindo 2 fl 2 fl l EI P e lembrando a definição de raio de giração (r), temos: Al EI P 2 fl 2 fl e como 2 fl 2 fl 2 r l E A I r A I r Definindo a relação entre o comprimento de flambagem (lfl) e o raio de giração (r) de índice de esbeltez da barra (): r l fl (10) 8.11 Portanto, a tensão de flambagem no regime elástico vale: 2 2 fl E (11) Representando num sistema de eixos cartesianos x fl , temos a chamada hipérbole de Euler, indicada na fig. 15b. Impondo a condição do regime elástico, resulta: p2 2 fl E Desta relação podemos tirar o valor limite do índice de esbeltez (lim) a partir do qual é válida a fórmula de Euler: p 2 lim E (12) Observa-se portanto que este limite depende exclusivamente do material. Por exemplo, para o antigo aço comum de construção do tipo ASTM-A7, temos: E= 2,1 x 10 6 Kgf/cm 2 105 1100 10.1,2. 62 lim p= 1900 Kgf/cm 2 Em resumo, para peças longas, com lim , ocorre a flambagem no regime elástico e vale a fórmula de Euler: 2 fl 2 fl l EI P ou 2 2 fl E e A.P flfl 9- Flambagem no regime inelástico – Várias Teorias Os estudos contemporâneos de Euler (1747), provavelmente não observaram o campo de validade correspondente e, certamente, não conseguiram resultados sequer razoáveis nas experiências de flambagem em peças curtas e o estudo da flambagem, além do regime elástico, ficou abandonado durante muito tempo. Somente em 1847, Lamarle mostrou porque a fórmula de Euler só pode ser usada para peças com grande esbeltez onde fl p e, a partir de 1889, começou com Considère e Engesser, o desenvolvimento de várias teorias e fórmulas empíricas para tentar resolver o problema. Apenas recentemente (em termos históricos) lim p fl p Etg Fig.15 – Regime Elástico – Hipérbole de Euler 8.12 que Shanley, em 1947, resolveu definitiva e satisfatoriamente, o estudo da flambagem além do limite de proporcionalidade. Nos itens seguintes, pretendemos comentar algumas das teorias e fórmulas de flambagem no regime plástico e depois estabelecermos algumas conclusões práticas relativas ao cálculo de peças curtas e médias sujeitas à compressão. 9.1- Teoriado módulo tangente – Engesser (1889) Analisando as fórmulas de Euler, válidas para regime elástico, onde como sabemos, o módulo de elasticidade longitudinal (E) corresponde numericamente à tangente trigonométrica do ângulo que a reta OA faz com o eixo das deformações específicas (); Engesser, após alguns estudos iniciais de Considère, concluiu pela validade das mesmas fórmulas também na fase plástica, substituindo (E) pelo chamado módulo de elasticidade tangente (ET) definido como a tangente trigonométrica do ângulo () que a tangente à curva =f() faz com o eixo das deformações no ponto correspondente à tensão em estudo (fig. 16). tg d d E T (13) tgE Portanto, no regime elástico temos tgE constante para tensões até p e para tensões superiores a p temos tgE T variável de acordo com o nível de tensão. Evidentemente, E T é uma fração m de E: E.mE T com 0 m 1 No regime elástico m=1 e no regime plástico, ET é uma função da tensão, da esbeltez e do comportamento do material, nem sempre de simples equacionamento. Concluindo, verificamos que pela teoria do módulo tangente, admite-se que ET define perfeitamente as relações entre tensões e deformações para todos os pontos da seção transversal e portanto: 2 fl T 2 fl l IE P (15) 2 T 2 fl E (16) Fig.16 – Módulo Tangente ET 0 A p 8.13 9.2- Teoria do duplo módulo – Karman – Engesser – 1910 O próprio Engesser em 1895, Karman, em 1910, e outros pesquisadores verificaram que uma peça ao flambar, apresenta, devido à flexão composta, tensões de compressão aumentadas nas fibras do lado côncavo e diminuídas no lado convexo. Como sabemos nas fibras descarregadas, o comportamento da relação tensão x deformação, corresponde a reta BC paralela à reta OA da fig. 17 e portanto, valendo o módulo de Young (E); e como nas fibras carregadas vale o módulo tangente (ET) relativo à reta BD, definiu-se o chamado módulo reduzido ou duplo módulo (ED) como sendo uma função do material, dos mesmos E e ET e da forma da seção transversal. Por exemplo, para a seção retangular chega-se a: 2 T T D )EE( EE4 E (17) Portanto, as fórmulas para flambagem inelástica segundo a Teoria do duplo módulo são: 2 fl D 2 fl l IE P (15) 2 D 2 fl E (16) Convém notar que os valores obtidos pela teoria do duplo módulo conduziam em geral a valores superiores aos que eram obtidos experimentalmente e apesar destas pequenas discrepâncias, tal teoria foi aceita como válida até 1947. 