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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO FACULDADE PIO DÉCIMO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RODRIGO PEREIRA DE AZEVEDO DETOMIDINA POR VIA INTRAMUSCULAR PARA INDUZIR FARMACOLOGICAMENTE A EJACULAÇÃO EM GARANHÕES ARACAJU 2013 Formatado: Centralizado RODRIGO PEREIRA DE AZEVEDO DETOMIDINA POR VIA INTRAMUSCULAR PARA INDUZIR FARMACOLOGICAMENTE A EJACULAÇÃO EM GARANHÕES Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Medicina Veterinária pela Faculdade Pio Décimo.. ORIENTADOR: PROF. MSc. HEDER NUNES FERREIRA ARACAJU 2013 Comentado [U1]: Dedico essa vitória primeiramente a Deus, a minha família e a todos que me auxiliaram na elaboração e execução desse projeto. Comentado [U2]: Tem que entrar antes a folha de aprovação. Veja o modelo no manual de tcc. AGRADECIMENTOS Agradeço antes de tudo a Deus, pois sem ele nada disso seria possível, agradeço também a meus pais e meu irmão que sempre me deram muito apoio, a minha namorada e a todos os meus amigos. Quero agradecer a todos os funcionários do Hotel Fazenda Boa Luz por todo o auxilio prestado e por terem liberado os animais para a execução desse projeto. “Crê em ti mesmo. Age e verá os resultados. Quando te esforças, a vida também se esforça para te ajudar.” (CHICO XAVIER) A coleta química é uma saída viável para garanhões que estão impossibilitados de cobrir éguas ou montar sobre manequim, seja por distúrbios de origem musculo esqueléticas ou neurológicos como dores lombo-sacras e articulares de origem diversas, seqüelassequelas de EPM (Encefalomielite por protozoário), disturbios circulatórios. e ósteo- musculares relacionados a idade avançada. Formatado: Recuo: Primeira linha: 0 cm Comentado [U3]: Inverter a ordem. Comentado [U4]: objetivo Formatado: Recuo: Primeira linha: 0 cm, Não ajustar espaço entre o texto latino e asiático, Não ajustar espaço entre o texto asiático e números Abstrac SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 2 2.1. Anatomo-fisiologia do garanhão ......................................................................... 4 2.1.1. Escroto ............................................................................................................ 9 2.1.2. Testículos ...................................................................................................... 11 2.1.3. Epidídimo ...................................................................................................... 11 2.1.4. Ductos deferentes ........................................................................................ 12 2.1.5. Glândulas Sexuais Acessórias ................................................................... 13 2.1.6. Pênis .............................................................................................................. 15 2.1.7. Prepúcio ........................................................................................................ 16 4. MATURAÇÃO ESPERMÁTICA ........................................................................... 13 5. EREÇÃO E EJACULAÇÃO PENIANA ................................................................ 13 6. COLHEITA DE SÊMEN DE GARANHÕES ......................................................... 13 6.1. Vagina Artificial .................................................................................................. 13 6.2. Modelos de vagina artificial e coleta do sêmen ................................................. 13 6.3. Eletroejaculação ................................................................................................ 13 6.4. Colheita de espermatozoides da cauda do epidídimo ...................................... 13 6.4.1. Técnica de fluxo retrógrado ........................................................................ 13 6.4.2. Método de perfuração e cortes .................................................................. 13 7. MATÉRIAL E METODOS .................................................................................. 13 Formatado: Espaço Antes: 12 pt Formatado: Espaço Antes: 12 pt 8. RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................. 13 REFERENCIAS ........................................................................................................ 13 Formatado: Espaço Antes: 12 pt Comentado [U6]: Corrigir paginação. LISTA DE FIGURAS FIGURA1. APARATO UTILIZADO PARA COLETAR O SÊMEN ........................... 13 FIGURA 2. CAPTAÇÃO DO SÊMEN DOS GARANHÕES ..................................... 