Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 1 AULA 11- BIÓPSIA, PUNÇÃO E DRENO AULA 12- FERIDAS E INFECÇÕES DE PARTES MOLES AULA 13-TRAQUEOSTOMIA E ACESSOS VASCULARES AULA 14- TORACOTOMIA AULA TEORICO PRÁTICA DE MICROCIRUGIA AULA 11- 07.10.2014 TÉCNICA OPERATÓRIA-BIÓPSIA, PUNÇÃO E DRENO BIÓPSIA É a remoção de tecidos, celular ou fluídos do organismo vivo, para exame, estudo e especialmente para propósitos diagnósticos. Objetivos: 01) Estabelecer diagnóstico: nem sempre se consegue, em alguns casos é muito difícil. Hoje em dia se consegue fazer muito mais diagnóstico do que antigamente devido a evolução tecnológica 02) Excluir outras doenças 03) Conhecer o grau de extensão do processo: principalmente em neoplasias 04) Efetuar prognóstico: muito importante para o paciente 05) Determinar tratamentos: feito o diagnostico um melhor tratamento pode ser determinado. Princípios fundamentais: O médico deve contar com o instrumental adequado, pois o tamanho do material deve estar de acordo com a cirurgia. Quando há lesões extensas é melhor fazer biopsias múltiplas, pois em alguns casos pode ser retirado material inflamatório ou necrótico. O patologista irá olhar a lamina com aquele tecido que foi entregue a ele, assim não deve ser esmagada as células ou mesmo queimado o tecido. Quando retirada a peça a mesma deve ser fixada rapidamente. O cirurgião deve coloca-lá dentro de um frasco identificado e que contenha um fixador adequado (formalina à 10%). Eventualmente pode ser necessário uma fixação diferente. Deve- se procurar retirar tecido doente e sadio. As peças elásticas devem ser abertas em papelões, porque sofrem risco de contrair e assim há dificuldade de fazer uma boa leitura da lâmina. A biopsia deve ser feita preferencialmente na lesão primaria, pois a secundária as vezes não da diagnostico da origem. Um maior numero de informações do paciente deve ser oferecido ao patologista (algumas doenças prevalecem em determinada idade, determinada raça). Para que seja feita a biópsia melhor o tipo de anestesia deve ser escolhido. A margem de segurança deve ser respeitada, principalmente nos casos oncológicos. É importante lembrar que a margem varia de acordo com o tecido e com a patologia. Peças de grande tamanho devem ser seccionadas para melhor fixação. Muitas vezes se você não abrir essas peças em regiões menores o fixador não consegue chegar ao centro e assim pode haver necrose. Instrumental adequado Usar agulhas ou lâminas novas e afiadas Retirar material de tamanho adequado. Biopsias múltiplas em lesões extensas Não esmagar ou queimar tecido. Fixar rapidamente e utilizar o fixador adequado Procurar retirar o tecido doente e sadio Peças elásticas devem ser abertas em papelão Biópsia sempre as lesão primária Fornecer o máximo de informações ao patologista Respeitar a margem de segurança Utilizar o melhor tipo de anestesia Peças de grande tamanho devem ser seccionadas para melhor fixação Técnicas Principais de Remoção do Tecido: Técnica Incisional: quando retirada parte da lesão. É feita quando a técnica excisional não é possível, assim a cirúrgia para retirada total da peça deve ser programada para outro dia. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 2 Técnica Excisional: quando retirada toda a lesão. É a técnica de escolha. Pinça em saca bocado Punção com agulha: a biopsia hepática e a biopsia de pleura são feitas através de punção. Escarificação Lavagem ou irrigação: mais para parte brônquica. Pode ser feita um broncoscopia, feito um lavado e então esse liquido retirado contém células que podem ser analisadas. Curetagem Complicações: Pode haver hemorragia, infecção, defeito de cicatrização (cicatriz hipertrófica), disseminação, implante de células tumorais, lesões viscerais ( ex: lesão em parede abdominal pode acometer vísceras) e também reações anestésicas. Falhas Diagnósticas: Em alguns casos a retirada de material é insuficiente. Outra falha diagnóstica pode ser a troca ou a perda de material, esses erros são inadmissíveis e por isso logo que retirada a peça a mesma deve ser colocada em um frasco identificado. A falha de fixação também pode ocorrer principalmente nos casos de biopsia de material muito grande, como já explicado anteriormente. Em alguns casos o cirurgião pode retirar material necrótico ou inflamatório, o que impossibilita a avaliação do material pelo patologista. Exemplos de Biópsias Ambulatoriais: Carcinoma Basocelular (CBC): é uma lesão bem definida, apresenta-se com bordas elevadas e ulceração central. Esse tipo de carcinoma não faz metástase, faz apenas invasão local. Contudo a lesão local pode ser bem grave se o paciente deixar a mesma progredir. Melanoma: apresenta prognóstico reservado. Deve ser investigado quando o paciente apresente pintas com diferenças de coloração. Quando se suspeita deve-se biospsiar o linfonodo sentinela (mais próximo da lesão) para assim concluir se o paciente possui ou não metástase. Se o linfonodo sentinela for positivo o prognóstico e o tratamento serão outros. NEVUS: lesão benigna pigmentada, sendo que a remoção fica mais a critério estético do que clínico propriamente dito. Ceratoacantoma: quando feita a palpação apresenta uma casca endurecida sobre a lesão. Carcinoma Espinocelular (CEC): Deve ser diferenciado do CBC, sendo que o CEC é mais agressivo e pode fazer metástase. Pode fazer metástase. Molusco contagioso: o agente etiológico é um vírus e acomete mais crianças. O tratamento deve ser feito pela curetagem das lesões. A eletrocauterização deve ser utilizada apenas em lesões maiores, pois pode trazer cicatrizes. Verrugas Vulgares: há vários métodos de tratamento, como por crioterapia (congelamento da lesão), eletrocoagulação, aplicação de substâncias erosivas que eliminam a lesão. Não deve ser deixado nenhum resquício da verruga. Acometem principalmente as extremidades, quando ocorrem na planta do pé são denominados olho de peixe. Lipoma: é um tumor da tela subcutânea, ou seja, é formado por gordura. Tem caráter benigno (não maligniza). Pode ser retirado quando cresce demais e também nos casos em que o paciente apresentar dor. Esse sintoma é decorrente da compressão de filetes nervosos. Lipomas isolados devem ser retirados com anestesia local. Cisto Sebáceo: derivado de glândula sebácea da pele e ocorre devido ao entupimento da mesma. Esse cisto infecta muito fácil, então é bom removê-lo. Deve ser retirado com anestesia local e a remoção deve ser por inteiro, se não retorna. Geralmente o cisto sebáceo apresenta um ponto avermelhado que representa o local em que houve a obstrução da glândula. Sarcoma de Kaposi: HIV. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 3 **as imagens abaixo representam as lesões explicadas acima, de acordo com a ordem que foram apresentadas. Material Cirúrgico Deve ser adequado com a cirúrgia. Ex: para pequenos procedimentos a lamina numero 11 deve ser utilizada, devido a maior precisão desta. Já se a lesão for um pouco maior pode ser utilizada a lâmina 15. PUNÇÕES São procedimento cirúrgicos realizados através de agulhas, que permitem a comunicação da pele ou mucosa com uma cavidade ou qualquer outra estrutura com a finalidade de coletar material ou introduzir substâncias. Finalidade: Pode ter finalidade diagnóstica ou terapêutica. Em alguns uma mesma punção pode objetivar essas duas funções. Ex: esvaziamento liquido pleural para análise, que ao mesmo tempo alivia os sintomas respiratórios do paciente.Materiais: As agulhas podem ser simples ou com sobretubo. Esse tubo é um material tubular feito de plástico, que pode ser interno ou externo, de plástico ou metálico. Agulha com sobretubo plástico externo (gelcro, abocath): quando feita a punção você empurra o sobretubo e então a agulha é retirada. As agulhas metálicas são menos utilizadas, pois devem ser esterilizadas. Punção: As mais utilizadas são a punção venosa e a punção arterial. A Punção torácica é feita geralmente no quinto espaço intercostal na linha axilar média. A paracentese ( punção do peritôneo) feita por exemplo, quando os pacientes apresentam ascite, devem ser realizada na fossa ilíaca esquerda, no terço distal entre o umbigo e espinha ilíaca, para desviar do colon sigmoide e também dos vasos epigástricos superiores. Punção lombar é muito utilizada para neurologista e pelo anestesista. A punção pericárdica é mais utilizada em emergência. A agulha sempre deve adentrar no vaso à em 45 graus. Punção Venosa Central: Pode ser feita com uma agulha com sobretubo interno ou externo. Há o guia, o cateter e a agulha de punção. O cateter é radiopaco, pois depois de feita a punção deve ser feito uma radiografia. Para fazer um punção venosa central é muito utilizada a veia subclávia. A veia deve ser identificada por meio da clavícula e então dividida no meio. A punção deve ser realizada nesse terço medial e orienta pra incisura jugular. Depois de puncionado deve ser passado o cateter por dentro da veia. É importante certificar-se que o cateter está na cava, pois em alguns casos inadvertidamente ele pode ir para a jugular. