Buscar

portifólio grupo 3º semestre enviado

Prévia do material em texto

Pelotas 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHRISTIAN ROBERTO MEDEIROS GARCIA 
MILENA FARIAS GARCIA 
PATRÍCIA DE LIMA BARCELOS 
TAMIRES OLIVEIRA DE SOUZA 
THIAGO LOPES BORGES 
WILLIAM AIRES PADILHA 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Pelotas 
2015 
 
Pelotas 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Trabalho de Portifólio em Grupo do Curso de 
Licenciatura em Educação Física, apresentado à 
Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como 
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas 
disciplinas de Metodologia do Ensino da Atividade 
Rítmica e Dança; Educação Física Escolar e Saúde; 
Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar; Educação 
Física Adaptada e Primeiros Socorros; Estágio Curricular 
Obrigatório I. 
 
Professores: Prof. Dndo Anisio Calciolari Jr.; Profª. Ms.ª 
Suhellen Lee; Prof. Dr. Raymundo Pires; Prof.ª Ms.ª 
Patricia Proscencio; Prof.ª Ms.ª Eloise W. Almeida; Prof.ª 
Ms.ª Silvia Paulino Ribeiro Albanese; Prof. Ms. Alexandre 
Schubert Caldeira. 
 
 
CHRISTIAN ROBERTO MEDEIROS GARCIA 
MILENA FARIAS GARCIA 
PATRÍCIA DE LIMA BARCELOS 
TAMIRES OLIVEIRA DE SOUZA 
THIAGO LOPES BORGES 
WILLIAM AIRES PADILHA 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 5 
 
 
 
3 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 7 
 
 
4 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 8 
 
 
5 ANEXOS...........................................................................................................9 
 
 5.1 ENTREVISTA.................................................................................9 
 
 5.2 CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS SOBRE A ENTREVISTA....13 
 
 
 
