Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Módulo 4 – Inovação e Sustentabilidade
Professor Formador: Eduarda Remor Bastos
Orientador: Rosely Candida Sobral
Conteudista: Cláudia Crisostimo
Aula 3 – Inovação
Processos de Inovação
Rápida evolução da Tecnologia
Postura Estratégica Face à Mudança
Visão Radicalista e Gradualista 
Em busca do rumo certo
Processos de Inovação
O processo de inovação é a estrutura que vai assegurar que o seu time de inovação tenha ideias e as implemente de forma bem-sucedida. Com o processo de inovação, você tem uma estratégia que ajuda a não desistir no meio do caminho. 
Temos 5 etapas no processo de inovação:
Geração de novas ideias
Avaliação
Experimentação
Comercialização 
Acompanhamento da inovação
Processos de Inovação
Geração de novas ideias
Decidir o conceito que quer desenvolver e apresenta os motivos pelos quais quer implementar uma ideia. Nessa etapa, é importante envolver os colaboradores, os clientes e, se necessário, o público em geral, para entender melhor o mercado e obter boas ideias . Além disso, também é uma oportunidade de olhar para a sua ideia por diferentes ângulos. 
Essa etapa pode começar a ser implementada com o trabalho de um gestor, que espalhe para os colaboradores. A empresa também pode promover treinamentos e outros incentivos para desenvolver a criatividade do time e ajudá-lo a perder o medo de sugerir ideias inovadoras. 
Processos de Inovação
Avaliação
Nem todas as ideias levantadas valem a pena ser implementadas. Por isso, é importante avaliar e selecionar as melhores. Esse processo deve ser feito com transparência e feedbacks claros. 
Para isso, uma ideia é reunir a equipe e apresentar as ideias, discutindo-as. A gestão deve auxiliar identificando as melhores oportunidades, dizendo se são realmente viáveis.
Processos de Inovação
Experimentação
Em terceiro lugar, vem a experimentação. A ideia será testada usando um protótipo. Isso é feito dentro de um mercado definido. Lembre-se de avaliar uma série de questões, como: o novo produto esta sendo aceito pelo cliente? O preço é aceitável? As pessoas gostam da inovação? 
Se a ideia é muito complexa, ou se não é o momento certo, então ela não deveria ser implementada. Pode ser que a experimentação gere novas ideias também. Por isso, dê tempo ao time para que faça experimentos e avalie os resultados da etapa de experimentação. 
Processos de Inovação
Comercialização 
Aqui, você vai transformar o seu produto ou serviço em algo que pode ser melhorado, refinado e comercializado. O seu principal trabalho nesta etapa é convencer o seu público de que a inovação é boa para ele.
Para isso, é interessante explicar como a inovação será útil no seu dia a dia, quando deve ser usada, enfim, é preciso demonstrar os benefícios na prática. 
Também é o momento de decidir qual o melhor fornecedor, os materiais que serão utilizados. É uma etapa que envolve tempo e dinheiro.
Processos de Inovação
Acompanhamento da inovação
 Por fim, vem o acompanhamento da inovação. Aqui, a empresa deve acompanhar a ideia que foi implementada. E, apesar de ser a última, o processo não acaba aqui, pois o acompanhamento precisa ser feito continuamente. Como é um ponto bastante estratégico, é importante que a diretoria e os gestores estejam envolvidos.
Mas como fazer na prática? Acompanhando as pessoas que estão usando a sua inovação. Peça feedbacks por email, formulários, redes sociais.
Rápida evolução da tecnologia
Antes Mundo era pequeno, 
porque Terra era grande. 
Hoje Mundo é muito grande,
porque Terra é pequena, 
Do tamanho da antena 
parabolicamará.
Gilberto Gil (1994)
Se Gilberto Gil já percebia a Terra pequena com a antena parabólica da TV da década de 1990, o que deve estar pensando do nosso planeta hiperconectado pelas redes sociais eletrônicas da atualidade?
Rápida evolução da tecnologia
As telecomunicações e a informática isoladamente contribuíram para grandes transformações em nossa sociedade. Elas encurtam distâncias (ao menos na cabeça das pessoas) e permitiram que máquinas assumissem e executassem com excepcional competência tarefas que antes exigiam muito esforço e tempo humanos;
O impacto da sua utilização no modo de vida das pessoas, na forma como as empresas trabalham e se relacionam umas com as outras e no mundo, de uma forma geral, foi tão marcante que muitos autores consideram que estávamos vivendo, na segunda metade do século XX, uma nova era, cujas transformações ficam tão mais evidentes quanto mais as tecnologias de informática e de telecomunicações convergiam para um único ponto, a partir do qual se tornou difícil separar uma da outra.
