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TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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Processo Civil III 
Revisão sobre PRAZOS:
Classificação:
Legal (definido em lei), judicial (fixado pelo juiz), convencional (convencionado pelas partes) ou subsidiário (quando não se fala em prazo: 5 dias.)
Próprio (das partes) e impróprio (juiz – não preclui)
Particular (dado a apenas uma das partes) e Comum (destinado a ambas as partes)
Simples (contagem única) ou Especial (contagem diferenciada, ex: em dobro para a Fazenda Pública)
Peremptórios (não podem ser convencionados pelas partes) e dilatórios (as partes podem requerer ao julgador ANTES de seu término)
Contagem:
Exclui o dia do começo e inclui o final. Só começa a contar a partir do primeiro dia ÚTIL após a intimação. Intimação realizada em dia não útil só conta no dia útil (Ex: intimou na segunda que é feriado. Só conta como se tivesse intimado na terça – então o prazo começa na quarta.)
Citação, intimação, hora certa, carta precatória, rogatória, de ordem, via postal: conta a partir da JUNTADA.
Vários réus: conta a partir da juntada do ULTIMO mandado.
Edital: conta a partir do termo final
Preclusão 
Lógica – incompatibilidade entre o ato praticado e o outro que se queira praticar subsequente.
Consumativa – o ato processual já foi praticado validamente e não pode ser praticado novamente.
Temporal – o prazo devido transcorreu sem que o ato fosse devidamente praticado.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Finalidade: liberar o devedor da obrigação, permitindo que ele a cumpra.
3º tem legitimidade para propor a ação, seja interessado ou não.
Consignação Extrajudicial.
O autor pode preferir pela consignação extrajudicial, porém, nos casos de compra e venda de lote urbano ela é obrigatória.
Requisitos:
Prestação em dinheiro
Estabelecimento bancário na sede da comarca (local de pagamento)
Credor certo (conhecido, capaz, solvente)
Endereço do credor.
Após o depósito do valor pelo autor (devedor), o credor será notificado pelo estabelecimento bancário, por meio de carta com aviso de recebimento para que se posicione no prazo de 10 dias. O credor (réu) tem que se manifestar em até 10 dias sobre o depósito, caso contrário, o devedor (autor) estará liberado da obrigação.
Se houver a recusa, manifestada por escrito pelo banco, o devedor poderá interpor a ação em 30 dias, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. Se a ação não for proposta neste prazo, o depósito ficará sem efeito e o devedor pode levantar o depósito.
Consignação Judicial
Competência: sede do pagamento
Petição inicial: informar o valor que quer consignar.
Pode consignar prestações periódicas. 
Se o autor pede para consignar e não efetua o pagamento em 5 dias, o juiz deve extinguir o processo.
O STJ tem entendido que é possível utilizar a ação de consignação para discutir questões incidentais de revisão de cláusula contratual.
Citação do Réu. O 897 deve ser interpretado à luz da CF e em harmonia com o sistema processual, não é somente pela revelia que o juiz irá assumir como verdadeiros os fatos apresentados pelo autor.
O réu pode responder com contestação, reconvenção e exceções. Se informar que o valor é insuficiente, é seu ônus informar qual o valor correto, quando o autor terá 10 dias para completar o depósito.
Custas e honorários de sucumbência: devidos por quem deu causa – princípio da causalidade. Se o réu informa, por exemplo, que a causa foi por conta de valor insuficiente, o autor completa, haverá sentença de mérito e as custas são devidas pelo autor.
Se tem dúvida quem é o réu: no pólo passivo haverá listisconsórcio de todos os possíveis réus. Se os réus vêm ao processo e informam que o valor é correto, o juiz proferirá sentença de exclusão do autor no processo. 
Se não se sabe quem pode ser o credor, cita-se por edital. Se ninguém aparece, será tratado como bens de ausente.
AÇÃO POSSESSÓRIA
Legitimidade: pode ser usado pelo possuidor e pelo proprietário, mas nunca pelo detentor.