13 Comentado [U7]: Lista de abreviaturas tbm Introdução As primeiras referências sobre a utilização de práticas de reprodução nos animais vieram da Mesopotâmia e datam de 5000 anos Aa.C., estando diretamente ligadas à origem da domesticação dos animais, em especial dos bovinos (Dunlop; Williams, (1996) citado por Grunert, et al, 2005). O emprego do cavalo em várias práticas de guerra e transporte de militares e armamentos tornou esse animal fundamental para a sobrevivência dos povos e representativo do poderio militar. Por isso os egípcios tornaram-se líderes na criação e seleção de equinos da raça árabe, passando a utilizá-los nos seus exercícios a partir de 1730 a.C. Na dinastia de Ramsés III (1187-1156 a.C.) foi iniciado cruzamento de cavalos árabes com jumentas, visando ao aproveitamento do vigor híbrido dos produtos. (Grunert; Brigel; Vale, 2005) Em 1949, tornou-se possível a congelação de sêmen a -79ºC, pela descoberta de um excelente crio protetor – o glicerol. (Grunert; Brigel; Vale,Vale, 2005) O Brasil possui o terceiro maior rebanho eqüinoequino do mundo, com aproximadamente 5,9 milhões de animais, que movimentaram, em 2005, em torno de R$ 7,3 bilhões e geraram mais de três milhões de empregos diretos e indiretos (Guerra; Medeiros, 2005). Segundo dados do relatório de 2006 da IETS (Sociedade Internacional de Transferência de Embriões) o Brasil ainda ocupa o terceiro lugar no cenário mundial em transferência de embriões, realizando 9300 lavados e 5700 transferências de embriões. (Costa, A. L.F., et. al. ,2010) Nestas duas últimas décadas, o estudo da reprodução na espécie equina evoluiu bastante com o advento da coleta, refrigeração e congelamento de sêmen, da Inseminação Artificial (I.A.), da ultrassonografia, da transferência de embriões entre outros. Com o incremento da inseminação artificial, criopreservação e descongelação do sêmen equino, é possível minimizar perdas do material genético de garanhões de alto valor. No entanto, alguns processos patológicos podem dificultar a colheita de sêmen, para isso existem técnicas alternativascujo intuito e preservar de forma eficiente o material genético desses animais. As técnicas mais utilizadas para esse Comentado [U8]: inverter fim são: eletroejaculação, ejaculação química e colheita de espermatozóides da cauda do epidídimo. (Monteiro, G. A. 2011) O objetivo do trabalho foi verificar através da aplicação de Detomidina se ocorre à ejaculação induzida quimicamente em garanhões. 2. REVISÃO DE LITERATURA As funções reprodutivas do macho envolvem a formação de espermatozóides e a sua deposição no interior da fêmea. Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos dos testículos e são então transportados através da retetestis para os epidídimos, onde são amadurecidos e armazenados. A produção de espermatozóides é um processo contínuo, onde algumas vezes o ritmo pode ser alterado, dependendo do fotoperíodo. A introdução do pênis no aparelho reprodutivo da fêmea é precedida pela ereção peniana de forma que possa vencer a resistência física da genitália tubular da fêmea, realizando a penetração. Em seguida ocorre a emissão de espermatozóides juntamente com as secreções das glândulas acessórias. (Swenson, M.J., 1996) O ato do transporte de sêmen através da uretra peniana para a região da cérvix ou para o interior do útero da fêmea é conhecido como ejaculação. O processo de reprodução masculina é controlado por hormônios e pelo sistema nervoso autônomo. (Swenson, M.J., 1996) 2.1. Anatomo-fisiologia do Garanhão Para se realizar o manejo reprodutivo de garanhões é importante ter conhecimento de sua anatomia e fisiologia reprodutiva para que se faça o manejo de forma adequada, levando em conta suas particularidades e funcionamento. Esse conhecimento trás uma série de benefícios, pois ajuda no sucesso reprodutivo do animal impedindo que o criador tenha perdas de produtividade deste animal. (Costa, A.L.F. et al 2010.) 2.1.1. Escroto O escroto é um saco cutâneo que contém os testículos. Contém uma lâmina subcutânea de fibras musculares lisas, a túnica dartos, que se contrai nos períodos frios e segura os testículos próximos à parede abdominal. O escroto está alinhado com a lâmina parietal da túnica vaginal que é uma continuação do peritônio parietal para o interior do escroto. (Swenson, M.J., 1996) Aloja os testículos, os protege e é importante na termorregulação juntamente com o músculo cremáster e com o plexo pampiniforme. (Costa, A.L.F., et al ,2010) 2. 1. 2. Testículos Estão localizados na bolsa escrotal, posição horizontal, na região inguinal, tem formato oval, mede de 8 a 12 centímetros (cm) de largura. Tem a função de produzir enzimas e hormônios (especialmente testosterona), necessários a espermatogênese. (Costa, A.L.F., et al ,2010) Os dois testículos possuem a capacidade de produção espermática, os túbulos seminíferos estão enovelados e ocupam a maior porção de cada testículo, os espermatozóides são produzidos em seu interior, os testículos são envolvidos por uma cápsula de tecido conjuntivo chamada túnica albugínea. A sustentação dos túbulos seminíferos é fornecida por extensões do tecido conjuntivo que se originam da túnica albugínea e deslocam-se para o interior do órgão. (Swenson, M.J., 1996) Associados aos espermatozóides em vários estágios de desenvolvimento, dois outros importantes tipos de células são as células de sertoli (células de sustentação) e as células de leydig (células intersticiais). Os processos das células de Sertoli envolvem as espermátides e espermatócitos e atingem contato íntimo com todos os estágios de produção de espermatozóides, de forma que, por essa razão, são conhecidas como células de sustentação. As células de Sertoli têm sua base na periferia dos túbulos e estendem-se em direção ao centro (Swenson, M.J., 1996). As células de leydig que são responsáveis pela produção de hormônios esteroides incluindo a testosterona, também compõem a maior parte do tecido intersticial. (Agne, G. F., 2011) 2. 1. 