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Arte, criatividade e recreação - FINAL 1

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ANHANGUERA UNIDERP – CAMPINAS 02
CURSO DE PEDAGOGIA – EAD
 
Débora Cristina dos Santos. RA: 9978019324;
Simone Carvalho de Oliveira. RA: 6580285157;
Vanessa Caires F. S. Bortoletti. RA: 6506248507.
ATPS: ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO.
CAMPINAS/ SP
2015
ANHANGUERA UNIDERP – CAMPINAS 02
CURSO DE PEDAGOGIA – EAD
 
Débora Cristina dos Santos. RA: 9978019324;
Simone Carvalho de Oliveira. RA: 6580285157;
Vanessa Caires F. S. Bortoletti. RA: 6506248507.
ATPS: ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO.
Atividade Prática Supervisionada apresentada ao Curso Superior de Pedagogia da Universidade Anhanguera Uniderp, como exigência parcial da Disciplina Arte, Criatividade e Recreação para a obtenção de nota.
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CAMPINAS/ SP
2015
SUMÁRIO
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 
Etapa 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..8
Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11
Etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 
Considerações Finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...18 
Referências Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..19
INTRODUÇÃO
O atual trabalho é sobre Arte, Criatividade e Recreação, mais concretamente sobre:
Memórias da Infância nas aulas de artes plásticas,
A importância da Arte na Educação Contemporânea,
Uma leitura dos documentos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, destacando a habilidade a ser desenvolvida segundo os pilares de desenvolvimento da expressão e criatividade, que são representados pela arte visual, música e dança, teatro e jogo dramático, além de ler entrevistas de professores que fizeram a diferença na sala de aula com aulas de arte e a elaboração de um plano de aula, onde a nossa equipe usou como base para a elaboração deste plano um conto de fadas, por último a equipe realizara um tour virtual por museus como o Louvre e o Del Prado, realizando uma experiência única ao apreciar obras de arte tão riquíssimas, seja em detalhes como em valor cultural.
Nosso objetivo neste trabalho é entender melhor a estrutura desta disciplina e seus abrangentes que envolvem não apenas a vida na sala de aula, mas também e principalmente a vida além dos muros da escola, como um cidadão capaz de ter uma efetiva leitura de mundo.
Estando organizado em quatro etapas, na etapa 1, será abordado o que lembramos da nossa época de aulas de artes na educação infantil e elaborar um texto comparativo a partir dos depoimentos dos integrantes do grupo sobre as formas de trabalhar em épocas diferentes, na etapa 2, abordaremos a importância da Arte na educação contemporânea, qual necessidade temos de ensinar arte nos dias de hoje e quais os benefícios esta disciplina nos traz, seguindo a etapa 3, faremos uma leitura dos documentos citados acima e qual as habilidades que podem ser desenvolvidas a partir dos três pilares de desenvolvimento atribuído a Arte.
Por fim na etapa 4, partimos em uma viagem pelos principais museus do mundo, tendo como finalidade elaborar considerações em torno da funcionalidade de apreciar obras, e como fazer esta leitura e ainda como leva-las para a sala de aula.
A metodologia utilizada foram pesquisas em sites e livros, além de algumas entrevistas e depoimentos pessoais. 
ETAPA 1
Depoimento: Simone Carvalho de Oliveira.
Era comum em sala de aula termos papel branco giz de cera e lápis de cor, os desenhos eram sempre livres, representando a natureza (grama, casinha, arvore com maçãs, sol, céu e aves). Existiam também algumas brincadeiras, músicas que eram realizadas durante a aula, como atiraram o pau no gato, o João roubou pão na casa do João, Ciranda-cirandinha, assim como brincadeiras de roda; ovo choco entre outros. Porém a aula que mais gostava era a de arte em especial, as aulas de fazer mosaicos.
 
Fonte: www.arteemvinhedo.blogspot.com 
Depoimento: Vanessa Caires F. S. Bortoletti.
