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CONTROLE DE QUALIDADE Hudson A Bode, Dr hudson.bode@fatec.sp.gov.br 1° Semestre de 2015 Tipos de Controle de Qualidade – Qualidade da Água 2 Controle de qualidade da água são medidas que visam o monitoramento e melhoria dos recursos hídricos fornecidos aos consumidores. As principais empresas responsáveis pela aplicação desse tipo de política são as empresas de fornecimento de água e saneamento de cada estado. Em todo o país, são feitos programas para a melhoria contínua da qualidade da água. São monitorados: o nível de contaminação das águas, acidez, coloração, odores e a possibilidade de manutenção dos recursos hídricos de cada região. A preocupação é necessária porque a água é um meio de fácil transmissão de doenças. Muitas vezes na história, os recursos hídricos causaram epidemias avassaladoras em diversas regiões, com número elevado de mortes. Agentes contaminantes (vírus, protozoários, bactérias e helmintos) devem ser controlados para que infecções sejam reduzidas. Se não observada a qualidade da água, podem ocorrer vários tipos de doenças, como infecções urinárias e intestinais, pneumonias, meningites, dentre outras. Primeiramente, a empresa responsável pelo fornecimento de água deve tomar algumas medidas, como o controle microbiológico da água, o tratamento de dejetos antes da decomposição, controle e manutenção de saneamento básico e dos sistemas de distribuição e armazenamento. Análises bacteriológicas também são etapas importantes para o diagnóstico da qualidade da água. Também são necessários cuidados residenciais, como manutenção e limpeza de caixa d'água (em sua maioria, feitas com fibra de vidro), torneiras e canos, que podem ajudam a evitar infecções. O cidadão tem que assumir a consciência e responsabilidade pela própria saúde adotando medidas de higiene pessoal. 3 Tipos de Controle de Qualidade – Qualidade dos Medicamentos As empresas do ramo farmacêutico têm profissionais exclusivamente designados para coordenar o controle de qualidade dos medicamentos. A rigidez nas legislações específicas e o padrão de exigência do consumidor cada vez mais alto forçaram as indústrias farmacêuticas e cosméticas a aprimorar suas técnicas de controle de qualidade. Geralmente, profissionais com curso superior em Farmácia ou Química e pós- graduados na área específica são os mais conceituados para exercer cargos em departamentos de controle de qualidade nas indústrias do ramo. Além de manter o padrão da empresa, o supervisor de controle pode melhorar os processos de fabricação, tornar o ambiente de trabalho mais seguro e coordenar pesquisas para novos produtos. Vários cursos específicos estão disponíveis no mercado para as áreas técnicas, superiores ou pós-graduações. Em indústrias farmacêuticas, é imprescindível o cuidado com o controle de qualidade. Os medicamentos devem ter as especificações corretas (peso, dosagem, concentração) para surtir o efeito desejado. Os efeitos colaterais devem ser estudados e previstos nas bulas. A integridade de cápsulas e caixas que chegam ao consumidor também têm que ser levadas em conta. O armazenamento adequado também ajuda a garantir a qualidade dos remédios. Se não respeitarem a legislação, as empresas do ramo podem sofrer punições. São comuns os casos em que consumidores insatisfeitos se sentem lesados por empresas do ramo e entram com ações na justiça, que rendem indenizações milionárias. A imagem da empresa pode ficar prejudicada se a mesma não se mostrar preocupada com o controle de qualidade com seus produtos. 4 Tipos de Controle de Qualidade – Qualidade dos Alimentos O controle de qualidade de alimentos abrange toda ação que previne contaminação de alimentos, em todas as etapas do processo produtivo, abate, colheita, transporte, armazenamento e distribuição. Compreende qualquer tipo de ação que torne os alimentos ideais para o consumo. Qualquer estabelecimento comercial que venda alimentos está sujeito às legislações para manipulação de comida. Restaurantes, padarias, lanchonetes, pizzarias, sorveterias, churrascarias, entre outros, precisam ter cuidados para manusear os mantimentos. Em um comércio onde se fabriquem ou vendam alimentos, o profissional mais indicado para o controle de qualidade