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Fund. Comercio Exterior aulas 3 a 10

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Aula 03: Histórico e estrutura do comércio exterior brasileiro
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento.
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação.
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios.
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América.
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antônio. Toda a terra descoberta a oeste desse meridiano pertenceria à Espanha e a leste, à Portugal. 
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. A partir daí o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios.
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) 
Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência.
2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: 
Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro. O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO:
A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açúcar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais áreas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura. Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional) o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Piauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão.
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o reino de Portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS.
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS:
Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais.
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos.
Ainda de maneira geral, considera-se que: As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos próprios, buscavam obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por bandeirantes. Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio indígena.
A revolução industrial e o avanço napoleônico
A Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra.
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. João VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL.
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nações amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro).
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”.
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam exportar para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércio e da agricultura que tanto deseja promover”. Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro.
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia Brasileira, decreta que todas as espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO.
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA.
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro.
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, DEINT e DEPLA.
COMEX: Departamento de Comércio Exterior: é o departamento que defere o Licenciamento de Importação (LI), efetiva o Registro de Exportação (RE), controla os preços máximos e mínimos e as cotas quando há contingenciamentos. Emite o ato concessório do Drawback e controla o regime, controla os registros de venda (RV) para exportação de commodities. Mantém contato direto com exportadores e importadores como o órgão anuente mais importante do comex.
DECOM: Departamento de Defesa Comercial:  é o departamento que notifica, apura, investiga e quantifica as práticas desleais de comércio internacional.
DEINT: Departamento Internacional:   é o departamento que acompanha a instituição e o desenvolvimento de acordos comerciais internacionais.
DEPLA: é o departamento responsável pela conclusão das estatísticas ligadas ao comex e à balança comercial.
No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade
(Denoc).
Normas Administrativas do COMEX:
1- De acordo Com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, ainda se encontram a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica.
2- Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico.
3- Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maior harmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior.
Aula 04: Normas administrativas, fiscais e cambiais do comércio exterior brasileiro.
A Hierarquia dos Instrumentos Legais: 
Constituição Federal de 1988: Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana.
Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte. 
Lei Complementar: Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial.
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite:
•Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação.
•Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do Executivo).
•Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial. 
Medida Provisória: A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional. Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai.
Decreto: No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.
Decreto é a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela.
Outros Normativos Legais: Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis.
Legislação Cambial
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados. O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio.
Exemplos: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL
Legislação Securitária
As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e Circulares.
Legislação aduaneira
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos sistemas aduaneiros vigentes no país.
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos:
Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de entrosamento entre eles.
Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro.
Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de considerações subjetivas.
Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal
Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda.
Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB.
Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA.
Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias.
Terminais Alfandegários
A Zona Primária Compreende: Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas. 
Aeroportos alfandegados: Compreende a parte terrestre
devidamente demarcada pela autoridade aduaneira local por eles ocupados.
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país.
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos.
OBS.: as pessoas entram fora da ZP são denominadas clandestinas. Se, no caso, essa entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de comercialização proibida ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento aduaneiro, porém de comercialização permitida).
Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do governo brasileiro, isto é, a autoridade aduaneira é mais importante que qualquer outra autoridade do governo brasileiro.
A Zona Secundária compreende: O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima.
Recinto Alfandegado
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais internacionais.
Exemplos de Recintos Alfandegados:
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas.
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos (os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro).
• não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais.
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de empresas.
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON.
As principais funções do imposto de importação:
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor.
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc.
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional.
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais.
As características do Imposto de Exportação (IE):
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar.
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações:
Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política exterior.
Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria.
Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a finalidade de desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos países afetados pela Segunda Guerra Mundial), surgindo o Mercado Comum Europeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração, 1980).
Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo disciplina os preços quando necessário.
SISCOMEX
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro.
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS) finalizou a implantação do SISCOMEX ao disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de COMEX.
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES.
SISCOMEX – Órgãos regulatórios
Órgãos Administradores / Gestores:
O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial.
Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, agropecuário, aeronáutica etc.
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB
Conceitos:
Assinatura Digital: É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo.
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF): É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras Habilitadas.
Autoridade Certificadora Habilitada: É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ.
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF): É a entidade operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao
da AC-SRF.
Autoridades de Registros: São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ.
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ: É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a inviolabilidade destes. Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta, suspensa ou cancelada.
Documento eletrônico: É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP-Brasil: É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
Usuário: Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil.
Cadastramento no SISCOMEX
Tratamento administrativo:
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO
LI Substitutiva: Até o registro da Declaração de Importação, o importador poderá solicitar alteração do LI, inclusive prorrogação de validade (se a validade de 60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no Sistema, sujeito a novo exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original. 
A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo número de registro, porém é um outro documento vinculado ao anterior que está sendo corrigido.
