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Exercícios Resistidos Prof. Msc. Thiago De Marchi Curso de Fisioterapia Disciplina de Cinesioterapia Conceito: forma de exercício ativo no qual ocorre uma contração contra uma resistência externa sendo esta manual ou mecânica; Através do exercício resistido o músculo sofre mudanças adaptativas como hipertrofia, aumento do recrutamento de unidades motoras, aumento das respostas cardiovasculares, aumento da força, resistência e potência. Indicações e CI Indicações: ◦ aumento da força muscular ◦ aumento da resistência muscular a fadiga ◦ aumento da potência ◦ melhora da coordenação e destreza. Contra indicações ◦ Dor ◦ instabilidade cardiovascular ◦ Inflamação ◦ aumento da pressão intracraniana Precauções Cardiovasculares; ◦ Evitar manobra de valsalva (AVC, Pós cirúrgicos abdominais, hipertensos, hérnias, IAM, geriátricos); Fadiga; Diminuição da resposta de um músculo a um estímulo repetido. Dores musculares; Imediata (durante ou logo após o exercício, sobrecarga excessiva, cuidar lesão); Tardia(24-48h após), acúmulo de ácido láctico, ciclo Isquemia- espasmo- dor, dano muscular (+ excêntrico), processo inflamatório; (permanecendo por mais de 72h = lesão); Movimentos compensatórios; Sobrecarga excessiva, movimentos indesejáveis, execução incorreta, instabilidade do segmento; Osteoporose; ◦ Cuidar com fraturas; Tipos de Exercícios Resistidos 1) Isotônico (concêntricos e excêntricos): Desenvolve força dinâmica, resistência e potência; Resistência é manual ou mecânica; Resistência variável ou constante; Combinação de contrações; 2) Isométrico resistido: Forma estática de exercício; Não melhora a resistência muscular a fadiga (geral); Ganho de força é somente no ângulo articular treinado Resistência manual ou mecânica; Exercício isométrico sem carga não serve para aumentar força muscular, porém pode retardar a atrofia; Fatores que influenciam na força do músculo Arranjo da Secção Transversa (AST); Relação FxC; Unidades motoras; Tipos de contração; Padrão de recrutamento; Relação Força x Velocidade; Reservas energéticas / recuperação pós exercício; Fadiga; Suprimento vascular (sanguíneo); Idade; Atenção; Motivação; Unidades motoras Uma unidade motora consiste de um neurônio motor e as fibras musculares por ele inervada. Tipos de unidades motoras Principio de Hennerman Na contração muscular voluntária ocorre primeiramente a solicitação das fibras mais lentas (utilizadas para pequenos esforços) para as mais rápidas (níveis maiores de força). Lei de Henneman não é aplicável em eventos que exigem rápida e/ou grande produção de forca (recrutamento seletivo de unidades motoras rápidas). Aplicação prática: especificidade do treinamento (12- RM, 15-RM, 8-RM e Drop- set). Fadiga muscular Inabilidade do músculo em manter determinada produção de energia ao exercício; Fatores: ◦ Distúrbio do mecanismo contrátil devido a uma redução das reservas de energia, O2, acúmulo de ácido láctico; ◦ Influência inibitória do SNC; ◦ Diminuição da condução de impulsos na junção mio-neural; ◦ Doenças clínicas (neuromotoras e cardiovasculares); Sinais de fadiga: ◦ Diminuição da contração muscular; ◦ Diminuição da tensão isométrica; ◦ Tremor muscular (fasciculação); Fadiga depende: ◦ Estado geral; ◦ Patologia associada; ◦ Duração e frequência do tratamento; ◦ Taxa de repetição; Recuperação da fadiga ◦ Reabastecimento das reservas de energia, O2, glicogênio e remoção de ácido láctico Relação tensão X comprimento do