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21/09/2015 1 Aula 1 Ciências Sociais Aula 1: Ética Aula 2: Política Aula 3: Formas de Governo e Surgimento da Sociologia Aula 4: A sociologia de Max Weber e Karl Marx Compreender as diferenças, proximidades e importância da moral e da ética. Conhecer a gênese da consciência moral e do agir baseado na racionalidade. Elucidar a contribuição dos pensadores clássicos às questões éticas. Ética (Ethos), referente à reflexão acerca da ação correta e tem caráter universal. Moral (mor, mores) referente à prática, às ações e tem caráter mutável e relativo ao contexto. A ética é a reflexão crítica das relações e ações humanas, já a moral é sua colocação em prática. Moral Conjunto de regras de condutas admitidas em determinada época ou por um grupo de pessoas Ética É a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral 21/09/2015 2 Café filosófico - Clóvis de Barros Fonte: www.youtube.com/watch?v=zKAqFQkqaL8 Pressupostos: Consciência (vontade), liberdade e responsabilidade (autonomia). A ética e a moral só podem existir em contextos de liberdade As primeiras manifestações éticas surgem nos mitos (Ilíada e Odisseia) de Homero (aprox. séc. VIII a. C.). Os sofistas (século V a. C.) são os primeiros a se ocupar de questões éticas: a felicidade encontra-se no poder, prazer e riqueza. Foram acusados de relativismo. Sócrates é considerado o pai da ética, fundador do racionalismo ético ou intelectualismo moral. Para ele, quem conhece o bem, necessariamente faz o bem, só faz o mal aquele que ignora o bem É sujeito ético somente aquele que sabe o que faz. Sua principal questão era: qual a essência do homem? O que os diferencia dos animais? Para ele, a pista estava na racionalidade. A dialética é o caminho para a racionalidade e a verdade. “Conhece-te a ti mesmo”: só quem conhece a si mesmo é senhor de si, pode saber de suas escolhas. Discípulo de Sócrates Platão fundou um liceu, onde iniciava os jovens à filosofia. Platão elaborou um mito, chamado mito da caverna, para definir a importância da reflexão filosófica na ordenação ética dos sujeitos na pólis. 21/09/2015 3 Mito das cavernas Fonte: www.youtube.com/watch?v=92B-1WrcZG8 Platão defende que o ser humano tem três almas, uma no cérebro (racional), outra no tórax (irascível) e outra no abdômen (concupiscível). Cada alma tem a sua virtude: prudência (sabedoria prática), coragem (fortaleza) e temperança. O homem justo tem as três almas em harmonia (justiça). A justiça é a virtude por excelência para a vivência na pólis. Para Aristóteles a finalidade da ética é proporcionar a felicidade. Riqueza, prazer e honra não garantem a felicidade, mas agir pela razão garante. A felicidade é uma vida vivida conforme a virtude. A virtude é a justa medida entre o excesso e a falta. Virtude é autocontrole das paixões pela razão (senhor de si). Vício é submissão às paixões (escravo de si) O passional é aquele que se deixa arrastar por tudo que satisfaça imediatamente seus apetites e desejos, tornando-se escravo deles. Desconhece a moderação e torna-se vítima de si mesmo. A excelência Ética não é apenas teórica, mas fruto, também, do HÁBITO Curta animação: Ninja com cachorro Fonte: www.youtube.com/watch?=fUPoj3es98w 21/09/2015 4 Com base no vídeo, podemos considerar o comportamento ético e o domínio de si como exclusivamente possível com a ausência de paixões? Mito da Queda de Adão: condenação do humano à imperfeição. Exame de consciência e culpabilidade como condição de acesso ao divino. O enunciado da ética cristã parte do dispositivo confessional, que prega a libertação dos fiéis pela remissão de seus pecados. Em 391 d. C. o cristianismo se torna religião oficial do Império. O cristianismo instaura a subjetividade, a intencionalidade, e o dever de respeitar as normas criadas pela Igreja. Subjetividade: o cristão tem um compromisso pessoal para com Deus (tudo vê, tudo ouve, nunca dorme). Subjetividade: o cristão tem um compromisso pessoal para com Deus (tudo vê, tudo ouve, nunca dorme). A intencionalidade: a intenção é mais importante que a ação (Mc 12, 41 – 44: o óbolo da viúva). O dever: Deus concede graças, mas reclama comprometimento (Dt 1, 34 – 35). A normatividade: a ideia de dever se concretiza no seguimento aos mandamentos bíblicos e do magistério da Igreja. A ética kantiana defende o universalismo, a deontologia e o formalismo. Universalismo: pretende estabelecer a base da ética em fundamentos válidos para todas as pessoas em todas as épocas. 21/09/2015 5 Deontologia (dever ser): Para Kant o homem é naturalmente egoísta e só agirá eticamente caso tenha consciência do dever (agir pela razão): razão prática. O dever não deve ser imposto externamente (mandamento; heteronomia), mas alcançado internamente (imperativo; autonomia). O dever é uma forma que vale para toda e qualquer ação moral e se impõe de maneira imperativa e incondicional: é um imperativo categórico. Formalismo: o imperativo categórico se traduz em fundamentos válidos para todas as pessoas em todas as épocas e contextos culturais, como um mecanismo transcendental: a) Agir por dever independente das circunstâncias b) Ter o ser humano por finalidade Como o comportamento de Mafalda expressa a ideia de imperativo categórico kantiano? Curta metragem: Balance Fonte: www.youtube.com/watch?v=l2rm6fYQdpM