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Aula 01: Reflexão inicial sobre estratégia e contexto de negócios Planejamento Estratégico é projetar, ao longo do tempo, ações estratégicas. Níveis de Planejamento: • Estratégico: foco em questões a longo prazo, visão de futuro; • Tático: médio prazo, aplicando as decisões estratégicas nos planos ; • Operacional: ações do cotidiano. Valores da administração estratégica: • Integração do planejamento com as demais funções administrativas e com estrutura organizacional • A utilização dos conceitos estratégicos • Ênfase na transformação das estratégicas em ações Aula 02: Os Referenciais Básicos: Visão e Missão “Se você não sabe para onde está indo, todo o caminho o levará a lugar nenhum”. Essa frase ilustra bem a necessidade da definição de objetivos para um empreendimento – seja ele qual for. Hoje, o modelo predominante nas organizações que trata dessas definições é chamado de administração estratégica. Na aula anterior, já estudamos um pouco sobre esse conceito. A partir de agora, daremos continuidade ao assunto. Planejamento estratégico O planejamento estratégico orienta a empresa para o FUTURO, partindo do contexto do HOJE. Esse futuro pode estar representado no horizonte de tempo de 5, 10, 20 anos ou mais, dependendo do ramo de negócio da empresa e das condições de seu sistema de planejamento. É comum o uso do horizonte de 10 anos. Portanto, utilizaremos esse parâmetro em nosso estudo. Pequenos negócios sem muita complexidade e sem grandes conteúdos tecnológicos podem ter uma dinâmica estratégica baseada em um horizonte de 5 anos. Como você pôde perceber, um exemplo desse tipo de negócio é o artesanato. Entretanto, negócios mais complexos, que envolvem desenvolvimento tecnológico, por exemplo, podem precisar de um horizonte de 20 a 30 anos. Os negócios do setor elétrico são exemplos disso. Pensando nesse parâmetro, imagine como estará sua empresa no futuro. • O que você deseja para seu negócio? • Que sonho é possível realizar nesse período? Para responder a essas perguntas, é preciso compartilhar a visão da empresa, visando a um resultado melhor e orientando suas ações, de forma a tornar realidade o futuro pretendido. Na prática, quando a Alta administração declara, formalmente, a visão de futuro da organização e seu pessoal compartilha essa visão, cria-se uma rede poderosa. Essa rede gera metas em torno das quais as pessoas se comprometem com mais intensidade, já que entendem o objetivo final de suas ações. Antes de dar continuidade a nossa aula, conheça alguns exemplos de visão e missão em organizações e confira, na prática, como as empresas expressam esses conceitos. Observe se a visão definida pelas empresas representa, efetivamente, um desejo a ser alcançado no futuro e se a missão norteia sua razão de ser. A visão expressa um desejo em torno do qual definimos a direção que queremos seguir. Trata-se de um desafio positivo para o futuro, que deve estimular todo o potencial da organização. Para conquistar esse sonho, você precisa definir um horizonte de tempo. Caso contrário, a visão correrá o risco de ser apenas um desejo inatingível. Por isso, a organização sempre deve estar atenta para rever sua visão, ainda que ela já esteja sendo alcançada. O horizonte de tempo pode estar expresso no texto da própria visão ou definido no contexto de entorno. Conceito de missão Passo extremamente importante dentro da administração estratégica é conhecer profundamente a razão de ser da organização. É através da missão que você pode identificá-la. A missão define essa razão de ser e é criada para garantir a continuidade do negócio e a concretização da visão. Trata-se de um compromisso com o PRESENTE e com o FUTURO. Em função disso e das mudanças no contexto ao qual o negócio está condicionado, a missão precisa ser repensada periodicamente. Esse instrumento serve como referencial básico para a definição dos objetivos e das estratégias da organização. Características da missão • Objetividade: A missão deve ser sintética e de fácil compreensão. • Pensamento Estratégico: A missão precisa conter as principais referências que nortearão as definições estratégicas da organização; • Cenário Real: Diferente da visão, a missão precisa refletir a realidade da empresa. Os componente da visão não são necessariamente reais no momento de sua definição. Formulação da missão Na formulação da missão, devemos responder a cinco perguntas básicas, quais sejam: • O que fazer? (ramo do negócio); • Para quem? (clientes, acionistas); • Como fazer? (base, embasamento); • Para quê? (finalidade); • Onde? (lugar, região). Um método de estruturação da missão bastante utilizado consiste em responder, individualmente, a essas cinco perguntas básicas e, em seguida, unir as respostas, montando um ou dois parágrafos. Você já conhece bem a diferença entre visão e missão: • A visão representa um sonho a ser conquistado, e sua elaboração não precisa obedecer a regras; • A missão, por sua vez, representa o motivo de existência da organização e precisa responder às cinco perguntas básicas. • Missão = o que a organização é, sobre sua razãode ser, seus clientes e os serviços que presta ( o que, pra quem, como). • Visão = aonde se pretende chegar • Valores = as convicções dominantes, as crenças básicas Cenários: Análise SWOT Ambiente interno • Forças (Strenghts); • Fraquezas (Weaknesses). Ambiente externo • Oportunidades (Opportunities); • Ameaças (Threats) Objetivos Estratégicos: SMART Indicadores são formas de representação quantificáveis de características de produtos e processos. Metas representam os resultados a serem alcançados para atingir os objetivos propostos (SMART). Estratégia é o caminho mais adequado a ser seguido para alcançar os objetivos e desafios estabelecidos pela organização. Gestão estratégica é a forma