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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS Emanuelle Karine Frota Batista Medica veterinária – Patologista Dra Ciência animal (UFPI) HEMOGRAMA ANÁLISE BIOQUIMICA URINÁLISE COLETA CITOLÓGICA HEMOGRAMA HEMATOPOIESE ERITROGRAMA » Contagem de eritrócitos » Concentração de hemoglobina » Hematócrito » VGM » CHGM ERITROGRAMA VGM Alto: macrocitose Normal: normocitose Baixo: microcitose ERITROGRAMA ERITROGRAMA CHGM »Alto: não existe! »Normal: normocromia »Baixo: hipocromia ERITROGRAMA ANEMIA • Regenerativa - VGM alto CHGM baixo • Hemólise • Hemorragia Classificação baseada na resposta medular Anisocitose, Policromasia, Reticulocitose, Metarrubrícitos, e corpúsculos de Howell-Jolly ANEMIA • Regenerativa - VGM alto CHGM baixo • Hemólise • Hemorragia Classificação baseada na resposta medular ANEMIA REGENERATIVA Metarrubrícitos Howell Jolly Reticulócitos ANEMIA • Não Regenerativa - VGM e CHGM normais • DRC • Aplasia MO • Nutricional • Hormonal Classificação baseada na resposta medular Curso clínico crônico e início lento, neutropenia e trombocitopenia Sem reticulócitos e policromasia ANEMIA REGENERATIVA HEMORRAGIA »Gastrointestinal »Intra-abdominal »Espoliação por ectoparasitas »Traumas ANEMIA REGENERATIVA HEMÓLISE Intra x Extravascular » Parasitas » Vírus » Substâncias tóxicas » Estímulo por citocinas inflamatórias, como IL-1, IL- 6, FNT-α, IFN-ϓ » Doenças com duração >21 dias » Ex.: neoplasias » LEVE!!! ANEMIA NÃO REGENERATIVA DOENÇA CRÔNICA ANEMIA NÃO REGENERATIVA DOENÇA RENAL CRÔNICA » Baixa EPO » Meia-vida reduzida meio urêmico ANEMIA NÃO REGENERATIVA APLASIA/ HIPOPLASIA DE MEDULA Vírus – PIF, FIV, FeLV, PLF Hormônios – estrógenos Neoplasia Drogas – ciclofosfamida, aspirina Doenças infecciosas - cinomose ANEMIA NÃO REGENERATIVA DEFICIÊNCIA HORMONAL »Hipotireoidismo »LEVE! ANEMIA NÃO REGENERATIVA NUTRICIONAL »Ácido fólico »Vitamina B12 »Ferro »Alimentar ou verminose »LEVE! POLICITEMIA Relativa Absoluta Desidratação - ↑ Ht e [Ptn plasmática] ↓ vol plasma Secundária - ↑ eritropoetina Contração esplênica – estresse/ dor [Ptn plasmática] normal Primária – MO: ↑ produção cel. Hipóxia Neoplasia renal ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS HEMÁCIAS Tamanho – Anisocitose Macrocitose Microcitose Cor – Policromasia ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS HEMÁCIAS Formato – Poiquilocitose o Crenadas (equinócitos) – amostras antigas, ↑ [edta] o Acantócitos – hemangioma/sarcoma, doença hepática ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS HEMÁCIAS Formato – Poiquilocitose o Esferócitos – resultam da fagocitose parcial de hemácias cobertas com Ac o Leptócitos – (em alvo) anemia por def. de ferro, doença hepática, esplenectomia ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS HEMÁCIAS Formato – Poiquilocitose o Esquizócitos – fragm de hemácias – danos nos vasos. Fluxo sanguíneo turbulento, CID, neoplasias o Estomócitos – anemia crônica ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS HEMÁCIAS o Rouleaux – hemácias empilhadas, comum em cães e gatos. ↑ ptn – inflamação e neoplasia o Aglutinação – agregação das hemácias – presença de Ac – anemia auto imune LEUCOGRAMA Contagem diferencial de leucócitos LEUCOGRAMA Contagem diferencial de leucócitos LEUCOGRAMA Alteração na contagem de leucócitos Leucopenia Leucocitose Fisiológica Patológica LEUCOCITOSE FISIOLÓGICA ADRENALINA CORTISOL Neutrofilia Neutrofilia Linfocitose Linfopenia Monocitose Monocitose Eosinofilia Eosinopenia Em resposta à liberação de adrenalina ou cortisol Em resposta às doenças Aumento de um tipo de leucócito determina causa, tempo de evolução e prognóstico LEUCOCITOSE REATIVA NEUTRÓFILO MATURAÇÃO • Divididos em: • Neutrófilos adultos – segmentados • Neutrófilos jovens – imaturos • Fagocitar microorganismos invasores NEUTRÓFILO • Pool circulante • Pool marginal NEUTRÓFILO NEUTROFILIA o Aumento no numero de neutrofilos o Bactérias o Vírus o Protozoários o Fungos o Queimaduras, traumas, neoplasias, etc NEUTROFILIA MATURAÇÃO Desvio á esquerda ↑ neutrófilos não segmentados na circulação NEUTROFILIA Desvio á esquerda Regenerativo – MO é capaz de suprir a demanda por NO o NO adultos