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ROTAVÍRUS VIROSES ENTÉRICAS 1. Rotavírus 2. Astrovírus 3. Norovírus ROTAVÍRUS Família: Reoviridae Gênero: Rotavirus ROTAVÍRUS • Isolado primeiramente em 1973 de crianças com diarréia. • Identificados por M.E. de biópsias de duodeno. Rotavírus (formato de “roda”) - Estrutura por M.E. Rotavírus – Características gerais • Capsídeo icosaédrico de 65-75nm • Capsídeo formado por três camadas de proteínas: Externo – VP4 e VP7 Intermediário – VP6 Interno – VP1, VP2, VP3 • Não-envelopado • Genoma RNA dupla fita segmentado (11 segmentos) ROTAVIRUS- ESTRUTURA 3D VP4 Proteina P, clivada por protease (tripsina), hemaglutinina viral e formadora de espículas de superfície VP7 glicoproteína-G VP6 importante determinante antigênico VP1,VP2, VP3 estruturais do core Rotavírus – Taxonomia • Grupos, subgrupos e sorotipos baseados nas proteinas de capsídeo viral • 7 Grupos (A a G), sendo o A mais comum e com 2 subgrupos • Grupos A, B, C (Humanos e Animais) • Grupos D, E, F e G (Animais) • Grupo A - Mais comum EPIDEMIOLOGIA Diferenças nos grupos • Grupo A: As infecções são as mais comuns • Grupo B: Associado com algumas epidemias na China • Grupo C: Responsável por diarréias esporádicas em crianças no mundo todo Replicação • A transcrição do mRNA ocorre via RNA polimerase. • As proteínas do capsídeo são traduzidas. • Os segmentos de mRNA replicados são empacotados no nucleocapsídeo imaturo. • O mRNA é replicado para formar o genoma de RNA dupla fita. Genoma viral - Transcrição Rotavirus - Propriedades • Virus é estável no meio ambiente • Relativamente resistente à detergentes • Susceptível à desinfecção com 95% ethanol, ‘Lysoform’ e formalina • Os rearranjos entre os segmentos gênicos codificadores de VP4 e VP7 podem gerar 448 combinações possíveis!! • Proteína NSP4 é uma enterotoxina viral!!!! Patogênese • Célula-alvo são os enterócitos maduros dos vilos intestinais • Penetra na célula via endocitose • Replica-se no citoplasma da célula hospedeira Rotavírus – Patogênese e Transmissão • Período de incubação: 4-7 dias • Eliminação: 109 por grama de fezes • Transmissão fecal-oral • Sintomas mais freqüentes: – Vômito – Diarréia • Desidratação • Duração dos sintomas: 7 dias • Indivíduos imunocomprometidos • Infecção sistêmica Epidemiologia no Mundo • Milhões de afetados • 600.000-850.000 mortes/ano • A principal causa de hospitalizações infantis associadas a diarréias • Estudos de soroprevalência mostram que há a presença de anticorpos a partir dos 3 anos de idade. Aspectos clínicos • Desidratação: Contribui para a alta taxa de mortalidade. • Má absorção secundária de lactose e gorduras sendo que a diarréia crônica pode se estabelecer. Diagnóstico • Detecção do antígenos nas fezes: ELISA (para o Grupo A); • Microscopia eletrônica para os rotavírus do grupo não –A; • Sorologia e eletroferotipos para estudos epidemiológicos Tratamento e Prevenção • Tratamento- Reidratação oral ou venosa de suporte • Prevenção- Lavagem de mãos e desinfecção de superfícies. Primeira Vacina • Vacina viva tetravalente de um rearranjo viral símio-humano (Rotashield) • Licenciada para uso em Agosto de 1998 • Retirada do mercado em outubro de 1999 devidos a riscos de intussuspeção. INTUSSUSPEÇÃO VACINAS Rotarix • Monovalente G1P8 vacina oral • Eficácia na prevenção de doença severa = 85% Rota Teq • Vacina pentavalente de originada de recombinação bovino- humano • Eficácia na prevenção de doença severa = 100% Astrovírus • Detectados pela primeira vez