9.3- Teoria de Engesser – Shanley (1947) O conceito moderno de flambagem no regime plástico deve-se a Shanley, que em 1947, no seu famoso trabalho “Inelastic Column Theory” do “Journal of the Aeronautical and Sciences” demonstrou analítica e experimentalmente, a validade da teoria do módulo tangente de Engesser. Algumas das principais conclusões dos estudos e pesquisas de Shanley estão relacionadas a seguir: a) Quando a carga axial atinge o valor correspondente ao ponto de bifurcação do equilíbrio, a passagem da forma reta para fletida, ocorre somente com um acréscimo de carga e para pequenas flechas não há descarregamento nas fibras do lado convexo da peça e, portanto, o módulo tangente define a relação tensão x deformação em toda seção. b) Aumentando-se a carga, as flechas aumentam rapidamente, o lado convexo é descarregado e como o lado côncavo é carregado, a deformação é definida, como vimos, pelo duplo módulo. Porém, quando p B 0 Fig.17 – Duplo Módulo ED C A D BC – fibras descarregadas – E BD – fibras carregadas – ET ED = f(E,ET) 8.14 a carga atinge o valor correspondente ao duplo módulo, a peça em geral, já apresenta grandes flechas incompatíveis com a utilização normal da estrutura. c) A fórmula do módulo tangente dá a máxima carga para a qual a coluna pode permanecer reta e portanto, é aconselhável considerá-la como carga crítica. d) A parcela da carga que pode exceder o valor dado pela teoria do módulo tangente é uma função, principalmente, do material e da forma com que é aplicada a carga. e) A carga crítica de flambagem numa coluna apresenta como limite inferior, o valor dado pela teoria do módulo tangente e como limite superior, o valor fornecido pela teoria do duplo módulo. Convém observar que estas conclusões também foram endossadas pelo próprio Karman, um dos defensores da Teoria do duplo módulo. Em resumo, aceita-se atualmente como correta, a definição de carga de flambagem no regime inelástico, no seu limite inferior, a partir da teoria do módulo tangente: 2 fl T 2 fl l IE P (20) 2 T 2 fl E (21) A título de comparação, reproduzimos abaixo as curvas de flambagem obtidas por Shanley, pelas teorias do módulo tangente e do duplo módulo para corpos de prova cilíndricos de alumínio (fig. 18). Os resultados experimentais confirmam plenamente a teoria do módulo tangente ET que também é chamado de módulo de Engesser-Shanley. 9.4- Conclusão Prática Embora do ponto de vista conceitual, a flambagem no regime plástico esteja bem resolvida pela teoria de Engesser-Shanley, o tratamento analítico não é muito simples, pois a função ET é de determinação trabalhosa, razão pela qual existem várias fórmulas e curvas de natureza experimental e empírica que procuram traduzir de uma maneira mais clara a flambagem inelástica. Do ponto de vista prático, as curvas de flambagem podem ser determinadas através de várias experiências com corpos de prova de esbeltez variável ou aproximadamente da seguinte maneira: no regime elástico, ou seja, para lim a curva é hipérbole de Euler, para =0, quando o material tem um limite de escoamento bem definido, admite-se que a tensão crítica é a tensão de escoamento, ou seja, fl =esc e entre esses pontos temos uma curva que para =0 tem tangente horizontal e para =lim tem a mesma tangente que a hipérbole de Euler, como mostra a fig. 19. lim p fl E ET ED Fig.18 – Comparação das Teorias do Módulo Tangente e do Duplo Módulo E – Curva de Euler 2 2 fl E ET – Curva do Módulo Tangente 2 T 2 fl E ET – Curva do Módulo Duplo 2 D 2 fl E 8.15 No caso de materiais onde o patamar do escoamento não é bem definido, recomenda-se determinar a curva de flambagem diretamente através de ensaios. Entretanto para o projeto de barras comprimidas, no regime plástico, é mais usual recorrer a expressões analíticas que em geral, variam muito em função do autor, das normas e códigos estruturais dos diversos países, do coeficiente de segurança adotado, do material e de outros fatores. A seguir, relacionamos algumas das fórmulas mais usadas no nosso meio. 9.5- Fórmula de Tetmajer (1903) É uma das fórmulas mais antigas e usadas na Resistência dos Materiais. Sua forma geral é a seguinte: 2 fl cba (22) Os coeficientes a, b, c são característicos do material e abaixo damos os valores para alguns materiais em Kgf/cm 2 : Material lim a b c Aço St 37 105 3100 11,40 0,00 AçoSt 60 89 3350 6,20 0,00 Ferro Fundido 80 7760 120,00 0,53 Madeira 100 293 1,94 0,00 Aço Ni 86 4700 23,00 0,00 Fig.20 Por exemplo, para o antigo aço St-37, a fórmula de Tetmajer corresponde a uma linha reta dada por: 4,113100 fl [Kgf/cm 2 ] (23) lim Regime Plástico Peças Curtas > lim Regime Elástico Peças Longas lim fl esc p Diversas Teorias Mesma Tangente Hipérbole de Euler Fig.19 – Curvas de Flambagem 8.16 9.6- Fórmulas parabólicas (Johnson-1884, Ostenfeld-1898, Bleich-1952 e