INTRODUÇÃO - PORTIFOLIO TECIA

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
TÉCIA SANTOS DE MOURA MARTINS
A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DA ADMINITRAÇÃO
ARAPIRACA - AL
2015
TÉCIA SANTOS DE MOURA MARTINS
a evolução das teorias da administração
Trabalho apresentado ao Curso Administração da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Fundamento e Teoria Organizacional, Comunicação e Linguagem, Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento Organizacional.
Prof. Márcio Ronald Sella
Grace Botelho
Karen H Manganotti
Suzi Bueno
Antonio Lemes Guerra Júnior
Wilson Sanches
Maria Eliza Pacheco
Edson Elias de Moraes
Ana Céli Pavão
Arapiraca – AL.
2015
INTRODUÇÃO
Abordaremos neste trabalho a relação das Teorias Cientificas da Administração, enfocadas no conteúdo programático apreendido durante o semestre. Tudo o que temos e vemos na administração desde seus primórdios até a atualidade é uma copia dos grandes precursores da Administração Cientifica, seus criadores, que a partir de suas ideias e observações transformaram o jeito de administrar um negócio, com toda sua complexidade e competitividade com foco principal nos resultados, pois, com a normatização desses novos procedimentos deu-se um boom na indústria da época. 
Focaremos neste trabalho uma abordagem simplificada da análise das características do Fordismo dentro e fora da indústria, o Taylorismo, o Toyotismo, fazendo uma correlação com o mercado de trabalho, flexibilização do emprego, trabalho informal e setor de serviços.
Serão abordados fatores como os fundamentos da teoria organizacional, fordismo e fordismo informal, comunicação e linguagem, culturas organizacionais predominantes, o homem a cultura e sociedade, entender a relação entre cultura e ideologia fazendo uma analogia, presente e futuro das organizações, a corrosão do caráter: As consequências pessoais do trabalho no não capitalismo, o comportamento organizacional com a reestruturação do modo capitalista de produção e as novas exigências em termos de comunicação e linguagem.
A partir desta abordagem entenderemos mais detalhadamente o legado deixado por esses grandes pensadores da Administração para a Administração, pois foi através de suas pesquisas, observações, procedimentos e a verificação in loco dos resultados que poderemos enfatizar os benefícios e desvantagens de cada uma dessas teorias na época e na atualidade e quais suas perspectivas para o futuro, o que é efetivamente abordado nas organizações modernas, o que mudou o que foi melhorado e/ou aperfeiçoado e o que continua igual e por que.
As organizações são organismos em eterna mutação, não podendo ficar parada no tempo, pois, as consequências desse tipo de atitude são irreversíveis, em muitos casos, devendo seus gestores estarem sempre propensos as novas tecnologias, leis, ambientes, pessoas, a flexibilização do mercado global quanto produtor e consumidor, os quais tem grande importância no andamento corporativo, não podendo ser regra o pque já deu certo uma vez, podendo haver mudança de procedimentos, regras, normas , enfim todos os mecanismos de funcionamento da organização. 
DESENVOLVIMENTO
FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL
2.1.1 TAYLORISMO
Foi a partir do século XX que surgiu uma grande revolução nas formas de organização da produção industrial, introduzidas por dois nomes fortes da Administração, Taylor e Henry Ford, pois até hoje ainda existem empresas que utilizam seus conceitos, claro, que adaptado a nova era, esses dois homens provocaram mudanças significativas no ambiente organizacional, foi a partir de seus estudos que aprimoraram a forma de produção e venda com foco na racionalização máxima da produção e como consequência à maximização do fabrico e do lucro das empresas.
Frederick Winslow Taylor, foi engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial das organizações que ficou conhecido como taylorismo ou mesmo de teoria Cientifica da Administração, que tinha como foco o controle do tempo e dos movimentos dos trabalhadores, sua teoria enfatizava que o trabalhador só deveria ter o conhecimento necessário inerente a sua função na cadeia produtiva e isso no menor tempo possível, daí não haver a necessidade do trabalhador/funcionário ter conhecimento do processo global para a chegada ao produto final.
A principal característica da Administração Cientifica de Taylor é a ênfase nas tarefas e sua meta é o aumento da eficiência ao nível operacional, elevaram-se os padrões do sistema da divisão do trabalho tornando-a mais técnica, extraindo do trabalhador a necessidade do conhecimento de todas as fases do processo, sendo o gerente a partir de então o responsável pelo conhecimento dos métodos e procedimentos e da fiscalização do sistema completo de produção, isso tornou mais fácil a obtenção dos resultados positivos, pois o trabalhador tornou-se especialista na tarefa a ele designada.