pela qual a organização “dá vida” ao seu planejamento estratégico. Aula 03: As Estratégicas Competitivas Genéricas Vantagem competitiva A organização deve escolher a estratégia genérica competitiva com base em sua visão e missão, orientando-se para as questões relacionadas à redução de custos ou a inovações. Tudo vai depender do ambiente competitivo em que a organização se encontra. A empresa também deve escolher a estratégia que diz respeito a seu escopo de atuação, que poderá estar orientado para todo o mercado ou apenas para um ou mais nichos. Dessa forma, o mercado-alvo torna-se mais estreito. Alvo Amplo Liderança em custos (alvo amplo, custo baixo) A combinação do alvo amplo com a orientação para o mercado – de forma geral – e o custo mais baixo sugere a adoção da estratégia de liderança em custo. Diferenciação O alvo amplo orientado para produtos e serviços diferenciados sugere a adoção da estratégia de diferenciação. Alvo Estreito Enfoque em custo Trabalhando em nichos de mercado, o alvo estreito orientado para custo mais baixo sugere a estratégia de enfoque em custo. Enfoque em Diferenciação O alvo estreito orientado para a diferenciação sugere a estratégia de enfoque em diferenciação. Estratégia de liderança em custos O ponto central da escolha da estratégia de liderança em custos é fazer com que seu custo total seja menor do que o de seus concorrentes. O custo mais baixo funciona como um mecanismo de defesa da empresa contra a rivalidade de mercado. Empresa com custos baixos Quando pressionada por fornecedores poderosos, a empresa de custo mais baixo terá mais fôlego para continuar na indústria do que seus concorrentes.Concorrentes Estes também estão sujeitos à pressão dos fornecedores. De qualquer forma, fixada uma determinada configuração de concorrentes, fornecedores, compradores, entrantes potenciais e substitutos, a empresa que exibir o menor custo total estará bem posicionada. Posição de liderança em custos no mercado Geralmente, a posição de liderança no custo total exige que a empresa: • Domine uma alta parcela relativa de mercado, que lhe garanta economias de escala; • Se beneficie de outras condições, tais como acesso favorável a matérias-primas ou aos canais de distribuição. Além dos aspectos já abordados, os processos de fabricação devem ser eficientes e estar em permanente evolução. Uma forma de diluir os custos é utilizar uma força de vendas comum para uma ampla linha de produtos. Conheça, a seguir, os benefícios da empresa líder em custos no mercado. Estratégia de Diferenciação Porter entende que só pode existir um líder em custo em determinada indústria. Caso contrário, a batalha por uma parcela de mercado entre várias empresas que desejam a liderança em custos levaria a uma guerra de preços. Essa guerra seria desastrosa para a estrutura de longo prazo da indústria. As empresas que almejam atingir uma posição de liderança nesse quesito devem seguir o seguinte roteiro proposto por Porter: 1. Identificar a cadeia de valores e atribuir custos e ativos às atividades. 2. Identificar os determinantes de custo de cada atividade de valor e a maneira como eles interagem. 3. Identificar a cadeia de valores dos concorrentes, determinar os custos relativos e a origem das diferenças nos custos. 4. Buscar a redução dos custos relativos através do controle dos determinantes dos custos ou da reconfiguração da cadeia de valores. 5. Assegurar que os esforços de redução dos custos não acabem com a diferenciação, a menos que essa seja uma opção explícita. 6. Verificar os esforços de redução de custos quanto à sustentabilidade. Estratégia de Diferenciação No âmbito de toda a indústria, a empresa ofereça um produto considerado único pelos clientes. Benefícios: • defesa contra as forças do ambinte • proteção contra rivalidade da concorrência por conta da lealdade e diminuição da sensibilidade do cliente • diminuição do poder dos compradores, uma vez que eles não encontrarão no mercado outro produto com as mesmas características. Fatores que determinam a diferenciação • Características do produto: atributos, funcionalidades, qualidade, desempenho, design; • Venda e entrega: conveniência, entrega em domicílio, prazo, modalidades de pagamento, serviço pré-venda (inclusive pela internet); • Serviços pós-venda: treinamento, assessoria, facilidades de manutenção, peças de reposição, garantia, política de devolução, compatibilidade com outros produtos; • Indicadores (sinais): marca, propaganda, embalagem, visual do local e do vendedor; • Redução do custo de utilização pelo comprador: operação, consumo de outros insumos, manuseio, índice de defeitos. Roteiro de diferenciação As empresas que almejam desenvolver uma estratégia de diferenciação devem seguir o seguinte roteiro proposto por Porter: 1. Identificar o verdadeiro comprador; 2. Identificar a cadeia de valores do comprador e o impacto da empresa sobre essa cadeira; 3. Determinar critérios de uso do comprador e critérios de sinalização do valor; 4. Analisar as fontes de difereniação (atuais e potenciais) na cadeira de valor; 5. Identificar os custos das fontes de diferenciação; 6. Escolher a configuração de atividades que crie a diferenciação mais valiosa para o comprador em relação ao custo da diferenciação; 7. Verificar os esforços de diferenciação quanto a sustentabilidade; 8. Reduzir o custo em atividades que não afetem a diferenciação escolhida. Estratégia de enfoque A estratégia de enfoque se baseia no fato de que algumas empresas são capazes de atender melhor a seu alvo estratégico do que as concorrentes – que buscam atender a toda a indústria ou a um grande número de seus segmentos. O escopo estratégico deve ser suficientemente estreito, de forma a permitir que a empresa o atenda de modo mais eficiente ou mais eficaz. Veja, abaixo, o esquema que representa as dimensões desse escopo: 1. Dimensões do mercado consumidor • Geográficas: ◦ Região; ◦ Tamanho da cidade; ◦ Clima. • Demográfica: ◦ Idade; ◦ Sexo; ◦ Tamanho, estágio de vida e renda da família; ◦ Ocupação; ◦ Nível de educação; ◦ Religião; ◦ Raça. • Psicográficas: ◦ Classe social; ◦ Estilo de vida; ◦ Personalidade. • Características do produto: ◦ Benefícios e atributos; ◦ Preço; ◦ Serviços agregados. • Comportamentais: ◦ Ocasiões da compra e de uso; ◦ Condição do consumidor (habitual, principiante, não usuário, ex-usuário); ◦ Taxa de uso; ◦ Grau de lealdade; ◦ Atitude para com o produto. • Características de compra: ◦ Volume do pedido; ◦ Forma de acesso; ◦ Canal de distribuição. 