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ANOTAÇÕES DIREITO CIVIL VIII


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��DIREITO CIVIL VIII
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6 concessão de uso especial para fins de moradia:
- Finalidade social, porém diferente da concessão de direito real de uso;
- Espécie de “”usucapião”” de um bem público;
- Veio suprir um grande problema que o país ia enfrentar em relação à usucapião quando se transformou em matéria constitucional.
- Artigos 182 e ss da CF; função social da propriedade imóvel urbana e rural;
- Artigo 183 e 191 CF; ( CC/02 se adaptou à Constituição - Artigo 1240 e 1239 CC;
- Ente público tem o dever de...; ao contrario do particular que tem a faculdade de (gozar, dispor, reivindicar, usar);
- STF: várias ações judiciais requerendo a usucapião de bens públicos; e para evitar editou-se a MP 2.220/01, que foi transformada na Lei 11.481/07, criando artigo 22-A (concessão de uso especial para fins de moradia);
Objetivo: Barrar a possibilidade de usucapião de bem público;
- Requisitos:
- somente área urbana;
- até 250 m2;
- ânimo de dono;
- único imóvel;
- moradia;
- até 30/06/01;
- imóvel público da União;
7 concessão de direito real de uso:
- Apareceram em 2007 (uso e fins de moradia); 
- Mas já eram utilizados de maneira mais simples (contrato administrativo) onde a Administração Pública cedia a um particular (PF ou PJ) de forma remunerada ou não, para qualquer finalidade que houvesse interesse social envolvido;
- Criação de zonas industriais, comerciais, incentivando a geração de emprego, tributos, etc.
- Substitui a Doação, pois não transmite a propriedade ao particular;
- Passa apenas a posse aos empresários;
ENFITEUSE:
CC/16 = artigo 678;
Art. 678. Dá-se a enfiteuse, aforamento, ou emprazamento, quando por ato entre vivos, ou de última vontade, o proprietário atribui à outro o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro, anual, certo e invariável.
Art. 679. O contrato de enfiteuse é perpétuo. A enfiteuse por tempo limitado considera-se arrendamento, e com tal se rege.
CC/02 = artigo 2.038;
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.
§ 1º Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I – cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;
II – constituir subenfiteuse.
§ 2º A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.
Proíbe a criação de enfiteuses e de subenfiteuse, porém as que existem continuam a ser regulamentadas pelo CC/16.
Até hoje as enfiteuses que existem (como são perpetuas – artigo 679, e como o artigo 2038 não extingue as que existem) possuem somente uma finalidade:
- pessoa que tem muitos bens, que não consegue cuidar e não quer perder; ( coloca uma pessoa lá que irá cuidar do patrimônio;
Proprietário = senhorio direto - poder de dispor e reivindicar;
Enfiteuta = poder de usar e fruir;
A posse direta é transferida ao enfiteuta;
E o senhorio direto fica com a posse indireta;
***O poder de reivindicar => propriedade***
E se alguém tomar a posse do enfiteuta....
Quando o enfiteuta perde a posse do bem, tem o direito de voltar ao bem, mas não é reivindicação = commoda possessionis = reintegração de posse;
O enfiteuta não tem poder de reivindicação, pois isto é exclusivo da propriedade (senhor direto). Possui, porém, o direito de ser mantido ou reintegrado na posse (pois pode usar e fruir).
- Características:
- Perpétua;
- Alienável;
- Onerosa;
- Valor fixado = anualmente = foro cânon ou ‘solarium’;
Atraso de três prestações consecutivas = COMISSO = extingue a enfiteuse;
- Enfiteuta fica responsável por todos os tributos; obrigações ‘prop ter rem’ do bem;
Laudêmio = prestação que o enfiteuta paga para o senhorio direto, quando transfere a enfiteuse à outra pessoa;
Art. 686. Sempre que se realizar a transferência do domínio útil, por venda ou dação em pagamento, o senhorio direto, que não usar da opção, terá direito de receber do alienante o laudêmio, que será de dois e meio por cento sobre o preço da alienação, se outro não se tiver fixado no título de aforamento.
- O senhorio direto tem a preferência na aquisição; e vice-versa;
- Dação em pagamento = dar em pagamento algo que não foi pactuado, mas para quitar a divida (entrega de objeto diverso da prestação devida – uma coisa por outra);
Art. 2.038. 
§ 1º Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I – cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;
Só pode cobrar sobre o valor da terra nua!!!!
Cabecel: 
Como a enfiteuse pode ser constituída para mais de uma pessoa (vários enfiteutas sobre o mesmo bem) = os enfiteutas devem eleger um representante para tratar diretamente com o senhorio direto;
Após a constituição da enfiteuse ( 6 meses para elegerem o cabecel ( se não escolherem o senhorio direto escolherá;
Art. 690 CC/16. Quando o prédio emprazado vier a pertencer a várias pessoas, estas, dentro em seis meses, elegerão um cabecel, sob pena de se devolver ao senhorio o direito de escolha.