Cancelamento de consultas LI: O prazo de validade de um LI é de 90 dias a contar do seu deferimento. O Siscomex cancelará automaticamente as licenças deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data de validade, quando se tratar de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 (noventa) dias da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque.
Declaração: Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da operação, possibilitando ao REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho aduaneiro. 
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação. É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador.
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende: A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação. Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação.
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, indicação do número da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele documento.
Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram automaticamente para a Declaração de Importação.
OBS.: a LI é a adição referente ao licenciamento não automático, cabendo, portanto, numa mesma DI, adições referentes a licenciamentos automáticos e não automáticos.
Aula 05: Os organismos internacionais e nacionais: os sítios na Internet
Fase comercial na exportação: Continuando com a divisão do comércio exterior em fases, verificaremos em cada uma das fases apresentadas quais os sítios institucionais a serem visitados, a importância de cada um, quais as suas orientações e como navegar de forma eficaz em cada um deles. 
Nesta fase o exportador deverá preocupar-se com a divulgação do seu produto e procurar os possíveis compradores desse produto lá fora
Feiras Internacionais: A feira internacional vem a ser a principal vitrine para o exportador brasileiro para apresentar os seus produtos a potenciais compradores internacionais, bem como uma vasta oportunidade de encontrar o produto ideal e adequado para os nossos importadores. 
Aula 06: Os incentivos e barreiras ao comércio internacional
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre estatística, onde estiveram 29 participantes. Como resultado dessa conferência, as mercadorias foram divididas em 5 grupos:
Animais vivos
Alimentos e bebidas
Matéria prima
Produto Manufaturado
Ouro e prata
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com finalidade estatística e aduaneira.
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras:
1-Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes.
2-A) qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresentem, no estado em que se encontram, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
 2-B) qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas, inteira ou parcialmente, dessa matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3.
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:
A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou constituídas pela reunião de artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.
Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam
efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente serem tomadas em consideração. A frase está correta?
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras seguintes:
a) os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida.
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário.
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM
Nomenclatura da Associação Latino Americana de integração – NALADI
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de COMEX.
Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, como vemos a seguir:
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a mercadoria tem que pagar para entrar em outro país. Ex.: Imposto de Importação.     
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de comércio internacional na qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio concedido pelo governo à mercadoria importada.
3ª.) Direitos Antidumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de comércio internacional na qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que o custo de sua fabricação.
4ª.) impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de mercadorias em circulação entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse mecanismo.
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 1974 a 1979 (período restritivo às importações). Tratava-se de um depósito compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que a CACEX exigia para a emissão da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por um período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou correção monetária.
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de Valoração Aduaneira, que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que uma mercadoria tem quando entra no território aduaneiro de um país. Nem sempre o valor da fatura comercial representa o real valor aduaneiro, e a parametrização em canal cinza expressa a dúvida do fisco. Abaixo, os 6 métodos de valoração aduaneira:
Valor da negociação mercantil propriamente dito (expresso na fatura comercial).
Mercadoria idêntica (valor comparativo a outra mercadoria igual).
Valor similar (valor comparativo de mercadoria similar).
Outros valores a serem deduzidos.
Outros valores a serem acrescentados.
 Métodos condizentes com o acordo e com os dados do país importador, tendo em vista outro despacho aduaneiro no país.
7ª.) Classificação Fiscal - Terá impacto de tributação seletiva sobre a mercadoria, de acordo com os critérios de classificação do país.
8ª.) Certificação de Origem - É estabelecida por tratados de acordos comerciais internacionais para comprovar a origem da mercadoria dentro das condições exigidas. É um formulário oficial emitido por entidades certificadoras devidamente credenciadas pelos tratados. É um documento exigido na alfândega para sustentar o desconto na alíquota do Imposto de Importação. Esse desconto chama-se Preferência Percentual e será registrado na D.I. Ex.: Alíquota do II (20%), Preferência Percentual (70%); logo, o II de 20 % será reduzido preferencialmente de 14% (70% de 20), ficando a nova alíquota residual do II = 6% (20%-14%).
9ª.) Vistos Consulares - São exigências entre alguns países que os documentos que amparam uma exportação tenham a chancela do seu consulado no país exportador com a devida assinatura do cônsul ou de funcionário competente.     
Barreiras NÃO aduaneiras:
1ª.) Licenciamento ou guias exigidas administrativamente por uma mercadoria estrangeira ao entrar no país.
2ª.) Quotas ou contingenciamentos - Estabelecem quantitativos de mercadorias (restrição limitada ao volume comercializado).
3ª.) Controle de câmbio - O BACEN controla o câmbio no Brasil e autoriza a operar com câmbio as agências de turismo, agências de câmbio, agências de bancos e entidades de financiamento ou investimento.
4ª.) Preços máximos e mínimos estipulados pelo DECEX, que identifica se as mercadorias importadas têm o mesmo preço.