Recordo que na minha fase escolar inicial era trabalhado muito o desenho como forma de interpretação de contos, relatos de acontecimentos em nossas vidas (Como foram as férias? Como é sua família? etc.). Lembro também que haviam diversas brincadeiras elaboradas pela professora no qual nos proporcionavam momentos de descontração e interação com os demais alunos. Nos momentos festivos havia sempre apresentações de danças ou teatro relacionados com o tema da festa, a professora escolhia qual coreografia ou peça seria apresentada. 
 
Fonte: http://blogleandroleite.blogspot.com.br
Depoimento: Débora Cristina dos Santos
Nos anos iniciais, me recordo que sempre ao final da aula a professora nos entregava papel branco e lápis de cor e o tema na maioria das vezes era livre, mas geralmente eu e minha turma desenhávamos a natureza, o meu preferido era uma ilha no meio do mar, com coqueiros, sol e aves no céu. Nos anos seguintes, tínhamos recortes de revistas, trabalhos com pinturas em guache retratando obras em cartolina como de Tarsila do Amaral.Fonte: Arquivo Pessoal, Débora Cristina dos Santos.
O modelo educativo que vivenciávamos de certo modo favorecia a expressividade, uma vez que eram oferecidos materiais e algum tempo da aula para o desenho e algumas aulas de arte, porém analisando o lado metodológico e teórico o ambiente não era favorecedor para o desenvolvimento da criatividade e expressividade do aluno. 
Sabendo que para desenvolver tais habilidades no aluno, o professor precisa estimular a imaginação, a criatividade, através de atividades, de leituras artísticas, afirmo que na época em que estive nos anos iniciais da educação básica não houve favorecimento para o desenvolvimento de tais competências. (Simone).
Atualmente, nas escolas de educação infantil é utilizado propostas que permitam a criança buscar suas próprias produções, por exemplo: ao desenhar de forma instrucional para a criança no momento em que a professora esta explicando a atividade para o aluno, ela em nenhum momento desenha linhas que represente a sua opinião referente a um desenho, as linhas e formas utilizadas para uma explicação são sempre as formas geométricas, pois assim ela não interfere na visão de mundo da criança referente aquele desenho, não coloca rótulos, nem estereótipos quando desenha.
Dessa forma ela permite que a criança crie seus próprios traços a partir das formas, terão aquelas que irão copiar as formas, mas terão aquelas que a partir do modelo buscarão sua própria interpretação do desenho, geralmente quando a criança esta saindo dos rabiscos e passando para as garatujas, no momento em que ela desenha usa círculos para representar, mas são círculos sem padrão definido, podem nascer deste círculo pernas ou outras formas, neste momento se a professora tem na lousa desenhada o mesmo desenho que eu fazia nos meus primeiros anos de escola (casa, árvore, céu e sol no canto da folha), a criança vai entender que aquele círculo que ela criou tem que necessariamente ficar no canto da folha representando um sol, quando na verdade poderia estar em qualquer outro lugar da folha, no centro, no canto, em baixo, no alto, poderia ser uma casa, uma árvore, um avião, um monstro, e neste momento a professora o fez estereotipar sua criação, interferindo negativamente na sua criatividade.
Deste mesmo ponto
de vista, a resposta da Débora Cristina dos Santos, integrante do grupo, nos leva a acreditar que vivenciava o mesmo momento ao criar sempre os mesmos desenhos:
“De certa forma favorecia, como era de tema livre, poderíamos sim usar a criatividade, mas não vejo de forma a favorecer a expressividade, pois eu e minha turma não tínhamos um modelo ou uma expressão sugerida a seguir.” (Débora)
Do outro lado através da resposta da Vanessa Caires F.S. Bortoletti, nos mostra que alguns anos mais tarde à escolarização das duas integrantes anteriores, havia uma tentativa de maior expressar essa criatividade:
“Sim favorecia como no relato da Simone no qual ela diz que os desenhos eram livres, explorando assim a criatividade dos alunos. A Débora também relata a liberdade de criação que era proporcionada através de desenhos. No meu caso não recordo de um modelo educativo que favorecia o desenvolvimento da criatividade, a expressividade era trabalhada através de brincadeiras, teatro e dança”. (Vanessa)
Por fim, percebemos que na época escolar das integrantes do grupo, a expressividade e criatividade dos alunos existiam apenas como aula vaga, sem critérios definidos para desenvolver nos alunos tais habilidades.