A tutela de posse pode ser utilizada através de três ações, chamadas de Interditos Possessórios:
Ação de reintegração de Posse – Contra esbulho (perda total da posse)
Ação de manutenção de Posse – Contra turbação (perda parcial da posse)
Interdito proibitório – ameaça de efetiva ofensa a posse
Nunciação de obra nova, imissão na posse, ação de despejo e embargos de terceiro: não são ações possessórias.
Fungibilidade: o artigo 920 consagra a fungibilidade entre as ações possessórias, de modo que o juiz pode conceder tutela diferente da que foi solicitada. (Até porque o importante é a proteção possessória e as situações podem mudar de acordo com o andamento do processo)
Competência: Absoluta: Justiça comum estadual. Pode ocorrer competência da Justiça do trabalho, se houver relação trabalhista entre o imóvel e os réus (Súmula vinculante 23 STF), ou ainda da Justiça Federal.
		Relativa: Se for bem móvel, será o domicílio do réu.
		Absoluta: se for imóvel, a competência será no lugar do bem e não se prorroga.
Posse nova do esbulhador: menos de 1 ano e 1 dia. Permite que o autor que provou adequadamente o que ocorreu pleiteie uma liminar antes de citar o réu. Possessória de força nova. Depois que a liminar foi dada, a demanda segue o rito sumário ou ordinário, dependendo do valor do bem.
Se a demanda for de força velha, vai automaticamente para o rito sumário ou ordinário. Ai cabe a tutela antecipada do 273.
USUCAPIÃO
Requisito: animus domine – a vontade de usucapir o bem – e a posse mansa, pacífica e ininterrupta.
URBANO
Bens imóveis: 10 anos
Bens móveis: 3 anos
Extraordinário: dispensado o instituto da boa fé: imóveis 15 anos, móvel, 5 anos.
Situação de abandono do lar: posse direta no prazo de 2 anos ou exclusividade sobre imóveis de no máximo 250m e a propriedade que era dividido com o ex cônjuge ou ex companheiro.
RURAL:
Não superiores a 50 hectares – 5 anos, imóvel para subsistência.
Processo:
Precisa da planta, que pode ser juntada oportunamente.
Sentença de procedência declaratória tem caráter retroativo. De posse da sentença, vai no RGI fazer a averbação.
EMBARGOS DE TERCEIROS
Fica em apenso ao processo principal.
Sumula STJ: pode ser usado por cônjuge na defesa de sua meação.
Quem fica no pólo passivo é quem deu causa ao erro.
A inicial vai ser distribuída em apenso na mesma vara do principal, que fica suspenso em relação ao bem impugnado a partir do ajuizamento do embargo.
A citação será feita no advogado do réu, mesmo que ele não tenha poderes para receber citação, por conta de expressa previsão legal.
O réu tem prazo de 10 dias para contestar o embargo.
JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS
Competência – Art 3º - 
Critério valor: até 40 salários mínimos
Critério matéria (independe de valor): acidente de trânsito, etc.
Não pode: alimentos, fiscal, tributo, interesse da fazenda pública e também as relativas a acidente de trabalho, a capacidade e estado de pessoas.
Não cabe procedimento especial no juizado
Quem pode ser parte?
Não pode ser autor: incapaz, preso, pessoa jurídica de direito público, nem empresa pública, massa falida ou insolvente.
Micro empresa pode ser parte.
Não há intervenção de terceiros, mas pode ter listiconsórcio.
Se a demanda for de conteúdo econômico até 20 salários mínimos a parte pode estar desacompanhada de advogado. Pra recorrer é obrigatório o advogado.
Não tem custas.
Citação: não pode por edital.
Se o autor falta qq ato sem justificar o processo será extinto.
Se o réu faltar será revel.
Não cabe reconvenção, mas pode fazer pedido contraposto em seu próprio nome. O pedido contraposto é com base nos mesmos fatos.
