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Ciclo do Ácido Cítrico Função e localização: O ciclo do ácido cítrico possui a função geral de oxidar enzimaticamente o grupo acetil presente no composto acetil-coenzima A até sua conversão total em CO2, sendo que a energia liberada por esse processo é conservada nos transportadores de elétrons NADH e FADH2. Esse processo ocorre na matriz mitocondrial. OBS. De um ponto de vista energético o ciclo de Krebs não produz muitos ATPs diretamente (apenas dois), mas os transportadores de elétrons NADH e FADH2 (gerados nele) serão na cadeia respiratória a grande fonte de energia para a geração dos ATPs! Por isso pode-se dizer que esse ciclo é muito importante energeticamente falando mesmo que ele não produza muitos ATPs! Pontos de regulação do ciclo do ácido cítrico: 1ª reação do ciclo- consiste na formação do citrato a partir da união do grupo acetil, antes presente na acetil-coenzima A, com o oxaloacetato. Essa reação é promovida pela enzima citrato sintase e possui um intermediário denominado critoil-CoA, que será hidrolisado rapidamente liberando o citrato e a Coenzima A livre. O motivo pelo qual esse processo ocorre é o de gerar uma molécula com valor energético maior (citrato) do que o acetil e oxaloacetato separados. 3ª reação do ciclo- nessa reação o isocitrato produzido na segunda reação do ciclo, sofrerá a ação da enzima isocitrato desidrogenase em uma descarboxilação oxidativa para a formação do alfa-cetoglutarato. A descarboxilação do isocitrato causará a liberação de CO2 e a produção de NADH já que o isocitrato foi oxidado liberando hidrogênio. 4ª reação do ciclo- nessa reação o alfa-cetoglutarato será convertido em succinil-CoA em outra reação de descarboxilação oxidativa graças a ação do complexo desidrogenase do alfa-cetoglutarato. A molécula de alfa-cetoglutarato será descarboxilada e nessa mesma molécula será ligada uma de coenzima A. Como saldo da reação ocorrerá a liberação de CO2 e também de NADH pela desidrogenação da molécula de alfa-cetoglutarato, mas esse hidrogênio será reposto pela Coenzima A que acaba de se ligar para formar o succinil-CoA. Utilização dos intermediários do Ciclo de Krebs: Alguns compostos intermediários do ciclo de Krebs além de serem utilizados nesse mesmo ciclo podem ser utilizados como precursores biossintéticos de inúmeros compostos. Temos o exemplo do oxaloacetato, que além de participar do ciclo de Krebs está presente também na neoglicogenêse. Caráter anfibólico do ciclo de Krebs: A princípio o ciclo de Krebs se for estudado pela sua função principal (oxidação total do acetil-CoA em CO2) o mesmo possui função catabólica, porém, se forem estudadas também as aplicações dos intermediários desse ciclo veremos que ele possui função anabólica também (participação do oxaloacetato na formação de aspartato e na neoglicogenese e do alfa-cetoglutarato na formação de glutamato). Através desse raciocínio chega-se a conclusão que o ciclo de Krebs tem caráter anfibólico. Produtos do ciclo do ácido cítrico: Levando em conta apenas o ciclo do ácido cítrico este possui um saldo final de 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP, porém se for considerado o complexo piruvato desidrogenase, que ainda não pertence ao ciclo de Krebs mas o antecede, haverá a adição de 2 NADH totalizando 8 moléculas de NADH. Além dessas moléculas energéticas serão liberadas 4 moléculas de CO2 em todo o processo.
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