 5ª.) Compras reguladoras (niveladoras) para o estoque governamental.
6ª.) Monopólios - Importação por parte do governo, proibida para pessoas jurídicas. Exemplo: importação de armas de uso exclusivo das forças armadas.
7ª.) Os normativos de COMEX - Resoluções, portarias ou circulares dos órgãos que são autorizativos do COMEX. Atos legais que disciplinam e ditam as regras do COMEX, orientados pelo MDIC.
8ª.) Anuências prévias ou autorizações específicas da competência de órgãos anuentes do governo, de acordo com a espécie da mercadoria importada. Exemplo: ANVISA, IBAMA, INMETRO, entre outros.
 9ª.) Medidas de proteção à produção e à exportação.
 10ª.) Certificações diversas - Sanitárias, fitossanitárias, de qualidade, safra, laudos técnicos, entre outros.
 11ª.) Medidas adotadas pelos EUA para evitar ações terroristas.
Incentivos fiscais à exportação
Uma das questões fundamentais das transações comerciais internacionais é quem tributa as operações de exportação de mercadorias: o país vendedor ou o comprador?
Alguns países adotam o princípio da tributação no destino, em que a incidência dos tributos ocorre no país onde serão consumidas as mercadorias. Dessa forma, a exportação é isenta dos tributos internos. Outros adotam o princípio da tributação na origem das mercadorias. As exportações são tratadas como qualquer transação interna, sofrendo a incidência dos tributos.
No Brasil, é adotado o princípio da tributação no país de destino, pelo que as exportações de mercadorias não sofrem a incidência de impostos, respeitados os princípios internacionais
Imposto de exportação – regulamento aduaneiro
 Da incidência: O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o).
 § 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. 
§ 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o).
Produtos alcançados pelo imposto:
Armas e munições.
Castanha de caju com casca.
Couro.
Cigarros e fumo. 
Cilindros para filtros.
Do fato gerador: O imposto de exportação tem
como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o).
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o).
Da base de cálculo e do cálculo: A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 2o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51).
O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o).
Do pagamento e do contribuinte: O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4o).
É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 5o).
Aula 7: Condições de vendas – INCOTERMS 2010
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno os INCOTERMS 2010, elaborados a cada década pela CCI (Câmara de Comércio Internacional), e sua importância na organização do Comércio Internacional.
A padronização das fronteiras de responsabilidades assumidas entre importadores e exportadores deixa internacionalmente mais inteligível a contratação de serviços adicionais, como o frete e o seguro internacionais.
Daí a necessidade da codificação dessas modalidades de vendas, fixando direitos e deveres para os players do comércio internacional. Essa codificação foi elaborada pela CCI (Câmara de Comércio Internacional) e chamada de INCOTERMS, que sofre uma revisão em sua estrutura a cada década.
1-Os Incoterms (International Commercial Terms) definem os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. Eles estão incluídos na fatura comercial, no contrato de compra e venda e estabelecem um padrão de definições de regras e práticas usuais, neutras, imparciais e de caráter uniformizador.
2-O objetivo dos Incoterms é oferecer diversas opções de regras internacionais para a interpretação dos termos comerciais usuais no comércio internacional.
3-A padronização desses termos nas operações de comércio exterior minimiza a insegurança nas interpretações das responsabilidades assumidas, uma vez que determina, precisamente, o momento de transferência de obrigações, seja no custo, seja no risco.
A utilização dos Incoterms facilita o entendimento entre o exportador (vendedor) e o importador (comprador), quanto às obrigações necessárias para viabilizar a logística de entrega da mercadoria, objeto da transação comercial, até o local de destino final da embalagem, transportes internos, tratamento administrativo, fiscal e tributário, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais, despesas alfandegárias, entre outras coisas.
Como a CCI é um organismo internacional de origem privada, não poderia impor essa padronização, porém propô-la para o melhor entendimento entre importador e exportador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local de procedência até o local de destino final para o consumo ou revenda.
É indispensável ao operador do COMEX o domínio dos Incoterms para que o vendedor possa incluir todos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior e o comprador possa negociá-los. Os Incoterms estão limitados ao contrato de compra e venda internacional, não devendo ser utilizados nas atividades internas de cada país.
1 - História e aplicação dos Incoterms
A primeira edição dos Incoterms foi em 1936, pela Câmara Internacional do Comércio – CCI, com sede em Paris.
A CCI interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional até aquele momento.
Depois disto, vários aperfeiçoamentos do texto original foram produzidos, sempre com foco nas mudanças do processo negocial e logístico, sendo que o último absolveu a maior parte das alterações. A última versão publicada do Incoterms é do ano de 2000.
A utilização dos Incoterms é feita por intermédio dos 11 termos (siglas), que são chamados de condições de venda e que são mundialmente reconhecidos por importadores e exportadores. Eles são divididos em quatro grupos, o que facilita o entendimento e a definição de cada um.
Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e as obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também denominados "Cláusulas de Preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção.
2 - Significado jurídico
Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.
3 - Quadro Resumo dos Incoterms:
4- Definição dos Incoterm: 
Aula 08: Pagamentos internacionais e aspectos cambiais
 É o pagamento de bens ou serviços adquiridos ou embarcados por pessoas físicas ou jurídicas brasileiras, ou de outros países.
 Para os operadores de comércio exterior (importadores e exportadores) brasileiros receberem ou enviarem esse pagamento do ou para o exterior, é preciso que esse operador execute um outro contrato comprando ou vendendo moeda estrangeira numa operação contratual, que chamamos de contrato de câmbio.
A moeda transacionada no mercado de câmbio é chamada de divisa e o contrato de câmbio no Brasil é celebrado, obrigatoriamente, sempre que houver troca de divisas entre o Brasil e o seu parceiro comercial. 
É proibida a troca de moedas no Brasil sem a intervenção do Banco Central do Brasil, o qual funciona como órgão gestor das operações cambiais através do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que disciplina essas práticas no Brasil. O RMCCI substituiu a Consolidação das Normas Cambiais (CNC) em 2005.
Aspectos cambiais: A questão cambial é muito importante, pois ela pode fortalecer ou enfraquecer a presença de um país no comércio internacional.
Um país com uma moeda desvalorizada em relação ao US$, por exemplo, terá os seus produtos mais baratos no mercado internacional e, assim, esse país será mais competitivo na oferta dos seus produtos ao exterior.
A China, por exemplo, por ser um país comunista, o Estado decide quanto valerá a sua moeda que é desvalorizada no mercado cambial para tornar os produtos chineses ainda mais competitivos internacionalmente.
No Brasil, o sistema cambial adotado é do tipo flutuante, desde 01/02/1999, com o Banco Central do Brasil (BCB) intervindo apenas ocasionalmente. As transações no mercado de câmbio são efetuadas por bancos, corretoras e agências de turismo autorizadas pelo BCB, sendo que as duas últimas apenas operam com papel-moeda e cheques de viagem. Aos bancos é permitido operar no mercado futuro de câmbio, mas dentro de limites fixados pelo BCB. Estas operações devem ser liquidadas em até 360 dias.
Com isso, se o Brasil quiser desvalorizar o Real para ficar comercialmente mais competitivo no exterior, o BCB terá que intervir no mercado e entrar comprando US$ para forçar a subida dessa divisa pela força da demanda, o que, consequentemente, forçará a desvalorização da nossa moeda barateando o preço dos nossos produtos no exterior.
Devido à guerra cambial que vivemos atualmente,
penso que em um futuro próximo caberá a OMC regular também os efeitos cambiais no comércio internacional, além das barreiras tarifárias e não tarifárias que hoje controla.
Cobertura cambial: Valor passível de pagamento ao exterior em consequência de importação realizada por pessoa física ou jurídica domiciliada no País. Podemos ter importações COM cobertura cambial ou SEM cobertura cambial.
Formas/ modalidade de pagamento internacionais: Para a perfeita escolha da forma de pagamento a ser aplicada na compra/venda internacional, caberá ao importador/exportador avaliar e calcular os riscos e custos a serem assumidos. A má escolha da forma de pagamento poderá representar o fracasso da operação como um todo.
Para tanto, os players deverão coletar informações sobre a idoneidade comercial do seu parceiro antes de decidir qual a melhor forma de pagamento a escolher.
Pagamento antecipado: Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
Remessa sem saque ou remessa direta: Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer em prazo preestabelecido entre comprador e vendedor, após o embarque da mercadoria pelo exportador ao exterior. Exige do exportador alta confiabilidade no importador, que é bastante favorecido com a remessa das divisas sem os custos operacionais e formais que determina a obrigatoriedade do pagamento.
Com isso, o exportador fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o importador pagará o produto já embarcado nas condições e prazos acordados na fatura comercial, documento usado pelo importador para instruir o despacho aduaneiro do produto importado sujeito à nacionalização.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada, usualmente, entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
O Saque, também conhecido como Draft, cambial ou letra de câmbio, é um título de crédito endossável que segue uma padronização internacional e representa o direito do exportador em receber as divisas vinculadas ao seu embarque. E, nessa modalidade, o exportador embarca a mercadoria sem esse título.
Cobrança documentária: Essa operação de cobrança exige a participação de bancos intervenientes, que não avaliarão a operação, mas apenas darão uma formalização a ela com mais este ator no cenário comercial que se apresenta. Essa operação, por envolver uma série de documentos, é chamada de cobrança documentária.
Podendo ser à vista ou a prazo, como os bancos não tem força legal para exigir o pagamento, o exportador fica sem garantias do pagamento pelo importador do produto já embarcado.
