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Toxoplasmose: Conceito, Transmissão e Sintomas

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FACULDADE DA AMAZÔNIA
DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA APLICADA À ZOOTENIA
ASSUNTO: TOXOPLASMOSE
I. CONCEITO/ETIOLOGIA/IMPORTÂNCIA:
Trata-se de uma doença infecciosa, que acomete animais jovens, debilitados, submetidos a estresse ou a tratamento imunosupressor, que pode se apresentar na forma congênita ou adquirida. É causada por um protozoário do gênero Toxoplasma, com uma única espécie denominada T. gondii, que infecta os animais domésticos e o homem. É uma das mais graves zoonoses, pois além de provocar aborto nas mulheres, pode causar hidro e microcefalia, cegueira e alterações no SNC em fetos e bebês recém-nascidos. Nos animais, provoca lesões semelhantes. Em ovelhas e cabras aborto; eqüinos alterações na visão. É a segunda causa de morte em seres humanos infectados pelo HIV (AIDS).
II. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
É uma doença cosmopolita, atingindo povos, tanto do hemisfério norte (países frios), como do hemisfério sul (países tropicais e sub-tropicais). No Brasil, a prevalência da infecção, tanto em animais, como em humanos, é bastante alta, embora não haja levantamentos conclusivos a respeito. 
III. BIOLOGIA:
O ciclo vital desse parasita, apresenta duas fases distintas: uma enteroepitelial (assexuada e sexuada), que ocorre apenas em felídeos; outra extra-intestinal (assexuada), que acomete as demais espécies animais e o ser humano. O gato é o hospedeiro definitivo do parasita.
Ciclo entero-epitelial: (somente no gato) – semelhante à Eimeria e Isospora.
Ciclo extra-intestinal: (comum no gato e em outras espécies) os esporozoitos penetram na parede intestinal ganham a circulação linfática e sangüínea e disseminam-se por outros órgãos (taquizoitos) penetram nos leucócitos formam cistos nos órgãos internos (cérebro, rim, fígado, etc.) (bradizoitos). O cão não libera oocistos nas fezes, porém libera taquizoitos através das secreções: saliva, ramela dos olhos, leite e urina). No ser humano é mais freqüente a forma de taquizoito (fundo de olho e cérebro). Gatos jovens oocistos nas fezes; gatos adultos são imunes e, portanto, não eliminam oocistos nas fezes.
IV. TRANSMISSÃO:
a-) Oocistos esporulados através de sua ingestão nos alimentos, água, fezes, conteúdo estomacal de moscas e outros insetos;
b-) Bradizoitos (cistos) carne crua ou mal passada, necrofagismo e canibalismo;
c-) Taquizoitos leite, saliva, lágrima, sêmen, urina.
V. TOXOPLASMOSE NAS DIVERSAS ESPÉCIES ANIMAIS E NO HOMEM:
1) Felina: Os gatos adultos raramente apresentam sintomas, nem eliminam oocistos, devido à imunidade; Ocorre mais em animais jovens ou muito velhos. Felídeo come o rato que tem o cisto ou ingere o oocisto de outro gato pelo contato com as fezes ou saliva desse animal.
2) Canina: animais jovens e mais velhos são mais sensíveis; outros cães podem vir a ser suscetíveis quando submetidos a alguma situação de estresse (lactação, mudança de tempo, cinomose) que podem agudizar a forma latente. Existem duas formas: congênita – ocorre uma placentite que leva a um parto prematuro, com morte fetal; aguda – através de contágios os mais diversos: ingestão de oocistos pelo leite, lagartixas, carne mal passada, pulmão para alimentação, etc.
3) Eqüina: ocorre incoordenação dos membros, devido à lesão no SNC; é mais freqüente em animais adultos e éguas prenhes; no potro, ocorre corioretinite bilateral, sem outros comprometimentos. Transmissão: a forma mais comum é a contaminação de feno ou ração por secreções contaminadas com taquizoitos, ou ainda através de moscas, em contato com feridas ou boca (no estômago, o taquizoito não é inativado por enzimas).
4) Bovina: Não há envolvimento reprodutivo e, portanto, as vacas não abortam. As lesões mais freqüentes ocorrem nos pulmões e rins. Forma de contágio: ingestão de oocistos esporulados junto com a ração, feno, etc. As vacas podem transmitir a doença para o feto por via congênita, nesses casos com alta letalidade; pode haver passagem transplacentária, ou via leite.
5) Ovina e Caprina: ocorre aborto e envolvimento do SNC; os animais jovens adquirem a infecção principalmente por via congênita. Sintomas: semelhantes aos dos bovinos. Obs. O ser humano pode se infectar pela ingestão de carne mal passada, ou pelo leite de cabra não fervido.
6) Suína: espécie muito suscetível, devido ao confinamento, contato com pássaros, coito.
Pode ocorrer retardo no crescimento, aborto e alterações congênitas no feto.
7) Humana: na forma adquirida: linfadenopatia, pode ser febril ou afebril, calafrios que duram de 2-4 semanas; dor na garganta e inquietação; na exantematosa: associada a pneumonia, miocardite, meningoencefalite, geralmente fatal; na nervosa: febre, encefalite, convulsão, delírio e morte (rara); oftálmica: corioretinite crônica, perda gradual de visão; congênita: passagem transplacentária no interior dos leucócitos; o feto pode nascer normal ou com lesões oftálmicas, auditivas, micro ou macrocefalia, alterações motoras. Quando normal, na puberdade pode apresentar sintomas.
VI. PROFILAXIA E CONTROLE:
 cozimento de alimentos e fornecer ração e feno de boa qualidade para os animais;
 combate às moscas e roedores (cuidado com restos de alimentos);
 evitar contato com gatos jovens com menos de 6 meses;
 lavagem de área onde animais permanecem, com desinfetantes apropriados;
 lavar mãos quando estiver em contato com fezes ou secreções;
 não ingerir leite cru ou carnes mal passadas;
 evitar que gestantes entrem em contato com fezes de gatos e outras espécies animais.
 
Figura 1. Oocisto esporulado de Toxoplasma
Figura 2. Taquizoítos de Toxoplasma
Figura 3. Cisto de Toxoplasma, contendo bradizoítos
Figura 4. Gato com uveíte provocada por Toxoplasma
Figura 5. Hidrocefalia em criança infectada por Toxoplasma
1-) Quem é o hospedeiro definitivo do toxoplasma gondii?
2-) Quais são as formas de transmissão do toxoplasma gondii?
3-) Cite três formas de profilaxia e controle?

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