Dentre as características da abordagem de Taylor podemos elencar:
Divisão das tarefas de trabalho dentro da organização;
Especialização do trabalhador;
Treinamento e preparação dos trabalhadores conforme aptidões;
Análise dos processos produtivos dentro da empresa como objetivo de otimização do trabalho;
Métodos para diminuir a fadiga e os problemas de saúde dos trabalhadores;
Implantação de melhorias nas condições e ambientes de trabalho;
Métodos padronizados para reduzir custos e aumentar a produtividade dos trabalhadores;
Motivar os trabalhadores a partir da criação de sistemas de incentivos e recompensas salariais dos trabalhadores com o intuito de maximizar a produtividade;
Controle do processo produtivo através de supervisão especializada;
Disciplinar a distribuição de atribuições e responsabilidades;
Utilização de métodos de trabalho que já foram testados e planejados e eliminar a improvisação.
2.1.1.1 FORDISMO
Henry Ford, seguidor dos ensinamentos de Taylor foi o primeiro a absorver seus conceitos sobre a administração, sendo este modelo por ele aperfeiçoado a partir da linha de montagem se estendendo até o consumidor, produzir mais com menos custos para vender mais, sendo a linha de montagem planejada para atingir estes objetivos, disponibilizando os recursos como matéria prima e energia, transporte e mão de obra.
 Foram criados três princípios básicos do Fordismo:
A - Intensificação : Diminuir o tempo de duração para colocação do produto disponível no mercado.
B - Economia: reduzir ao mínimo o estoque da matéria-prima em transformação.
C - Produtividade: Aumentar a capacidade de produção, especialização do operario e aumento dos salários. 
3. Sistema Fordismo
São características do Fordismo, o trabalho dividido, o trabalho repetido, o trabalho em cadeia, o trabalho contínuo.
O Fordismo proporcionou enormes mudanças para a competitividade nas empresas que o adotaram , foi por meio do sistema de produção em massa, foi possível expandir rapidamente a produção, reduzindo os custos, de modo a aumentar o fomento da demanda existente.
Os dois modelos, o taylorismo como o fordismo tinham como objetivos o crescimento da produção em um menor tempo possível e os lucros dos detentores dos meios de produção através da exploração da força de trabalho dos trabalhadores. Várias empresas adotaram esse modelo desenvolvido por Taylor e Ford, sendo que ainda são utilizadas nos dias atuais por algumas indústrias.
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
Unanimidade nunca será uma máxima da administração, por isso a administração cientifica criada por Taylor e também a desenvolvida por Ford já naquela época obteve varias criticas correlacionadas a sua abordagem, pois segundo este modelo ignorava as necessidades dos trabalhadores no contexto social, os trabalhadores se sentem explorados por seus patrões, o trabalhador começou a perceber que era tratado como uma maquina fria e sem nenhum sentimento, pois os poupava até de sugestões e alem do aumentona produtividade e a recompensa na realidade era ínfima, esse modelo foi seguido por outras empresas como forma de otimizar também seus resultados.
O McDonald’s é uma rede mundial de restaurantes que foca em treinamento e programas de motivação do funcionário, o processo de produção e demonstração de sua etapa final se resume a frente de loja que segue um rígido controle, avaliado constantemente por seus gerentes de loja.
2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
No inicio dos anos 70 vários fatores e mudanças econômicas contribuíram para o enfraquecimento do sistema fordista de produção, dando lugar a um novo modelo de gerenciamento da produção das empresas, “O Sistema Produtivo Flexível”, as organizações se reestruturaram para que pudessem manter um equilíbrio positivo entre produção e lucratividade, teve que romper paradigmas e sair do modelo de pirâmide para um modelo de gerenciamento horizontal.
Para Marx http://www.brasilescola.com/filosofia/ideologia-marxista.htm 
Ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético) é um conjunto de proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe. A manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da violência.