§ 2º Se, porém, o senhorio direto convier na divisão do prazo1, cada uma das glebas em que for dividido constituirá prazo distinto.
1 Prazo = Enfiteuse!!!
Se o imóvel for muito grande ( enfiteutas podem dividir o bem ( se o senhorio concordar ( divisão em tantas enfiteuses quantos forem os enfiteutas (enfiteuses apartadas);
- Formas de constituição:
- Contrato ou testamento
- Registrado por instrumento público;
- Formas de extinção:
- Consolidação (senhorio direto vende a propriedade para o enfiteuta);
- Desapropriação (indenização para o enfiteuta e para o senhorio direto);
- Desaparecimento do bem;
- Perecimento Jurídico;
Art. 692 CC/16. A enfiteuse extingue-se:
I - Pela natural deterioração do prédio aforado, quando chegue a não valer o capital correspondente ao fôro e mais um quinto deste.
- Comisso;
II - Pelo comisso, deixando o foreiro de pagar as pensões devidas, por três anos consecutivos, caso em que o senhorio o indenizará das benfeitorias necessárias.
- Falecimento;
III - Falecendo o enfiteuta, sem herdeiros, salvo o direito dos credores.
- Resgate;
Art. 693 CC/16. Todos os aforamentos, inclusive os constituídos anteriormente a este Código, salvo acordo entre as partes, são resgatáveis dez anos depois de constituídos, mediante pagamento de um laudêmio, que será de dois e meio por cento sobre o valor atual da propriedade plena, e de dez pensões anuais pelo foreiro, que não poderá no seu contrato renunciar ao direito de resgate, nem contrariar as disposições imperativas deste capítulo.
	
11 DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR DO IMÓVEL:
- Poder de reivindicar;
- Contrato de promessa de compra e venda;
- Contrato preliminar, onde as partes (promitente comprador / promitente vendedor) estabelecem: 
- A coisa vendida (imóvel) e 
- O preço a ser pago;
O proprietário vendedor promete que irá vender o bem para o promitente comprador que promete o pagamento;
( Quando preço estiver integralmente pago, o vendedor transfere o bem através do contrato definitivo de compra e venda;
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Art. 1.417. Mediante promessa
de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
- Requisitos:
- promessa de compra e venda;
- irretratabilidade (não arrependimento irrenunciável);
- pagamento total do $ (só pode exigir o cumprimento da obrigação do outro, depois de adimplir a sua parte);
- registro;
Precisa registrar??
- Contrato compra e venda = possui forma (imóvel – escritura pública);
- Contrato promessa = não tem forma;
STJ = não precisa registrar; quando as pretensões são dirigidas contra o promitente comprador; ou quando há posse do bem;
Ou seja, registro = só se não tiver posse; e tiver pretensão contra terceiro.
Súmula 239, e 84 STJ:
Súmula: 239. O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.
Ação de EMBARGOS DE TERCEIRO:
Súmula: 84. É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
Promitente comprador para desconstituir a penhora.
Artigo 1.046 CPC;
Ação de adjudicação compulsória:
Art. 1.418 CC. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
- Endereçamento = local do imóvel;
- Demonstração do interesse de agir = mostrar ao judiciário que precisa da intervenção naquele caso: 
∟ Provar que o promitente vendedor se recusa a transferir a propriedade do bem imóvel mediante contrato definitivo de compra e venda = através da notificação (Artigo 397, §1º CC);
Notificação Premonitória = súmula 76 STJ;
Súmula: 76. A falta de registro do compromisso de compra e venda de imóvel não dispensa a prévia interpelação para constituir em mora o devedor.
Art. 466-B CPC.
Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato não cumprir a obrigação, a outra parte, sendo isso possível e não excluído pelo título, poderá obter uma sentença que produza o mesmo efeito do contrato a ser firmado.
DIREITOS REAIS DE GARANTIA:
- Vincular um determinado bem (objeto de propriedade) ao pagamento de uma dívida;
- Se a dívida não for paga corretamente, nasce então para o titular, a possibilidade de “vender o bem” para com o produto da venda satisfaça o seu credito.
Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.
- Pode ser instituído:
Antes da divida;
No momento da dívida;
Depois da dívida;
Características:
- Acessoriedade: não existe em si. É sempre um acessório da dívida;
- Preferência: uma obrigação garantida por direito real se torna pagável antes das demais.
1º Alimentos;
2º Fiscais;
3º Direitos reais de garantia;
- Excussão: = execução; permite ao credor, independentemente de outros bens, preferencialmente vincular dentro do processo de execução, aquele bem dado em garantia real, para levá-lo à expropriação.
Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro.
Art. 655, CPC:
§ 1º Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora.
