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Slide Do Prof. Ramon Saavedra [Saúde Coletiva] - 2011.2 - Epidemiologia - Conceitos E Uso

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Prof. Ramon Saavedra
Epidemiologia: Conceitos e Uso
SALVADOR
2011.2
SAÚDE COLETIVA
Estudo científico na área da saúde
Molecular – Células
Tecidos/Órgãos – Anatomia Patológica
Individual – Clínica Médica
População – Epidemiologia
NÍVEIS:
EPIDEMIOLOGIA
Epi = Sobre Demo = População Logia = Estudo
“Estudo do processo saúde-doença 
em coletividades humanas.”
Rouquayrol,M.Z., Goldbaum,M. R
Ciência que estuda os 
fatores que determinam a 
freqüência e a distribuição 
das doenças nas 
coletividades humanas...
EPIDEMIOLOGIA
Fatores determinantes:
Características ou circunstâncias 
que causam ou que possibilitam a 
ocorrência de doenças; fatores 
associados às doenças e agravos.
Freqüência das doenças:
Número de ocorrências de acordo 
com as características da 
população e do ambiente, em um 
espaço e tempo definidos.
Grupos sociais:
Pessoas agregadas em sociedades, 
comunidades, grupos (por idade, 
sexo, raça, trabalho, local de 
residência). 
EPIDEMIOLOGIA
Ciência que estuda o processo saúde-doença na 
sociedade, analisando a distribuição populacional e os 
fatores determinantes do risco de doenças, agravos à
saúde e eventos associados à saúde, propondo 
medidas específicas de prevenção, controle ou 
erradicação de enfermidades, danos ou problemas de 
saúde.
Almeida Filho & Rouquayrol, 2002.
EPIDEMIOLOGIA
Histórico
• Séc. V a.c. (Grécia Antiga) – Hipocrates relaciona doenças com os 
ambientes interno e externo do indivíduo.
• 1662 (Londres) – John Graunt quantificou a ocorrência de doenças 
por grupos e zonas.
• 1839 – William Farr analisou mortalidade por dados específicos 
(estado civil, ocupação, estações).
EPIDEMIOLOGIA
Histórico
• 1854 – John Snow testou hipóteses sobre a origem da cólera em 
Londres. Principal contribuição foi a sistematização da 
metodologia epidemiológica.
• 1950 – Doll and Hill fez um estudo associando o hábito de fumar ao 
câncer de pulmão.
• 1694 – Ferreira Rosa, autor da primeira obra epidemiológica 
publicada por um brasileiro.
Poços de água
Casos de 
morte por 
cólera
EPIDEMIOLOGIA
Mapa Epidemiológico de Londres (1854) Dr. John Snow
AGENTE HOSPEDEIRO
Modelo da Unicausalidade
AGENTE HOSPEDEIRO
AMBIENTE
Modelo da Multicausalidade
EPIDEMIOLOGIA
• Os agravos à saúde não ocorrem ao acaso na população.
• A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de 
fatores que se distribuem desigualmente na população.
• O conhecimento dos fatores determinantes das doenças permite a 
aplicação de medidas preventivas e curativas direcionadas a alvos 
específicos.
Princípios Básicos
EPIDEMIOLOGIA
Objetivos
• Descrever distribuição, magnitude e tendência dos problemas de 
saúde em populações humanas.
• Proporcionar dados para planejamento e avaliação das ações de 
prevenção, controle e tratamento das doenças e agravos.
• Identificar fatores etiológicos (causas, fatores de exposição, fatores de 
risco) das enfermidades.
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia
Estuda a distribuição dos problemas de
saúde em populações
Aponta quem é mais 
propenso a adquirir e
morrer destes problemas
Investiga as
causas destes
problemas
Avalia as ações:
vacinas,
testes diagnósticos, 
tratamentos,
serviços, etc.
EPIDEMIOLOGIA
Estatística
elementos 
metodológicos
Ciências sociais
compreensão da estrutura e 
dinâmica social
Clínica
elementos conceituais
EPIDEMIOLOGIA
Clínica
� Abordagem individual, o caso
� Diagnóstico (individual)
� História clínica (a história da 
doença)
� Determinantes clínicos
� Recorre as ciências biológicas
Epidemiologia
� Abordagem em nível coletivo
� Perfil epidemiológico
� Perspectiva histórica (busca 
conhecer os processos sociais)
� Determinantes epidemiológicos
� Recorre a estatística e as 
ciências sociais
Vigilância em saúde: 
epidemiológica, 
sanitária, 
ambiental, do 
trabalho etc.
EPIDEMIOLOGIA
Análise da 
situação de 
saúde
Avaliação de 
serviços, 
programas e 
tecnologias de 
saúde
Planejamento 
das ações de 
saúde
Assistência à
saúde
Usos da epidemiologia nos serviços de saúde:
USOS DA EPIDEMIOLOGIA
Exemplo 1: Exemplo 1: Evolução da Mortalidade por Violência no Brasil e Regiões
Objetivo:Objetivo: Descrever o perfil de mortalidade por acidentes de trânsito e 
outras causas violentas de morte no Brasil.
Em 2004, um total de 127.470 óbitos por causas externas foram 
notificados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
Deste total, 107.032 (84%) mortes ocorreram entre a população masculina 
e 20.368 (16%) entre as mulheres.
A mortalidade por acidentes de transporte terrestre configura-se como a 
segunda causa de morte no conjunto das causas externas, representado 
28% deste total, atrás somente das agressões.