2. Dimensões do mercado organizacional • Demográfica: ◦ Tipo de indústria; ◦ Tamanho da empresa; ◦ Localização. • Características do produto: ◦ Benefícios e atributos; ◦ Preço; ◦ Serviços agregados. • Situacionais: ◦ Urgência; ◦ Aplicação específica. • Comportamentais: ◦ Ocasiões de compra e de uso; ◦ Taxa de uso; ◦ Relações – clientes atuais versus novos clientes; ◦ Grau de lealdade. • Características de compra: ◦ Volume do pedido; ◦ Forma de acesso; ◦ Canal de distribuição. • Outras: ◦ Lealdade; ◦ Atitudes em relação a riscos. Aula 04: As 5 forças competitivas Modelo Estratégico de Porter Sabemos que uma empresa não pode viver sem clientes e fornecedores. Por sua vez, não podemos desconsiderar a existência de competidores diretos e indiretos. De uma forma ou de outra, esses aspectos determinam o futuro da empresa no mercado. Para orientar os estudos estratégicos do ambiente em que atua a organização, Porter (1991) sugere um modelo muito útil, elegendo cinco forças que influenciam a competitividade. O autor simboliza essas forças através do seguinte esquema: 1. Rivalidade entre empresas existentes; 2. Entrantes Potenciais; 3. Produtos Substitutos; 4. Compradores; 5. Fornecedores; 1. Rivalidade entre as empresas A rivalidade entre as empresas concorrentes é a mais óbvia das cinco forças – a única que os estrategistas enfocam historicamente. Essa força ajuda a determinar em que extensão o valor criado será dissipado na luta das empresas pelo mercado. Além das condições básicas de cada setor, dentre os elementos que determinam o grau dessa rivalidade estão: • Concentração da indústria; • Pequenos competidores; • Empresas do mesmo ramo; • Ênfase na diversificação do produto. 2. Entrantes potenciais A rentabilidade média de um setor de negócios é influenciada pelos concorrentes que existem e pelos concorrentes em potencial. Na análise da ameaça dos novos entrantes, o conceito-chave é o de barreiras à entrada. Essas barreiras atuam no sentido de prevenir um influxo de empresas, sempre que os lucros – ajustados pelo custo de capital – aumentam bem acima de zero. Como exemplo, temos a concorrência das empresas montadoras de veículos, com a baixa do IPI. Ameaça de Retaliação • Histórico de retaliação na indústria • Existência de empresas com recursos substanciais • Ocorrência de crescimento moderado a lento na indústria • Empresa com alto comprometimento na indústria Como exemplo desse processo, podemos citar quatro grandes empresas do ramo de cosméticos: Natura, Avon, Boticário e Victoria Secret, que exploram uma determinada linha de produtospensando seja em questões ligadas à sustentabilidade, seja no estilo de vida dos consumidores. O diferencial de cada marca influi diretamente na captação de novos usuários. 3. Produtos Substitutos Atualmente, há substitutos que desempenham as mesmas funções de produtos e serviços ofertados por determinado setor. Essa condição limita o montante de valor que pode ser criado. Do ponto de vista da demanda, a análise da ameaça de substituição deve destacar as funções que o produto desempenha para o cliente. Veja um exemplo clássico de produtos substitutos: Disco de vinil substituido por Fita k7 substituido pelo CD substituido pelo MP3 Player. Com o passar do tempo, a tecnologia foi sendo aprimorada e adaptada às necessidades de seus usuários, aliando praticidade e modernidade à demanda existente. 4. Compradores (Poder de barganha) Vamos analisar, agora, a força competitiva do poder de barganha dos compradores: uma das duas forças verticais que influencia quem vai apropriar-se do valor criado no setor. O poder do comprador permite que os consumidores diminuam as margens da indústria, pressionando os competidores a reduzirem preços ou a aumentarem o nível de serviço oferecido, sem custos adicionais para os consumidores. A intensidade do poder de barganha do comprador é grande quando: 1. Há poucos compradores; 2. Os compradores são muito importantes para indústria; 3. A indústria é pouco importante para os compradores; 4. O produto fabricado ou vendido pela indústria é padronizado; 5. Os custos da mudança para outro fornecedore são baixos; 6. Existem substitutos para os produtos da indústria; 7. O comprador tem total informação; 8. Há a possibilidade de integração para trás na cadeira de valor dos compradores 5. Fornecedores (poder de barganha) O poder de barganha dos fornecedores diz respeito a sua capacidade de argumentar e exercer poder sobre os compradores, ameaçando elevar preços ou reduzir a qualidade de seus serviços. Se os compradores forem incapazes de repassar aumentos de preços para os consumidores finais, os fornecedores poderosos poderão reter a maior parte da rentabilidade da indústria. A análise do poder de barganha do fornecedor recai, primeiramente, no grau de concentração e no tamanho relativo dos fornecedores com relação às empresas do setor. Em seguida, essa força incide sobre o grau de diferenciação na cadeia de fornecedores. A fim de entender melhor esse processo, vamos analisar a história dos criadores das maiores empresas concorrentes no setor da informática. Para isso, assista ao vídeo a seguir: • Bill Gates (Microsoft): inteligente e muito motivado. • Stevs Jobs (Apple): gênio, vaidoso, olhava para sí mesmo. clientes tinham que esperar 40 dias pelo produto. Fatores que influenciam o poder dos fornecedores: • Importância estratégica: • Poucos fornecedores • Diferenciação do produto • Produtos substitutos • Indústria (pode ser pouco importante para os fornecedores) • Alto custo (mudança de fornecedores pode demandar alto custo) • Condições (favorável integração vertical p frente por parte do fornecedor) Aula 05: Uma empresa sem rumo estratégico Objetivo 1. Ilustrar o uso dos conceitos das cinco forças competitivas, aplicados a uma empresa; 2. Comparar posições estratégicas diferentes. Análise dos discursos Como você percebeu, o patriarca Jorgenson fez um discurso recomendando que os acionistas não vendessem suas ações ao investidor. Para tal, prometeu uma virada nos negócios – algo que, segundo ele, sempre ocorreu no passado. Por sua vez, o discurso de Garfield mostrou os riscos que os acionistas correrão com a atual situação da empresa. Na prática, a temática do filme nos ajudou a refletir sobre como se constrói um planejamento estratégico adequado. Dessa reflexão, podemos tirar duas lições: 1. É necessário tomar os devidos cuidados com a visão de futuro de nosso negócio, para que não fiquemos presos ao passado, como aconteceu com Jorgenson; 2. Por sua vez, também não nos devemos prender somente a um lado da estratégia, como fez Garfield, decidindo o futuro da empresa única e exclusivamente sob o ponto de vista financeiro. É preciso estar atento a todas as ameaças e oportunidades que envolvem nossa empresa. Continue exercitando sua capacidade de percepção e análise através da Atividade de fixação proposta a seguir. Aula 06: O ambiente externo Importância da análise do ambiente externo Para a construção do futuro da organização, você precisa avaliar as prováveis evoluções do ambiente externo, buscando antecipar oportunidades e ameaças ao desempenho desejado e almejado pela visão e missão da empresa. Pensar sobre esses futuros alternativos estimula a organização a ir além dos fatos e dados que estão à disposição, julgando o que é essencial. De acordo com a Macroplan "a análise do ambiente externo amplia a “sensibilidade” do conjunto de pessoas envolvidas no planejamento da instituição em relação a seu mundo exterior, tornando-as mais aptas a implementar estratégias antecipatórias. O objetivo é “sintonizar” a instituição, em tempo hábil, com as principais tendências e demandas. Dessa forma, sua capacidade de capturar oportunidades que vão surgir aumenta, e a empresa previne-se, com antecedência, de ameaças emergentes." Em outras palavras, analisando o ambiente externo, a empresa consolida e solidifica o planejamento estratégico, estruturando-se interna e externamente. Isso fortalece seus laços comerciais e a torna, por fim, líder de mercado. Construção de Cenários O estudo das evoluções do ambiente externo é feito, geralmente, através de cenários. Veja, a seguir, como alguns estudiosos conceituam cenários: • Porter: Visão internamente consistente daquilo que o futuro poderia vir a ser. Com a construção de múltiplos cenários, uma empresa pode explorar sitematicamente as possíveis consequências da incerteza • Leitão: Cenários são conjuntos coerentes e plausíveis, não necessariamente prováveis, de acontecimentos seriados, e/ou simuntâneos, aos quais estão associados determinados atores e uma escala de tempo • Scribd: descrições sistêmicas de futuros qualitativamente distintos e dos caminhos que os conectam com sua situação de origem. Os cenários nos obrigam a trabalhar com futuros múltiplos, organizando, de um modo que nenhum outro modelo pode fazer, uma variedade de informações aparentemente sem relação. O objetivo é transformar essas informações em quadros de referência para os decisores. No planejamento estratégico, os cenários são particularmente úteis para: • Unificar as visões de futuro dos decisores, tornando explícitas e comuns as premissas em que se baseiam suas decisões; • Configurar evoluções prováveis do mercado e do ambiente competitivo da instituição; • Antecipar oportunidades e ameaças para a instituição. Macrocenários Os cenários usualmente empregados no planejamento estratégico enfatizam fatores macroeconômicos e macropolíticos. Esses cenários são denominados macrocenários. Embora essenciais, muitas vezes, os macrocenários são demasiadamente gerais para orientar a formulação de estratégias de uma organização específica. Por isso, é aconselhável complementá-los com cenários do setor ou da área de atuação da instituição, configurando e especificando: • Suas incertezas; • A dinâmica competitiva; • As perspectivas de mercado. Oportunidades e ameaças Você já aprendeu que o estudo da evolução do ambiente externo é feito através da observação e da análise de cenários. Veja, a seguir, como essa análise auxilia a identificação e caracterização de oportunidadese ameaças às organizações: Oportunidades (POSSIBILIDADES) Oportunidades são situações, tendências ou fenômenos externos à organização – atuais ou potenciais. Essas situações podem contribuir, em grau relevante e por longo tempo, para a realização da missão ou dos objetivos permanentes da empresa e para o alcance de um bom desempenho competitivo. A oportunidade é algo que pode ou não ser aproveitado, dependendo das condições internas da instituição. Ameaças (RISCOS) Inversamente às oportunidades, as ameaças são situações, tendências ou fenômenos externos à instituição – atuais ou potenciais. Essas situações podem prejudicar, substancialmente e por longo tempo, o cumprimento da missão ou dos objetivos permanentes da empresa e o alcance de um bom desempenho. A ameaça é algo que pode concretizar-se ou não, e seus impactos podem afetar a organização. Tudo vai depender de suas condições