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 4 OBRIGATORIAMENTE DEVE SER FEITO RAIO X DE TÓRAX PÓS PUNÇÃO. Com a finalidade de observar a presença de pneumotórax e a posição do cateter. Deve –se ter como primeira escolha a punção da subclávia direita, pois na subclávia esquerda desemboca o ducto torácico, uma estrutura muito importante. Punção de Veia Jugular Interna (VJI): Essa veia passa entre os dois ventres de origem do músculo esternocleiodeomastoideo. Deve ser palpada essas duas cabeças de origem, entrar entre elas com a agulha orientada em direção ao mamilo. A agulha irá cruzar a veia. Complicações da Punção Central e de Veia Jugular Interna: Pode haver pneumotórax, hematoma local , trombose venosa, infecção. Técnicas de punção: Hepática: com agulha de silver, que conta com um trocater. Deve ser feito por meio da punção dos espaços intercostais mais inferiores. O paciente deve estar com a coagulação em níveis aceitáveis, devendo ser feito ao menos um TAP no dia do procedimento, pois os pacientes hepatopatas apresentam alteração na coagulação. A agulha não deve ser colocada inteira, você retira o introdutor e coloca uma outra ‘’agulha ‘’ ao invés do trocater, e essa agulha é como se fosse uma pinça. Apresenta um vácuo que então puxa o fragmento. A principal complicação é o sangramento, por isso os pacientes devem ficar em observação depois desse procedimento. A manobra de pringle consiste em comprimir o pedículo hepático entre o forâmen omental, assim o fluxo da artéria porta e da artéria hepática é barrado . Essa é uma manobra emergencial que é feita nesses casos. Agulha de Cope para biopsia pleural: entrar na linha axilar media de preferência no quinto espaço intercostal. Introduzir a agulha, coloca-lá na pleura, retirar o introdutor, colocar o gancho ao contrário e então puxar o conjunto. Essa punção é muito dolorosa. Sempre deve ser radiografado depois. DRENAGENS: É a técnica pela qual se pode remover coleções liquidas ou gasosas ou serosas de uma cavidade serosa, ferida ou abcesso através de uma abertura e colocação de um dreno ou qualquer material que assegure saída do conteúdo drenado. Esse dreno pode ser retirado em pouco tempo ou pode ser utilizado por um longo período. Finalidades: Pose ter objetivo diagnóstico, por exemplo, para diferenciar a característica da coleção liquida, se é sanguinolenta ou purulenta. Pode ter função preventiva ( colocar um dreno na cirúrgia pois se houver fístula o dreno vai orienta-la para fora). Também pode ser utilizada com fim curativo. Essas funções podem ser associadas. Manutenção: Há dois tipos de drenos: Simples: drenagem ocorre por capilaridade. Ex : Penrose. Aspirada: por mecanismo de sucção. Pode ser por meio de uma sanfona que você fecha e então aspira, por meio de um vácuo na bolsa, ou de uma maquina de aspiração. Isso depende da quantidade de líquido a ser drenado. Plano: Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 5 Superficial Profundo: dentro da cavidade peritoneal, deixados por uma semana, 10 dias. Material:Pode ser tubular ou laminar. O laminar é o de Penrose. Tempo de uso do dreno: Depende muito do cirurgião, da localização da lesão,d o objetivo, se é preventiva ( por ex sutura GI complica entre o 5 e 7 dia entao deve ser deixada por mais dias). Princípios Técnicos: Posição de maior declive para líquidos e de maior aclive para gases. Gases geralmente são drenados no tórax, assim a ponta do dreno deve ficar junto à cúpula da pleura. O local de penetração para o acesso ao ponto de drenagem deve ser o mais próximo deste. Pode-se sair por incisão ou contra-incisão, quando for profunda deve ser colocada por contra-incisào. Um abcesso no braço, que é uma lesão superficial, não deve ser drenada por meio de contra- incisão pois o paciente ficaria com outra cicatriz. Deve ser adequado ao tipo e volume de material a ser eliminado. Deve-se ficar na posição mais confortável ao paciente. Se a incisão for muito pequena, principalmente no dreno de penrose pode fazer um rolha, impedindo a passagem do fato a ser drenado, assim, o orifício de passagem do dreno deve ser de proporção ao mesmo. Sempre que possível deve ser fixado a pele, principalmente nas cirurgias mais profundas, para não esquecer de retirar o dreno. E quem coloca o dreno deve retira-lo ou orienta-lo para a retirada. A drenagem é regra geral nas cx do tórax e é exceção nas cirurgias abdominais. Nas cirúrgias abdominais sempre que houver duvida não deve ser drenado, pois o dreno acaba funcionando como uma via de entrada para bactérias. Posição de maior declive para líquidos Posição de maior aclive para gases Local de penetração ao ponto de drenagem deve ser o mais próximo deste Pode sair por incisão ou por contra incisão Deve ser adequado ao tipo e volume de material eliminado Deve ficar na posição mais confortável para o paciente O orifício de passagem do dreno deve ser de proporção ao mesmo Sempre que possível fixar a pele É regra geral nas cirúrgias do tórax e exceção nas abdominais. Tipos de Drenos: Multiperfurados: utilizados para drenar o tórax, para drenagem em selo d’água. Nesses casos o ar vem, borbulha no selo d’água e volta para a atmosfera ( o recipiente possui duas vias-uma para inserção do dreno e outra para conexão com atmosfera). Esse dreno multiperfurado pode ser utilizado também com sucção (suctor). Os melhores drenos existentes são os siliconizados, sendo o melhor o de Blake –ele não entope. Os siliconizados tem alguns sulcos e ainda que se deixado em contato como omento ele não entope. Sonda de malecot Sonda de Pezzer Dreno de Kehr: dreno em T, muito utilizado em via biliar e em via urinaria ( neste ultimo caso para anastomose de ureter). Dreno de Penrose: número 1,2,3. Sendo que o 1 é o mais estreito. Formando por uma dupla lâmina e a drenagem ocorre por capilaridade. Algumas vezes para não grudar uma lâmina com a outra pode vir uma gaze dentropara ser retirada. É o tipo de dreno mais barato. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 6 AULA 11 DE TÉCNICA OPERATÓRIA-FERIMENTOS DE PARTES MOLES 14.10.2014 Traumatismos Superficiais: Conceito: lesões sofridas por qualquer tecido mole dentro de sua integridade anatômica e vivencia celular, sendo a maioria de origem extrínseca, violenta, acidental ou intencional. Classificação: Pode ser classificado quanto à natureza do agente, profundidade e complexidade. a) Quanto às feridas: -Incisas: geralmente apresentam as bordas mais retificadas -Contusas: nem sempre tem solução de continuidade da pele. Quando tem solução de continuidade da pele são corto-contusas e apresentam bordas irregulares -perfurantes: pode ser por faca, tiro -transfixantes: apresentam orifício de entrada e orifício de saída -picadas e mordeduras: animais domésticos ou peçonhentos b) Quanto a profundidade: -superficial : atinge pele, tela subcutânea e eventualmente músculos -profundas: atinge vaso, nervos, tendões, ossos e vísceras. Sempre procurar se há lesão nervosa, principalmente acometimento do nervo ulna, radial ou mediano. É necessário saber os músculos das regiões e suas ações, pois se o paciente perdeu um dos movimentos é importante identificar e fazer o encaminhamento correto do paciente. Geralmente são mais complexas, podendo atingir ossos e dificilmente atingem vísceras. c) Quanto à complexidade: -simples: pequenos ferimentos sem perda de tecido e nem contaminação grosseira. Contaminação grosseira é aquela que tem lama, areia. Caco de vidro é considerado simples. -complexas: graves, irregulares, com perda de substancia, esmagamento, queimadura, feridas muito contaminadas ou quando há avulsão (perda de membro). Nos traumas fechados: Equimoses: lesões capilares da derme e tecido subcutâneo. A região fica roxa. O tratamento deve ser feito por meio de analgesia e resfriamento local. Se a equimose for em membro pode ser feita uma imobilização. Além disso, o paciente deve ser investigado dependendo da intensidade do trauma. Hematomas: lesões de vasos maiores com hemorragia localizada. Por exemplo:ocorrência de hematoma subungueal nos casos em que o paciente prende o dedo na porta do carro. Se pequeno e não houver muita do pode ser feita apenas analgésica. Já, se houver latejamento ou muita dor, pode ser feito a antissepsia e deve ser furado a unha com uma agulha. Contudo é importante lembrar que para a maioria dos casos é recomendado o tratamento conservador. Edema: inchaço Nos traumas abertos: Ferida limpa: É aquela que não apresenta contaminação grosseira ( sem lama, sem terra e nem areia). Ex: paciente levado para centro cirúrgico e neste local é feita antissepsia da pele antes da ferida ser realizada. A ferida limpa quando chega é contaminada (porque já abriu solução de contiguidade). A ferida limpa, portanto não deve ser por mordedura, o suprimento deve ser adequado, não deve ter grande perda de substância e a duração deve ser menor que 6 horas. O fechamento primário é indicado quando não há grande perda tecidual e há menos de 6 horas de evolução. Se o paciente chegou com 8 horas, mas a ferida está bem limpa, fazer ou não a sutura? Primeiramente deve ser dito ao paciente que não pode ser feita a sutura, contudo se o paciente insistir muito pode ser feita e os riscos devem ser explicados. Fechamento primário - Feridas limpas (sem sujeiras grosseiras) Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 7 - Sem grande perda tecidual - Contra-indicado: Intervalo maior que 6 horas (até 6 horas é contaminada, após isso é infectada Suprimento sanguíneo inadequado Grande perda de substância (não conseguem aproximar as bordas) Feridas por mordeduras Técnica de fechamento das feridas traumáticas: 01) Preparo da área 02) Anestesia: será explicado posteriormente 03) Limpeza: depois de feita a anestesia deve ser feito exploramento para procurar corpos estranhos 04) Hemostasia 05) Debridamento: se houver bordas irregulares. 