 4 
1. INTRODUÇÃO 
A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma 
alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão 
embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, 
possuem três. Não se sabe por que isso acontece. Em alguns casos, pode ocorrer a 
translocação cromossômica, isto é, o braço longo excedente do 21 liga-se a um 
outro cromossomo qualquer. A Síndrome de Down não é uma doença e não deve 
ser tratada como tal. Foi descrita em 1866 por John Langdon Down. 
Em uma célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos 
divididos em 23 pares. A pessoa que tem síndrome de Down possui 47 
cromossomos, sendo que o cromossomo extra é ligado ao par 21. Essa síndrome é 
diagnosticada logo após o nascimento, pelo médico pediatra que analisa as 
características fenotípicas comuns à síndrome. A confirmação da síndrome é dada 
por meio de uma análise citogenética. Não existem graus da síndrome de Down, 
porém o ambiente familiar, a educação e a cultura em que a criança está inserida 
influenciam muito no seu desenvolvimento. Ocorre, em média, em 1 a cada 800 
nascimentos e tem 
maiores chances de 
ocorrer em mães que 
engravidam quando mais 
velhas. É uma síndrome 
que atinge todas as 
etnias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
2. DESENVOLVIMENTO 
A trissomia do 21 é classificada em três formas, que podem ser 
observadas através da análise das células das pessoas com Síndrome de Down. 
São elas: Trissomia 21 padrão (o indivíduo apresenta 47 cromossomos em todas 
as suas células, tendo no par 21 três cromossomos. Ocorre aproximadamente em 
95% dos casos), Trissomia por translocação (o indivíduo apresenta 46 
cromossomos e o cromossomo 21 extra se adere a outro par, geralmente o 14. 
Ocorre aproximadamente em 3% dos casos) e Mosaicismo (o indivíduo apresenta 
células normais (46 cromossomos) e células trissômicas (47 cromossomos). Ocorre 
aproximadamente em 2% dos casos). Alterações provocadas pelo excesso de 
material genético no cromossomo 21 determinam as características típicas da 
síndrome: olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado, mãos 
menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas; hipotonia 
(diminuição do tônus muscular responsável pela língua protusa), dificuldades 
motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias; 
comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta. A 
estimulação precoce desde o nascimento é a forma mais eficaz de promover o 
desenvolvimento dos potenciais da criança com síndrome de Down. 
Como todas as outras, essa criança precisa fundamentalmente de 
carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente acolhedor. O 
ideal é que essas crianças sejam matriculadas em escolas regulares, onde possam 
desenvolver suas potencialidades, respeitando os limites que a síndrome impõe, e 
interagir com os colegas e professores. Em certos casos, porém, o melhor é 
frequentar escolas especializadas, que lhes proporcionem outro tipo de 
acompanhamento. 
A primeira regra para a inclusão de crianças com Down é a repetição 
das orientações em sala de aula para que o estudante possa compreendê-las. Ele 
demora um pouco mais para entender e o desempenho melhora quando as 
instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos e solicitações com 
modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, 
com cores e símbolos de fácil compreensão e a linguagem verbal, por sua vez, deve 
ser simples. Devem-se manter as atividades no nível das capacidades da criança, 
com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalho, com 
pausas entre as atividades. O esforço para desenvolver atividades que envolvam 
funções cognitivas é muito grande. Às vezes, o cansaço da criança faz com que as 
 6 
atividades pareçam missões impossíveis. Valorize sempre o empenho e a produção. 
Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e nas 
rotinas escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, 
descumprimento de regras e provocações. 
Em 2006, a associação Down Syndrome International instituiu o dia 
21 de Março como o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida 
por ser grafada como 21/3, que faz alusão à trissomia do cromossomo 21. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
3. CONCLUSÃO 
Há muito tempo a síndrome de Down deixou de ser uma realidade 
apenas na área médica. O número de pessoas portadoras dessa afecção que 
frequentam as APAEs, salas especiais e, com a inclusão, as salas regulares tem 
crescido a olhos vistos. Assim, além dos profissionais da área de saúde, um número 
crescente de profissionais da área da educação física tem se interessado pelo 
assunto. O reconhecimento e o respeito à individualidade e à potencialidade das 
pessoas portadoras de síndrome de Down é a meta de todos os profissionais que 
trabalham com estas crianças especiais. Conhecer o desenvolvimento psicomotor, 
cognitivo e da linguagem da criança abre perspectivas importantespara se saber o 
que realmente acontece com ela, possibilitando uma intervenção adequada e efetiva 
na sua educação. 
Desenvolver em casa e na escola um trabalho onde a criança 
receba os benefícios da estimulação precoce fará com que o atraso no 
desenvolvimento seja minimizado e, por outro lado, que seu desenvolvimento seja 
otimizado. Integrar e profissionalizar a pessoa portadora de síndrome de Down é 
buscar minimizar ou superar o seu problema. 
A pessoa com síndrome de Down tem capacidade de aprender e 
pode ter um papel produtivo em nossa sociedade. O ambiente socioeconômico, o 
acesso aos cuidados de saúde, o estímulo adequado, são fatores determinantes no 
desenvolvimento das potencialidades de qualquer criança, e também o são para as 
crianças com síndrome de Down. A atividade física é essencial no desenvolvimento 
delas, as mesmas interagem de forma conjunta e se adaptam ao convívio com 
outras pessoas, sempre que possível aprendendo coisas novas e superando 
obstáculos por meio da socialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
4. REFERÊNCIAS 
 http://revistaescola.abril.com.br/formacao/sindrome-down-inclusao-cromosso-
21-622538.shtml 
 http://drauziovarella.com.br/crianca-2/sindrome-de-down/ 
 http://www.brasilescola.com/doencas/sindrome-de-down.htm 
 http://www.portalanpedsul.com.br/ 
 http://www.fsdown.org.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
5. ANEXOS 
 5.1 ENTREVISTA 
 
O TRABALHO COM DEFICIENTES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 
ENTREVISTAS 
 
ENTREVISTADO 1: Alcides Mario Garcia Burwood – Instrutor de Psicomotricidade – 
APAE – Escola de Educação Especial José Luis Piúma – Jaguarão/RS 
 
A) Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o 
trabalho com alunos com deficiência? 
Sim. Educação Inclusiva, Educação Física Adaptada, 
Psicomotricidade para Excepcionais dentre outras. 
 
B) Qual a importância da educação física no processo de 
desenvolvimento desses alunos? 
A educação física muito tem a contribuir no processo de 
desenvolvimento dos alunos através de suas práticas, rompendo barreiras do 
preconceito, promovendo integração e oportunizando acesso à educação, à 
saúde, ao trabalho, ao lazer e acima de tudo à atividade física. 
 
C) Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? 
(Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência. 
Sim. Trabalho há 25 anos na instituição, exercendo o mesmo 
cargo. Fui coordenador técnico dos professores de educação física do 14º 
Conselho das APAES/RS, assessor técnico do Coordenador Estadual dos 
professores de educação física das APAES/RS e técnico da Seleção Gaúcha de 
atletismo das APAES em várias olimpíadas nacionais. 
 
D) Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática 
pedagógica realizada com alunos com deficiência? 
O preconceito, a desinformação por parte da comunidade em 
geral. Outra dificuldade é a insuficiência de informações atualizadas relativas à 
pessoa portadora de deficiência. Percebe-se uma falta de compreensão mais 
efetiva das características e possibilidades de cada indivíduo. As atitudes de 
 10
muitos portadores de deficiência que querem conviver apenas com seus pares 
também se constituem em uma dificuldade, mais especificamente, o 
envolvimento dos próprios indivíduos portadores de deficiência, pode 
representar uma dificuldade para a concretização de alguns projetos de 
intervenção. Podemos observar também reações de negação à deficiência, ou 
mesmo de superproteção por parte das famílias dos indivíduos portadores de 
deficiência. Muitas vezes, a própria família representa um embargo 
considerável para a proposta de intervenção. Caso não ocorra uma grande 
interação entre o que propõe a instituição e o que, de fato, a família promove, 
corre-se o risco de fazer com as metas de trabalho não sejam alcançadas. 
 
E) Você se sente preparado para trabalhar com alunos com 
deficiência? 
Sim, plenamente preparado. 
 
F) Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros 
socorros durante a aula de educação física? 
Torções de membros inferiores e contusões por quedas. 
 
G) Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar 
primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de 
materiais para este fim? 
Os primeiros socorros são realizados pelo instrutor de 
psicomotricidade, este estando em aula. Caso seja na aula “normal” com a 
professora, a mesma também está habilitada. Uma Fisioterapeuta é contratada 
em 20h, estando ela na escola, também faz esse primeiro atendimento. 
 
H) Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros 
socorros? 
Sim, a própria disciplina de Primeiros Socorros. 
 
 
 
 
 
 11
 
ENTREVISTADO 2: Diego Porciúncula Miranda - Licenciatura em Educação Física – 
Projeto Padel: Projeto Social Padel Sorriso (APAEs/RS) – Conveniada com a APAE 
de Jaguarão, onde as aulas são ministradas em um clube social. 
 
A) Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o 
trabalho com alunos com deficiência? 
 Sim. NEE (Necessidades Educativas Especiais). 
 
B) Qual a importância da educação física no processo de 
desenvolvimento desses alunos? 
 As aulas de Educação Física são essenciais para alunos 
portadores de necessidades especiais, pois contribuem para o 
desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor do aluno. A participação dos 
alunos deficientes nas aulas de Educação Física traz benefícios claros a esses 
alunos, principalmente no desenvolvimento das capacidades afetivas, de 
integração e inserção social. 
 
C) Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? 
(Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência. 
 Sim. O Projeto Padel Sorriso é todo voltado à inclusão de 
alunos com necessidades especiais. Trabalhamos com 20 alunos da APAE, em 
Jaguarão. O Projeto é ministrado em vários municípios do Rio Grande do Sul. 
 
D) Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática 
pedagógica realizada com alunos com deficiência? 
Capacidade de concentração da turma, desenvolvimento das 
atividades propostas em grupos maiores e individualidade de cada tipo 
específico de deficiência. 
 
E) Você se sente preparado para trabalhar com alunos com 
deficiência? 
 Sim. 
 
F) Quais as situações mais comuns que necessitam de 
 12
primeiros socorros durante a aula de educação física? 
Escoriações leves, torções de membros inferiores e contusões 
musculares. 
 
G) Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária 
prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe 
de um kit de materiais para este fim? 
Primeiramente o professor de educação física, se for detectada 
alguma lesão mais grave encaminha-se o aluno para o pronto-atendimento. 
Sim, a escola disponibiliza kit de primeiros socorros. 
 
H) Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros 
socorros? 
Sim. 
 
