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Pessoa Jurídica
Conceito: Conjunto de pessoas ou bens dotados de personalidade jurídica própria que foi adquirida em um órgão próprio com registro dela e constituída na forma que a lei mandou, para conseguir aquilo que ele pretende/busca consecução de fins comuns.
*Pessoa Jurídica- Pode ser um conjunto só de pessoas ou só de bens.
Exemplos:
 - Academia Itaperunense de letras, só possui pessoas, não possui bens. 
 - Fundações - como por ex: a Faculdade Redentora, só possui bens.
Requisitos para constituição da Pessoa Jurídica: 
Affectio Societatis - a vontade de fazer e criar uma Pessoa Jurídica.
Elaboração do ato constitutivo 
Associação faz-se um estatuto; 
Empresa/Sociedade faz-se um contrato social;
Fundação faz-se uma Escritura Pública se por ato inter vivos/ por ato mortis causas testamento.
Liceidade do objeto e da finalidade (tem que ser lícitos, na forma da Lei)
Começo da existência legal:
A existência legal começa com o registro de seu ato constitutivo, se e uma associação ou fundação registra-se em cartório de Pessoa Jurídica, se e uma sociedade mercantil (loja) registra o contrato social na junta comercial, escritório de Advocacia registra na OAB, consultório Médico registra no CRM, se partido político no Tribunal Superior Eleitoral. Cada um no seu órgão constitutivo. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Alguns atos necessitam alem do registro autorização. Ex: Unig. Registro e autorização do MEC.
Elementos contidos do Registro: 
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
**Não e pra decorar itens desse art.46. Não serão cobrados na prova especificamente os elementos neles contidos, apenas para que tenha conhecimento do mesmo.
Sociedades irregulares ou de fato ou despersonificada:
EX: muambeiro/*Milena/Sanduíche Natural. 
A pessoa jurídica personalizada não importa o nome atrás dela, entra-se em fase da PJ. Quando não existe a Pessoa Jurídica, devido falta de registro, a responsabilidade é da Pessoa Física, esta não compra como PJ, não tem direitos como PJ, mas é responsabilizada como pessoa cívica, ou seja, não sendo registrada entra se em face diretamente contra a pessoa natural.
Pessoa jurídica irregular - *Milena não e sujeito de direitos, mas de deveres e responde sobre todo e qualquer dano que causar a terceiros.
Classificação das Pessoas Jurídicas:
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
 5.1. Quanto à órbita de sua atuação:
Pessoa Jurídica de Direito Público: (interno e externo) 
Pessoa Jurídica de Direito Privado/particular – campo do direito Civil.
**Pessoa Jurídica de Direito Público INTERNO: União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;  
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
**Pessoa Jurídica de Direito Público EXTERNO:
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Ex: Todo e qualquer Estado soberano estrangeiro, toda e qualquer organização que abrange mais de um Estado (país) - ONU, MERCOSUL, UNESCO...
Pessoas Jurídicas de Direito Privado: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.  
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
Sob o ponto de vista da composição: 
Universitas Personorum - composto essencialmente de pessoas, pode ter bem, mas a pessoa é essencial. Ex: I - as associações; II - as sociedades; IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos. VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Universitas Bonorum - composto essencialmente de bens, pode ter pessoa, mas o bem é essencial. Ex: III - as fundações. (não como criar uma fundação sem bens)
6.1. Associações – (organizações religiosas, partidos políticos - direito). A associação é uma pessoa jurídica de direito privado tendo por objetivo a realização de atividades culturais, sociais, religiosas, recreativas etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam lucros e dotadas de personalidade distinta de seus componentes.
Conceito: (Universitas Personorum)
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
As obrigações e direitos são para com a associação.
Interpretar como “não lucrativos” ao invés de “não econômicos”, pois as associações podem desenvolver atividades econômicas, não podem ter e caráter lucrativo.
A associação não pode ter proveito econômico imediato, o que não impede, contudo, que determinados serviços que preste sejam remunerados e que busque auferir renda para preenchimento de suas finalidades, se tiver bens não pertence às pessoas sim a associação.