internas de defesa ou neutralização. Alguns cenários são ricos em oportunidades e pobres em ameaças e outros, vice-versa. Tudo vai depender do negócio. O que é oportunidade para determinado negócio pode não ter valor significativo para outro ou pode até ser entendido como uma ameaça. Como você percebeu, o estudo da evolução do ambiente externo é feito através da observação e da análise de cenários. Entretanto, antes de prosseguir nas definições sobre o futuro de sua empresa, você também precisa analisar o ambiente interno. Pouco adianta, por exemplo, identificar oportunidades únicas se sua empresa não possui as condições internas para aproveitá-las. Dessa forma, a decisão estratégica não deve apenas estar baseada nas condições externas à organização, mas também em informações precisas sobre seu ambiente interno – conteúdo sobre o qual estudaremos adiante. Aula 07: O ambiente interno Composição do diagnóstico interno A partir da reflexão proposta anteriormente, você poderá compor o diagnóstico interno de sua empresa. Esse diagnóstico possui as seguintes finalidades: • Caracterizar e avaliar a evolução do desempenho da instituição em relação ao cumprimento de sua missão ou a seu desempenho competitivo; • Identificar e hierarquizar as forças e fraquezas que determinam esse potencial; • Determinar as principais causas das forças e fraquezas da empresa. Perspectivas do Ambiente Interno A análise do ambiente interno pode ser feita de acordo com duas perspectivas: a organizacional e a competitiva. A seguir serão apresentados os conceitos centrais dessas perspectivas. Analise cada um deles, a fim de compreender sua atuação no ambiente organizacional: • Efetividade: Efeitos produzidos no ambiente externo. • Eficácia: Capacidade de realização dos resultados conforme o planejado. • Eficiência: Capacidade de utilizar bem os recursos e meios disponíveis. • Humanização: Capacidade de a instituição atender às necessidades e aspirações de seus integrantes. • Desempenho: Performance da organização, avaliada segundo critérios preestabelecidos, tais como o grau de realização de sua missão e dos objetivos permanentes. Continuaremos a ver outras perspectivas: força, fraqueza, determinantes e causa: • Força: Fenômeno ou condição interna à instituição – atual ou potencial – capaz de auxiliar, substancialmente e por longo tempo, seu desempenho ou o cumprimento de sua missão e dos objetivos permanentes. • Fraqueza: Fenômeno ou condição interna à instituição – atual ou potencial – capaz de dificultar, substancialmente, seu desempenho ou o cumprimento de sua missão e dos objetivos permanentes. • Determinante: Fenômeno (ou fator) interno ou externo à organização, que produz sua força. Esse fenômeno é variável. • Causa: Fenômeno (ou fator) interno ou externo à organização, que produz sua fraqueza. Esse fenômeno também é variável. Forças e Fraquezas Das forças e fraquezas levantadas anteriormente, devemos destacar aquelas que se constituem como fatores críticos de sucesso para a organização. Em outras palavras, sobressaem-se aquelas que mais conferem ou impedem o sucesso no cumprimento da missão da empresa, tanto do ponto de vista organizacional quanto competitivo. As informações sobre forças e fraquezas empresariais são facilmente obtidas a partir de estudos baseados em: • Relatórios internos; • Pesquisas de clima organizacional; • Caixas de sugestões; • Levantamento específico realizado internamente. Perspectivas do ambiente interno Produto • Características e atributo; • Reputação e marca; • Qualidade; • Amplitude e profundidade da linha de produtos; • Serviços oferecidos ao cliente. Operações • Posição de custo (Economias de escala, Aprendizado, Equipamentos); • Localização (custos de transporte e mão de obra); • Capacidade; • Flexibilidade; • Qualidade; • Acesso a insumos; • Grau de integração vertical. Organização • Cultura da empresa; • Processos de comunicação e de fluxo da informação; • Propensão/aversão ao risco; • Consistência entre estrutura organizacional e estratégia. • Capacidades Gerencial e Adminstrativa • Capacitação dos gerentes; • Liderança; • Coordenação; • Planejamento e controle; Empregados • Idade; • Flexibilidade e adaptabilidade; • Rotatividade; • Atitude e motivação; Pesquisa e Inovação • Patentes e direitos autorais; • Capacitação para pesquisas (Básica, produto, processo de imitação, engenharia reversa); • Acesso a fontes externas (clientes, fornecedores, universidades, etc). Revenda e distribuição • Cobertura e qualidade do canal de distribuição; • Relacionamento com esse canal. Marketing e vendas • Habilidade em pesquisas de mercado; • Capacitação da força de vendas; • Efetividade das ações de marketing; • Influência sobre os canais de distribuição. Financeiro • Capacidade de endividamento; • Gerência de estoques e de contas a pagar/receber; • Exposição a flutuações (tx de juros e câmbio); • Suporte da matriz. Base de clientes • Tamanho e fidelidade; • Parcela de mercado; • Crescimento dos segmentos atendidos. Relacionamentos externos • Com governos e legisladores; • Com entidades normativas, reguladoras e sindicatos; • Com comunidade e grupos de interesse. Objetivo da Análise Interna Você acabou de conhecer os pontos levados em consideração no momento de análise das forças e fraquezas do ambiente interno das empresas. Se estivéssemos trabalhando com uma empresa real, vasculharíamos todos os seus estudos internos, os relatórios de desempenho e as pesquisas internas. Nosso objetivo seria verificar, dos pontos listados anteriormente, aqueles que podem ser destacados como forças ou fraquezas da empresa. Havendo necessidade de mais informações, faríamos uma avaliação interna, utilizando o pessoal da casa, analistas ou auditores externos. Aula 08: A matriz de avaliação estratégica Avaliação Estratégica é a etapa do planejamento