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RELATÓRIO EXPERIMENTAL Pêndulo Simples e Pêndulo Físico Aluno: Jonathan Georg Rieff (cartão: 00231418) Professor: Jonder Morais Resumo: O presente relatório trata de dois experimentos sobre pêndulos: o pêndulo simples e o pêndulo físico. Os objetivos principais são observar a influência do comprimento do fio no período (pêndulo simples) e observar como o ponto de sustentação da barra influência no período de oscilação (pêndulo físico). Utilizando-se modelos matemáticos preestabelecidos para as devidas experiências pudemos comprovar suas previsões teóricas e estimar o ponto em que a oscilação de um pêndulo físico será mínima. Introdução Neste relatório, vamos explorar duas experiências realizadas em sala de aula. Uma delas é chamada de Pêndulo Simples e a outra de Pêndulo Físico. Nossa primeira experiência consiste em utilizar um pêndulo formado por uma haste, um fio pouco extensível com uma bola metálica em sua ponta e um sensor de movimento para que, ao pôr o pêndulo a oscilar horizontalmente possamos capturar o período de nossa oscilação. O objetivo deste experimento é observar a influência do comprimento do fio no período de um pêndulo real. Para isso, será utilizado um modelo matemático já preestabelecido chamado “modelo de pêndulo simples”, que é um sistema ideal onde temos uma massa pontual suspensa por um fio inextensível de massa desprezível. Segundo a previsão teórica, para pequenas amplitudes de oscilação o período do pêndulo simples é dado por Ƭ = 2𝜋√ 𝑙 𝑔 , onde Ƭ representa o período, 𝑙 o comprimento e 𝑔 a aceleração da gravidade local (que consideraremos como 9,8𝑚 𝑠²⁄ ). Na segunda experiência, utilizaremos o chamado “modelo de pêndulo físico”, que após algumas simplificações e cálculos algébricos temos o período dado por: Ƭ = 2𝜋√ 𝑙² 12 +𝑥² 𝑔𝑥 , onde 𝑙 representa o tamanho da barra de alumínio, 𝑔 a aceleração da gravidade local e 𝑥 a distância do ponto de sustentação da barra ao centro de massa da mesma. Neste experimento a peça à oscilar não será um fio com uma bola metálica fixada na sua extremidade, e sim uma barra metálica, com diversos furos em sua extensão para que possamos variar o ponto de suspenção da barra a oscilar. Visto que o objetivo desta experiência é observar como o ponto de sustentação da barra influência no período de oscilação. Materiais Utilizados Haste metálica; Fio pouco extensível com uma bola metálica presa em sua extremidade; Cronômetro com sensor de movimento com precisão de 0,1 𝑚𝑠; Fita métrica (1𝑚𝑚); Pêndulo físico, composto de uma barra de alumínio com furos em sua extensão; Régua (1𝑚𝑚) Sistema de montagem Para a construção dos experimentos foi posto uma haste metálica perpendicular ao chão para sustentar os pêndulos. Os pêndulos são postos a oscilar na horizontal (sendo puxados para o lado e soltos, fazendo com que oscilem devido a força da gravidade) e passam entre os sensores de movimento. Foi ajustado, no sensor, o modo “pend” que captura o período de oscilação do objeto posto a oscilar em seu centro. Para melhor compreensão, seguem as figuras 1 e 2. Procedimentos: Procedimento Pêndulo Simples Foram feitas dez medidas de período com cinco amplitudes e com dois comprimentos de fios diferentes. As medidas de período foram obtidas pelo sensor de movimento ligado ao cronômetro e as amplitudes com uma régua com precisão de 1𝑚𝑚. Utilizando média aritmética obtemos o período médio de cada amplitude, sendo que esta varia de 0,05𝑚 em 0,05𝑚. Para a medição do tamanho do pêndulo, medimos o comprimento do fio até o centro da esfera, visto que o centro de massa de uma esfera se dá em seu ponto geométrico. Portanto 𝑙 = 𝑐 + 𝑟 , sendo 𝑙 o comprimento do pêndulo, 𝑐 o comprimento do fio e 𝑟 o raio da esfera. Procedimento Pêndulo Físico Foram feitas dez medidas de período para quatro medidas diferentes do ponto onde a haste sustenta o pêndulo. As medidas de período foram obtidas da mesma forma como no procedimento anterior assim como o cálculo do período médio. O tamanho da barra é fixo, visto que não trocamos de barra durante o experimento, o que muda é o ponto onde a barra é sustentada pela haste metálica. Mudamos de 0,8𝑚 à 0,5𝑚 saltando de 0,1𝑚 em 0,1𝑚. Nossa barra tem comprimento 𝑙 = 1𝑚 e portando seu centro de massa é 𝑐𝑚 = 0,5𝑚, considerando que a barra seja homogênea. Lembrando que 𝑥 é a distância do centro de massa ao ponto de sustentação da barra. Dados experimentais Pêndulo Simples Nas tabelas abaixo pode-se conferir os dados obtidos com 𝑙 = 0,740 ± 0,005 𝑚 (tabela 1), e 𝑙 = 0,375 ± 0,005 𝑚 (tabela 2). Lembrando que Ƭmed representa o período médio, ɵ a amplitude e 𝑥 a distância de lançamento do pendulo ao ponto de equilíbrio. 