- Sequela: não importa com quem o bem está, e quem seja o proprietário; princípio da aderência;
- Indivisibilidade: o bem se vincula até o final da dívida; mesmo que o direito real de garantia esteja vinculando mais de um bem;
Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação.
∟ Exceções:
- Quando consta no contrato do título da dívida de que o pagamento proporcional também irá liberar proporcionalmente o(s) bem(s).
- Quando o credor consente; (por meio do recibo de quitação);
- Quando judicialmente consegue a liberação da garantia; 
Ex.: incorporadora de são Paulo.
- Publicidade: necessariamente é registrado = ESPECIALIZAÇÃO
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia:
I – o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;
II – o prazo fixado para pagamento;
III – a taxa dos juros, se houver;
IV – o bem dado em garantia com as suas especificações.
Outras solenidades:
- Hipoteca e anticrese de bens imóveis = necessariamente escritura pública; registradas na matrícula do bem;
- Hipoteca legal = decorre de lei;
- Penhora legal = procedimento judicial = homologação do penhor legal;
- Penhora = Cartório Registros de Títulos e Documentos; e em algumas hipóteses, como, por exemplo, veículo também no Detran.
- Penhor comum = exige a tradição;
- Vencimento antecipado: 
Ex.: parcelas: 30/10 (pago); 30/11 (não paga)....30/03 (última) ( Todas as parcelas posteriores (30/12; 30/01; 29/02; 30/03) vencem no dia 30/11. [Inciso III, art. 1.425].
Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:
I – se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
Art. 1.427. Salvo cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize.
Apenas o devedor pode ser intimado para reforçar a garantia, e não um terceiro. A não ser que o terceiro tenha, expressamente, se vinculado também a reforçar a garantia.
II – se o devedor cair em insolvência ou falir;
III – se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV – se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V – se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Proibição do pacto comissório: cláusula que veda o devedor a ficar com o bem.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Quando a dívida está vencida o devedor pode dar o bem, se o credor aceitar;
Art. 1.426. Nas hipóteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dívida, não se compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido.
- O credor é obrigado a tirar os juros remuneratórios do período ainda não decorrido, no caso de vencimento antecipado;
Sub-rogação real: no caso de desapropriação = valor da dívida (dívida 100 – desapropriação 80 = vai os 80 / dívida 100 – desapropriação 150 = paga os 100 e libera os 50).
- Após a execução = se sobrar valores = são devolvidos ao proprietário;
ESTRUTURA JURÍDICA:
- Capacidade: toda pessoa que pode vender, pode, também, dar em direito real de garantia;
- Outorga conjugal:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus
real os bens imóveis;
- União estável: pessoa se declara solteiro ( os conviventes podem pedir para desconstituir a garantia ( porem a doutrina e jurisprudência entendem que se no contrato existe clausula contendo que o devedor se declara solteiro ( não podem desconstituir a garantia;
TODAVIA, não podem constituir direito real de garantia:
- os menores de 16 anos, salvo com autorização judicial – art. 1.691;
- os maiores de 16 e menores de 18 anos (mesmo assistidos, apenas com autorização judicial);
- os menores sob tutela (art. 1.748, IV; 1.750);
- os interditados (evitar a denominação interditos) em geral (1.781);
- os pródigos (1.782);
- as pessoas casadas, isoladamente, em relação aos bens imóveis, exceto no regime de separação absoluta e participação final dos aquestos (desde que particulares – 1.656);
- o inventariante, salvo autorização judicial (o herdeiro, todavia, pode gravar de ônus real sua cota-parte na herança, mediante alvará, independentemente de anuência dos demais);
- o mandatário sem poderes especiais e expressos (661, § 1.º);
- condômino;
8 PENHOR:
- Poder de DISPOR;
- Vinculado a bens MÓVEIS;
- Tira a propriedade;
PENHOR COMUM:
- Vincula um bem móvel ou mobilizável ao pagamento de uma dívida, e entrega na mão do credor o bem.
- Obriga o credor como depositário do bem (credor não tem posse de uso, somente de guarda e conservação);
- O credor obrigado como depositário, e se o bem dado foi uma vaca: 
- se gerar despesas = aumenta a dívida do devedor; 
- se gerar lucro (leite produzido) = é do credor e ele abate da dívida;
Art. 1.433. O credor pignoratício tem direito:
I – à posse da coisa empenhada;
II – à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua;
III – ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada;
IV – a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração;
V – a apropriar‑se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;
VI – a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo‑a, ou oferecendo outra garantia real idônea.
Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado (deveres):
I – à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, podendo ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade;
II – à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário o exercício de ação possessória;
III – a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente;
IV – a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;
V – a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.