Através dos relatos mencionados pode-se de uma maneira geral afirmar que os objetivos das aulas eram principalmente uma forma de preencher o tempo livre, um momento de descontração e até de interação entre as crianças, existiam em alguns momentos o intuito de apresentar técnicas como o mosaico, a experimentação de outras técnicas como as tintas, além do aprendizado das cores, porém eram sempre atividades que tinham como ponto de partida a cópia, a reprodução, impedindo a real expressividade:
“O objetivo era conhecer as cores e formas, que tínhamos conhecimento com os temas livres”. (Débora).
“Percebo que as atividades artísticas nos anos iniciais tinham como objetivo a descontração e como algo para preencher o tempo livre”. (Vanessa).
Como professoras o que gostaríamos de trazer para a sala de aula são práticas sem o engessamento, deixar que a fantasia e a imaginação sejam materiais primordiais para as aulas, que importância tem se uma criança de 5 anos quiser pintar a abelha toda de preto ou o sol de azul é dessa forma que ela visualiza a sua realidade ou transcreve a sua imaginação, chegará o momento em que através da sua vivência em sociedade, ela perceberá que a abelha tem duas cores e o sol aparentemente não é azul (na verdade enxergamos o sol amarelo, mas sua cor é variável).
Permitir que a experiência de vida da criança adentrasse as aulas como foco de estudo, respeitando sua vivência, sua criação a partir da sua interpretação, elaborar aulas mais criativas, buscando não somente os materiais de sempre, mas inovar, buscar novidades que despertem a sensibilidade da criança, apresentar obras de artes, não somente aquelas ditas cabíveis a crianças, mas aquelas que estão expostas em grandes museus, trabalhar em cima desta obra de todas as maneiras possíveis, de forma interdisciplinar, ensinar a criança a fazer a leitura daquela obra, proporcionando a ela o momento de apreciação da obra e posteriormente de sua própria produção e assim criar sujeitos capazes de terem uma visão de mundo ampla e criteriosa. Buscar alternativas como as citadas abaixo:
“Como professores poderíamos apresentar a arte de vários artistas e suas histórias, para que os alunos além de conhecerem a diversidade, possam também expor sua criatividade de forma espontânea”. (Débora).
“Através de contos dando espaço para participação e questionamento. Buscar sempre trazer coisas novas que estimule e explore a liberdade de criar”. (Vanessa).
Dessa forma, e somente assim através da criatividade e da expressividade o aluno poderá construir o seu próprio eu. (Simone).
ETAPA 2
“Qual é o papel da Arte na Educação contemporânea?”
Ao andar nas ruas, nos shoppings, dentro de casa, na escola, em todo momento visualizamos a Arte, sejam em desenhos, pinturas, obras de arte, música, dança, uma peça teatral, ela faz parte do nosso dia a dia, entretanto não são todos os cidadãos que as observam, com criteriedade e criticidade, seria então a falta dessa abordagem dentro das escolas que leva a esse déficit? 
O ambiente escolar não deve ser visto apenas como um formador de instrução, mas principalmente como um instigador da cultura, criando cidadãos cultos.
Essa formação deve privilegiar as trocas de experiências, a interação com o outro, vendo na arte um veículo direcionado não apenas para aprendizagem, mas para o desenvolvimento integral do aluno, o envolvendo com a sociedade.
Abrir as portas da escola para a dança, música, leitura, artes cênicas é investir no conhecimento cultural do aluno transformando seu aprendizado em algo prazeroso.
A arte está no dia a dia do aluno, na rua, na música que ouve, a dança que assiste pela televisão, na igreja, mas quando não tem estímulo, também não tem o olhar atento para usufruir melhor dessa arte.
