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UNESCO - Era do conhecimento e da competência

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José Prado de Souza
 Prof. Adj. IV UFPA
E-mail: jose.prado@prados.adv.br
Universidade Federal do Pará - UFPA
Recomendações da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura - Paris, março de 2012.
A era do conhecimento (a era da sabedoria) exige que o executivo/empreendedor atual e do futuro desenvolva os seguintes tipos de competências:
Aprender a pensar (refletir). Aprender a agir (querer). Aprender a sentir (organizar-se). Desenvolver e instigar massa crítica). “Quem pouco pensa, muito erra”. Leonardo da Vinci. 
Aprender a aprender (buscar metodologia apropriada para facilitar a aprendizagem).
Ser flexível e não especialista demais. Iniciar-se em outros conhecimentos.
Estudar durante toda vida, para permanecer em sintonia com a modernidade.
Adquirir intimidade com as novas tecnologias, para não ficar fora do mercado de trabalho, nem da sociedade do conhecimento, independentemente da idade.
Ter mais criatividade que informação, para construir algo inovador. Criar bancos de dados e transformá-lo em comunicação para tomada de decisão.
Entender as diferenças culturais para melhor analisá-las e interagir com elas. 
Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão, para se comunicar, com efetividades, com os diversos públicos.
Aprender a interpretar e julgar conceitos abstratos (trabalhar com o pensamento abstrato, pensamento filosófico. Desenvolver o raciocínio discursivo e dialético. Trabalhar com categorias analíticas).
Aprender a usar bem mais a capacidade mental, através de treinamento adequado, para acelerar o processo de crescimento intelectual. O homem usa muito pouco a capacidade mental, entre 0,1% e 0,2%, entre pessoas de nível superior. 
Aprender a ler e interpretar textos em alta velocidade. Esquecer os hábitos de leitura adquiridos no jardim de infância (a Internet disponibiliza, gratuitamente, vários cursos de leitura dinâmica e memorização. Sendo que a leitura fotográfica só é ministrada em laboratórios especializados). 
Aprender a ouvir. Há pessoas que só sabem falar e não estão educadas e treinadas para ouvir. 
Aprender a manipular símbolos e possuir boa iniciação em métodos quantitativos: matemática, estatística, lógica simbólica, etc.
Possuir, além de formação universitária consistente, habilidades para se inserir na comunidade global e interagir com essa comunidade, tornando-se um de seus membros. Usar os recursos da economia do conhecimento, o mundo web etc.
Dominar (falar e escrever) fluentemente, além da sua língua pátria e do Inglês, que é a linguagem da informática e da globalização, mais, pelo menos, dois idiomas de importância econômica, como o espanhol, o francês, o alemão, o italiano, etc. 
Aprender a colaborar (trabalhar em equipe em projetos globais).
Aprender a resolver problemas dos mais simples aos mais complexos (desenvolver raciocínio heurístico e não somente o cartesiano, o algorítmico, etc.).
Ter qualidade. Assim como nos esportes, perseguir, a todo custo, o máximo, a perfeição, como desafio pessoal e profissional. Conquistar medalhas de ouro e não somente de prata ou bronze. Não se satisfazer com a nota 10, e sim, perseguir o 12, o 13, o 14, etc. A gestão do razoável, ou seja, a gestão menos que dez não chega ao futuro e, talvez, a lugar nenhum. Seja uma raridade profissional para se tornar visível e reconhecido, inclusive financeiramente.
Deve procurar chegar por primeiro aonde desejar ir, em termos de objetivos, empreendimentos, etc., e não ficar esperando um trem passar. Trem esse que nunca chega, porque não existe. Pois, o futuro será reservado àqueles que chegarem por primeiro e com qualidade. Os retardatários serão triturados no caminho. Não terão nem voz, nem vez.
Aprender a navegar no mundo web, para descortinar novos conhecimentos.
Não perder o contato com a realidade “real”. Não perder de vista o que está mudando ao seu redor. O homem não toma banho por duas vezes no mesmo rio. Pois, na segunda vez o rio não será mais o mesmo e o homem já mudou (Heráclito de Éfeso, 535 a.C.).
Adotar criatividade radical. Mudar hábitos para se ajustar à modernidade. Ser resiliente. Ou seja, se ajustar aos paradigmas da economia do conhecimento, sob pena de caminhar na contramão da história. 
Desenvolver inteligências múltiplas, para não sair de cena (mudar de profissão, se for o caso, por exemplo).
Trabalhar numa perspectiva de curto, médio e longo prazo, para melhor visualizar o futuro.
 Aprender a planejar o seu tempo. O tempo é um bem escasso e constitui uma variável muito importante na vida do profissional. Há pessoas que não têm tempo para nada, mesmo não tendo muitas tarefas a executar durante o dia. São desorganizadas e, com isso, desperdiçam tempo, oportunidade e recursos. Há pessoas muito ocupadas que têm tempo para tudo, porque cumprem/executam um planejamento objetivo de atividades pessoais/profissionais. “O tempo dura muito para aqueles que sabem aproveitá-lo”.(Leonardo Da Vinci).
O tempo deve ser planejado de forma a contemplar realizações profissionais e qualidade de vida (felicidade) pessoal e familiar, através de estilo de vida saudável, lazer, viagens turísticas e culturais, etc., repousar, divertir-se, recrear-se, entreter-se para readquirir (recuperar) energias físicas e mentais. Pois, felicidade é o que mais queremos na vida, ainda que não tenhamos percebido. 
Ser líder e empreendedor. Fazer as coisas acontecerem. Transformar o que está à sua volta. O novo dirigente é o profissional que consegue aliar as aptidões do gestor com as do líder.
Aprender a transformar o conhecimento em competência. O conhecimento é o combustível da competência. Não se consegue ser competente sem conhecimento. A competência é o motor propulsor do progresso.
Há cerca de 30 anos o valor de uma organização era medido pelo seu estoque de recursos financeiros e patrimoniais. Hoje esse valor é medido pelo talento (estoque de capital intelectual que possui), competência, design, know how, modernidade organizacional, agilidade operacional, marca, conceito, etc. 
Não deixar seus objetivos apenas nos planos: deve planejá-los e executá-los. Pois, de nada vale uma excelente idéia se você não a coloca em prática. ”O que você sabe não tem valor. O valor está no que você faz com o que sabe” (Bruce Lee, considerado o maior lutador de artes marciais do século XX, 1940-1973). 
 O sucesso e o desenvolvimento exigem atitude, comprometimento e FOCO. Deve-se concentrar energias nesse FOCO. Ser motivado. Não basta um país possuir grandes estoques de riquezas naturais para se tornar desenvolvido. É imprescindível ter atitude, ser empreendedor. Isto exige vontade política e ação deliberada de seus dirigentes. Exemplo expressivo disso é o Japão, construído em cima de pedras e é a terceira maior potência econômica do planeta.
Lembrando o compositor e cantor Geraldo Vandré:
“Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”
 
