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Embriologia do sistema urinário

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Rogério Ferrari 
 
Embriologia do Sistema Urinário 
M3 – 2012.1 
Rogério Ferrari 
 
Morfogênese 
 
 O sistema urogenital se desenvolve do mesoderma intermediário. 
 Uma elevação longitudinal do mesoderma – a crista urogenital - se forma a cada lado da aorta 
dorsal. Esta crista da origem a partes dos sistemas urinário e genital. A arte da crista urogenital 
que dá origem ao sistema urinário é o cordão nefrogênico; e a parte que da origem ao sistema 
genital, como já foi visto é a crista genital ou gonadal. 
 
Obs.: fala do professor: “o grande formador das estruturas néfricas é a região do mesoderma 
intermediário. Esse mesoderma intermediário no processo de formação. Então temos o cordão 
nefrogênico, são as varias estruturas entrando numa diferenciação e isso faz com que na região 
abdominal, mais exatamente na parede dorsal apareçam duas grandes projeções chamadas saliências 
urogenital, que já foi visto em genital, e o epitélio celômico uma participação grande também, porém 
mais para a região genital do que propriamente do urinário”. 
 
 Três conjuntos de órgãos excretores se desenvolvem nos embriões humanos; 
 Pronefro  não funcional (professor não vai pedir). 
 Mesonefro  um órgão excretor temporário (professor não vai pedir); 
 Metanefro  o rim permanente, é originária do mesoderma intermediário. 
 
 O metanefro, ou rim permanente, forma-se de duas fontes: 
 Blastema metanefrogênico: 
o Néfrons 
 Túbulo metanéfrico ou brotamento uretero-pelvico-coletor: 
o Túbulos coletores 
o Cálices 
o Pelve renal 
o Ureter 
 
 Existem 4 fases de diferenciação metanéfrica: 
 Fase em casquete  o broto uretero-pelvico-coletor penetra no blastema e induz a 
separação de células do blastema formando um casquete („„chapeuzinho de soldado”). 
 Fase em esférula  o casquete é induzido a se dividir em esférulas. 
 Fase em vesícula  as esférulas passam por uma fase de vesícula. 
 Fase em túbulos  as vesículas vão forma túbulos que ao se diferenciar serão os 
néfrons. 
 
 Bexiga 
 Para falar da origem da bexiga é necessário relembrar a septação da cloaca. 
 A cloaca será dividida pelo septo urorretal (membrana cloacal) em: 
o Seio urogenital (ventral): que é dividido em três partes – parte vesical, parte 
pélvica e parte fálica. 
o Reto (dorsal) 
 A bexiga se desenvolve da: 
o Porção vesical do seio urogenital  epitélio de revestimento 
o Porções distais dos ductos mesonéfricos trígono vesical 
o Mesoderma esplâncnico  tecido conjuntivo e tecido muscular 
o Alantóide  ligamento umbilical mediano 
 
Rogério Ferrari 
 
Malformações 
 
 Agenesia renal: 
o Refere-se à ausência do rim, pode ser unilateral ou bilateral. Agenesia renal bilateral 
usualmente esta associada à oligoidrâmnio porque pouca ou nenhuma urina é 
excretada na cavidade amniótica. 
o A ausência dos rins resulta do não desenvolvimento do broto uretero-pelvico-coletor, 
ou quando os primórdios ureterais degeneram. A não penetração do broto uretero-
pelvico-coletor no blastema metanefrogênico resulta na ausência do desenvolvimento 
do rim, pois os néfrons não são induzidos pelos túbulos coletores a se desenvolverem 
do blastema metanefrogênico do mesoderma intermediário. 
 Rotação anormal do rim 
o Quando o rim deixa de efetuar o movimento de rotação, o hilo fica voltado 
anteriormente (posição embrionária). Quando o hilo fica voltado posteriormente, a 
rotação do rim avançou demais; quando fica voltado lateralmente, ocorreu rotação 
lateral em vez de medial. 
 Rins ectópicos 
o Quando o rim esta em posição anormal. Resulta da falta de “ascensão” dos rins. 
o Rins pélvicos – quando estão localizados na pelve. Esses rins ficam próximos um ao 
outro e podem fundir-se, formando um rim em panqueca ou discoidal. 
o Ectopia renal cruzada – quando o rim cruza para o outro lado. 
 Rim em ferradura 
o Os pólos dos rins estão fundidos; usualmente são os pólos inferiores. 
 Ureter ectópico 
o Quando o ureter se abre em qualquer lugar, exceto dentro da bexiga. 
o A ectopia ureteral ocorre quando o ureter não é incorporado na parte posterior da 
bexiga; em vez disso, ele é deslocado caudalmente com o ducto mesonéfrico e é 
incorporado na porção caudal da parte vesical do seio urogenital. 
 Duplicação do trato urinário 
o Estas anomalias resultam da divisão do broto uretero-pélvico-coletor. 
 Rim multicistico 
o Estes rins contem múltiplos cistos, que causam insuficiência renal grave. 
 Fistula uracal 
o Quando todo o úraco permanece aberto permitindo o escape da urina de seu orifício 
umbilical. 
 Extrofia da bexiga 
o A exposição e a protusão da parede posterior da bexiga caracterizam esta anomalia. 
o É causada pelo fechamento mediano incompleto da parte inferior da parede anterior 
do abdome. 
o Esta anomalia resulta da falta de migração das células mesenquimais para a região 
entre o ectoderma do abdome e da cloaca. 
 Hidronefrose 
o Distensão da pelve e dos cálices por urina causada por uma artéria acessória que se 
dirige para o pólo inferior, cruzando, anteriormente, o ureter e obstruindo-o. No lado 
direito cruza o ureter e VCI.

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