É necessário ter uma noção da área onde o aluno está inserido, sua comunidade, sua cultura, suas experiências com o mundo artístico e através de uma observação profunda compreender de qual forma a arte atinge a vida do aluno e qual influência ela tem sobre a vida escolar direta do aluno, é possível atingi-lo através da arte e influenciar nas outras disciplinas.
Para um melhor entendimento sobre o assunto é necessário voltar um pouco mais e lembrar como a arte existe desde os tempos mais remotos. Ainda na época das cavernas já existiam sinais de que a forma de expressão daquele povo eram os desenhos, que marcavam suas rotinas e a história de uma era.
A história da arte no Brasil começa com a disciplina de desenhos, onde estes eram geométricos, desenho natural e pedagógico preparava o aluno para o mercado de trabalho, a área da música por sua vez aparece na década de 30 como canto orfeônico e tinha como objetivo o patriotismo e o civismo. Este canto se estende até a década de 80 e começo da década de 90, tendo como obrigatoriedade no início das aulas a canção do hino nacional e estadual, este era o único contato que existia com a música naquela época dentro da escola.
Com o Movimento Escola Nova houve uma tentativa de fugir do tradicional, porém sem muito sucesso, na década de 70 com a escola tecnicista volta-se a preocupar apenas com a qualificação para o mercado de trabalho, a partir de 1996 a disciplina de arte passa a fazer parte da grade curricular como uma disciplina fundamentada em teorias e metodologias, contudo ainda é visível o engessamento da disciplina, realizando atividades apenas de desenho, pintura, colagem e recorte, apenas em 2010 foram definitivamente elaborado o caráter de desenvolvimento cultural do aluno.
Através da legislação ficam estabelecidos conceitos a serem abordados a partir da educação infantil, a começar pelos menores de 0 a 3 anos, a atividade artística desenvolve o conhecimento de mundo através do manuseio de diferentes materiais, explorando diferentes formas e processos artísticos, ampliando a expressão, criatividades, imaginação e comunicação. A partir dos 4 anos até os 6 anos de idade é trabalhado e dado ênfase as próprias produções, e dessa forma amplia o pensamento cultural da criança.
O papel da disciplina Arte na educação contemporânea é contribuir inicialmente para a leitura de mundo do aluno, aprimorando outros conhecimentos, podemos definir como arte todo conjunto de expressão artística nos permitindo experimentar sensações diferentes a cada atividade proposta e assim absorver inúmeras informações, aumentando o conhecimento do aluno, entre as habilidades que podem ser desenvolvidas através do estudo da arte estão à criatividade e a sensibilidade.
Sabendo que a arte esta no dia a dia, que toda a sociedade que é envolvida por manifestações artísticas e que estas atividades estão em nosso meio desde o nascimento, não podemos deixar de citar a importância do desenho infantil que desenvolve a crítica, auto expressão, a opinião
e a formação de sugestão. Partindo para a coordenação motora nas aulas de arte é possível trabalhar a coordenação ampla e fina, permitindo movimentos de pinça e contra gotas que são fundamentais para a escrita, pois segundo Vygotsky o desenho vem depois da fala, dessa forma as aulas de arte ajudam a desenvolver também a fala e a escrita da criança.
A arte em muitos casos precede a leitura, pois ao ter contato com as atividades artísticas à criança desenvolve a leitura de mundo, faz a representação do seu meio, da sua realidade. Segundo Vygotsky a maior análise que um artista pode fazer é da sua própria realidade, alterando assim sua prática social.
A arte é capaz de educar o homem, pois durante todo o seu processo de desenvolvimento ele necessita da beleza e cabe a arte essa função, trazer a beleza da vida, do cotidiano de quem estuda.
Na mesma área, outro item de extrema importância é a música, a musicalidade envolvida no ambiente escolar pode proporcionar sentimentos de cidadania, de compreensão com o próximo, a música trabalha no processo de aprendizagem e também como terapia em alguns casos. Com os gestos introduzidos em algumas canções trabalha-se a memorização, pois através dos gestos a facilidade de aprender e memorizar a música são maiores.
