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Aulas de FUV - CTT 110 Msc. Jaqueline M. da Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri UFVJM Integrais Apresentação Integrais Áreas Áreas Integrais Áreas Áreas Integrais Áreas Vamos tentar achar a área da figura S que está sob a curva y = f(x) de a até b. Isso significa que S, está limitada pelo gráfico de uma função continua f [onde f(x) ≥ 0], pelas retas verticais x = a e x = b e pelo eixo x. Integrais Áreas Vamos tomar como exemplo a estimativa da área da curva y = x2 ∈ [0, 1]. Integrais Áreas Suponha que S seja dividida em quatro faixas S1, S2, S3 e S4 , traçando as retas verticais x = 14 , x = 1 2 e x = 3 4 . Integrais Áreas Podemos aproximar cada faixa por um retângulo com base igual a largura da faixa e altura igual ao lado direito da faixa. Integrais Áreas Em outras palavras, as alturas desses retângulos são os valores da função f(x) = x2 nas extremidades direitas dos subintervalos [0, 14 ], [ 1 4 , 1 2 ], [ 1 2 , 3 4 ] e [34 , 1]. Cada um dos retângulos tem largura 1 4 e as alturas são (14) 2, (12) 2, (34) 2 , e 12. Integrais Áreas Se chamarmos R4 a soma das áreas desses retângulos aproximantes, obteremos: R4 = 1 4 ( 1 4 )2 + 1 4 ( 1 2 )2 + 1 4 ( 3 4 )2 + 1 4 (1))2 (1) = 15 32 = 0, 46875 (2) Da figura vemos que a área A de S é menor que R4. Logo, A < 0, 46875. Integrais Áreas Se chamarmos L4 a soma das áreas dos retângulos menores, temos: L4 = 1 4 (0)2 + 1 4 ( 1 4 )2 + 1 4 ( 1 2 )2 + 1 4 ( 1 4 )2 (3) = 7 32 = 0, 21875 (4) Integrais Áreas Vemos que a área de S é maior que L4. Assim, temos estimativas inferior e superior para A: 0, 21875 < A < 0, 46875 (5) Integrais Áreas A figura mostra o que acontece quando dividimos a região S em oito faixas com a mesma largura Calculando a soma das áreas dos retângulos menores (L8) e a soma das áreas dos retângulos maiores (R8), obtemos estimativas inferior e superior melhores para A: 0, 2734375 < A < 0, 3984375 (6) Integrais Áreas Usando n retângulos cujas alturas são encontradas com as extremidades esquerdas (Ln) ou com as extremidades direitas (Rn), temos: Logo, A está entre 0, 3328335 e 0, 3338335. Integrais Áreas É possível mostrar que a soma das áreas dos retângulos aproximantes superiores tende 1 3 , isto é: lim n→∞Rn = 1 3 (7) Integrais Áreas Cada retângulo tem uma largura 1 n , e as alturas são os valores da função f(x) = x2 nos pontos 1n , 2 n , 3 n ,..., n n ; isto é, as alturas são 1 n 2 , 2 n 2 , 3 n 2 , ..., n n 2 . Assim: Rn = 1 n ( 1 n )2 + 1 n ( 2 n )2 + 1 n ( 3 n )2 + ... + 1 n (n n )2 (8) = 1 n 1 n2 (12 + 22 + 32 + ... + n2) (9) = 1 n 3 (12 + 22 + 32 + ... + n2) (10) Mas (12 + 22 + 32 + ... + n2) = n(n + 1)(2n + 1) 6 (11) Integrais Áreas Substituindo, obtemos: Rn = 1 n3 n(n + 1)(2n + 1) 6 (12) = (n + 1)(2n + 1) 6n2 (13) Calculando o limite lim n→∞Rn = 1 6 lim n→∞ ( n + 1 n )( 2n + 1 n ) (14) = 1 6 lim n→∞ ( 1 + 1 n )( 2 + 1 n ) (15) = 1 6 .1.2 = 1 3 (16) Analogamente mostra-se que lim n→∞Ln = 1 6 .1.2 = 1 3 (17) Integrais Áreas Portanto, definimos a área A da curva y = x2 como o limite das somas das