E assim surge o Toyotismo, modelo voltado para a produção de mercadorias, ao mesmo tempo em que acreditava na participação do funcionário como forma de aperfeiçoar a mão de obra, pois o trabalhador deixava de fazer uma pequena tarefa repetitiva para ser um funcionário ”multitask”, ou seja, um funcionário que conhecia toda a cadeia produtiva e participava desta cadeia executando varias tarefas, podemos elencar algumas características do toyotismo como:
Mão-de-obra multifuncional;
Mão-de-obra qualificada;
Sistema flexível de mecanização;
Os trabalhadores conheciam todos os processos de produção;
Os trabalhadores atuavam em várias áreas do sistema produtivo da empresa;
Hierarquia administrativa horizontal;
Produzir somente o necessário;
Evitar o excesso produtivo, produzindo somente o suficiente para o consumo;
Acompanhamento e controle do processo produtivo.
Foi a partir deste sistema que houve a preocupação com a qualidade do que se produzia o mercado começava a exigir mercadorias com outro padrão, daí o surgimento de sistemas de qualidade total em todos os níveis e etapas de produção da empresa, o desperdício de matéria-prima já era evitada ao máximo, a produção no sistema Just in time, produzir o necessário, no tempo e na quantidade necessária, dando inicio também as pesquisas de mercado, conhecer seu cliente e saber o que este cliente pensava e desejava de seus produtos.
2.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Houve uma cobrança do mercado devido às mudanças ocorridas, com foco neste novo modelo de produção, um aspecto marcante foi os investimentos em educação, apesar de ainda insuficientes principalmente nos países pobres, a revolução tecnológica foi bem-vinda em alguns setores da economia, as empresas procuraram disseminar sua produção para países pobres onde a mão-de-obra é barata e abundante e teve como consequência o aumento do desemprego e do sub-emprego nas grandes cidades e também aumento nos serviços.
Com esse novo modelo a classe trabalhadora teve que se adequar a nova ordem, empregos ou serviços que eram tidos como subempregos passaram a ser disputados por pessoas mais qualificadas empurrando o excedente para busca de novas possibilidades, dentre as quais a revolução do empreendedorismo, não a toa o Brasil se encontra entre os quatro países no ranking mundial de empreendedorismo, segundo pesquisa de 2013 realizada pela Global Entrepreneurship Monitor(GEM), perdendo apenas para China, Índia e Nigéria.
Como mulher gostaria também de enfocar e mencionar o Trabalho Feminino e sua contribuição no mercado de trabalho atual, sua participação efetiva na sociedade, sua condição de dona de casa a administradora de grandes organizações, sua participação no consumo de bens e serviços, qual o papel da mulher neste contexto, as indústrias cada vez mais desenvolvem produtos com características especificas para mulheres, desde a da beleza a automobilística.
A participação da mulher no trabalho não era tida com bons olhos por uma sociedade altamente machista, mas mesmo assim elas vêm tendo participação ativa em todas as áreas, as mulheres trabalhavam antes especificamente no campo e nas manufaturas, em lojas, mercados, oficinas, teciam, fiavam e realizavam tarefas exclusivamente domésticas, nós mulheres sempre fomos consideradas incapazes, inferiores, frágeis e submissas, a mulher era criada pura e exclusivamente para cuidar dos afazeres domésticos, cuidar de filhos e maridos. 
Torna-se clara, no novo regime a divisão da sociedade em classes sociais e a exploração econômica de que é alvo uma delas por parte da outra, no sistema produtivo de bens e serviços de uma sociedade capitalista a mulher participa do sistema produtivo, desempenha, portanto, um relevante papel econômico, tanto quanto produtora de bens e serviços para o consumo como parte integrante deste mercado consumidor.
No cenário atual, comércio e serviços tiveram destaque em detrimento da indústria de petróleo e construção civil, avançou a participação do setor na geração de emprego, esse crescimento faz parte do amadurecimento do mercado consumidor e também com o papel diferenciado do segmento de serviços, é o caso de supermercados, restaurantes, salões de beleza, serviços também ligados à saúde, educação, serviços específicos para à terceira idade e serviços turísticos, isto é uma tendência mundial.
O desemprego e o trabalho informal são características desse englomerado de mudanças advindas do capitalismo moderno, o que podemos identificar muitas vezes é que existe a vaga de emprego para o trabalhador, porém o mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função ou em outros casos a empresa contrata, treina e depois o trabalhador não quer se qualificar, outro fator é o que chamamos de substituição da mão de obra do homem pela máquina, podemos ver isso na construção civil, na indústria automobilística e em bancos.