Obs.: 
- Penhor = empenhado; (direito real de garantia);
- Penhora = penhorado; (ato processual);
- EXTINÇÃO:
Art. 1.436. Extingue-se o penhor:
I – extinguindo-se a obrigação;
- Pagamento ≠ Extinção obrigação;
∟tempo, modo e lugar ajustados (cumprimento da obrigação);
- Extinção = pode ser sem o pagamento (remissão; transação; etc.);
III – renunciando o credor;
- Expressamente; ou na forma do §1º artigo 1346 (remete ao artigo 387 CC);
Obs.:
- Remissão = remitida = perdoada; (artigo 385 e 387 CC);
- Remição = remir = resgatada; (artigo 651 CPC);
Remissão Da dÍvida = artigo 385 CC;
Remissão Do penhor = artigo 387 CC;
§ 1º Presume-se a renúncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preço, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição por outra garantia.
II – perecendo a coisa;
Não é sempre que houver a perda total o penhor irá se extinguir = sub-rogação real = penhor não se extingue;
- Fundamento = Artigo 1.425, §§1º e 2º;
IV – confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa;
- Consolidação;
- Só extingue na parte em que realmente o devedor se tornar credor dele mesmo; pois, se outra pessoa continua credor, o devedor continua responsável pela dívida, e o penhor permanece inteiro (indivisibilidade);
V – dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
PENHOR RURAL:
Conforme a atividade é subdivido em:
- Agrícola;
- Pecuário;
∟ Para sua criação depende de instrumento especifico, direcionada para determinada aquisição de determinada atividade ( Identifica o bem (como pecuária ou agrícola) e diz onde o bem estará localizado ( Formaliza o instrumento e registra na matrícula do imóvel onde o bem está localizado;
Não existe tradição, e exige a finalidade dos créditos, e a localização dos bens empenhados.
(Penhor Agrícola:
Uma exceção ao principio prior in tempo, potior in jure:
- no caso de colheita (1443, e parágrafo único): 
O penhor que recai sobre colheita pendente abrange a imediatamente seguinte, no caso da empenhada se revelar insuficiente. 
Se outro credor financiar a nova safra, terá limitação ao mesmo valor do primeiro, e preferência sobre este.
Art. 1.443. O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia.
Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova safra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor, em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este (primeiro) apenas o excesso apurado na colheita seguinte.
- Objeto:
Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor:
I – máquinas e instrumentos de agricultura;
II – colheitas pendentes, ou em via de formação;
III – frutos acondicionados ou armazenados;
IV – lenha cortada e carvão vegetal;
V – animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.
( Penhor Pecuário:
- Objeto:
Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
PENHOR INDUSTRIAL E MERCANTIL:
- Idênticos ao penhor pecuário e agrícola;
- A diferença está na natureza da atividade: quando o bem a ser empenhado é de atividade mercantil / industrial;
- Vinculado também na destinação do crédito garantido;
- Criados na época do “milagre” da ditadura militar (1964 e 1967);
- fomento da atividade industrial;
- Objeto:
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
PENHOR DE VEÍCULOS:
Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veículos empregados em qualquer espécie de transporte ou condução.
- Carroça, carro, caminhão, bicicleta, etc. qualquer veiculo previsto no código de transito brasileiro;
- Não permite a tradição, pois o valor cai muito. ( Penhor de veiculo (credor não pode usar) anos depois o veículo não vale o que valia.
- Fica com o proprietário;
- Registro se faz:
- Cartório de registro e documentos
E
- Detran;
Art. 1.463. Não se fará o penhor de veículos sem que estejam
previamente segurados contra furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros.
Seguro TOTAL;
PENHOR DE DIREITOS E TÍTULOS DE CRÉDITO:
∟ Art. 1.451 Até 1.457 = penhor de direito de crédito;
- Devedor é credor de outra dívida, passa ao credor pignoratício o direito de cobrar a dívida;
- Só é válido se notificar o devedor (C);
 Instrumento Particular:
- 2 vias = uma com o credor e outra com devedor.
- Devedor B entrega a sua via para o credor A, que notifica o devedor C;
 Instrumento Público (Escritura pública):
- Tem tantas vias originais quantas quiserem ser feitas (qualquer pessoa pode pedir traslado do documento);
- Quem primeiro notifica tem preferencia sobre os demais;
Art. 1.451. Podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis.
Art. 1.452. Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos.
Parágrafo único. O titular de direito empenhado deverá entregar ao credor pignoratício os documentos comprobatórios desse direito, salvo se tiver interesse legítimo em conserva‑los.
Art. 1.453. O penhor de crédito não tem eficácia senão quando notificado ao devedor; por notificado tem‑se o devedor que, em instrumento público ou particular, declarar‑se ciente da existência do penhor.
Art. 1.454. O credor pignoratício deve praticar os atos necessários à conservação e defesa do direito empenhado e cobrar os juros e mais prestações acessórias compreendidas na garantia.