áreas dos retângulos aproximantes, isto é, A = lim n→∞Ln = limn→∞Rn = 1 3 (18) Também é possível encontrar: Comprimento de curvas, Volumes de sólidos, Centros de massas, Forças por causa da pressão da água Trabalho, etc. Integrais A integral definida Se f é uma função contínua definida em [a, b], dividimos o intervalo em n subintervalos de comprimentos iguais a ∆x = (b−a)n . Sejam x0(= a), x1, x2, ..., xn(= b) as extremidades desses subintervalos, escolhemos os pontos amostrais x∗1, x∗2, ...., x∗n nesses subintervalos, de forma que x∗i esteja no i-ésimo subintervalo [xi−1, xi]. Então a integral definida de f em [a, b] é lim n→∞ n∑ i=1 f(x∗i )∆x (19) desde que este limite exista. Se ele existir, dizemos que f é integrável em [a, b]. Integrais A integral definida A integral pode ser interpretada como a diferença de áreas A1 e A2, como no exemplo em que f(x) = x3 − 6x ∈ [0, 3]. Integrais Propriedades da Integral Vale ∫ b a f(x)dx = − ∫ a b f(x)dx (20) Se a=b, então ∫ b a f(x)dx = 0 (21) Vamos supor que f e g sejam funções contínuas. Então: Integrais Propriedades da Integral Exemplo Calcule ∫ 1 0 (4 + 3x2)dx (22) Pelas propriedades:∫ 1 0 (4 + 3x2)dx = ∫ 1 0 4dx + ∫ 1 0 3x2dx (23) = ∫ 1 0 4dx + 3 ∫ 1 0 x2dx (24) = 4(1− 0) + 31 3 (25) = 5 (26) Integrais Propriedades da Integral Integrais Teorema Fundamental do Cálculo O cálculo diferencial surgiu do problema da tangente, enquanto o cálculo integral surgiu de um problema aparentemente não relacionado, o problema da área. Newton e Leibniz estabeleceram a relação entre a derivada e a integral. (TFC-1) Se f for contínua em [a, b], então a função g definida por g(x) = ∫ x a f(t)dt, x ∈ [a, b] (27) é uma função contínua em [a, b] e derivável em (a, b) e g′(x) = f(x). Integrais Teorema Fundamental do Cálculo (TFC-2) Se f for contínua em [a, b], então∫ b a f(x)dx = F (b)− F (a) (28) onde F é qualquer primitiva de f , isto é, uma função tal que F ′ = f . (Exemplo) Calcule ∫ 3 1 exdx = F (3)− F (1) (29) = e3 − e (30) onde F é qualquer primitiva de f , isto é, uma função tal que F ′ = f . Integrais Teorema Fundamental do Cálculo (Exemplo) Calcule ∫ 1 0 x2dx = x3 3 ]10 (31) = 13 3 − 0 3 3 (32) = 1 3 (33) (Fisicamente) Se v(t) for a velocidade de um objeto e s(t) for sua posição no instante t, então v(t) = s′(t). Portanto s é uma primitiva de v. Então:∫ b a v(t)dt = s(b)− s(a) (34) Integrais Teorema Fundamental do Cálculo (Exemplo) Encontre a área sob a curva y = cos(x) de 0 até b onde b ∈ [0, pi2 ]. A área da curva é tal que A = ∫ b 0 cos(x)dx = sen(x)]b0 (35) = sen(b)− sen(0) (36) = sen(b) (37) Em particular, se b = pi2 , temos A = 1: Integrais Teorema Fundamental do Cálculo (Se liga!) O que há de errado em A = ∫ 3 −1 1 x2 dx = − x 1 −1] 3 −1 (38) = −1 3 − 1 (39) = −4 3 (40) Integrais Teorema Fundamental do Cálculo Reescrevendo o T.F.C. 1 Se g(x) = ∫ x a f(t)dt (41) então g′(x) = f(x). 2 ∫ b a f(x)dx = F (b)− F (a) (42) quando F for qualquer primitiva de f , isto é F ′ = f Integrais Teorema Fundamental do Cálculo Exercícios 5.1; 5.2; 5.3
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