em associação a um surto de diarréia e vômito numa maternidade da Inglaterra em 1975. • Denominação devido à forma de estrela de cinco ou seis pontas. Astrovírus Família: Astroviridae Gêneros: Mamastrovirus e Avastovirus Mamíferos Aves Astrovírus • Mamastrovirus 8 sorotipos humanos: HAstV-1 a HAstV-8 Astrovírus - Características • Tamanho: 23-30nm • Simetria icosaédrica • Não-envelopado; • Material genético: RNAfs Genomas virais - Transcrição Astrovírus - Patogênese • Não está totalmente esclarecida. • Sugere-se que a replicação viral aconteça nas células epiteliais das vilosidades do intestino delgado Astrovírus - Transmissão • Via fecal-oral; • Contato pessoa a pessoa; • Crianças, idosos, imunocomprometidos e adultos saudáveis. Manifestações clínicas • Período de incubação: 1 a 4 dias • Quadro de gastroenterite aguda – diarréia aquosa. • Outros sintomas: vômito, dores abdominais e desidratação. Diagnóstico Laboratorial • Microscopia eletrônica em amostras fecais; • Isolamento viral em cultura de células de carcinoma de cólon humano (CaCo-2), células de adenocarcinoma, células de rim de macaco. • O sorotipo 8 não replica na nessas linhagens. Diagnóstico laboratorial • EIA – Ensaio Imunoenzimático Diagnóstico Laboratorial • RT-PCR O RT-PCR utiliza uma enzima chamada transcriptase reversa para converter uma amostra de RNA em cDNA antes da etapa de amplificação por PCR, permitindo estudo de vírus de RNA e análises de expressão gênica. Epidemiologia • Amplamente distribuídos na natureza, infectando humanos e uma variedade de espécies de animais. • Picos de incidência no inverno das regiões temperadas e nas estações chuvosas dos países tropicais • 4-10% das diarréias em crianças. Prevenção e controle • Saneamento básico; • Boas práticas de higiene; • Cuidados com alimentos contaminados. Tratamento • Reposição de fluidos e eletrólitos perdidos durante a doença. Norovírus • Gastroenterite epidêmica não-bacteriana descrita há quase 80 anos – Doença do vômito do inverno. • Norwalk - 1971 Norovírus • Família: Caliciviridae • Gêneros: Norovirus, Sapovirus, Lagovirus, Vesivirus Norovírus • Tamanho: 26-37nm • Capsídeo icosaédrico • RNAfs Norovírus – Biossíntese Viral • Ainda não está muito estabelecida pela dificuldade encontrada em cultivar esses vírus em laboratório. Genomas virais - Transcrição Norovírus – Patogênese Patogenia • Transmissão fecal – oral; • Período incubação: 16 a 36 horas; • Replicação – enterócitos jejuno; • Pouco conhecimento sobre patogenia; • Encurtamento das vilosidades e hiperplasia das criptas; • Curso da doença: 1 a 2 dias; • Infecção leve ou assintomática; • Infecção auto-limitante; • Excreção viral: 72 horas. Norovírus – Transmissão • Pessoa a pessoa: Fecal-oral e através de aerossóis. • Água e alimentos contaminados. Maior causa de surtos de gastroenterite não bacteriana em comunidades, escolas, instituições, quartéis, viagens de navio e famílias. Norovírus – Manifestações Clínicas • Náusea, vômito, diarréia e dor abdominal. Norovírus - Diagnóstico • Métodos moleculares baseados na amplificação do RNA viral. • RT-PCR. Norovírus – Prevenção e Controle • Lavar as mãos de maneira eficiente e o descarte adequado ou a desinfecção do material contaminado podem diminuir o risco de transmissão.• Cuidados com alimentos. Norovírus - Tratamento • Não existe tratamento específico para a doença causada pelos norovírus. • Reidratação é recomendada para a reposição de fluidos e eletrólitos.
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