dos produtos é o nutricionista, que deve orientar os funcionários sobre as melhores condições sanitárias para armazenamento e preparação. Além disso, as condições de higiene dos empregados devem ser observadas, pois podem ser prejudiciais à qualidade dos alimentos. As instalações das empresas do ramo alimentício são cruciais para a qualidade dos produtos. O armazenamento fica comprometido em locais poucos arejados, sujos ou em más condições de conservação. No caso de restaurantes, as cozinhas precisam estar sempre limpas e os equipamentos devem ser novos e higienizados. Os funcionários devem sempre usar acessórios que evitem contato direto com os alimentos, como luvas, toucas e máscaras. O controle de qualidade de alimentos também é importante para evitar desperdícios no momento do armazenamento e preparação dos pratos. Evitar desperdícios pode ajudar no marketing da empresa e melhorar a lucratividade. O órgão brasileiro que fiscaliza e aplica a legislação para os estabelecimentos do ramo alimentício é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A demanda por profissionais da área é cada vez maior, devido à rigidez da legislação sanitária. 5 Tipos de Controle de Qualidade – Recall Recall (chamar de volta, estacionados inglês) é quando um produto tem que ser consertado ou trocado pelo fabricante. Geralmente, os compradores são chamados para substituir componentes de produtos ou até mesmo devolvê-los, quando os mesmos são considerados perigosos ou defeituosos. Bastante comum no ramo automobilístico, o recall também é utilizado em vários segmentos da indústria. Falhas nas políticas de controle de qualidade são as principais causadoras de recalls. Se um produto não tiver sido testado e analisado devidamente, as chances de defeitos ocorrerem aumentam. Por isso, as empresas de renome têm grande preocupação com o controle de qualidade para não sofrerem sanções nem terem reputação prejudicada. As leis de defesa do consumidor de cada país regulamentam a prática e a não realização (quando constatada a necessidade) pode render multas e outros tipos de punição. Em alguns países, os consumidores que não atendem aos recalls também podem ser multados. No caso de medicamentos, a situação é mais grave, pois o uso já foi consumado e pode ser irreversível. Muitas vezes, o recall não é suficiente e empresas perdem milhões em processos indenizatórios. Em 1998, um caso de repercussão nacional rendeu prejuízos a uma empresa farmacêutica. Foram colocadas 600 mil cartelas de um anticoncepcional no mercado, que eram feitas de farinha e fabricadas para testes. Além de ter sido multada em quase R$ 3 milhões, a empresa foi obrigada a pagar indenizações para os consumidores que entraram na justiça. Os recalls de brinquedos também despertam grandes preocupações no consumidor, que temem a exposição de crianças a produtos perigosos. Uma multinacional, fabricante de brinquedos precisou recolher mais de 20 milhões de produtos em 2007. A empresa constatou que havia grande quantidade de chumbo nos produtos, o que poderia causar danos à saúde. Para facilitar o controle dos recalls e divulgar ao consumidor quais são as mercadorias que precisaram de reparos ou substituições, o Ministério da Justiça criou um endereço que detalha todas as ocorrências desde o ano 2000: 6 Recall 2.0 http://portal.mj.gov.br/recall/pesquisaConsumidor.jsf Controle de Qualidade – Notebook 7 Pronto para qualquer situação. Queremos que você desfrute de seu novo PC por muitos anos. Por isso testamos notebooks xxxxxxxx deforma a garantir que ofereçam confiabilidade, não apenas nos momentos que em você espera, mas em todas as possibilidades à frente. Aqueça os motores: de vestiários a carros fechados, testamos os notebooks xxxxxxx quanto à resistência em condições de calor extremo de curto prazo de até 65° C/149° F. Tudo gira em torno dele: testamos as dobradiças do notebook xxxxxxx para garantir que elas ainda permaneçam firmes mesmo depois de abrir e fechar a tampa 20.000 vezes. Teclas resistentes: testamos as teclas mais usadas pressionando-as 10 milhões de vezes, além dos botões do touch pad com 1 milhão de toques. Eles não apresentaram falhas. Então, fique tranquilo e termine de ler seu livro. Botões para tudo: não importa o que você fará