Art. 1.455. Deverá o credor pignoratício cobrar o crédito empenhado, assim que se torne exigível. Se este consistir numa prestação pecuniária, depositará a importância recebida, de acordo com o devedor pignoratício, ou onde o juiz determinar; se consistir na entrega da coisa, nesta se sub‑rogara o penhor.
Parágrafo único. Estando vencido o crédito pignoratício, tem o credor direito a reter, da quantia recebida, o que lhe é devido, restituindo o restante ao devedor; ou a excutir a coisa a ele entregue.
Art. 1.456. Se o mesmo crédito for objeto de vários penhores, só ao credor pignoratício, cujo direito prefira aos demais, o devedor deve pagar; responde por perdas e danos aos demais credores o credor preferente que, notificado por qualquer um deles, não promover oportunamente a cobrança.
Art. 1.457. O titular do crédito empenhado só pode receber o pagamento com a anuência, por escrito, do credor pignoratício, caso em que o penhor se extinguirá.
∟ Art. 1.458 Até 1.460 = penhor de TÍTULOS de crédito;
Prerrogativas de: autonomia / Cartularidade;
- Basta fazer no próprio título = endosso pignoratício;
- Juros são do credor pignoratício; para que no final possa devolver ao devedor o valor do titulo.
- Vedado pacto comissório;
Art. 1.458. O penhor, que recai sobre título de crédito, constitui‑se mediante instrumento público ou particular ou endosso pignoratício, com a tradição do título ao credor, regendo‑se pelas Disposições Gerais deste Título e, no que couber, pela presente Seção.
Art. 1.459. Ao credor, em penhor de título de crédito, compete o direito de:
I – conservar a posse do título e recupera‑la de quem quer que o detenha;
II – usar dos meios judiciais convenientes para assegurar os seus direitos, e os do credor do título empenhado;
III – fazer intimar ao devedor do título que não pague ao seu credor, enquanto durar o penhor;
IV – receber a importância consubstanciada no título e os respectivos juros, se exigíveis, restituindo o título ao devedor, quando este solver a obrigação.
Art. 1.460. O devedor do título empenhado que receber a intimação prevista no inciso III do artigo antecedente, ou se der por ciente do penhor, não poderá pagar ao seu credor. Se o fizer, responderá solidariamente por este, por perdas e danos, perante o credor pignoratício.
Parágrafo único. Se o credor der quitação ao devedor do título empenhado, deverá saldar imediatamente a dívida, em cuja garantia se constituiu o penhor.
PENHOR LEGAL:
- Decorre da lei;
- Existem credores em situação de desvantagem em relação aos devedores.
- Possuem outras duas previsões em leis especiais, além das previstas no artigo 1.467 (ou seja, existe 4 hipóteses de proteção):
Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:
I – os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, joias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;
- Homologação do penhor legal (874 - 876 CPC) ( se devedor não pagar ( credor vende judicialmente os bens para se satisfazer do crédito;
- Bagagens em hospedarias = depósito legal (art. 649);
II – o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
- Locador pode apreender bens moveis do locatário se este não pagar.
 Decreto n.º 5.492/1928, art. 16 do e Decreto n.º 18.257/1928, art. 27, que instituem penhor legal em favor de artistas e auxiliares cênicos, sobre o material da empresa teatral usado nas apresentações, quando esta não efetuar o pagamento dos salários e/ou despesas com transporte;
- Representantes de artes cênicas ( objetos móveis que utilizaram no exercício da sua profissão no valor da remuneração não paga;
Decreto-Lei nº 4.191/1941, que trata sobre o penhor legal sobre as máquinas e aparelhos utilizados na indústria, que se encontrem no prédio dado em locação. Difere da hipótese do art. 1.467, II, porque são bens individualmente considerados, e não se prestam à guarnição do prédio, o que se entende como o mobiliário (sofás, cadeiras, mesas etc.).
- Requisitos:
1º) Relação negocial;
2º) Inadimplemento (devedor não pagar);
3º) Apreensão (o credor pode apreender);
4º) Homologação (procedimento especial prevista no art. 874 CPC);
Todas AS formas de penhor nascem antes do inadimplemento, SALVO penhor legal, que nasce após o inadimplemento!!!
Art. 1.468. A conta das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.
Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida.
Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores comprovante dos bens de que se apossarem.
Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial.
Art. 1.472. Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante caução idônea.
9 HIPOTECA:
- Poder de DISPOR;
- Tira a propriedade;
- Vinculada a bens IMÓVEIS;
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I – os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
- Acessórios = não são imóveis, mas que estão imobilizados:
Ex.1: Acessões - construções e plantações;
Ex.: 
Colheita sozinha = penhor;
Colheita no solo = hipoteca;
Ex.2: Pertenças: (bens destinados ao aformoseamento de outro (Art. 93 CC));
Ex.: Colheitadeira;
II – o domínio direto;
- Nu proprietário = proprietário que está despido do seu bem (posse indireta).