Embora não haja essa garantia dos bancos, essas instituições financeiras formalizam a entrega dos documentos ao importador para que ele promova o despacho aduaneiro do produto importado mediante o compromisso firmado em saque, onde o importador assume que retirou os documentos do embarque da mercadoria no banco, sujeito ao pagamento no prazo estipulado pelo exportador na fatura comercial.
O banco remetente encaminha os saques juntamente com os documentos, que instruem o despacho aduaneiro de importação a um banco designado como cobrador, que seja seu correspondente no exterior. 
Na cobrança à vista, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação, o banco designado pelo banco remetente destes documentos os entregará contra o pagamento integral da operação. Esses documentos também podem ser enviados diretamente ao importador por courrier, uma vez que o banco não garante o pagamento da operação. Essa modalidade é bastante utilizada na venda de produtos perecíveis, que demandam um prazo bastante reduzido entre a produção e o consumo.  
Na cobrança a prazo, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação serão entregues a este importador contra o seu aceite (assinatura nas cambiais – processo de reconhecimento da dívida vinculada à transação comercial). Deverá, portanto, o importador voltar ao banco cobrador dentro do prazo firmado com o exportador para liquidar a sua obrigação financeira.
Carta de Crédito (Letter of Credit) L/C ou Crédito – Documentário: 
Esta forma de pagamento apresenta garantias formais a ambos, comprador (importador) e vendedor (exportador). Devido a esse conforto oferecido, a carta de crédito vem a ser a forma de pagamento mais usada nas primeiras operações de importação e exportação entre parceiros sem tradição comercial. 
A carta de crédito é aconselhável nas operações de alto risco de não pagamento.
Partes intervenientes na Carta de Crédito são as seguintes:
	
Esta forma de pagamento é também chamada de Crédito Documentário por estabelecer, em regra, que o seu pagamento será feito contra ou após a apresentação – pelo beneficiário – de documentos ao banco designado – (nominated bank).
Carta de Crédito (Letter of Credit) L/C ou Crédito – Documentário:
Ao importador fica garantido que o exportador tem a obrigação de embarcar o produto e preparar a documentação necessária para a instrução do despacho aduaneiro de importação, para que o exportador possa negociar a carta de crédito vinculada a essa operação.
Ao exportador fica garantido que, se o importador não o pagar, o banco emissor da carta de crédito o fará. O banco emissor funciona como um avalista da operação.
Como o banco tem que arcar com o pagamento da operação se o importador não o fizer, ele, o banco, exigirá do importador uma série de garantias para firmar/assumir essa responsabilidade, que deveria ser exclusiva do importador.
Essas garantias podem ser diversas como exigência de comprovação patrimonial do importador. Poderá lhe ser exigido a apresentação de um ativo de sua empresa como garantia ao banco emissor ou, até mesmo, o depósito de todo valor da operação nos cofres do banco emissor, antes da emissão da carta de crédito.
Para o serviço bancário ser prestado a contento, o importador terá que arcar com um alto custo, seja para a contratação da carta de crédito, seja para atender as exigências de garantias do banco.
Sendo à vista ou a prazo, o banco só pagará a carta de crédito ao exportador se ele, o exportador, atender literalmente as exigências de embarque e emissão de documentos previstas na carta de crédito, e só entregará os documentos que instruem o despacho aduaneiro de nacionalização ao importador se ele, o importador, formalizar o saque dos documentos assumindo o compromisso de pagar o importador no prazo estipulado na fatura comercial.
A carta de crédito é um documento formal e de grande importância operacional, e não deve ficar ao encargo de amadores a contratação do importador e a negociação do exportador. Por isso, o importador deverá saber os custos e garantias exigidos pelo banco emissor e a expertise dessa instituição financeira em operações de comércio exterior.
Caberá ao importador, como o contratante desse serviço bancário, avaliar a disponibilidade de crédito do Banco emissor a ele, importador.
Ter bem definido o local de entrega da carga, especificações técnicas do produto e prazo de entrega são mais algumas atenções especiais que o importador deve ter ao contratar a emissão da carta de crédito junto ao banco. O importador deverá
ter muito cuidado na elaboração do texto da carta de crédito para não gerar discrepâncias e embargos à operação. 
A carta de crédito poderá ser revogável ou irrevogável e essas possibilidades deverão estar impressas no corpo da carta de crédito. No silêncio dessa cláusula, a carta de crédito é considerada irrevogável.   
As discrepâncias poderão ser solúveis ou insolúveis e estão sujeitas à emendas.
EMENDA: Quando o exportador recebe a L/C e observa que há erros ou necessidade de correção de algum campo específico para cumprimento das obrigações negociadas, pode solicitar ao importador que providencie junto ao seu banco a emissão de EMENDA(s) à Carta de Crédito, antes do embarque.
