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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
POLO DE SÃO LUIS 
TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
DICIPLINAS: CUSTOS LOGISTICOS
GESTÃO DE MARKETING E INTERMODAIS
ALUNOS:
ANDRE LUIS RIBEIRO RA: 8528978952
PABLO DE JESUS MORAES RA: 8371812490
UHERBETH DA SILVA CRUZ RA: 8520920861
ROSANA MARIA SOUSA MENDES RA:9932577355
TUTOR(A) PRESENCIAL:FRANCIDALVA OLIVEIRA
PROINTER III
A LOGISTICA NA INDÚSTRIA DE LATICINIOS NO BRASIL
SÃO LUIS-MA
RESUMO
O leite é um produto perecível e considerado um dos itens de consumo básico, com isso, o giro e produção de produto no mercado é bastante significativo. Devido a isso este item move sua própria economia gerando empregos e movimentando bastante dinheiro. Como todo produto perecível, o custo do manuseio é alto e por isso é necessário estudar todo o processo a fim de reduzir o custo onde houver possibilidade além de tentar controlar as perdas durante o processo. 
Com base nisso e nas mudanças necessárias que ocorreram com o produto leite longa vida no mercado nacional, o caso se tornou objeto de estudo a fim de melhorar os resultados no final do processo, o qual foi estudado uma parte do processo de um case específico e foi possível identificar uma problemática com possibilidades de ser trabalhada de maneira que o custo dessa parte do processo em especial seja mais vantajoso melhorando os resultados.
INTRODUÇÃO
Desde o início da década de 90, o agronegócio do leite no Brasil tem passado por importantes transformações contando com um rigoroso controle governamental no mercado do leite fluido, lançamento de novos produtos e derivados, a abertura comercial generalizada e a conformação do Mercado Comum no Sul (MERCOSUL). Especialmente na indústria de laticínios observa-se um intenso processo de reestruturação em direção à concentração. Estima-se que atualmente cerca de 60% da produção total de leite no Brasil passa pela inspeção oficial, sendo que destes, aproximadamente 50% são comercializados na forma fluida (pasteurizado, ultrapasteurizado, e esterilizado). Os 40% restantes são comercializados no mercado informal, representado principalmente por queijos e leite fluido cru e segundo Savitci et al 54% do leite inspecionado no mercado nacional é comprado por apenas dez empresas, sendo que este mercado tem mostrado uma crescente participação de multinacionais. Ganha destaque neste cenário a holding Parmalat, que somente no período de 1989 a 1996 adquiriu 14 laticínios em diversos estados brasileiros, ocupando o segundo lugar no ranking dos maiores laticínios do Brasil, atrás de outra multinacional, a Nestlé. Vale considerar que na indústria de laticínios no Brasil há muitas empresas dividindo o mercado, entre elas, além das indústrias multinacionais que detêm uma grande parcela, contamos com as nacionais e cooperativas onde, cada uma destas, com suas características, possuem altos investimentos em tecnologia, marketing, produção, entre outras etapas da cadeia produtiva e da distribuição. Quanto às cooperativas, no sul do país a Batavo (cuja parte foi comprada pela Parmalat), do Paraná, e a Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL), que produz o leite longa vida Elegê, possuem destaque em vendas e na mídia. No sudeste, a Itambé (Minas Gerais) e a Paulista (SP) têm vendas expressivas nos estados em que estão localizadas e nos adjacentes, assim como a CCPL, devido à sua tradição, no Estado do Rio de Janeiro. 
O projeto de pesquisa estuda a mudança da embalagem, transporte e armazenagem bem como a importante redução de custos e flexibilidade logística neste processo, com a expansão do mercado do leite ultrapasteurizado (UHT) durante a década de 90 e os benefícios obtidos para o mercado de laticínios e consumidores até os dias de hoje.