Na sentença o relatório é dispensado e a sentença não pode ser ilíquida.
Turma recursal é composta por juízes.
Decisão interlocutória não cabe recurso (Não tem agravo), então pode-se usar o mandado de segurança (que não é recurso, e sim uma ação nova)
Da sentença cabem recurso equivalente a à apelação : Recurso inominado.
De ambos cabem embargos de declaração.
Da decisão da turma recursal cabe recurso extraordinário
JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS E FAZENDÁRIOS ESTADUAIS
Juizado federal: teto de 60 s.m.
Réu: união, inss, Caixa econômica, correios, etc...
Se tiver juizado federal ou fazendário, não pode escolher ir na vara, tem que se utilizar do juizado.
No juizado não há prazo especial, nem o réu pode fazer pedido contraposto
No juizado federal não há a figura do juiz leigo, mas o conciliador pode fazer instrução.
A sentença terminativa não tem recurso, mas a definitiva tem: recurso inominado.
Da liminar tb cabe recurso inominado.
Prazo recurso inominado: 10 dias
Embargos de declaração 5 dias.
Depois que a turma recursal julga o recurso ainda cabe o recurso extraordinário para o STF.
Execução: RPV (Federal: 60, Estadual: 40 e Município 30)
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Recurso: Remédio voluntário utilizado para impugnar decisão judicial, visando sua reforma, invalidação, esclarecimento e integração.
Recurso não é ação, é desdobramento, está dentro do processo primitivo. É remédio no mesmo processo, ainda que em apenso.
Error in procedendo – erro de procedimento - vício processual, requer a invalidação da decisão.
Error in judicando – erro de julgamento, declaração de vontade da lei errônea, decisão injusta, desvio material ou processual. Requer a reforma da decisão.
Reexame necessário ou duplo grau obrigatório – Não é recurso, é um sucedâneo processual. Art. 475 – Fazenda pública (estado município, União), condenados acima de 60 salários mínimos, ainda que não haja recurso da União o juiz enviará a decisão para reexame do tribunal. 
Exceção ao reexame necessário: 
Processo no juizado - No juizado federal e no juizado fazendário não há reexame necessário, mesmo que haja condenação.
Art. 475, §3º - se a decisão for lastreada em súmula de tribunal superior (não precisa ser súmula vinculante).
Ação autônoma de impugnação – é um novo processo para atacar o processo primitivo. Ela visa anular a sentença. Ex: o mandado de segurança pode ser utilizado como ação autônoma de impugnação. Se a lei não prevê (ou proíbe) recurso, a parte pode usar de mandado de segurança. ( se a lei não prevê recurso pode se usar a ação autônoma de impugnação). Ex: no juizado não há recurso para decisão interlocutória. Então pode se usar a ação autônoma, através de mandado de segurança impetrado junto a turma recursal.
Integração – No caso de omissão. Ex: sentença citra petita. A sentença seria nula, poderia usar o recurso para anular o recurso, mas, caso queira aproveitar a parte da sentença, pode se usar os embargos de declaração pedindo a integração da sentença.
Extinção das vias recursais: 
Desistência: 
Em relação à ação: a desistência da ação gera sentença terminativa. Pode voltar posteriormente, dependendo do momento que foi apresentada, pode necessitar da anuência do réu. 
Em relação ao recurso: a desistência ocorre após a interposição. A desistência do recurso independe de anuência da outra parte. Pode ser expressa (quando peticiona) ou tácita (quando decorre de ato incompatível com o recurso – cumpriu a sentença).
2 situações em que a desistência não é possível:
Quando já começou a votação, não pode mais desistir, pois isso dá margem a fraudes.
543 B e C. Caso de recurso repetitivo: Se o recurso foi selecionado para representar a controvérsia (será enviado aos ministros do STJ, ou STF), não pode desistir, por que se não os tribunais superiores não terão como analisar a controvérsia. Essa impossibilidade de desistência é jurisprudencial, não está positivada.