06) Síntese: músculos e tendões, aponeurose, tecido celular subcutâneo e pele. Muitas vezes para músculo e tendão é necessário auxilio do ortopedista. Deve-se contar com um material adequado para esse tipo de cirurgia, pode ser usado uma pinça de adson com dente bem curto para não traumatizar muito a pele. Cirurgia ambulatorial: Cirurgias em que não necessitam de internamento, o paciente vai embora para casa após a operação, ou fica algumas horas de observação. Pode ser eletiva ou mesmo de emergência nos casos de traumatismos. ANESTESIA: Tipos de Anestesia: Local: pode ser tópica ou infiltrativa. Nessa modalidade o anestésico é administrado no tecido adjacente da área a ser operada. Infiltrativa: -Botão intradérmico (em casca de laranja): injetado diretamente na derme fazendo uma elevação. É indicado para ato cirúrgico breve, pouco extenso, para abordagens venosas e excisões de lesões superficiais. Também pode ser feito para preparo de infiltração de planos profundos. Por exemplo: nos casos em que é necessário utilizar uma agulha muito grossa para acesso de planos profundos, antes, para anestesiar essa ‘’passagem’’ de agulha pode ser feito um botão. Isso é muito feito para acesso de planos musculares. Usar agulha fina ( 25 gauge). Geralmente é utilizada lidocaína, que pode ou não ser associada a vasoconstritor. -infiltração local: utilizada para procedimentos um pouco mais intenso. É indicada para exérese de pequenas lesões cutâneas, debridamento, exploração de feridas, drenagens e suturas. As agulhas utilizadas devem ser mais grossas e é necessário que seja feita uma punção mudando a agulha de localidade para penetrar em planos profundos. O anestésico de escolha também é a xilocaína. Tópicas: tem uso mais restrito. -EMLA: pomada com anestésicos local- 1-2 g/ 10 cm2. Utilizar no máximo 10g. A pomada precisa ser aplicada e um adesivo transparente é inserido em cima. Se deixar 1 hora atinge até 3 mm de profundidade da pele e 2 horas de 3 à 5 mm. É eficaz na pele integra e não deve ser aplicado em mucosa. Utilizar em pequenos procedimentos, em pequenas suturas, apenas para aproximação. -EMLA Max: composto lipídico semelhante à camada fosfolipídica da membrana celular. Pode substituir o botão intradérmico, é aplicado sem compressão. -LET: infiltração de algumas gotas na ferida, aplicados ponta de algodão com 1-3ml da solução gel. Regional: periférica por meio de bloqueio do nervo/ plexo ou ainda intravenosa. Pode ser utilizado tanto lidocaína como bupivacaína. O efeito é mais prolongado quando usado a bupivacaína. Deve ser injetado o anestésico no trajeto do nervo. Vantagens e Desvantagens: As vantagens são a eliminação dos efeitos secundários da anestesia geral (náusea e vômito, sedação residual). Estes anestésicos podem fazer uma analgesia pós operatória eficaz (dependendo do anestésico utilizado ele pode ter efeito prolongado e assim auxiliar na analgesia pós operatória) , autonomia rápida e Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 8 completa do paciente, alimentação oral precoce. Fatores negativos: alguns pacientes podem apresenta efeito vagal, apresentando muita sudorese, lipotínia. -vantagens: eliminação dos efeitos secundários da anestesia geral, analgesia pós operatória, autonomia rápida e completa do paciente , alimentação oral precoce. -desvantagens: efeito vagal, sudorose, lipotínea. Indicações: afecções cirúrgicas da pele, tecido celular subcutâneo e fâneros (remoção de cisto sebáceo, lipoma), dissecções vasculares (flebotomias), afecções urológicas do escroto e até mesmo na herniorrafiainguinal. Contra-Indicações: Recusa do paciente, paciente clinicamente instável, infecção no local de punção e alergia ao anestésico local. Anestésicos Utilizados: Os anestésicos locais utilizados são formados da união de uma amina terciária com o anel aromático. A cadeia intermediária que faz essa ligação pode ser do tipo éster ou amida, assim os anestésicos são classificados em aminoesteres ou aminoamidas. Os aminoesteres são sintetizados a partir do acido paraminobenzoico, sendo que o primeiro anestésico dessa classe descoberto foi a procaína.É importante lembrar que a bupivacaína e a lidocaína são utilizadas na forma injetável Aminoesteres: procaína, clorprocaína e tetracaína. Aminoamidas: lidocaína, bupivacaína, ropivacaína e prolocarpína. Farmacodinâmica: Essas drogas fazem inibição reversível da função dos neurônios (sensitivo, motor e autonômico) -> bloqueio da geração e condução do potencial de ação. Potencial de ação (processo de natureza eletroquímica) – modificações na permeabilidade da membrana do neurônio (passagem de íons de um lado ao outro, partículas carregadas eletricamente) e modificações no campo elétrico gerado por essas cargas. Membrana celular neuronal – bloqueio dos canais de Na+, redução da velocidade e amplitude da despolarização, impedindo que seja alcançado o limiar de excitabilidade para o potencial de ação (bloqueio da passagem do impulso). Efeitos colaterais: Volume e concentração: absorção sistêmica que depende tanto do volume quanto da concentração. Quanto maior o volume ou a concentração ocorre maior absorção sistêmica. Características físico- químicas (dissociação iônica): Há as formas sem carga elétricas ou básicas e as formas ionizadas ou catiônicas. Quanto maior a porcentagem de formas catiônicas, maior a potencia anestésica. A lidocaína tem menor dissociação do que a bupivacaina por isso a ação da ultima dura mais tempo, contudo tem mais efeito colateral. Quando há menor pH há menor formas catiônicas e assim há redução da potencia anestésica. Isso cocorre no tecido inflamado, por exemplo. Além do grau de ionização há a lipossolubilidade, que é a capacidade do anestésico se incorporar a membrana do neurônio. Quanto maior a lipossolubilidade maior a potencia de ação. A procaína é pouco lipossolúvel assim tem tempo de ação pequeno e uma potência baixa. A bupivacaína apresenta potência quatro vezes maior, se comparada à lidocaína. Local de Injeção: os maiores níveis plasmáticos ocorrem na ordem : Intercostal,caudal, peridural e plexo- braquial (borda lateral do esternocleidomastoide- 3 plexos , por isso deve ser colocado mais anestésico e por isso há maior absorção plasmática.). Nesses locais a absorção sistêmica é muito grande. Uso concomitante de Vasocontritor: diminuem a perfusão capilar e a absorção do anestésico, e assim este permanece por mais tempo no local da anestesia. Toxicidade: anestésicos locais são tóxicos, pode haver reação alérgica, comprometimento do SNC e aparelho cardiovascular. As reações alérgicas são raras e são mais comuns no grupo de aminoesteres (derivados do ácido paraminobenzoico- ex: procaína). Conforme aumenta a dose aumenta o número de reações diversas também aumenta, sendo que começa com escotomas visuais, gostos metálicos, zumbidos, parestesia perioral. Uma dose um pouco maior pode causar abalos musculares, tontura e convulsões primeiramente localizadas e por último generalizadas. Quando o paciente vai fazer algum desses procedimentos o mesmo sempre deve estar em decúbito. Pode ter arritmias cardíacas desde benignas à muito graves, podendo chegar a uma parada cardíaca. A lidociana é bem mais segura em termos de aparelho cardiovascular do que a bupivacaína. Conforme aumenta a concentração plasmática de lidocaína Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 9 aumenta o desenvolvimento de sintomas. É importante que o paciente seja informado quanto à técnica, objetivo, restrições, riscos. -escotomas visuais, gostos metálicos, zumbidos, parestesia perioral. -abalos musculares, tontura e convulsões localizadas e depois generalizadas. Devido à esses efeitos é proibido fazer esses procedimentos em consultório. Quanto à dose: De acordo com a resolução do CFM: Para Lidocaína: -concentração acima de 3,5 mg/kg deve ser feito de preferência no centro cirúrgico com paciente monitorizado. Doses menores que 0,7 mg/kg não precisa de anestesista, nem monitorizarão. -Se for monitorar é necessário: cardioscópico, estetoscópio , oximetria de pulso e esfigmomanômetro. Escolha do Anestésico: A escolha do procedimento deve ser guiada por quatro parâmetros: duração do procedimento, área a ser anestesiada, necessitada de analgesia pós operatória e experiência do médico. Duração do procedimento: Se o procedimento for longo usar bupivacaina -bupivacaína: efeito dura mais que 2 horas -lidocaína: ação imediata e duração de 1- 4 horas (geralmente não dura mais do que uma hora). Necessidade de analgesia pós operatória: para esses casos deve ser utilizado preferencialmente a bupivacaina. Ex: na postectomia- procedimento de longa duração e que precisa de analgesia pós operatória. Doses: Bupivacaína: sem vasoconstritor deve ser utilizado na dose de 2mg/ kg e com vaso 3 mg/ kg Ropivacaína: geralmente sem vaso 3mg /kg – pouco utilizada. Lidocaína para procedimentos de 30-60 minutos. Dose máxima: sem vasoconstritor