sarcômero Princípios do treinamento Sobrecarga; Especificidade; Reversibilidade; Progressão; Adaptação; Sobrecarga Para o músculo adaptar-se é necessário aplicar um nível de intensidade maior do que aquele que ele esta habituado. Especificidade Refere-se as adaptações nos sistemas metabólicos e fisiológicos os quais dependem do tipo de carga imposta ao músculo. Força / potência / resistência ( ex. Aerób.) O ex. específico desencadeia adaptações específicas que criam efeitos específicos do treinamento. Reversibilidade Redução das adaptações ganhas com o exercício; Exemplo: restrição por 20 dias no leito; ◦ redução de 25% VO2máx ◦ diminuição do vol. Máx. De ejeção e débito cardíaco ◦ dimin. de 1 a 3% diário na capacidade aeróbia ◦ dimin. do número de capilares ( 14-25%) Progressão Após mecanismo de adaptação a carga imposta, esta passa a não ser mais uma sobrecarga. Assim devemos estar constantemente avaliando e mudando as cargas impostas do treinamento. Adaptação: o músculo adapta-se ao tipo de carga através do catabolismo (destruição de moléculas) e anabolismo (construção de moléculas); Adaptações ao treinamento Sistema anaeróbio: ◦ Aumento dos níveis musculares de ATP, glicogênio; ◦ Aumento da atividade enzimática; ◦ Aumento dos níveis de lactato durante o treinamento; Sistema aeróbio: ◦ Aumento do tamanho e número das mitocôndrias; ◦ Aumento na produção de ATP; ◦ Aumento na capacidade de metabolismo das gorduras; ◦ Adaptações metabólicas nas fibras musculares; ◦ Hipertrofia das fibras (seletiva); Cardiovascular: ◦ Aumento do volume cardíaco; ◦ Diminuição da FC de repouso; ◦ Aumento do volume de ejeção do coração; ◦ Diminuição da PA de repouso; Psicológicas: ◦ Diminuição da ansiedade; ◦ Diminuição da depressão; ◦ Melhora do humor, auto estima e auto imagem; ◦ Diminuição do estresse; Muscular Aumento da área de secção transversa; ◦ Hipertrofia (aumento do tamanho das fibras) em geral após 4-8 semanas; ◦ Fibras TpII (rápida)– respondem ao treinamento de potência; ◦ Fibras TpI (lenta)– respondem ao recrutamento frequente; ◦ Densidade capilar não modifica ou diminui; ◦ Densidade mitocondrial diminui em relação ao volume muscular total. Hiperplasia: ◦ Aumento no número de fibras; ◦ Teoria controversa; ↑ produção de força pode ocorrer por: ◦ ↑ recrutamento de unidades motoras; ◦ ↑ frequência de disparo; ◦ Sincronização de unidades motoras; Tecido conjuntivo: ◦ Aumento da força tensiva máxima e a quantidade de energia absorvida antes da falência; Ex. resistidos podem alterar a estrutura dos tendões e ligamentos (mais fortes, resistentes,maiores); Osso: ◦ Ex. Resistido com sustentação de peso aumentam a densidade mineral; Adaptações Neurais: ◦ Aumento na capacidade de recrutamento das fibras; ◦ Aumento na velocidade de ativação; ◦ Sincronização das fibras ◦ Aprendizado motor; ◦ Melhora da coordenação; Exercício com resistência mecânica Resistência é aplicada por algum tipo de equipamento. Usados para aumento de força, potência e resistência (programa de condicionamento). Resistência mecânica deve ser usada para que o paciente possa realizar o exercício independente. Observar vantagem mecânica Especificidade do exercício Elaborar o programa de exercício de acordo com as necessidades de cada paciente. Variáveis 1- Carga do exercício : (quantidade de resistência). 