Rápida evolução da tecnologia
Wolton (2003, p. 97),
Ontem, as coisas eram simples: o que dependia do telefone era diferente do que dependia do rádio e da televisão, e distinto do que concernia ao computador. Os terminais diferentes remetiam a atividades diferentes, a áreas diferentes, a culturas diferentes. Amanhã, ao contrário, tudo estará disponível no mesmo terminal. A mudança não é somente técnica, é também cultural, uma vez que não haverá mais diferenças entre atividades separadas durante séculos. 
Rápida evolução da tecnologia
Vocês concordam com essas afirmações, o que vocês pensam que pode acontecer no futuro? 
Por que Wolton considera que a mudança que estamos vivenciando na forma de adotar tecnologias da informação e comunicação não é apenas técnica, mas também cultural?
Rápida evolução da tecnologia
Aquilo que há poucos anos consistia em previsão para o futuro representa hoje a realidade das organizações e dos lares mundo a fora. O "amanhã" de Wolton já se faz presente no cotidiano da maior parte das pessoas. Na mesma caixa (ou caixinha, se estivermos falando do telefone celular) são oferecidos recursos e serviços que antes precisavam de diversos dispositivos tecnológicos distintos. 
Terminologia em Sistema de Informação
O conjunto de tecnologias resultantes da utilização simultânea e integrada de informática e telecomunicações tem sido chamado de tecnologias da informação e comunicação (TICs).
Castells (2002) explica que cada avanço em um campo tecnológico específico amplifica os efeitos das tecnologias de informação conexas. Assim, a convergência das tecnologias da informática e de telecomunicações, associada a avanços em diversas outras áreas, levou ao advento da Internet, que representa o mais revolucionário meio tecnológico da Era da Informação, inclusive em função da forma como se desenvolveu. 
Postura Estratégica Face à Mudança
O cenário empresarial foi se modificando ao longo do século XX com o aumento da percepção de rapidez das mudanças, falta de familiaridade com a situação e dificuldade de antecipar o futuro. Tudo isso contribuiu para a mudança da cultura das empresas e da própria atitude das pessoas com relação à mudança. Se no passado era possível esperar que um novo cenário se configurasse para só então analisá-lo e tomar decisões sobre como se posicionar frente a ele, o ambiente de negócios do final do século XX já convidava as empresas e seus executivos a se anteciparem à mudança, muitas vezes fazendo-a acontecer, o que passou a acelerar ainda mais o ciclo de mudanças a que todos estamos submetidos.
Postura Estratégica Face à Mudança
Tabela adaptada de Graeml, 2003 apud Torres 1994 
Postura Estratégica Face à Mudança
Embora Torres (1994) tenha restringido a sua análise às diversas décadas do século XX, fica difícil conseguirmos pensar em uma nova coluna para acrescentar à direita na Tabela 0.1 para essas primeiras décadas do século XXI. 
Falta criatividade, justamente aquilo que se esperava tanto de nós já na década de 1990? Ou o ambiente simplesmente exige ainda mais daquilo que já se podia esperar das pessoas e organizações no final do século passado?
Visão Radicalista e Gradualista 
Visão gradualista das mudanças (o futuro é consequência e repetição do passado).
Visão radicalista das mudanças (o futuro é dissociado do passado). 
Embora fique fácil perceber os motivos que nos levam a mudar de uma visão gradualista para umavisão radicalista de interpretação do mundo que nos cerca, continua sendo importante compreender o nosso passado para estabelecer prioridades para o futuro.
Em que diferem a visão gradualista e a visão radicalista do mundo? Qual o problema de passarmos a adotar uma visão radicalista do mundo no que tange à definição dos nossos objetivos?
Visão Radicalista e Gradualista 
A visão radicalista pode parecer adequada para lidar com a urgência dos nossos tempos, mas ela tende a se concentrar muito mais nos “comos” do que nos “porquês” e “o quês”, ou seja é boa para lidar com os meios mas ajuda pouco a refletir sobre os verdadeiros fins. De nada adianta melhorarmos os meios sem definirmos claramente os fins, porque isso pode significar apenas chegar mais rapidamente a um lugar para onde talvez não quiséssemos ir.
Graeml, 2003
Contudo, é importante lembrar que a maioria das empresas de sucesso hoje cresceu com base na sua capacidade de implementar mudanças incrementais, tais como a melhoria contínua dos seus processos produtivos, tempos de ciclo cada vez menores etc. 