outros) Diversos autores recomendam fórmulas parabólicas do tipo: 2 fl BA (24) onde A e B são também coeficientes característicos do material. Por exemplo, segundo Bleich, os coeficientes A e B são obtidos através das seguintes condições, como já comentamos: 1) para =0 fl = esc logo esc A 2) para =lim fl = p logo 2 lim pesc B resultando, portanto: 2 2 lim pesc escfl (25) Esta expressão representa com bastante aproximação a teoria do módulo tangente de Engesser-Shanley e é utilizada pela NB-14- Cálculo e Execução de Estruturas de Aço da ABNT. Por exemplo, para o aço ASTM-A7 com esc = 2400 Kgf/cm 2 , p = 1900 Kgf/cm 2 , E = 2,1 x 10 6 Kgf/cm 2 e lim= 105 Resulta: 2400A esc ; 046,0B 2 lim pesc e portanto: ]cm/Kgf[046,02400 22 fl (26) 9.7- Fórmula do Prof. T. V. Langendonck (1953) Corresponde a uma expressão baseada na teoria do módulo tangente, fazendo: )( )( 1 E E flescfl 2 pfl T (27) Substituindo em: 2 T 2 fl E e com algumas transformações, chega-se a seguinte fórmula: 2 limp pesc 2 lim pesc fl 2 1 (28) 8.17 a expressão anterior também pode ser obtida a partir da expressão geral: 2 2 fl c1 ba (29) onde os coeficientes a,b,c, característicos do material, são determinados com as condições já descritas: 1) para =0, fl = esc 2) para =lim , fl = p 3) para =lim , tangente à curva coincide com a tangente à hipérbole de Euler. 9.8- Norma AISC (American Institute of Steel Construction) a) Regime elástico lim esc 2 p 2 lim esc p 2 2 fl E2E 2 )tetancons(92,1 12 23 s E b) Regime plástico <lim 2 lim 2 escfl 2 1 3 lim 3 lim 88 3 3 5 s (variável) Para aplicação desta norma, ver exercício 12-4. 9.9- CRC (Column Research Council) No regime plástico, também é recomendada um tipo de fórmula parabólica (Johnson), semelhante ao código AISC: 2 0 escfl 2 1 1 para < 0 onde: p 2 0 E2 8.18 9.10- Outras fórmulas Como já dissemos, várias são as fórmulas propostas para a flambagem no regime plástico, como por exemplo a de Gordon-Rankine (1860), do tipo: 2fl b1 a (30) e uma série de outras fórmulas de menor uso em nosso meio técnico. 10- Resumo – Orientação para cálculo – Principais Etapas: De um modo geral, os problemas de verificação à flambagem por flexão para cargas axiais apresentam as seguintes etapas: a) determinar a força normal de compressão “ P ” na barra em estudo (ver Estática – Física – Equilíbrio – Treliças etc); b) determinar o momento de inércia mínimo da seção: Imin = I2; c) determinar o raio de giração mínimo da seção: A I rrr min 2min ; d) identificar as condições de vínculo e determinar o comprimento equivalente de flambagem: llL fle ; e) determinar o índice de esbeltez da barra: r l r L fle ; f) determinar o índice de esbeltez limite do material: p 2 lim E ; g) comparar o índice de esbeltez da barra () com o índice de esbeltez limite do material (lim); h) se lim , isto é, flambagem elástica (barras longas), aplicar as fórmulas de Euler e tirar as necessárias conclusões: 2 2 fl E , 2 fl 2 fl l EI P ou A.P flfl i) se < lim , isto é, flambagem inelástica (barras curtas), aplicar a fórmula mais adequada ao material. Como dissemos, recomendamos usar fórmulas baseadas na teoria do módulo tangente de Engesser- Shanley, por exemplo, a fórmula parabólica de Bleich, do tipo: 2 fl BA ou A.P flfl j) determinar a carga admissível à flambagem: s P P fl fl ; k) comparar a carga admissível à flambagem com a carga normal atuante: fl PP . Finalmente, na fig. 21, representamos, em função do índice de esbeltez , para o material por nós escolhido para a fixação das idéias gerais, o aço comum de construção do tipo ASTM-A7, as seguintes funções que mostram como varia a tensão de flambagem com a esbeltez da barra: Curva 1 – Euler: 2 2 fl E para lim (hipérbole) Curva 2 – Engesser – Shanley – Bleich: 2 fl BA para < lim (parábola) 8.19 8.20 11- Exemplos 11.1- Deduzir a fórmula da carga de flambagem para o caso de uma extremidade articulada e outra engastada (fig. 22). Por ocasião da flambagem, surgem o momento de engastamento MB e as reações de apoio VA e VB. Logo o momento fletor na seção genérica vale: x.Vy.PM A Substituindo na equação simplificada da linha elástica: 0 I.E x.V y I.E P "y I.E x.Vy.P I.E M "y AA fazendo: I.E P k2 , obtém-se: 0x P V kyk"y A22 , cuja solução geral é: x P V kxcosCkxsenCy A 21 . No caso, as condições de contorno são: a) x=0, y=0 C2 = 0 b) x=l, y’=0 logo l.kcoskC P V 1 A c) x=l, y=0 logo 0l.kcoskll.ksenC 1 Não considerando a possibilidade de C1 =0, a condição de flambagem resulta: 0l.kcosl.kl.ksen ou kll.tgk A equação acima pode ser resolvida por tentativas ou graficamente e a 1 a solução diferente de zero é: rd4934,4l.k 19,20lk 22 2 fl2 l 19,20 I.E P k e portanto 2 fl 2 2 2 