com o botão liga/desliga ou com os botões multimídia; todos eles foram testados para garantir que aguentarão até 40.000 toques sem problemas. Abre-fecha: pode parecer exagero, mas depois de submeter a base e a tampa do notebook xxxxxxx a testes de movimentos de torção mais de 25.000 vezes, podemos garantir que as peças internas estão bem-protegidas. Sempre uma boa escolha: provavelmente você nunca precisará remover e reinstalar a bateria de seu xxxxxxxx 30 vezes; pois pode ficar tranquilo sabendo que fizemos esse teste também. Segurança dos Equipamentos - FEIMAFE 8 NORMA REGULAMENTADORA NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras, NR aprovadas pela Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou comissão destas, nas normas internacionais aplicáveis. Acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-12-1.htm É recomendado que as máquinas estejam em consonância, entre outras, com as seguintes Normas Técnicas Brasileiras. ABNT NBR 13759:1996 Segurança de Máquinas – Equipamentos de parada em emergência – Aspectos funcionais. - Princípios de configuração ABNT NBR 13970:1997 Segurança de Máquinas – Temperaturas de superfícies acessíveis – Dados ergonômicos para estabelecer os valores limites de temperatura para superfícies aquecidas. Segurança dos Equipamentos 9 ABNT NBR 14009:1997 Segurança de Máquinas – Princípios para apreciação de riscos. ABNT NBR 14152:1998 Segurança de máquinas – Dispositivos de comando bi manuais – Aspectos funcionais e princípios para projeto. ABNT NBR 14153:1998 Segurança de Máquinas – Partes de Sistema de comando relacionados à segurança – Princípios gerais para projeto/ISSO 13849-1:2006, Safety of machinery – Safety-related parts of control systems – Part 1: General principles for design. ABNT NBR 14154:1998 Segurança de máquinas – prevenção de partida inesperada. ABNT NBR 14191-1:1998 Segurança de máquinas – Redução dos riscos a saúde resultantes de substâncias perigosas emitidas por máquinas – Parte 1: Princípios e especificações para fabricantes de máquinas. ABNT NBR NM 213-1:2000 Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios gerais do projeto – Parte 1: Terminologia básica e metodologia. Segurança dos Equipamentos 10 ABNT NBR 213-2:2000 Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios gerais de projeto – Parte 2: Princípios técnicos e especialização e especificações. ABNT NBR NM 272:2002 Segurança de máquinas – projeções – requisitos gerais para o projeto e construção de equipamentos de proteção fixas e móveis. ABNT NBR 273:2002 Segurança de máquinas – Dispositivos de Inter travamento associados a proteções – Princípios para projeto e seleção. ABNT NBR ISO 13852:2003 Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores – ISO 13857:2008. ABNT NBR NM ISO 13854:2003 Segurança de máquinas – folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano. Segurança dos Equipamentos 11 Desde 11/06/2010 está proibida a fabricação, importação e comercialização de máquinas e equipamentos que possuem motores elétricos de indução rotor gaiola de esquilo entre 1 cv a 250 cv, que não atendam os requisitos de alto rendimento. A etiquetagem dos motores com as características acima é obrigatória, devendo obrigatoriamente atender aos requisitos de avaliação de conformidade do INMETRO. Importante salientar que, a utilização das máquinas acima e equipamentos que não atendem as exigências do INMETRO, está sujeito a fiscalização, bem como multa e apreensão. As portarias que regulamentam a questão dos motores elétricos são: Portaria INMETRO nº 243, de 04 de setembro de 2009 http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/RTACC001485.pdf Portaria nº 448, de 08 de dezembro de 2010 http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC0011643.pdf Alertamos que os resultados fiscais do trabalho poderão, no decorrer da feira, efetuar inspeções nas máquinas e equipamentos expostos. Se houver necessidade de remoção de dispositivos de segurança para melhor exibição dos produtos, sugerimos que o dispositivo também seja exposto e que seja evidenciado com avisos aos visitantes o fato da máquina estar sem os mesmos, ainda que seja não seja colocada em funcionamento nessa condições.
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