𝑥 (𝑚) Ƭmed (𝑠) ɵ(º) 0,050 1,719 ± 0,005 3,870 ± 0,100 0,100 1,721 ± 0,005 7,760 ± 0,100 0,150 1,724 ± 0,005 11,70 ± 0,100 0,200 1,727 ± 0,005 15,70 ± 0,100 0,250 1,732 ± 0,005 19,74 ± 0,100 Tabela 1: amplitude, oscilação média e distância de lançamento 𝑥 (𝑚) Ƭmed (𝑠) ɵ(º) 0,050 1,238 ± 0,005 7,660 ± 0,100 0,100 1,244 ± 0,005 15,47 ± 0,100 0,150 1,253 ± 0,005 23,58 ± 0,100 0,200 1,263 ± 0,005 32,23 ± 0,100 0,250 1,282 ± 0,005 41,80 ± 0,100 Tabela 2: amplitude período médio e distância de lançamento Procedimento Pêndulo Físico Na tabela 3 podemos verificar os dados, sendo e Ƭmed o período médio e 𝑥 a distância do centro de massa ao ponto de sustentação da barra. 𝑥 (𝑚) Ƭmed (𝑠) 0,300 1,5269 ± 0,0050 0,200 1,5752 ± 0,0050 0,100 1,9329 ± 0,0050 Tabela 3: período médio e distância Análise de Dados Pêndulo Simples Para a obtenção da amplitude (ɵ) neste experimento, utilizamos trigonometria relacionando o cateto oposto (𝑥), e a hipotenusa (𝑙), assim, ɵ = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑙 . O nosso modelo matemático de Pêndulo Simples, nos diz que só funciona para pequenas amplitudes. Interpretaremos isso da forma em que o período do pêndulo varie no máximo de 1%. Calcula-se portanto, o período real através do modelo Ƭ = 2𝜋√ 𝑙 𝑔 , Sendo nosso 𝑙 = 0,74 ± 0,005 𝑚 e 𝑔 = 9,8 𝑚 𝑠²⁄ temos que Ƭ𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 1,725 ± 0,006 (𝑠). Podemos observar que a incerteza de Ƭ𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 vem por conta da incerteza de nosso 𝑙 (A incerteza foi obtida dividindo-se a precisão do instrumento por dois.) E sendo nosso e 𝑙 = 0,375 ± 0,005 temos que Ƭ𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 1,229 ± 0,0076 (𝑠). Montamos assim a Tabela 4: l (m) Ƭ𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 (s) Ƭ de corte (s) 0,740 ± 0,005 1,7250 ± 0,0060 1,7310 0,350 ± 0,005 1,2290 ± 0,0076 1,2499 Tabela 4: nota de corte (período teórico + 1% do mesmo) Comparando com as tabelas 1 podemos ver que só ultrapassamos o Ƭ de corte quando x = 0,25 e já na tabela 2 ultrapassamos o o Ƭ de corte no 𝑥 = 0,15, x = 0,20 e x = 0,25. Analisamos o gráfico 1 que ilustra o comportamento da amplitude angular máxima (ɵ) com Ƭ. Gráfico 1 foi criado a partir dos dados da Tabela 2. Pêndulo Físico. O modelo matemático para a realização desta experiência é dada por Ƭ = 2π√ 𝐼 𝑚𝑔𝑥 (1) sendo 𝐼, o momento de inércia em relação ao eixo de rotação e 𝑥 a distância do ponto de sustentação ao centro de massa da peça posta a oscilar. Através do teorema dos eixos paralelos, podemos determinar a inércia da barra como: (2). Aplicando a equação (2) em (1) obtemos: (3) Derivando (3): (4) Obtendo máximos e mínimos da função do período: Para localizar o valor de 𝑥 para o qual a função é máxima e/ou mínima, devemos igualar a equação derivada(4) a zero. Portanto: (5) Sendo que a distância não pode ser nula e/ou negativa. Logo, . Para determinar a inércia do centro de massa da barra, podemos fazer uma aproximação e tomá-la como uma barra delgada, com área de seção transversal tendendo a 0 e comprimento . Desta forma: (6) Aplicando (6) em (5): Medindo o comprimento da barra, temos . Portanto, o único valor de para um extremo absoluto da função do período é Podemos observar na Tabela3 que quando 𝑥 = 0,3𝑚 de fato temos o menor período. Tentamos fazer 𝑥 = 0, ou seja, no centro de massa, e como esperado, não houve oscilação. Conclusão Através dessas análises, pudemos determinar a relação entre o período e comprimento de um pêndulo. Vimos que quanto maior o comprimento do fio na experiência de pêndulo simples mais confiável é a medição do período. Constatamos também que, num pêndulo físico, existe um ponto onde a oscilação será mínima (𝑥 ≅ 𝐼 2√3 . ) e que não há como obter uma oscilação se o ponto de sustentação coincide com o centro de massa do objeto. Devemos observar que, tanto a resistência do ar quanto o atrito com a haste foram desprezadas para facilitar os cálculos. Referências http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php acesso dia 09.abril.2015 http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAndulo_f%C3%ADsico acesso dia 09.abril.2015
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