excede imaturos – leucocitose por neutrofilia o Infecções bacterianas o Lesão tecidual Degenerativo – MO não consegue suprir a demanda por NO o NO imaturos excede os adultos – leucopenia o Septicemia NEUTROFILIA MATURAÇÃO Desvio á direita ↑ neutrófilos hipersegmentados na circulação o Corticosteróides o Deficiência de vit B12 NEUTROPENIA o Diminuição de neutrófilos no sangue o Consumo exacerbado (infecção) o Endotoxemia o Diminuição da produção medular (neoplasia, FIV, FeLV, PLF) MONÓCITOS o Pequena qtidade circulante o Fagocitar e destruir microorganismos o Fagocitar mat. estranho, detritos celulares, cels mortas MONÓCITOS MONOCITOSE Nº aumentado de monócitos » Parvovirose » Coronavirose » Erlichiose » Leucemia » Afecções crônicas LINFÓCITOS o Dois tipos o B – formação de Ac o Linfonodos, polpa vermelha do baço, submucosa do intestino e trato respiratório o T – imunidade mediada por células e regulação da imunidade o Linfonodos, polpa branca do baço, placas de Peyer LINFOCITOSE Nº aumentado de linfócitos »Afecções crônicas »Pós vacinal »Doenças virais (fase crônica) »Linfoma e leucemia linfocitica LINFOPENIA Nº diminuído de linfócitos »Inflamação aguda »Quilotórax »Doenças virais (fase aguda) »Linfoma EOSINÓFILOS o Reduzir e limitar inflamação o Regular resposta alérgica o Controlar infecções parasitárias EOSINOFILIA »Parasitoses »Alergias »Mastocitoma »Leucemia Eosinopenia Sem importância clínica! BASÓFILO o Raros »Parasitoses »Alergias »Mastocitoma »Leucemia Basopenia Não existe!!! INCLUSÕES INTRACELULARES HEMOPARASITOS Hepatozoon canis Babesia sp. Anaplasma platys Ehrlichia canis INCLUSÕES INTRACELULARES HEMOPARASITOS Hepatozoon canis Leihsmania sp Anaplasma marginale Dirofilaria immitis HOMEOSTASIA Primaria Secundária Depende dos fatores: o Vasoconstrição o Formação do tampão primário o Coagulação sanguínea EPISTAXE E PETEQUIAS Avaliação da formação de coagulo e soro no tubo, que deve ser até 25% do vol da amostra Capacidade das plaquetas de aderir, agregar e formar o tampão hemostático HOMEOSTASIA EQUIMOSES, HEMATOMAS Tempo de protombina HOMEOSTASIA Tempo de tromboplastina PLAQUETOGRAMA Função das plaquetas o Prevenção das perdas sanguíneas o Manutenção da integridade do endotélio vascular o Reparação de danos pela adesão ao colágeno subendotelial o Ativação e aceleração da coagulação sanguínea PLAQUETOGRAMA TROMBOCITOPENIA Diminuição da produção plaquetaria o Aumento da destruição ou consumo o Infecção, CID o Sequestro – esplenomegalia TROMBOCITOSE Aumento da produção o Diminuição da destruição (esplenectomia) o Fisiológica (estresse, gestação) o Após trauma, hemorragia o Infecções/ inflamação BIOQUIMICA PLASMÁTICA FÍGADO Funções básicas o Funções vasculares – armazenamento e filtração do sangue o Funções metabólicas o Funções secretoras e excretoras – formação da bile FÍGADO Exames laboratoriais Mensuram lesão nos hepatócitos Detectam colestase Avaliam a função hepática FÍGADO Lesão/ necrose celular Colestase ↑ rápido, horas após a lesão↑ gradativo ENZIMAS DE LESÃO DO HEPATÓCITO ALANINA AMINOTRANSFERASE (ALT) o Enzima hepato-específica para cães e gatos o ↑ ALT é proporcional ao nº células lesionadas Pico de liberação detectado de 3 a 4 dias após a lesão, mas com retorno basal em até 14 dias o Causas o Doença infecciosa, neoplasias, toxinas, medicamentos, colangite, lipidose, drogas Diminuição - cirrose ENZIMAS DE LESÃO DO HEPATÓCITO ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST) o Hepatócitos, células musculares esqueléticas e cardíacas o Não é hepato-especifica o Enzima de fase aguda o Causas o Lesão hepática, Distúrbios miocárdicos, Lesão muscular o Esforço extenuante o Hipóxia, doenças bacterianas e virais o inflamações, neoplasias hepáticas Diminuição Irrelevante ENZIMAS QUE DETECTAM COLESTASE FOSFATASE ALCALINA (FA) o Hepatócitos e epitélio biliar o ↑ FA resulta do ↑ de sua síntese o Causas o Obstrução biliar/ lesão hepática o Indução por esteroides (cão) o Neoplasia Irrelevante no gato – meia vida de 6 horas ENZIMAS QUE DETECTAM COLESTASE GAMA GLUTAMILTRANSFERASE (GGT) o Epitélio dos ductos biliares e túbulos renais o É hepato-especifica para gatos o Causas o Obstrução biliar o Lesão hepática AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA BILIRRUBINA o Originaria da degradação dos eritrócitos o ↑ Bilirrubina – ICTERICIA o Pré hepática ou hemolítica (hemólise) o Hepática (doença hepática) o Pós hepática ou obstrutiva (colestase) Proteger amostra da luz AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA BILIRRUBINA o ICTERICIA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA BILIRRUBINA o Originaria da degradação dos eritrócitos o ↑ FA resulta do ↑ de sua síntese o Causas o Obstrução biliar/ lesão hepática o Indução por esteroides (cão) o Neoplasia Irrelevante no gato – meia vida de 6 horas BT BI BD AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA BILIRRUBINA o Causas de Hiperbilirrubinemia o Hemólise aguda o Hemorragia maciça interna o Perda da função hepatocelular o Doenças infecciosas, trauma grave o Obstrução do fluxo biliar o Bloqueio do ducto biliar, pressão de hepatócitos inflamados, deposição tecidual anormal AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA ALBUMINA o Principal proteína produzida pelo fígado o 60% - 80% de perda hepática HIPOALBUMINEMIA o FUNÇÃO o Pressão oncótica o Carreadora o Proteína de inflamação negativa AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA ALBUMINA o CAUSAS DE HIPOALBUMINEMIA o Diminuição da produção o Def. proteínas, má absorção, distúrbio hepático o Aumento das perdas o Urina, intestino o Queimaduras AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPATICA ALBUMINA o CAUSAS DE HIPERALBUMINEMIA o DESIDRATAÇÃO o Êmese prolongada o Diarreia o Distúrbios poliúricos o Privação de agua PERFIL PROTEICO PROTEINA SERICA TOTAL o PT = ALBUMINA + GLOBULINAS sem fibrinogênio o Globulinas o α e β: sintetizadas pelo fígado Ptns de fase aguda da inflamação: 2 a 5 dias o ϒ: Imunoglobulinas ANTICORPOS [ ] ↑ infecções crônicas PERFIL PROTEICO PROTEINA SERICA TOTAL o HIPERPROTEINEMIA o Desidratação o Esteróides o ↑ fibrinogênio o ↑ globulinas Estocado no tec. adiposo A partir de carboidratos Lipemia LIPÍDEOS A partir de gordura animal Síntese de hormônios e membranas celulares LDL e HDL COLESTEROL TRIGLICERÍDEOS A partir de gordura animal Síntese de hormônios e membranas celulares LDL e HDL LDL – lipoproteína de baixa densidade o Fonte de colesterol para células periféricas HDL – lipoproteína de alta densidade o Retornam o colesterol para o fígado CAUSAS DE AUMENTO Apos refeição Dieta gordurosa Obesidade Hipotireoidismo CAUSAS DE DIMINUIÇÃO Insuficiência hepática Dieta pobre em gordura Má absorção intestinal LIPÍDEOS GLICOSE REGULAÇÃO DA GLICOSE o Glucagon - ↑ gliconeogênese/ glicogenólise o Insulina - ↓ glicogenólise o Pós prandial o Diabetes Mellitus o Hiperadrenocorticismo o Hipotireoidismo GLICOSE HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA o Jejum prolongado o Hipoadrenocorticismo o Insulinoma o Doença hepática crônica Proteína glicosilada PARA DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DA DIABETES MELLITUS Indica [Glicose] há 2 ou 3 semanas FRUTOSAMINA Catabólito de proteínas musculares Catabólito de proteínas alimentares RIM UREIA CREATININA Síntese hepática Ptn – Aminoác – Amônia – Ureia Catabolismo da creatina muscular Ureia e creatinina aumentados AZOTEMIA Pré renal Renal Pós renal RIM AZOTEMIA PRÉ RENAL Mais frequente o Causas: o DESIDRATAÇÃO o Alta ingesta de proteína o Febre o Exercícios prolongados o Doença cardiovascular RIM AZOTEMIA RENAL Lesão renal – ¾ dos néfrons afuncionais o Causas: o Doença Renal Aguda o Nefrite intersticial o Necrose tubular o Doença Renal Crônica o Nefrite / glomerulonerie crônica o Neoplasia RIM Necrose tubular AZOTEMIA PÓS RENAL Falta de eliminação da urina o Sinais Clínicos: o Anúria / Oligúria o Causas: o Obstrução urinária RIM o Presente no músculo esquelético, cardíaco e cérebro o Atua no processo de produção da energia muscular o Lesões do músculo esquelético CREATINA QUINASE AUMENTO CK o Miopatias inflamatórias o Miopatias traumáticas o Miopatias tóxicas o Miopatias isquêmicas IRA Mioglobina (toxica) hipovolemia INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS Emanuelle Karine Frota Batista Medica veterinária – Patologista Dra Ciência animal (UFPI) (86) 99416-1900 emanuellefrota@yahoo.com.br