Renúncia: Em relação à ação: renúncia é material, gera sentença definitiva. Em relação ao recurso: antes do recurso ser interposto há a possibilidade de renúncia. Pode constar no acordo homologado pelo juiz. É ato voluntário da parte, pode ser expressa (declarada) ou tácita, decorrendo do esgotamento do prazo recursal.
Correição parcial: não é recurso, é providência a ser tomada quando o ato do juiz for irrecorrível e causar dano irreparável a parte. Deve haver um despacho que contenha abuso, capaz de tumultuar a marcha do processo.
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Princípio do Duplo grau de jurisdição – quando a parte está insatisfeita com o teor da decisão, ela tem o direito de ver sua questão ser analisada novamente pelo mesmo órgão, ou por um de maior grau de jurisdição. Exemplo de recurso julgado no mesmo órgão: embargos de declaração. 
Princípio que veda a reforma para pior (Reformatio in pejus) – a garantia que não haverá reforma da condenação para pior, para agravar a situação do recorrente. Se os dois recorrem, o tribunal vai aos limites da provocação, não será reformatio in pejus.
O tribunal, no entanto, pode pronunciar matéria de ordem pública, sem que haja reformatio in pejus, pois se o vicio não for regularizado, haverá sentença terminativa, o que não impedirá a parte de entrar novamente com a ação. Prescrição e decadência é a exceção do principio que veda a reforma para pior. 
Princípio da Unirrecorribilidade – as partes só podem recorrer uma única vez da decisão. (da sentença, a apelação, do acordão, outro recurso, do novo acordão... cada decisão substitui a outra.). Exceção: embargo de declaração, sempre poderá ser usado antes de um novo recurso.
Princípio da Taxatividade – o recurso deve ser previsto em lei. Art 496, cpc; – não se pode criar recursos, recurso tem que estar previsto em lei. Ministro não pode criar recurso
Princípio da fungibilidade – é admitir o recurso errado como se fosse o certo, desde que não haja erro grosseiro ou má fé.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Todo recurso que é interposto passa pelo filtro de admissibilidade.
Requisitos de admissibilidade.
Intrínsecos:
Cabimento do recurso – tem previsão em lei? Principio da taxatividade. Tem que já ter havido uma decisão no processo, não se pode recorrer antes da sentença ser proferida. É recorrível? Atenção: sentença arbitral é irrecorrível! Não cabe recurso quanto a decisão que aceita ou rejeita a exceção de suspeição.
Legitimidade para recorrer – Art. 499, CPC. Os sujeitos do processo (autor e réu), o MP, inclusive como fiscal da lei. Recurso por terceiro interessados.
Interesse para recorrer – mesmo quem venceu também pode recorrer, desde que mostre interesse. 
Extrínsecos: 
Tempestividade – tem que interpor o recurso no prazo.
*Fazenda pública e MP – prazo em dobro para recorrer, litisconsorte com diferentes procuradores. Defensoria pública também tem prazo em dobro, lei própria. 
Preparo – deve ter prévio recolhimento. Recorrer sem o preparo, não pode regularizar. Porém se recolher com valor a menor, poderá regularizar. (art. 511). Tem recurso que não tem preparo: agravo retido, embargos de declaração.
Regularidade Formal – cada recurso pode ter uma exigência específica, que deve ser atendida.
EFEITOS DOS RECURSOS
Devolutivo – o mérito do recurso será enfrentado por um órgão superior.
Regressivo - O mesmo órgão prolator da decisão analisa o mérito do recurso.
Translativo – permite que o tribunal, de ofício, pronuncie matéria de ordem pública. (Ex: no recurso não se questionava pressuposto processual, mas o efeito translativo permite que o juiz pronuncie de oficio)
Suspensivo – suspende a eficácia da sentença até que o mérito recursal seja julgado. Combate decisão positiva
Ativo (tutela antecipada do recurso) – oposto do efeito suspensivo. É como se invertesse a decisão anterior negativa, para dar uma liminar positiva. Só tem previsão no agravo 527, III.