Ex: Blocos de Carnaval, Escolas de Samba, Doadores de sangue, Proteção aos animais...
Estatuto:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação; (onde pode ser encontrada)
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;  
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.  
*O estatuto bem assessorado, por um advogado competente evita muitos problemas para a associação, pois todos os possíveis problemas estarão previstos no estatuto.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
 Exclusão de associado: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível
havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Da decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão, caberá sempre recurso à assembléia geral (parágrafo único do art. 57). De qualquer modo, é fundamental que o associado que se pretende excluir tenha ampla defesa. 
Intransmissível: (em regra)
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Não se herda o cargo de participante na associação. No entanto a cota de sócio proprietário é transmissível, sendo assim uma exceção. Ex: Clube de Motociclista que se dissolver e possuem 50 sócios proprietários, essas cotas serão distribuídas entre os sócios ou seus interessados, mas o TÍTULO DE SÓCIO não é transmissível.
Competência privativa da Assembléia Geral: 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: 
I – destituir os administradores; 
II – alterar o estatuto.  
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.  
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.   
Consagra-se o princípio da maioria nas deliberações assembleares, exigindo-se, para destituição de diretoria e alteração estatutária. Todos os associados têm direito de participação na assembléia geral e de nela votar; logo, tal assembléia é convocada, na forma do estatuto, garantindo-se a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
Extinção:
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido (se possuir), depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
Sendo extinta uma associação, o remanescente do seu patrimônio líquido depois de deduzidas quando for o caso, as quotas ou frações ideais do patrimônio, em razão de transferência a adquirente ou a herdeiro de associado, será destinado a entidade de fins não econômicos indicada pelo estatuto. Ante a omissão estatutária, por deliberação dos associados, os seus bens remanescentes deverão ser transferidos para um estabelecimento municipal, estadual ou federal que tenha finalidade similar ou idêntica à sua. E se porventura não houver no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a extinta associação está sediada, estabelecimento, ou instituição, nas condições indicadas, seus bens remanescentes irão para os cofres do Estado, do Distrito Federal ou da União. Possibilidade de restituição da contribuição social aos associados: Os associados poderão receber em restituição, com a devida atualização, as contribuições que prestaram à formação do patrimônio social, antes da destinação do remanescente, se cláusula estatutária permitir ou se houver deliberação dos associados nesse sentido.
6.2. Sociedades (Art44, II CC). 
Direito Empresarial (Direito Cível-parte comercial) será estudado próximo período.
6.3. Organizações Religiosas (Art44, IV CC)
Art. 44 § 1o  São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
Desde que não tenha em seu estatuto nada que fere a legislação, os direitos da personalidade Ex: rituais de bater...
EN - 143 – Art. 44: A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame pelo Judiciário da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos.
6.4. Partidos Políticos (Art44, V CC): 
 Art. 44 §3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
Direito Privado – associação - organização que compete à lei própria - Direito Eleitoral.
6.5. Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (Art44. VI CC):
Até 2011 as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (patrimônio da empresa) não eram possíveis por lei. 
6.6. Fundações: (Art44. III CC): (Universitas Bonorum) Art. 62 CC ao Art. 69 CC- EN CC 8 / 9.
Elemento que parte de um BEM é impossível criar uma Fundação sem partir de um patrimônio.
Art. 62, Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência (desmentido o parágrafo no enunciado)
EN 8 – Art. 62, parágrafo único: a constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no CC, art. 62, parágrafo único. 
EN 9 – Art. 62, parágrafo único: o art. 62, parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos.
Etapas para criação:
Afetação de bens livres por meio de DOTAÇÃO PATRIMONIAL – Art.62 CC.
Constituir-se-á a fundação mediante escritura pública ou testamento, contendo ato de dotação que compreende a reserva de bens livres (propriedades, créditos ou dinheiro) legalmente disponíveis, indicação do fim lícito colimado e o modo de administração. O próprio instituidor poderá providenciar a elaboração das normas estatutárias e o registro da fundação (forma direta) ou encarregar outrem para este fim (forma fiduciária)
Com indicação dos fins que se destinam e a maneira de administrá-los. 