III – o domínio útil;
- Somente enfiteuse (usar e fruir);
- Único direito real, atualmente, sobre coisa alheia que se caracteriza como domínio útil, e pode ser objeto de hipoteca = enfiteuse;
***Usufruto não pode ser dado em hipoteca, pois é inalienável***
IV – as estradas de ferro;
- Art. 1.502
a 1.507 CC;
- Compõe-se não apenas dos trilhos e dormentes; mas também das locomotivas, vagões = tudo é hipotecado;
- É registrado no CRI do começo da linha, até o final da área hipotecada;
Ex. Pato Branco – Florianópolis (registra em Pato Branco e em Florianópolis);
V – os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;
- Recursos minerais são destacados do solo; 
- A hipoteca do solo, não abrange o recurso natural;
VI – os navios;
VII – as aeronaves;
Bens móveis, mas que são objeto de hipoteca, devido:
1º) Valor elevado;
2º) Vinculação em portos e aeroportos.
(Mesma noção da estrada de ferro).
VIII – o direito de uso especial para fins de moradia;
“usucapião” de bem público;
IX – o direito real de uso;
X – a propriedade superficiária.
- ESPÉCIES:
Convencional
- Criada por meio de contrato;
- Precisa ser feita sempre por escritura pública – forma legal – (art. 108 CC – leva ao CRI e registra no imóvel que está garantindo a dívida);
- EXCETO = Documentos especificados em lei, que são passiveis de serem registrados sem escritura pública.
∟ Ex.: Cédula de crédito bancário, rural, industrial;
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia:
I – o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;
II – o prazo fixado para pagamento;
III – a taxa dos juros, se houver;
IV – o bem dado em garantia com as suas especificações.
- Registro de:
Navios = na capitania dos portos;
Aeronaves = registro aeronáutico brasileiro;
Vias férreas = matrícula do imóvel onde começa a linha, e onde termina a linha;
Legal
- Decorre da lei;
- Protege credores em situação de hipossuficiência em relação aos devedores;
Art. 1.489. A lei confere hipoteca:
I – às pessoas de direito público interno (art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas;
II – aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;
Se o cônjuge casar novamente antes da partilha, os bens ficaram em hipoteca para os filhos, até o momento da partilha.
III – ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinquente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;
Sentença penal condenatória = título executivo no cível;
IV – ao coerdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente;
Pai com dois filhos (únicos herdeiros). Pai morre. Todo o patrimônio = uma casa. F1 fica com a casa. F1 repõe no patrimônio do pai, o valor de 50% da casa (direito do F2) ( que daí sim passa para o F2. (Casa fica em hipoteca legal, até o valor ser pago ao F2).
V – ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação.
Processo de Execução. Credor e Devedor. Arrematante (terceiro). Parcelamento do preço (não é pago integralmente). Imóvel fica vinculado (hipotecado) até o final.
- Procedimento especial = especialização da hipoteca legal;
Requer ao juiz, por meio do procedimento especial, a especialização da hipoteca legal.
Não há contencioso, pois não há cobrança, e sim um pedido para que o juízo determine que sobre aquele bem, de tal devedor haja hipoteca.
Arts. 1.205 a 1.210 CPC;
Por meio de Sentença, o juiz constitui a hipoteca legal;
- Registro:
Também deve haver registro no CRI;
Judiciária
Efeito anexo da sentença civil condenatória;
∟ Instituto que não precisa estar escrito na sentença, pois simplesmente a existência da sentença condenatória ( ainda que pendente de recurso ( possibilidade da hipoteca judiciária;
Art. 466 CPC;
- Registro:
- É importante para a existência e também para a preferência;
- Qualquer credor hipotecário pode executar o bem, independentemente da sua ordem;
Ex.:
Credor da 10ª hipoteca executa o bem ( penhora ( vende o bem ( porém só ira receber se os 9 primeiros receberem.
De que forma o registro dá a preferência à hipoteca???
Preferência:
*** Não é a data da constituição da dívida, é a data da constituição do registro ***
- EXTINÇÃO DA HIPOTECA:
Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
I – pela extinção da obrigação principal;
Transação; dação em pagamento; ... etc.
II – pelo perecimento da coisa;
Perda total (pode gerar sub-rogação real = contrato de seguro; responsabilidade civil de terceiro; desapropriação);
III – pela resolução da propriedade;
Ex.: retrovenda (efeito ex tunc).
Compra e venda ---------- usucapião ------ hipoteca ------ retrovenda ---- X ----
∟ Hipoteca se extingue;
Compra e venda ---------- hipoteca ------ usucapião ------ retrovenda ---- X ----
∟ Hipoteca se mantém;
IV – pela renúncia do credor;
Declaração formal e expressa por instrumento público que não quer mais a hipoteca.
V – pela remição;
Remir = resgatar.
Instituto de direito processual, que é facultado ao devedor, pagando o valor total da divida resgata o bem.