Expansivo – o recurso se expande e abrange quem recorreu e quem não recorreu. Ex: litisconsorte unitário, o recurso de um aproveita a outra parte, pois a decisão deve ser única.
Substitutivo – a decisão do tribunal substitui a do juiz.
RECURSOS EM ESPÉCIE
APELAÇÃO
Art. 513 – serve para impugnar sentença, terminativa ou definitiva.
Obs: No juizado, o recurso da sentença é RECURSO INOMINADO. Se for sentença que decreta FALÊNCIA: é o AGRAVO, por lei especial!!
Interposta perante o juízo de primeiro grau (a quo) que fará o juízo de admissibilidade, mas a competência para o julgamento será do Tribunal (ad quem).
Se o juiz não recebe a apelação: Decisão interlocutória recorrível por agravo de instrumento. 
Observação: Art 518, §1º - pode deixar de receber apelação quando o tema já é sumulado pelo STF ou STJ. SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSO. Cabe agravo desta decisão.
Da decisão que RECEBE a apelação não cabe recurso e o Supremo tem o entendimento que também não cabe mandado de segurança nesse caso.
Recebido a apelação, abre o prazo para contrarrazoar (15 dias). Após as contrarrazões haverá novo juízo de admissibilidade.
Juízo de retratação: o juiz pode se retratar após dar vistas para o apelado, no prazo de 5 dias. Esse prazo é IMPRÓPRIO! Ou seja, não gera preclusão legal, podendo o juiz fazer fora do prazo legal.
PRAZO: Deve ser interposto em 15 dias da intimação. Se foi intimado na segunda, conta a partir da terça. (o prazo de recurso inominado no juizado são de dez dias) Exceção: No ECA, o prazo será de 10 dias.
PREPARO: Exige preparo.
Não paga custas: quem teve o benefício da gratuidade de justiça, e a Fazenda pública.
PEÇA 
Praxe forense de fazer em duas petições e grampeia junto, protocoliza junto, sob pena de preclusão consumativa.
A primeira é dirigida ao próprio juízo (A quo), explicando que irá interpor a apelação, pelos motivos explicados em anexo.
A outra são as razões e é dirigida ao Tribunal (ad quem). 
Efeitos da apelação:
Devolutivo – O mérito é analisado por outro órgão. (*quando o mérito é analisado no mesmo órgão, o efeito é regressivo.).
Exceção – Juízo de Retratação – o próprio juiz pode se retratar nos casos abaixo:
Art. 296 – indeferimento de petição inicial
Art. 285 A, §1º – sentença prima facie.
Suspensivo – enquanto o tribunal não julgar o recurso de apelação, a sentença não gera efeitos. 
Exceções do efeito suspensivo (Art. 520):
homologar a divisão ou demarcação
condenar a prestação de alimentos
decidir processo cautelar
rejeitar liminarmente embargos de execução ou julgá-los improcedentes
julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem
confirmar antecipação dos efeitos da tutela
Nesses casos pode se promover a execução PROVISÓRIA da sentença.
Depois do juízo de admissibilidade feito pelo órgão de 1º grau, o recurso será encaminhado ao Tribunal, que é formado por 3 julgadores:
Relator – sorteado – pode julgar sozinho quando o recurso for manifestamente improcedente ou se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou jurisprudência dominante no STF ou STJ, quando dará provimento ao recurso.(art 557). Essa decisão monocrática pode ser atacada por agravo INTERNO. 
O acórdão será redigido por quem teve o primeiro voto vencedor.
Revisor - será o que na lista de antiguidade estiver abaixo do relator. Não existe revisor nos procedimentos sumários, na apelação contra indeferimento de petição inicial e nas ações de despejo.
Vogal – abaixo do revisor.