DISCREPÂNCIA: Quando o Banco no exterior recebe os documentos para conferência e encontra alguns itens desconforme à L/C, irá apontar e cobrar DISCREPÂNCIA(s) à Carta de Crédito. O importador pode aceitar ou não a(s) Discrepância(s). Caso não aceite, o Banco pode não efetivar o pagamento ao Exportador.
A segurança de uma carta de crédito não dependerá apenas da instituição financeira que a emite. Poderemos ver o caso de um banco poderosíssimo, mas que esteja localizado num país instável econômica e politicamente com intervenções estatais na rede bancária, provendo insegurança se o negócio será honrado ou não, inclusive poderão estar sujeitos a não poderem remeter divisas ao exterior no caso de uma moratória.
Pagamento à vista, “cash against documents”
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais em que se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer a partir da apresentação dos documentos de embarque ao importador ou ao seu preposto.
Podemos considerar o pagamento à vista como uma ausência de prazo para o pagamento.  
Pagamento a prazo
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais onde se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer, em tempo certo, em um determinado período de tempo após o embarque da mercadoria no exterior ou, em alguns casos, em data certa.
OBS.: Essas escolhas vão mudando de acordo com o tempo e o desenvolvimento da parceria entre importador e exportador.
Pagamento antecipado
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
Aula 09: Roteiro de exportação: Fases
Fase comercial: Essa fase inicia-se com a escolha do mercado-alvo e a adequação dos atributos do produto ao comportamento do mercado escolhido.
Fase Operacional: Divide-se em fase administrativa e fiscal / tributária.
A fase administrativa inicia-se com o registro da RE (Registro de Exportação) que, na maioria dos casos, é efetivado automaticamente. A efetivação do RE encerra a fase administrativa das exportações.
 A fase fiscal e tributária das exportações inicia-se com o registro da DDE (Declaração de Despacho de Exportação),que se encerrará com o respectivo desembaraço aduaneiro.
É importante saber que, para o exportador ingressar na fase operacional de suas exportações, ele precisará estar devidamente habilitado
Registro de exportadores e importadores
A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de importação em qualquer ponto conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Os importadores já inscritos no REI terão a inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional.
A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio desde que não se configure habitualidade.
A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de punição em decisão administrativa final, pelos motivos abaixo:
I - por infrações de natureza fiscal, cambial e de comércio exterior; 
II - por abuso de poder econômico.
Habilitação no radar da SRFB: A empresa deverá eleger um responsável legal de acordo com a legislação específica, para constituir ou destituir o representante legal. 
Essas rotinas de habilitação não são exclusivas da exportação, elas servem também para importação.
Despacho aduaneiro de exportação
É o procedimento fiscal previsto no Regulamento Aduaneiro, mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria ao exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. Ele se inicia no momento em que o exportador, já com seu RE efetivado, faz - via SISCOMEX - a Declaração de Despacho de Exportação junto à secretaria da Receita Federal.
Documentação e etapas do despacho:
Nessa fase, as mercadorias devem estar à disposição da Secretaria da Receita Federal (normalmente, em Recinto Alfandegado), acompanhadas da seguinte documentação básica: a 1ª via da Nota Fiscal acompanhada dos originais do Conhecimento de Embarque e do Manifesto Internacional de Carga para o transporte terrestre e mais o extrato do RE e DDE, para que seja feita a presença de carga em alguns casos.
No despacho aduaneiro, as exportações passam pela "seleção parametrizada", onde, de acordo com uma série de fatores, a critério da Secretaria da Receita Federal, a operação recebe:
CANAL vermelho - implicando conferências física e documental da mercadoria;
CANAL amarelo - implicando conferência documental da mercadoria;
CANAL verde - implicando liberação para embarque.
No caso de divergências entre as informações prestadas na DDE, na documentação do referido despacho e na própria conferência física, a autoridade aduaneira, conforme o caso, pode proceder a averbação, registrando as divergências no Sistema (averbação com divergência), que deverão ser regularizadas posteriormente.
Após o desembaraço aduaneiro, o exportador poderá emitir o Comprovante de Exportação (CE), documento oficial que comprova o efetivo embarque da mercadoria para o exterior.
Este documento consubstancia a operação de exportação e tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais.
Existe, também, o chamado Despacho Sumário, que ocorre nas situações em que é dispensado o preenchimento do RE. No caso, o próprio servidor da Receita registra a operação. Destina-se a amparar a exportação de bagagem, encomendas, donativos e amostras sem valor comercial.
Termos técnicos utilizados no processo de despacho aduaneiro na exportação
Unidade de despacho: Estabelecimento da SRFB responsável pela verificação de carga, de documentos e do sistema, ou seja, conferência física do desembaraço da mercadoria (Zona Primária ou Secundária) 
Recintos Alfandegários: 
De Zona Primária: pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à movimentação e ao depósito, sob controle aduaneiro, de mercadorias destinadas à exportação.