3. Epidídimo O epidídimo é um tubo coletor e armazenador dos testículos, é anatomicamente divido em três regiões: cabeça, corpo e cauda. A cabeça é intimamente aderida ao testículo, se curva ao redor deste em aspecto lateral do cordão espermático e continua como o corpo do epidídimo. O corpo é uma estrutura cilíndrica e situa-se na superfície dorsal do testículo. Na porção proximal da cabeça do epidídimo, estão na ponta distal dos aproximadamente 13 a 15, altamente contorcidos, túbulos eferentes provenientes dos túbulos contorcidos extratesticulares. Estes se fundem em um único ducto, denominado ducto epididimário, que se estende através da cabeça, corpo e cauda do epidídimo continuando com o ducto deferente. (Swenson, M.J., 1996) Segundo Amann, (2011) citado por Agne, G. F., (2011) No garanhão, o trânsito dos espermatozóides através do epidídimo dá-se entre sete e onze dias. O sémen é concentrado enquanto se dá a absorção de fluido nos ductos eferentes e cauda do epidídimo. Os espermatozóides adquirem mobilidade e capacidade de fertilização até atingirem o final do epidídimo. Após maturação e capacitação, os espermatozóides são mantidos e protegidos em estado quiescente num ambiente favorável e temperatura adequada na cauda do epidídimo. (Soares, A. S. P., 2009) O número de espermatozóides viáveis está relacionado com o peso testicular e a produção diária de espermatozóides, entre outros factores No momento da ejaculação, o músculo liso envolvente do testículo contrai e conduz os espermatozóides, já maduros, para o ducto deferente (Chenier, 2007 citado por Soares, 2009). 2. 1. 4. Ductos deferentes Os dutos deferentes, algumas vezes chamados de vasos deferentes, são a continuação do sistema de dutos que vai da cauda do epidídimo até a uretra pélvica. Quando o duto deferente deixa o testículo em direção ao abdômen, coloca-se intimamente próximo à artéria, veia e nervo testiculares, vasos linfáticos e músculos cremáster no interior da lâmina visceral da túnica vaginal. Os dutos deferentes terminam numa área espessa e glandular, conhecida como ampola dos dutos deferentes. (Swenson, M.J., 1996) 2. 1. 5. Glândulas sexuais acessórias As gândulas sexuais acessórias fornecem secreções que são coletadas no interior da uretra pélvica próximo a suas origens. As glândulas acessórias compreendem as ampolas dos dutos deferentes, as glândulas vesiculares (algumas vezes chamadas vesículas seminais), a glândula próstata e as glândulas bulbouretrais (algumas vezes chamadas glândulas de Cowper). (Costa, A.L.F. et al 2010) A próstata é uma glândula ímpar que circunda a uretra pélvica, no cavalo é uma estrutura discreta em forma de noz, ela emite uma secreção opaca, odorífera e alcalina por ocasião da ejaculação. (Costa, A.L.F. et al 2010). As ampolas são alargamentos da porção terminal dos dutos deferentes onde sua secreção se deposita. (Zeppenfeld, C.C. 2007) As vesículas seminais são glândulas pares que depositam sua secreção no interior da uretra pélvica junto dos dutos deferentes. (Zeppenfeld, C.C. 2007) Durante o ato sexual, cada uma destas glândulas secreta o líquido seminal, um líquido viscoso e amarelado, rico em nutrientes. (Zeppenfeld, C.C. 2007). Múltiplos dutos dessas glândulas esvaziam-se diretamente no interior da uretra. (Reece W. O., 1996) As glândulas pares bulbouretrais são as mais caudais das glândulas acessórias. (Swenson, M.J., 1996) O plasma seminal fornece um ambiente conducente para a sobrevivência dos espermatozóides no interior do trato reprodutivo da fêmea. É rico em eletrólitos, frutose, ácido ascórbico e outras vitaminas. Embora a fertilidade possa ocorrerpelos espermatozóides sem a ajuda do plasma seminal, ele provoca um maior potencial de fertilização. A vantagem da frutose como fonte de energia pode ser o fato dela não requerer energia metabólica para penetrar no espermatozóide. (Swenson, M.J., 1996) Diversas prostaglandinas estão presentes no plasma seminal. Auxiliam na fertilização de duas formas: 1- as prostaglandinas reagem com o muco cervical e o torna mais receptivo ao esperma; e 2- algumas das prostaglandinas presentes provocam contração da musculatura lisa, de forma que, acredita-se que seja formado um peristaltismo reverso no útero e ovidutos para facilitar o transporte dos espermatozóides em direção aos ovários. (Swenson, M.J., 1996) Comentado [U9]: Ponto é no final Comentado [U10]: Ponto no final A maior parte dos espermatozóides ejaculados nunca atinge o oviduto. De fato, somente poucas dúzias conseguem atingir a proximidade do óvulo, onde somente um é necessário para a fertilização. (Swenson, M.J., 1996) 2. 1. 6. Pênis É do tipo bulbo esponjoso, está alojado na bainha prepucial, é comprido e muito erétil e sua uretra faz protrusão de alguns centímetros desde a superfície da glande. Ereção por enchimento do corpo cavernoso. (Zeppenfeld, C.C. 2007) (Costa, A.L.F. et al 2010.) O pênis é o órgão copulatório do macho. As raízes (ramos) do pênis se iniciam na borda posterior do arco isquiático da pelve. A estrutura interna é ocupada em sua maior parte pelos tecidos cavernosos (conhecidos mais comumente como tecido erétil) O tecido cavernoso é uma coleção de sinusóides sanguíneos separados por bainhas de tecido conjuntivo. O garanhão tem uma grande quantidade de tecido erétil em relação ao tecido conjuntivo e desta forma, é possível um maior aumento de tamanho durante a ereção. A uretra posiciona-se na face ventral do corpo do pênis. (Swenson, M.J., 1996) 2. 