2fl l I.E l I.E2 I.E l 19,20 P com l7,0l fl que é o resultado apresentado anteriormente. P P l x y VA VB MB A B Fig.22 8.21 11.2- Determinar a carga admissível P nas peças abaixo esquematizadas (fig. 23). A seção transversal de todas elas é retangular e o material é aço ASTM-A7. Adotar coeficiente de segurança s=3. Considerar todas as barras como engastadasna extremidade inferior e livres na superior. Seção: b=0,5 cm h=3,0 cm Material: aço ASTM A7 p = 1900 Kgf/cm 2 TCesc = 2400 Kgf/cm 2 E = 2,1.10 6 .Kgf/cm 2 . Na barra 1, consideraremos apenas o cálculo à compressão ou tração simples, isto é, desprezando a influência da esbeltez da peça: Kgf1200PKgf1200 3 3600 s P P Kgf36005,0.3.2400A.P esc escesc Como sabemos, se o material é igualmente resistente à tração e compressão, teremos a mesma carga admissível à compressão e tração, independente do comprimento da peça. Para as demais barras, consideraremos o efeito de flambagem. Como vimos, é necessário calcular o índice de esbeltez limite do material (lim) e comparar com o índice de esbeltez da coluna em questão, para sabermos se a barra flambará no regime elástico ou plástico. 44,104 1900 10.1,2E 62 p 2 lim Barra 2: cm2l cm4l.2l fl cm144,0 12 5,0 12 b hb12 hb A J rr 3 y ymin P P 2cm P 5cm P 7,52cm P P 15cm 25cm [1] [2] [3] [4] [5] [6] Fig.23 x y h b 8.22 7,27 144,0 4 r l fl Como < lim a barra flambará no regime plástico e adotando a expressão de Bleich para o citado material, vem: Kgf1182PKgf1182 3 3547 s P P Kgf35475,1.7,2364A.P cm/Kgf7,23647,27046,02400046,02400 fl flfl 222 fl Barra 3: cm5l cm10l.2l fl lim fl 4,69 144,0 10 r l regime plástico Kgf1089PKgf1089 3 3267 s P P Kgf32675,1.5,2178A.P cm/Kgf5,21784,69046,02400 fl flfl 22 fl Barra 4: cm52,7l cm04,15l.2l fl 44,104 144,0 04,15 Como =lim estamos no ponto particular da transição do regime elástico para o plástico e, evidentemente, podemos utilizar qualquer uma das fórmulas. Neste caso, sugere-se adotar a fórmula de Euler por ser, de um modo geral, mais precisa. Kgf950PKgf950 3 2850 s P P Kgf28505,1.1900A.P cm/Kgf1900 44,104 10.1,2.E fl flfl p 2 2 62 2 2 fl ou diretamente pela fórmula da carga de flambagem: 4 33 ymin 2 62 2 fl min 2 fl cm0312,0 12 5,0.3 12 hb II Kgf2850 04,15 0312,0.10.1,2. l I.E P Kgf950PKgf950 3 2850 s P P fl Se utilizássemos as fórmulas do regime plástico: Kgf2850P cm/Kgf190044,104.046,02400 fl p 22 fl e Kgf950P 8.23 Barra 5: cm15l cm30l.2l fl Kgf239PKgf8,238 3 5,716 s P P Kgf5,7165,1.7,477A.P cm/Kgf7,477 3,208 10.1,2.E 3,208 144,0 30 r l fl flfl 2 2 62 2 2 fl lim fl Barra 6: cm25l cm50l.2l fl Kgf86PKgf86 3 9,257 s P P Kgf9,2575,1.9,171A.P cm/Kgf9,171 2,347 10.1,2.E 2,347 144,0 50 r l fl flfl 2 2 62 2 2 fl lim fl OBSERVAÇÕES: Neste exercício de fixação podemos destacar os seguintes pontos: a) a grande influência da esbeltez das peças, diminuindo a capacidade de suporte, quando comprimidas; b) para pequenos índices de esbeltez (<20) podemos em geral , na prática, desprezar a influência de flambagem. No nosso curso, consideraremos o efeito de flambagem para qualquer valor de . c) embora seja possível calcular peças com grandes esbeltez, as normas estruturais limitam em geral o valor de nas barras comprimidas, em torno de 200. d) a seção retangular não é indicada para resistir à flambagem, pois Ix >> Iy e há portanto, muito desperdício de material. 11.3- Verificar a estrutura abaixo (Fig. 24), considerando a flambagem nas barras bi-articuladas 1 e 2. P1 = 25 tf P2 = 15 tf a = 1,5 m b = 1,0 m = 30o. = 45o. Barra 1 " 8 3x"4x"4 Barra 2 2 "200,0x"2x"6 espaçados de 1” Material Aço S AR55 (Usiminas), com p = 2800 kgf/cm 2 E = 2,1.10 6 kgf/cm 2 esc = 3600 kgf/cm 2 No regime plástico, usar: FIG.24 2 2 lim pesc escfl . P1 P2 a b A B C 8.24 Cálculo das forças nas barras 1 e 2: Aplicando as equações de equilíbrio da estática para o nó B, vem: 0cosNcosNP0F 0senNsenNP0F 211y 212x Resolvendo, obtém-se portanto: tf32,7N 1 (compressão na barra 1) tf39,26N 2 (compressão na barra 2) Barra 1: " 8 3x"4x"4 - cm0,2r min - 2cm5,18'A 86 2800 10.1,2.E 62 p 2 lim cm300 5,0 150 sen a l fl lim min fl 150 2 300 r l Regime Elástico 33,2s33,2 7320 17039 N P s Kgf170395,18.921A.P cm/Kgf921 160 10.1,2.E 1 1 fl 1 flfl 2 2 62 2 2 fl Barra 2: 2 "200,0x"2x"6 cm91,2 5,15.2 3,262 A I r cm3,26227,13,15,158,282I cm1092546.2I min min 42 y 4 x cm4,141 707,0 100 sen b l fl lim min fl 6,48 91,2 4,141 r l Regime Plástico 22 2fl 108,03600 86 28003600 3600 P1 P2 N1 N2 x y Fig.25 1,3 1,27 y x Fig.26 Y1 G1 G 1,3 1,27 8.25 22 fl cm/Kgf8,33446,48108,03600 Kgf10369031.8,3344A.P flfl 93,3s93,3 26390 103690 N P s 2 2 fl 2 Resp.: A estrutura resiste com um coeficiente de segurança à flambagem de s=2,33 . Obs.: 1) Na barra 1, de perfil , foram desprezados os efeitos de torção; 2) Na barra 2, de perfil , foi desprezado o efeito de cisalhamento, considerando-se a seção múltipla com um perfil único. 