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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI COQUELUCHE COQUELUCHE Doença infecciosa aguda, compromete o aparelho respiratório e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Em lactentes ocorre números elevados de complicações e óbitos (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). FASES CATARRAL Duração 1 ou 2 semanas, sintomas leves sem distinção de outras doenças respiratórias agudas, febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca, falta de apetite. Surtos de tosse intensos e frequentes (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). FASE PAROXÍSTICA Geralmente afebril, manifestação típica são os paroxísticos de tosse seca, finalizando em inspiração forçada, súbita e prolongada acompanhada de um ruído característico o guincho seguido de vomito. Esta fase dura de 2 a 6 semanas. (MINISTERIO DA SAUDE,2010). FASE DE CONVALESCENÇA Os paroxísticos de tosse desaparecem, volta os episodio de tosse comum que pode persistir por 2 a 6 semanas, podendo chegar até 3 meses. (MINISTERIO DA SAUDE,2010). AGENTE ETIOLÓGICO Bordetella pertussis é um bacilo gram-negativo, aeróbio provido de cápsula e fímbrias. Reservatório: o homem é o único reservatório natural (MINISTERIO DA SAUDE,2010). MODO DE TRANSMISSÃO Contato direto com a pessoa infectada através de gotículas liberadas pela tosse, espirro ou ao falar (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). Período de Incubação: de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e raramente até 45 dias; Período de transmissibilidade: se estende de 5 dias após o contato com o doente até 3 semanas após o inicio dos acessos de tosse típicos, em lactentes < de 6 meses o período prolonga em até 4 a 6 semanas após o inicio da tosse; Suscetibilidade e imunidade: o individuo torna-se imune após adquirir a doença ou após receber vacinação adequada, em media de 5 a 10 anos após a ultima dose a proteção pode declinar. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). COMPLICAÇÕES Respiratórias: pneumonia por B. pertussis, pneumonias por outras etiologias ativação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma; Neurológicas: encefalopatia Aguda, convulsões, coma, hemorragias intracerebrais, hemorragia subdural, estrabismo e surdez; Outras: hemorragias subconjuntivais, otite media por B. pertussis, epistache, edema de face, ulcera do frênulo lingual, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e ou desnutrição. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). DIAGNÓSTICO Diagnóstico especifico é realizado com o isolamento da B. pertussis por meio de cultura de material colhido de nasorofaringe com técnica adequada; A coleta deve ser realizada antes do inicio do antibiótico, ou até 3 dias após seu inicio; Diagnostico diferencial : deve ser realizado com as infecções respiratórias agudas, como traqueobronquites, adenoviroses e laringites. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). (SAÚDE, 2015) Característica epidemiológica: em populações aglomeradas a incidência da coqueluche pode ser maior na primavera e no verão, mas não existe uma distribuição preferencial. No Brasil já foi elevada na década de 80, diminuindo graças a elevação da cobertura vacinal a partir de 1998. Entretanto vem sendo registrado surtos da doença em populações indígenas; A letalidade da doença é mais elevada em crianças menores de 1 ano, principalmente naquelas com menos de 6 meses de idade ; A coqueluche é de notificação compulsória. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). MEDIDAS DE CONTROLE Vacinação: a medida de controle de interesse prático em saúde pública é a vacinação dos suscetíveis; Esquema básico de vacinação: menores de 1 ano deverão receber 3 doses da vacina combinada DTP+Hib (contra Difteria, Tétano , coqueluche e infecções graves causadas pelo Haemophilus influenzae), a partir dos 2 meses de idade com intervalo de pelo menos 30 dias entre as doses (o ideal é intervalo de dois meses). Aos 15 meses a criança deve receber o 1º reforço com a vacina DTP (tríplice bacteriana), sendo que o 2º reforço devera ser aplicado de 4 a 6 anos de idade. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). Vacinação de bloqueio: frente a casos isolados ou surtos á vacinação seletiva da população suscetível; Controle de concomitantes: íntimos, familiares e escolares, menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida deverão receber uma dose da vacina contra a coqueluche e orientações de como proceder para completar o esquema de vacinação; Pesquisa de novos casos: coletar material para diagnostico laboratorial de comunicantes com tosse, segundo orientação no Guia de vigilância Epidemiológica. (MINISTERIO DA SAUDE, 2010). Introdução da vacina DTPa para gestantes Proteger recém-nascidos A vacina produz altos títulos de anticorpos na gestante, possibilitando a transferência transplancentária destes anticorpos para o feto. A vacina é segura para mãe e o feto. (SAÚDE, 2015) Indicação da vacina dTpa 1 Para TODAS as gestantes a partir 27ª até a 36a semana de gravidez, podendo ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto, a cada gestação 2. Profissionais que atuam na UTI neonatal: uma dose (SAÚDE, 2015) Situação da coqueluche no mundo Grande relevância para saúde pública Uma das 10 maiores causas de mortalidade infantil Alta letalidade < 6 meses de idade; Estima-se 50 milhões casos no mundo, sendo que 95% em países em desenvolvimento; 300 mil óbitos ao ano; Doença reemergente. (SAÚDE, 2015) Casos notificados de coqueluche, por ano Países das Américas, 2000 a 2013 (SAÚDE, 2015) Situação Epidemiológica (SAÚDE, 2015) (SAÚDE, 2015) Situação da coqueluche no Brasil Incidência em 2013 foi de 3.3/100.000 habitantes; Óbitos em 2013: 110 Taxa de letalidade em 2013: 1.7 % Faixa etária mais acometida: menores de 6 meses, principalmente menores de 3 meses (SAÚDE, 2015) REFERENCIAS SAÚDE, Ministerio da. Introdução da vacina dTpa para gestantes no Sistema Único de Saúde. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Apresentacao-DTPA--2014.pdf>. Acesso em: 24 set. 2015 SAÚDE, MinistÉrio da. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS GUIA DE BOLSO. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015
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