1. 7. Prepúcio O prepúcio é uma prega invaginada da pele que envolve a extremidade livre do pênis. O garanhão apresenta um prepúcio com duas pregas de pele. Acúmulos de cera conhecidos como “esmegma” algumas vezes se formam na prega externa e devem ser retirados manualmente. (Swenson, M.J., 1996) 2.1.8. Cordão espermático O cordão espermático passa pelo canal inguinal abdominal ligando – se ao testículo. Tem função de sustentação do testículo além de servir como passagem para os ductos deferentes, nervos, vasos linfáticos, veias e artérias associados com o testículo. (Agne, G. F., 2011) O ducto deferente situa-se no aspecto caudal do cordão, enquanto que vasos linfáticos, sanguíneos e nervos, se encontram entremeados no aspecto anterior do cordão. (Agne, G. F., 2011) O musculo cremáster é uma estrutura notável no aspecto lateral do cordão espermático e tem importante função de sustentação, na retração e relaxamento testicular; entretanto, não faz parte do cordão, esse músculo traciona o testículo para cima, contra o anel inguinal externo, particularmente nos períodos frios. (Agne, G. F., 2011) O sangue é levado aos testículos pelas artérias testiculares. As veias testiculares são paralelas às artérias. As artérias e veias estão no interior do cordão espermático. Numa pequena distância acima dos testículos a veia testicular se enovela (o plexo pampiniforme) e está em íntima associação com a porção enovelada da artéria testicular. Sua proximidade e disposição enovelada, aumentando seu cumprimento linear, fornece um meio de resfriar o sangue que atinge o testículo pelo sangue venoso que deixa o testículo. As artérias e veias estão também próximas à superfície dos testículos, e assim a perda direta de calor dos testículos é favorecida. O sangue arterial é fornecido para o preenchimento dos tecidos cavernosos e nutrição dos tecidos do pênis. O suprimento exclusivo é feito pela artéria do pênis, um ramo terminal das artérias pudendas internas. (Swenson, M.J., 1996)(Zeppenfeld, C.C. 2007) Além das fibras nervosas autônomas que dirigem-se aos testículos, pênis e glândulas acessórias, o pênis é inervado por um nervo espinhal, o nervo pudendo. As terminações do nervo pudendo estão localizadas na glande. O estímulo sensorial da glande fornece a parte aferente para os reflexos associados com a ereção e ejaculação. Os outros reflexos à ereção e ejaculação estão localizados na região lombar do cordão umbilical. (Swenson, M.J., 1996) 3. Espermatogênese A espermatogênese é o fenômeno no qual os espermatozóides são produzidos pelos túbulos seminíferos através do processo de divisão e diferenciação celular. O epitélio seminífero é composto basicamente por dois tipos celulares, sendo elas as células de Sertoli e as células germinativas em desenvolvimento. Johnson et.al.,2000 citado por Kievitsbosch, T., (2011). O processo de multiplicação e diferenciação das células germinativas nos estágios mais avançados de seu desenvolvimento ocorre simultaneamente às mudanças morfológicas e à expressão gênica nas células de Sertoli e Leydig (Reece, W.O., 2006) As células de Sertoli sustentam as espermatogônias localizadas na porção basal do epitélio seminífero e que, por meio de sucessivas mitoses, dão origem aos espermatócitos. Estes, após o fenômeno de meiose seguida de mitose, originam quatro espermátides, que posteriormente darão origem aos espermatozóides. Essa última etapa, conhecida como espermiogênese, só ocorre após modificações progressivas nas espermátides. Ao final do processo de espermatogênese os espermatozóides são finalmente liberados no lúmen dos túbulos seminíferos, mas ainda imóveis e inférteis. (Johnson et.al.,2000 citado por Kievitsbosch, T., (2011) As três categorias de atividade biológica envolvidas na espermatogênese são a mitose, meiose e espermiogênese cada uma das quais preenche aproximadamente um terço da duração temporal da espermatogênese. Todo o processo é completado em torno de 64 dias. (Reece, W.O., 2006) 4. MATURAÇÃO ESPERMÁTICA Antigamente acreditava-se que para maturação espermática e capacidade fecundante ocorrerem, apenas um tempo específico era necessário. No entanto, Orgebim-Crist (1969) relatou que além do tempo demandado era indispensável a interação com diversas substâncias em diferentes regiões do epidídimo para que os espermatozoides adquirissem capacidade de fecundação. Para isso, os espermatozoides necessitam apresentar características morfofuncionais normais, adquiridas em sua formação nos túbulos seminíferos e completadas com a passagem pelo epidídimo e contato com secreções das glândulas anexas. Além do desenvolvimento da motilidade os espermatozoides no epidídimo sofrem estabilização da peça intermediária e acrossoma. (Monteiro, G.A., 2009) Os efeitos fisiológicos da aquisição de macromoléculas no epidídimo não são completamente elucidados, mas são requeridos para o desenvolvimento de motilidade e capacidade fecundante. Esta hipótese é sustentada por estudos que apresentaram melhores taxas de fertilização, utilizando espermatozóides colhidos da cauda do epidídimo quando comparado a amostras colhidas da cabeça e do corpo epididimário. (Monteiro, G.A., 2009) Após a maturação os espermatozoides são armazenados na cauda do epidídimo. O número de espermatozoides