Enfim, na atualidade em que crianças são cada vez mais ativas e menos passivas, em que a sociedade se transforma em velocidade nunca vista, não cabe mais nas aulas a arte apenas como passatempo, como atividade para cobrir professor que faltou, pois como já foram citados acima os inúmeros benefícios que a disciplina arte traz para o aluno, esta matéria deve ser levada a sério, com planejamento, organização, teoria e metodologia.
A realidade na maioria das escolas ainda é uma disciplina engessada, sem muitos recursos ou docentes preparados para efetivamente ensinar o aluno sobre o mundo intenso da arte.
 
ETAPA 3
“Quais são as habilidades fundamentais a serem desenvolvidas, com base nas propostas destes documentos, PCN e Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, para cada um dos pilares da expressividade artística?”.
O ser humano que tem a possibilidade de desenvolver sua criatividade e desenvolve-se integralmente. Em busca desta criatividade encontramos os Parâmetros Curriculares Nacionais ARTE (PCN) que configura a Arte com a mesma importância das outras disciplinas, o qual cita:
“A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.”
Parâmetros Curriculares Nacionais
No Referencial Nacional para Educação Infantil, Conhecimento de Mundo (volume 3), destaca a importância do movimento na educação infantil e como está presente na vida da criança desde o seu nascimento, que visa trabalhar aspectos motores, valorizando a cultura corporal, como dança, jogos, brincadeiras. Assim os dois documentos assemelham-se quando o assunto é o desenvolvimento integral da criança.
Tendo como base ou pilares três pontos importantes:
Artes Visuais;
Música e Dança;
Teatro e Jogo Dramático.
As artes visuais são compostas por atividades como desenho, pintura, colagem, artesanato, escultura, e com a atualidade da tecnologia incluem fotografia, vídeos, televisão, cinema, artes gráficas, computação permitindo que uma atividade se interligue à outra construindo um processo de aprendizagem. Com tantas informações visuais disponíveis atualmente para os alunos é necessário que haja uma competente educação sobre o assunto, para que o sujeito possa de forma satisfatória entender as significações dessas visualidades e assim ampliar e desenvolver suas habilidades e competências como a sensibilidade, afetividade, conceitos e pensamentos críticos.
As habilidades a serem desenvolvidas com o estudo da arte são percebidas em longo prazo, com um trabalho árduo de observação e construção por parte do professor, que incluem as práticas (o fazer de desenhos, pinturas, colagens, modelagens, produções em geral, criação e construção de formas plásticas e visuais.). As apreciações (conhecer e conviver com produções visuais de sua localidade e de outras culturas, reconhecer e ter sensibilidade das formas visuais presentes na natureza e em outras culturas). As produções culturais e históricas (aprender a importância das artes visuais na sociedade e na vida individual do aluno, ter contato com a leitura, imagens e informações sobre a vida de artistas e suas produções).
Conforme o Referencial Curricular para a Educação Infantil a Arte deve ser considerada uma linguagem com estrutura e características próprias articulando entre os seguintes aspectos;
Fazer Artístico, cujo foco de estudos está a exploração (materiais, técnicas e instrumentos), a expressão (produções artísticas próprias) e comunicação desenvolvendo assim práticas artísticas e produções/interpretações próprias.
Apreciação, articular os elementos da linguagem aos materiais utilizados desenvolvendo a observação, capacidade de reflexão, conhecimento, emoção e prazer ao realizar produções artísticas, além de identificar e reconhecer artistas e suas produções.
Reflexão, fazer pensar sobre as atividades desenvolvidas, sejam elas próprias ou de outros artistas, respondendo a questionamentos realizados pelo professor.
Portanto na proposta da arte visual desenvolve-se a expressividade e sensibilidade das crianças aliadas à cognição e imaginação.