De Zona Secundária: entrepostos, depósitos, terminais ou outras unidades destinadas ao armazenamento de mercadorias sob controle aduaneiro.
Unidade de embarque: É o local da SRFB onde ocorre a saída física da mercadoria.
Trânsito aduaneiro: Operação de transporte, com suspensão de tributos, de mercadoria do local de origem ao local de embarque. Ocorre quando a Unidade de despacho difere da de Embarque.
AULA 10: Roteiro de importação
Uma importação, em sua etapa operacional, segue algumas fases que precisam ser conhecidas:
Fase administrativa: A fase administrativa inicia-se
com o registro da LI (Licenciamento de Importação) que, na maioria dos casos, é dispensado. O deferimento do LI encerra a fase administrativa das importações.
Fase fiscal / Tributária: A fase fiscal/ tributária das importações inicia-se com o registro da DI (Declaração de Importação), que irá se encerrar com o respectivo desembaraço aduaneiro.
Tratamento administrativo à importação: Atualmente o tratamento administrativo às importações está disciplinado pela Portaria SECEX nº 23/2011.
	
Importações NÃO permitidas
Por País: Para alguns países, por razões de ordem econômica, política, ou social, e em função de recomendações de organismos internacionais, restringe-se o desenvolvimento de operações comerciais, resultando no impedimento de importações.
Por mercadoria: Com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública ou por diversos outros fatores, vários produtos são identificados, pela classificação fiscal no tratamento administrativo do Siscomex, como impedidas, o que representa proibição de importação.
Exemplos: Produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas apresentadas sob a forma de aerossol e que utilize como propelente substâncias constantes no Protocolo de Montreal; tricale, quando originários / procedentes da América do Norte, Ásia, África ou Oceania; e zipeprol e seus sais.
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
Importações dispensadas de Licenciamento
Importações sujeitas a licenciamento automático 
Importações sujeitas a Licenciamento não Automático
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores tão somente providenciar o registro da Declaração de Importação – DI.
Processamento do Licenciamento de Importação.
Nas importações sujeitas aos licenciamentos automático e não-automático, o importador deverá prestar, no Siscomex, as informações necessárias para registro, previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Nas situações abaixo indicadas, o licenciamento poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro, exceto para os produtos sujeitos a controles previstos no Tratamento Administrativo no Siscomex:
Importações ao amparo do regime aduaneiro especial de “drawback”;
Importações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, exceto para os produtos sujeitos a licenciamento;
Sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Os órgãos anuentes poderão autorizar diretamente no Siscomex o licenciamento anteriormente ao despacho aduaneiro quando previsto em legislação específica, mantidas as atribuições de cada anuente.
Tratamento tributário – Imposto de Importação I.I
Incidência: O imposto incide sobre a mercadoria estrangeira 
Fato Gerador: O fato gerador do imposto é a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeitos fiscais, será considerada como entrada no território aduaneiro a mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente.
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
• Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo, inclusive a ingressada no país em regime suspensivo de tributação e a contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o regime de importação comum;
• No dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria contida em remessa postal internacional não compreendida na hipótese acima, bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou não, e mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for apurada pela autoridade aduaneira.
Base do Cálculo: Valor aduaneiro apurado pela aplicação do Código de Valoração Aduaneira, acrescidos do valor do frete internacional e seguro. 
Valor aduaneiro – Taxa de Câmbio: Os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador.
De acordo com o disposto na Portaria MF n.º 6 de 26.01.99, esta taxa será fixada com base na cotação diária para a venda da respectiva moeda e produzirá efeitos no dia subsequente, sendo divulgada por intermédio da tabela específica “Taxa de Conversão de Câmbio” do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.
Imposto sobre produtos industrializados – I.P.I
Incidência: O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros.
Fator Gerador: O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. A legislação do I.P.I. apresenta as mesmas hipóteses do I.I., que não constituem fato gerador (exceto exportação temporária). 
Base de cálculo: O imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota do produto constante da TIPI sobre o respectivo valor tributável. Constitui o valor tributável dos produtos de procedência estrangeira o valor que servir ou serviria de base de cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos efetivamente pagos pelo importador.
VALOR ADUANEIRO + I.I
PIS/PASEP – Importação e Cofins – instituidos pela Lei nº 10.865 de 30/04/2004
Incidência: Sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
Fator Gerador: A entrada de bens estrangeiros no território nacional, para efeito do cálculo das contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de bens, submetidos a despacho para consumo.
Base de cálculo: O valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.
Fórmula para Cálculo (Instrução Normativa SRF 572 – DOU de 24/11/2005)
Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas, exceto quando a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) for específica:
 
Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – I.C.M.S/ RJ
Incidência: Imposto incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda que se trate de bem destinado ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento, assim como o serviço prestado no exterior.
Fato Gerador: De acordo com o Art. 3º, inciso V, da Lei nº 2.657/96, ocorre o fato gerador no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior.