Teoria da Causa Madura: Art. 515, §3º - Nos casos em que se recorre de sentença terminativa (Art. 267), nos processos em que já ocorreu contestação, audiência, mas que, devido a um vício, não pôde ser apreciado em seu mérito. Se o tribunal entender que não havia vício, deverá cassar a sentença e enfrentar o mérito de pronto. A melhor doutrina diz que não se aplica somente nas questões exclusivamente de direito: se a questão de fato estiver pronta para ser julgado (não havendo provas a serem produzidas, ou se estas já tiverem sido produzidas), o tribunal deve julgar o mérito da demanda. O STF vem entendendo que aqui estaria autorizado o reformatio in pejus, e que não é necessário que o apelante solicite a aplicação da teoria. 
Atenção: o entendimento majoritário é de que essa teoria só pode ser utilizada para apelação.
AGRAVO.
Impugna decisão interlocutória.
Não cabe agravo: 
da decisão do juiz que releva pena de deserção, 
da decisão do relator que converte agrado instrumento em agravo retido e 
da decisão do relator que atribui efeito suspensivo ao recurso ou deferir tutela antecipada.
Atenção: nos casos em que se interpuser agravo de instrumento no tribunal, quando deveria ser o agravo retido, haverá a conversão de um recurso em outro pelo Tribunal. Não deixará de conhecer, fará a conversão. Art. 527 II
Agravo Retido – regra geral. 
Não tem preparo. 
Prazo: 10 dias (se a decisão interlocutória for dada em audiência o agravo deve ser feito imediatamente de forma oral.) art 523 §3º. A outra parte tem o mesmo prazo para responder. Se for na audiência deve responder imediatamente, se não, tem dez dias. Depois que o agravado responde o juiz pode se retratar. Se não houver retratação ficará retido e se reiterará posteriormente.
Agravo de instrumento – leva ao tribunal imediatamente, gera um novo auto, como novo número. Prevê no art. 475, H, M §3º e no 522. Hipóteses de urgência.
Deve ser utilizado: nas decisões que não recebe a apelação;
Decisão que determina os efeitos da apelação,
Decisão que dá liquidação da sentença
Decisão da impugnação que não põe fim ao cumprimento de sentença 
Hipóteses de urgência (ex: se foi decisão que indeferiu liminar, cabe agravo de instrumento, pois a urgência é o mérito da questão).
E ainda:
Decisão que exclui litisconsorte da lide;
Decisão da exceção de incompetência;
Decisão que não admite terceiro como assistente;
Decisão que julga prematuramente a reconvenção ou ação declaratória incidental.
Processo de execução e fase de cumprimento de sentença
Tem que estar instruído com:
a cópia da decisão recorrida, 
cópia das procurações do agravante e do agravado 
cópia da certidão de intimação da decisão recorrida,
comprovante do recolhimento do preparo recursal e do porte de remessa
Em 3 dias ( a contar do protocolo do agravo no tribunal) tem que juntar aos autos principais a cópia da petição e informar os documentos que instruíram o recurso, sob pena do agravo não ser conhecido. 
Art 554 – não haverá sustentação oral em agravo de instrumento.
Agravo inominado ou agravo interno – Não servem para decisão interlocutória, servem para decisão monocrática de desembargador ou ministro: cai na mesma turma, e força o órgão colegiado a decidir o que anteriormente foi decidido somente pelo relator. 557, §1, 532, 545, 120.
Tem um prazo de 5 dias!!
Agravo regimental – igual ao inominado, previsto no regimento do Tribunal.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Previsto no artigo 535, CPC.
Recurso próprio quando a decisão do juiz é omissa, contraditória ou obscura (falta de clareza). Pode ser sentença, acórdão, decisão monocrática, etc. Qualquer decisão judicial!
Recurso para esclarecimento – Embargos de declaração. Se você usa o recurso de embargos de declaração o prazo para utilizar os demais recursos volta integralmente. Não tem custas. Portanto, as partes às vezes usam para ganhar um prazo maior.
Cai no mesmo órgão que a decisão foi prolatada. Não existe a identidade física do juiz neste caso.
Prazo: 5 dias.
Não tem preparo.