Análise da situação de saúde
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde - MS
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde - MS
Taxas padronizadas de óbitos por acidentes envolvendo veículos. 
Regiões e Brasil - 1996 a 2004. 
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde - MS
Taxas padronizadas de óbitos por acidentes envolvendo motocicletas.
Regiões e Brasil - 1996 a 2004 
USOS DA EPIDEMIOLOGIA
Exemplo 2 : Planejamento das ações de assistência
de urgência e emergência durante o período do 
carnaval em Salvador.
Planejamento das ações de saúde
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
Nº
Dodô Osmar Batatinha
Clínico
Cirúrgico
Ortopedico
Número de pessoas atendidas por tipo de atendimento e circuito 
do Carnaval. Salvador/Ba, 2008.
Fonte: NGI/SALUTE
Fonte: SMS/SALUTE
0 26 47
111
783
2545
1269
694
286
78 20 8
213
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
< 1 1-.4 5-.9 10.-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 > 80 Ignorado
Número
Número de pessoas atendidas por faixa etária no Carnaval. 
Salvador/Ba, 2008.
0
200
400
600
800
1000
1200
Nº
Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta
Masc
Fem
Fonte: SMS/SALUTE
Distribuição dos Atendimentos diários por sexo no Circuito do Carnaval. 
Salvador/Ba, 2008.
Posto 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Forte Santa Maria 557 484 491 492 394 426
Shopping Barra 993 1.032 1.158 1.018 809 851
Espanhol 480 592 523
Sabino Silva 1.176 1.342 1.185 1.090 1.234 1.247
Ademar de Barros 648 725 622 723 840 831
Farol da Barra 580 622
Ladeira da Montanha 1.084 871 829 736 724 536
Praça da Piedade 1.040 992 784 824 732 905
Estação da Lapa 74 131 -
Politeama 883 763 605 653 704 563
Largo dos Aflitos 879 811 773 671 576 528
Teatro Castro Alves 745 675 593 589 505 578
Terreiro de Jesus 719 550 527 378 396 297
Total 8.745 8.245 7.567 7.728 8.217 7.907
Número de pessoas atendidas por Posto do circuito do Carnaval.
Salvador/Ba, 2003 a 2008
Fonte: SMS/SALUTE
Total de atendimento no período do Carnaval por causa básica nas 
Unidade de Saúde. Salvador/Ba, 2008.
USOS DA EPIDEMIOLOGIA
Exemplo 3: Epidemia de meningite viral ocorrida em 
Salvador, Bahia, 2007. (Dias JP)
Vigilância em saúde
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 1 5 9
2007
Média
Limite
superior
Gráfico 1- Diagrama de Controle de Meningite Viral segundo Semana 
Epidemiológica de Ocorrência, Salvador-BA, 2007*e 2008**
Número
Fonte: DIVEP/SESAB
(*) Dados preliminares até a SE 52
(**) Dados preliminares até a SE 09
Surto
2008
2007 (n=840) 2008 (n=82)
0
20
40
60
80
100
120
140
<1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 >50
0
10
20
30
40
50
60
Incidência e casos de Meningite Viral segundo faixa etária.
Salvador/BA, 2007*
Fonte: Fonte SINAN
Casos e Incidência de Meningite Viral segundo Distrito Sanitário de 
Residência. Salvador-BA, 2007*
0
10
20
30
40
50
60
Ce
ntr
o-
Hi
stó
ric
o
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pa
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Ca
jaz
eir
as
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Fonte: Fonte SINAN
USOS DA EPIDEMIOLOGIA
Exemplo 4: Avaliação da efetividade do Programa de 
Erradicação do Aedesaegypti. Brasil, 1996-2002. (Dias 
JP, Teixeira MG, Costa MC)
Avaliação dos serviços
0,01
0,1
1
10
100
1000
10000
jan
/96 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/97 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/98 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/99 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/00 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/01 Ab
r Ju
l
Ou
t
jan
/02 Ab
r Ju
l
Ou
t
IP
Caso
Pp
Tmax
Tmin
Inicio da intervenção
X=2,85
Den1 e 2
Casos notificados de dengue, índice de infestação predial pelo Aedes aegypti (IP), precipitação
pluviométrica (Pp), temperatura máxima (Tmax) e temperatura miníma (Tmin) segundo mês de 
ocorrência. Rio Branco – AC, 1996-2002.
CONCEITOS BÁSICOS
Epidemia – Elevação no número de casos de uma enfermidade num 
determinado lugar e período de tempo que exceda claramente o 
previsto.
Endemia – Presença contínua de uma enfermidade, ou agente 
infeccioso, numa região determinada.
Pandemia – Epidemia de uma doença que atinge pessoas em 
muitos países e continentes.
Surto – Epidemia onde os casos se restringem a uma área 
geográfica pequena e bem delimitada.
CONCEITOS BÁSICOS
Erradicação – Extinção da transmissão da infecção, com 
ausência completa de risco de reintrodução da doença.
Eliminação – Suspensão da transmissão de uma 
infecção em ampla área geográfica.
Controle – Redução do número de casos de uma 
doença a níveis muito baixos, de forma que ela deixe de 
ser considerada um problema em saúde pública.
EPIDEMIOLOGIA
Referências
• Pereira, M.G. Epidemiologia, Teoria e Prática. Capítulo 1-
Conceitos Básicos de Epidemiologia. Capítulo 2 – Usos da 
Epidemiologia.1995. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan S.A.
• Rouquayrol, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Medsi, 1999.570p.

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