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Prof. Fernando César Controle Higiênico- Sanitário dos Alimentos A HIGIENE COMPLETA É COMPOSTA POR DUAS FASES: A LIMPEZA E A DESINFECÇÃO Falta de higiene = Contaminação Alimentar 3 Entendendo alguns conceitos: Limpeza é a remoção de resíduos Desinfecção ou sanitização é a eliminação ou redução de microrganismos Limpeza + Sanitização = Higienização 4 O uso de escovas de metal, lãs de aço e materiais abrasivos; Varrer a seco; Reutilizar embalagens vazias de qualquer produto; Realizar limpeza do ambiente durante a manipulação de alimentos. 5 Limpeza para remoção para sujidades e lavagem com água e sabão ou detergente; Enxágüe; Desinfecção química: deixar o sanitizante em contato com a superfície, por um mínimo de 15 minutos ou conforme a recomendação do fabricante; Enxágüe obrigatório para superfícies que entram em contato com alimentos; Retirar o excesso de água, com rodo apropriado; Secar naturalmente. 6 Não é permitida a mistura entre produtos de limpeza, como detergentes ou sanitizantes, a não ser produtos preparados, industrialmente e registrados no Ministério da Saúde; Despejar o detergente na esponja. As esponjas de limpeza não devem imergir em recipiente com detergente; 7 Retirar o fio da tomada antes de iniciar limpeza Desmontar as peças para proceder a limpeza Proteger o motor contra água e gordura Nunca jogar água sobre as máquinas Executar a limpeza utilizando luvas de limpeza EQUIPAMENTOS balcões, bancadas, pias, cortador de frios, moedor, liquidificador e câmaras. 8 Seleção de Fornecedores Avaliação de Fornecedores Licenciado e possui boa reputação no mercado Ter procedimentos internos de segurança de alimentos Treinamento de seus funcionários Fornece produtos de qualidade Cumpre prazos de entrega Veículos de entrega em bom estado de conservação 9 Seleção de Fornecedores Avaliação de Fornecedores Licenciado e possui boa reputação no mercado Ter procedimentos internos de segurança de alimentos Treinamento de seus funcionários Fornece produtos de qualidade Cumpre prazos de entrega Veículos de entrega em bom estado de conservação 10 Recebimento de Mercadorias Verificar: cor, odor, textura, aparência. É responsabilidade dos colaboradores realizar a Análise Sensorial, checando se o produto está ou não em condições de ser consumido e, conseqüentemente, manipulado ou comercializado. 11 Condições das embalagens e rotulagens - REJEITAR Recebimento 12 Recebimento Após abertura da embalagem original, perde-se o prazo de validade informado pelo fabricante e devem ser seguidas as instruções contidas no rótulo para conservação do mesmo. 13 Armazenamento Armazenamento é o ato de armazenar ou guardar algum produto em um determinado lugar. Quando falamos de alimentos são necessários cuidados especiais, para garantir a qualidade. O correto armazenamento garante que o produto recebido mantenham-se em perfeitas condições até sua utilização ou venda. Cada alimento tem sua particularidade de armazenamento, por isso, deve-se sempre consultar as especificações do fornecedor e as fichas técnicas de sua categoria. 14 Seco e Fresco: quando o produto é armazenado em temperatura ambiente (estoque seco), segundo especificação do fabricante. Frio: quando o produto é armazenado em temperatura de refrigeração (0 a 5º C) ou congelamento (-18º C), sendo específica para cada produto. Armazenamento 15 Armazenamento Avaliar condições de armazenamento Temperatura Tempo Organização Controle de estoque (PVPS) Identificação e proteção Separação de produtos químicos/tóxicos/material de limpeza 16 Produto fechado na embalagem original Produto aberto, fora da embalagem original, em recipiente tampado e identificado. Produto pronto, com etiqueta de balança Produto aberto, na embalagem original, identificado É a presença de produtos químicos nos alimentos: Produtos de limpeza (detergente, cloro ou similar usados na limpeza da seção); Lubrificantes não alimentícios (graxa utilizada indevidamente nos equipamentos); Defensivos agrícolas (presentes nas matérias primas se não higienizadas adequadamente) ; Nitratos ou Nitritos (conservantes); Drogas de uso veterinário (esteróides ou hormônios presentes nas carnes utilizadas). É a presença de corpos estranhos nos alimentos Contaminação cruzada é a transferência de microrganismos de um local (alimentos crus, alimentos cozidos, pessoas, superfícies ou insumos) para outro. Colocar na câmara carne crua descoberta e salada já higienizada ou carnes já cozida. O ar que circula dentro da câmara pode transferir os microrganismos da carne para a salada; Mesma faca utilizada para cortar dois tipos de alimentos de famílias diferentes: carne e frango ou melancia e jaca; Mesma placa de altileno ou fatiadora utilizada para manipular alimentos de famílias diferentes: queijo e presunto simultaneamente e sem higienização. 