Tem efeito interruptivo: Quando admitido, interrompe o prazo para outros recursos. O prazo é devolvido INTEGRALMENTE, mesmo q não seja acolhido.
Embargos manifestamente protelatórios têm sanção pecuniária de 1% do valor da causa;
Se reiterar, aumenta a multa para 10% do valor da causa.
Embargos de declaração de embargos de declaração: 
Quando a nova decisão continua omissa ou contraditória. Essa nova decisão poderá será atacada por embargos de declaração.
EMBARGOS INFRINGENTES
Recurso contra acórdão, desde que a decisão não tenha sido unânime e tenha sido no sentido de reformar sentença de mérito ou julgar procedente ação rescisória.
Não cabem embargos infringentes, mesmo que a decisão não tenha sido unânime, nos casos de:
Reforma, anulação ou confirmação de sentença terminativa;
Anulação ou confirmação de sentença de mérito
Nos casos de reexame necessário
Nos casos de improcedência de ação rescisória.
Requisitos:
Sucumbência do recorrente
Decisão não unânime
Acórdão proferido no julgamento de apelação ou ação rescisória. (em outras decisões do tribunais não cabem embargos!)
Que a sentença
objeto da apelação seja de mérito;
Que o acórdão reforme a sentença de mérito ou que, em se tratando de ação rescisória, a tenha julgado procedente.
Não pode reformar para pior!
Efeito regressivo: A análise de admissibilidade será feita pelo próprio órgão prolator da decisão embargada (acórdão), através da figura do relator da decisão. Relator no caso será o redator da decisão, pois se o relator da decisão anterior tiver tido seu voto vencido, será designado outro magistrado para redigir a decisão. 
A análise material será feita pelo próprio órgão prolator da decisão embargada e de acordo com o regimento do tribunal e, caso a norma assim determine, será escolhido outro relator, de preferência, se possível, um magistrado que não tenha participado do julgamento embargado.
Nos casos de dispersão de votos (quantitativa ou qualitativa) cabem embargos infringentes de forma adesiva.
Possuem efeito suspensivo em relação ao acórdão
Prazo para interpor: 15 dias
Da decisão do relator que não admite os embargos infringentes cabe agravo interno no prazo de 5 dias. Não pode recorrer da decisão que admite os embargos.
Salvo exigência da lei local, não se sujeita a preparo.
Legitimidade: o apelado que sucumbiu.
A interposição dos embargos por uma das partes suspende o prazo para o Recurso especial ou extraordinário para ambos os litigantes
Embargos infringentes na sentença que admite prescrição:
Se a sentença tiver negado a prescrição, o tribunal acolhe a prescrição e encerra processo com sentença de mérito
Se a sentença aceitou a prescrição, o tribunal nega a prescrição e:
2.1) Se a causa estiver madura, julga o mérito das questões ainda não julgadas se a causa estiver madura;
2.2) ou se não for possível julgar, remeterá ao juiz de piso para julgamento da lide.
RECURSO ESPECIAL (STJ)
Cuida da interpretação da lei federal (os códigos)
Admissibilidade:
Prazo - 15d
Esgotamento das vias recursais
Prequestionamento
Quando o recurso é pelo dissídio jurisprudencial (Tribunais decidem de maneira diferente), é necessário fazer prova, colacionando as provas extraídas da internet.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF)
Cuida da interpretação da constituição
Admissibilidade:
Prazo – 15d
Esgotamento das vias recursais
Prequestionamento
Repercussão geral (4 em 5 ministros devem ser favoráveis à repercussão geral, no pleno 2/3 para negar – 8 ministros)
Violação direta à constituição
Não vão analisar fatos, cuidam apenas para que a decisão impugnada não viole nem lei federal, nem constituição.
Agravo nos próprios autos (ou de admissão): se o tribunal não admite o recurso especial ou extraordinário
Fonte: Direito Processual Civil
Alexandre Câmara
Humberto Theodoro
Daniel Amorim
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