em que se desenvolvem reflexões sobre os impactos e inter-relações das adiversas variáveis que compõem os ambientes interno e externo da organização. A comparação das oportunidades e ameaças com as forças e fraquezas permite à organização posicionar-se frente ao futuro, criando as bases para as definições de objetivos e estratégias. Essa comparação pode ser feita através da matriz FOFA (SWOT) Cenários: Análise SWOT Ambiente interno • Forças (Strenghts); • Fraquezas (Weaknesses) Ambiente externo • Oportunidades (Opportunities); • Ameaças (Threats) Forças + Oportunidades = Potencialidades de ação ofensiva. Este quadrante representa a força e o vigor da organização para aproveitar as oportunidades identificadas nos cenários. Força+ Ameaça = Capacidade defensiva. Neste quadrante, localizado em uma posição intermediária, as forças da organização conseguem formar uma barreira às ameaças do ambiente externo. Fraquezas + Oportunidades = Debilidades. Neste quadrante, também localizado em posição intermediária, as fraquezas da organização impedem ou dificultam o aproveitamento das oportunidades do futuro. Fraquezas + Ameaças = Vulnerabilidades. Em oposição às forças, encontramos este quadrante, que representa a fraqueza da organização ao lidar com as ameaças. As vulnerabilidades podem sinalizar uma fase de declínio ou morte da organização. Comparando aspectos da matriz Forças e oportunidades Depois de lançar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, você iniciará a comparação da primeira força com a primeira oportunidade. Para fazer isso, você pode partir das seguintes perguntas: • O quanto (ou como) a força auxilia no aproveitamento da oportunidade por parte de sua organização? • A força alavanca essa oportunidade? Se a resposta for negativa, ou seja, se a força não ajudar no aproveitamento da oportunidade, marque esse ponto em sua matriz com um símbolo que represente a falta de relação (pode ser Zero) entre esses dois elementos. No entanto, se a força ajudar determinada oportunidade, esse ponto ganhará um símbolo que represente essa inter-relação (por exemplo 1 ou 2 dependendo da intensidade da relação). Dessa forma, ao comparar todas as forças com todas as oportunidades, você terá uma boa noção da potencialidade ofensiva de sua empresa. Para considerarmos que a organização apresenta excelente capacidade ofensiva no mercado, o símbolo que deverá aparecer mais vezes nesse quadrante é o número 2. Forças e ameaças Em seguida, você comparará as forças com as ameaças, respondendo à seguinte questão: O quanto essa força consegue neutralizar ou, pelo menos, minimizar determinada ameaça? Se a resposta for negativa, ou seja, se a força de nada serve para neutralizar a ameaça, marque esse ponto com 0 (zero). Por outro lado, se a força for exatamente – ou, pelo menos, quase exatamente – o que a organização precisa para combater a ameaça, esse ponto merece ser marcado com os números 1 ou 2. Como você fez para o primeiro macroquadrante, repita essa análise força a força, ameaça a ameaça. O resultado final lhe dará um bom quadro da capacidade defensiva de sua empresa. Fraquezas e oportunidades A próxima comparação acontecerá entre fraquezas e oportunidades. Para esse caso, busque respostas à seguinte pergunta: A existência dessa fraqueza prejudica ou me impede de aproveitar determinada oportunidade? Ocorrendo uma resposta negativa, marque a matriz com 0 (zero). Isso significa que a fraqueza não está relacionada àquela oportunidade, não influenciando seu aproveitamento. Mas, se você marcar essa relação com os números 1 ou 2, significará que a influência da fraqueza dificulta a utilização da oportunidade em favor da organização. Quanto mais pontos correlacionados nesse macroquadrante, mais débil estará sua empresa. Fraquezas e ameaças Neste momento, compare fraquezas e ameaças, respondendo a esta pergunta: Essa fraqueza é uma porta de entrada para a ameaça? Se a resposta for negativa, significa que, pelo menos, essa ameaça não vai contar com a ajuda de nenhum fator interno da organização para instalar-se em seu negócio e prejudicá-lo. Esse ponto será, então, marcado com 0 (zero). Mas, se essa fraqueza for exatamente o ponto por onde a ameaça se instalará, marque a linha correspondente com os números 1 ou 2. Esteja ciente de que esse é um ponto que merece o máximo de sua atenção, pois representa uma vulnerabilidade da organização. Se muitas relações forem encontradas nesse quadrante, o sinal de alerta deve ser acionado! Quadro final Para a análise final, some, quadrante a quadrante, o número de pontos marcados em sua matriz. Em seguida, divida esse valor pelo número máximo de pontos possível – caso as comparações resultem sempre em números 2. Agora, multiplique o resultado dessa divisão por 100. Você obterá o percentual de cada característica central dos macroquadrantes que a empresa apresenta para o cenário em estudo. Não há um resultado-padrão para a matriz. Tudo vai depender do grau de maturidade do negócio, da flexibilidade e de outras importantes características de cada organização. Entretanto, podemos afirmar que os pontos de relação (do tipo 1 e 2) estarão presentes na matriz, normalmente, em todos os quadrantes, em diversas proporções. Isso ocorre porque, em média, as organizações possuem um pouco de cada uma das quatro características macro. Lembre-se de que essas características incluem: • Potencialidade ofensiva; • Capacidade defensiva; • Debilidade; • Vulnerabilidade. Algumas empresas, contudo, podem estar em determinada fase de evolução, em que uma dessas características se ressalta marcadamente. Como resultado culminante da avaliação estratégica, a empresa deverá ser capaz de responder às seguintes questões: • A estratégia competitiva adotada continuará sendo uma fonte de lucros? • Quais mudanças serão necessárias? • As