11.4- Determinar a máxima carga P na estrutura da Fig. 27, considerando a flambagem da barra bi-articulada AB, para as seguintes seções e materiais: a) aço ASTM-A7- 2 perfis "24,0x 8 52x"10 " - Usar NB 14 b) aço ASTM – A36 – 2 perfis "24,0x 8 52x"10 " - Usar AISC (American Institute of Steel Construction) c) peroba rosa - d=20 cm – usar NB 11 – ABNT – s=4 (NB 11 – Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira) d) concreto a=18cm E=150000 Kgf/cm 2 lim =70 s=3 e) ferro fundido D=30cm; d=26 cm. Adotar s=5. Cálculo da força na barra AB P D6 m B C 4 m A 2 m Fig.27 = 500 kgf/m p 04.40006.V8.P0M BD P33,12667V B 4 m D B C A B V R=500x8=4000 P Fig.28 8.26 a) aço ASTM – A7 – 2 "24,0x 8 52x"10 " - usar NB 14 22 fl cm/Kgf213847,75046,02400 Kgf12400458.2138A.P flfl Kgf62002 2 124004 s P P fl fl Kgf44613PP33,1266762002VP Bfl b) aço ASTM – A36 - 2 "24,0x 8 52x"10 " - usar AISC Para este aço temos 2 esc cm/Kgf2540ksi36 Pelo AISC devemos adotar: 2 esc p 128 2540 10.1,22E2E 62 esc 2 p 2 lim esc2 lim 2 2 2 lim pesc escfl 2 1. 2 2 2 fl cm/Kgf20982540. 128.2 47,75 1 Kgf12168458.2098A.P flfl Na norma citada, o coeficiente de segurança é função da esbeltez da coluna e é dado pela expressão: 86,1 128.8 47,75 128.8 47,75.3 67,1 88 3 3 5 s 3 3 3 lim 3 lim Kgf65421 86,1 121684 s P P fl fl Kgf47183PP33,1266765421VP Bfl c) peroba rosa - d= 20 cm – usar NB11 – s=4 Para este tipo de madeira temos: 2cm/Kgf94250E 2 c cm/Kgf85 e segundo a NB11: cp 3 8 64 85. 3 8 94250E 2 p 2 lim 6,6 1,61 x G y G1 y 1 42 y 4 x cm163461,16,6291,952I cm56002800.2I cm3,5 29.2 1634 A I rr x ymin lim 47,75 3,5 400 r lf Fig.29 8.27 para 2 2 fllim E e para lim 40 40 40 . 3 1 1 lim cfl No caso temos: cm5 4 20 4 d d 4 64 d A I r 2 4 lim fl 80 5 400 r l 2 2 2 2 2 fl cm/Kgf4,145 80 94250.E Kgf45679 4 20 .4,145A.P 2 flfl Kgf11420 4 45679 s P P fl fl Kgf6580PP33,1266711420 d) concreto - 2cm/Kgf150000Ecm18a 70 lim Adotar : s=3 cm2,5 12 18 12 a a12 a A I r 2 4 lim fl 9,76 2,5 400 r l 2 2 2 2 2 fl cm/Kgf249 9,76 150000.E Kgf8094318.249A.P 2 flfl Kgf26981 3 80943 s P P fl fl Kgf18281PP33,1266726981 e) ferro fundido - D= 30 cm; d= 26 cm; s= 5; lim= 80; E=1.10 6 Kgf/cm 2 . Se < lim usar Tetmajer 222 cm1762630 4 A cm92,9 176 17329 A I r 444 cm173292630 64 I lim fl 3,40 92,9 400 r l 222 fl cm/Kgf37853,4053,03,40.120776053,01207760 Kgf666119176.3785A.P flfl Kgf133224 5 666119 s P P fl fl Kgf98163PP33,12667133224 8.28 11.5- Dimensionar a barra bi-articulada AB. Considerar o veículo representado pelo trem abaixo na posição mais crítica ao longo da viga CBD. Adotar coeficiente de segurança s=4. Considerar aço St 37 e se <lim usar a fórmula de Tetmajer. Cálculo da força na barra AB: Intuitivamente ou através do estudo de linhas de influência, percebe-se que a posição mais desfavorável do trem tipo, relativamente à força na barra AB, é a extremidade direita da barra CBD. H 4,1351 H37,0 500 r l fl aço St 37 105 lim Como já dissemos, o problema de dimensionamento à flambagem deve ser feito por tentativas, pois não se sabe à priori, em que regime a barra flambará. 1 a TENTATIVA: Admitindo-se Regime Elástico. cm05,15H 500 H.049,0.10.1,2. 52042.4 l I.E. F.sP 2 462 2 fl 2 fl Verificação: lim 8,89 05,15 4,1351 Portanto não foi válido a aplicação da fórmula de Euler. D 4 m 3 m 3 m A C p B x y H h h H Secção da barra AB h=0,8H P=P 10 tf 2 m Trem tipo p=200 kgf/m Fig.30 3,5 m 5 m 10000 D A F C F B F 1400 10000 Fig. 34 0M 6,0 5 3 sen c Kgf52042F 05,3.14004.senF5.100007.1000 4 44444 222222 H049,0 12 H8,0H 12 hH I H36,0H8,0HhHA H.37,0 H.36,0 H.049,0 A I r 2 4 Fig.31 H H h h P 8.29 2 a TENTATIVA: Admitindo-se Regime Plástico, segundo Tetmajer. 2 flfl H36,0).4,113100(F.sA.P cm37,16HH36,0. H 4,1351 .4,11310052042.4 2 Verificação: lim 6,82 37,16 4,1351 Portanto, foi válida a aplicação da fórmula de Tetmayer do regime plástico e a resposta é cm37,16H OBSERVAÇÕES: a) Poderíamos também ter adotado valores para a dimensão H e verificar o coeficiente de segurança. b) Se tivéssemos usado a fórmula parabólica no regime plástico, a equação obtida seria de resolução mais trabalhosa, podendo ser resolvida inclusive por tentativas. 11.6- Determinar a máxima pressão admissível p no mecanismo abaixo ( fig. 32 ), considerando a flambagem na biela AB. Adotar coeficiente de segurança s=8. Material: aço ASTM – A7. 