Art. 1.481. Dentro em trinta dias, contados do registro do título aquisitivo, tem o adquirente do imóvel hipotecado o direito de remi-lo, citando os credores hipotecários e propondo importância não inferior ao preço por que o adquiriu.
Ex.: Credor da segunda hipoteca quita a divida do primeiro, e assim a hipoteca de segundo grau passa a ser o primeiro, podendo discutir o bem.
VI – pela arrematação ou adjudicação.
VII – Perempção:
Art. 1.485. Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até trinta anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo‑se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então lhe competir.
Prazo = 30 anos;
Somente para a hipoteca convencional!!! e desde que ela não esteja sendo excutida.
VIII – Consolidação:
Quando o credor hipotecário vira proprietário do bem.
10 ANTICRESE:
- Poder de DISPOR;
- Vinculada a bens MÓVEIS e IMÓVEIS; mas somente se tem admitido para bens imóveis.
- Não permite a disposição total do bem, mas sim parcial (fruição do bem garantidor) e só sobre os frutos é que o credor consegue liquidá-los.
- NÃO tira a propriedade; permite, somente, a fruição (???).
- Não há: penhora e expropriação;
- Anticrese = “contra uso”:
(pois a dívida garantida dá ao credor anticrético o poder de fruição sobre o bem – recebendo os frutos da coisa para abater no valor da dívida).
- No momento da constituição do empréstimo, o credor toma posse do bem, recebendo os frutos da coisa, e abatendo no valor da dívida.
- FRUIÇÃO? Direito Real Garantia não é disposição?
- Está no capítulo Direito Real de Garantia = é para garantia, e não para simplesmente garantir o uso e fruição.
- A posse se da em razão da dívida.
- Não é de disposição total, mas sim disposição parcial (tira do proprietário, apenas enquanto durar a divida, pela percepção dos frutos).
- Conceito e extinção:
Art. 1.423. O credor anticrético tem direito a reter em seu poder o bem, enquanto a dívida não for paga; extingue-se esse direito decorridos quinze anos da data de sua constituição.
- O credor anticrético Não tem o benefício de excussão, da mesma maneira que o pignoratício e hipotecário possuem.
- EXTINÇÃO:
Extingue-se da mesma forma da hipoteca, com duas hipóteses a mais:
1º) caducidade = artigo 1.423 = 15 anos;
2º) esterilidade do bem = bem não dá mais frutos;
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao credor, ceder‑lhe
o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e rendimentos.
§ 1º É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para as operações financeiras, o remanescente será imputado ao capital.
§ 2º Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese.
Art. 1.507. O credor anticrético pode administrar os bens dados em anticrese e fruir seus frutos e utilidades, mas deverá apresentar anualmente balanço, exato e fiel, de sua administração.
§ 1º Se o devedor anticrético não concordar com o que se contém no balanço, por ser inexato, ou ruinosa a administração, poderá impugna‑lo, e, se o quiser, requerer a transformação em arrendamento, fixando o juiz o valor mensal do aluguel, o qual poderá ser corrigido anualmente.
§ 2º O credor anticrético pode, salvo pacto em sentido contrário, arrendar os bens dados em anticrese a terceiro, mantendo, até ser pago, direito de retenção do imóvel, embora o aluguel desse arrendamento não seja vinculativo para o devedor.
Art. 1.508. O credor anticrético responde pelas deteriorações que, por culpa sua, o imóvel vier a sofrer, e pelos frutos e rendimentos que, por sua negligência, deixar de perceber.
Art. 1.509. O credor anticrético pode vindicar os seus direitos contra o adquirente dos bens, os credores quirografários e os hipotecários posteriores ao registro da anticrese.
§ 1º Se executar os bens por falta de pagamento da dívida, ou permitir que outro credor o execute, sem opor o seu direito de retenção ao exequente, não terá preferência sobre o preço.
§ 2º O credor anticrético não terá preferência sobre a indenização do seguro, quando o prédio seja destruído, nem, se forem desapropriados os bens, com relação à desapropriação.
Art. 1.510. O adquirente dos bens dados em anticrese poderá remi‑los, antes do vencimento da dívida, pagando a sua totalidade à data do pedido de remição e imitir-se-á, se for o caso, na sua posse.
 PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA:
Ou alienação fiduciária;
Bens móveis infungíveis = Código Civil;
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
- É uma forma de propriedade, porém diferente. Ao invés de ser perpétua, tem uma finalidade que pode verificar o fim da propriedade, mesmo contra vontade do credor, passando-a ao devedor.
- Propriedade resolúvel (retrovenda, etc.);
Credor se torna dono (proprietário) de um bem, porque emprestou dinheiro para o devedor; e o devedor lhe transmitiu a propriedade para garantir a divida;
- Devedor financia veiculo. Prestações fixas. Pagou tudo. Credor transfere a propriedade. (tudo certinho ). 
∟ PORÉM...