estratégias desenvolvidas: • Aproveitam as forças para explorar as oportunidades? • Tendem a corrigir as fraquezas? • Minimizam os impactos das ameaças? • O que se pode fazer para transformar ameaças em oportunidades? Agora, você já tem noção de como sua empresa deve-se comportar em cada cenário e quais são as principais questões estratégicas a serem priorizadas. Leia atentamente as instruções da Atividade Proposta e bom trabalho! Aula 09: A definição de objetivos e estratégias Momento de traçar objetivos e estratégias Conforme já estudamos, o planejamento estratégico busca estimular o pensamento a longo prazo. Vencida a etapa de reflexão e análise do contexto de negócios da organização, é hora de definirmos objetivos e optarmos por estratégias que os concretizem. Por trás desse processo, estão os desafios atuais da empresa e aqueles já identificados, por meio da análise de cenários, para os próximos anos. Conceito de objetivo estratégico Para compreender o que é, para que serve e como traçar objetivos estratégicos, primeiramente, conheça o conceito de objetivo: Um objetivo pode ser definido como um estado futuro que se pretende atingir, com real possibilidade de fazê-lo. No âmbito da administração estratégica, o objetivo deve estar apoiado pelos principais referenciais estratégicos da organização: missão, visão e resultados da avaliação estratégica. Dentro desse contexto, estão os objetivos estratégicos, que consistem em: • Objetivos principais: aqueles que definem o direcionamento do negócio, isto é, que são portadores do futuro e da competitividade para a organização. • Objetivos realistas: precisam ser claros e bem divulgados, de forma que haja um entendimento do que se deve fazer e uma aceitação de que esta é realmente a melhor escolha. Por isso, uma boa dose de estímulo e desafio deve ser colocada na elaboração dos objetivos. Em outras palavras, eles não devem ser pura e simplesmente uma continuação do que se vinha tentando fazer até o momento. Tenha apenas CUIDADO para que seus objetivos não se desloquem da realidade. Aspectos essenciais aos objetivos Para serem cumpridos, os objetivos necessitam de acompanhamento. Portanto, desde sua definição, eles têm de ser entendidos e aceitos como possíveis. Cada objetivo deve ser priorizado em relação ao tempo e aos recursos demandados para sua viabilização. Em suma, são aspectos essenciais aosobjetivos: • Coerência com a missão e a visão da organização e com os resultados da avaliação estratégica; • Adequação à realidade, levando em conta seu caráter desafiador; • Estímulo à concretização de ações; • Sistema apropriado de avaliação e controle de seu alcance. Os objetivos são classificados como de curto, médio e longo prazos Elaborar um objetivo de longo prazo não significa deixar de lado ações nos curto e médio prazos. Essa dimensão de tempo diz respeito à expectativa da efetiva conclusão do objetivo. Conceito de estratégia Agora que você já sabe definir e elaborar objetivos, já sabe definir uma estratégia e qual é sua função no contexto do planejamento: Portanto, para cada objetivo, você precisa estabelecer as estratégias de sua viabilização, que podem ser globais ou específicas. Sendo assim, um conjunto de estratégias: • Explicita o padrão de decisões da instituição; • Permite priorizar a alocação de recursos; • Representa uma situação particular; • Contém um conjunto de ações. • O que fazer = objetivos; • Como alcançar = estratégias. Importância da elaboração de um plano completo Quando escolhemos um cenário para nosso planejamento, seguimos os objetivos e as estratégias para ele determinados. Entretanto, em função de mudanças no ambiente externo, é possível que, em algum momento, seja necessário alterar esse rumo. Diante dessas situações, talvez tenhamos de escolher objetivos e estratégias relativos a outro cenário de referência. Isso pode ocorrer, por exemplo, dois anos após a elaboração do plano estratégico. Nesse instante, precisaremos rever o planejado. Disso resulta a importância da elaboração de planos completos, que servem como alternativa a casos de mudanças necessárias. Vamos ver um exemplo? Aula 10: Acompanhamento e o controle Etapas do plano estratégico O planejamento estratégico tem um papel fundamental na administração estratégica. Para dar conta desse papel, o planejamento precisa passar, efetivamente, pelas seguintes etapas: • Implementação: significa colocar em prática os objetivos e estratégias delineados na fase de planejamento. • Controle e acompanhamento: A etapa de acompanhamento e controle verifica a prática de implementação do planejamento estratégico, zelando pelo cumprimento do planejado e realizando ajustes – quando necessário. • Monitoração; • Revisão. A implementação do plano estratégico depende da total integração desse processo com as atividades de planejamento e execução. Essas etapas se desenvolvem nos níveis tático e operacional. Além do alinhamento de planos, para garantir essa integração, é necessário manter um acompanhamento e controle regulares do alcance dos objetivos estratégicos. Definidos na fase estratégica, os objetivos e as estratégias devem orientar a elaboração dos seguintes planos: • Financeiros e orçamentários; • De investimento; • Operacionais; • De marketing; • De Recursos Humanos; • De treinamento e desenvolvimento; • De inserção internacional etc. Esse procedimento de manutenção, por sua vez, ocorre através da escolha de indicadores. Indicadores Relação matemática que mede numericamente o desempenho dos atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar essas medidas com metas numéricas preestabelecidas. Portanto, para cada objetivo estratégico, são selecionados indicadores, que não se devem restringir a informações econômicas ou financeiras. O cumprimento das metas estabelecidas para esses indicadores deve garantir que