2cm511.112.10.2A 4 33 miny cm25,334 12 1.11 12 10.2 .2II cm56,2 51 25,334 A I r lim fl 2,117 56,2 300 r l Kgf76975 300 25,334.10.1,2. l EJ P 2 62 2 fl y 2 fl Kgf9622 8 76975 s P P fl fl A partir da força admissível na biela AB, podemos determinar para a posição dada, a força horizontal admissível F , através do equilíbrio do ponto A. Kgf9476cosPF e portanto a pressão pedida será: 2 22 cm/Kgf8,4p 4 50 .p9476 4 D .pF Fig.33 P F 10 2 [ cm ] Secção da biela 2 1 B l Fig. 35 11 A Ø D p cm300l cm50D 10 Fig.32 8.30 11.7- Calcular a máxima carga admissível P na peça de aço abaixo indicada (Fig. 34). Adotar coeficiente de segurança s=3. Admitir para efeito de flambagem, barra bi-engastada, para flexão em torno do eixo y(flambagem na direção x); e barra bi-articulada, para flexão em torno do eixo x (flambagem na direção y). Utilizar o Sistema Internacional (SI) de Unidades de Medidas. Flambagem em torno do eixo yy (plano xz): cm87,0 12 9 A I r y y lim y fly y 4,172 87,0 150 r l N81325 5,1 10.9.10.06,2. l EI P 2 8112 2 fly y 2 fly N27108PN27108 3 81325 s P P fly Flambagem em torno do eixo xx (plano yz): Admitindo-se como barra bi-engastada perfeita: m5,1cm150 2 300 2 l l fly 484 33 y m10.9cm9 12 3.4 12 hb I 242 m10.12cm123.4h.bA Admitindo-se como barra bi-articulada perfeita: m3cm300ll flx 484 33 x m10.16cm16 12 4.3 12 bh I cm15,1 12 16 A I r X x Fig.35 l Fig.36 lL Fig. 37 P P l L y x y x z z 127 m/N10.06,2E 36açoASTMA MATERIAL cm4h cm3b cm300lL lim 211 y y x x h b Fig.34 8.31 lim x lfx x 260 15,1 300 r l N36145 0,3 10.16.10.06,2. l EI P 2 8112 2 flx x 2 flx N12048PN12048 3 36145 P Como se observa, devido às condições especiais de vinculação, a barra neste caso, tenderá a flambar em torno do eixo de maior momento de inércia e portanto, nestas condições, o que define a flambagem é o valor do índice de esbeltez da peça. 11.8- Verificar a barra 5 do dispositivo abaixo. Seção da barra 5 – 2 " 8 1x"1x"1 , justapostos como indica a fig. 38. Para o perfil composto temos: cm87,0 148.2 22,2 rr cm22,2]721,048,1341,0[2I cm638,2319,1.2I minx 42 x 4 y O índice de esbeltez da barra será: 69 87,0 60 r l min fl Para o cálculo do índice de esbeltez limite do material, temos: 104 1900 10.1,2.E 62 p 2 lim 1 G a a b b x y Fig.38 1 G G a a x x y 1,796 cm 0,72 cm Desprezar os arredondamentos na região de contato das duas cantoneiras. Segundo o catálogo da COFAVI, os dados de uma cantoneira isolada são: cm48,0rr cm76,0yx cm83,0IyIx cm48,1A 2min 4 11 2 1 4 11 422 a1 cm319,1341,083,0.2Ib IaIyIxIb cm341,048,0.48,1r.AIa 40 cm P A 30 cm 4 Fig. 40 3 B 30 cm 40 cm 1 5 2 C P D Kgf4000P Material: Aço ASTM-A7 2s cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf1400 cm/Kgf2400 cm/Kgf1900 26 2 c 2 E 2 p Fig.37 8.32 Portanto lim , ou seja, Regime Plástico. Usando a fórmula de SHANLEY-BLEICH, temos: 222 fl cm/Kgf218069046,02400046,02400 Kgf322648,1.21090A.P cm/Kgf1090 2 2180 2 flfl 2fl fl O cálculo da força atuante na barra 5 é feito facilmente equilibrando os nós A e C: Nó A: 31V NN0F )tração( cos2 P N0F 1H Nó C: 21H NN0F PtgsenN2N0F 15V logo: )compressão(Kgf300075,0.4000N 5 Como fl5 PN , a barra está verificada contra a flambagem. 11.9- Considere a barra da figura, de secção losangular, sujeita a uma carga axial, de compressão. Quando esta carga for igual a carga crítica, a barra irá flambar no plano `NS´ ou `OE´ ? Por quê ? SOLUÇÃO: A P N1 N3 Fig.39 N2 N1 N5 C Fig.40 N S O a a 2 a 2 a E E O N S P Fig.41 4 3 NS 4 3 OE a.667,0 12 a.2.a .4I a.667,2 12 a.2.a .4I Sendo INS < IOE , a barra irá flambar no plano OE, que é o plano perpendicular ao eixo de menor momento de inércia ( INS ). Podemos dizer também, que a barra flambará em torno do eixo NS de menor inércia. 8.33 11.10- Verificar a segurança do tirante e da escora: DADOS AB = 1 m AC = 0,5 m secções transversais : tirante d = 1 cm escora Materiais Tirante ET = 2000 Kgf/cm² Escora E = 2,1.10 6 Kgf/cm² SOLUÇÃO: Equilíbrio do ponto A : Tirante AB : Escora AC : A=2cm 2 11.11- Para a estrutura da figura, calcular o máximo valor de “P” que pode ser aplicado, considerando o efeito da flambagem nas barras comprimidas. P O45 4,0m A B FAB FBC 1 2 LBC=5m DADOS:- Material – Aço ASTM-A36 P 2 lim E. MPa250ECET MPa190P GPa200E Para lim (REGIME PLÁSTICO) 2 fl .0058,0250 ( MPa ) ADOTAR: c.s = 3 ( COEF. DE SEGURANÇA ) 190 10.200. 32 lim 102lim Fig.43 C 3,0m 1,0m LAB SECÇÕES BARRA AB BARRA BC A, B, C ...ARTICULAÇÕES x’ 2 6” x 2” x 0,2” O36,86 0,8 cos 0,6 sen 75,0 tg 2 cm 1 cm FAB = 514,03 1000 A FAC = 729,93 06,3s 48,659 2000 s48,654 4 1 03,514 TT 2 T 93,1 93,729 38,1409 s cm29,0 2 17,0 ii 38,1409 50 17,0101,2 P cm17,0 12 12 I 4,10441,172 29,0 50 4,104 1900 101,2 fl2min 2 62 fl 4 3 1 escora 62 lim B tirante 1000 Kgf A escora C 60º 45º Fig.42 G1 5,08 4cm 4cm 3cm 3cm x’ y’ y’ G G G1 3,78 1,3 2P 8.34 11.12- Determinar a máxima carga w em Kgf/cm na estrutura, considerando o problema da flambagem. SOLUÇÃO SOLUÇÃO: -Forças nas barras (Equilíbrio nó B) 0Fx {+ FAB - FBCsen - Pcos45º= 0 + FAB - 0,6FBC - 0,71P = 0 (I) 0Fy {+ FBC cos - 2P - Psen45º = 0 + 0,8FBC - 2P - 0,71P = 0 FBC = 3,38P=N2 (compressão) De (I) vem: FAB - 0,6.