1. A expansão do leite longa vida.
Após 45 anos (1945 a 1990) o Brasil experimentou, no início da década de 90, a desregulamentação de um rigoroso controle governamental no mercado de laticínios. Neste período pôde-se notar algumas mudanças importantes no mercado de laticínios no país como a expansão de produtos derivados do leite, estabilização do preço da economia brasileira em decorrência do plano real (a partir de julho de 1994), maior abertura da economia brasileira para o mercado internacional, em especial, a criação do MERCOSUL e talvez o mais significativo, o aumento produtivo nacional de longa vida no país, que em 1990 era de 184 milhões de litros e saltou para 2.450 milhões de litros em 1997, correspondendo a um incremento de 1231,5% ao longo deste período. Isso equivaleu a uma maior participação do longa vida no mercado formal de leite fluido no Brasil, que correspondia 4,4% em 1990 e em 1997 já representava 49,3%.
Podemos centralizar esse sucesso do leite ultrapasteurizado (UHT), tipo longa vida, em elementos relacionados aos menores custos logísticos, tais como distribuição e comercialização do produto final, em função das características do produto, bem como na praticidade para o consumidor. 
1.1 Características do leite longa vida
De acordo com Duarte & Oliveira (1990) e Barros al. (1992), para que o leite seja caracterizado como longa vida precisa atender a três aspectos básicos: 
a) Tratamento térmico: o leite precisa ser ultrapasteurizado, consistindo na elevação de sua temperatura a 130º-150º C, permanecendo por 2-4 segundos, sendo imediatamente resfriado até chegar à temperatura ambiente, permitindo armazenamento por mais de 3 meses; 
b) Embalagem específica Tetra Brik Aseptic: própria para produtos longa vida, consistindo de seis camadas que protegem o leite do ambiente externo, sendo quatro delas de polietileno, uma película de alumínio e uma de papel; 
c) Condições assépticas do envase: o material de embalagem deve ser esterilizado em máquina própria, receber a forma de um tubo, sendo então enchido e selado, resultando num processo higiênico em sistema fechado, garantindo as condições assépticas do produto.
2. A cadeia do leite longa vida: custos e logística.
Com as mudanças que ocorreram no cenário econômico da indústria de laticínios no Brasil e o crescimento contínuo da produção de leite, foi necessária um estudo minucioso em relação a cadeia do leite longa vida com a preocupação voltada principalmente a competitividade no mercado. O consumidor referencia sua escolha com o equilíbrio entre qualidade e preço e a adequação das empresas em relação ao gerenciamento, principalmente os custos na cadeia tem sido quase que obrigatória.
O fator logístico, como em qualquer outro mercado, é um item importante como colaborador para a competitividade das empresas e o ponto mais sensível no caso do leite longa vida, é transferir a matéria prima até o laticínio. As empresas se preocupam muito mais em racionalizar os custos nesta etapa uma vez que o leite in natura pode gerar uma perda maior. Segundo Alvarenga & Novaes (1994) as operações básicas envolvidas na logística de suprimentos são:
1. A preparação para o transporte da matéria prima e a coleta.
2. O transporte da matéria prima até a unidade fabril
3. A estocagem da matéria prima
O gerenciamento da cadeia de suprimentos preocupa-se em integrar essas etapas a fim de racionalizar os custos envolvidos.
2.1 A logística na coleta de leite
O transporte da matéria prima no percurso fazenda-beneficiador é feito de forma a granel por meio de latões transportados em caminhões com carroçaria de madeira. O correto resfriamento do produto bem como o bom treinamento ao ordenador são primordiais para garantir a entrega de um produto de qualidade à indústria. Porém essa forma arcaica de transporte gera muita perda de matéria prima e com isso ela vem sendo substituída na maioria das indústrias, principalmente os grandes produtores como cooperativas e multinacionais, por caminhões-tanque isotérmicos.
A EMBRAPA/CNPGL tem alcançado resultados positivos com o transporte a granel, pois reduziu suas perdas por desclassificação do leite a quantidades insignificantes. Eliminou-se também a dificuldadede verificar a limpeza dos latões antes de colocar o leite, visto que o caminhão-tanque isotérmico é lavado na própria indústria, com água morna e detergente, por processos mecânicos, na presença de outro responsável pela qualidade do leite, o motorista.