 
 13
5.2 CONSIDERAÇÕES DO GRUPO SOBRE AS ENTREVISTAS 
 
Baseados no exposto nas entrevistas, verificamos que o Professor 
de Educação Física (seja Educação Física Adaptada ou Psicomotricidade) é peça 
fundamental no trabalho de desenvolvimento cognitivo, motor, adequação e vivência 
social e afetiva dos alunos portadores de necessidades especiais. Dentro do 
universo escolar, ele é o responsável pela determinação da qualidade de interação, 
aquisição dos conceitos pelos alunos e a transferência destes conceitos, bem como 
para a funcionalidade da vida no cotidianodo aluno. 
Tomando como base o professor de Educação Física, atuante na 
área de Educação Especial, vemos que, como todos os outros professores, ele deve 
definir os objetivos a serem alcançados, criando um processo de ensino-
aprendizagem, no qual, primeiramente, deve avaliar a situação, a condição dos 
alunos com os quais pretende trabalhar e dispor de recursos que propiciem 
aperfeiçoamento a seus alunos, uma vez que a Educação Física Adaptada e/ou 
Educação Física Especial tem sua prática direcionada aos portadores de deficiência 
e desde sua origem teve uma preocupação voltada para o aluno em sua totalidade, 
tendo como conceito ser a ciência que proporciona ao aluno o conhecimento de seu 
corpo, levando-o a usá-lo como instrumento de expressão consciente, na busca de 
sua independência e satisfação de suas necessidades. Ela oportuniza também a 
evolução do aprendizado como consequência natural da prática das atividades 
propostas. Quanto mais espontânea e prazerosa for esta atividade, maiores 
benefícios trarão para o desenvolvimento integral do aluno. 
Cabe ao professor analisar e decidir sobre os procedimentos de 
ensino a serem adotados com cada aluno. Esses procedimentos educacionais 
devem ser flexíveis, adequados às habilidades individuais dos alunos. O professor 
deve por em prática uma ação educacional interventora, a fim de detectar, 
diagnosticar e promover a estimulação dos distúrbios do desenvolvimento infantil, 
visando sua integração dentro da sociedade em que vive. Essa estimulação 
compreende inicialmente a estimulação essencial, isto é, o trabalho com o 
desenvolvimento psicomotor da criança, para que ela se torne independente dentro 
das suas necessidades básicas. O trabalho deve ser feito com muita atenção, 
dedicação e paciência. 
Dessa maneira o profissional de Educação Física, conhecendo a 
história e os problemas de cada aluno, deve desenvolver um programa de atividades 
 14
motoras, promovendo atividades que fortaleçam as musculaturas e 
consequentemente a melhora em todas as atividades exercidas por esses alunos. 
Nos períodos de desenvolvimento, o profissional de Educação Física 
poderá trabalhar com a criança portadora de necessidades especiais auxiliando-a de 
maneira que atinja níveis considerados “normais” para a capacidade motora e 
intelectual de cada um, podendo, assim, ampliar sua capacidade de aprendizagem 
através de estimulações sistematizadas e planejadas. 
O Professor de Educação Física Especial, ao utilizar o movimento, o 
foco principal não é a melhoria do movimento, mas sim sua utilização para a criança 
conhecer a si mesma e o mundo que a rodeia. 
Alguns movimentos básicos são essenciais na estimulação da 
criança, como a maneira de pegá-la, deitá-la e amamentá-la, nunca se deve deixá-la 
na mesma posição, se possível sempre variando, para que ela descubra novos 
espaços. 
Pode-se perceber que a contribuição do profissional de Educação 
Física na estimulação é importantíssima e imprescindível para o seu 
desenvolvimento motor, englobando também o desenvolvimento cognitivo e afetivo-
social. 
Convém salientar que o trabalho de estimulação essencial com o 
deficiente não cabe apenas ao profissional de Educação Física, visto que este só 
encontrará o aluno algumas poucas horas por semana, mas também por professores 
de sala, fisioterapeutas e principalmente pela família, que pode, através do convívio 
diário, sanar muitas dificuldades. 
Neste contexto, verificamos também a importância da participação 
dos pais, pois estes e os familiares devem ser atuantes na educação dos alunos 
com necessidades especiais. Pais e familiares bem preparados podem ser os 
melhores mestres dos alunos, já que eles são as pessoas mais constantes na vida 
das crianças e porque são fontes principais de motivação, especialmente nos 
primeiros anos de vida. Contudo, isto indica que eles devem fazer parte do 
planejamento, execução, aplicação e desenvolvimento do ensino. 
O professor de Educação Física pode contribuir na orientação dos 
pais e familiares, auxiliando e ensinando os exercícios fáceis de serem realizados, e 
mostrando que aqueles que fazem parte das atividades cotidianas da criança, 
também as estimulam e muito, por isso eles devem ser feitos com atenção e 
incentivo maior. 
 15
A Educação Física adquire papel importantíssimo à medida que 
pode estruturar o ambiente adequado para a criança, oferecendo experiência, 
resultando em uma grande auxiliar e promotora do desenvolvimento, isto é, 
desempenhando papel fundamental no desenvolvimento global da criança, pois todo 
seu trabalho é realizado através dos movimentos. Dessa forma, é preciso dar à 
criança a liberdade de criar e brincar, para que os estímulos propiciem um 
desenvolvimento rico de experiências que contribuam para sua formação como 
indivíduo na sociedade. Além disso, devemos nos despir de nossos preconceitos 
e limitações para tentar promover não só uma educação física inclusiva, mas 
uma educação pública de qualidade.

Continue navegando