ações e projetos dos níveis tático e operacional estejam alinhados à estratégia da organização. É necessário acompanhar e controlar, juntamente com os resultados econômico-financeiros: • O desempenho da empresa junto aos clientes; • O desempenho dos processos internos e das pessoas; • As inovações e tecnologias. Por que utilizar indicadores Os indicadores são utilizados para: 1. Assegurar que os requisitos dos clientes sejam atendidos; 2. Assegurar que os requisitos dos clientes sejam atendidos; 3. Dar visibilidade e fornecer um painel de resultados que possibilitem o monitoramento dos próprios níveis de desempenho; 4. Ressaltar os problemas da má qualidade e determinar as áreas que precisam de uma atenção prioritária e um plano de melhoria; 5. Dar uma indicação dos custos da má qualidade; 6. Fornecer feedback e orientar o esforço de melhoria; 7. Permitir que o planejamento seja feito baseado em dados históricos. Análise de Desempenho Na concepção sistêmica das empresas, a análise de seu desempenho deve levar em consideração a interdependência de todos os seus elementos e suas funções. Por exemplo, a inferência estatística é um dos elementos estruturais da gestão em busca da excelência, pois responde pela forma como são tomadas as decisões dentro das empresas. Essas decisões devem estar baseadas em fatos, dados e informações qualitativas. Diante disso, fica perfeitamente clara a importância do desenvolvimento de um sistema de indicadores de desempenho. Entretanto, os indicadores não devem ser muito amplos, porque podem gerar ambiguidade. Os casos típicos de indicadores que geram ambiguidade são aqueles tradicionais referentes à produtividade e à qualidade, mas sem definições detalhadas. Esses indicadores possuem diferentes significados para cada função dentro da empresa. Tomemos como exemplo o indicador de produtividade: • Área de produção: Produtividade = PRODUTO/HORA • Área de Vendas: Produtividade = VALORES DE VENDA/HORA TRABALHADA Portanto, os indicadores não devem ser complexos para não perderem a relação com a realidade física, tornando difícil – ou mesmo impossível – a análise da situação real. Monitoração estratégica Além de acompanhar e controlar o que foi planejado, é fundamental que você realize a monitoração estratégica dos elementos utilizados para o desenvolvimento de seu plano. A contínua monitoração estratégica permitirá ao decisor optar, no momento adequado, pela reorientação de: • Decisões • Revisão dos planos • Elaboração de planos estratégicos completamente diferentes daqueles já considerados até então. Melhor será que a monitoração identifique o momento certo de mudanças, de forma a permitir que sejam feitas ao menor custo (seja financeiro, humano, organizacional, cultural, etc). Atividades de monitoração estratégica As principais atividades exercidas na etapa de monitoração estratégica: • Propagação: Disseminação para os decisores estratégicos. • Informações: Especificação das informações necessárias: O que coletar de informações? • Fontes Seguras: Especificação das fontes de informação: Tais fontes são fidedignas? • Atores: Identificação dos atores que fornecerão as informações: Quem são as pessoas- chave? • Coleta: Coleta dos dados e das informações. • Processo de Análise: Armazenamento, processamento e análise dos dados e das informações. • Avaliação e Interpretação: Avaliação e interpretação das informações. Conclusão Fica a cargo dos decisores estratégicos o que fazer (revisão total ou parcial do plano) e quando realizar tais atividades. O importante é não perder o momento exato da revisão, para que os prejuízos sejam diminuídos. Para os mercados dinâmicos, por exemplo, que apresentam alta velocidade de mudanças tecnológicas, é provável que a monitoração exija que o plano estratégico seja revisado até anualmente. Aula 01: Reflexão inicial sobre estratégia e contexto de negócios Níveis de Planejamento: Valores da administração estratégica: Aula 02: Os ReferenciaisBásicos: Visão e Missão Planejamento estratégico Conceito de missão Características da missão Formulação da missão Cenários: Análise SWOT Ambiente interno Ambiente externo Objetivos Estratégicos: SMART Aula 03: As Estratégicas Competitivas Genéricas Vantagem competitiva Alvo Amplo Liderança em custos (alvo amplo, custo baixo) Diferenciação Alvo Estreito Enfoque em custo Enfoque em Diferenciação Estratégia de liderança em custos Empresa com custos baixos Concorrentes Posição de liderança em custos no mercado Estratégia de Diferenciação Estratégia de Diferenciação Fatores que determinam a diferenciação Roteiro de diferenciação Estratégia de enfoque Aula 04: As 5 forças competitivas 1. Rivalidade entre as empresas 2. Entrantes potenciais 3. Produtos Substitutos 4. Compradores (Poder de barganha) 5. Fornecedores (poder de barganha) Aula 05: Uma empresa sem rumo estratégico Aula 06: O ambiente externo Importância da análise do ambiente externo Construção de Cenários Macrocenários Oportunidades e ameaças Oportunidades (POSSIBILIDADES) Ameaças (RISCOS) Aula 07: O ambiente interno Composição do diagnóstico interno Perspectivas do Ambiente Interno Forças e Fraquezas Perspectivas do ambiente interno Objetivo da Análise Interna Aula 08: A matriz de avaliação estratégica Cenários: Análise SWOT Comparando aspectos da matriz Forças e oportunidades Forças e ameaças Fraquezas e oportunidades Fraquezas e ameaças Quadro final Aula 09: A definição de objetivos e estratégias Momento de traçar objetivos e estratégias Conceito de objetivo estratégico Aspectos essenciais aos objetivos Conceito de estratégia Importância da elaboração de um plano completo Aula 10: Acompanhamento e o controle Etapas do plano estratégico Indicadores Por que utilizar indicadores Análise de Desempenho Monitoração estratégica Conclusão
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