2.2 Custos logísticos para o transporte de leite
Em levantamento realizado pelo grupo de estudos chegaram ao custo de transporte do leite no percurso Poços de Caldas x Amparo a fim de se ter uma base do transporte, o que pode variar no transporte do leite, além da distancia é a capacidade do veículo. Neste mercado o modal adotado é o transporte terrestre.
Os custos abaixo descritos são da transportadora Rodo leite, uma das principais do segmento.
1º opção:
Carreta de 26000: 322km x 2,90= R$937,00;
R$ 99,00 pedágio;
R$ 141,27 ICMS;
R$ 1177,27 total da prestação.
2º opção:
Carreta de 29000: 322km x 3,07= R$ 989,00;
118,80 pedágio;
R$ 151,06 ICMS;
R$ 1258,86 total da prestação.
3º opção:
Bi trem 36000: 322km x 3,66= R$1180,00;
138,60 pedágio;
R$ 179,81 ICMS;
R$ 1498,41 total da prestação.
Pesquisa realizada no mês de maio de 2014
3. Estudo de Caso: CCPR – Itambé (cooperativa central dos produtores rurais)
Depois de entender as mudanças que aconteceram na indústria de laticínios no Brasil a partir da década de 90, a expansão do leite longa vida no mercado nacional, as características e necessidades logísticas do produto bem como o custo do transporte, faremos uma análise de caso considerando uma das cooperativas mais conceituadas e conhecidas no sudeste e centro oeste do Brasil: a Itambé.
3.1 A Estrutura da Itambé:
Com oito fábricas produtoras de leite e derivados, são elas:
- Sete Lagoas
- Pará de Minas
- Guanhães 
- Conselheiro Lafaiete
- Belo Horizonte
- Brasília
- Goiânia
- Piracanjuba
Com duas fábricas de rações, são elas:
- Contagem
- Abaeté
Em Goiás o governo local subsidiou a construção de uma fábrica, porém a Itambé atua apenas como compradora de leite e não possui produtores locais associados a ela.
A sua bacia leiteira está em Minas, onde capta uma quantidade de leite bem maior do que em Goiás. Ela tem, aproximadamente, 32 cooperativas associadas e 50 postos e todas as duas estruturas captam leite e enviam para as fábricas, porém as primeiras são mais independentes, uma vez que possuem sua estrutura própria, já os postos são uma continuação da central, são administrados pela mesma. 
A produção média de seus produtores é de 80 litros/dia e por linha é de 2.000 litros/dia. As cooperativas e postos estão todas em Minas Gerais e os produtos são distribuídos para todo país como manteiga para ser consumida em viagens aéreas e o leite em pó. 
3.2 – A Produção Itambé 
A produção é dividida em leite pasteurizado, leite longa vida, frigorificados (iogurte, requeijão e queijos), produtos secos (leite em pó, doce de leite), favorizados (Itambézinho) e bebidas lácteas. 
3.2 – Problemática:
A empresa é obrigada a coletar leite do pequeno produtor no Brasil, nestes casos, o transporte do leite ainda é realizado por meio dos latões conforme item 2.1 e por muitas vezes o caminhão vai até a fazenda para coletar um latão com 50 litros. A ordenha ainda é manual e sua capacidade é baixa o que não compensa para o produtor efetuar a compra de um resfriador, o qual tem capacidade mínima de 300 litros. Diante dessa realidade, há uma perda significativa na qualidade do produto obtido o que gera um custo alto em relação aos produtores de médio e grande porte associados à cooperativa. O desafio é encontrar uma solução logística para este caso a fim de reduzir o custo operacional tornando a empresa mais competitiva.
3.3 – Propostas para a problemática:
3.3.1 Criação de uma “Sub-cooperativa” 
A proposta reúne os pequenos produtores em uma estrutura financiada pela indústria a fim de consolidar a produção do leite. O custo dessa estrutura deve ser financiada pela indústria, porém ser paga pelos próprios produtores à longo prazo, que poderá ser descontado da própria produção, de modo que não seja desvantagem para o mesmo.