A música e a dança estão estreitamente ligadas, pois ambas são linguagens expressivas e através da música é possível desenvolver a expressão, o equilíbrio, autoestima, o autoconhecimento e a integração social, além de capacitar o desenvolvimento motor, auditivo e domínio rítmico. A dança por sua vez trabalha o movimento do corpo, movimento que está presente desde o nascimento da criança, além da exploração do próprio corpo e o desenvolver da cultura corporal, onde a criança passa a conhecer vários ritmos, danças de outras culturas e aprende a interação com outros povos através da dança e da música.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, a dança desenvolve o poder de entender cada movimento realizado e o funcionamento do seu corpo possibilitando a criança de agir com maior sensibilidade, inteligência, autonomia e responsabilidade.
Entre as habilidades esperadas estão ampliar o repertório gestual e o vocabulário, preparar o corpo para o movimento, o reconhecimento de ritmos corporais e musicais, conhecer o espaço a ser trabalhado, criar sequencias de movimentos, usar a imaginação, capacitar o sentido de forma e linha e proporcionar ambiente para desenvolver a interação com os amigos.
O teatro e o jogo dramático fazem parte da história da humanidade desde sempre, pois há tempos muito remotos já se fazia interpretações da realidade ou apenas o uso fruto da imaginação, para as crianças a arte de dramatizar começa muito cedo com as brincadeiras do faz de conta, onde se apropriam da realidade e as interpretam conforme sua vontade ou apenas permitem que sua imaginação trabalhe sem ter nenhum vínculo com a realidade, acompanhando dessa forma seu desenvolvimento sem perder o caráter interativo da criança com o meio. Permitindo que esta atividade passeie do jogo espontâneo ao jogo de regras, do individual para o coletivo.
Através desta atividade é possível desenvolver, atenção, concentração, observação e criatividade, além da grande potencialidade da interação social. Também desenvolver domínio sobre o corpo, expressividade, aumento gradual da verbalização, capacidade para resolver situações conflitosas, maior domínio sobre a organização e o tempo.
O teatro e o jogo dramático podem ainda serem considerados atividades aptas a desenvolverem capacidades de comunicação e expressão, permitindo a participação
em jogos de regras, como produção coletiva que permite a integração com colegas em construção de cenas teatrais, criação de textos e encenação e por fim desenvolver a produção cultural e apreciação estética como compreender e apreciar manifestações regionais dramatizadas.
Trabalhar os três pilares da Arte é acima de tudo desenvolver nos alunos valores e normas, como interesse e respeito pelas produções dos amigos, cooperação com as atividades propostas em sala, valorizar as diferentes formas de manifestações artísticas.
Contribuir para a formação de cidadãos mais consciente e com poder de pensamento critico.
Plano de Aula: Leitura do Livro João e Maria
Tema: João e Maria e a grande Casa de Doces.
Área de Conhecimento: Arte, Português e Ciências.
Justificativa: Em grupo com idade que prevê o brincar, a ludicidade como pontos fundamentais do desenvolvimento, tornou-se necessário a elaboração de uma aula cuja metodologia fosse um dos contos preferidos da turma, criando um ambiente propício a desenvolver o prazer da leitura, trabalhar formas e linhas, incentivar o trabalho em equipe, explorar os cuidados com a alimentação (excesso de doces e os seus malefícios).
Objetivo: Conhecer e reconhecer as formas utilizadas para construir a casa, trabalhar as cores envolvidas nas embalagens de doces, produzir cenário para a casa da bruxa, criar envolvendo técnicas diferentes, como a colagem, o desenho e a pintura. Estimular a criatividade e a imaginação.
Habilidades e Competências: Trabalhar o hábito da leitura, desenvolver coordenação motora ampla e fina, apresentar, conhecer e reconhecer cores primárias, assim como as suas variações, experimentar texturas. Ampliar o vocabulário e definir hábitos saudáveis reforçando a importância da higiene bucal. Produzir a partir de um ponto estratégico, desenvolver coordenação motora.