Por ato - Inter vivos- escritura pública registra se o patrimônio para que...
Por ato - Motes causa - através de um testamento deixa patrimônio afetado...
Bens insuficientes - Art.63 CC 
Art. 63. Quando Insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Insuficiência de bens: A lei prevê a possibilidade de ter bens insuficientes para a constituição da fundação, doados por escritura pública ou deixados por via testamentária, ordenando, então, que sejam incorporados em outra fundação que vise igual ou semelhante objetivo, exceto se outra coisa não houver disposto o instituidor.
Transferência dos bens - Art.64 CC
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
Transferência da propriedade dos bens dotados a fundação constituída por negócio jurídico “inter vivos”: Se a fundação for constituída por meio de escritura pública, o instituidor terá a obrigação de transferir a propriedade, ou outro direito real, dos bens livres colocados a serviço de um fim lícito e especial por ele pretendido, sob pena de, não o fazendo, serem registrados em nome dela, por mandado judicial.
Elaboração e aprovação do Estatuto: Art. 65CC / 66 CC (§ 2° e inconstitucional).
Art. 65. Aqueles
a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
Se o instituidor não elaborou os estatutos da fundação, estes deverão ser organizados e formulados por aqueles a quem foi incumbida à aplicação do patrimônio, de conformidade com a finalidade específica e com as restrições impostas pelo fundador, de maneira a não ser violada a volutas do instituidor. E, se os estatutos não forem elaborados dentro do prazo imposto pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em 180 dias, caberá ao Ministério Público tal incumbência. 
* Aprovação dos estatutos - Uma vez elaborados os estatutos com base nos objetivos que se pretende alcançar, deverão ser eles submetidos à aprovação do órgão local do Ministério Público, que é o órgão fiscalizador da fundação em virtude de lei. Se, porventura, este vier a recusar tal aprovação, o elaborador das normas estatutárias poderá requerer aquela aprovação denegada, mediante recurso ao juiz.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1° Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, Caberá o encargo ao Ministério Público Federal. 
§ 2° Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público. (inconstitucional – declarado pelo STF por usurpar atribuição do MPF)
O órgão legítimo para velar pela fundação, impedindo que se desvirtue a finalidade específica a que se destina, é o Ministério Público. Conseqüentemente, o órgão do Ministério Público de cada Estado ou o Ministério Público Federal, se funcionar no Distrito Federal ou em Território, terá o encargo de fiscalizar as fundações que estiverem localizadas em sua circunscrição, aprovar seus estatutos no prazo de quinze dias e as suas eventuais alterações ou reformas, zelando pela boa administração da entidade jurídica e de seus bens. 
Alteração - Art.67CC/Art. 68 CC. 
Art.67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
Vota /aprova. (representação)
Alteração não pode mexer na finalidade.
Ministério Público pode ainda negar essa alteração.
Não sendo aprovado pelo M.P cabe recurso ao Juiz. (normalmente compactua com M.P)
A Alteração dos estatutos apenas será admitida nos casos em que houver necessidade de sua reforma. A Fundação como qualquer pessoa jurídica, devido aos progressos sociais, precisará amoldar-se as novas necessidades, adaptando seus estatutos á nova realidade jurídico-social. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Minoria vencida: Se na reforma estatutária houver minoria vencida, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se cientifique o fato àquela minoria, que poderá, se quiser, estando inconformada, impugnar aquela alteração, recorrendo ao Judiciário, dentro do prazo decadencial de dez dias, pleiteando a invalidação das modificações estatutárias feitas pela maioria absoluta dos membros da Administração da fundação e aprovadas pelo órgão local do Ministério Público. Isto é assim porque a lei apenas conferiu ao Ministério Público o dever de fiscalizar e não o direito de decidir, uma vez que o controle da legalidade compete ao Judiciário. O magistrado terá, então, a competência para decidir e conhecer das nulidades que, porventura, apareçam no processo de alteração do estatuto da fundação, mediante recurso interposto pela minoria vencida dos membros de sua Administração, cuja decadência se opera em dez dias.