A estrutura oferecida contaria com ordenhas automáticas que aumentaria a captação do leite, resfriadores os quais aumentaria a capacidade de resfriamento além reduzir o custo de transporte nessa fase do processo.
A administração dos equipamentos e manuseio continua sob responsabilidade dos pequenos produtores, dessa forma, não haveria custo de mão de obra acrescida no resultado final.
Vamos considerar de forma comparativa a situação atual com a proposta:
Item
Sistema Atual dos pequenos produtores
Sistema proposto de subcooperativa
Ordenha
Manual
Automática
Captação de Leite
18000
24000
Capacidade de processamento
6300
11040
Transporte
Granel
Granel
embalagem
Tambor 50 litros
Tanque 26 mil litros
pontos de coleta
12
1
Agora vamos aos resultados visíveis diante do quadro comparativo:
Item
Sistema Atual dos pequenos produtores
Sistema proposto de sub-cooperativa
Resultado
Observação
Ordenha
Manual
Automática
 
Captação de Leite
1800024000
33%
Aumento de Captação
Capacidade de processamento
6300
11040
75%
Aumento de capacidade de processamento
Transporte
resultado
observação
emabalgem
tambor 50 litros
tanque 26 mil litros
 
pontos de coleta
12
1
 
custo
R$ 235,00 
R$ 1.177,27 
 
total (ponto x custo)
R$ 2.820,00 
R$ 1.177,27 
R$ 1.642,73 
Economia diária de transporte
Tempo de viagem
4h15m
2h30m
menos 1h45m
tempo de viagem menor
O aumento da produtividade e a redução de custo se tornam atrativos para a indústria, uma vez que a mesma esteja disposta a financiar ao pequeno produtor a estrutura necessária para melhorar o desempenho individual de cada um deles. A cotação do leite é estruturada em uma média entre captação x capacidade de processamento e o aumento do mesmo torna o lucro do pequeno produtor maior, item que pode ser usado como atrativo para convencê-lo a “se mudar” para a nova estrutura de produção. 
Conclusão:
O caso eleito para estudo possui uma problemática comum dentre as empresas deste mercado e a proposta pode-se estender a qualquer indústria deste segmento.
Quando se trata de aumento de produção unindo-se com uma redução de custo importante, obviamente que a proposta torna-se interessante para a indústria.
Vale também destacar que, diante do potencial de mercado de laticínios que o leite longa vida possui, a cadeia merece uma atenção especial dos estudiosos da área de logística, já que esta é uma dentre várias melhorias possíveis, direcionando a novas pesquisas afim de melhorar o custo e otimizar o processo produtivo deste produto, para que o objetivo de levar um produto de qualidade e cada vez mais barato para as casas dos consumidores sejam alcançados.
Referências bibliográficas.
ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. Logística aplicada; suprimento e distribuição física. Ed. Pioneira, 1994.
BARROS, V. R. M., et al - Leite longa vida; aspectos técnicos e econômicos. São Paulo, Associação Brasileira de Produtores de Leite B, abril/1992. 40 p
http://www.cepea.esalq.usp.br/leite/?page=164 (pesquisado em 20.05.2014)
http://www.cnpgl.embrapa.br/congresso2013 (pesquisado em 19.05.2014)
JANK, M. S. Contratos entre indústrias de produtores de leite. In: CASTRO, M. C. D.; MARTINS, P. do C. (Editores). CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS, 15, 14 1999, Juiz de Fora. Organização da produção primária: um desafio para a indústria de laticínios – Workshop. Juiz de Fora: EPAMIG – Centro Tecnológico – ILTC, 1999, 283p.
SOARES, M. G.; DEE, T. M.; CAIXETA FILHO, J. V. Logística da coleta de leite na Inglaterra: oportunidades para redução de custos. Preços agrícolas, ano XI, n. 131, set./1997.
VILELA, D.; GOMES, S. T.; CALEGAR, G. M. Agronegócio leite e derivados: um programa nacional em C&T. In.: CALDAS, et al. (editores). Agronegócio brasileiro; ciência, tecnologia e competitividade. Brasília: CNPq, 1998. p. 257-275.

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