(3,38P) - 0,71P= 0 FAB = 2,74P=N1 (compressão) -Secções Barra AB: lfl=le=lAB=1m lim fl AB mm inm 4 3 y 4 3 x 2 97,81 22,1 100 r l 22,1 24 36 ir Icm36 12 3.4 .4'I cm64 12 4.3 .4'I cm24 2 6.8 A fl 250.0,0058.(81,97 2 )=211,03 Mpa Pfl= fl .A=(211,03.10 6 ).(24.10 -4 )=506,47 kN kN61,61P P.74,282,168FP kN82,168 3 47,506 s.c P P AB fl fl Barra BC: lfl=le=lBC=5m lim fl AB mm inm 42 y 4 x 2 4,124 02,4 500 r l cm02,4 31 5,500 ir Icm5,500)78,35,158,28.(2'I cm1092546.2'I cm315,15.2A 42,124 10.200.E. 32 2 2 fl =127,4 MPa Pfl= fl .A=(127,4.10 6 ).(31.10 -4 )=394,9 kN kN95,38P P.38,365,131FPkN65,131 3 9,394 s.c P P BC fl fl MENOR P RESPOSTA: PMÁX=38,95 kN Dados da barra BD: secção (ver figura) Material ET = EC = 2400 Kgf/cm² p = 1900 Kgf/cm² E = 2,1.106 Kgf/cm² Adotar sfl = 5 200.w VC = 50.w 250.w 250.w 1,3 y´ 3,78 y x´ cm 5,08 400 cm 200 cm 2 0 0 c m C B A D w 6’’ x 2’’ x 0,2’’ y x se regime plástico, usar SHANLEY - BLEICH Fig.44 8.35 2 2 2 fl barra min min 42 Y fl 4 X fl 62 lim cm Kgf 15,228675,49 44,104 19002400 2400 plástico) (campo 4,104 75,49 02,4 200 cm02,4 31 54,500 i cm Kgf 7,56wIcm54,50078,35,158,282I 5 w250 56,70870 s cm10925462I kgf56,708703115,2286P 44,104 1900 101,2 Fig.45 Fig.46 11.13- Esboçar o diagrama tensão de flambagem( fl ) X índice de esbeltez ( ), indicando os tipos de curvas, tipos de regime (elástico e plástico), índice de esbeltez limite ( lim ), tensão de proporcionalidade ( p ) e tensão de escoamento ( E ). No regime plástico usar 2 Efl k . PARÁBOLA Barras curtas Lim R. Plástico fl E p - EULER Barras longas R. Elástico Lim Lim HIPÉRBOLE 11.14- Dado o caso fundamental de Euler (barra biarticulada), esboçar os outros 3 principais casos, indicando a vinculação, a deformação e o valor do comprimento equivalente de flambagem ( Le = lfl ). P P L P P L fl = L L fl = 2 .L L fl = 0 ,7 .L L fl = 0 ,5 .L Fig.45 Fig.46 8.36 12 - Exercícios Propostos 12.1- Calcular a carga admissível à flambagem para as seis colunas abaixo esquematizadas ( Fig. 47 a 52 ). a) Material adotar Aço ASTM A7 s=3 l=4m 26 2 E 2 p cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf2400 cm/Kgf1900 b) Pinho do Paraná s=4 l=3m cp 2 2 c 3 8 cm/Kgf105225E cm/Kgf51 c) Ferro fundido s=5 l=3,5m 26 2 p 2 c cm/Kgf10.1E cm/Kgf1500 cm/Kgf1800 d) Liga de Al s=3 l=2m 2 p 2 cm/Kgf1750 cm/Kgf703000E Para lim 2 fl cm/Kgf192953 secção 1 Fig.48 d=20 cm l P P Fig.47 P P l 30 cm 20 1 1 2 Fig.49 Fig.50 P P l 12 cm 5 l P P 20 cm 3 cm 3 0 c m 2 c m 8.37 e) Aço ASTM A36 l=6m 26 2 p cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf2540 usar AISC f) Aço St 37 s=2,5 l=1,5m 2 p 26 cm/Kgf1900 cm/Kgf10.1,2E Para lim usar Tetmajer Resp.: a) Kgf69824P fl b) Kgf5664P fl c) Kgf22500P fl d) Kgf24011P fl e) Kgf13040P fl f) Kgf16758P fl 12.2- Verificar a estrutura abaixo (fig. 53) FIG 55 Resp.: s 3 4 m 2 m 3 m 1,5 m 1 2 C B A 0,5” P= 50 tf Material: aço SAR-50 (Usiminas) 26 2 p 2 E cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf2640 cm/Kgf3300 Barra 1 : 2 L " 8 1x"4x"8 Barra 2 : L " 8 5x"8x"8 2 I "31,0x" 8 54x"10 Fig.51 l Fig. 54 P P P P 12 cm 9 cm Fig.52 Fig.53 P 8.38 12.3- Determinar a máxima carga P na estrutura abaixo, considerando a flambagem nas barras AB e AC. Resp.: P=5333 Kgf 12.4- Determinar o acréscimo de temperatura que provoque flambagem na barra bi-articulada da figura abaixo. 12.5- Dimensionar a barra CD da estrutura abaixo (fig. 56): P= 1000 Kgf p= 1000 Kgf/m s= 4 material – aço 2 E 2 p 26 cm/Kgf2500 cm/Kgf2000 cm/Kgf10.1,2E Resp.: t = 88oC e d l 2,0 m 1 m Fig. 56 A 1 m D 2,0 m P B C 5 5 20 0 m m [ mm ] 150 Dados: Barra AB: "200,0x"2x"6 Barra AC: Material: aço ASTM A7 26 2 E 2 p cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf2400 cm/Kgf1900 Adotar s=4 Dados: l=200cm; d=10cm; e=1 cm; Material: aço estrutural C/10.12 cm/Kgf2400 cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf1900 6 2 E 26 2 p Fig.55 Fig.54 Secção: triângulo equilátero C B A D p 3 m 3 m 4 m 4 m a a a P Resp.: a= 13,7 cm Fig.56 8.39 12.6- Determinar a máxima carga admissível na estrutura abaixo, nos seguintes casos: a) l = 4m b) l = 8m 12.7- A coluna da figura seguinte é rotulada nas extremidades A e B e apresenta na seção central C ligações que impedem a flambagem segundo a direção xx, ou seja, em torno do eixo yy. Sabendo-se que se trata do perfil H de 5” (tipo Alcan Shape 29003) e que a liga de alumínio é do tipo 6351 T6, verificar a