Embora isto seja importante, já não é mais suficiente para se manter competitivo em mercados que seguem a lógica daquela última coluna da Tabela 0.1. Em tempos de rápida mudança, toda a estratégia das empresas precisa ser revista e as TICs podem ser utilizadas para ajudar a proporcionar a agilidade e flexibilidade necessárias. Já não basta fazer mais do mesmo, fazer mais barato ou fazer mais rápido.
Os riscos de trajetória
A trajetória das empresas, que garante sucesso em épocas de "calmaria", normalmente as cega para as mudanças, quando estas passam a ocorrer em maior velocidade.
Maquiavel, em O Príncipe, publicado no início do século XVI, já afirmava que "tendo alguém prosperado seguindo sempre por um caminho, não se consegue persuadi-lo a abandoná-lo. Por isso, o homem cauteloso, quando é tempo de passar para o ímpeto, não sabe fazê-lo e, em consequência, cai na ruína, dado que se mudasse de natureza de acordo com os tempos e com as coisas, a sua fortuna não se modificaria" (MAQUIAVEL, 1505, p. 148). 
O que vocês percebem dessas afirmações?
Os riscos de trajetória
Assim aconteceu com os suíços, por exemplo, que inventaram o relógio a quartzo no final da década de 1960, mas não deram valor à própria inovação. 
Os tradicionais fabricantes de relógios das montanhas Jura e do Vallee des Joux preferiram continuar a fabricar os mecanismos mecânicos de precisão que os haviam tornado famosos ao longo de séculos, permitindo que os japoneses, que não tinham experiência na fabricação de relógios de pulso, praticamente aniquilassem a sua indústria em poucos anos, reduzindo o quase monopólio suíço no setor a insignificantes 10% do mercado em 19785.
Os riscos de trajetória
O quartzo permitiu a eliminação dos mecanismos de corda manual dos relógios, com sua substituição por uma pequena bateria e os visores dos relógios digitais acabaram com os ponteiros facilitando a leitura da hora marcada.
Os suíços imaginaram que o relógio a quartzo não teria valor comercial, com base em paradigmas superados, o que lhes rendeu consequências que só não foram mais catastróficas graças ao Swatch - acrônimo para Swiss watch - que, em 1983 (15 anos após a avassaladora entrada dos japoneses no mercado de relógios de pulso), sacudiu novamente o mercado.
Os riscos de trajetória
Concentrando-se no design do produto e em campanhas de marketing que o apresentavam como um acessório de moda, em que a função inicial de marcação do tempo passava a ser secundária, Ernst Thomke conseguiu transformar o pouco suíço Swatch em um fenômeno de vendas.
O baixo preço do produto passou a permitir que as pessoas comprassem diversos dos coloridos modelos para combinar com suas roupas ou estado de espírito, acarretando vendas que somaram 25 milhões de unidades ao longo dos primeiros cinco anos que se seguiram à introdução no mercado. 
Os riscos de trajetória
E será que estão por baixo novamente?
Contudo, depois que passamos a andar com um telefone celular no bolso, a maioria de nós deixou de usar um relógio de pulso. Havia redundância desse dispositivo com aquele outro, que apresenta aquelas características salientadas por Wolton, já discutidas lá no início da aula: tudo está sendo disponibilizado no mesmo aparelho e, ao menos por enquanto, está cabendo ao celular assumir essa função. 
Os riscos de trajetória
Só que agora não é um ramo industrial individualizado (como aconteceu com a indústria de relógios de pulso) que está sofrendo os impactos de tecnologias inovadoras e da própria incapacidade de se libertar dos paradigmas que a prendem à sua trajetória e às glórias do passado. A revolução da informação apresenta impactos marcantes em todos os aspectos da vida humana. 
Precisamos compreender essa nova realidade, que é marcada pela constante transformação, mais do que por qualquer outra característica, para podermos nos adaptar a ela.
Os riscos de trajetória
Além do exemplo dos suíços e seus relógios mecânicos de precisão para discutir os riscos de trajetória (que ocorrem sempre que uma empresa é muito bem-sucedida no que faz). 
Você conseguiria pensar em algum outro exemplo de empresa que acabou sendo prejudicada porque seu sucesso a cegou para mudanças importantes que aconteciam a sua volta? Explique como e por quê.
História da Kodak 
A história da Kodak, a pioneira da fotografia que parou no tempo
Hoje em dia, você encontra uma câmera digital de qualidade no smartphone, mas pode usar também os modelos profissionais e até os modelos analógicos com o bom e velho filme que precisa ser revelado.
Tudo isso se deve a décadas de avanços, é verdade, mas a maior parcela de créditos deve mesmo ir para a Kodak.