Anos 70, é o começo do fim da hegemonia fordista, ou seja, dar-se inicio a um novo modelo pós-fordismo, pois os clientes mudaram e suas necessidades, motivo que causou a decadência do modelo fordista, os consumidores já não se contentavam mais com modelos padronizados, o preto deu lugar a cores mais chamativas e coloridas, o foco das indústrias na administração de seus recursos foi diminuir os custos de produção e a descentralização, com foco na eficiência, enfim o fordismo já não se aplica aos modelos da atualidade.
Teve inicio a informalidade como consequência da evolução tecnológica, as pessoas que o mercado de trabalho não absorvia e a falta de gestão publica que pudesse qualificar e realocar essas pessoas em postos de trabalhos fez com que os trabalhadores desempregados criassem um novo modelo, o trabalho informal, e pode-se verificar que o governo já esta de olho nessa fatia de mercado, pois já foram criados modelos simplificados de gestão desses pequenos negócios. 
Com esse nicho de mercado surgiu também o modelo fordista, só que no trabalho informal, ou seja, fora da indústria, pois como pude verificar in loco, quando da minha estadia na Praia do Francês, em Marechal Deodoro em Alagoas, como os ambulantes exerciam suas multitarefas de forma padronizada: oferecer, vender, receber e dar o troco isso com vários clientes simultaneamente.
A necessidade da venda, o tempo de atendimento e a forma como é realizado mostra claramente que mesmo inconscientemente, a eficiência, na oferta de seu produto ou serviço, lembra o modelo fordista, esse novo modelo teve que se adequar as necessidades do cliente e também do trabalhador informal, pois sendo ele próprio todas as partes da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho finaliza com satisfação o conteúdo aprendido duranteas aulas, pois o conhecimento teórico aliado a pratica é que torna a administração das organizações modernas bastante dinâmicas, não tem mais espaço para a mesmice, a palavra de ordem é mudança, todos os dias erramos, aprendemos a desaprender para aprender novamente, novos ensinamentos e conceitos.
A qualidade de produtos e serviços aliado a satisfação, motivação e qualidade de vida das pessoas dentro e fora das organizações, faz com que a ideia de capitalismo moderno tire um pouco a concepção pura e exclusiva do lucro, apesar de ser este seu principal objetivo, não se pode pensar na empresa como parte fria e solida de suas maquinas e equipamentos tem-se que pensar na valorização do homem como parte integrante dessa cadeia produtiva, valorizar e aperfeiçoar seus conhecimentos, como consequência diminuir os casos de doenças funcionais e a alta rotatividade de pessoal, o que gera altos dispêndios para as empresas, com gastos em rescisões e treinamentos de novos funcionários. 
Foi abordado neste trabalho também a importância da mulher neste novo modelo de gerenciamento das empresas, sua participação contundente nessa fatia de mercado, o trabalho informal, o empreendedorismo, a comunicação e linguagem do homem inserido em suas culturas, o comportamento organizacional e a busca incessante por novas tecnologias, a participação do governo quando do investimento em educação e qualificação de mão de obra especializada para o mercado, pois nota-se uma carência acentuada de trabalhadores qualificados para assumir essas vagas disponibilizadas pelo mercado de trabalho. 
Pudemos citar exemplos de como a indústria iniciou seu processo de padronização de procedimentos a partir das teorias organizacionais de Taylor e Ford, passando pelo Toyotismo, sua perspectiva a partir dos anos 70, que foi o inicio das mudanças, mudanças essas que não cessam de acontecer, as características deste período e os pontos negativos e positivos, sendo portanto o equilíbrio fundamental desta balança, o que se perdeu de um lado, houve um retorno e um novo conceito do outro, para então evoluir de acordo com as necessidades do mercado produtor e consumidor.
Portanto, podemos concluir que as organizações estão passando por um processo de flexibilização, com investimentos na valorização do homem, buscando sempre o incremento com novas tecnologias, pois o mercado cada vez mais exige da empresa a melhoria de processos, a busca pelo diferencial, o novo, não somente o necessário e sim o surpreendente, para assim poder participar desse mercado cada vez mais competitivo e globalizado, adicionando a isto uma pitada de audácia e sofisticação que toda organização necessita. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://ois.sebrae.com.br/publicacoes/gem-empreendedorismo-no-brasil/ 
http://www.brasilescola.com/filosofia/ideologia-marxista.htm
Headley, Samara Silva
H433a Administração e Teoria das Organizações/Samara
	Silva Headley; Ivan Ferreira de Campos – Londrina:
	Unopar, 2014
	176p.