Se for credor fiduciário de coisa móvel e não receber a dívida:
Se devedor não pagar uma das parcelas = pode vencimento antecipado;
Credor fiduciário notifica devedor fiduciante. Dizendo que como não pagou, terá busca e apreensão.
Artigo 2º, §2º Decreto lei 911/69 = a mora tem que ser comprovada com notificação, mas a notificação é para o endereço contratual do devedor e seja quem for o cidadão que receber, estará valendo (não precisa ser recebida pelo devedor).
Ação de busca e apreensão (deve comprovar o contrato; a mora do devedor – notificação). Juiz mandará a busca e apreensão sem ouvir a parte contrária (inaudita altera par); Achado o bem, retira o bem e entrega em juízo, para entregar ao credor. Ao mesmo tempo cita-se o devedor para que pague todo o valor (do contrato que venceu antecipadamente + custas e despesas + honorários) em 5 dias; Se não pagar em 5 dias = no sexto dia a posse e propriedade se consolidam no credor;
Hipótese 1) 15 dias para contestar. Sentença em favor do credor. A propriedade, já consolidada no sexto dia, fica com o credor.
Hipótese 2) 15 dias para contestar, e o devedor for vencedor da ação. Credor = multa processual de 50% do valor do contrato, sem prejuízo de perdas e danos. Mas a propriedade nunca mais voltará ao devedor.
Na hipótese da busca e apreensão não for bem sucedida (não encontrar o bem); Devedor é intimado a entregar o bem. Multa diária, etc. ou converter em ação de execução, e cobra o devedor.
- CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO:
Escrito;
Registrado, obrigatoriamente, no Cartório de Títulos e Documentos, ou DETRAN;
Bens imóveis = Lei 9.514/97;
É muito mais forte que o de móvel, pois quando se constitui a alienação fiduciária sobre imóvel, exige-se uma forma mais complexa (formalidade – escritura pública ou documento declarado em lei como eficaz para registro no Cartório de Registro de Imóveis).
- EXTINÇÃO:
Todas as formas de extinção do penhor (Art. 1.436);
Art. 1.367.  A propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena de que trata o art. 1.231
Aplicam-se as disposições gerais dos Direitos Reais de Garantia para a propriedade fiduciária.
Art. 1.436. Extingue-se o penhor:
I – extinguindo-se a obrigação;
III – renunciando o credor;
IV – confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa;
V – dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
Se for credor fiduciário de coisa imóvel e não receber a dívida:
Não ocorrem as hipóteses de vencimento antecipado!!!
Critério do credor. Credor vai ate o CRI e faz um requerimento para o cartório, que notifique o devedor a pagar a dívida. O CRI faz a notificação (correios; protesto, etc.). Notifica o devedor para que em 15 dias pague o valor das parcelas vencidas e que se vencerem nesse período (purgar a mora – pagar o que deve). Se devedor não pagar = o nome do devedor é apagado da relação via CRI (sem processo judicial). O credor fiduciário se torna proprietário com direito a posse e fará um leilão para vender o bem. Se conseguir vender = pega o dinheiro e abate na divida (se sobrar devolve para o devedor). Aquele que comprou o bem = imissão na posse.
- OBJETOS:
Artigo 22 da lei 9.514/97: Enfiteuse; o direito de uso especial para fins de moradia; a concessão do direito real de uso, desde que suscetível de alienação; a propriedade superficiária; propriedade plena.
SEMPRE SOBRE IMÓVEIS.
- EXTINÇÃO:
Devedor paga.
Credor toma posse e consolida a propriedade.
Bens móveis fungíveis = mercado de capitais.
Usucapião Urbana
Domínio Útil = poderes de usar e fruir; ( enfiteuta;
Constitutiva negativa
Constitutiva positiva
Principal
 PENHORA ( EXPROPRIAÇÃO
 
CREDOR
DEVEDOR
Acessório
BEM
Penhor / Hipoteca / Anticrese
Privilégio
Preferência
Móvel = bem que pode ser movido de um lugar pra outro, ou que se move por si (semovente); Os direitos patrimoniais de autor também podem ser dados em penhor.
Mobilizável = tornado imóvel pela sua incorporação dentro de uma estrutura de um bem imóvel (Ex.: peças de usina);
 
 
CREDOR ‘A’
DEVEDOR ‘B’
SOMENTE BENS MÓVEIS!
credor ‘B’
DEVEDOR ‘C’
 
 
DEVEDOR ‘B’
CREDOR ‘A’
$$$
Admitem hipotecas sucessivas (1º grau, 2º, 3º,....etc.).
Se quiser executar: o credor NÃO terá preferência na penhora e expropriação do bem.
POSSE DIRETA
(Depósito)
CREDOR
DEVEDOR
Propriedade
POSSE DIRETA
CREDOR
DEVEDOR
Propriedade
	8º Período

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