História da Kodak 
Essa marca, que já passou dos 100 anos, foi uma das empresas que ajudaram a popularizar a fotografia para amadores, diminuindo o tamanho das câmeras e ampliando as formas como as imagens eram exibidas após os cliques.
Ela ainda revolucionou o meio digital — só que se esqueceu de embarcar nele, e esse talvez tenha sido o seu maior erro. Como tudo isso aconteceu?
História da Kodak 
Em busca do rumo certo
A tecnologia da informação, na visão de alguns a solução para todos os problemas da humanidade, tem sido tratada com reserva e ceticismo por outros.
Embora existam empresas que, realizando investimentos maciços em informática, desfrutem de liderança em suas áreas de atuação, há outras que, apesar dos elevados investimentos em TI, apresentam resultados medíocres ou negativos. 
Em busca do rumo certo
Strassmann (1997) realizou um estudo em que não conseguiu observar qualquer evidência de correlação entre a intensidade de gastos com informática e o desempenho das empresas, como será visto mais adiante. Para ele, não são os computadores, mas a forma como a empresa os utiliza, que faz a diferença.
Os elevadíssimos custos incorridos no desenvolvimento e adoção de novas tecnologias e a sua rápida inutilidade (decorrente da introdução de tecnologias ainda mais recentes) aumentam sobremaneira os riscos envolvidos no investimento em TI.
Em busca do rumo certo
Assim, o destino de uma organização pode ser afetado profundamente por suas decisões tecnológicas. A ousadia nestas horas pode levar a casos de sucesso de grande repercussão ou a estrondosos fracassos. E, para complicar a situação, as decisões precisam ser tomadas com agilidade, como já foi dito, em tempos de rápida mudança. Postergar decisões pode levar à perda de preciosas oportunidades.
Dentro deste panorama, como assegurar-se de estar seguindo o rumo certo?
Em busca do rumo certo
Esta é uma pergunta para a qual provavelmente ninguém tenha uma resposta definitiva. Mas existem formas de minimizar a chance de más decisões envolvendo investimentos em tecnologia da informação. O administrador deve dispor de bom conhecimento dos fatores que contribuem para o sucesso ou o fracasso das suas ações e de ferramentas que lhe permitam avaliar, da forma mais completa possível, dentrodo quadro de incertezas em que as decisões normalmente precisam ser tomadas, as diversas alternativas que se lhe apresentam.
Em busca do rumo certo
À medida que as tecnologias vão se tornando mais complexas, exigindo maior esforço das pessoas para a sua implantação e apresentando maior impacto na organização, torna-se imprescindível que a avaliação de investimentos em TI não se atenha apenas a aspectos técnicos e financeiros, mas considere também as questões ligadas à organização e à sua capacidade de aceitar e suportar as mudanças organizacionais que acompanham ou precisam preceder ou suceder as mudanças tecnológicas.
Em busca do rumo certo
Um primeiro passo para uma decisão acertada é ter consciência de que os benefícios advindos do investimento em TI não estão diretamente ligados ao investimento em si, mas ao uso que é feito dela.
Uma falha fundamental nos esforços para avaliar projetos envolvendo TI está no fato que, em geral, as empresas avaliam a própria tecnologia e se as pessoas gostam dela e a utilizam.
Em busca do rumo certo
Um próximo passo, muito mais importante, é normalmente deixado de lado, que é descobrir se o projeto realmente faz diferença para a competitividade e a sustentabilidade do negócio
A tecnologia por si só não vale nada para o negócio. O que importa é como a informação gerada por ela é capaz de proporcionar melhor atendimento às necessidades dos clientes, agregando valor para eles e, consequentemente, para a empresa. São os novos produtos e serviços, ou o valor agregado por eles e pelos processos de negócios afetados pela TI que garantem o retorno do investimento para a empresa.
Para finalizar o módulo...
O que esperar do futuro e do uso das tecnologias? | Douglas Veit | TEDxUnisinos
Douglas Veit é formado em Administração, Mestre e Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas e também é docente e pesquisador na área de modelagem para a aprendizagem.
O TED é uma organização sem fins lucrativos dedicada à divulgação de ideias, geralmente na forma de palestras curtas (18 minutos ou menos). O TED começou em 1984 como uma conferência onde Tecnologia, Entretenimento e Design convergiram, e hoje cobre quase todos os tópicos – de ciência a negócios e questões globais – em mais de 100 idiomas. Enquanto isso, eventos TEDx realizados de forma independente ajudam a compartilhar ideias em comunidades ao redor do mundo.
Lavf56.36.100

Mais conteúdos dessa disciplina