21 É a presença indesejável de microrganismos como: vírus parasitas bactérias bolores leveduras 22 •Apresentam aspecto algodonoso •Produzem esporos para a multiplicação •Multiplicação ótima em temperatura ambiente •Sobrevivem a temperatura de refrigeração •Presença de bolor nos alimentos significa contaminação ambiental •Alguns produzem micotoxinas (por isso nunca devemos cortar a parte do alimento embolorado e reaproveitar a parte que não apresenta o bolor) 24 As leveduras são fungos. A palavra significa crescer ou fazer crescer, pois as primeiras leveduras descobertas estavam associadas a processos de fermentação de pães (provocam um aumento da massa). Pode-se reconhecer a presença destes microrganismos pela formação de bolhas, odor ou sabor característico de álcool. 25 26 Dependem de outros seres, eventualmente dos seres humanos, que por uma razão ou outra, tornam-se seus hospedeiros, muito involuntariamente Os parasitas retiram do animal parasitado, todo ou parte dos nutrientes de que necessita 27 Doenças Sintomas Fontes Teníase Nervosismo, insônia, fome, perda de peso, dores abdominais, náuseas e vômito Carne de boi ou porco contendo o cisticerco. Alimentos mal higienizados. Cisticercose Dor local Fezes humanas, presentes em alimentos mal higienizados. Disenteria amebiana Dor abdominal, diarréia Fezes humanas, presentes em alimentos mal higienizados. Ascaridíase Dores abdominais, irritabilidade Ingestão de terra, presentes em alimentos mal higienizados. Giardíase Diarréia, dores abdominais, fraqueza, náuseas Fezes humanas, presentes em alimentos mal higienizados. 28 Solitária Cisticerco 29 Cisticercose Deterioração de Alimentos Deterioração: ► Qualquer alteração na aparência, odor, sabor decorrentes da atividade metabólica dos microrganismos O tipo de deterioração depende: - tipo de alimento - microrganismo envolvido - número de microrganismos presentes Principais processos de deterioração nos alimentos ► Ranço: Alimentos ricos em gordura Microrganismos lipolíticos, principalmente bactérias Quebra das gorduras ácidos graxos glicerol ► Putrefação: Alimentos ricos em proteínas (p.ex. carnes) Bactérias proteolíticas ► Azedamento e coagulação: Leite e derivados Deterioração de carnes e derivados Quanto menor o pedaço de carne maior intensidade das alterações São produzidos por bactérias, leveduras e mofos: alteram sabor, odor, aparência. 34 35 Congelamento Distribuição dos produtos em recipientes rasos (no máximo 10 cm). Colocação dos recipientes afastados ou em cruz. Relação Volume X Capacidade do congelador. 36 Descongelamento Condições indicadas: Sob refrigeração (temperatura inferior a 5º C Forno de microondas Cocção direta (até 1,5 Kg) 37 Não recongelar osalimentos descongelados que não sejam utilizados imediatamente. Mantê-los sob refrigeração. Recongelamento 38 Higienização de Vegetais Sequência indicada: 1. Seleção Separação das partes estragadas 2. Lavagem Em água corrente, uma a uma para retirada de sujidades e ovos de parasitas. 3. Desinfecção Imersão em solução clorada de 100 a 200 ppm (1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água) por 15 minutos. 39 Higienização de Vegetais Sequência indicada: 4. Enxágue Remoção dos resíduos de cloro. Pode-se utilizar uma solução de vinagre (2 colheres de sopa de vinagre para 1 litro de água) 5. Estoque Utilização de utensílios com tampa ou coberto com filme plástico transparente. 40 Refrigeração Colocação em recipientes rasos (no máximo 10 cm) Distribuição no equipamento – circulação de ar Temperatura do Equipamento (próximo a 0°C) Identificação dos produtos 41 42 Cozimento Objetivos Conferir características desejáveis Eliminar microrganismos Como garantir o cozimento? Através da Fervura Alteração da cor e textura no seu interior Tratamento 74°C 43 Cozimento A temperatura deve ser verificada no centro do alimento O cozimento não elimina esporos 44 Cozimento Óleos e gorduras devem ser aquecidos no máximo á temperaturas de 180ºC. A gordura deve ser trocada sempre que houver alterações de aroma, sabor, formação de espuma e fumaça. O óleos deve ser usado no preparo de um tipo de alimento. 45 Resfriamento Regra a seguir: 65oC 10oCMáx. 2 horas Após o resfriamento manter o alimento: Refrigeração: inferior a 5°C Congelamento: inferior a -18°C 46 Reaquecimento Mesmo Tratamento aplicado ao cozimento 47 Manutenção a Frio Colocação em prateleiras superiores Temperatura até 10oC Tempo até 4 h Temperatura do equipamento: < 10oC ou acima de 70°C Acima de 60oC até 6 h 48 Regras Básicas para Distribuição Redução do tempo entre a preparação e a distribuição Temperatura do balcão de distribuição Temperatura do alimento na colocação para distribuir 49 Transporte de Alimentos Prontos Em quentinhas Em marmitas térmicas Em caixas isotérmicas 50 Transporte de Alimentos Prontos Temperatura no acondicionamento Acondicionamentos separados Temperatura no final do transporte Higiene do responsável pelo transporte Colocação no veículo Condição do veículo 51 Sobras Quentes Reaquecimento a 70°C Distribuição Congelamento Resfriamento No caso de quentinhas 1- Consumo imediato 2- Resfriar ou congelar o mais rápido possível e reaquecer antes de consumo 52 Sobra Fria Refrigeração (até 5 °C) Cocção Distribuição Resfriamento Congelamento Reaquecimento a 74°C Distribuição Sobras Frias As sobras devem ser consumidas em no máximo 24 h
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