é de 5mg/kg e com vasoconstritor de 7 mg/kg. Na criança deve ser usado no máximo 5mg/ kg de lidocaína 1 %. Uso de Vasoconstritor: O vasoconstritor de escolha é a adrenalina. É segura e tem pouca repercussão hemodinâmica. Objetiva diminuir a absorção sistêmica do anestésico, assim menores doses do anestésico pode ser utilizado. É indicado para locais que tem bastante absorção sistêmica, como: bloqueio intercostal, peridural, caudal e plexo braquial, que são exatamente aqueles lugares já citado acima, em que a absorção sistêmica é muito grande. É contra indicado para regiões de perfusão sanguínea terminal, portanto há risco de isquemia e necrose.Essas regiões são : pênis, dedos, punhos, tornozelos. Em pacientes cardiopatas e coronariopatas pode ocasionar isquemia, hipertensão e arritmia, nesses pacientes o uso deve ser evitado. Sedação: É mais utilizada para procedimentos ambulatoriais eletivos, principalmente naqueles procedimentos longos, com intuito de acalmar o paciente. Deve ser feita também nos pacientes que tem dificuldade de manutenção de posição, naqueles pacientes ansiosos, pediátricos e nos que há necessidade de monitorização. Usar: benzodiazepínicos, agonistas adrenérgicos, analgésicos (opióides ou não) e propofol (nesse caso é necessário anestesista). Os sedativos mais utilizados são o midazolam, e clonidina. Incisão: O anestésico deve ser injetado nos bordos da lesão e não na lesão propriamente dita, pois pode ser que seja introduzido corpos estranhos na ferida. As bordas de entrada devem ser Concentração plasmática da lidocaína µg/ml Efeito 1 – 5 Analgesia 5 – 10 Parestesia de língua, zumbido 10 – 15 Inconsciência, convulsão 15 – 25 Coma, parada cardiorrespiratória > 25 Depressão cardiovascular, parada cardíaca Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 10 equidistantes, e para suturar deve ser pego a derme, epiderme, tela subcutânea. Além disso, as bordas devem ser bem coaptadas, para não formar degrau e não umbilicar. As incisões preferencialmente devem seguir as linhas de Kraissil (linhas de tensão perpendiculares à contração dos músculos), para ter melhor resultado estético. Quando for fazer uma incisão elíptica, por exemplo, um traçado deveser feito na pele. O braço deve ter duas a três vezes o tamanho do ferimento e o ângulo deve ser de 30 graus. Caso esse ângulo seja maior pode ocorrer a formação de cone vertical (orelha de cachorro). Muitas vezes esse cone deve ser retirado por meio da elevação do seu vértice, com a base alinhada à ferida. E assim a primeira incisão deve ser paralela à ferida e a segunda deve ser projetada da primeira incisão. Cianoacrilato: Também denominado Dermabond, substitui a sutura em alguns casos. É um adesivo tópico de pele, que faz a aproximação da mesma. É importante lembrar que não deve ser feito em áreas de tensão. Pode ser utilizado para fechar as incisões de laparoscopia e até mesmo para hérnia inguinal. Procedimento: Limpar e secar a pele, aproximar a borda, preparar o dispositivo, passar uma fina camada, esperar 30 segundos e passar uma segunda camada. Relembrando: Ferida Limpa: cirúrgia asséptica. Limpas contaminadas: antissépticas sem pus. Ex: apendicectomia sem pus Contaminadas: paciente que chega no PS com 3 horas de evolução Infectada: mais de 6 horas de evolução da ocorrência, mesmo que não tenha pus. Antibioticoterapia: É necessário realizar a antiobioticoterapia nos seguintes casos: Feridas sujas ou poluídas: por exemplo aquelas com muita lama Feridas por mordeduras :independente do animal Profundas e complexas Tecidos com vascularização comprometida Junção muco-cutânea Feridas da mão: uma área muito nobre. Estão muito associadas à mordedura. Pacientes com imunidade comprometida: pacientes com diabetes melitus, por exemplo. Usar cefalexina como primeira escolha, em alguns pacientes pode ser feita penincelina benzatina. Ferida limpa e com menos de 6 horas de evolução não precisa fazer antibioticoterapia, exceto nos casos citados acima. Profilaxia para tétano Caso o paciente apresente um ferimento limpo e não sabe sobre sua historia de vacinação, o mesmo deve ser vacinado. Se a ultima dose completa foi de 0-10 anos atrás não precisa ser feita vacina. Já se foi feita há mais de 10 anos o paciente deve receber o reforço. Nos casos de ferida suja (areia, pixe) se o paciente relatar que a última dose da vacina anti-tetânica foi realizada há menos de 5 anos,não precisa ser feito o reforço. Contudo se a mesma foi entre 5 e 10 anos o paciente deve receber o reforço. Há mais de 10 anos deve ser feito também. Se o paciente não sabe sobre sua história de vacinação deve ser feito a vacina bem como a imunoglobulina. Nos pacientes com agama/hipogamaglobulinemia ou com receita de drogas imunossupressoras também deve ser feito Imunoglobulina (1 ampola IM). Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 11 VACINA IMUNOGLOBULINA FERIDA SUPERFICIAL LIMPA HISTÓRIA DE VACINAÇÃO INCERTA OU MENOS DE 3 DOSES SIM NÃO COMPLETA COM ÚLTIMA DOSE HÁ MENOS DE 5 ANOS NÃO NÃO COMPLETA COM ÚLTIMA DOSE ENTRE 5-10 ANOS NÃO NÃO COMPLETA COM ÚLTIMA DOSE HÁ MAIS DE 10 ANOS SIM NÃO FERIMENTO SUPERFICIAL SUJO ( LAMA, CAPIM, PIXE) HISTORIA INCERTA SIM SIM COMPLETA COM ULTIMA HÁ MENOS DE 5 ANOS NÃO NÃO COMPLETA COM ÚLTIMA ENTRE 5-10 ANOS SIM NÃO COMPLETA COM ULTIMA DOSE HÁ MAIS DE 10 ANOS SIM NÃO INFECÇÕES DE PARTES MOLES Proteção das infecções: A proteção contra as infecções superficiais ocorre por diversos mecanismos e barreiras. Dentre eles a epiderme escamosa estratificada e seca (na maioria das regiões). Há também o estrato coneo impermeável, assim como a descamação continua e lenta que funcionam como mecanismos de proteção. As glândulas sudorípas ,por sua vez, secretam uma solução salina hipotonia, com pH acido e que forma um ambiente desfavorável para desenvolvimento de infecções. Há dois tipos de glândulas sudoríparas, as ecrinas e apócrinas. As apócrinas secretam pedaço da glândula junto (pequena concentração de aminoácidos , ureia e ácido láctico) e estão mais presentes nas articulações. O resto do corpo conta com as glândulas écrinas, que secretam apenas solução salina. As glândulas sebáceas secretam ésteres de cera, ésteres de colesterol, triglicerídeos e lipídeos e assim inibem uma serie de bactérias que povoam a nossa superfície. Os folículos pilosos também ajudam a proteger contra essas bactérias. Epiderme escamosa estratificada e seca Estrato Córneo Impermeável Descamação contínua e lenta Glândulas sudoríparas (écrinas e apócrinas) e glândulas sebáceas Folículo Piloso A superfície seca, superfície acidificada, com poucos nutrientes, flora normal, temperatura abaixo do centro do corpo são os principais fatores que protegem contra as bactérias. Flora: Tem grande variabilidade, depende muito da higiene local. Também está relacionada com a exposição ambiental (exemplo: médicos apresentam muito contato com bactérias), alterações endócrinas e da região anatômica (as Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 12 regiões de dobras acumulam mais bactérias- axilas, períneo). Muito importante usar álcool gel antes do contato e depois do contato com o paciente. Requisitos para infecção: Alta concentração de microorganismos, áreas de oclusão (maior umidade e temperatura), aumento de nutrientes e imunidade diminuída. As infecções geralmente são oportunistas. Flora residente: População estável em tamanho e composição (difteróides e estafilococos) que são resistentes à remoção. Quando feita antissepsia da mão essas bactérias não são removidas. Flora Transitória: Bactérias transitórias do ambiente que ficam livres sobre a pele e se destacam facilmente. Se for feita a lavagem das mãos elas são eliminadas. Estafilo Aureus é o agente mais comum, alguns estrepctocoos que não pertencem a flora normal também podem estar presentes, bem como fungos e leveduras ( como cândida) Tipos de Infecção de Partes Moles: Abscesso: tm localização variável e sempre deve ser drenado -Se estiver flutuante e mole-> há pus, pode ser drenado no momento -Se estiver endurado: aquecer e apenas drenar quando apresentar característica flutuante (nesses casos uma anestesia local pode ser feita). -Se profundo pode ser drenado por punção ou mesmo por incisão cirúrgica. -Hidroadenite Supurativa: acometimento de glândulas apócrinas. Ocorre principalmente na axila e virilha. Geralmente se faz tratamento clinico, se formar abscesso drenar. Se crônico: pode fazer área de necrose e assim pode ser necessário amplas ressecções. (lembrar: hidroadrenite supurativa é uma patologia que pode formar abcesso). Panarício e paroníquea: -panarício: infecção da polpa digital da mão - paroníquia: é uma infecção envolta do leito ungueal. Pode haver extravasamento de pus e geralmente não consegue resolver apenas com antibioticoterapia e por isso precisa ser feita drenagem. Impetigo, erisipela e celulite: essas patologias afetam o tecido celular subcutâneo e apresentam tratamento clínico. - A erisipela é uma infecção da derme, que afeta predominantemente a perna (pode acometer a face também). O tratamento deve ser feito por meio de antibioticoterapia. Algumas vezes pode complicar e tornar-se uma erisipela bolhosa. O requisito necessário para ocorrência é uma porta de entrada. O agente etiológico é o estreptococus. -Impetigo: lesão crostosa que afeta mais crianças e está relacionado à baixa condição de higiene -herpes: lesão viral: tratamento clínico. -herpes zoster: tratamento clínico, antiviral tópico, sistêmico e um bom analgésico, pois ocasiona muita dor. Foliculite, furúnculo e furunculose -foliculite: infecção dos folículospilosos, se muito grande pode ser drenado ou se pequeno deve ser instituída a antibioticoterapia. -doença de Fournier: pode começar na bolsa escrotal, tem como agente etiológico o estafilococos. Apresenta rápida disseminação, deve ser retirado toda a pele para retirar a necrose, se não infiltra e pde haver afecção brutal da parede abdominal, levando até mesmo à morte. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 13 -granuloma piogênico: reação tecidual, sangra muito facilmente e deve ser feito remoção cirúrgica. Não é necessário instituir antibioticoterapia. -unha encravada: pode ter granuloma abaixo da unha. É preciso fazer anestesia troncular no nervo, lembrar de anestesiar nervo dorsal e nervo plantar. Pode ser feito a cantoplastia (ressecar pedaço da unha) e retirado o granuloma. -furúnculo: Agente etiológico é o Estafilo Aureus. A característica que permite diferenciar de abscesso é a presença de necrose central. O tratamento é feito por meio de antibioticoterapia e apenas deve ser drenado se formar abscesso. A higiene da pele deve ser melhorada, pode ocorrer devido à baixa imunidade. -furunculose: vários furúnculos. -cisto pilonidal abscedado: cisto sacroccocígeo, forma um abscesso que deve ser drenado. Diferenciar de furúnculo. O cisto acontece na região mediana Antraz : carúnculo Fasciite necrotizante: bactérias se disseminam pelo nervo de maneira muito rárpida, podendo levar à morte do paciente em poucas horas. BASES DO TRATAMENTO: Se houver coleção purulenta a mesma deve ser drenada no ponto de maior flutuação. Se for utilizado o dreno, este deve sair pela incisão. Se o abscesso for simples e a drenagem for superficial não é necessário realizar a antibioticoterapia. A necessidade de antibioticoterapia depende da região acometida e da extensão do processo. Em imunodeprimidos e diabéticos deve ser realizada. AULA 13 DE TÉCNICA OPERATÓRIA- 21/10/2014 TRAQUEOSTOMIA E ACESSOS VASCULARES TRAQUEIA: É um tubo fibrocartilaginoso, que tem comprimento de mais ou menos 15 cm e apresenta 16-20 anéis cartilaginosos em formas de C. É uma estrutura que está um pouco mais profunda e apresenta a tiroide em sua frente. Essa glândula é muito vascularizada. Em algumas situações é necessário até mesmo seccionar o istimo da tireoide, separando-a em duas partes. É um procedimento relativamente simples, contudo devemos tomar cuidado para que não haja alguma complicação, pois estas podem ser graves. Se houver sangramento geralmente é difícil de reverter, sendo necessário fazer, em alguns casos, a tireoidectomia. Anatomia: Observar a presença de algumas estruturas próximas à traqueia como: a artéria carótida, veia jugular, artéria tireodeia superior, ramo da carótida externa, músculo externo hioide. As artérias tireoideana superior, inferior e média (Neubauer) são responsáveis pela nutrição da traqueia. A drenagem venosa, por sua vez, é feita pela veia tireoidea superior e inferior. E a inervação ocorre pelos ramos do nervo laríngeo recorrente. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 14 Em um corte lateral onde foi feito secção longitudinal em T, é possível ver a secção do músculo esternocleidomastoideo. Observar a veia jugular, artéria carótida, artéria carótida externa (ramo dela –tireoideana superior) e a presença de gânglios linfáticos. O nervo laríngeo recorrente corre lateralmente e paralelamente a traqueia. Se esse nervo for lesado pode ocasionar rouquidão. Só é possível saber se houve ou não lesão dessa estrutura depois que o paciente volta a falar. Indicações Obstrução da via aérea: trauma da cabeça e pescoço, infecções agudas (epiglotite) e neoplasias. Todas essas situações obstruem a entra de ar. A infecção geralmente faz edema e não se consegue intubar, enquanto que as neoplasias fazem compressão da traqueia. Controle de secreção: é muito importante nos pacientes neurológicos ou naqueles que apresentam doenças pulmonares agudas e crônicas. Quando o paciente está em ventilação mecânica a quantidade dessa secreção mucosa está aumentada (a cânula da intubação orotraqueal funciona como se fosse um corpo estranho, aumentando a produção de muco), assim após 10-15 dias que o paciente está intubado é necessário ser feito uma traqueostomia. Até no máximo 15 dias pode-se aguardar para fazer a traqueostomia, contudo há uma tendência para que se faça o mais cedo possível. EX: se o paciente apresenta uma pneumonia, está em ventilação mecânica, contudo tem grande chance de extubar em 10 -15 dias, espera-se esse tempo. Já em outro pacientes com lesão neurológica, em que sabe-se que o paciente irá fica internado por uns 30 dias, há indicação para traqueostomia precoce com intuito de drenar a secreção e também diminuir risco de infecção. A cânula da traqueo é menor do que a da intubação, sendo esse um fator positivo. Pacientes com DPOC terminal (não tem parênquima pulmonar para fazer as trocas pulmonares), TCE, AVC e pacientes neurológicos tem indicação de traqueostomia precoce. Suporte ventilatório prolongado: pós-operatório de grandes cirurgias. Técnica: Abrir a tireoide, expor bem a região e inserir a cânula que apresenta um balonete. Lembrar que o diâmetro da cânula deve ser menor do que a traqueia, isso é importante para que consiga se fixar bem a cânula. O balonete insuflado se adere à parede interna da traqueia, permitindo que não haja vazamento de gás. Preferencialmente deve ser um procedimento eletivo. Na maioria das vezes esses pacientes já estão intubados. Raros casos requerem uma traqueostomia direta (é aquela traqueo que você faz no paciente que não está previamente intubado). Por exemplo: em casos em que o anestesista tenta intubar o paciente antes da cirurgia, mas não consegue devido à alguma condição (ex: obesidade) e então é necessário fazer uma traqueostomia direta. Nas situações de obstrução aguda também pode ser feita uma traqueo de emergência, contudo esses casos são exceção. Para a realização do procedimento o paciente deve ser monitorado por meio de ECG, oximetria e controle da PA arterial (não precisa ser invasiva). Além disso é importante que o paciente esteja no centro cirúrgico ou na UTI e que seja introduzida a antibioticoterapia profilática. Essa monitorização é de extrema importância, pois se a ventilação do paciente não está adequada (ex: pacientes graves) pode haver alterações do eletro, como: isquemia, arritmia e consequentemente uma queda na pressão. Existe um momento da cirurgia em que é necessário retirar a cânula orotraqueal e colocar a cânula de traqueostomia. Nesse tempo pode ser que o paciente instabilize. Como esses pacientes são graves e precisam até mesmo de PEEP no ventilador, pode ser que esses 15 segundos levem à hipóxia, arritmia, queda da pressão arterial e parada cardíaca. Por esses motivos é muito importante que o paciente seja monitorizado. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 15 Procedimento eletivo Intubação oro ou nasotraqueal prévia Controle ECG, oximetria e Pressão arterial Condições adequadas de assepsia O paciente deve ficar em hiperextensão e para isso deve ser colocado um coxim em seu ombro. Os pontos de referência são o terço inferior entre a cartilagem cricoide e a fúrcula external, sendo que a incisão pode ser transversal ou mesmo horizontal respeitando as linhas de tensão. A incisão horizontal por respeitar essas linhas é mais estética, contudo a transversal permite melhor visualização anatômica da região. Os pacientes devem estar sedados em anestesia geral e também deve ser utilizado xilocaína sem vaso (vasoconstritor pode instabilizaro paciente). A anestesia local é necessária pois em alguns casos o paciente pode estar no plano anestésico incorreto. Dificilmente se utiliza tesoura, a incisão da pele deve ser feita com o bisturi, que chega até a inserção do músculo esternohioide. Nessa região há como se fosse uma linha Alba, sendo que uma Kelly é utilizada para entrar com nessa região. O auxiliar deve ir pela frente do cirurgião para afastar os dois lados. O procedimento é realizado nessa ordem: incisão pele->identificação linha de incisão do esteronioide-> dissecção romba-> colocação farabeuth-> identificação da tireoide ->rebatimento da mesma. Se eventualmente esta glândula estiver muito saliente deve ser feita a secção da mesma pelo istimo, sempre com cuidado para não sangrar. Há uma fáscia na frente da tireoide e logo abaixo há a traqueia. Muitas vezes a traqueia pode ser tracionada junto e cirurgia chega até a coluna cervical. Para evitar essa situação a mesma deve ser sempre palpada. A abertura da traqueia é feita no terceiro anel cartilaginoso, sendo a incisão em H deitado ou U invertido. O mais comum é a incisão do U invertido. Com a mão esquerda pegar a parte solta desse U invertido e então introduzir a cânula com sentido para baixo. Um fator importante é a insuflação do balonete de uma forma que não fique muito solto e também que não machuque a traqueia. Essa insulflação deve ser de 20-25 mmHg. Posicionamento do paciente Identificação de pontos de referencia Anestésico Local x geral: Incisão longitudinal X vertical Divulsão romba da musculatura Divulsão da fascia pré traqueal Afastamento ou secção do istmo da tireoide Abertura do terceiro anel cartilaginoso: no animal não consegue-se palpar o terceiro anel. Colocação e insuflação da cânula. Complicações: Imediatas: Lembrar do risco de complicação naqueles 15-20 segundos em que a cânula da intubação é retirada para ser substituída pela cânula da traqueo. Para previnir essa condição a cânul da intubação orotraqueal apenas deve ser retirada a partir do momento que se tem certeza que a traqueostomia foi efetiva. A hipóxia é reversível, contudo pode ter como consequência hipotensão e então parada cardíaca. A hemorragia, por sua vez, pode ocorrer devido à lesão de vasos importantes ou mesmo da tireoide. Algumas estruturas vizinhas, como a tireoide, laríngeo recorrente, artéria inominada e esôfago podem ser lesados nessas situações. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 16 A cânula pode ser erroneamente introduzida em um processo paralelo à traqueia, criando assim um falso trajeto. Naqueles pacientes que apresentam pulmão muito expandido pode haver lesão de pleura, causando pneumotórax e enfisema subcutâneo. Hemorragia Hipóxia Infecção Lesão de estruturas vizinhas Falso trajeto: Pneumotórax e enfisema subcutâneo. Tardia A infecção tardia é algo muito comum, ainda mais por ter expressiva quantidade de secreção entrando em contato com pele, traquéia, secreção pulmonar. Em algumas situações quando se abre o esterno essa secreção pode extravasar para o mediastino causando mediastinite, podendo levar até mesmo à sepsis. Uma complicação tardia que também pode acontecer é a hemorragia por ulceração de estruturas adjacentes. Essa hemorragia pode ser local, de traqueia e também de artéria inominada. Além da infecção, a complicação mais comum é a obstrução aguda por acúmulo de secreção ou rolha. Nesses casos o ventilador não consegue mandar ar suficiente para que o paciente respire. Quando o balonete é hiperinsuflado pode ocorrer necrose da parede da traqueia ou até mesmo formação de uma fístula traqueo-esofágica (nessas situações ocorre passagem de acido gástrico para o pulmão). Quando há fístula ela pode ser identificada por meio da alteração da característica da secreção, podendo ser feito também um raio X contrastado para o diagnostico. Ainda como complicação tardia temos a estenose da traqueia, que ocorre em decorrência da retração fibrosa, fazendo um granuloma e fechando a luz e consequentemente dificultando a passagem de ar. Além de ser a complicação tardia mais temida, apresenta difícil resolução. Essa estenose pode apresentar com sinal clinico a presença de um estridor e pode ser observada pela RM ou raio X contrastado. Como forma de tratamento deve ser tentado dilatações, contudo o melhor tratamento seria seccionar o local comprometido e fazer anastomose termino –terminal. O problema é conseguir aproximar os dois cotos, pois não há muito espaço para aproximação efetiva e pode haver forte indício de infecção. Em alguns casos o paciente deve ficar com o queixo grudado no peito por alguns meses, para evitar a extensão da traqueia. Até existe prótese de traqueia, contudo não funcionam bem devido ao alto risco de infecção. Quando não é possível fazer anastomose, o paciente deve ficar com a traqueostomia. Não existe um tratamento ideal. Há pesquisas em andamento com submucosa de intestino e enxertos colocados na traqueia. Há algumas situações em que essa cicatriz não fecha. Em outros casos pode haver a formação de quelóide na região cicatricial. Infecção Hemorragia Obstrução aguda Lesão traqueal Estenose da traqueia Troqueomalácia Estoma persistente Fístula traqueoesofágica. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 17 Cicatriz queloide. Vídeo de traqueostomia: É importante que na montagem da mesa esteja presente afastadores( Farabeuth), pinça anatômica e dente de rato. Assepsia, monitorização do paciente, colocação dos campos e foco luminoso adequado também são muito importantes para a realização desse procedimento. É essencial que seja testado o balonete e que seja feita a anestesia local. O cautério é utilizado fundamentalmente no subcutâneo, devendo ser identificado o músculo esternohioide e colocado o afastador em paralelo aos dois músculos e de forma romba. A traqueia é tracionada com uma pinça e assim aberta. Muitas vezes ocorre vasamento de secreção no procedimento, então é importante que seja feita a aspiração da mesma. Pelo fato de traqueia ser um pouco rígida é necessário força para abri-la. Por fim , é importante fazer pontos na pele com o objetivo de fixação da cânula. Traqueostomia por punção ou percutânea Deve ser feito com broncofibroscopio introduzido dentro da cânula orotraqueal. Os pontos devem ser marcados e a incisão a ser feita é igual à de uma traqueostomia clássica (no segundo ou terceiro anel cartilaginoso). A estrutura precisa ser divulsionada, procurando afastar a tireoide por cima. Depois de feita punção passar o fio guia rígido e dilatadores progressivamente maiores. Sempre com cuidado para não lesar parede posterior (esofágica), por isso a necessidade de broncofibroscópio. Por último deve ser passado com a cânula por fora do guia. Esse método não tem muitas vantagens em relação ao método tradicional. Em alguns casos a incisão pode ser um pouco menor. Mas apresenta as mesmas chances de complicações e o custo é bem maior. CRICOTIREOIDECTOMIA: Modelo alternativo a traqueostomia convencional que tem identificação controversa. Deve ser identificada a cartilagem cricóide e o acesso deve ser feito logo abaixo dela em uma região mais frágil. PUNÇÕES ARTERIAIS E VENOSAS: Podem ser classificadas quanto ao plano (superficial ou profunda), em finalidade e complexidade. Plano: Pode ser superficial quando utilizada uma veia periférica e tem como objetivo a coleta de sangue, por exemplo. A outra opção é a profunda, feita nos casos de aortografia, punções de artéria aorta, acesso venoso central (subclávia ou jugular). As punções podemobjetivar a coleta de sangue, a infusão de soluções ( terapêutica) e mesmo o diagnóstico de doenças. Em relação a punção pode ser complexa em casos de sondagem e colocação de cateteres centrais (ex: cateter de swan gans). 1) Plano -superficial: veia periférica -profunda: artéria, aorta, veia profunda. 2) Finalidade: - coletora: coleta de sangue -diagnostica; coleta de amostras para exames laboratoriais. -terapêutica: infusão de soluções 3) Complexidade: -isolada: punção de veia periférica -complexa: sondagem A punção arterial superficial geralmente é feita na cabeça, membros superiores e inferiores. Em raros casos é feita punção venosa de membro inferior pois pode ocasionar flebite. Em crianças é muito utilizado na cabeça, devendo Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 18 ser feito a tricotomia e então a punção do vaso. Tem como função a coleta de sangue e também a infusão de medicamentos. As punções profundas visam acessas a subclávia, jugular interna e femoral profunda. Para punção da subclávia e jugular interna não se consegue palpar o pulso, contudo as mesmas devem ser realizadas de acordo com o conhecimento anatômico. O pulso da artéria femoral pode ser palpado e a punção deve ser feita de um à dois centímetros para medial de onde se sente o pulso. O risco da punção da subclávia é a realização de pneumotórax. Palpar o espaço logo abaixo da clavícula (ou ainda no triângulo entre o ECM, clavícula e primeira costela), perto do inicio do esterno e entrar nessa região com cuidado para não haver perfuração da pleura. Se o paciente estiver muito depletado pode haver acometimento da artéria subclávia, sendo uma complicação bem grave. Medialmente à carótida há a passagem veia jugular interna. Importante observar o triângulo formado pelo esternocleidomastoideo, a traqueia e carótida, tentando afastar a carótida e puncionar em direção ao mamilo. Cuidar: traqueia, tireoide e carótida. **lembrar: risco da punção da subclávia é o pneumotórax. Punções venosas superficiais As punções venosas superficiais são muito utilizadas para infusão de medicamentos não irritantes, coleta de sangue e infusão de líquidos. Pode ter como complicação infecção local ou mesmo sistêmica. Há alta taxas de infecções. Pode também haver ocorrência de hematomas(quando a punção é feita na artéria e não é feita compressão depois). A ocorrência de tromboflebiteaguda também é uma das complicações. infecção local/ sistêmica em decorrência do acesso venosos hematomas: punção na artéria sem compressão adequada. tromboflebites agudas. Punções venosas profundas: As punções venosas profundas são indicadas naqueles pacientes que apresentam veias periféricas muito finas e também naqueles pacientes em que deve ser feita inúmeras coletas repetidas (de 6/ 6 horas) .Soluções com substancias irritantes também não devem ser colocadas na periferia pelo risco de flebite (com o acesso venoso central cai direto no artrio direito). Determinação de PVC, pressão arterial pulmonar ou capilar ( cateter de swan gans), exames diagnósticos como cateterismo cardíaco, implante de marcapasso, alimetação parenteral são algumas das indicações da