armazenados varia de acordo com o padrão reprodutivo, acasalamento e comportamento social de uma determinada espécie. Os espermatozoides, ao saírem do epidídimo, recebem secreções das glândulas anexas que os confere capacidade de ligação à zona pelúcida e reação acrossômica. (Swenson, M.J., 1996)(Monteiro, G.A., 2009) O plasma seminal parece ser essencial na cobertura natural servindo como transportador e protetor de espermatozóides,no entanto sua função é questionável, visto que trabalhos utilizando sêmen da cauda do epidídimo acrescido ou não do plasma seminal não diferiram significativamente. (Monteiro, G.A., 2009) 5. Ereção e ejaculação peniana A ereção do pênis é necessária à cópula e deposição do sêmen no trato reprodutivo da femea. Quando o garanhão é estimulado a realizar o ato de cobertura, inicia-se uma resposta humoral que atua na parte sacral do sistema nervoso parassimpático Esse processo envolve um aumento muito significativo do fluxo sanguíneo destinado ao pênis simultâneo com diminuição igualmente substancial no retorno venoso. O aprisionamento sanguíneo nos seios cavernosos proporciona contrações intermitentes dos músculos isquio cavernososcavernoso, com a compressão resultante das veias penianas. (Reece W. O., 2006) (FONSECA, C. W., 2006) Normalmente, para estimular a libido do garanhão e proporcionar o estímulo de ereção do pênis é utilizada uma égua em cio ou ovariectomizada e estrogenizada, devidamente contida. (FONSECA, C. W., Setembro – 2006) Em ereção, o garanhão realiza a monta sobre a égua ou manequim, e faz alguns movimentos de procura, para localizar a abertura vulvar, a fim de realizar a penetração na vagina. Após a penetração o garanhão executa em média sete a oito movimentos de fricção. Os movimentos estimulam a ejaculação que ocorre freqüentemente entre o 5o e o 8o movimento de fricção. (FONSECA, C. W., 2006) A ejaculação inicia-se com contrações peristálticas da musculatura lisa do pênis, do epidídimo, do ducto deferente e da uretra, causada por impulsos parassimpáticos, fazendo com que o sêmen se desloque para o interior da uretra. As contrações também ocorrem nas glândulas anexas da genitália masculina, determinando a expulsão de suas secreções. (ASHDOWN e HAFEZ, (1995) citado por FONSECA, C. W., (2006). A cópula culmina com dois eventos fisiológicos distintos, conhecidos como emissão e ejaculação. A emissão é a liberação dos espermatozóides e fluidos das glândulas sexuais acessórias no interior da uretra pélvica. A ejaculação é a expulsão forçada do sêmen para fora da uretra. O evento neurofisiológico correlato ao orgasmo ocorre sem dúvida na espécie animal, portanto parece razoável aceitar que os animais percebem alguma forma análoga de satisfação sensorial na cópula. A emissão na cópula se segue após um número e modo espécie-específica de movimento de fricção do pênis. No garanhão sete a nove movimentos de fricções precedem o desencadeamento da emissão. Verifica-se a seguir os eventos chaves na cópula e as inervações responsáveis pela ereção, emissão e ejaculação. MCDONNELL,(1994) citado por FONSECA, C. W., (2006). A ejaculação é o resultado da contração rítmica dos músculos isquiocavernoso, bulbo esponjoso, uretral e outros músculos estriados da pelve. Simultaneamente o esfíncter anal contrai ritmicamente. A emissão e o fechamento do colo da bexiga são primariamente mediados por estímulos alfa8 adrenérgicos. No garanhão a ejaculação ocorre como jatos (5 a 8) de sêmen, sendo que a pressão de expulsão decresce gradativamente do primeiro ao último jato. O reflexo da ejaculação é mediado via nervo pudendo e segmento sacral da coluna vertebral. Parece que o processo da emissão precede e age no desencadeamento do reflexo ejaculatório. MCDONNELL (1994) citado por FONSECA, C. W., (2006). Durante a ejaculação a primeira fração do sêmen é composta pelas secreções do epidídimo que se mistura com as secreções da glândula bulbo uretral e com o fluido prostático, que apresenta um aspecto fluido e translúcido, e contém muito pouco ou nenhum espermatozóide. Seguido esta fração, tem-se a fração rica em espermatozoides, composta pelas secreções do epidídimo, da glândula bulbo uretral, da próstata e um pouco de secreção da glândula vesicular. A última porção é composta principalmente pela secreção da vesícula seminal ou glândula vesicular, responsável pela produção da fração gelatinosa e pela secreção da ampola, Comentado [U11]: Tudo dentro de ( ) contendo ou não uma pequena quantidade de espermatozoides. (VARNER et al., 1987, TISCHNER E KOSINIAK et al. 1992 e SANZ, E et al., (2002), citados por FONSECA, C. W., (2006). Segundo Alvarenga, M.A., (2009) volume ejaculado varia entre 20 á 100ml. Dependendo de alguns fatores como: idade, frequência de coleta, excitação do animal e da estação do ano esses valores podem variar em média de 40 a 80 ml sem a fração gelatinosa, que pode chegar a 40 ml no ejaculado. (FONSECA, C. W., 2006) 6. Colheita de sêmen de garanhões 6.1. Vagina artificial Corresponde a melhor técnica de coleta de sêmen, pois simula a copula natural, a vagina artificial e composta por um tubo rígido com válvula, mucosa de borrachal e tubo coletor, recoberto por capa de térmica. Através da válvula do tubo coloca-se água com temperatura de aproximadamente 45-50°C e regula-se a pressão, a temperatura