coluna para uma carga axial de compressão de 40 tf.D l Fig. 59 A C a a a B P As 3 barras bi-articuladas AD, BD e CD estão dispostas de tal forma que a base horizontal ABC é um triângulo equilátero de lado a=l/4 onde l é a altura GD da estrutura. G é o centro de gravidade do triângulo ABC. Adotar coeficiente de segurança s=3. A seção das barras é tubular 6” (DIN 2440): admitir material do tipo ASTM A7. Resp.: a) P=48482 Kgf b) P=22745 Kgf xx y y P= 40 tf l/2 A x C y y x l = 6 m P= 40 tf Obs.: Consultar catálogo da Alcan ou equivalente. P= 40 tf l/2 B Fig.57 ADOTAR: A=34,52cm 2 Ix=565,24cm 4 Iy=326,74cm 4 E=713300Kgf/cm 2 σp=1770Kgf/cm 2 No regime plático: Σfl=2960 - 19λ (Kgf/cm 2 ) Fig.58 Resp: Pflx=18876Kgf Pfly=25558Kgf Portanto não resisste! 8.40 12.8- Determinar o coeficiente de segurança da estrutura da figura. 12.9- Determinar a máxima carga P na estrutura na qual A, B e C são articulações. 12.10- O Prof. Renato Miranda está projetando e construindo uma treliça para uso no Laboratório de Resistência dos Materiais, semelhante à existente no Dep. de Física, como se indica abaixo. Pede-se: a) Determinar as forças na barra mais tracionada e mais comprimida. Barra "AB" Barra "BC" A, B, C são articulaçõesC B 2 m 1,5 tf 1,5 m A 3 cm 8 cm 5 cm 3 cm Material das barras: 2 2 2 /120 /100 /180 cmtfE cmKgf cmKgf p RCRT Para lim vale: 2 fl cm/Kgf2,61800 1,5 m 10 cm P Secção espessura constante C Obs: 5 cm 0,5 2 m A B • Material: 26 2 p 2 ECET cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf1900 cm/Kgf2400 • Adotar: 0,3s 5,1s fl T • Se ocorrer flambagem no campo plástico, usar a fórmula de SHANLEY-BLEICH. 60 mm445a N30P N20P N10P 3 2 1 Material- Aço inoxidável 4s mm/Kgf21000E mm/Kgf35 mm/kgf25 2 2 CT, E 2 p Obs.: Todos os triângulos são equiláteros. 1 3 2 4 5 6 9 8 7 A B C 10 11 D F E G a a a P1 P2 P3 Fig.59 Fig.60 Fig.61 Resposta: s = 1,8 Resposta: P = 3739Kgf 8.41 b) Dimensionar a barra mais tracionada, de seção retangular: bx2b c) Dimensionar a barra mais comprimida, de seção circular: d) Instalando-se um extensômetro simples na barra n o. 6, qual deve ser a leitura? 12.11- Calcular a máxima carga P considerando a flambagem da barra AB: Se regime plátisco usar σfl=2540 – 0,0775λ 2 (kgf/cm 2 ) 12.12- Uma coluna circular de aço, com secção de 100cm 2 pode ser executada de dois modos: A) Secção circular maciça. B) Secção em forma de coroa circular, com espessura de parede de 1cm. Determinar o coeficiente de segurança à flambagem, para cada caso, para uma carga máxima atuante de 100tf. Material: EC = 2400 Kgf/cm 2 p = 1900 Kgf/cm 2 E = 2,1.10 6 Kgf/cm 2 Se ocorrer flambagem no campo plástico, usar Stanley. Resposta: A) sfl = 1,03 B) sfl = 2,34 12.13- Para a estrutura carregada conforme figura, na qual A, B e C são articulações, pede-se: a) Verificar a tensão normal na barra AB. 2,0 m 1,0 m 1,5 m A C B D Seção 2 " 8 3x"4x"4 2b b Material:- Aço ASTM-A36 4s cm/Kgf10.1,2E cm/Kgf2540 cm/kgf1270 26 2 E 2 p D F 6 2m P Fig.62 Fig.63 Fig.64 Respostas: a) N6 = +39N, N10 = -25N b) b = 0,47mm c) d = 3,74mm d) e= 2,36 ∙10-6 Resposta: P=8251kgf 8.42 b) Calcular o comprimento a dos cordões de solda da emenda. c) Determinar graficamente, o deslocamento do nó B. d) Calcular o coeficiente de segurança da barra BC. DADOS chapas e tubos pT = 1900 Kgf/cm² ET = EC = 2400 Kgf/cm² esc = 1800 Kgf/cm² , E = 2,1.10 6 Kgf/cm² No regime elástico usar SHANLEY 12.14- Calcular o coeficiente de segurança da estrutura da figura, considerando as solicitações nas colunas AB, CD e nas soldas do apoio da coluna AB. DADOS: A e C são articulações SOLDA: e = 100 MPa COLUNAS AB e CD: p = 190 MPa E T,C = 240 MPa E = 210 GPa Para regime plástico, aplicar: fl = 240 – 0,0046.² (MPa) Seção transversal da coluna CD: Detalhe da ligação soldada (coluna AB) (medidas em milímetros) 0,5 0,5 1 9 10 a Detalhe da emenda ( cm ) Fig.65 4 m E 2m 1m 100 KN 3,5 m A C D B 6 0 m m 8 0 m m 150 170 200 10 10 RESPOSTAS a) T = 1111 Kgf/cm² 2400 ou sT = 2,16 b) a 9,39 cm c) B = 0,23 cm d) sfl = 3,2 soldas T = C = 1000 Kgf/cm² = 750 Kgf/cm² E = 1,9.10 6 Kgf/cm² emenda A B 2tf 6tf C 9cm 2m 1 ,5 m 10cm Fig.66 8.43 RESOLUÇÃO: Barra CD: compressão de 50 KN BARRA AB: tração de 150 KN SOLDA: RESPOSTA: c.s.=1,88 222 444 6 92 cm98,21)68( 64 A cm4,137)68( 64 I 104 10190 10210 min lim Pa100808,0 160 210E elástico reg. 104 160 50,2 400 cm50,2 98,21 4,137 r 9 2 2 2 2 fl min 56,3.s.c 50 8,177 .s.c KN8,177N1777731098,21100808,0P CDfl fl 49 4,2.s.c 100 240 .s.c MPa100Pa10100 10)151( 150000 ABAB T 6 4 88,1.s.c 53 100 .s.c MPa53Pa1053 )1010 2 2 10200(2 150000 so ld aso ld a so ld a 6 33 150KN 50KN 100KN
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