realização de punção venosa profunda. -ausência de veias periféricas -coletas sucessivas de amostra sanguínea -soluções irritantes ou concentradas -determinação da PVC, PAP, PCP -terapêutica parenteral prolongada -exame diagnóstico (cateterismo cardíaco) -implante de marca passo. As complicações podem ser a presença de infecção, hemotórax, hidrotórax, pneuromotórax, trombloflebite, fístula arteriovenosa, embolia gasosa, embolia do cateter, lesão nervosa e até mesmo tamponamento cardíaco por perfuramento do mediastino. As contraindicções são a presença de doença pulmonar crônica severa, deformidade torácica importante e paciente com distúrbios de coagulação (em pacientes que estão na UTI e fazem o uso de clexani). Punções Arteriais: Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 19 Artéria radial: artéria mais comumente puncionada, utilizada para controle da pressão, realização de cateterismo e arteriografia Artéria Ulnar Artéria Femoral Artéria Braquial: utilizada para monitorização e exames diagnósticos Artéria Pediosa: monitorização durante uma cirurgia. Indicações: Utilizada para coleta de amostra sanguínea ( gasometria arterial), monitorizarão de PA durante procedimento, cateterismo cardíaco, colocação de balão intraortico (dispositivo introduzido na artéria femoral para dor suporte de ganho da função cardíaca), para diagnóstico de algumas patologias (como DPOC) e monitorização do paciente na UTI. As complicações podem ser hematoma, infecção e obstrução arterial aguda. Aula 14 de Técnica Operatória- Toracotomia 28.10.14 **o que está em letra menor e em itálico são anotações de uma aula da 67. Definição O termo toracotomia é muito amplo, devido à extensão do tórax e presença de muitas estruturas dentro. Histórico: Hipócrates: Drenagem de empiema pleural Sauerbruch (1904): Câmara de pressão negativa Elsberg (1911): Anestesia intratraqueal Tuffier (1892), Meyer (1910): Incisão intercostal Milton (1897): Toracotomia mediana – esternotomia Julian (1957): Toracotomia mediana para cx cardíaca. A partir de 1950-1960 as cirurgias cardíacas passaram a ser mais realizadas e como consequência a toracotomia tornou-se algo mais comum. Inicialmente era feita toracotomia lateral direita pois acreditava que era menos invasiva. Além disso, nos primeiros casos (por volta de 1904) a cirurgia era realizada numa cabine com pressão de menos 10 mmHg de mercúrio. Essa cabine era utilizada devido à presença de pressão negativa entre a pleura parietal e vísceral. A partir do momento em que se abre o tórax essa pressão negativa é perdida e então pode ocorrer atelectasia pulmonar e pneumotórax se o paciente não estiver intubado. Essa câmara tinha uma vedação, deixava-se a cabeça do animal para fora, e a pressão era mantida pelo dreno. Cuidados gerais: 1) Escolha da incisão adequada: de acordo com o órgão um tipo de incisão deve ser feita. 2) Posicionamento do paciente: acesso que facilite a chegada ao órgão a ser tratado 3) Proteção das estruturas vásculo-nervosas: realizar a incisão no bordo superior da costela inferior. Na borda inferior ocorre a passagem de vasos e nervos, por isso essa região deve ser evitada, podendo haver até mesmo um sangramento de difícil resolução. O nervo intercostal dói assim o procedimento de toracotomia apresenta dor até maior do o de esternotomia (como o esterno não é muito inervado, geralmente não há dor). 4) Placa de cautério: é fundamenta a utilização desse instrumento durante o procedimento. Cuidar com a placa de cautério, para que não escorra liquido nela, podendo ocasionar queimaduras. A partir do momento em que rompe a pleura parietal e visceral cria-se um peneumotórax que comprime o pulmão, assim esse órgão não consegue expandir, gerando atelectasia. Deve ser feita a drenagem em selo dágua, pois ocorre reestabelecimento da pressão devido ao equilíbrio entre a saída de ar. Quando for retirar o dreno deve ser pedido para que o paciente expanda bem o pulmão, além disso o orifício do dreno deve ser fechado com pontos ou mesmo com curativo compressivo por 24 horas. Tudo isso para que não ocorra um pneumotórax residual no Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 20 momento de retirada deste. Nos drenos de mediastino (em que a pleura não está aberta) essa atenção na retirada não é necessária pelo fato de não ter havido lesão na pleura. Cuidar sempre para ter a melhorincisão, a depender de qual local do tórax que a ser atingida. Para abordar a traqueia, por exemplo, realizar uma esternotomia. Para abordar o lobo inferior do pulmão deve ser feita uma incisão inferior, já para abordar a valva mitral deve ser abordada pelo lado direito ou mesmo pela esternotomia. Em casos de persistência do canal arterial realizar incisão à esquerda. Para realizar a toracotomia postero lateral o paciente irá ficar de lado, para isso são colocados vários suportes. Se ficar em posição desconfortável pode haver lesão de pele e nervosa. Habitualmente o pulmão deve ser isolado na localização da toracotomia, para que ele não fique ventilando enquanto a cirurgia é realizada. Ex: para a realização de uma toracotomia direita é necessário que haja intubação seletiva à esquerda. Essa cânula é denominada de Cardens, apresenta duas vias, inicialmente ventila os dois pulmões. No momento de iniciar a cirurgia essa cânula à direita deve ser fechada e assim o paciente não irá ventilar de um lado, havendo colabamento do pulmão e assim mais espaço para realização da cirurgia. Nem todo paciente suporta ventilar apenas com um pulmão. Aqueles pacientes com PEEP não suportam a cirurgia, assim a realização de torocatomia pode ser contraindicada nesses casos. 5) Poda x tricotomia: Interfere na cicatrização e em casos de infecção. 6) Preparo da pele na região e outras regiões distantes: melhor solução atualmente é a clorexidina 7) Campo plástico x campo secundário: o campo plástico é colocado sobre a incisão e impede que a pele entre em contato com o tecido celular subcutâneo; diminuindo os riscos de infecção. Para a aplicação do mesmo a pele deve estar bem seca. A contaminção da pele com estruturas internas a partir da pele é a principal porta de infecção. Cuidar também com possíveis contaminações com pinças, por exemplo. Quando não for possível a utilização desse campos secundários ou diretos ( aqueles que colocamos na pratica) são indicados. 8) Monitorização cardiopulmonar e sonda de Foley (vesical): - capnógrafo, ECG, oximetria, eventualmente pressão invasiva - sondagem: é a melhor forma de fazer o controle hemodinâmico. Bolsa cheia significa que o paciente está bem hemodinamicamente, enquanto que a bolsa vazia, urina concentrada não demonstram um bom controle hemodinâmico. A sonda de Foley é importante no ato cirúrgico e também no pós operatório. 9) Tubo endotraqueal (simples X duplo lúmen) - intubação simples ou dupla, como canula de Cardes (faz intubação seletiva de qual pulmão será ventilado. Possibilita o trabalho cirúrgico no pulmão. Usada na toracotomia lateral para bloqueio do pulmão qual se vai trabalhar). # Em algumas situações em que o pneumotórax é muito grande, há desvio do mediastino contra-lateral, desviando o fluxo sanguíneo, e gerando insuficiência cardíaca por baixo débito. Causando tração das veias pulmonares e não havendo retorno do fluxo para o coração # O derrame pericárdico compromete o espaço por fora do coração, retendo a contratilidade ventricular e gerando insuf. cardíaca direita, com engurgitamento de jugular. Tipos: De acordo com a localização da incisão: 1. Toracotomia póstero-lateral 2. Toracotomia antero – lateral 3. Toracotomia mediana- esternotomia 4. Toracotomia bilateral- transesternal: divide o paciente no meio 5. Toracofrenolaparotomia: incisão que vai desde a região cervical até a sínfise púbica. 6. Minitoracotomias: tendência cada vez maior de cirurgia menos invasiva. Lembrar que não necessariamente menores incisões são menos invasivas. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 21 Toracotomia póstero-lateral - Região posterior do tórax - Indicada para: ressecções pulmonares (pneumectomias, lobectomias, segmentectomias), tumores de mediastino, operações do esôfago, aneurisma de aorta (póstero-lateral esquerda), persistência do canal arterial – PCA e coarctação de aorta (apenas do lado esquerdo) Pcte em Decúbito lateral esquerdo, realizando uma incisão em região de T1/T2 até linha axilar anterior. Abrir os músculos envolvidos: grande dorsal, serrátil. - Deve-se entrar no meio do músculo intercostal, palpando o bordo superior para poupar artérias e nervos - Os ramos intercostais são muito dilatados na coarctação da aorta, na tentativa de criar uma circulação colateral, por isso deve-se tomar mais cuidado no acesso - Para a correção do PCA, incisão pequena com ligadura do canal arterial e não precisa de intubação seletiva. Toracotomia ântero-lateral - Indicações: estadiamento de Ca pulmonar por meio de biópsia pulmonar; bulectomias; implante de marcapasso à direita ou à esquerda; shunts sistêmicos pulmonares, correção de CiA ( comunicação interatrial) , PCA (persistência do canal arterial). -A CiA é feita pela direita e deve ser realizada circulação extracorpórea. A mitral também deve ser feita pela direita, embora essa válvula esteja à esquerda. -PCA: feito à esquerda -Shunt sistêmico pulmonar: tanto à direita quanto à esquerda. - CiA: abre o 4º EIC e chega até o átrio, da para fazer embaixo da mama e ter uma cicatriz mais estética Esternotomia (toracotomia mediana) - Habitualmente para as cirurgias cardíacas. É incisão mais segura, se tem mais acesso aos locais que devem ser operados. - Outras indicações: timectomia, tumores de mediastino anterior, e eventualmente pneumectomias - Quando se puder evitar a abertura da pleura em uma toracotomia (sempre que abre deve drenar) deve evitar, visto que pode ser incomodo o posicionamento do dreno. Frenolaparotomia (toracofrenolaparotomia) - Toracotomia póstero-lateral, que avança ao abdome e desce até a sínfese púbica Incisão desde T1 até sínfise púbica - Indicações: aneurisma toráco-abdominais; tumor de junção esôfago- gástricas - atualmente uma indicação bem restrita. Utilizado para trocar a aorta, sendo que em alguns casos é necessário circulação extracorpórea. Torocotomia bilateral transesternal - Transplante de pulmão bilateral - Cx cardíaca + aneurisma de aorta descendente: cirurgias combinadas. Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 22 Minitoracotomias - várias indicações, como correção de CIA, cx de emergência. Utilizada também para troca de valva aórtica. - Cirurgia com fins estéticos, mas não significa um pós operatório menor As vezes não vale o risco de uma cirurgia menos invasiva, visto o maior tempo e CEC - O pequeno campo pode dificultar a cirurgia Cirurgia minimamente invasiva A cirurgia minimamente invasiva é muito utilizada hoje em dia, porém mais na área pulmonar do que na cardíaca. O coração por ser um órgão vital deve ser operado de forma segura, portanto evitando a minimamente invasiva se selecionada por critérios estéticos. Uso atualmente: correção de CiA, troca de válvula aórtica, revascularização do miocárdio por vídeo. Vídeo sobre demonstração de uma esternotomia mediana: 1. Incisão da pele e hemostasia com o cautério. 2. Colocar campos diretos ou aquele de plástico- cuidado para não encostar muito na pele e região interna, pois na pele pode haver muito estafilo. 3. Disseca-se a gordura até chegar ao esterno, fazendo a abertura exatamente no seu meio (desvios podem gerar deiscências) a. para chegar ao meio exato, disseca-se da fúrcula até o apêndice xifóide, traçando uma linha reta entre os dois pontos. 4. Abre o esterno com a serra (serra circular para reoperações) a. parar a ventilação durante a abertura do esterno com a serra, para não ter risco de abertura da pleura. b. o sangramento do periósteo é regularizado com hemostasia. Abre-se o fixador externo com cuidado, para não romper a pleura (serompe, deve colocar dreno, e o dreno gera dor, diminuindo a FR e predispondo a complicações). As pleuras estão lateralmente à incisão e existe uma gordura pericárdica, o timo também pode ser encotrado. c. Realizar a abertura do pericárdio, podendo sair um líquido. Depois a exposição do coração já está feita Observar a aorta ascendente, artéria pulmonar( leva sangue do vd para o pulmão), átrio direito ( sangue da veia vaca superior e inferior). Para observar o ventrículo esquerdo deve ser luxado o coração. Observar também a artéria interventricular anterior ou descendente anterior (separa o ventrículo esquerdo do direito). O átrio esquerdo é a única estrutura que não vai ser visualizada por essa abertura. Apenas a auriculeta esquerda pode ser vista. 5. A cânulas devem ser colocadas na veia cava superior e inferior, aorta e conecta-se em um tubo, da máquina de circulação extra-corpórea. a. o sangue é drenado e desviado para a maquina, onde será oxigenado e passara por uma bomba que vai direcionar novamente a aorta. b. uma cânula é colocada na veia cava superior e inferior, e drenado também para a máquina. A circulação extracorpórea é uma maquina que substitui o pulmão e o coração. Para isso deve ser feito um desvio entre o sangue que entra e que sai do mesmo. O paciente deve ser heparinizado para o sangue não coagular. Uma bolsa é feita na aorta,e a mesma deve ser ligada à uma cânula. Essa cânula é conectada a um tubo cheio de soro dentro. E esse é o local onde é injetado o sangue. Deve ser feito mais duas bolsas para drenar o sangue que chegaria no coração. Essa cânula vem em direção à veia cava superior. Deve ser feita outra bolsa na veia cava inferior para drenar a parte inferior do organismo. O sangue vem para o tubo, é drenado para a maquina, oxigena o sangue e bombeia, chegando no átrio esquerdo. O sangue sai do átrio esquerdo e então irriga as coronárias. Deve ser feito um clamp entre a cânula e o ostio coronariano, quando desclampear essa região a circulação é refeita. Outra alternativa a circulação extracorpórea é o uso de substâncias cardioplégicas (sangue+potássio+ glutamato), muito utilizada para cirurgias de valva. Essa substância é injetada na aorta ascendente, perfundindo o óstio coronariano, as coronárias, o músculo e então o coração para de bater. A circulação extracorpórea é necessária naquelas cirurgias em que o coração é aberto, como nas cirurgias de válvulas e nas cardiopatias congênitas. Nas cirurgias de revascularização de miocárdio (mamaria, safena, radial) a utilização dessa circulação depende do tipo de lesão, localização da lesão, idade do paciente, função ventricular e calibre da artéria. O fato de fazer cirurgia sem circulação extracorpórea é melhor para o Técnica Operatória Luiza Dalfovo Esteves Santos 23 paciente, pois é mais rápido e apresenta menor chance de hemorragia. Para realização de cirurgia sem circulação extracorpórea a aorta deve ser clampeada parcialmente e assim pode haver liberação de placas de cálcio e fazer AVC. Portanto o paciente deve ser analisado individualmente. 6. Habitualmente não se fecha o pericárdio para diminuir o risco de tamponamento no pós operatório. 7. O esterno é fechado passando um fio de um lado, entre o esterno e a inserção da costela, e só cruza os fios depois de todas as inserções e então aproxima-los. Hipotermia A hipotermia é uma situação estratégica para diminuir o consumo de oxigênio do organismo e assim proteger o coração de isquemia. É usada em cirurgias onde é necessário e diminuir o consumo cerebral ou do miocárdio. Cada vez tem sido menos usada, porque atualmente sabe-se que a hipotermia gera muita vasoconstrição periférica e discrasia sanguínea, ocasionando complicações sanguíneas no pós-operatório, demorando mais para extubar, aumentando a necessidade de uso de drogas e necessitando as vezes de transfusão, o que aumenta os riscos de infecção. Atualmente se protege o coração com cânulas durante a cirurgia, em que continuamente se recebe sangue com potássio, mantendo a oxigenação e dispensando a hipotermia, melhorando a recuperação. Atualmente o paciente é operado à normotermia, assim para não haver lesão cardíaca deve ser infundida solução cardioplégica constantemente. Injetar essa substância pelo seio coronário (átrio direito- uma cânula é colocada nessa região) por meio de antifluxo. Sangue protege veias, sinusoides, capilares, artéria, coronária e óstio coronariano. No óstio a substância é aspirada. Porque a substância não é injetada diretamente na aorta? Não se consegue injetar substancia continuamente pela aorta ascendente pois no momento de fazer a troca de valva o sangue não passa pelo óstio coronariano, ocasionando isquemia. **lembrar: ostio coronariano: localizado na aorta, é por onde o sangue entra para irrigar as coronárias. Seio coronariano: localizado no VD, onde chega o sangue que já perfundiu as coronárias. Vídeo sobre realização de toracotomia por vídeo: Paciente em decúbito antero lateral. Sendo essa cirurgia pode vídeo, onde ocorre um dissecção de toda a artéria mamaria. É feita uma minitoracotomia à esquerda, no quarto ou quinto espaço intercostal. É aberto o pericárdio e feita exposição do coração. Nessa cirurgia não foi feita circulação extracorpórea. Para realizar a cirurgia sem extracorpórea o paciente foi heparinizado, sua coronária foi obstruída e foi feita anastomose da mesma. É importante lembrar que nem sempre incisões menores são menos agressivas. Vídeo sobre Cirurgia por Robô: Paciente apresenta obstrução entrada da descendente anterior, obsevado pelo cateterismo. Pelo robô é feita dissecção da mamaria por vídeo. As incisões realizadas são muito pequenas. Depois de dissecada a mamária abre-se o pericárdio com intuito de expor a descendente anterior. Deve ser entrado com trocateres ou estabilizadores da coronária (para conseguir fazer com que o coração bata menos). Coronária é obstruída durante anastomose. É colocado um shunt para que o fluxo se reestabeleca enquanto a sutura é realizada. É feita a anastomose da mamaria na coronária. Essas cirurgias minimamente invasivas (por vídeo ou robô) tem indicações especificas, não sendo utilizada para todos os pacientes. Sua realização demora mais ou menos 12 horas, paciente pode ficar mais tempo no respirador, na circulação extracorpórea, o risco de infecção é maior é há muita dificuldade para que a anastomose fique perfeita. Em um estudo em que 100 pacientes foram operados com minitoracotomia 5 tiveram problemas (anastomose não adequada, sutura restrita, isquemia na parede anterior). Essas cirurgias tem mais risco do que a cirurgia clássica.
Compartilhar