interna deve estar entre 39 e 42°C. As suas principais vantagens são: obtém sêmen com maior densidade e concentração, menor risco de contaminação ambiental. Sua limitação é a necessidade de treino para os machos doadores. (Leon, P.M.M., 2011) A vagina artificial precisa preencher, fundamentalmente, duas condições. A primeira é a aceitação por parte do garanhão e a segunda é não prejudicar o sêmen coletado. Estas condições variam de acordo com o material, a construção e a técnica de manuseio. (MOREL D., 1999) 6.2. Modelos de vagina artificial e coleta do Sêmen O que se diferencia, basicamente, entre os diferentes modelos é o material utilizado na fabricação e a sua dimensão. O modelo de vagina artificial proposto por TISCHNER et al. (1986) diferencia-se dos modelos Missouri, Colorado, Hannover e Botucatu apenas pelo fato de ser mais curta, permitindo a exposição da glande do pênis do garanhão, que ao ejacular propicia uma coleta fracionada do sêmen por um segundo técnico que apanha os pulsos ejaculatórios em diversos copos. Este método de coleta é denominado coleta do tipo aberta, os métodos que utilizam as vaginas artificiais modelos Missouri, Colorado, Hannover e Botucatu geralmente são utilizados nas coletas denominadas de fechadas. Os modelos fechados são os mais utilizados, devido a sua praticidade durante a coleta. Nesta metodologia, coleta-se todo o ejaculado em um único recipiente. (Leon, M. M. P., 2011) O animal condicionado saltando sobre o manequim, deve ter o pênis desviado e introduzido na vagina artificial. A constatação da ejaculação pode ser verificada com as seguintes características: Movimento da cauda para cima e para baixo, contração dos músculos perianais, sapatear, fluxo pulsátil uretral da ejaculação. (Papa, F. O., 2011) 6.3. Ejaculação química Essa técnica é indicada para animais com as mais diversas patologias que os impeçam de cobrir éguas. (Rowley, D.D.,1999) (Monteiro, G.A., 2009) Os distúrbios podem ter origem física ou psicológica. E importante ter em mente que os distúrbios de origem física podem predispor a distúrbios psicológicos por sucessivas tentativas frustradas de coleta ou mesmo montas naturais sem sucesso. (Alvarenga, M.A., 2009) Segundo Alvarenga, M.A., (2009) as principais causas de distúrbios de ejaculação relacionados ao fator psicológico são: Mudanças na rotina diária (pessoal envolvido com a lida do reprodutor, rotina de exercícios, mudança de baia, piquete) Mudanças na rotina de coleta de sêmen (Local de Coleta, Tipo de Vagina Artificial, temperatura e pressão da Vagina Artificial inadequadas, manequim inadequado) Esgotamento físico em final de estação Já os problemas de origemfísica determinantes de disfunções ejaculatórias são Dores lombo-sacras e articulares de origem diversas Sequelas de EPM (Encefalomielite por protozoário) Distúrbios circulatórios e ósteo- musculares relacionados a idade avançada. Os principais compostos utilizados incluem alfa-adrenérgicos e outros agentes ativos de músculo liso, comumente usado na prática da veterinária em equinos. Todos são conhecidos por afetar contrações do músculo liso genital no cavalo e são associados com efeitos colaterais ocasionais da ejaculação induzida. Compostos estudados até o momento incluem xilazina, imipramina, prostaglandina e detomidina. (McDonnel S.M., 2001) Características do ejaculado variaram significantemente entre os regimes de tratamento, aparentemente associados com contração variavelmente melhorada ou inibida do músculo liso da ampola e glândulas sexuais acessórias. Tratamento com detomidina parece melhorar a contração da ampola e inibir a contração da glândula sexual acessória com o resultado de ejaculados de menor volume, maior concentração espermática, maior número total de espermatozoódesespermatozoides e menor pH do que o ejaculados in copula. Tratamento com prostaglandina parece melhorar seletivamente a contração das glândulas sexuais acessórias, resultando em ejaculações de maior volume, menor concentração espermática, número total de espermatozóides similar, quantidades de gel e pH maior comparado com amostras in copula. (McDonnel S.M., 2001) Efeitos colaterais significativos também variam de acordo com o regime de tratamento. Com os regimes com prostaglandina testados até o momento, a sudorese, cãibras abdominais e urina gotejando são importantes complicações dos efeitos colaterais. Além do desconforto para o garanhão, esses efeitos colaterais pois alguns desafios práticos para se obter uma amostra livre de contaminação da urina ou suor pingando do prepúcio. Para tratamento com xilazina, o maior efeito colateral adverso é a profunda sedação nos últimos 15 minutos. Para os tratamentos com imipramina intravenosa, o mais significativo efeito colateral adverso notado é leve hemólise após a injeção. O menor efeito colateral é o bocejo prolongado típico do tratamento com imipramina e prostaglandina. (McDonnel S.M., 2001) 6.4. Colheita de espermatozoides da cauda do epidídimo A colheita de sêmen da cauda do epidídimo em garanhões mostrou-se eficiente em recuperar células espermáticas e esses espermatozóidesespermatozoides apresentam motilidade progressiva igual ou melhor que espermatozoides colhidos com vagina artificial, embora após a congelação e descongelação estes espermatozóides apresentam fertilidade