Conteúdo: Uma semana antes da leitura, solicitar aos pais que enviem embalagens de doces. Dividir a turma em grupos de acordo com a quantidade de cenários que terá a casa da bruxa. Para cada grupo entregar o papel Kraft, já com o desenho da casa da bruxa, entregar as embalagens que trouxeram e pedir que colem pelo papel, respeitando o espaço e as linhas do cenário. A partir de cada embalagem pedir que completem o cenário, por exemplo, desenhar um cesto para as balas, uma mesa para os doces, as crianças comendo o chocolate, etc. Por fim solicitar que façam a pintura do desenho com giz de cera ou lápis de cor.
Fazer na sala uma exposição com os cenários da Grande Casa de Doces.
Material: Embalagens de doces, papel Kraft, lápis grafite, giz de cera, lápis de cor, cola e livro de histórias João e Maria.
Avaliação: Observar o manuseio da cola, assim como os traços do desenho e a pintura, análise que contribui para a observação do desenvolvimento da coordenação motora. Analisar a interação da criança com o grupo, o limite respeitado ou não do espaço para o desenho.
Este plano de aula surgiu ao perceber o gosto das crianças pela leitura, livros como o pequeno polegar, a vendedora de caixa de fósforos, entre outros clássicos, foram percebidos que os desenhos que surgiam em momentos livres estavam sempre relacionados com alguma história contada, assim como o momento da massinha, sempre o que era modelado tinha nas histórias, era parte de um cenário ou os próprios personagens.
A partir deste interesse surgiu a necessidade de explorar mais o momento de contação de histórias, permitir dessa forma que a sensibilidade das crianças fosse trabalhada, assim como a criatividade delas ao completarem o cenário, os desenhos que já não são mais garatujas se tornaram tão reais quanto aos do livro.
Desenvolver com eles este registro do momento da leitura proporcionou uma maior interação dos grupos e membros de cada equipe, sendo possível trabalhar atenção, concentração e reprodução a partir de uma obra.
Esta atividade artística ainda permite que a aula seja abordada por outras disciplinas, como ciências e o cuidado com a alimentação e saúde bucal, português e matemática.
E por fim ressaltar nas crianças a importância da apreciação da obra criada, das suas próprias produções e produções dos amigos.
Permitindo a verbalização do trabalho feito toda vez que houver a visualização do mesmo. 
ETAPA 4
A Importância da Apreciação Artística e o Trabalho com Obras de Arte para o Desenvolvimento da Criatividade e Sensibilidade da Criança.
Fazendo uma visita virtual por museus como, o Louvre, Orsay e Museu Del Prado, a sensação é de realmente estar pessoalmente e frente a obras tão incríveis, com riqueza enorme de detalhes, com uma técnica tão impressionante que nos levam a questionar como foi e ainda é possível recriar cenas tão perfeitas, ou criar personagens que se tornaram grandes e famosos.
Foi possível notar que as obras (pelo menos as que foram observadas), expressavam sempre guerras fossem entre nações ou guerras espirituais com anjos e demônios, a nudez sempre estava retratada, fosse ele, símbolo da pureza representada por anjos, ou em crianças, mas também presente em mulheres desnudas remetendo a sensualidade.
As esculturas levavam a olhares atentos, com tantos detalhes e tão perfeitos, como um menino enforcando uma ave, ou os tetos dos museus com tanta riqueza que pela tela do computador é impossível calcular tamanha beleza.
Assim sentimentos como o encanto, a alegria, a curiosidade de querer ver mais perto, a indignação (do menino enforcando a ave), ficaram explícitos durante o tour virtual.
Pensando em tantos detalhes que são necessários para realizar uma obra perfeita, fica a pergunta como levar isto para a sala de aula e como ensinar a ler uma obra de arte, e como ensinar a apreciar.
Acredito que antes da apreciação vem à realização, o fazer, o criar.
Quando estava na antiga 7ª série, a professora de Arte apresentou a classe um quadro com natureza morta intitulada a Cesta de Frutas de Michel Masczczyk, pediu que olhássemos atentamente e descrevêssemos o que víamos alguns apenas falaram frutas, outros foram além e descreveram até mesmo a sombra que as frutas faziam na mesa, a partir dessa apresentação e observação, muito detalhes foram acrescentados, como do que era feito o cesto, de qual estação seriam aquelas frutas e dessa forma poderíamos descobrir em que estação do ano o pintor estava quando pintou.
