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Ética clássica e Medieval

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: Ética Clássica e Medieval 
Curso: 
Professor:
Nome do estudante:
Data: 
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Questão 1 (5,0 pontos)
A justiça é apresentada por Aristóteles em sua obra Ética a Nicomâco como uma virtude, algo que consiste no que esse autor chama de “meio termo entro dois extremos”. No entanto, no que diz respeito à virtude justiça, o meio termo tem mais de um sentido nessa obra: entre esses, o corretivo, o distributivo e o proporcional. 
Diante desse contexto e do conteúdo estudo em nosso material didático, leia o trecho da obra citada de Aristóteles, entre a página 38 à página 55, e apresente, em um texto entre 10 a 20 linhas, a definição dada por Aristóteles a cada um dos sentidos de justiça mencionados acima, e, em seguida, cite um exemplo do nosso cotidiano para cada um deles.
Observação: O texto da Ética a Nicomâco mencionado acima está disponível em nossa Midiateca.
 A definição dada por Aristóteles a cada um dos sentidos de justiça, sendo eles o corretivo, o distributivo e o proporcional.
 Aristóteles nos trás que a virtude pode e deve ser adquirida e desenvolvida pelo exercício. Quando cultivar a virtude por meio de nossa autonomia racional de escolher o que fazer e do hábito de praticar boas ações.
 Em suma, a justiça corretiva se difere da distributiva no sentido que esta utiliza como critério de justa repartição aos indivíduos os méritos de cada um, enquanto aquele que visa o “restabelecimento do equilíbrio rompido entre os particulares: a igualdade aritmética”.
 A justiça distributiva é um meio termo com quatro termos na relação dois sujeitos comparados entre si e dois objetos. Será justo, portanto se atingir finalidade de dar a cada um aquilo que lhe é devido, na medida de seus méritos.
 Justiça proporcional é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo, mas de maneira a dar o que é igual de acordo com a proporção. 
 Exemplo corretivo: O homem vai ao mercado fazer suas compras diárias e percebe que ao passar pelo caixa o funcionário coloca itens a mais em sua sacola, percebendo o erro rapidamente pega sua compras sem que o funcionário perceba que foi lesado. 
 Exemplo distributivo: Um jovem vai ao supermercado e ao efetuar o pagamento percebe que o funcionário lhe dá troco a mais do que deveria, rapidamente chama atenção do funcionário devolvendo o excedente do troco.
 Exemplo proporcional: Uma senhora sai de uma Fruteira carregando grandes sacolas de compras e se depara com um mendigo que trás em seu semblante uma aparência faminta, ela por sua vez movida de compaixão proporciona uma alimentação para ele, assim o faz dando algumas frutas que ali trazia consigo.
Questão 2 (3,0 pontos) 
O filme Lagoa Azul, do diretor Randal Kleiser, mostra a história de dois jovens, vítimas de um naufrágio, que cresceram e vivem um romance isolados da civilização, numa ilha paradisíaca, em que não há muitas preocupações, comparando com a sociedade de nossos tempos.
É comum as pessoas desejarem, principalmente em momentos de estresse, um mundo próprio, isolado das preocupações causadas por seu convívio em sociedade. Essa ideia de mundo, não chega a ser tão isolado quanto o da Lagoa Azul, pois as pessoas idealizam um mundo próprio, do qual, geralmente, só não fazem parte os grupos, indivíduos ou problemas sociais que lhe causam desconfortos na sociedade.
Cabe destacar que algumas dessas pessoas, em virtude de uma situação financeira abastada, conseguem viver num tal mundo, o qual, geralmente, possui o conforto material existente na sociedade e do qual, portanto, somente participam as pessoas com quem se deseja conviver. Assim, os “donos desses mundos” conseguem criar “bolhas” dentro da sociedade a que pertencem, mesmo que temporárias, para viverem isoladas dos problemas sociais.
De acordo com o texto apresentado e considerando o que Aristóteles e Platão entendiam por felicidade, responda: 
a) É possível ser plenamente feliz dentro dessa bolha? Justifique sua resposta em um texto entre 4 e 8 linhas. (1,5 pontos) 
 Não. 
 Aristóteles e Platão entendiam que a felicidade esta ligada a “liberdade de pensar e o exercício de praticar o bem”, desta forma o Homem precisa conviver com outros Homens na sociedade para que possa praticar o bem e exercita-lo, precisando desta troca de informações, aonde vai levar este a pensar, é a realização suprema da alma humana, manifestação da racionalidade, buscando novos caminhos, saindo da sua maneira única de pensar, libertando todos deste mundo das aparências para o mundo real. Sendo assim seria impossível ser plenamente feliz dentro de uma bolha, o isolamento a “bolha”, o privaria do todo que ele precisa para ter total felicidade.
b) Para os Epicuristas, considerando que a vida nessa bolha não fosse pautada pelo prazer sensorial, mas sim por prazeres mais elevados, seria possível a felicidade dentro dela?  Justifique sua resposta em um texto entre 4 e 8 linhas. (1,5 pontos) 
Sim. 
 Defendiam que o verdadeiro prazer vem a ser a “ausência de dor no corpo” e a “falta de perturbação da alma”. Quando se referem que o prazer é a meta, não é uma referência aos prazeres sensuais do libertino “sensórias”. Epicuro distinguiu três prazeres: naturais e necessários; naturais, mas não necessários e não naturais e não necessário. O primeiro, naturais e necessários “prazeres mais elevados”, quando atinge o objetivo desejado satisfazendo sempre o primeiro tipo de prazeres, devemos nos limitar em relação ao segundo tipo e fugir do terceiro. A “bolha” é isolante dos outros “prazeres sensoriais”, fazendo vivenciar os “prazeres elevados” como beber, comer e repousar. Conseguindo a felicidade e afastando dos vícios supérfluos e dos prazeres vãos, que trariam sofrimento desnecessário ao Homem.
Questão 3 (2,0 pontos) 
A partir de nossos estudos, descreva em que sentido, para Platão, o bem está para além das outras formas (ideias). Em seguida, com base no conteúdo apresentado no capítulo VII de a República, explique quem tem o maior acesso ao mundo das ideias e qual a justificativa para isso. Sua resposta deve ser apresentada em um texto entre 6 e 10 linhas. 
 Para Platão, o bem está para além das outras formas (ideias), em níveis hierárquicos que partem do devir, da multiplicidade e do movimento, a ideia do bem é o mais alto dos conhecimentos, aquela de que a justiça e as outras virtudes tiram sua utilidade e as suas vantagens. Resgata-se aqui a cosmogonia órfica, onde tudo o que é, na multiplicidade, vem a ser na degenerescência do princípio máximo supremo. Junto com o BEM temos o BELO. As coisas não existem senão participando do BEM.
 Quem tem o maior acesso ao mundo das ideias é o prisioneiro que abandona essas condições quebrando as algemas. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala com dificuldades, não só pela dor causada pela imobilidade, como também pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela.
 Porém, aos poucos, acostuma-se com a claridade e descobre que existe outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo; percebe as pessoas e objetos reais, que só conhecia em forma de sombras, e descobre que durante toda a sua vida, não vira senão sombras de imagens e fica fascinado com essa nova realidade, passando a lamentar sua antiga ignorância.
Referência:
CATANEO, MarcielEvangelista. Ética Clássica e Medieval. Livro Didático. Palhoça: UnisulVirtual. 2013. 
UnisulVirtual, disponível na Midiateca;
- Da Ética a Nicômaco, o Livro V;
- Da República, o Livro VII.

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