1 repetição máxima (RM), é a maior quantidade de peso que o músculoconsegue vencer em sua ADMM; Cuidar a carga do exercício de acordo com: ◦ Tipo de paciente; ◦ Cuidar risco de lesão com o uso da RM; ◦ Treino de força pode-se usar 70-80% da RM; ◦ Abaixo usa-se para inicio de treino e para resistência, crianças e idosos; ◦ Pacientes com déficit significativo de força ou treino de resistência iniciar com 30-50% da RM. 2 - Números de repetições: ◦ Depende do estado do paciente e os objetivos do terapeuta; ◦ 60% RM 15 repetições; ◦ 75% RM: 10 repetições; ◦ 90% RM: 4-5 repetições; ◦ Até 3 séries de exercício; ◦ Cuidar as lesões por exercício repetitivo; 3 -Séries : quantidade de repetições realizadas em cada sessão de exercícios; 4 - Frequência: quantas vezes o exercício será realizado no dia ou semana; 5 - Duração do exercício: dias / semanas / meses ◦ 4-8 semanas no mínimo para aumento de força muscular (adaptação muscular ao exercício); 6 - Velocidade : ◦ Observar relação FxV; Concêntrica: A medida que a velocidade aumenta a força diminui; Excêntrica: A medida que a velocidade aumenta a força aumenta. ◦ Observar velocidade necessária para a atividade funcional específica; 7 - Tipo de contração: ◦ Dinâmicas / estáticas; ◦ Tipo de contrações escolhidas em um programa irá depender das condições do paciente , meta terapêutica e necessidades funcionais do paciente. ◦ Cuidar estágios da reabilitação, capacidades de gerar força do músculo, fase do proc. Inflamatório, dor, progressão do programa. 8 - Posição do paciente 9 - Amplitude de movimento 10 - Exercício submáximo / máximo Regimes específicos 1. Técnica de Delorme (exercícios de resistência progressiva): Determinar 10 RM Paciente executa – 10 vezes ½ de 10 RM 10 vezes ¾ de 10 RM 10 vezes de 10 RM Período de aquecimento inicial Peso é aumentado a cada semana Exemplo: 10 RM = 08 kg ½ 10 RM = 10 vezes ( 4 kg ) intervalo ¾ 10 RM = 10 vezes ( 6 kg) intervalo 10 RM= 10 vezes ( 08 kg) 2. Técnica de Oxford Contrário ao Delorme, tenta diminuir os efeitos da fadiga , diminuindo a resistência a medida que o exercício desenvolve. 1. Aquecimento com exercícios ativos 2. Determine 10 RM 3. Executar: 10 vezes com 10 RM 10 vezes com ¾ de 10 RM 10 vezes com ½ de 10 RM Exercícios Resistidos progressivos Baixos pesos e altas repetições; Exercício com resistência manual Força de resistência é aplicada pelo terapeuta; Aplicada ao longo da ADM; Resistência é controlada; Executada em planos anatômicos ou em padrões de FNP; Vantagem de adequar a resistência do terapeuta de acordo com a força do paciente; Desvantagem pela impossibilidade de mensurar a resistência imposta; Usada em estágios iniciais de reabilitação; Princípios e cuidados Avaliar a ADM e FM do paciente; Explicar ao paciente como realizar o exercício; Posicionamento adequado; Demonstrar o mov. desejado (passivamente); Resistência apropriada e observar vantagem mecânica; Estabelecer o número de repetições de acordo com as condições do paciente; Membros Superiores Ombro: ◦ Flexão e extensão: ◦ Hiperextensão (borda da maca): ◦ Abdução e adução: ◦ Abdu e adu horizontal: ◦ Rotação externa (A) e interna (B): ◦ Elevação e depressão da escápula: ◦ Protração e retração da escápula: Cotovelo: ◦ Flexão e extensão: ◦ Pronação e supinação: Punho: ◦ Flexão e extensão: ◦ Desvio radial e ulnar: ◦ Dedos e polegar: Membros inferiores Quadril: ◦ Flexão do quadril com flexão de joelho: ◦ Extensão: ◦ Hiperextensão: ◦ Abdução e adução: ◦ Rotação interna e externa: Joelho: ◦ Flexão e extensão: Tornozelo: ◦ Plantiflexão e Dorsiflexão: ◦ Inversão e eversão: ◦ Flexão e extensão dos dedos:
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