Assumir responsabilidade social e ética, e comprometimento com a educação e preservação ambiental (ecologia). Adotar atitude ecologicamente responsável. Cuidar bem da natureza como se fosse sua casa. Praticar responsabilidade social, devolvendo à sociedade parte da riqueza que em função dela foi gerada. Defender Cidades Sustentáveis, com qualidade de vida.
Ser um verdadeiro cidadão e não, simplesmente, um indivíduo. Deve se preocupar com o bem comum. Com o outro. Assumir o sentimento de coletivismo. De comunidade.
Não adotar dogmas como referência de vida (crenças que ferem princípios filosóficos e científicos), para não comprometer o senso crítico.
 
Desenvolver Inteligência Emocional (Quociente Emocional - QE) e não, simplesmente, Quociente Intelectual (QI). Devemos levar inteligência às nossas emoções. Agir com maturidade. Evitar tomar decisões sob impulso. A seleção de profissionais hoje, nas organizações modernas, é realizada com base na Inteligência Emocional do candidato, e não mais com base, apenas, no QuocienteIntelectual (QI). 
Se inserir em programas de educação continuada para não sair de cena. Atualmente o conhecimento caduca em torno de dois anos. O especialista de ontem, hoje não o é mais. Certamente estará desatualizado e fora do mercado.
Procurar agregar valor em tudo que se propuser a fazer, como diferencial de qualidade. Fazer o melhor possível. Amar o que faz. Dar o melhor de si com foco, entusiasmo e alegria. 
Belém (PA), 12 de setembro de 2013.
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