Base de Cálculo: A base de cálculo do ICMS é composta das parcelas abaixo descritas, segundo o Art. 4º, inciso V, da Lei nº 2.657/96:
O valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, tais como: frete, seguros e valor da mercadoria.
Imposto de importação
Imposto sobre produtos industrializados.
Imposto sobre operações de câmbio 
Quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, assim entendidos os valores pagos ou devidos à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como taxas e os decorrentes de diferenças de peso, erro na classificação fiscal ou multa por infração.
Os Direitos Antidumping, se exigidos pelo Fisco federal, também farão parte da base de cálculo do ICMS. Entende-se também que a taxa de serviços cobrada pela Secretaria da Receita Federal para acessar o SISCOMEX é parte integrante da base de cálculo do ICMS.
VA + I.I. + I.P.I. + PIS + COFINS + DESPESAS ADUANEIRAS+ ICMS
Alíquota: De acordo com o Art. 14, incisos IV, da Lei nº 2.657/96 alterada pela Lei 4.383 de 30/08/2004, são respectivamente 15% (quinze por cento) e 13% (treze por cento) quando a operação de
importação for realizada através do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Em cumprimento ao disposto na Emenda Constitucional n. 31, de 14/12/2000, os Estados têm regulamentado a cobrança de um ponto percentual adicional sobre o I.C.M.S. devido nas importações, para composição do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais.
ICMS IMPORTAÇÃO = 15% 
ICMS FECP= 15%
Adicional ao frete para renovação da marinha mercante – AFRMM
 Incidência: O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro.
Fato gerador: É o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro.
Base de cálculo: Remuneração do transporte aquaviário - Frete Internacional (constante no B/L).
O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início efetivo da operação de descarregamento da embarcação.
Fato gerador: 25% sobre o frete 
 O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do Sistema Eletrônico de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – MERCANTE – R$ 1,20, será efetuado pelo contribuinte antes da liberação da mercadoria pela Secretaria da Receita Federal.
O Decreto 5324 de 29/12/2004, que dispõe sobre Taxa de Utilização do Sistema Eletrônico de Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante, o MERCANTE, estabelece que a partir de 01 de janeiro de 2005 deverá ser recolhido, juntamente com o pagamento do AFRMM  (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), o valor de R$ 20,00 por emissão de CE-Mercante.
Armazenagem Aeroportuária:
Portaria MF n. 257/11 de 20/05/2011 D.O.U 23/05/2011 – Ementa 
Dispõe sobre o reajuste da Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior, administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O Ministro da Fazenda, no uso das atribuições que lhe conferem o artigo 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição Federal, considerando o disposto no artigo 6º, do Decreto-Lei n. 1.437, de 17 de dezembro de 1975, ratificado pelo Decreto Legislativo n. 22, de 27 de agosto de 1990, e no parágrafo 2º do artigo 3º da Lei n. 9.716, de 26 de novembro de 1998, resolve:
Artigo 1° Reajustar a Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), devida no Registro da Declaração de Importação (DI), de que trata o parágrafo 1º do artigo 3º da Lei n. 9.716, de 1998, nos seguintes valores:
I – R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI;II – R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de mercadorias à DI, observados os limites fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Artigo 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
OBS.: A Taxa é devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher.
Despacho aduaneiro: Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.
Declaração de importação: A Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importador no Siscomex e consistirá na prestação das informações constantes do anexo único da instrução normativa SRF 680/06, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro.
Documentos de instrução da D.I: A DI será instruída com os seguintes documentos:
I - Via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;
II - Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e
IV - Outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.
Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à SRFB quando sua apresentação for solicitada, devendo ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
Fatura comercial: Contrato de compra/venda internacional. O artigo 557 do Regulamento Aduaneiro (Decreto 6750/2009) informa o que deverá conter na fatura comercial.
Conhecimento de embarque: O conhecimento de carga original, ou documento de efeito equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria.
Packing List: Romaneio de carga (packing list) – Lei nº 10.833/2003 – Artigo 77 altera o artigo 104 do Decreto Lei n..º37/66 e estabelece multa de R$ 500,00 pela não apresentação.
O inciso III do Artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 680/2007 estabelece que o Packing List deverá ser instruído junto com a DI (Declaração de Importação), quando aplicável.
Outros: No caso de mercadoria que goze de tratamento tributário favorecido em razão de sua origem, a comprovação constará de certificado de origem, emitido por entidade competente, de acordo com modelo aprovado.
Além dos documentos anteriormente indicados, necessários ao despacho de importação, outros poderão ser exigidos, por força de lei, regulamento ou ato normativo.
Conferência Aduaneira
Parametrização:
Após o registro, a DI será submetida à análise fiscal, e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:
Verde: pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria.
Amarelo: pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria.
Vermelho: pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria.
Cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.

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