inferiores quando comparado com o sêmen do ejaculado. Estudos realizados com sêmen epididimário de felinos, caninos, caprinos, suínos, eqüinos e bovinos, demonstraram que a maioria destas espécies possui melhor viabilidade seminal quando os testículos são armazenados entre 4 e 5°C, comparados com os mantidos à temperatura ambiente. (Monteiro, G.A. 2009) (Leon, P.M.M., 2011). Com o testículo armazenado a temperatura ambiente, observou-se um declínio da qualidade espermática com o aumento do tempo, tendo como limite de viabilidade próximo das 24 horas pós-orquiectomia. Este decréscimo pode não somente ser explicado devido ao envelhecimento e esgotamento metabólico dos espermatozóides, mas também inerente ao processo de degeneração tecidual pós- morte. Temperaturas mais baixas retardam o processo de degeneração e diminui o metabolismo dos espermatozóides, mantendo-os vivos por mais tempo. (Leon, P.M.M., 2011) 6.4.1. Técnica de fluxo retrógrado Imediatamente após a retirada dos testículos e epidídimos dos cavalos, o tecido conjuntivo que recobre cada epidídimo é removido e os contornos do ducto da cauda do epidídimo são desfeitos, e emm seguida, os ductos epididimários de ambos os epidídimos são lavados injetando-se 30 mL do diluente Botu-sêmen® intraluminal, proporcionando assim que os espermatozóides sejam carreados pelo diluente.(Monteiro G.A.2011) Em seguida, as amostras são distribuídas em tubos de centrífuga de 50mL e centrifugadas a 600 x g, durante 10 minutos. O sobrenadante é dispensado e o pellet ressuspendido. (Melo, C.M., 2008) Para a obtenção dos espermatozóides do epidídimo o segmento deve ser estendido em posição vertical e o diluente injetado no lúmen até que os espermatozóides sejam carreados pelo diluente e recuperados na outra extremidade. (Leon, P.M.M., 2011) Essa técnica é a mais indicada, pois as amostras obtidas apresentam um menor nível de contaminação e são de melhor qualidade em relação aos outros métodos. Por outro lado, essa técnica possui a limitação de ser usada comumente para animais de produção devido ao tamanho do epidídimo e de ser mais complexa que as outras técnicas, Segundo Martinez-Pastor et al. (2006), citado por Filho, A.C.M, (2012). 6.4.2. Método de perfuração e cortes Na técnica de perfuração, a cauda do epidídimo é colocada em uma placa de petri e com uma agulha os ductos epididimário são perfurados e posteriormente as amostras são filtradas e centrifugadas para diminuir detritos celulares. Esta técnica proporciona uma elevada taxa de recuperação de espermatozóides, entretanto a viabilidade espermática pode ser afetada devido à exposição à centrifugação e componentes sanguíneos. (Monteiro, G.A. 2009) Uma técnica similar consiste em fazer numerosos cortes na cauda do epidídimo e pressionar suavemente a cauda e coletar os espermatozoides por extravasamento do líquido epididimário. Segundo Kaabi et al., (2003), citado por Filho, A.C.M, (2012).0 7. Matérial e metodos O presente trabalho foi realizado nas dependências do Hotel Fazenda Boa Luz, Laranjeiras-SE, sendo utilizado 3 garanhões ativos e sabidamente férteis com idades variando entre 10 a 19 anos, sendo um Pecheron pesando 620 quilogramas (kg) um Andaluz de 450 kg e um Mangalarga Machador com 460 kg, alojados em baias individuais submetidos a um manejo alimentar com 4 kg de concentrado dividido em duas refeições e volumoso a vontade. Os mesmos foram submetidos a três tentativas de ejaculação química com uma semana de intervalo. O tratamento consistiu em aplicação intra-muscular de Detomidina na dose de 0,02mg/kg, após 15minutos não obtendo o ejaculado foi feita uma nova aplicação de Detomidina 0,01mg/kg, os garanhões foram observados continuamente até a ocorrência da ejaculação ou 20 minutos após a segunda administração, seguindo a dosagem descrita por Rowley, D.D., et. al (1999). Com o Comentado [U12]: Entre ( ) termino do prazo estipulado, foi aplicado em todos os animais Ioimbina, na dose 0,075mg/kg (VIANA, F.A.B., 2007), visando reverter o efeito sedativo da detomidina. O sêmen foi coletado em um aparato feito com uma garrafa pet cortada em funil e recoberta internamente com um saco plástico não espermicida que desemboca em um copo térmico . 8. Resultado e discussão Os resultados obtidos nas coletas foram, na primeira coleta dia 12/11/2013, com o percheron com aplicação de detomidina nas doses preconizadas nesse estudo não obtivemos resultado satisfatório para a data em questão, ele apenas apresentou ereção e expulsão de algumas gotas de liquido seminal mas sem a presença de células espermática, o manga larga machador não ejaculou e nem esbouçou nenhuma indicativa sexual como a ereção, o andaluz chegou a ejaculação com o tempo de 11 minutos após a aplicação da detomidina na dose de 0,02mg/kg ele expos o pênis que logo ficou ereto, masturbou um pouco e logo após ejaculou 3 jatos dando um volume de30ml sem a fração gel. Na segunda coleta, dia 19/11/2013, o percheron chegou à ereção e realizou masturbou-seação, mas não ejaculou, o mangalarga-machador mesmo em sua baia fechada e ambiente controlado não esboçou nenhuma reação nenhuma a pós a administração da detomidina, nessa mesma data o terceiro garanhão havia sido transferido de baia e se apresentava agitado, diante desta condição o mesmo foi submetido ao protocolo de ejaculação química