Em um segundo momento da aula ela novamente trouxe o quadro e pediu que agora recriássemos a obra com o maior número de detalhes possíveis e o resultado foi apresentado com telas belíssimas, com cores vivas e mais fiéis ao original possível, após expor os desenhos, então veio à apreciação, a importância que deve para todos poder observar sua própria produção, ou sua recriação, o sentimento, a expressividade estava em cada traço, em cada pincelada, em cada borrão apagado e refeito na tentativa de recriar uma obra.
Acredito que não existe uma formula que se leve para dentro da sala de aula e diga teremos aulas perfeitas de arte, assim terão verdadeiros artistas, mas a riqueza de detalhes, o cenário, os personagens, as cores, os traçados, tudo isso leva o professor a instigar seu aluno, e dessa forma é possível adentrar ainda mais na obra, levar a outros temas, a outras disciplinas, como no caso citado acima.
Despertar a sensibilidade não é apenas o fator emoção, mas o fato de aumentar sua sensibilidade a ponto de entender o que a obra de arte esta querendo transmitir ao observador, e dessa forma preparar a criança para um olhar atento, critico, formador de opinião e sugestão.
Fazê-la vivenciar experiências que lhe proporcionaram depois uma leitura mais ampla de mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho abordamos o tema Arte, Criatividade e Recreação, partindo das memórias de nossa iniciação escolar e nosso primeiro contato com o mundo da arte, entramos no conceito da arte e sua importância para a educação contemporânea e descobrimos como a arte esta presente em nosso cotidiano, podendo
fazer do educando um cidadão mais culto a partir do momento que suas interações com a arte sejam conduzidas de maneira eficaz pelo docente responsável, fazendo assim da disciplina uma matéria como as outras com seriedade, comprometimento, metodologia e critérios que uma disciplina exige.
Somente com a organização e planejamento da disciplina arte é possível desenvolver no aluno um olhar crítico, uma leitura de mundo mais ampla, desenvolver a capacidade de apreciação do sujeito, para que em sua rotina ele seja privilegiado ao ler uma obra de arte, ao ouvir um poema ou apreciar uma peça teatral, pois a vida é feita sim de beleza, mas é necessário técnica para entendê-las além do olhar.
Habilidades como criatividade, pensamento critico, sugestão e opinião são desenvolvidas com o ensino da arte, além de inúmeras outras habilidades que são inclusive citadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, que demonstra satisfatoriamente o que esperar de cada pilar para o desenvolvimento criativo e expressivo da criança. Além do tour virtual que a equipe realizou pelos museus, que criaram a sensação de estar frente a obra e o prazer de lê-las em todos os detalhes, proporcionou uma visão mais ampla das possibilidades que podemos desenvolver em sala de aula através da arte.
Assim concluímos que podemos fazer das aulas de arte uma grande aliada para trabalhar em sala de aula além das habilidades propicia desta disciplina, interligar a outras matérias, tornando as aulas mais prazerosas e divertidas, principalmente na Educação Infantil.
Cumprimos todos os objetivos que nos foram propostos devido ao grande número de pesquisas elaboradas e empenho da equipe para aumentar nosso grau de conhecimento e informação a respeito da disciplina Arte. Este trabalho foi importante para o nosso conhecimento, o aprofundamento deste tema permitiu compreender melhor o mundo da arte e seus benefícios para o cidadão quanto aluno e professor, além de ter nos permitido desenvolver competências de investigação, seleção, organização e comunicação da informação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Susana R. V. da (Org.) et al. As artes no universo infantil. Porto Alegre: Mediação, 2012.
FERREIRA, Luciana Haddad (org.). Arte de Olhar: percursos em Educação. Campinas: Ílion Editora, 2011.
CUNHA, Susana Rangel V. Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 2002.
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