Registro Art.114 Lei 6015/73 - Cartório de pessoas jurídicas com aprovação do Ministério Público.
Art. 114. No Registro Civil de Pessoas Jurídicas serão inscritos: (Renumerado do art. 115 pela Lei nº 6.216, de 1975).
I - os contratos, os atos constitutivos, o estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, bem como o das fundações e das associações de utilidade pública;
II - as sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo as anônimas.
III - os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 9.096, de 1995)
Parágrafo único. No mesmo cartório será feito o registro dos jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias a que se refere o art. 8º da Lei nº 5.250, de 9-2-1967.
Extinção. Art.69 CC.
Art. 69. Tomando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
Extinção da fundação por ilicitude de seu funcionamento, pela impossibilidade ou inutilidade de sua finalidade. Constatado ser ilícita, impossibilidade, ou inútil o objetivo da fundação, o órgão do Ministério Público, ou ainda, qualquer interessado (CPC, art.1.204) poderá requerer a extinção da instituição. 
Término da fundação pela decorrência do prazo da sua duração - Terminará a existência da fundação com o vencimento do prazo de sua duração. Para tanto, o Ministério Público ou qualquer interessado deverá, mediante requerimento, promover a extinção da fundação. 
Destinação dos bens da fundação extinta - Com a decretação judicial da extinção da fundação pelos motivos acima arrolados, seus bens serão, salvo disposição em contrário no seu ato constitutivo ou no seu estatuto, incorporados em outra fundação, designada pelo juiz, que almeje a consecução de fins idênticos ou similares aos seus. O Poder Público dará destino ao seu patrimônio, entregando-o a uma fundação que persiga o mesmo objetivo, exceto se o instituidor dispôs de forma diversa, hipótese em que se respeitará sua vontade e a do estatuto.
Representação da Pessoa Jurídica. Art.48 /Art. 49 CC.(qualquer tipo de pessoa jurídica) 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tornarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Se por lei ou pelo contrato social vários forem os administradores, as deliberações deverão ser tomadas por maioria de votos dos presentes, contados segundo o valor das quotas de cada um, exceto se ato constitutivo dispuser de modo contrário. 
O direito de anular deliberação de administradores que violar norma legal ou estatutária ou for eivada (contaminada) de erro, dolo, simulação ou fraude, poderá ser exercido dentro do prazo decadencial de três anos. 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
Como a pessoa jurídica precisa ser representada, ativa ou passivamente, em juízo ou fora dele, deverá ser administrada por quem o estatuto indicar ou por quem seus membros elegerem. Por isso, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o magistrado, mediante
requerimento de qualquer interessado, deverá nomear um administrador provisório, que a representará enquanto não se nomear seu representante legal, que exteriorizará sua vontade, no exercício dos poderes que lhe forem conferidos pelo contrato social (CC art. 47).
Responsabilidade Civil.
Tratando-se de pessoas de Direito Público Interno - Art.43CC (-União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei.)
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Teoria do risco e responsabilidade objetiva - Por essa teoria cabe indenização estatal de todos os danos causados, por comportamentos dos funcionários, á direitos de particulares. Trata-se da responsabilidade objetiva do Estado, bastando à comprovação da existência do prejuízo a administrados. Mas o Estado tem ação regressiva contra o agente, quando tiver havido culpa ou dolo deste, de forma a não ser o patrimônio público desfalcado pela sua conduta ilícita. Logo, na relação entre poder público e agente, a responsabilidade civil é subjetiva, por depender da apuração de sua culpabilidade pela lesão causada ao administrado.
Tratando-se de pessoas Direito Privado - Art.47CC.
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
Seus administradores á representam ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, todos os atos negociais exercidos por eles, dentro dos limites de seus poderes estabelecidos no estatuto social, obrigarão a pessoa jurídica, que deverá cumpri-los. Se agir fora desses limites (por conta própria) a pessoa jurídica não responde e sim a pessoa física responsável pelo ato.

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