preconizado pelo trabalho em questão, não obtendo a ejaculação do mesmo.o anda luz , Nno terceiro dia do experimento, dia 26/11/2013, o percheron com 13 minutos após a aplicação da detomidina ele chegou a ereção e logo após masturbação houve r um pouco ele encapelou entumecimento da glande e ejaculou dois jatos dando um volume de ejaculado de 25ml sem a fração gelatinosa, o mangalarga- machador não chegou a ejacular nem esboçou nenhuma reação , o anda-luz recebeu a aplicação da primeira dose de detomidina e após a segunda aplicação na dose de 0.01mg/kg ele chegou a ereção, se masturbou e encapelou entumeceu a glande antes de ejacular e aos 20 minutos ejaculou 3 jatos num total de 25 ml sem a fração do gel. Com os resultados obtidos nesse estudo chegamos a uma porcentagem de 33,33% de ejaculação, sendo dessas 66,66% na primeira aplicação da detomidina. Todos os animais após passar o tempo pré-determinado ou após a obtenção do ejaculado foram submetidos a aplicação de ioimbina na dose de 0,075mg/kg (VIANA, F.A.B., 2007) revertendo o efeito sedativo da detomidina em poucos minutos. A principal vantagem observada nessa técnica é a que os garanhões não precisam ser rufiados dispensando a necessidade de uma égua em cio, pode ser utilizada em animais com as mais variadas lesões ortopédicas e nervosas também é indicada para animais em competição, pois não sabem que estão montando e com isso não ficam mais agressivos, outra grande vantagem é a facilidade em reverter os efeitos colaterais da detomidina com o emprego da ioimbina após as coletas o q já não é possível quando se usa Imipramina, outra grande vantagem é a facilidade de obtenção das medicações, pois são vendidas com receituário simples, no caso da imipramina que é uma medicação controlada fica muito mais difícil sua aquisição, pois necessita de receituário profissional (VIANA, F.A.B., 2007). Todas as coletas que foram feitas realizadas seguindo um roteiro de o mínimo de estresse para os garanhões e os mantendo em suas baias fechadas sem influencias do meio externo chegaram a uma porcentagem de 66,66% de ejaculação num curto espaço de tempo media de 14,66 minutos. Com gasto de materiais e medicações próximo de R$48,00, relativamente barato e mais seguro que a utilização de vagina artificial onde o operador corre risco de coice ou queda do animal em cima do profissional ainda a o risco da vagina lesionar o pênis do animal, o aparato utilizado para coleta do sêmen é uma garrafa pet cortada em bisel formando um funil e recoberto internamente com uma plástica não espermicida q desemboca em copo térmico, investimento mais barato que o de uma vagina artificial. Comentado [U13]: Dividir este paragrafo. Comentado [U14]: LUVA Comentado [U15]: Discussão embutir junto com as demias e referenciar o que for possível. (Figura1) Aparato utilizado para coletar o sêmen. (Figura 2) Captação do sêmen dos garanhões. 9. Conclusão Diante do exposto, é possível concluir que a ejaculação induzida com Detomidina é uma alternativa boa a ser utilizada em garanhões, quando utilizada com manejo e ambiente controlados conseguimos uma boa resposta para essa técnica. Referencias: Agne, G. F., Ultrassonografia do Aparelho Genital Masculino do Equino, Universidade Federal do Rio Grande do sul, Porto Alegre, (2011). Alvarenga, M.A. et al. Principais distúrbios reprodutivos observados em garanhões no Brasil. Bras. Reprod. Anim. Supl., Belo Horizonte, n.6, p.204-209, dez. (2009). Costa, A.L.F. et. al., Manejo Reprodutivo em Eqüinos. Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Ciências Animais, Mossoró, (2010). Filho, A.C.M, Lúcia Daniel Machado da Silva, Recuperação e Conservação de Espermatozoides Epididimários de Mamíferos, Acta Veterinaria Brasilica, v.6, n.1, p.1-8, (2012). FONSECA, C. 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Colheita e preservação de células espermáticas de garanhões recuperadas da cauda do epidídimo. Vet. E Zootec.,p.448-458, v.16, n.3, set., (2009). Monteiro, G.A., Fertilidade de espermatozóides recuperados da cauda do epidídimo de garanhões subférteis. Vet. e Zootec. 2011 jun.; 18(2): 255-263. Kievitsbosch, T., Criopreservação de sêmen de epidídimo de garanhões, Botucatu, (2011). Leon, P. M. M., Coleta, Avaliação e Criopreservação de Sêmen, Universidade Federal de Pelotas, Graduacão em Biotecnologias, Manipulacao de Gametas e Embrioes, Pelotas, Setembro, (2011) Papa, F. O., et. al., MANUAL DE Andrologia E Manipulação De Sêmen Equino, Botucatu, (2011). Reece, W.O., Fisiologia dos animais domésticos, tradução Cid Figueiredo, Idilia Ribeiro Vanzellotti, Ronaldo Frias Zanon,P. 623 a 643, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, (2006). Rowley, D.D., et. al, Fertility of Detomidine HCl–Induced Ex Copula – Ejaculated Stallion Semen After Storage at 5°C, College of Veterinary Medicine, University of Illinois, 1008W. Hazelwood Drive, Urbana, IL 61802, (1999). Soares, A. S. P., Estudo de uma técnica de castração de cavalos por laparoscopia, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, (2009) SWENSON, M.J., REECE, W.O., Dukes Fisiologia dos Animais Domésticos, 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 856p VIANA, F.A.B, Guia Terapêutico Veterinário, 2.ed.,editora CEM, Lagoa Santa, 2007. 462p
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